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Bioquímica do flúor
O que é o Flúor?
•Flúor é um elemento químico, símbolo F
• Em CNTP, é um gás de coloração amarelo-pálido
•
•É o mais eletronegativo e reativo de todos os elementos
Flúor
 É o mais eletronegativo e reativo de todos os
elementos
•Flúor é um elemento químico, símbolo F
• Em CNTP, é um gás de coloração amarelo-pálido
•
•É o mais eletronegativo e reativo de todos os elementos
• Em sua forma ionizada (F–) é extremamente perigoso,
podendo ocasionar graves queimaduras químicas se em
contato com tecidos vivos
Flúor
•Dejeto da indústria
• Usado como pesticida e raticida
• Níveis 0,6 a 2,5 ppm provoca envelhecimento precoce,
degeneração dos ossos e articulações e problemas dentários
• Inibe várias enzimas e atrapalha síntese do colágeno
Frederick Mckay
 1920
 Manchas marrons do colorado (oeste dos EUA)
 1930
 Dentes escuros em bauxita (ALCOA)
 H.V. Churchill descobriu que o problema estava nos
níveis de flúor da água
 Níveis a partir de 2,5 mg/L – manchas nos dentes
 Embora manchados eram resistentes à cáries
Flúor
 Quando observou-se que populações que
consumiam água naturalmente fluoretada
apresentavam um menor índice de cárie, acreditou-
se que o mineral F incorporado ao dente seria
importante para diminuir a sua solubilidade
Flúor
 Essa idéia perdurou por mais de meio século, e ainda hoje
vemos tal descrição em divulgações sobre o mecanismo de
ação do flúor
 No entanto, mesmo que o dente seja enriquecido com uma
grande quantidade de F, a porcentagem em relação ao
mineral total não chega a 10%
Flúor
 A menor solubilidade do mineral FA não muda
significativamente a solubilidade do dente enriquecido com
ela
Flúor
 Portanto, não é necessário incorporar F- ao dente em
formação (efeito sistêmico) para que ele tenha efeito
anticárie
Flúor
 Descrições incorretas ou inapropriadas
 fortalece os dentes
 inibe a produção de ácidos produzidos pelas bactérias da placa
dental
 método sistêmico de uso de flúor
Flúor
 Mais diversos meios de uso
 Novos produtos lançados em todo momento
 Difícil indicar o mais adequado
 nível populacional ou individual
 sem que a real ação do íon na cavidade bucal seja conhecida
Flúor
 mecanismo de ação
 meios de utilização
 as limitações de seu uso, em termos de toxicidade aguda e crônica
Flúor
 O primeiro conceito importante é:
 o mecanismo de ação do íon flúor é sempre o mesmo, independente do meio de
utilização
Flúor
 Água fluoretada
 Dentifrícios
 Bochechos
 produtos para aplicação profissional
 materiais odontológicos que liberam fluoreto
 todos agem da mesma forma
Flúor
 Todos agem da mesma forma
fornecem íons flúor para a cavidade bucal
Flúor
 É necessário mais do que o simples conceito
 mineral fluorapatita (FA) é menos solúvel do que a
hidroxiapatita (HA) da estrutura dental
 Ca10(PO4)6(OH)2
 Ca10(PO4)6F2
Mas afinal, como o F-
controla a cárie
dental?
Flúor
 Voltamos ao conceito de que
 FA é um mineral menos solúvel do que a HA
 Ca10(PO4)6F2 Ca10(PO4)6(OH)2
Flúor
 A Hidroxiapatita é formada por fosfato de cálcio
cristalino (Ca10(PO4)6(OH)2)
 O esmalte que cobre os dentes contém este
mineral
Flúor
 Esse mineral se dissolve em ácido
 (PO4)-
 (OH)- - reagem com H+ => H2O
 Ca10(PO4)6(OH)2 + 14H+ => 10Ca2 + 6H2PO4
- + 2H2
(hidrofosfato de cálcio)
Flúor
 Assim, havendo F- presente na cavidade bucal, toda
perda mineral que ocorrer sob o biofilme dental
cariogênico tenderá a ser parcialmente revertida pela
precipitação no dente do mineral menos solúvel (FA)
Ca10(PO4)6(OH)2 + 14H+ => 10Ca2 + 6H2PO4
- + 2F- =>Ca10(PO4)6F2
Flúor
 Assim, havendo F- presente na cavidade bucal, toda
perda mineral que ocorrer sob o biofilme dental
cariogênico tenderá a ser parcialmente revertida pela
precipitação no dente do mineral menos solúvel FA
 Com isso, a perda mineral líquida é reduzida, uma
vez que parte dos minerais perdidos é reposta
novamente na estrutura dental
Flúor
 Sendo menos solúvel, a FA é um mineral que tende a
se precipitar mais facilmente do que a HA em meio
contendo cálcio e fosfato inorgânico
 minerais presentes na saliva e na placa dental
(biofilme)
Ca10(PO4)6(OH)2 + 14H+ => 10Ca2 + 6H2PO4
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Flúor
 Portanto, mais importante do que ter F- incorporado
à estrutura mineral do dente, é ter fluoreto disponível
na cavidade bucal
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Limitações ao uso de
fluoretos?
Limitações ao uso de fluoretos
Toxicidade
Limitações ao uso de fluoretos
- Toxicidade aguda
- Toxicidade crônica (fluorose dental)
Limitações ao uso de fluoretos
 Qualquer F- absorvido pelo organismo e circulando pelo sangue terá
potencial de manifestar algum efeito colateral
 Os efeitos colaterais dependem da dose absorvida
Limitações do uso de fluoreto
- Toxicidade aguda
- Devido a ingestão de uma quantidade excessiva de F- em uma única
dose
- Os sintomas mais leves incluem mal estar gástrico e vômitos
- Dependendo da dose - a intoxicação pode levar à morte
Limitações do uso de fluoreto
- Toxicidade aguda
- Ao ser absorvido pelo organismo, o F- desencadeia uma série de
sintomas:
- Hipersalivação
- Suor frio
- Queda de pressão
- Depressão respiratória
- Arritmia cardíaca
- Desorientação
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FLÚOR
 Toxicidade do flúor
 Toxicidade aguda
 dose máxima tolerável 8 - 16 mg / kg de peso
 dose letal 32 - 64 mg / kg de peso
Na criança menor de 6 anos a dose tóxica provável é de 0,5 mg / kg de
peso
Limitações do uso de fluoreto
- Toxicidade crônica (fluorose dental)
- Os benefícios anticárie do fluoreto foram descobertos
indiretamente pela fluorose dental
- Foi encontrada uma concentração chamada de “ótima”, que
produzia o máximo de redução de cárie (benefício) com o mínimo de
efeito colateral (fluorose dental esteticamente aceitável)
Limitações do uso de fluoreto
- Toxicidade crônica (fluorose dental)
- Fluorose dental é um efeito sistêmico, portanto, o grau de
fluorose provocado nos dentes dependerá da concentração de F-
no sangue
Limitações do uso de fluoreto
- Toxicidade crônica (fluorose dental)
- Apenas os dentes em processo de formação do esmalte dental
estão sujeitos à fluorose
- Idade de risco para o desenvolvimento de fluorose em dentes
permanentes anteriores é dos 20 aos 30 meses de idade
Limitações do uso de fluoreto
- Toxicidade crônica (fluorose dental)
- Fluorose é um efeito sistêmico, portanto dentes formados no
mesmo período devem apresentar o mesmo grau de alteração
-Deve haver homologia (jamais haverá fluorose em apenas
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  • 2. O que é o Flúor?
  • 3. •Flúor é um elemento químico, símbolo F • Em CNTP, é um gás de coloração amarelo-pálido • •É o mais eletronegativo e reativo de todos os elementos
  • 4. Flúor  É o mais eletronegativo e reativo de todos os elementos
  • 5. •Flúor é um elemento químico, símbolo F • Em CNTP, é um gás de coloração amarelo-pálido • •É o mais eletronegativo e reativo de todos os elementos • Em sua forma ionizada (F–) é extremamente perigoso, podendo ocasionar graves queimaduras químicas se em contato com tecidos vivos
  • 6. Flúor •Dejeto da indústria • Usado como pesticida e raticida • Níveis 0,6 a 2,5 ppm provoca envelhecimento precoce, degeneração dos ossos e articulações e problemas dentários • Inibe várias enzimas e atrapalha síntese do colágeno
  • 7. Frederick Mckay  1920  Manchas marrons do colorado (oeste dos EUA)  1930  Dentes escuros em bauxita (ALCOA)  H.V. Churchill descobriu que o problema estava nos níveis de flúor da água  Níveis a partir de 2,5 mg/L – manchas nos dentes  Embora manchados eram resistentes à cáries
  • 8.
  • 9. Flúor  Quando observou-se que populações que consumiam água naturalmente fluoretada apresentavam um menor índice de cárie, acreditou- se que o mineral F incorporado ao dente seria importante para diminuir a sua solubilidade
  • 10. Flúor  Essa idéia perdurou por mais de meio século, e ainda hoje vemos tal descrição em divulgações sobre o mecanismo de ação do flúor  No entanto, mesmo que o dente seja enriquecido com uma grande quantidade de F, a porcentagem em relação ao mineral total não chega a 10%
  • 11. Flúor  A menor solubilidade do mineral FA não muda significativamente a solubilidade do dente enriquecido com ela
  • 12.
  • 13. Flúor  Portanto, não é necessário incorporar F- ao dente em formação (efeito sistêmico) para que ele tenha efeito anticárie
  • 14. Flúor  Descrições incorretas ou inapropriadas  fortalece os dentes  inibe a produção de ácidos produzidos pelas bactérias da placa dental  método sistêmico de uso de flúor
  • 15. Flúor  Mais diversos meios de uso  Novos produtos lançados em todo momento  Difícil indicar o mais adequado  nível populacional ou individual  sem que a real ação do íon na cavidade bucal seja conhecida
  • 16. Flúor  mecanismo de ação  meios de utilização  as limitações de seu uso, em termos de toxicidade aguda e crônica
  • 17. Flúor  O primeiro conceito importante é:  o mecanismo de ação do íon flúor é sempre o mesmo, independente do meio de utilização
  • 18. Flúor  Água fluoretada  Dentifrícios  Bochechos  produtos para aplicação profissional  materiais odontológicos que liberam fluoreto  todos agem da mesma forma
  • 19. Flúor  Todos agem da mesma forma fornecem íons flúor para a cavidade bucal
  • 20. Flúor  É necessário mais do que o simples conceito  mineral fluorapatita (FA) é menos solúvel do que a hidroxiapatita (HA) da estrutura dental  Ca10(PO4)6(OH)2  Ca10(PO4)6F2
  • 21. Mas afinal, como o F- controla a cárie dental?
  • 22.
  • 23. Flúor  Voltamos ao conceito de que  FA é um mineral menos solúvel do que a HA  Ca10(PO4)6F2 Ca10(PO4)6(OH)2
  • 24. Flúor  A Hidroxiapatita é formada por fosfato de cálcio cristalino (Ca10(PO4)6(OH)2)  O esmalte que cobre os dentes contém este mineral
  • 25. Flúor  Esse mineral se dissolve em ácido  (PO4)-  (OH)- - reagem com H+ => H2O  Ca10(PO4)6(OH)2 + 14H+ => 10Ca2 + 6H2PO4 - + 2H2 (hidrofosfato de cálcio)
  • 26. Flúor  Assim, havendo F- presente na cavidade bucal, toda perda mineral que ocorrer sob o biofilme dental cariogênico tenderá a ser parcialmente revertida pela precipitação no dente do mineral menos solúvel (FA) Ca10(PO4)6(OH)2 + 14H+ => 10Ca2 + 6H2PO4 - + 2F- =>Ca10(PO4)6F2
  • 27. Flúor  Assim, havendo F- presente na cavidade bucal, toda perda mineral que ocorrer sob o biofilme dental cariogênico tenderá a ser parcialmente revertida pela precipitação no dente do mineral menos solúvel FA  Com isso, a perda mineral líquida é reduzida, uma vez que parte dos minerais perdidos é reposta novamente na estrutura dental
  • 28. Flúor  Sendo menos solúvel, a FA é um mineral que tende a se precipitar mais facilmente do que a HA em meio contendo cálcio e fosfato inorgânico  minerais presentes na saliva e na placa dental (biofilme) Ca10(PO4)6(OH)2 + 14H+ => 10Ca2 + 6H2PO4 - + 2F- =>Ca10(PO4)6F2
  • 29. Flúor  Portanto, mais importante do que ter F- incorporado à estrutura mineral do dente, é ter fluoreto disponível na cavidade bucal  Para ser incorporado à estrutura mineral do dente
  • 30. Limitações ao uso de fluoretos?
  • 31. Limitações ao uso de fluoretos Toxicidade
  • 32. Limitações ao uso de fluoretos - Toxicidade aguda - Toxicidade crônica (fluorose dental)
  • 33. Limitações ao uso de fluoretos  Qualquer F- absorvido pelo organismo e circulando pelo sangue terá potencial de manifestar algum efeito colateral  Os efeitos colaterais dependem da dose absorvida
  • 34. Limitações do uso de fluoreto - Toxicidade aguda - Devido a ingestão de uma quantidade excessiva de F- em uma única dose - Os sintomas mais leves incluem mal estar gástrico e vômitos - Dependendo da dose - a intoxicação pode levar à morte
  • 35. Limitações do uso de fluoreto - Toxicidade aguda - Ao ser absorvido pelo organismo, o F- desencadeia uma série de sintomas: - Hipersalivação - Suor frio - Queda de pressão - Depressão respiratória - Arritmia cardíaca - Desorientação - Coma - Morte
  • 36. FLÚOR  Toxicidade do flúor  Toxicidade aguda  dose máxima tolerável 8 - 16 mg / kg de peso  dose letal 32 - 64 mg / kg de peso Na criança menor de 6 anos a dose tóxica provável é de 0,5 mg / kg de peso
  • 37. Limitações do uso de fluoreto - Toxicidade crônica (fluorose dental) - Os benefícios anticárie do fluoreto foram descobertos indiretamente pela fluorose dental - Foi encontrada uma concentração chamada de “ótima”, que produzia o máximo de redução de cárie (benefício) com o mínimo de efeito colateral (fluorose dental esteticamente aceitável)
  • 38. Limitações do uso de fluoreto - Toxicidade crônica (fluorose dental) - Fluorose dental é um efeito sistêmico, portanto, o grau de fluorose provocado nos dentes dependerá da concentração de F- no sangue
  • 39. Limitações do uso de fluoreto - Toxicidade crônica (fluorose dental) - Apenas os dentes em processo de formação do esmalte dental estão sujeitos à fluorose - Idade de risco para o desenvolvimento de fluorose em dentes permanentes anteriores é dos 20 aos 30 meses de idade
  • 40. Limitações do uso de fluoreto - Toxicidade crônica (fluorose dental) - Fluorose é um efeito sistêmico, portanto dentes formados no mesmo período devem apresentar o mesmo grau de alteração -Deve haver homologia (jamais haverá fluorose em apenas um dos incisivos ou molares)