1. O documento discute o mito bíblico de Babel e sua importância para entender as origens da cultura humana e da diversidade linguística.
2. Segundo Freud, o mito da horda primitiva explica como surgiram as primeiras instituições sociais, morais e religiosas a partir do assassinato do pai tirano e da proibição do incesto e do crime entre membros do mesmo clã.
3. A torre de Babel simboliza a tentativa inicial dos seres humanos de construírem uma única cultura e lí
Desconstruindo paulo freire thomas giullianoRenato Lucena
I. O autor critica Paulo Freire por considerá-lo um defensor medíocre de causas que vilipendiam a dignidade humana, como o apoio às tiranias comunistas.
II. Explica que é necessário compreender os limites do pensamento marxista para entender as deficiências intelectuais de Freire, já que este se baseava no marxismo.
III. Irá discutir as afinidades entre Freire e o marxismo, as apologias de Freire às opressões comunistas e fragilidades teóricas de seu sistema did
1) O texto discute o discurso sobre sexualidade e como Freud ajudou a estabelecer uma conexão entre corpo e saber.
2) Freud desenvolveu a psicanálise que buscava revelar os segredos inconscientes das pessoas.
3) Ele acreditava que a civilização se baseia na repressão dos impulsos sexuais, gerando sentimentos de culpa.
Slides - Cap. 3 - Fischer - Foucault e o desejável conhecimento do sujeitoAlessandro Alves
O documento discute como Foucault abordou o sujeito ao longo de sua obra, desde a constituição do sujeito "louco" até as técnicas de si pelas quais os indivíduos se constituíam como sujeitos morais. Foucault mostrou que diferentes modos de objetivação transformaram os seres humanos em sujeitos submetidos a formas de poder, e que a confissão tornou-se uma técnica central para a produção de verdade sobre o sujeito.
O documento discute a relação entre filosofia e família ao longo da história. A família não recebeu muita atenção dos filósofos, que se concentraram em outros tópicos como o cosmos, a pólis e o indivíduo. Também analisa como oposições como biológico vs social prejudicaram a reflexão filosófica sobre a família.
Este documento discute as ideias de Karl Marx e seu impacto na história. [1] Marx introduziu a inteligência e a consciência na história humana ao mostrar como as ideias se desenvolvem a partir das condições econômicas e das relações de produção. [2] Isto permitiu que as classes oprimidas tomassem consciência de si mesmas e de sua capacidade de mudar a sociedade. [3] Marx é celebrado como um pensador revolucionário que inspirou o proletariado em sua luta contra a exploração.
1) O documento discute o mito da caverna de Platão e como ele ilustra a necessidade constante de buscar conhecimento através da educação.
2) A educação é vista como um processo de libertação, personalização e socialização que leva ao amadurecimento humano de forma qualitativa.
3) Os processos de socialização, personalização e libertação são analisados em detalhe como formas pelas quais a educação pode promover o desenvolvimento do indivíduo.
Fernandes, florestan [artigo] comunidade-e-sociedade-tonnies-ferdinand-comu...Daylson Lima
1) O documento discute as diferenças conceituais entre comunidade e sociedade, argumentando que comunidade se refere a relações mais íntimas e orgânicas enquanto sociedade se refere a relações mais públicas e mecânicas.
2) A teoria da comunidade é apresentada, começando por formas embrionárias como a relação entre mãe e filho, casais e irmãos.
3) É discutido como desigualdades surgem naturalmente dentro da comunidade, mas só até certo ponto para não ameaçar a unidade da
O documento discute a Psicologia como ciência, abordando seu desenvolvimento histórico desde a Grécia Antiga. Apresenta os principais conceitos da Psicologia e como ela é aplicada na educação, dividindo o assunto em quatro subtópicos: introdução à Psicologia, Psicologia como ciência, teóricos e teorias da Psicologia, e presença da Psicologia na educação brasileira.
Desconstruindo paulo freire thomas giullianoRenato Lucena
I. O autor critica Paulo Freire por considerá-lo um defensor medíocre de causas que vilipendiam a dignidade humana, como o apoio às tiranias comunistas.
II. Explica que é necessário compreender os limites do pensamento marxista para entender as deficiências intelectuais de Freire, já que este se baseava no marxismo.
III. Irá discutir as afinidades entre Freire e o marxismo, as apologias de Freire às opressões comunistas e fragilidades teóricas de seu sistema did
1) O texto discute o discurso sobre sexualidade e como Freud ajudou a estabelecer uma conexão entre corpo e saber.
2) Freud desenvolveu a psicanálise que buscava revelar os segredos inconscientes das pessoas.
3) Ele acreditava que a civilização se baseia na repressão dos impulsos sexuais, gerando sentimentos de culpa.
Slides - Cap. 3 - Fischer - Foucault e o desejável conhecimento do sujeitoAlessandro Alves
O documento discute como Foucault abordou o sujeito ao longo de sua obra, desde a constituição do sujeito "louco" até as técnicas de si pelas quais os indivíduos se constituíam como sujeitos morais. Foucault mostrou que diferentes modos de objetivação transformaram os seres humanos em sujeitos submetidos a formas de poder, e que a confissão tornou-se uma técnica central para a produção de verdade sobre o sujeito.
O documento discute a relação entre filosofia e família ao longo da história. A família não recebeu muita atenção dos filósofos, que se concentraram em outros tópicos como o cosmos, a pólis e o indivíduo. Também analisa como oposições como biológico vs social prejudicaram a reflexão filosófica sobre a família.
Este documento discute as ideias de Karl Marx e seu impacto na história. [1] Marx introduziu a inteligência e a consciência na história humana ao mostrar como as ideias se desenvolvem a partir das condições econômicas e das relações de produção. [2] Isto permitiu que as classes oprimidas tomassem consciência de si mesmas e de sua capacidade de mudar a sociedade. [3] Marx é celebrado como um pensador revolucionário que inspirou o proletariado em sua luta contra a exploração.
1) O documento discute o mito da caverna de Platão e como ele ilustra a necessidade constante de buscar conhecimento através da educação.
2) A educação é vista como um processo de libertação, personalização e socialização que leva ao amadurecimento humano de forma qualitativa.
3) Os processos de socialização, personalização e libertação são analisados em detalhe como formas pelas quais a educação pode promover o desenvolvimento do indivíduo.
Fernandes, florestan [artigo] comunidade-e-sociedade-tonnies-ferdinand-comu...Daylson Lima
1) O documento discute as diferenças conceituais entre comunidade e sociedade, argumentando que comunidade se refere a relações mais íntimas e orgânicas enquanto sociedade se refere a relações mais públicas e mecânicas.
2) A teoria da comunidade é apresentada, começando por formas embrionárias como a relação entre mãe e filho, casais e irmãos.
3) É discutido como desigualdades surgem naturalmente dentro da comunidade, mas só até certo ponto para não ameaçar a unidade da
O documento discute a Psicologia como ciência, abordando seu desenvolvimento histórico desde a Grécia Antiga. Apresenta os principais conceitos da Psicologia e como ela é aplicada na educação, dividindo o assunto em quatro subtópicos: introdução à Psicologia, Psicologia como ciência, teóricos e teorias da Psicologia, e presença da Psicologia na educação brasileira.
O documento discute a relação entre filosofia, capitalismo e formação social. Apresenta a visão de que o sistema capitalista impõe dominação e exploração das classes oprimidas. Também reflete sobre o papel do filósofo em questionar ideias dominantes e compreender a realidade de forma crítica, ao invés de apenas explicá-la.
O documento discute os conceitos de pós-modernismo e pós-modernidade, apresentando suas principais características como a dominância da imaginação das mídias, a colonização pelos mercados e o consumismo. Também apresenta a biografia do filósofo Michel Foucault e resume alguns de seus principais livros e ideias sobre vigilância, poder e normalização na sociedade disciplinar moderna.
A filosofia e outras formas de pensar atualizado 1.0KauanCoutinho1
O documento discute os conceitos de mito, religião, senso comum e sua relação com a filosofia. Explica que o mito usa narrativas para explicar o mundo, diferentemente da filosofia que busca explicações racionais. A religião se baseia em dogmas e revelações, enquanto a filosofia procura construir explicações racionais. O senso comum não é sistemático, ao contrário da filosofia que parte do senso comum mas vai além através de métodos.
A filosofia penal dos espíritas (fernando ortiz)Ricardo Akerman
Espiritismo, Doutrina espírita, Kardecismo ou Espiritismo kardecista é uma doutrina religiosa e filosófica mediúnica ou moderno espiritualista. Foi "codificada" (ou seja, tomou corpo de doutrina - pela universalidade dos ensinos dos espíritos) pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec.
Apesar de ser uma religião completa e autônoma apenas no Brasil, o espiritismo tem se expandido e, segundo dados do ano 2005, conta com cerca de 15 milhões de adeptos espalhados entre diversos países, como Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Bélgica Estados Unidos, Japão, Alemanha, Argentina, Canadá, e, principalmente, Cuba, Jamaica e Brasil, sendo que este último tem a maior quantidade de adeptos no mundo. No entanto, vale frisar que é difícil estipular a quantidade existente de espíritas, pois as principais estipulações sobre isso são baseadas em censos demográficos em que se é perguntado qual a religião dos cidadãos, porém nem todos os espíritas interpretam o Espiritismo como religião.
Ser-consigo e tecnologias do eu - Foucault e EducaçãoKarla Saraiva
O documento discute as ideias de Michel Foucault sobre ética. Foucault analisa como diferentes culturas ao longo da história, como a cultura grega clássica e o cristianismo, desenvolveram diferentes formas de relação entre o indivíduo e a verdade sobre si mesmo, e como isso influenciou a constituição do sujeito e práticas éticas. Ele também reflete sobre as implicações políticas dessas ideias para pensar novas formas de resistência.
Este documento resume os principais pontos da obra "Fé e Saber" de Jürgen Habermas. Habermas defende uma cooperação entre ciência e religião na sociedade secular, propõe um diálogo entre as visões de mundo e aponta o Estado laico como garantidor da neutralidade do Estado sobre questões religiosas.
O documento descreve o desenvolvimento das ideias pedagógicas no Brasil entre os séculos XVIII e XIX, desde o período pombalino até as reformas de meados do século XIX. A educação passou por um período de ecletismo influenciado pelas ideias liberais, com a criação das Aulas Régias e debates na Assembleia Nacional Constituinte sobre a necessidade de uma legislação para a instrução pública. Reformas posteriores introduziram o método do ensino mútuo e definiram que a educação primária
O documento discute a contribuição da filosofia para a educação. A filosofia sempre esteve intimamente ligada à educação desde a Grécia antiga, quando surgiu com uma intenção pedagógica. A filosofia contribui para a educação em três frentes: 1) por meio de uma reflexão antropológica que constrói uma imagem do ser humano; 2) questionando os fins e valores da educação; 3) integrando os conhecimentos das ciências humanas em uma visão totalizante do ser humano.
1) O documento discute como a educação moderna se desenvolveu entre a transmissão de conhecimento e a vigilância, com a escola assumindo um papel de controle.
2) A autoridade do mestre diminuiu com a modernidade enquanto a reflexividade aumentou, mas isso também levou a uma perda da especificidade educacional.
3) Há debates sobre se as atuais dificuldades educacionais são resultado inevitável dos valores modernos ou se a função paterna sofreu mais um deslocamento do que um declínio.
O documento discute o conceito de ideologia e sua evolução histórica. Aponta que inicialmente a ideologia era vista como produto da subjetividade individual, mas que posteriormente passou a ser entendida como tendo funções sociais objetivas, ligadas às condições históricas e divisão social do trabalho. Também mostra como o Iluminismo passou a ver os preconceitos como sendo funcionalmente mantidos pelos poderosos, ainda que os Encyclopedistas não tivessem uma visão unânime sobre a origem objetiva da ideologia.
O documento discute a inclusão de estudantes autistas em escolas regulares na cidade de Manaus, analisando a Lei Orgânica 1.495/2010 e o Decreto 0687/2010 que reconhecem o direito de pessoas com autismo à educação. Ele resume a história do tratamento de deficiências e a evolução para a educação inclusiva, com foco na realidade de Manaus.
Este documento discute as ideias do filósofo Michel Foucault sobre poder e sujeito. Foucault acreditava que o poder não é centralizado, mas acontece em redes de dispositivos e mecanismos que produzem saberes, normas e subjetividades. Ele estudou como as formas de poder mudaram ao longo da história, do sistema de punição corporal para a vigilância e o confinamento na era moderna. Foucault também analisou como o poder atua de forma sutil e produtiva nas instituições por meio de técnic
A professora apresenta o conteúdo da disciplina de Teoria Geral do Conhecimento e incentiva os estudantes a irem além do trivial e do exigido. O documento também fornece um panorama geral do trabalho que será desenvolvido, incluindo discussões sobre o pensamento mítico, pré-socráticos e Sócrates.
O documento discute bullying e violência nas escolas. Apresenta exemplos históricos de comportamentos agressivos entre estudantes, como no romance O Ateneu de 1888. Também aborda como o bullying é entendido e estudado em diferentes países, e seus impactos negativos na saúde mental e desempenho escolar das vítimas. Finalmente, analisa como as escolas refletem dinâmicas da sociedade em geral no que se refere à violência.
O documento discute a contribuição da filosofia para a educação. A filosofia sempre esteve intimamente ligada à educação desde a Grécia antiga, quando surgiu com uma intenção pedagógica. A filosofia contribui para a educação em três frentes: 1) por meio de uma reflexão antropológica que constrói uma imagem do ser humano; 2) questionando os fins e valores da educação; 3) integrando os conhecimentos das ciências humanas em uma visão totalizante do ser humano.
O documento apresenta as ideias pedagógicas de Bakunin, defendendo uma educação humanista, científica e voltada para a liberdade individual. Bakunin propõe que a escola substitua a igreja na educação das crianças, formando-as com valores como razão, justiça e respeito mútuo. Defende também uma educação cada vez mais individualizada e baseada na liberdade, preparando os jovens para a emancipação quando adultos.
1) O documento discute as relações familiares na pós-modernidade e suas implicações no atendimento psicopedagógico clínico.
2) A família na pós-modernidade apresenta identidades contraditórias e pluralidade de centros de poder, e o sujeito com problemas de aprendizagem faz parte desta dinâmica.
3) A escuta clínica da comunicação e linguagem estabelecida na família pode fornecer compreensão do significado do não-aprender nesta instituição.
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeFernando Alcoforado
1) O documento discute como a alienação social, econômica e intelectual impedem o progresso humano, citando Ivan Pavlov e sua teoria do reflexo condicionado para mostrar como as pessoas são influenciadas pela ideologia dominante.
2) Os Aparelhos Ideológicos do Estado, como a família, escola e mídia, reproduzem as relações de exploração capitalista e impedem que as pessoas se reconheçam como sujeitos históricos.
3) A superação da alienação é necessária para que a humanidade possa pro
A imagem. Essa companheira inseparável de nossos corpos. Devido a ela é que nos sentimos como que perseguidos por todas as horas do dia. Manifestadora dos enigmáticos desejos, medos e movimentos deste sentir-se vivo. Contudo, independente de tão grande polêmica envolvida na imagem corporal, a abordagem deste trabalho concentra-se na grande área da Antropologia Cultural, tendo em vista sua relevância no processo etnográfico que aqui será levantado e inserido na discussão da Educação Física ou Educação Motora para a contemporaneidade.
1. O documento discute como diferentes pensadores ao longo da história, como Aristóteles e Thomas Hobbes, tiveram visões divergentes sobre a natureza humana, influenciadas por seus respectivos contextos históricos.
2. Marx e Engels posteriormente criticaram essas visões, propondo que sob o capitalismo a "condição humana" é de alienação, onde os indivíduos são regidos por ideologias em vez de pensarem por si mesmos.
3. Atualmente, a filosofia é importante para combater a imposição de ideolog
A escola tem um papel imprescindível na construção de uma sociedade, sobretudo porque é a responsável pelas primeiras etapas de socialização de seus membros. Todavia, como é que essa escola, em sua tarefa de inclusão de novos membros em uma sociedade, respeita a diversidade? Esse o desafio históric que pesa sobre a escola e seus agentes.
O documento discute a relação entre filosofia, capitalismo e formação social. Apresenta a visão de que o sistema capitalista impõe dominação e exploração das classes oprimidas. Também reflete sobre o papel do filósofo em questionar ideias dominantes e compreender a realidade de forma crítica, ao invés de apenas explicá-la.
O documento discute os conceitos de pós-modernismo e pós-modernidade, apresentando suas principais características como a dominância da imaginação das mídias, a colonização pelos mercados e o consumismo. Também apresenta a biografia do filósofo Michel Foucault e resume alguns de seus principais livros e ideias sobre vigilância, poder e normalização na sociedade disciplinar moderna.
A filosofia e outras formas de pensar atualizado 1.0KauanCoutinho1
O documento discute os conceitos de mito, religião, senso comum e sua relação com a filosofia. Explica que o mito usa narrativas para explicar o mundo, diferentemente da filosofia que busca explicações racionais. A religião se baseia em dogmas e revelações, enquanto a filosofia procura construir explicações racionais. O senso comum não é sistemático, ao contrário da filosofia que parte do senso comum mas vai além através de métodos.
A filosofia penal dos espíritas (fernando ortiz)Ricardo Akerman
Espiritismo, Doutrina espírita, Kardecismo ou Espiritismo kardecista é uma doutrina religiosa e filosófica mediúnica ou moderno espiritualista. Foi "codificada" (ou seja, tomou corpo de doutrina - pela universalidade dos ensinos dos espíritos) pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec.
Apesar de ser uma religião completa e autônoma apenas no Brasil, o espiritismo tem se expandido e, segundo dados do ano 2005, conta com cerca de 15 milhões de adeptos espalhados entre diversos países, como Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Bélgica Estados Unidos, Japão, Alemanha, Argentina, Canadá, e, principalmente, Cuba, Jamaica e Brasil, sendo que este último tem a maior quantidade de adeptos no mundo. No entanto, vale frisar que é difícil estipular a quantidade existente de espíritas, pois as principais estipulações sobre isso são baseadas em censos demográficos em que se é perguntado qual a religião dos cidadãos, porém nem todos os espíritas interpretam o Espiritismo como religião.
Ser-consigo e tecnologias do eu - Foucault e EducaçãoKarla Saraiva
O documento discute as ideias de Michel Foucault sobre ética. Foucault analisa como diferentes culturas ao longo da história, como a cultura grega clássica e o cristianismo, desenvolveram diferentes formas de relação entre o indivíduo e a verdade sobre si mesmo, e como isso influenciou a constituição do sujeito e práticas éticas. Ele também reflete sobre as implicações políticas dessas ideias para pensar novas formas de resistência.
Este documento resume os principais pontos da obra "Fé e Saber" de Jürgen Habermas. Habermas defende uma cooperação entre ciência e religião na sociedade secular, propõe um diálogo entre as visões de mundo e aponta o Estado laico como garantidor da neutralidade do Estado sobre questões religiosas.
O documento descreve o desenvolvimento das ideias pedagógicas no Brasil entre os séculos XVIII e XIX, desde o período pombalino até as reformas de meados do século XIX. A educação passou por um período de ecletismo influenciado pelas ideias liberais, com a criação das Aulas Régias e debates na Assembleia Nacional Constituinte sobre a necessidade de uma legislação para a instrução pública. Reformas posteriores introduziram o método do ensino mútuo e definiram que a educação primária
O documento discute a contribuição da filosofia para a educação. A filosofia sempre esteve intimamente ligada à educação desde a Grécia antiga, quando surgiu com uma intenção pedagógica. A filosofia contribui para a educação em três frentes: 1) por meio de uma reflexão antropológica que constrói uma imagem do ser humano; 2) questionando os fins e valores da educação; 3) integrando os conhecimentos das ciências humanas em uma visão totalizante do ser humano.
1) O documento discute como a educação moderna se desenvolveu entre a transmissão de conhecimento e a vigilância, com a escola assumindo um papel de controle.
2) A autoridade do mestre diminuiu com a modernidade enquanto a reflexividade aumentou, mas isso também levou a uma perda da especificidade educacional.
3) Há debates sobre se as atuais dificuldades educacionais são resultado inevitável dos valores modernos ou se a função paterna sofreu mais um deslocamento do que um declínio.
O documento discute o conceito de ideologia e sua evolução histórica. Aponta que inicialmente a ideologia era vista como produto da subjetividade individual, mas que posteriormente passou a ser entendida como tendo funções sociais objetivas, ligadas às condições históricas e divisão social do trabalho. Também mostra como o Iluminismo passou a ver os preconceitos como sendo funcionalmente mantidos pelos poderosos, ainda que os Encyclopedistas não tivessem uma visão unânime sobre a origem objetiva da ideologia.
O documento discute a inclusão de estudantes autistas em escolas regulares na cidade de Manaus, analisando a Lei Orgânica 1.495/2010 e o Decreto 0687/2010 que reconhecem o direito de pessoas com autismo à educação. Ele resume a história do tratamento de deficiências e a evolução para a educação inclusiva, com foco na realidade de Manaus.
Este documento discute as ideias do filósofo Michel Foucault sobre poder e sujeito. Foucault acreditava que o poder não é centralizado, mas acontece em redes de dispositivos e mecanismos que produzem saberes, normas e subjetividades. Ele estudou como as formas de poder mudaram ao longo da história, do sistema de punição corporal para a vigilância e o confinamento na era moderna. Foucault também analisou como o poder atua de forma sutil e produtiva nas instituições por meio de técnic
A professora apresenta o conteúdo da disciplina de Teoria Geral do Conhecimento e incentiva os estudantes a irem além do trivial e do exigido. O documento também fornece um panorama geral do trabalho que será desenvolvido, incluindo discussões sobre o pensamento mítico, pré-socráticos e Sócrates.
O documento discute bullying e violência nas escolas. Apresenta exemplos históricos de comportamentos agressivos entre estudantes, como no romance O Ateneu de 1888. Também aborda como o bullying é entendido e estudado em diferentes países, e seus impactos negativos na saúde mental e desempenho escolar das vítimas. Finalmente, analisa como as escolas refletem dinâmicas da sociedade em geral no que se refere à violência.
O documento discute a contribuição da filosofia para a educação. A filosofia sempre esteve intimamente ligada à educação desde a Grécia antiga, quando surgiu com uma intenção pedagógica. A filosofia contribui para a educação em três frentes: 1) por meio de uma reflexão antropológica que constrói uma imagem do ser humano; 2) questionando os fins e valores da educação; 3) integrando os conhecimentos das ciências humanas em uma visão totalizante do ser humano.
O documento apresenta as ideias pedagógicas de Bakunin, defendendo uma educação humanista, científica e voltada para a liberdade individual. Bakunin propõe que a escola substitua a igreja na educação das crianças, formando-as com valores como razão, justiça e respeito mútuo. Defende também uma educação cada vez mais individualizada e baseada na liberdade, preparando os jovens para a emancipação quando adultos.
1) O documento discute as relações familiares na pós-modernidade e suas implicações no atendimento psicopedagógico clínico.
2) A família na pós-modernidade apresenta identidades contraditórias e pluralidade de centros de poder, e o sujeito com problemas de aprendizagem faz parte desta dinâmica.
3) A escuta clínica da comunicação e linguagem estabelecida na família pode fornecer compreensão do significado do não-aprender nesta instituição.
Alienação dos seres humanos um dos grandes obstáculos ao progresso da humanidadeFernando Alcoforado
1) O documento discute como a alienação social, econômica e intelectual impedem o progresso humano, citando Ivan Pavlov e sua teoria do reflexo condicionado para mostrar como as pessoas são influenciadas pela ideologia dominante.
2) Os Aparelhos Ideológicos do Estado, como a família, escola e mídia, reproduzem as relações de exploração capitalista e impedem que as pessoas se reconheçam como sujeitos históricos.
3) A superação da alienação é necessária para que a humanidade possa pro
A imagem. Essa companheira inseparável de nossos corpos. Devido a ela é que nos sentimos como que perseguidos por todas as horas do dia. Manifestadora dos enigmáticos desejos, medos e movimentos deste sentir-se vivo. Contudo, independente de tão grande polêmica envolvida na imagem corporal, a abordagem deste trabalho concentra-se na grande área da Antropologia Cultural, tendo em vista sua relevância no processo etnográfico que aqui será levantado e inserido na discussão da Educação Física ou Educação Motora para a contemporaneidade.
1. O documento discute como diferentes pensadores ao longo da história, como Aristóteles e Thomas Hobbes, tiveram visões divergentes sobre a natureza humana, influenciadas por seus respectivos contextos históricos.
2. Marx e Engels posteriormente criticaram essas visões, propondo que sob o capitalismo a "condição humana" é de alienação, onde os indivíduos são regidos por ideologias em vez de pensarem por si mesmos.
3. Atualmente, a filosofia é importante para combater a imposição de ideolog
A escola tem um papel imprescindível na construção de uma sociedade, sobretudo porque é a responsável pelas primeiras etapas de socialização de seus membros. Todavia, como é que essa escola, em sua tarefa de inclusão de novos membros em uma sociedade, respeita a diversidade? Esse o desafio históric que pesa sobre a escola e seus agentes.
O documento discute etnocentrismo versus relativismo cultural, abordando: 1) Etnocentrismo surge do choque cultural e vê a própria cultura como absoluta, arriscando violências; 2) Relativismo cultural propõe enxergar outras culturas em seu próprio contexto, sem um centro, mas também recebe críticas; 3) É necessário um equilíbrio entre os dois para evitar extremismos e promover diálogos interculturais.
Seminário realizado no IBMR na disciplina de Psicologia Social envolvendo o tema de novas configurações familiares (adoção por casais homoafetivos) sob supervisão e orientação da Prof. Mariana Moreira
O documento discute a teoria do sonho de Sigmund Freud. De acordo com Freud, o sonho é a satisfação de um desejo inconsciente. O documento também aborda brevemente a biografia de Freud e o desenvolvimento de sua teoria psicanalítica.
Trabalho ciclo III - Do pai mítico de Totem e Tabu, em Freud, à castração co...beto8900
1) O documento discute as idéias de Freud em "Totem e Tabu" e os três tempos do Édipo em Lacan, articulando-os com outros conceitos psicanalíticos.
2) "Totem e Tabu" propõe um mito sobre a origem da sociedade e da proibição do incesto, enquanto os três tempos do Édipo descrevem como a criança lida com a falta em relação à mãe e ao pai.
3) O documento pretende articular essas idéias teóricas com experiências clí
O documento discute conceitos de gênero e saúde na perspectiva da sociologia. Apresenta definições de gênero segundo autores como Joan Scott, destacando que gênero refere-se aos aspectos sociais e culturais das distinções baseadas no sexo. Também discute como as identidades de gênero são formadas e têm se transformado ao longo da história, influenciadas pelo contexto social.
O documento apresenta os conceitos discutidos em três aulas de Antropologia. A primeira aula abordou conceitos como senso comum, conhecimento empírico e científico, e visões do ser humano. A segunda aula discutiu correntes antropológicas e implicações da etnia brasileira. A terceira aula tratou dos conceitos de socialização e socialização da criança.
O documento apresenta os conceitos discutidos em três aulas de Antropologia. A primeira aula abordou conceitos como senso comum, conhecimento empírico e científico, e diferentes correntes antropológicas. A segunda aula discutiu etnia brasileira e implicações da formação do povo brasileiro. A terceira aula tratou dos conceitos de socialização, cultura infantil e o papel do professor em ensinar o respeito à diversidade.
O documento discute os fundamentos da psicologia, abordando os tipos de conhecimento como empírico, científico, filosófico, teológico e artístico. Também apresenta breve histórico da psicologia desde a Grécia Antiga até o século 20, destacando conceitos como senso comum, subjetividade, libido e complexo de Édipo. Por fim, discute abordagens literárias influenciadas pela psicanálise.
Aka arte - propostas espositivas (eka palace)AKA Arte
O documento propõe dois eventos expositivos comunitários sobre temas da paz e da psicologia social. O primeiro evento "Vamos falar de paz?" apresentará obras de crianças e pais sobre o significado da paz. O segundo evento "Totem e Tabu" explorará como símbolos primordiais influenciam ainda a ética humana baseado na obra de Freud.
O documento discute a inter-relação entre psicanálise e filosofia à luz de uma interpretação da modernidade como um projeto de encobrimento da finitude humana. A psicanálise e a filosofia podem se encontrar nessa tensão em relação à razão, uma vez que ambas se movem entre os parâmetros da angústia e do saber. A tensão entre esses saberes ilustra como eles reconhecem seu enraizamento na finitude humana apesar dos esforços de racionalização.
O documento discute a inter-relação entre psicanálise e filosofia à luz de uma interpretação da modernidade como um projeto de encobrimento da finitude humana. A psicanálise e a filosofia podem se encontrar nessa tensão em relação à razão, uma vez que ambas se movem entre os parâmetros da angústia e do saber. A tensão entre esses saberes é ilustrada pela questão da angústia, que revela o abismo no qual o saber se abisma.
Aka arte propostas para eventos expositivos e de participação comunitátia end...Nuno Quaresma
Propostas Expositivas para o segundo semestre do ano de 2016 para o Coletivo Aka Artes e para o POP- Projeto Oficina de Pintura.
Para saberes mais visita:
www.numdiaperfeito.com
Amar e brincar - fundamentos esquecidos do humano - Humberto Maturana e Gerda...Ateliê Giramundo
O texto de Humberto Maturana e Gerda Verden-Zöller apresenta o amar e o brincar como os fundamentos da condição humana a partir da perspectiva do emocionar. Vão às origens da primitiva cultura matrística europeia e da patriarcal que a sucedeu, decisivas na formação do linguagear e do emocionar no ocidente. Apontam como as crianças são responsáveis por conservar as mudanças culturais. Os autores acenam com a perspectiva de um novo rumo – o neomatrístico – para um redesenho das relações do humano com o ambiente natural e na formulação de uma condição mais humanizada para a comunidade humana. Segundo eles, a democracia é a própria redenção do humano.
Este livro é tanto a apresentação de uma pesquisa sobre o desenvolvimento da consciência individual e social da criança, quanto um ensaio sobre aculturação e mudança cultural.
O documento resume os principais pontos sobre como Freud pensava a educação a partir de seus conceitos psicanalíticos. Freud acreditava que a educação era uma tarefa impossível devido às contradições em suas ideias sobre a repressão das pulsões sexuais infantis e a função da sublimação. No entanto, a psicanálise poderia contribuir para os educadores entenderem melhor a psique infantil e direcionar as pulsões de forma mais proveitosa.
O documento discute a obra "O método 3: o conhecimento do conhecimento" de Edgar Morin. Morin propõe seis métodos para o estudo do conhecimento, sendo o terceiro método sobre o conhecimento do conhecimento. Este método aborda a relatividade e incerteza do conhecimento, a importância da linguagem para o pensamento humano e a emergência da consciência a partir do pensamento reflexivo sobre si mesmo.
1) O documento discute a identidade cultural na pós-modernidade e como as identidades modernas estão sendo "descentradas" ou fragmentadas.
2) Isso ocorre devido a mudanças estruturais nas sociedades modernas que estão deslocando as paisagens culturais que forneciam às pessoas uma ancoragem estável em termos de classe, gênero, etnia e nacionalidade.
3) Esse processo produz o sujeito pós-moderno, cuja identidade não é fixa ou permanente, mas múltipla e transformada continu
1) O documento discute as noções de gênero, parentesco e identidade no sertão nordestino, especificamente na região do Cariri.
2) Questiona como conceitos como "família patriarcal" e "parentesco" podem ocidentalizar as relações sociais estudadas.
3) Defende que a antropologia deve ir além dos conceitos para captar as múltiplas formas de subjetividade e relações sociais.
Semelhante a Babel ou o Início Simbólico: Caminhos para uma Pedagogia do Sujeito (20)
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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Covilhã, 2009
FICHA TÉCNICA
Título: Babel ou o Início Simbólico:
Caminhos para uma Pedagogia do Sujeito
Autor: Bernardo Marques & Susana Assunção
Colecção: Artigos LUSOSOFIA
Design da Capa: António Rodrigues Tomé
Composição & Paginação: José M. Silva Rosa
Universidade da Beira Interior
Covilhã, 2009
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Babel ou o Início Simbólico:
Caminhos para uma Pedagogia do
Sujeito
Bernardo Marques & Susana Assunção
Conteúdo
1 O Mito ou as Origens do Homem no Mundo Simbólico 3
1.1 Psicoarqueologia do Homem Civilizado . . . . . . 3
1.2 Babel e os Caminhos para a(s) Cultura(s) . . . . . 7
1.3 A Cultura como Universo Simbólico . . . . . . . . 9
2 Por Caminhos Pós-modernos 11
2.1 Cultura e Escola de Frankfurt na era pós-moderna . 11
2.2 Ficções Simbólicas: Babel (Re)interpretado . . . . 13
2.3 Para uma (Pós-)educação . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4 Pedagogia(s) Pós-moderna(s): o Sujeito enquanto
Autor Simbólico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3 Conclusão 18
4 Referências Bibliográficas 22
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4 Bernardo Marques & Susana Assunção
1 O Mito ou as Origens do Homem no
Mundo Simbólico
1.1 Psicoarqueologia do Homem Civilizado
“O que é o homem?” Perante esta questão secular, vários foram
os autores a elaborar diferentes respostas a partir de pressupostos
filosóficos diversos. Apesar de, aparentemente, Kant ter respon-
dido cabalmente à questão, já que esta pergunta era o culminar de
outras três questões – “o que posso conhecer”, “o que devo fazer” e
“o que me é permitido esperar” – que denunciavam o carácter epis-
temológico, ético e estético-político. Num registo diferente da filo-
sofia kantiana centrar-nos-emos no universo pós-moderno, no seu
carácter desvinculativo da supremacia da razão, designadamente o
discurso freudiano e psicanalítico (por si criado) enquanto modo
de interpretação do homem e do seu universo cultural.
Tendo em conta a ambivalência da natureza humana, Freud,
na sua obra Totem e Tabu, descreve uma narrativa que lhe permite
auscultar as “origens” da sociedade que, segundo ele, se centram
em duas questões: a diferença entre animalidade/humanidade, e
“como” aconteceu? (Castoriadis, 1998). Neste sentido, o autor
conta-nos que na horda primitiva, na qual os hominídeos viveriam
sob o domínio de um macho que exercia o seu poder absoluto sobre
as fêmeas, expulsando, castrando ou mesmo matando os rapazes
chegados à maturidade. Todos os seus filhos excluídos consegui-
riam “um dia” formar uma coligação, fortemente impregnada de
homossexualidade, terminando com a morte do próprio pai. Uma
vez perpetuado o crime, seguir-se-ia, através do ritual da ingestão
canibalística do corpo do pai morto – forma imaginária de incor-
porar o seu poder – procedido por um juramento, graças ao qual
aqueles renunciariam tanto à posse das fêmeas do clã como ao as-
sassínio entre membros do mesmo clã. Contudo, e embora os ir-
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mãos odiassem o pai déspota, também o tinham receado, venerado
e amado. Por isto, elegeram um animal para o seu lugar (ou, mais
raramente, um outro objecto), enquanto totem do seu clã, no qual
o assassínio e o consumo do corpo eram banidos.
Denota-se desde já uma ambivalência nos impulsos suscitados
em relação ao pai – por um lado, o amor e a veneração, e, por
outro, o ódio e o receio –, deixando entrever um conflito interno.
Tal ambivalência e compromisso entre dois impulsos em conflito
correspondem ao que Freud apelida de tabu. Os tabus são fenóme-
nos mais primitivos do que as proibições de ordem religiosa e mo-
ral, pois aqueles não aparentam ter qualquer base e são de origem
desconhecida, contudo, os rastos deixados pelos tabus primitivos
permitem-nos enquadrar o poder da psique das proibições morais e
religiosas mais desenvolvidas. É neste sentido que a nascença das
instituições (social, religiosa, moral e artística) é reduzida, em sen-
tido restrito, a duas proibições: a interdição do incesto e do crime
“entre pessoas do mesmo clã”. O tabu contra o incesto origina-se
no complexo de Édipo – o desejo incestuoso da criança masculina
pela mãe é o que é psicologicamente primitivo, e não desaparece
completamente, é reprimido e torna-se inconsciente. É por isso
Freud afirma que o incesto não é uma aversão natural e que este
é que é a chave para compreender o papel que os tabus desempe-
nham na prevenção do incesto. Surge assim uma atitude ambiva-
lente relativamente aos tabus: há um forte desejo para violá-lo e
medo e horror em fazê-lo. Deste modo, a definição de ambivalên-
cia consiste, por um lado, na manutenção de uma oposição do tipo
sim/não, onde a afirmação e negação são simultâneos e insepará-
veis; e, por outro lado, no reconhecimento de que esta oposição
básica é encontrada em vários sectores da vida mental. Em suma,
o conflito edipiano, na sua raiz instintiva, é concebido como um
conflito de ambivalência, cujas dimensões principais são um amor
bem estabelecido e um não menos justificável ódio em relação a
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uma e mesma pessoa. Esta ambivalência psíquica é universal e não
erradicável (Bernstein, 2002).
Segundo Freud, o dealbar da consciência moral surge igual-
mente com a interdição do incesto, constituindo uma percepção in-
terna da rejeição de um desejo particular que opera dentro de nós,
o que, correlativamente, classifica a consciência de culpa como a
percepção de uma condenação interna de um acto pelo qual exe-
cutamos um desejo particular. A título de exemplo, a origem do
imperativo moral “Não matarás” provém precisamente do mito da
horda primitiva – um mandamento que, paradoxalmente, é fundado
no assassínio violento primordial do pai. Depois do assassínio, os
irmãos reuniram-se em solidariedade para garantirem a segurança
das suas vidas, e, assim, a proibição, baseada na religião, contra
matar o totem (representante do pai assassinado) foi adicionada à
proibição socialmente relacionada contra o fratricídio. Pouco de-
pois, a proibição deixou de estar limitada aos membros do clã e
assumiu a forma simples: “Não matarás”. A horda patriarcal foi
substituída, num primeiro momento, pelo clã fraterno, cuja exis-
tência foi assegurada pelos laços de sangue. A sociedade estava
agora sustentada na cumplicidade com o crime comum, onde a re-
ligião era baseada no sentido de culpa e remorso anexado ao crime,
enquanto a moralidade estava parcialmente assente na exigência da
sociedade e na penitência requerida pelo sentido de culpa. A cons-
ciência de tabu é a forma inicial onde se dá o fenómeno de cons-
ciência moral. Se o mal é caracterizado como a violação das proi-
bições morais, como a violação dos ditames da consciência moral,
então a tentação para o mal nunca é erradicada (Freud, 2001). A
grande lição freudiana é que temos de aprender a viver com esta
profunda e não erradicável ambivalência, não a podemos delimitar
ou controlar racionalmente de forma adequada. Tal lição ficou de-
monstrada na sua obra “Mal-estar das civilizações”, cujo cerne se
encontra diante do conflito que ocorre entre o princípio do prazer
e da realidade, cuja relação privilegiada é a do amor, que leva o
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indivíduo a não querer ver-se privado do seu objecto de desejo. O
princípio da dor surge a partir da não concretização de uma relação
interpessoal. Se, por um lado, o amor é tido como pulsão1
de vida,
manifestando-se através do desejo e da afloração da sexualidade,
por outro lado, a dor instaura-se na pulsão de morte, cujas mani-
festações de agressividade decorrem da incapacidade e insatisfação
de concretização do amor.
A proibição do incesto é um fenómeno onde a natureza se ultra-
passa a si mesma desencadeando um processo cuja acção permite
que uma estrutura de um novo tipo mais complexo se forme e se
sobreponha, integrando as estruturas mais simples que trás da vida
animal. Ela opera dentro de si própria e por si própria constitui
a realização de uma nova ordem. Neste sentido, o factor natu-
ral que é a consanguinidade (representando a estrutura simples da
vida animal) é substituído por um factor cultural: a aliança, o casa-
mento entre determinadas classes de seres (a estrutura mais com-
plexa) (Cardoso e Cunha, 1981). A aliança torna-se um símbolo,
uma atribuição simbólica pelo homem imposta a um objecto, que
passa a ter um significado. Ora, ela repete um carácter que Saus-
sure atribui, na sua obra “Curso Geral de Linguística”, às palavras:
o arbitrário, o que significa que ela é imposta convencionalmente.
É a regra que constitui, portanto, a cultura. É uma lei pela qual a
organização se substitui ao acaso. Entrevê-se aqui o paradigma es-
truturalista, de origem saussuriana, utilizado sistematicamente por
Lévi-Strauss, no campo da antropologia, cuja utilização mostra a
passagem da natureza à cultura.
1
Processo dinâmico que impulsiona o organismo em direcção a uma meta,
pré-existente, podendo dar-se sob a forma de um “instinto” ou de um “querer”
de base não-volitiva e categórica.
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1.2 Babel e os Caminhos para a(s) Cultura(s)
Conforme narrado no Génesis, o primeiro capítulo da Bíblia, exis-
tia uma torre que fora construída pela humanidade com o objectivo
de alcançar os céus. Esta ficou conhecida como Torre de Babel. Tal
diegese reconhece como um todo as suas personagens, isto é, uma
personagem colectiva e sem nome cuja imagem que ela transmite
não interpela senão o sujeito que cada de um de nós é. Nesta al-
tura não podemos falar de Homem, pois os seres que existiam eram
seres sem nome, sem atribuições. Por esta razão, o “humanismo”
encontrava-se longe de alcançar. A única base na qual a inteligên-
cia e o querer destes seres encontrava fundamento era no laborar.
Era no exercício da criação e construção da torre que estes pers-
pectivavam o seu futuro, com o objectivo centrado no alcance do
bem supremo pois, tijolo a tijolo, conseguiriam abrir mais espaço.
Esta é a busca deste homem, uma busca sofrida pelo seu espaço,
pelo seu nome, uma busca que culminava no ser Homem. Mas este
projecto colectivo sofreu alterações ainda enquanto decorria. De
acordo com o mito, Deus cessou este projecto atribuindo a cada ser
uma linguagem diferente. Como desfecho, os seres já não conse-
guiam comunicar entre si e o trabalho parou.
Este inacabamento não foi, de todo, fruto do acaso pois sendo
o homem o agente da sua própria existência, foi ele mesmo que
interrompeu a construção na qual apostara todas as suas probabi-
lidades. Tijolo a tijolo, entre a união e a dispersão, mantida pelo
vínculo a uma única língua, e dividida pela confusão das palavras,
a obra eleva e reconhece o seu próprio futuro (Zumthor, 1998).
É portanto notório e constante um dualismo: começo-cessação,
empreendimento-inacabamento, desejo-abandono, continuidade--
dispersão. Segundo esta perspectiva, o fracasso decorrente deste
processo revela uma inadaptação do homem ao mundo e do mundo
a uma obscura aspiração humana. Mas não será esta a revelação
secreta de uma alienação primordial do homem na sua obra e esta
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Babel ou o Início Simbólico... 9
a simples prova da sua finitude, quando a ele se afigura algo como
um êxito? Esta questão surge precisamente quando o Homem,
voltando-se para si mesmo, “bebe” da sua própria audácia. Babel
não afirma mas sugere, não ensina mas questiona. É, sem dúvida,
neste contexto que este inacabamento faz emergir a cultura como
um universo simbólico.
Até então o homem desconhecia os seus limites e as suas fon-
tes, ele confiava apenas o seu desabrochar à sua obra pessoal. Desta
forma poder-se-á dizer que a cada instante da história estamos no
começo de Babel. Pois é o Homem, somos nós os construtores
desta eterna Babel, somos nós o começo e o fim, somos nós os de-
tentores do saber que afirma só e apenas uma só língua, também
ela inacabada. O inacabamento não é uma ruptura mas a recusa de
um total cessar, é o não permitir que tudo acabe, mas se mantenha
em aberto.
1.3 A Cultura como Universo Simbólico
Lévi-Strauss, na obra Antropologia Estrutural, definiu os símbo-
los como os equivalentes significativos do significado. O símbolo
supõe uma estrutura dupla, um representante e um representado.
É nesta relação que tanto o estruturalismo como a linguística mo-
derna (Saussure) realçam como sendo primordial, embora a lin-
guística destaque a relação entre o significante e o significado no
signo. Ora, os símbolos são mais reais do que aquilo que sim-
bolizam, já que o significante precede e determina o significado
(Cardoso e Cunha, 1981).
Os factos sociais são simbólicos. Desta forma, a cultura é sim-
bólica pois pode ser considerada como um conjunto de sistemas
simbólicos, como por exemplo a linguagem, as regras matrimoni-
ais, as relações económicas, a arte, a ciência, a religião, entre ou-
tros. Assim, a explicação do símbolo pelo “real” é ilusória, sendo
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naquela interpretação da cultura que necessitamos instalar-nos, re-
cusando toda e qualquer redução ao naturalismo. Por exemplo, o
mito e o ritual não são para serem compreendidos em função do
real, uma vez que consistem numa organização da experiência sen-
sível no âmbito de um sistema semântico. Tomando outro exemplo
apresentado por Deleuze, as relações irmão/irmã, marido/mulher,
pai/filho e tio materno/filho da irmã constituem a estrutura do pa-
rentesco mais simples cujos elementos não possuem valor determi-
nado à partida, mas determinam-se reciprocamente dentro da rela-
ção.
No campo da linguística, o simbólico identifica-se com a lín-
gua. Tomando a unidade mínima de uma linguagem, o signo lin-
guístico tem uma dimensão triádica: une o conceito (significado)
a uma imagem acústica (significante) e supõe (a coisa), (o real),
mas como que entre parênteses, pois o real, aqui também, é aquilo
que nunca se atinge directamente, mas que está sempre suposto.
Assim sendo, o simbólico identifica-se com a língua, pois têm as
suas regras em si mesmos, não sendo expressões de fenómenos ex-
trínsecos. Segundo Hjelmslev, a língua é uma estrutura onde os
elementos de cada categoria comutam uns com os outros.
Retomando a questão da prescindibilidade de compreender o
simbólico pelo recurso ao “real”, Lévi-Strauss parte do produto,
do resultado, e, em sentido inverso, põe em relação um número
elevado de temas e produtos, hipoteticamente, através de algumas
regras fundamentais. Assim, a análise empírica evidencia as trans-
formações que vão de uma mensagem a outra, ou seja, aquela de-
monstra ou actualiza a correlação que ocorre ao nível do sistema.
Assim, uma vez demonstradas as correlações, pode demonstrar-se
que se trata, do princípio ao fim, do mesmo universo simbólico, ou
seja, o conjunto de lugares e de regras, onde numa determinada cul-
tura, se pode operar, para todos e cada um, a passagem da natureza
à cultura.
Foca-se, tal como a tradição da linguística moderna, do es-
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truturalismo e da psicanálise, a arbitrariedade da relação entre o
significante e o significado (do representante e do representado)
como axioma fundamental para a compreensão do universo sim-
bólico, que, neste caso, toma a forma da cultura. No entanto, tal
como argumenta Lacan, no conjunto da cadeia significante (sendo
que a psicanálise enfatiza o papel da linguagem, a visão lacani-
ana fornece numa resposta de tipo estruturalista), as significações
estabelecem-se apenas de modo parcial. Estando de acordo com o
carácter arbitrário acima referido, afirma que existem alguns pon-
tos de fixação entre o significante e o significado (descrito na sua
teoria dos “points de capiton”). Neste sentido, existe sempre um
eixo que – segundo a psicanálise corresponde à função do com-
plexo de Édipo – permite ao eu e ao mundo organizarem-se, tese
também acolhida por Lévi-Strauss, cuja eleição recai na proibição
(do incesto).
A cultura enquanto produção humana compõe um universo sim-
bólico cuja rede de relações e significações lançam o homem num
mundo codificado e repleto de referentes não-arbitrários (porque
estabelecidos convencionalmente) mas cuja ambivalência (ou mes-
mo plurivalência) de objectos e significados são constantemente
interpretados. Ora, o homem é um produtor de símbolos por exce-
lência, já que estes são o elemento mediador entre si e o mundo. No
caso da religião, Eliade apresenta-nos o ser humano como homo
symbolicus, pois todos os factos religiosos são imbuídos de ca-
rácter simbólico, já que qualquer acto religioso aponta para uma
realidade metaempírica (Eliade, 2006). No campo da arte, Hegel
destaca a arte simbólica como pré-artística e representante de sig-
nificações abstractas, ainda não individualizadas, cujas formas que
lhe pertencem podem ser adequadas ou não. Há um esforço para
engendrar a intuição e representação artísticas, pois a interioridade
do conteúdo é apenas aproximativa, que no caso da arte simbólica
não atinge a divindade na sua completude (Hegel, 1993).
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2 Por Caminhos Pós-modernos
2.1 Cultura e Escola de Frankfurt na era
pós-moderna
De acordo com a Escola de Frankfurt, cujos membros mais co-
nhecidos são Adorno, Horkheimer, Benjamin e Habermas, entre
outros, os sujeitos são seres que criam coisas e experienciam um
mundo transferindo os seus sentimentos para esse mundo e inte-
riorizando a autoridade. No fundo, são seres que produzem, pro-
jectam2
e introjectam3
. Ora, se a dialéctica não constitui uma pro-
priedade intrínseca do mundo, certamente corresponde a uma ca-
racterística do discurso acerca dos sujeitos e objectos. No fundo,
o principal interesse teórico da Escola de Frankfurt foi a tentativa
para investigar a relação entre o desenvolvimento individual, social
e cultural.
Sob o aspecto dialéctico entendido como luta entre sujeitos e
objectos surge a teoria da reificação, elaborada por Lukács, onde
estes últimos parecem ter ganho vantagem sobre os primeiros. Esta
não é apenas uma teoria de uma falsa objectividade mas que vai
mais além e argumenta que os objectos são mal interpretados, pois
2
De acordo com a psicanálise, a projecção é o mecanismo de defesa que
consiste em atribuir a terceiros ou ao mundo que o rodeia os erros ou desejos
pessoais. In Dicionário Electrónico Houaiss da Língua Portuguesa, Versão 2.0a,
Abril de 2007.
3
Segundo a psicanálise, é o processo de identificação por meio do qual uma
pessoa absorve, como parte integrante do ego, objectos e qualidades inerentes a
esses objectos; direcção afectiva dos impulsos e reacções de uma pessoa, mais
para uma imagem subjectiva e internalizada de um objecto do que para o próprio
objecto. Já segundo a sociologia, é o processo por meio do qual uma pessoa
incorpora a seu pensamento valores, crenças etc. de outras pessoas ou grupos
(deixando-se influenciar por eles, mas não a ponto de assimilá-los como parte
integrante da própria personalidade). In id., ibid.
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retornam para o sujeito corrompendo-lhe a experiência. Quando
Lukács, autor pós-marxista, elaborou a teoria da reificação, foi a
partir da teoria marxista da fetichização da mercadoria na qual a
tese central era obscurecer do escrutínio público a origem dos ob-
jectos em produção e a sua intenção em satisfazer as necessidades
(Levin, 1991).
Nesta linha de pensamento, os teóricos críticos (institucional-
mente apelidados de Escola de Frankfurt) afirmam que o envolvi-
mento e compromisso com a investigação da realidade é um pré-
requisito da sua “objectividade”, isto é, não caracterizam a objecti-
vidade no desinteresse, enquanto livre de qualquer valor, mas pre-
cisamente no interesse, no conceber a objectividade como “mo-
mento” na prática transformativa com vista a criar um mundo mais
humano. Ora, este desafio de tornar real a nossa humanidade e em-
penho contínuo para um mundo melhor deve ser realizado tendo
em conta a ausência de um telos, ou um sentido último. A Escola
de Frankfurt não elabora um niilismo vazio, como é correntemente
interpretado, mas reflecte a recusa, tal como na tradição judaica, de
criar imagens de Deus, traduzindo-se na recusa de um ideal posi-
tivo ou utopia. Tal ideal pode ser facilmente usado para justificar
violência ou injustiça, pois qualquer tentativa para realizar algum
ideal representado parece ser sinónimo de utilização de algum exer-
cício de terror (Blake & Masschelein, 2002). Tal elaboração foi
detalhadamente discutida por Adorno e Horkheimer na sua obra
“Dialéctica do Esclarecimento”, redigida no pós-II Guerra Mun-
dial, num ensaio para tentar compreender como havia sido possível
o emergir de uma figura como Hitler, e todas as atrocidades come-
tidas pelo regime nazi. É com base nestas condições, acrescida
pelo facto de os membros da Escola de Frankfurt serem judeus de
origem alemã, quase todos forçados a abandonar a Alemanha por
causa da perseguição. Nesta perspectiva, uma possível pedagogia
crítica (porque enunciada pelos autores da Teoria Crítica) poderá
ser desenhada como possuindo um carácter emancipatório, como
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um processo transformativo rumo a uma libertação da “falsa cons-
ciência” acerca dos processos do capitalismo.
2.2 Ficções Simbólicas: Babel (Re)interpretado
O problema nuclear do filme Babel realizado pelo cineasta mexi-
cano Alejandro González Iñárritu assenta sobre a questão da comu-
nicação, ou melhor, na ausência de comunicação entre as persona-
gens, seres potencialmente dialógicos. Enquanto personagens re-
veladoras de características muito similares às existentes no mundo,
isto é, longe de serem criações arbitrárias ou irrealistas, apontam
para as dimensões mais reais da nossa existência na sociedade ac-
tual.
Tendo em conta o problema nuclear do filme em questão, na-
turalmente somos levados a colocar em causa um dos conceitos
centrais da teoria de Habermas e seus seguidores – a razão comu-
nicativa – pois defendiam vivamente o seu poder e virtudes. Ha-
bermas encontra-se também associado à Teoria Crítica da Escola
de Frankfurt, mencionada anteriormente, sendo que um tema per-
passa a obra de todos eles: a crítica radical à sociedade industrial
moderna. Este autor procura superar o conceito de racionalidade
instrumental, ampliando o conceito de razão para o de uma ra-
zão que contém em si as possibilidades de reconciliação consigo
mesma: a razão comunicativa. Assim, concebe a razão comunica-
tiva e a acção comunicativa ou seja, a comunicação livre, racional
e crítica que sobrevém como uma alternativa à razão instrumen-
tal e superação da razão iluminista "aprisionada"pela lógica instru-
mental encobridora do domínio. Todavia, ao assistirmos a Babel
deparamo-nos com um cenário absolutamente diferente pois toda a
atmosfera que nos envolve na trama do filme advém, precisamente,
da incapacidade de as personagens comunicarem umas com as ou-
tras, isto é, de as próprias não exercerem a sua “razão comunica-
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tiva”. O fascínio do espectador surge exactamente devido a esta
atmosfera envolvente e simultaneamente angustiante, que não per-
mite desviar de uma história na qual as personagens interagem en-
tre si sem que se ouçam nem reconheçam o outro, mesmo que este
outro seja aquele que compreende as razões que nos fazem mover.
A título de exemplo, a personagem Chieko, a adolescente japo-
nesa surda-muda, ilustra o quão insignificante e complexa se torna
a comunicação entre os seres. Num mundo de surdos, não terá
qualquer efeito exercer a “acção comunicativa” visto estarmos pe-
rante um mundo povoado por indivíduos que não se entendem, o
qual se transformará num mundo silencioso e não por acaso, num
mundo intitulado de Babel. Para além da questão da acção comu-
nicativa, o respectivo filme encaminha-nos também na direcção da
“coisificação” dos padrões sociais, sendo esta entendida como uma
analogia à visão defendida por Marx e a qual ele intitula de forma-
mercadoria. Esta última surge em defesa da teoria de que as coisas
são “superiores” às pessoas, da desigualdade que se faz sentir em
lugar da igualdade, da opressão em lugar da convivência demo-
crática. A preponderância tanto da mercadoria, da desconfiança e
da opressão revelam-se de forma concreta no objecto/símbolo em
torno do qual todo o enredo do filme gira: a arma.
2.3 Para uma (Pós-)educação
Podemos caracterizar a sociedade contemporânea utilizando pa-
lavras como crise, ruptura, desordem, entre outras. Contrabalan-
çadas com estas surgem outras características como a excelência,
qualidade e eficácia. E é exactamente desta forma que o acto edu-
cativo deve ser entendido, isto é, como um todo, como um conjunto
de dimensões da mais variada ordem. As práticas educativas não
podem nem devem descorar esta totalidade. É portanto iminente
conduzir um debate aprofundado acerca do agir pedagógico prin-
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cipalmente em tempos difíceis como este da pós-modernidade, isto
porque a pratica pedagógica é uma estrutura que se forma continu-
amente tendo como perspectiva o desenvolvimento do indivíduo e
o respeito pelos outros.
Não sendo, portanto, tarefa fácil, o acto educativo é parado-
xal, isto é, encontra-se, desde o século XVI, preso numa antino-
mia existente entre dois elementos opostos: o da humanização e
o da socialização. Presentemente, o objectivo será o de demons-
trar como se trata a passagem de um estado designado de sujeito-
agente, o qual está submetido ao sistema, ao de um sujeito-actor,
isto é, um sujeito capaz de interpretar o seu papel social de forma
activa embora ainda não decisor ou até mesmo a um sujeito-autor,
aquele que é criador do seu mundo (Pourtois & Desmet, 1999).
Na verdade, o propósito que se pretende atingir é o desenvol-
vimento da humanidade em cada ser humano, e este objectivo não
cabe apenas à escola ou ao educador, mas sim à família, à socie-
dade, a todos. E esta emergência toma ainda mais sentido no con-
texto paradoxal em que vivemos, o qual é cada vez mais estigma-
tizado pelo aumento da pobreza e da exclusão, como também pelo
aumento da riqueza e da eficácia da sociedade global. A dimensão
simbólica irrompe como capital neste processo de explicação da
exclusão e da desigualdade, pois estão declinados pela sociedade e
encontram-se marcados por uma identidade negativa. É este sen-
timento de insucesso, de decadência que acentua um progressivo
retrocesso, estabelecendo-se assim um ciclo vicioso, extraordina-
riamente complicado de quebrar. Num tal contexto, a educação
tem imperativamente que mudar, pretendendo avistar uma socie-
dade na qual cada um tem um lugar a ocupar, participando como
cidadão activo, e é precisamente aqui que o sujeito-actor ou mesmo
o sujeito-autor encontra o seu lugar.
A tarefa educativa ganha portanto uma importância acrescida
nesta nova sociedade, e a este propósito é essencial focar a ques-
tão abordada pela Comissão Internacional para a Educação, erigida
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pela Unesco em 1993, Que tipo de educação será necessária no sé-
culo XX e para que tipo de sociedade? (Charlot & Beilerot, 1995,
p.31):
Educação e Cultura: que via tomar para o domínio de si próprio
e para a compreensão do mundo?
Educação e cidadania: como pode a educação forjar cidadãos
livres e responsáveis?
Educação e coesão social: o que pode fazer a educação para
facilitar a coesão social, quando esta se encontra ameaçada não
apenas nos países em vias de desenvolvimento, como também nos
países ricos?
Educação, trabalho e emprego: de que conhecimentos e de que
experiencia terão os indivíduos necessidade, para participar activa-
mente na economia e no mercado de emprego?
Educação e desenvolvimento: como pode a educação contri-
buir não apenas para o progresso, como também para a difusão
equilibrada deste em todo o tecido económico e social?
Educação, investigação e ciência: como fazer para que cada in-
divíduo tenha a possibilidade de assimilar aquilo que, no progresso
científico e tecnológico, responde às necessidades do seu trabalho
e da sua vida quotidiana?
Pensar a educação nos dias que correm inclui questionarmo-
nos e confrontarmo-nos com contendas psicológicas, económicas,
culturais, sociais e simbólicas, cujos elementos são vários e anti-
nómicos mas com o propósito de se encontrar formas de liberdade,
de igualdade, de dignidade e de bem-estar.
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2.4 Pedagogia(s) Pós-moderna(s): o Sujeito
enquanto Autor Simbólico
Face à dispersão da modernidade, o universo pós-moderno será,
inevitavelmente, complexo. Os seus dois grandes sustentáculos são
a racionalização e a objectivação. Assim, assiste-se a um volte-
face relativamente à modernidade, a qual pode ser descrita como
uma racionalidade instrumental na qual o homem é reprimido pela
ciência e pela técnica onde a noção de sujeito e de subjectividade
são declinadas, para se dar importância à emergência do próprio
sujeito. O que agora está em jogo é o sujeito, entendido como
actor e autor. O interesse do mundo pós-moderno parte de uma
possível, essencial e crescente interacção entre o sujeito, a razão, a
subjectividade e a objectividade, fazendo-as dialogar entre si.
É na sinergia existente entre estas duas perspectivas – subjec-
tiva, agora entendida como epistemológica, e a objectiva, identi-
ficada com a metodológica – que se empenham as pesquisas ci-
entíficas da pós-modernidade. Não só ocorreram mudanças neste
domínio mas também noutros, designadamente, no social, cultu-
ral e pedagógico. O reconhecimento do sujeito-autor mantém-se e
impõe-se, dando-se a passagem da existência de um si integrado na
sociedade e participante na obra colectiva para um eu, um sujeito
actor e autor de uma vida pessoal. Quando estas duas instâncias
se articulam dão origem ao eu mesmo, cuja construção integra o
sujeito e o indivíduo formando um actor social. O mundo pós-
moderno não faz a distinção entre sujeito individual e respectivas
funções sociais, sendo a grande missão da sociedade pós-moderna
precisamente o não permitir a absorção de uma dimensão pela ou-
tra.
Relembrando que a dispersão e fragmentação são característi-
cas da modernidade, e não querendo reportá-las para os dias que
correm, torna-se necessário questionar a possibilidade de uma uni-
dade entre cada um dos fragmentos do passado. Trata-se de en-
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contrar um princípio integrador no seio deste universo dissolvido.
Para Edgar Morin, deverá desenvolver-se um espaço “intermédio”,
de forma a que, simultaneamente, se aproximem e afastem os pó-
los divergentes, fazendo-os retroagir e actuar, estabelecendo desta
forma ligações entre os elementos contraditórios. O que se torna
importante neste cenário de pós-modernidade é a criação de uma
mediação, pois esta é indispensável para restaurar o espaço inter-
médio entre os termos do paradoxo.
3 Conclusão
A perspectiva apresentada anteriormente conduz à complexidade,
cuja inscrição num espaço intermédio onde os termos agem por re-
troacção com vista a uma produção (dialecticamente) nova, rejei-
tando assim a univocidade e totalidade de uma só pedagogia para
dar lugar a um pensamento contra-hegemónico, ou seja, plural e
integrador das contradições que constituem a acção pedagógica na
pós-modernidade.
Uma tal opção pela complexidade provém de uma inquietude
pós-babeliana, a luta contra a fragmentação incomunicativa das di-
ferentes culturas, pretendendo uma consciencialização das pessoas,
que implica uma maturidade, conducente a uma luta contra as re-
sistências e contra a ansiedade e até mesmo angústia causada pela
perda de certeza. Não obstante, só a partir desta integração através
da mediação é possível enfrentar este mundo em mutação constante
e cada vez mais rápida.
Ora, já não se trata de transferir noções de uma determinada
língua para outra, ou mesmo de instituir uma única língua, ou seja,
não se trata de uma linguagem unidimensional, mas trata-se de,
virtualmente, incrementar um poliglotismo. Apesar de muitos dos
referenciais se caracterizarem pela sua heterogeneidade e pela sua
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incompatibilidade manifesta, trata-se de conceber uma abordagem
complexa. A par deste movimento pós-moderno com base na mul-
tirreferencialidade, mediação e consequente complexidade, temos
de (re)equacionar o papel e o ethos do próprio sujeito. Tal como
temos vindo a desenvolver desde o início do trabalho, este sujeito
é constituído a partir de interdições (incesto e assassínio), narrados
no mito freudiano. Queremos dizer que o sujeito forma-se pelo
nascimento do universo simbólico, do seu acto simbólico atribu-
tivo, aquando da eleição do um totem e das duas leis (com base
nos tabus ou interdições já referidas). Se este mito nos permitiu
asseverar a natureza do ser humano, mostrando uma passagem (da
animalidade à humanidade, ou mesmo da natureza à cultura), o
mito de Babel permite-nos compreender a essência da própria cul-
tura ou culturas, simbolicamente instituídas a partir de uma des-
truição (que se pretende reparador, embora se entenda igualmente
o acto de destruição de Deus como um castigo ou punição). Do
mito freudiano recuperamos a ambivalência, não erradicável, da
natureza humana, a saber, a procura do prazer e a recusa da dor
que se manifestam nas pulsões de vida e de morte. Sem cair em
maniqueísmos, entendemos tal constatação como um movimento
dialéctico, uma subsunção (o Aufhebung hegeliano) destes dois ele-
mentos, que pela sua constante recuperação enformam a própria ci-
vilização. Apelando, por outro lado, ao mito babeliano, queremos,
tomando em conta a característica supracitada, recuperar a inelutá-
vel passagem da ambivalência de cada homem, agora sujeito por-
que autor da sua própria cultura, para uma multirreferencialidade,
embora aparentemente contraditórias, se integram, por via da me-
diação, para manifestar uma hibridação da própria cultura, de certa
forma antecipável pela própria estrutura simbólica em que esta as-
senta.
Por fim, apresentámos uma crítica ao filme Babel, que nos per-
mite destilar não só o estado actual do sujeito e da própria con-
dição da sociedade, a qual destacamos, por um lado, a fragmen-
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tação que conduz a uma incomunicação, perdida algures entre as
fendas do universo simbólico da cultura ou culturas. Trata-se, no
fundo, de analisar, apropriar e pedagogicamente ordenar um es-
paço, não-físico mas simbólico, que serve de mediação entre su-
jeitos, cultura(s), cuja assemblagem constitui a essência da própria
sociedade. Tal espaço é designado, por Morin, como o espaço in-
termediário caracterizado pela retroacção dos pólos.
Em tom de conclusão, o acto pedagógico-educativo, relevante
pelo carácter perfectível do ser humano, assume-se como legítimo
pois constitui a ferramenta mais poderosa de que dispomos para
agir no espaço intermédio simbólico, onde se dá a constituição, in-
teracção e modificação dos elementos intervenientes. Se, tal como
Benjamin nos informa, “não existe um documento de cultura que
não tenha sido simultaneamente um documento de barbárie”, então
a nossa resposta a tal paradoxo, e, em última instância, ambivalên-
cia (caracterizadora do ser humano, da cultura e da sociedade) é
dada através do acto pedagógico, que simultaneamente congrega e
torna imperativa a questão dos direito humanos. Mais do que ins-
trumentos jurídico-normativos, estes devem ser entendidos como
eixo condutor e estruturante desse mesmo palco que é o espaço
intermediário de que temos vindo a falar.
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