O documento discute a história e os mecanismos de ação do flúor na prevenção de cárie, as formas de apresentação do flúor, e os riscos do uso excessivo causando fluorose. É importante usar flúor de forma equilibrada para obter os benefícios de prevenção de cárie sem causar danos à saúde.
2. •Maior descoberta da Odontologia;
•Promove a prevenção da cárie em diversos níveis;
FLÚOR
3. HISTÓRICO
•1931 Petrey funcionário da ALCOA, detectou
grandes quantidades de flúor na água (13,7
ppm);
•Flúor na água + esmalte mosqueado = cárie;
•Estudos posteriores foram realizados para
chegar nos níveis adequados de fluoretação;
4. FORMAS DE APRESENTAÇÃO
•Alto poder de reação com outros elementos formando
sais de fluoreto;
•Quando introduzido na água de abastecimento, é
necessário ajustar a proporção adequada:
principalmente com relação ao clima.
6. •Presente também em vários produtos odontológicos;
•Aplicação geralmente simples.
7. MECANISMO DE AÇÃO DO
FLÚOR
Queda do pH da
placa e esmalte
Hidroxiapatita se
dissolve
Flúor e deposita na
área
desmineralizada
Formação de
Fluorhidroxiapatita
9. •Flúor inibe a desmineralização do esmalte;
•“Trata” a lesão no início;
•A reposição de minerais na estrutura do esmalte não o
faz retornar à condição de mineralização encontrada
quando hígido;
•As lesões são controladas e permanecem como
cicatrizes no esmalte.
MECANISMO DE AÇÃO DO
FLÚOR
10.
11.
12. • Os programas de controle de cárie dentária,
tanto para reversão dos quadros de alta
atividade de doença (função terapêutica)
quanto para manutenção do seu controle
(função preventiva) tem como suporte a
utilização racional dos fluoretos, onde se
aproveita ao máximo sua ação sem causar
fluorose.
16. A fluorose é uma alteração que ocorre devido ao excesso de
ingestão de flúor, durante a formação dos dentes.
A fluorose em dentes decíduos possui características semelhantes
às da fluorose em dentes permanentes.
Ocorre primordialmente nos dentes cuja mineralização se dá após o
nascimento.
Rodrigues,C.R.,1999
17. As lesões fluoróticas são, em geral, bilateralmente
simétricas e tendem a mostrar um padrão estriado
horizontal que atravessa o dente de lado a lado.
Os pré-molares e segundos molares são os mais
freqüentemente afetados, seguidos pelos incisivos
superiores enquanto que os incisivos inferiores são
os menos afetados.
Rodrigues,C.R.,1999
18. Período em que os dentes estão mais sujeitos a
fluorose é em torno 22 aos 26 meses
Incisivos: perigoso ingestão até cinco anos de idade
Molares decíduos sempre menos afetados que
permanentes
19. Alteração de cor do esmalte, que pode assumir uma tonalidade
esbranquiçada ou exibir pequenas manchas ou linhas brancas.
Nos casos mais graves, adquire uma coloração acastanhada ou
marrom e marrom escuro, podendo haver perda de estrutura
dental (depressões)
Tredwin,C.J.et al,2005.
Rodrigues,C.R.,1999
20. A preocupação com os problemas de fluorose vem
crescendo e indicam aumento na prevalência e na
gravidade, tanto em países desenvolvidos como em
desenvolvimento, com água fluoretada ou não.
Fejerskov et al,1994.
21. Muitos trabalhos apontam como causa da fluorose a utilização de
gotas e comprimidos contendo flúor, inclusive muitos complexos
vitamínicos recomendados pelos pediatras.
Pediatras indicam produtos à base de soja às crianças que
apresentam intolerância ao leite de vaca, aumentando a
quantidade de ingestão de F considerada segura.
Anzai,A, 2003.
22. Bebidas carbonatadas, chás industrializados,sucos e sopas
prontas, salmão , sardinha, frutos do mar,e principalmente
frango possuem concentrações altas de F.
Anzai,A, 2003.
23. Causas:
Os anti-sépticos bucais contendo flúor também podem contribuir,
se indicados para crianças que ainda não tenham controle
adequado da deglutição.
Ingestão de produtos fluoretados em locais onde já existe água
fluoretada, sendo que o mais comum é o dentifrício (creme
dental) fluoretado, que muitas crianças engolem durante a
escovação.
Tredwin,C.J.et al,2005.
24. Gravidez:
Na gravidez não é necessário ingerir suplementos de flúor,
pois sabe-se que a principal ação preventiva é a tópica, ou
seja, a que se dá pelo contato do flúor na boca com os dentes.
Além disso, na gestante que ingere água fluoretada, o flúor
passa para o bebê através da placenta.
A porção formada na vida intra-uterina, mesmo que a
gestante ingerisse ligeiro excesso, receberia proteção da
placenta, que é uma barreira semipermeável que deixa passar
apenas uma parte do flúor circulante.
25. • A Nutrition of the American Academy of Pediatrics ,em
1994, contraindica a suplementação de flúor quando a
concentração na água for acima de 0,6 ppm F.
• Os dentifrícios possuem uma concentração de 1000 a
1500 ppm tanto na forma de fluoreto de sódio quanto de
monofosfato de sódio.
• As concentrações nos produtos odontológicos variam de
230 ppm até 22.600 ppm
Anzai,A, 2003.
26. • Avaliando-se os leites UHT, os integrais e
desnatados apresentaram as menores concentrações
de F, entre 0,02 e 0,07 ug/ml.
Buzalaf, M. et al, 2006.
27. • Os achocolatados excedaram a dose máxima ,
desconsiderando-se outras fontes de ingestão de F.
• Cereais infantis Mucilon : 2,44 ppm
Neston : 6,2 ppm)
Buzalaf, M. et al, 2006.
28. • Avaliando-se bolachas e chocolates em barras,
observou-se que a ingestão de 3 unidades do produto
com dose máxima , contribuiu com 45% da dose de
ingestão diária de F.
Buzalaf, M. et al, 2003.
29. • Idade adequada para uso de pasta com flúor:
•43% dos odontopediatras – abaixo de 3 anos de idade
•17% recomendam para crianças de 6 meses.
Buzalaf,M.R. et al, 2006.
30. Tratamento:
A descoberta da fluorose não traz grandes mudanças do ponto
de vista prático, a não ser nos casos em que a estética é muito
prejudicada e começa a incomodar o paciente.
A maioria dos casos observados atualmente são fluorose
muito leve ou leve, em que as manchas ou linhas brancas
ficam disfarçadas quando o dente está úmido, não sendo
necessário nenhum tratamento.
Caso seja necessário melhorar a estética, existem algumas
técnicas disponíveis, que vão de um microdesgaste do esmalte
até técnicas restauradoras tradicionais.