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Bletim
Edição no
1 * Editor: Rogério Marques Benedito Júnior * Ano: I * Data: 30 de Maio de 2015 Site: www.fm.uem.mz
Faculdade
de Medicina
beneficia-
se do
equipamento
de vídeo-
conferência
Estudantes da
Faculdade de
Medicina terão
novas batas
Zeladores reunidos na
Faculdade de Medicina
Maputo acolhe o primeiro Congresso
Internacional de Ginecologia e
Obstetrícia Pag.2Pag.2
2
A faculdade de Medicina
da Universidade Eduardo
Mondlane (UEM) acolheu
de 18 a 21 de Maio de 2015
um Seminário dos Zelado-
res da Direcção de Infra-
-estruturas.
O
evento que contou com a
presença de delegados, a
nível nacional, teve como
objectivo reflectir sobre avaliação
das actividades de manutenção dos
edifícios da Universidade Eduardo
Mondlane (UEM).
Durante os quatro dias do seminá-
rio, os participantes foram forma-
dos em matéria de electricidade,
carpintaria e serigrafia.
De acordo com Carlos Tovela, elec-
tricista há 29 anos e representante
dos zeladores, esta iniciativa veio
para solucionar, de forma rápida e
eficaz, os problemas infra-estrutu-
rais da UEM.
“Agora os problemas de electrici-
dade, pintura, torneira e outros não
levarão muito tempo para serem
solucionados porque, a nível inter-
no, existirão pessoas capacitadas”.
Disse. A formação dos Zeladores,
poderá diminuir as relações buro-
cráticas e acrescer a autonomia das
faculdades na medida em que, pe-
quenos problemas passarão a ser re-
solvidos localmente, sem por isso,
apresentar para as instâncias supe-
riores.
“Antigamente, as faculdades, apre-
sentavam à Direcção de Infra-estru-
turas qualquer tipo de problemas.
Por exemplo: fechadura avariada,
torneira, etc e que para a sua res-
posta levava demasiado tempo”
contou.
Refira-se que este é o terceiro ciclo
de seminários dos zeladores depois
de ter acontecido no Centro de Es-
tudos Africanos e na faculdade de
Arquitectura.
Decorreu entre os dias 14 e
16 mês corrente, a primeira
edição do Congresso Inter-
nacional de Obstetrícia e
Ginecologia dos países de
Língua Portuguesa.
O
evento, que teve lugar em
Maputo, foi organizado
pela Associação Moçam-
bicana de Obstetras e Ginecologis-
tas (AMOG), em colaboração com
o Ministério da Saúde e a Facul-
dade de Medicina da Universidade
Eduardo Mondlane.
Com o lema “A Mulher, da Infân-
cia à Menopausa. Saúde e Direitos
Sexuais Reprodutivos”, o congres-
so permitiu a abordagem de temas
como a saúde sexual e reprodutiva,
direitos sexuais e reprodutivos,
Zeladores reunidos na Faculdade de Medicina
Notícias
saúde materna e Neonatal, planea-
mento familiar, oncologia gine-
cológica, práticas tradicionais inde-
sejáveis e violência contra a mulher,
cuidados ligados ao Aborto, fístulas
obstétricas.
Entre muitos especialistas, o con-
gresso contou com a presença do
presidente da FIGO (International
Federation of Gynecology and Ob-
stetrics), Sabaratnam Arulkumaran.
Maputo acolhe o primeiro Congresso Internacional
de Ginecologia e Obstetrícia
B
Ficha Técnica
Editor: Rogério Marques Benedito
Júnior
Repórter: Rogerio Marques Ben-
edio Júnior
Propriedade: Faculdade de Me-
dicina.
Localização: Cidade de Maputo
3
A Faculdade de Medicina
da Universidade Eduardo
Mondlane oferece Licen-
ciatura em Medicina desde
1963 e já graduou mais de
mil médicos para o país.
A
té meados dos anos 1990
era a única instituição no
país responsável pela for-
mação de médicos. Hoje existem
outras instituições públicas e priva-
das que também se dedicam à for-
mação de médicos.
Ao longo de cerca de meio século
de existência, a Faculdade de Me-
dicina da UEM passou por várias
reformas académicas e administra-
tivas de acordo com os desafios e
especificidades das diferentes épo-
cas da história do país. Por isso, ela
é um repositório de experiencias e
competências acumuladas nos in-
tervenientes, nos processos e na
memória institucional.
O objectivo na formação de médi-
cos e outros profissionais de saúde
guia os passos da instituição permi-
tindo a avaliação dos processos de
ensino-aprendizagem e o planea-
mento das metas para o futuro onde
se espera brevemente introduzir no-
vos cursos.
A produção científica (conheci-
mento novo) e o ampliar do leque
de serviços que oferece à sociedade
moçambicana são pontos altos na
nossa agenda como pilares que ali-
cerçam o nosso desempenho.
Manifestamos a nossa abertura a
todos os que pretendam enveredar
pelas ciências médicas e da saúde e
encorajar que não hesitem em bus-
car junto a nós a resposta as vossas
interrogações ajudando-nos a ser
um local onde se troquem as me-
lhores ideias acerca de como abor-
darmos e resolvermos os problemas
de saúde que nos afligem.
Cinquentenário da Faculdade de Medicina
Dependência de médicos estrangeiros
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História & Opinião
A
Ordem dos Médicos de
Moçambique referiu-se,
recentemente, em um re-
latório, que na província da Zam-
bézia só há um médico para cada
30 mil habitantes, isto é, a província
está dependente de profissionais es-
trangeiros e há uma grande falta de
especialistas. Actualmente, os pa-
cientes com doenças consideradas
graves são transferidos para os hos-
pitais centrais da Beira, de Nampu-
la e de Maputo.
Vale a pena lembrar que vivem qua-
tro milhões de pessoas na província
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tem 165 médicos, 35 dos quais são
estrangeiros. Dos restantes 130 na-
cionais, apenas cinco são especialis-
tas nas áreas de medicina dentária,
pediatria e psiquiatria, e apenas um
é cirurgião.
O número é insuficiente para cobrir
a procura. Estamos, infelizmente,
com um rácio superior a um médi-
co para 30 mil habitantes. Era, no
meu ponto de vista, ideal que este
número fosse inferior a pelo menos
5 mil habitantes.
Este cenário leva-me a pensar que a
qualidade de prestação dos serviços
nesta província só é maior quando
diminui o número de utentes por
médico. Mas isso, no contexto mo-
çambicano parece uma utopia, por-
que num universo de 30 mil pessoas
a probabilidade de redução de uten-
tes por médico pode não ser tão sig-
nificante como se pensa.
Esta é uma oportunidade ímpar
para as instituições começarem a
pensar de forma comprometida na
necessidade de formação de mais
médicos nacionais, não só genera-
listas, mas também especializados
em diversos ramos de saúde porque
tal como a Zambézia, outras pro-
víncias não tem médicos suficientes
para responder ao número da po-
pulação.
É verdade que numa primeira fase
vão ser necessários médicos gene-
ralistas, mas depois vamos de mé-
dicos especialistas: Mais ginecolo-
gistas e obstetras, mais cirurgiões,
mais pediatras, mais dermatologis-
tas, mais oncologistas. Este é um
processo contínuo e que as institui-
ções vocacionadas devem encarar,
reafirmo, com muita seriedade.
Aos estudantes de medicina é pre-
ciso deixar de preferir trabalhar
apenas nas grandes cidades, porque
o que se tem notado é um número
asfixiante de recém graduados em
medicina geral ou não preferindo
trabalhar nos centros urbanos a su-
burbanos. Pois, enquanto houver
um défice de “recursos humanos”
– resultante desta centralização - os
serviços de saúde ficarão aquém do
desejado.
Opinião
Rogério M.B. Júnior
4
Os estudantes da fa-
culdade de Medici-
na da Universidade
Eduardo Mondlane
vão passar a usar
uma nova bata até o
próximo semestre.
E
sta indumentária
será confecciona-
da na Europa, em
Portugal pela empresa
OPASTAC. De acordo
com a direcção, a sua uti-
lização será de carácter
obrigatório.
A FACULDADE de
Medicina da Uni-
versidade Eduardo
Mondlane dispõe de
um equipamento de
vídeo-conferência
que esta a servir no
apoio clínico entre
as unidades sani-
tárias do país e na
formação contínua
dos profissionais da
Saúde.
O
e q u i p a m e n t o
é composto
por um micro-
fone, um descodifica-
dor vídeo, um televisor
plasma de 40 polegadas
e uma câmara de filmar,
avaliados em pouco mais
de 700 mil meticais.
Esta é uma iniciativa fi-
nanciada pelo Governo
da Argentina e que em
Moçambique está a ser
coordenada pelo pro-
jecto “Escolas Ocor-
rentes”, que visa o de-
senvolvimento das áreas
de Saúde e Educação.
egundo o director da Fac-
uldade, Moshin Sidat,
o equipamento está a
servir em grande me-
dida para o desenvolvi-
mento de diagnósticos
nas unidades sanitárias.
“Muitas vezes eramos
obrigados a deslocar eq-
uipas para prestar apoio,
por exemplo, aos nos-
sos colegas da UNILU-
RIO e isso envolvia cus-
tos. Este equipamento
está a facilitar muita
coisa”, disse Moshin.
Por outro lado, esta tec-
nologia ajuda na materi-
alização do projecto de
aulas por vídeo-confer-
ência com estudantes e
docentes de outras fac-
uldades de medicina que
procuram apoio na UEM,
dado a sua experiência
na formação de médicos.
A colocação do equipa-
mento de vídeo-confer-
ência na Faculdade de
Medicina da “Eduardo
Mondlane” faz parte de
um projecto-piloto que
se espera expandir para
todas as regiões do país.
Estudantes da Faculdade de Medicina terão novas
batas
Faculdade de Medicina beneficia-se do equipamento
de vídeo-conferência
Reportagem
5
O director da Faculdade,
Mohsin Sidat diz que a
nova bata irá ajudar na
identificação dos próprios
estudantes, isto é, de um
estudante da Faculdade
de Medicina da UEM e de
outras instituições como
ISCISA, INSCTEM entre
outras. De acordo com a
mesma fonte, a única ins-
tituição que até agora não
apresenta marcas é a fa-
culdade de medicina.
“Visto que dentro do
hospital central, onde lo-
caliza-se a faculdade de
medicina, está também
implantada o Instituto
Superior de Ciência de
Saúde”. Disse o director
acrescentando que a ar-
quitectura da nova bata
oferece garantias de segu-
rança ao estudante quan-
do estiver diante de exer-
cício práticos dado que
apresenta-se com botões
do lado esquerdo, “Todo
fluido está repleto de do-
enças, então se a bata es-
tiver aberta na parte de
frente é mais fácil que
aquela substância pene-
tre no interior atingindo o
corpo do estudante sendo,
desta maneira um atenta-
do a saúde”. Esclareceu,
Outra justificação para
a adopção desta bata é a
uniformidade. Embora to-
das as batas actuais sejam
brancas, elas se diferem
nas dimensões. Cada es-
tudante apresenta-se de
uma indumentária ao seu
tamanho – larga, aperta-
da, curta etc.
Para a aquisição, os estu-
dantes devem efectuar um
pagamento de 750 meti-
cais, o correspondente a
50 por cento, até o dia 31
de Maio do ano corrente
para se dar inicio da sua
produção.
O que os estudantes
pensam?
Alfandega Bernardo
Manteiga, estudante na
Faculdade de Medicina
diz que o preço da nova
indumentária é um ponto
que está a preocupar.
“No meu caso, a bata que
estou a usar agora, sobre-
tudo original, custou-me
300 meticais. A bata que
se vai adoptar custará se-
tecentos e cinquenta me-
ticais e de acordo com
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cada estudante deve ter
duas, gastando por isso
mil e quinhentos meti-
cais. Considero ser um
valor muito alto”.
De outro lado, o estudan-
te Nelson Marcelino tem
um olhar positivista à esta
inovação. Segundo ele es-
tava mais do que na hora
para tal decisão ser toma-
da. Marcelino mostra-se
céptico quanto ao local de
produção.
“Não percebo porquê esta
bata de ser produzida no
exterior, em Moçambique
não temos fábricas para
tal?”. Indignou-se.
SESSÃO CIENTÍFICA
Ciência
As sessões científicas na Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane tem como objectivo apresen-
tar e discutir trabalhos de pesquisa ou outras actividades técnico-científicas realizadas pelo Instituto Nacional de
Saúde e outras instituições de pesquisa nacionais ou internacionais. As sessões são também uma ferramenta para
actualização sobre as actividades científicas realizadas no país. Neste contexto, fazem parte desse evento profissio-
nais de saúde, estudantes de biociências, investigadores e toda comunidade científica e publico em geral .
Desafios no desenvolvimento de
medicamentos de tuberculose
O professor Michael Hoelscher, MD FRCP (lond), é o director do sector de saúde
global e doenças infecciosas do hospital da Universidade Ludwig-Maximilians, em
Munique.
O Professor Hoelscher estudou medicina em Munique e de seguida passou para o
departamento de doenças infecciosas e medicina tropical. Trabalhou em colaboração
com o Instituto Norte-americano Walter-Reed e o hospital Mbeya na Tanzânia. Em
2010 foi promovido a professor e director do sector de saúde global e doenças infec-
ciosas. Desde 2013, tem estado a trabalhar igualmente com o CISPOC – Centro de
Investigação em Saúde da Polana Caniço, na área de pesquisa em tuberculose.
Um tema apresentado pelo professor Mi-
chael no dia 12 de maio de 2015 na Sala
Magna da Faculdade de medicina
6
Questões chave na prevenção do
HIV em 2015
Um tema apresentado por Dr.
Timothy no dia 10 de maio de 2015
no Anfiteatro do Ministerio da
Saúde
Dr. Timothy Mastro é licenciado em medicina, com especialidade em Medicina
Internacional e treinado pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC)
como oficial de inteligência e serviços epidemiológicos.
O Dr. Mastro é igualmente professor adjunto de epidemiologia da Escola de Gill-
ings na Universidade de Saúde Publica Global da Carolina do Norte em Chapel Hill.
É autor de mais de 150 artigos publicados em vários capítulos de livros. Recebeu
prémio Alexander Langmuir na área de investigação Epidemiológica e o prémio
Shepard Charles na área de ciência.
“A investigação é a base de qualquer faculdade”
A Faculdade de
Medicina da Uni-
versidade Eduardo
Mondlane oferece
Licenciatura em Me-
dicina desde 1963,
porem, até hoje ela
não agrega no seu
currículo a compo-
nente de investiga-
ção.
S
obre este assunto
conversamos com
um estudante “A” do
quinto ano de Medicina
que nas entrelinhas que se
seguem, faz-nos saber que
a metodologia de investi-
gação deve fazer parte do
currículo para agregar va-
lor a própria instituição.
Entrevistador: Como é
que vê o currículo da Fa-
culdade de Medicina?
Estudante A: No que toca
a investigação o nosso
currículo peca. Os currí-
culos que estamos a usar
neste momento não cons-
tam em nenhuma parte
dele uma disciplina que
está focada a metodologia
de investigação científica.
No entanto, existem um
conjunto de três ou qua-
tro disciplinas que não
são necessariamente de
investigação científica,
mas acabamos de apren-
der um pouquinho daqui-
lo que é investigação. No
primeiro ano existem uma
disciplina em que os estu-
dantes saem para os cen-
tros de saúde ou para os
bairros da cidade de Ma-
puto e fazem aquilo que
se chama de “reconheci-
mento de área de saúde”.
No segundo ano tive uma
disciplina que ensina-se
elaboração de protocolo
de investigação, mas o en-
sino não é de forma inten-
siva, é como se fosse um
módulo e, isso não chega
a ser o suficiente para um
estudante sair da facul-
dade com cabeça erguida
de que sabe investigar.
Depois tive uma outra
disciplina em que íamos
saindo para determinadas
zonas para identificarmos
as doenças que mais exis-
tem para depois juntar os
dados e interpretá-los na
base de conhecimentos
de estatística. Mas mes-
mo assim, não considero
investigação, mas apenas
processos que podem dar,
de longe, a ideia de que
venha a ser uma investi-
gação científica.
Entrevistador: De quem
seria a responsabilidade
Entrevista
7
desta ausência?
Estudante A: Não pos-
so culpar o currículo por
isso,masatéondesei,exis-
tem cursos extracurricu-
lares que são leccionados
na própria faculdade que
tem a componente de in-
vestigação. Exemplo, para
o primeiro e segundo ano,
os estudantes tem direito
de participar de curso de
informática no qual são
introduzidos ferramentas
de investigação. Porem,
embora a faculdade tenha
mais de 1000 estudantes,
pouquíssimos tem inte-
resses em aderir ao curso.
Também existe um outro
curso extracurricular que
se chama: “iniciação para
investigação científica”,
no entanto, apesar de ha-
ver vagas limitadas, vê-se
logo de inicio que os estu-
dantes têm pouco interes-
se. Eu penso que para um
curso deste, numa facul-
dade onde não tem uma
disciplina específica de
investigação científica no
seu currículo, era suposto
uma grande corrida, mas
não se nota.
Entrevistador: Que con-
sequência a curto e longo
prazo para os estudantes
deste desinteresse?
Estudante A: A primeira
oportunidade que eu noto
é que os estudantes per-
dem a oportunidade de
saber procurar informa-
ção. Nós temos livros, que
considero poucos dado
a demanda, então somos
obrigados a recorrer a
fontes online – internet
. Neste caso, o estudante
fica sem saber utilizar as
plataformas, sem conhe-
cer os verdadeiros sites e
jornais científicos que nos
ajudariam a ter uma ideia
para investigar ou até
mesmo estudar. E esta é
uma consequência a cur-
to prazo.
E a longo prazo, o estu-
dante pode se mostrar
com um deficit de co-
nhecimento muito forte
enquanto no seu posto de
trabalho. Por exemplo, a
falta de conhecimentos
estatísticos que este tem
por não ter participado
neste cursos fazer-lhe-á
num médico graduado
sem qualidade. E quando
tem que fazer estatísticas
no seu dia-a-dia de tra-
balho não irá conseguir.
Então eu acredito que se
se incluísse uma discipli-
na de investigação cientí-
fica no currículo, todo o
estudante seria obrigado a
estudá-la e consequente-
mente teríamos médicos
cientistas ou investigado-
res capazes de se inserir
no mercado de trabalho
sem muitas dificuldades.
Falo isso a semelhança de
alguns países que tem no
seu currículo de medicina
Metodologia de investiga-
ção 1, 2, 3 etc.
Entrevistador: E se exis-
tisse uma disciplina de
investigação científica no
currículo da faculdade de
medicina, o que mudaria?
Estudante A: Estaríamos
a ajudar o estudante a bus-
car informação e com isso
venceríamos a limitação
de acesso a informação
dos livros que tem sido
escassa. Depois teríamos
pessoas mais bem prepa-
radas em termo de pro-
cura de respostas tanto
para problemas de saúde
locais, como para proble-
mas mesmo de elabora-
ção de dados estatísticos.
Teríamos uma geração
uma geração de médicos
cientistas ou, usando o
termo correcto, médicos
investigadores e isso faria
com que tivéssemos mui-
to mais investigação na
nossa área feito por mo-
çambicanos e isso traria
inovação no nosso meio.
Inovação em termos de
diagnóstico, tratamento e
iniciativas de prevenção.
E fora a isso, acredito que
somente a metodologia de
investigação engrandece
uma universidade. Se ti-
véssemos mais estudantes
engrenados nesta área de
investigação estaríamos a
ajudar a subir o nível da
nossa universidade.
Entrevistador: Qual é a
apreciação que faz sobre o
actual nível de investiga-
ção em medicina, em Mo-
çambique?
Estudante A: De acordo
com aquilo que eu tenho
visto, penso que existe
investigação, porem este
acto é muitas vezes feito
pelos nossos docentes ou
orientadores. As investi-
gações localmente pro-
duzidas que conheço, são
publicadas em jornais es-
trangeiro e ainda não vi
um jornal moçambicano
que apareça as nossas in-
vestigações em peso. Se
nós pudéssemos ter um
jornal de investigação da
faculdade e incluir mais
estudantes de nível de li-
cenciatura e mestrado
neste processo seria me-
lhor, dado que este grupo,
é muitas vezes deixado
para trás quando se trata
de produção de artigos de
investigação. Outra coisa
é que a maior parte dos
estudos em medicina que
tenho visto da faculdade
de medicina estão em as-
sociação com o hospital
central de Maputo e o Ins-
tituto Nacional de Saúde,
para dizer que há interli-
gação que significa cres-
cimento. Entretanto, se
tivéssemos investigadores
experimentados na área
a apoiarem os estudan-
tes, penso que seria uma
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Entrevista
8
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  • 1. 1 Bletim Edição no 1 * Editor: Rogério Marques Benedito Júnior * Ano: I * Data: 30 de Maio de 2015 Site: www.fm.uem.mz Faculdade de Medicina beneficia- se do equipamento de vídeo- conferência Estudantes da Faculdade de Medicina terão novas batas Zeladores reunidos na Faculdade de Medicina Maputo acolhe o primeiro Congresso Internacional de Ginecologia e Obstetrícia Pag.2Pag.2
  • 2. 2 A faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) acolheu de 18 a 21 de Maio de 2015 um Seminário dos Zelado- res da Direcção de Infra- -estruturas. O evento que contou com a presença de delegados, a nível nacional, teve como objectivo reflectir sobre avaliação das actividades de manutenção dos edifícios da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Durante os quatro dias do seminá- rio, os participantes foram forma- dos em matéria de electricidade, carpintaria e serigrafia. De acordo com Carlos Tovela, elec- tricista há 29 anos e representante dos zeladores, esta iniciativa veio para solucionar, de forma rápida e eficaz, os problemas infra-estrutu- rais da UEM. “Agora os problemas de electrici- dade, pintura, torneira e outros não levarão muito tempo para serem solucionados porque, a nível inter- no, existirão pessoas capacitadas”. Disse. A formação dos Zeladores, poderá diminuir as relações buro- cráticas e acrescer a autonomia das faculdades na medida em que, pe- quenos problemas passarão a ser re- solvidos localmente, sem por isso, apresentar para as instâncias supe- riores. “Antigamente, as faculdades, apre- sentavam à Direcção de Infra-estru- turas qualquer tipo de problemas. Por exemplo: fechadura avariada, torneira, etc e que para a sua res- posta levava demasiado tempo” contou. Refira-se que este é o terceiro ciclo de seminários dos zeladores depois de ter acontecido no Centro de Es- tudos Africanos e na faculdade de Arquitectura. Decorreu entre os dias 14 e 16 mês corrente, a primeira edição do Congresso Inter- nacional de Obstetrícia e Ginecologia dos países de Língua Portuguesa. O evento, que teve lugar em Maputo, foi organizado pela Associação Moçam- bicana de Obstetras e Ginecologis- tas (AMOG), em colaboração com o Ministério da Saúde e a Facul- dade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane. Com o lema “A Mulher, da Infân- cia à Menopausa. Saúde e Direitos Sexuais Reprodutivos”, o congres- so permitiu a abordagem de temas como a saúde sexual e reprodutiva, direitos sexuais e reprodutivos, Zeladores reunidos na Faculdade de Medicina Notícias saúde materna e Neonatal, planea- mento familiar, oncologia gine- cológica, práticas tradicionais inde- sejáveis e violência contra a mulher, cuidados ligados ao Aborto, fístulas obstétricas. Entre muitos especialistas, o con- gresso contou com a presença do presidente da FIGO (International Federation of Gynecology and Ob- stetrics), Sabaratnam Arulkumaran. Maputo acolhe o primeiro Congresso Internacional de Ginecologia e Obstetrícia B Ficha Técnica Editor: Rogério Marques Benedito Júnior Repórter: Rogerio Marques Ben- edio Júnior Propriedade: Faculdade de Me- dicina. Localização: Cidade de Maputo
  • 3. 3 A Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane oferece Licen- ciatura em Medicina desde 1963 e já graduou mais de mil médicos para o país. A té meados dos anos 1990 era a única instituição no país responsável pela for- mação de médicos. Hoje existem outras instituições públicas e priva- das que também se dedicam à for- mação de médicos. Ao longo de cerca de meio século de existência, a Faculdade de Me- dicina da UEM passou por várias reformas académicas e administra- tivas de acordo com os desafios e especificidades das diferentes épo- cas da história do país. Por isso, ela é um repositório de experiencias e competências acumuladas nos in- tervenientes, nos processos e na memória institucional. O objectivo na formação de médi- cos e outros profissionais de saúde guia os passos da instituição permi- tindo a avaliação dos processos de ensino-aprendizagem e o planea- mento das metas para o futuro onde se espera brevemente introduzir no- vos cursos. A produção científica (conheci- mento novo) e o ampliar do leque de serviços que oferece à sociedade moçambicana são pontos altos na nossa agenda como pilares que ali- cerçam o nosso desempenho. Manifestamos a nossa abertura a todos os que pretendam enveredar pelas ciências médicas e da saúde e encorajar que não hesitem em bus- car junto a nós a resposta as vossas interrogações ajudando-nos a ser um local onde se troquem as me- lhores ideias acerca de como abor- darmos e resolvermos os problemas de saúde que nos afligem. Cinquentenário da Faculdade de Medicina Dependência de médicos estrangeiros deve ser combatida História & Opinião A Ordem dos Médicos de Moçambique referiu-se, recentemente, em um re- latório, que na província da Zam- bézia só há um médico para cada 30 mil habitantes, isto é, a província está dependente de profissionais es- trangeiros e há uma grande falta de especialistas. Actualmente, os pa- cientes com doenças consideradas graves são transferidos para os hos- pitais centrais da Beira, de Nampu- la e de Maputo. Vale a pena lembrar que vivem qua- tro milhões de pessoas na província central da Zambézia, mas só exis- tem 165 médicos, 35 dos quais são estrangeiros. Dos restantes 130 na- cionais, apenas cinco são especialis- tas nas áreas de medicina dentária, pediatria e psiquiatria, e apenas um é cirurgião. O número é insuficiente para cobrir a procura. Estamos, infelizmente, com um rácio superior a um médi- co para 30 mil habitantes. Era, no meu ponto de vista, ideal que este número fosse inferior a pelo menos 5 mil habitantes. Este cenário leva-me a pensar que a qualidade de prestação dos serviços nesta província só é maior quando diminui o número de utentes por médico. Mas isso, no contexto mo- çambicano parece uma utopia, por- que num universo de 30 mil pessoas a probabilidade de redução de uten- tes por médico pode não ser tão sig- nificante como se pensa. Esta é uma oportunidade ímpar para as instituições começarem a pensar de forma comprometida na necessidade de formação de mais médicos nacionais, não só genera- listas, mas também especializados em diversos ramos de saúde porque tal como a Zambézia, outras pro- víncias não tem médicos suficientes para responder ao número da po- pulação. É verdade que numa primeira fase vão ser necessários médicos gene- ralistas, mas depois vamos de mé- dicos especialistas: Mais ginecolo- gistas e obstetras, mais cirurgiões, mais pediatras, mais dermatologis- tas, mais oncologistas. Este é um processo contínuo e que as institui- ções vocacionadas devem encarar, reafirmo, com muita seriedade. Aos estudantes de medicina é pre- ciso deixar de preferir trabalhar apenas nas grandes cidades, porque o que se tem notado é um número asfixiante de recém graduados em medicina geral ou não preferindo trabalhar nos centros urbanos a su- burbanos. Pois, enquanto houver um défice de “recursos humanos” – resultante desta centralização - os serviços de saúde ficarão aquém do desejado. Opinião Rogério M.B. Júnior
  • 4. 4 Os estudantes da fa- culdade de Medici- na da Universidade Eduardo Mondlane vão passar a usar uma nova bata até o próximo semestre. E sta indumentária será confecciona- da na Europa, em Portugal pela empresa OPASTAC. De acordo com a direcção, a sua uti- lização será de carácter obrigatório. A FACULDADE de Medicina da Uni- versidade Eduardo Mondlane dispõe de um equipamento de vídeo-conferência que esta a servir no apoio clínico entre as unidades sani- tárias do país e na formação contínua dos profissionais da Saúde. O e q u i p a m e n t o é composto por um micro- fone, um descodifica- dor vídeo, um televisor plasma de 40 polegadas e uma câmara de filmar, avaliados em pouco mais de 700 mil meticais. Esta é uma iniciativa fi- nanciada pelo Governo da Argentina e que em Moçambique está a ser coordenada pelo pro- jecto “Escolas Ocor- rentes”, que visa o de- senvolvimento das áreas de Saúde e Educação. egundo o director da Fac- uldade, Moshin Sidat, o equipamento está a servir em grande me- dida para o desenvolvi- mento de diagnósticos nas unidades sanitárias. “Muitas vezes eramos obrigados a deslocar eq- uipas para prestar apoio, por exemplo, aos nos- sos colegas da UNILU- RIO e isso envolvia cus- tos. Este equipamento está a facilitar muita coisa”, disse Moshin. Por outro lado, esta tec- nologia ajuda na materi- alização do projecto de aulas por vídeo-confer- ência com estudantes e docentes de outras fac- uldades de medicina que procuram apoio na UEM, dado a sua experiência na formação de médicos. A colocação do equipa- mento de vídeo-confer- ência na Faculdade de Medicina da “Eduardo Mondlane” faz parte de um projecto-piloto que se espera expandir para todas as regiões do país. Estudantes da Faculdade de Medicina terão novas batas Faculdade de Medicina beneficia-se do equipamento de vídeo-conferência Reportagem
  • 5. 5 O director da Faculdade, Mohsin Sidat diz que a nova bata irá ajudar na identificação dos próprios estudantes, isto é, de um estudante da Faculdade de Medicina da UEM e de outras instituições como ISCISA, INSCTEM entre outras. De acordo com a mesma fonte, a única ins- tituição que até agora não apresenta marcas é a fa- culdade de medicina. “Visto que dentro do hospital central, onde lo- caliza-se a faculdade de medicina, está também implantada o Instituto Superior de Ciência de Saúde”. Disse o director acrescentando que a ar- quitectura da nova bata oferece garantias de segu- rança ao estudante quan- do estiver diante de exer- cício práticos dado que apresenta-se com botões do lado esquerdo, “Todo fluido está repleto de do- enças, então se a bata es- tiver aberta na parte de frente é mais fácil que aquela substância pene- tre no interior atingindo o corpo do estudante sendo, desta maneira um atenta- do a saúde”. Esclareceu, Outra justificação para a adopção desta bata é a uniformidade. Embora to- das as batas actuais sejam brancas, elas se diferem nas dimensões. Cada es- tudante apresenta-se de uma indumentária ao seu tamanho – larga, aperta- da, curta etc. Para a aquisição, os estu- dantes devem efectuar um pagamento de 750 meti- cais, o correspondente a 50 por cento, até o dia 31 de Maio do ano corrente para se dar inicio da sua produção. O que os estudantes pensam? Alfandega Bernardo Manteiga, estudante na Faculdade de Medicina diz que o preço da nova indumentária é um ponto que está a preocupar. “No meu caso, a bata que estou a usar agora, sobre- tudo original, custou-me 300 meticais. A bata que se vai adoptar custará se- tecentos e cinquenta me- ticais e de acordo com a proposta da direcção, cada estudante deve ter duas, gastando por isso mil e quinhentos meti- cais. Considero ser um valor muito alto”. De outro lado, o estudan- te Nelson Marcelino tem um olhar positivista à esta inovação. Segundo ele es- tava mais do que na hora para tal decisão ser toma- da. Marcelino mostra-se céptico quanto ao local de produção. “Não percebo porquê esta bata de ser produzida no exterior, em Moçambique não temos fábricas para tal?”. Indignou-se. SESSÃO CIENTÍFICA Ciência As sessões científicas na Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane tem como objectivo apresen- tar e discutir trabalhos de pesquisa ou outras actividades técnico-científicas realizadas pelo Instituto Nacional de Saúde e outras instituições de pesquisa nacionais ou internacionais. As sessões são também uma ferramenta para actualização sobre as actividades científicas realizadas no país. Neste contexto, fazem parte desse evento profissio- nais de saúde, estudantes de biociências, investigadores e toda comunidade científica e publico em geral . Desafios no desenvolvimento de medicamentos de tuberculose O professor Michael Hoelscher, MD FRCP (lond), é o director do sector de saúde global e doenças infecciosas do hospital da Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique. O Professor Hoelscher estudou medicina em Munique e de seguida passou para o departamento de doenças infecciosas e medicina tropical. Trabalhou em colaboração com o Instituto Norte-americano Walter-Reed e o hospital Mbeya na Tanzânia. Em 2010 foi promovido a professor e director do sector de saúde global e doenças infec- ciosas. Desde 2013, tem estado a trabalhar igualmente com o CISPOC – Centro de Investigação em Saúde da Polana Caniço, na área de pesquisa em tuberculose. Um tema apresentado pelo professor Mi- chael no dia 12 de maio de 2015 na Sala Magna da Faculdade de medicina
  • 6. 6 Questões chave na prevenção do HIV em 2015 Um tema apresentado por Dr. Timothy no dia 10 de maio de 2015 no Anfiteatro do Ministerio da Saúde Dr. Timothy Mastro é licenciado em medicina, com especialidade em Medicina Internacional e treinado pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) como oficial de inteligência e serviços epidemiológicos. O Dr. Mastro é igualmente professor adjunto de epidemiologia da Escola de Gill- ings na Universidade de Saúde Publica Global da Carolina do Norte em Chapel Hill. É autor de mais de 150 artigos publicados em vários capítulos de livros. Recebeu prémio Alexander Langmuir na área de investigação Epidemiológica e o prémio Shepard Charles na área de ciência. “A investigação é a base de qualquer faculdade” A Faculdade de Medicina da Uni- versidade Eduardo Mondlane oferece Licenciatura em Me- dicina desde 1963, porem, até hoje ela não agrega no seu currículo a compo- nente de investiga- ção. S obre este assunto conversamos com um estudante “A” do quinto ano de Medicina que nas entrelinhas que se seguem, faz-nos saber que a metodologia de investi- gação deve fazer parte do currículo para agregar va- lor a própria instituição. Entrevistador: Como é que vê o currículo da Fa- culdade de Medicina? Estudante A: No que toca a investigação o nosso currículo peca. Os currí- culos que estamos a usar neste momento não cons- tam em nenhuma parte dele uma disciplina que está focada a metodologia de investigação científica. No entanto, existem um conjunto de três ou qua- tro disciplinas que não são necessariamente de investigação científica, mas acabamos de apren- der um pouquinho daqui- lo que é investigação. No primeiro ano existem uma disciplina em que os estu- dantes saem para os cen- tros de saúde ou para os bairros da cidade de Ma- puto e fazem aquilo que se chama de “reconheci- mento de área de saúde”. No segundo ano tive uma disciplina que ensina-se elaboração de protocolo de investigação, mas o en- sino não é de forma inten- siva, é como se fosse um módulo e, isso não chega a ser o suficiente para um estudante sair da facul- dade com cabeça erguida de que sabe investigar. Depois tive uma outra disciplina em que íamos saindo para determinadas zonas para identificarmos as doenças que mais exis- tem para depois juntar os dados e interpretá-los na base de conhecimentos de estatística. Mas mes- mo assim, não considero investigação, mas apenas processos que podem dar, de longe, a ideia de que venha a ser uma investi- gação científica. Entrevistador: De quem seria a responsabilidade Entrevista
  • 7. 7 desta ausência? Estudante A: Não pos- so culpar o currículo por isso,masatéondesei,exis- tem cursos extracurricu- lares que são leccionados na própria faculdade que tem a componente de in- vestigação. Exemplo, para o primeiro e segundo ano, os estudantes tem direito de participar de curso de informática no qual são introduzidos ferramentas de investigação. Porem, embora a faculdade tenha mais de 1000 estudantes, pouquíssimos tem inte- resses em aderir ao curso. Também existe um outro curso extracurricular que se chama: “iniciação para investigação científica”, no entanto, apesar de ha- ver vagas limitadas, vê-se logo de inicio que os estu- dantes têm pouco interes- se. Eu penso que para um curso deste, numa facul- dade onde não tem uma disciplina específica de investigação científica no seu currículo, era suposto uma grande corrida, mas não se nota. Entrevistador: Que con- sequência a curto e longo prazo para os estudantes deste desinteresse? Estudante A: A primeira oportunidade que eu noto é que os estudantes per- dem a oportunidade de saber procurar informa- ção. Nós temos livros, que considero poucos dado a demanda, então somos obrigados a recorrer a fontes online – internet . Neste caso, o estudante fica sem saber utilizar as plataformas, sem conhe- cer os verdadeiros sites e jornais científicos que nos ajudariam a ter uma ideia para investigar ou até mesmo estudar. E esta é uma consequência a cur- to prazo. E a longo prazo, o estu- dante pode se mostrar com um deficit de co- nhecimento muito forte enquanto no seu posto de trabalho. Por exemplo, a falta de conhecimentos estatísticos que este tem por não ter participado neste cursos fazer-lhe-á num médico graduado sem qualidade. E quando tem que fazer estatísticas no seu dia-a-dia de tra- balho não irá conseguir. Então eu acredito que se se incluísse uma discipli- na de investigação cientí- fica no currículo, todo o estudante seria obrigado a estudá-la e consequente- mente teríamos médicos cientistas ou investigado- res capazes de se inserir no mercado de trabalho sem muitas dificuldades. Falo isso a semelhança de alguns países que tem no seu currículo de medicina Metodologia de investiga- ção 1, 2, 3 etc. Entrevistador: E se exis- tisse uma disciplina de investigação científica no currículo da faculdade de medicina, o que mudaria? Estudante A: Estaríamos a ajudar o estudante a bus- car informação e com isso venceríamos a limitação de acesso a informação dos livros que tem sido escassa. Depois teríamos pessoas mais bem prepa- radas em termo de pro- cura de respostas tanto para problemas de saúde locais, como para proble- mas mesmo de elabora- ção de dados estatísticos. Teríamos uma geração uma geração de médicos cientistas ou, usando o termo correcto, médicos investigadores e isso faria com que tivéssemos mui- to mais investigação na nossa área feito por mo- çambicanos e isso traria inovação no nosso meio. Inovação em termos de diagnóstico, tratamento e iniciativas de prevenção. E fora a isso, acredito que somente a metodologia de investigação engrandece uma universidade. Se ti- véssemos mais estudantes engrenados nesta área de investigação estaríamos a ajudar a subir o nível da nossa universidade. Entrevistador: Qual é a apreciação que faz sobre o actual nível de investiga- ção em medicina, em Mo- çambique? Estudante A: De acordo com aquilo que eu tenho visto, penso que existe investigação, porem este acto é muitas vezes feito pelos nossos docentes ou orientadores. As investi- gações localmente pro- duzidas que conheço, são publicadas em jornais es- trangeiro e ainda não vi um jornal moçambicano que apareça as nossas in- vestigações em peso. Se nós pudéssemos ter um jornal de investigação da faculdade e incluir mais estudantes de nível de li- cenciatura e mestrado neste processo seria me- lhor, dado que este grupo, é muitas vezes deixado para trás quando se trata de produção de artigos de investigação. Outra coisa é que a maior parte dos estudos em medicina que tenho visto da faculdade de medicina estão em as- sociação com o hospital central de Maputo e o Ins- tituto Nacional de Saúde, para dizer que há interli- gação que significa cres- cimento. Entretanto, se tivéssemos investigadores experimentados na área a apoiarem os estudan- tes, penso que seria uma mais-valia. Entrevista
  • 8. 8 Conheça o calendario academico do segundo semestre 2015 Publicidade