SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 50
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
Campus de Marília
Macroeconomia
Aula 1
Balanço Pagamentos
Taxa de Câmbio
Regimes Cambiais
Tópicos de discussão
 Estrutura do Balanço de Pagamentos
 Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
 Ajustando o Balanço de Pagamentos
Estrutura do balanço de pagamentos
 No balanço de pagamentos, são registradas todas as
transações econômicas que o país realiza com o resto do
mundo, num determinado período de tempo.
 O balanço de pagamentos registra todas as transações
entre residentes e não residentes de um país num
determinado período de tempo. Definem-se como
residentes de um país todas as pessoas, físicas ou jurídicas,
que tenham esse país com seu principal centro de
interesse.
Estrutura do balanço de pagamentos
 No Brasil, o Balanço de Pagamentos é elaborado pelo Banco
Central, com base no registro das transações efetuadas por
residentes e não residentes.
 Na contabilização desses registros, adotamos a regra das
partidas dobradas:
• Toda transação que cria um direito constitui um crédito
• Toda transação que cria uma obrigação constitui um
débito.
 De modo geral, podemos considerar que toda entrada de
divisas corresponde a um crédito e toda saída a um débito.
Estrutura do balanço de pagamentos
 Créditos:
• exportações de bens e serviços
• recebimento de doações e indenização de estrangeiros
• Recebimento de empréstimos de estrangeiros
• recebimento de reembolso de capital do estrangeiro
• vendas de ativos para estrangeiros
• Recebimentos de fretes, etc
 Débitos:
• importações de bens e serviços
• pagamentos de doações e indenizações a estrangeiros
• pagamentos de capital emprestados por estrangeiros
• reembolsos de capital a estrangeiros
• compras de ativos de estrangeiros
• pagamentos de fretes etc.
Estrutura do balanço de pagamentos
Balança de Transações Correntes
• Se essa conta for superavitária, isto significa que o país está recebendo
recursos que podem ser utilizados:
 (i) no pagamento de compromissos assumidos anteriormente
(diminuição do endividamento externo)
 (ii) para investimento do país no exterior (aumento do controle do
país sobre empreendimentos no exterior)
 (iii) para aumentar as reservas do país.
• Se essa conta for deficitária, isto implica a necessidade de:
 (i) contrair empréstimos no exterior (aumentando o endividamento
externo);
 (ii) contrair investimentos estrangeiros no país (aumentando o
controle de estrangeiros sobre empreendimentos no país);
 (iii) diminuir as reservas do país.
Balança de Transações Correntes
• O saldo do Balanço de Transações Correntes é chamado
poupança Poupança Externa.
• Quando há déficit nas transações correntes, há Poupança
Externa Positiva. Significa que, em termos reais (não
financeiros), estamos absorvendo recursos reais do resto do
mundo, que permitem o financiamento do consumo e do
investimento do país. A contrapartida financeira desse fluxo
real é o aumento do endividamento do país.
• Quando ocorre superávit no Balanço de Transações
Correntes, há Poupança Externa Negativa, no sentido de
que estamos transferindo bens e serviços para o resto do
mundo.
Balança Comercial
• Inclui as exportações (X) e as importações (M)
 X < M DÉFICIT
 X > M SUPERÁVIT
• Para determinar o valor das exportações podemos
considerar preços FOB ou preços CIF
Balança Comercial
• FOB - Free on Bord - despesas incluídas no valor das
mercadorias são as incorridas até o embarque da
mercadoria
• CIF - Cost, Insurance, and Freight - que são incluídas
no valor das mercadorias, além do custo, o frete e o seguro
do seu transporte até o destino.
Balança Comercial
 FOB - Free on Bord / CIF - Cost, Insurance, and Freight
 Exemplo: Exportação de 70 geladeiras para Cingapura, via Porto de
Santos
• Preço FOB/Santos: US$ 10.196,50
 Custo de frete: US$ 80/metro cúbico + taxa de combustível de 9,8% + taxa
de utilização do porto de 7,0%
 Volume das 70 geladeiras: 70 metros cúbicos
 Custo do frete: US$ 6.680,00
 Seguro: coeficiente de 1,0495 sobre o valor (soma) do custo e frete,
aumentado em 10%
 Custo do seguro: US$ 194,83
• Preço CIF/Cingapura: US$ 17.071,33
Balança Comercial
• Para o cálculo da Balança Comercial, utilizamos as
exportações a preços FOB, já que as despesas com seguros
e fretes estão incluídas na Balança de Serviços
• Os principais fatores que determinam o Saldo da Balança
Comercial são:
 O nível de renda da economia
 O nível de renda do resto do mundo
 A taxa de câmbio
 Os termos de troca
Balança de Serviços
• Representa as negociações internacionais dos chamados
bens invisíveis ou intangíveis, e os rendimentos de
investimentos.
• Possui as seguintes subcontas:
 Transportes e seguros
 Viagens internacionais
 Rendas de capital (juros da dívida externa; remessa de
lucros)
 Diversos (royalties, patentes, assistência técnica,
comissões, aluguel de equipamentos, filmes, etc.)
 Transferências unilaterais (ou donativos)
Movimento (Balança) de Capitais
 Agrupa as contas que representam modificações nos
direitos e obrigações de residentes no país para com não
residentes.
 Esta conta inclui:
• Investimentos (diretos ou de carteira)
• Reinvestimentos
• Empréstimos e Financiamentos a longo (> 10 anos) e médio
prazo (> 5 anos)
• Empréstimos de Curto Prazo ( < 1 ano);
• Amortizações (pagamentos do principal);
• Capitais a curto prazo (capitais especulativos, de alta
volatibilidade).
Erros e Omissões
• Surgem em função de equívocos existentes no
registro de operações do país com o exterior.
• Inúmeras contas são registradas com valores
estimados, o que impede a equivalência
perfeita entre os créditos e os débitos.
Transações Compensatórias
(Financiamento Oficial Compensatório)
• Balança de Transações Correntes + Movimentos
de Capitais + Erros e Omissões = Resultado do
Balanço de Pagamentos
• Transações Compensatórias = Resultado do
Balanço de Pagamentos
• Os principais itens dessa rubrica são:
 Variação de reservas
 Operações de Regularização (FMI)
 Atrasados Comerciais
Balança Comercial
Balança de Serviços
Transferências unilaterais
Saldo do balanço em transações correntes
Movimento de Capitais
Erros e Omissões
Saldo total do balanço de pagamentos
Variações nas Reservas
Estrutura do Balanço de Pagamentos
BALANÇO DE PAGAMENTOS
Balanço de Pagamentos/2009 US$ milhões
Balança comercial (FOB) 22.295
Exportações 152.995
Importações 127.700
Serviços e rendas - 52.945
Receitas 36.576
Despesas - 89.521
Transferências unilaterais correntes (líquido) 3.263
Transações correntes - 24.334
Conta capital e financeira 70.551
Investimento direto (líquido) 25.949
Investimentos em carteira 46.159
Outros investimentos 17.241
Superavit (+) ou Déficit (-) no BP 46.651
Reservas Internacionais de
Liquidez em 31/12/2009
US$ 239.054 milhões
Taxa de câmbio
 Taxa de câmbio, no Brasil, é o preço em
moeda nacional de uma unidade de
moeda estrangeira
• Exemplo: R$ 1,65/US$ 1
• Um elevação da taxa de câmbio significa
desvalorização.
• Uma redução da taxa de câmbio significa
valorização.
Taxa de câmbio
 Uma desvalorização cambial tende a
desestimular as importações e estimular as
exportações, pois, no mercado interno, encarece
os bens importados e aumenta a renda dos
exportadores e, no mercado externo, barateia os
bens que o país exporta.
 Uma valorização cambial tem o efeito inverso
Taxa de Câmbio
 Exemplo 1:
• Taxa de Câmbio (nominal) em 20/05/2004 = R$ 3,20/dólar
• Preço em Reais de um par de sapatos produzido no Brasil = R$ 50
• Preço em Dólares de um par de sapatos = R$ 50/3,20 = US$ 15,6
• Taxa de Câmbio (nominal) em 05/06/2010 = R$ 1,84/dólar
• Preço em Dólares do par de sapatos = R$ 50/1,84 = U$ 27,2
• ∆% do preço do par de sapatos em dólares
 27,2 – 15,6 x 100 = + 74,2%
15,6
• Conclusão: o exportador brasileiro perde competitividade no
exterior e as exportações de sapatos diminuem
Taxa de Câmbio
 Exemplo 2:
• Taxa de Câmbio (nominal) em 20/05/2004 = R$ 3,2/dólar
• Preço em Dólares de uma calça de brim feita na China = US$ 10
• Preço em Reais da calça chinesa no Brasil = US$ 10 x 3,2 = R$ 32,00
• Taxa de Câmbio (nominal) em 05/06/2010 = R$ 1,84/dólar
• Preço em Dólares da calça chinesa no Brasil = US$ 10 x 1,84= R$ 18,40
• ∆% do preço da calça em Reais
 18,4 – 32,0 x 100 = - 42,5%
32,0
• Conclusão: o produto importado fica mais barato, estimulando as
importações.
Taxa de Câmbio
 Taxa de câmbio nominal = relação entre
quantidade de moedas
• Exemplo: R$ 1,84/US$ 1
 Taxa de câmbio real = relação de preços
entre o produto nacional e o produto
estrangeiro. Reflete a competitividade da
produção doméstica em relação à externa.
 Taxa de câmbio efetiva = ponderação de
diversas taxas reais de câmbio de acordo com a
importância dos parceiros comerciais.
Taxa de Câmbio
 A taxa de câmbio real é influenciada tanto
pela variação nos preços (inflação) dentro
e fora do país, quanto pela variação da
taxa de câmbio nominal (valorização ou
desvalorização do câmbio)
Taxa de Câmbio Real
 Exemplo 1 (Variação de Preços, ou seja, inflação):
• Taxa de Câmbio (nominal) em 21/05/2006 = R$ 1,64/dólar
• Taxa de Câmbio (nominal) em 21/05/2010 = R$ 1,84/dólar
• Preço em Reais de um automóvel no Brasil em 21/05/2006 = R$ 30.000
• Preço em Dólares do mesmo automóvel nos EUA = US$ 18.500
• Preço em Dólares de um automóvel no Brasil em 21/05/2006
 R$ 30.000/1,64 = US$ 18.292
• Taxa de Câmbio Real do automóvel = 18.292/18.500 = 0,99
O carro brasileiro era 1% mais barato que o americano
• Preço em Dólares do automóvel brasileiro em 21/05/2010 = R$ 36.000
 R$ 36.000/1,84 = US$ 19.565
• Taxa de Câmbio Real do automóvel = 19.565/18.500 = 1,06
O carro brasileiro é, agora, 6% caro que o americano
Taxa de Câmbio Real
 Exemplo 2 (Variação na taxa de câmbio):
• Taxa de Câmbio (nominal) em 20/05/2004 = R$ 3,20/dólar
• Taxa de Câmbio (nominal) em 21/05/2010 = R$1,87/dólar
• Preço em Reais de um automóvel no Brasil = R$ 50.000
• Preço em Dólares do mesmo automóvel nos EUA = US$ 16.000
• Preço em Dólares do automóvel brasileiro em 20/05/2004
 R$ 50.000/3,212 = US$ 15.566
• Taxa de Câmbio Real do automóvel = 15.566/16.000 = 0,97
O carro brasileiro era 3% mais barato que o americano
• Preço em Dólares do automóvel brasileiro em 20/05/2010
 R$ 50.000/1,87 = US$ 26.737
• Taxa de Câmbio Real do automóvel = 26.737/16.000 = 1,67
O carro brasileiro é, agora, 90% caro que o americano
Taxa de Câmbio Real
 E = eP*/P
• E = taxa real de câmbio
• e = taxa de câmbio nominal
• P* = índice de preços do país estrangeiro
• P = índice de preços no mercado nacional
Taxa de Câmbio Real
 A inflação interna tende a encarecer os
produtos de exportação e tornar mais
baratos os produtos importados
 A inflação externa tende a encarecer os
produtos que importamos e estimular
nossas exportações
Taxa de Câmbio Real
* O sinal negativo reflete a convenção de que no
Brasil a taxa de cambio é o preço da moeda
estrangeira em moeda nacional. Por isso, a
desvalorização da moeda nacional aparece como
subida de preço e a valorização da moeda nacional
como queda de preço
Taxa de Câmbio Real
 A taxa de câmbio nominal deve ser corrigida ao
longo do tempo pelo diferencial entre a inflação
doméstica e internacional, de modo a manter a
taxa de câmbio real constante
 (1+E) = (1 + )/(1 + *)
• E = variação da taxa de câmbio no período
•  = inflação doméstica
• *= inflação externa
Taxa de Câmbio Real
Exemplo:
• Taxa de Câmbio (nominal) em 02/01/2004 = R$ 2,88
• Taxa de Inflação no Brasil e nos Estados Unidos
 Taxa de Inflação nos EUA 2004/2009 = 1,023 x 1,025 x 1,032 x 1,025 x 1,029 x 1,038 = 1,18 = 18%
 Taxa de Inflação nos Brasil 2004/2009 = 1,147 x 1,076 x 1,069 x 1,03 x 1,036 x 1.057 = 1,49 = 49%
Ano EUA Brasil
2004 2,3% 14,7%
2005 2,5% 7,6%
2006 3,2% 6,9%
2007 2,5% 3,0%
2008 2,9% 3,6%
2009 3,8% 5,7%
Taxa de Câmbio Real
Exemplo:
• Taxa de Câmbio (nominal) em 02/01/2004 = R$ 2,88
• Inflação nos Estados Unidos 2004/2009 = 18%
• Inflação no Brasil em 2004/2009= 49%
• (1+E) = (1 + )/(1 + *)
 E = variação da taxa de câmbio no período
  = inflação doméstica
 *= inflação externa
• ( 1 + E ) = (1 + 0,49)/(1+0,18) = 1,26
• E = 0,26 ou 26%
• Taxa de Câmbio (nominal) em 02/01/2010 para manter a paridade com
02/01/2004: R$ 2,88 x 1,26= R$ 3,62
• Taxa de Câmbio (nominal) em 02/01/2010 = R$ 1,73
Paridade do Poder de Compra
(Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único
 De acordo com a Lei do Preço Único, na ausência de custos de transporte,
mercadorias exatamente iguais deveriam ter o mesmo preço em qualquer
parte do mundo.
 Como o preço de muitas mercadorias e de serviços não comercializáveis
(non tradebles) tendem a ser mais baixos em economias pobres, um dólar
compra muito mais coisas, por exemplo, na China, do que nos Estados
Unidos.
 Assim, a conversão do PIB de um país pobre em dólares a taxas de câmbio
de mercado subestima a verdadeira dimensão de sua economia em termos
de produto real (quantidade de mercadorias produzidas x preço).
 Se o PIB chinês for convertido em dólares usando taxas de câmbio de
mercado, o resultado seria US$ 2,7 trilhões, em 2006, apenas 20% dos
US$ 13,2 trilhões do PIB americano e o quarto maior do mundo.
 Aos preços vigentes nos Estados Unidos, entretanto o PIB chinês seria
muito maior (quantidade de mercadorias produzidas na China x preço
dessas mesmas mercadorias nos EUA)
 Com o objetivo de corrigir essa distorção foi
desenvolvido o conceito de “Paridade de Poder
de Compra”.
 Por meio desse conceito procura-se medir o
tamanho real de cada economia eliminando-se
as distorções produzidas pelas diferenças de
preços.
 Numa escala PPP, portanto, o Banco Mundial
classifica a China como a segunda maior
economia do mundo, com um PIB de US$ 10
trilhões.
Paridade do Poder de Compra
(Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único
Paridade do Poder de Compra
(Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único
 Há vários modos de se calcular a Paridade de Poder de
Compra entre duas moedas:
• O Índice Big Mac, compilado, pela revista “The Economist” é
uma medida aproximada do PPP.
• Assim, se um Big Mac, que é rigorosamente igual em qualquer
lugar do mundo, custa U$ 4 dólares nos Estados Unidos e o seu
preço em yuans na China, convertido em dólares americanos,
corresponde a U$ 1 dólar, isso quer dizer que o poder de
compra de um dólar na China é 4 vezes maior que nos Estados
Unidos.
• Isso quer dizer que um PIB de dólares correntes na China de
US$ 2,5 bilhões equivale na realidade, em termos de
mercadorias efetivamente produzidas, a US$ 10 bilhões.
Paridade do Poder de Compra
(Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único
 Estimativas mais sofisticadas são
produzidas pelo Programa de Comparação
Internacional do Banco Mundial.
• São coletados preços de mais de 800
produtos e serviços em países do mundo
inteiro e por meio deles se estabelece um
escala PPP.
Paridade do Poder de Compra
(Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único
 As comparações entre países baseadas no
“dólar PPP”, entretanto, não é isenta de críticas,
por diversos motivos:
• O comércio internacional é feito com base em
dólares correntes, de modo que, na medida em que
as economia se abrem ao comércio, a tendência é
valer a Lei do Preço Unico.
• Além disso, o conceito de “Dólar PPP” desconsidera:
 Custos de transação
 Diferenças nas cestas de consumo
ÍNDICE BIG MAC
PAÍS
EM MOEDA
LOCAL
EM DÓLARES
PPP* IMPLICITO
DO
DÓLAR
TAXA DE
CÂMBIO
(02/06/2007)
SUB( SOBRE)
VALORIZAÇÃO
EM RELAÇÃO
AO DÓLAR
Estados Unidos US$ 3,41 3,41
Argentina Peso 8,25 2,67 2,42 3,09 -22
Austrália A$ 3,45 2,95 1,01 1,17 -14
Brasil R$ 6,90 3,61 2,02 1,91 +6
China Yuan 11,0 1,45 3,23 7,60 -58
Japão ¥ 280 2,29 82,1 122 -33
México Peso 29,00 2,69 8,50 10,8 -21
Rússia Rublos 52,00 2,03 15,2 25,6 -41
* Preço local dividido pelo preço nos Estados Unidos
Fonte: The Economist July 5th 2007
Paridade do Poder de Compra
(Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único
Paridade do Poder de Compra
(Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único
Programa de comparações internacioais (2005) - Banco
Mundial
País PIB per capita PIB (em bilhões) PPP
Taxa de
Câmbio
Dólar
PPP
Dólar
Corrente
Dólar
PPP Dólar Corrente US$ = 1 US$ = 1
Brasil 8.596 4.791 1.583,2 882,5 1,36 2,43
China 4.091 1.721 5.333,2 2.243,8 3,45 8,19
Rússia 11.861 5.321 1.697,5 764,4 27,21 65,72
Índia 2.126 707 2.341,0 778,7 14,67 44,10
EUA 41.674 41.674 12.376,1 12.376,1 1 1
Fonte: 2005 International Comparison Program - Banco Mundial - Fevereiro /2008
Regimes Cambiais
 A determinação da taxa de câmbio (preço da
moeda estrangeira expresso em moeda
nacional) é influenciada por dois fatores:
• Oferta e demanda de divisas (forças de mercado)
• Decisões administrativas do governo
 Da combinação desses fatores, resultam três
regimes cambiais:
• Câmbio flutuante
• Câmbio fixo
• Regime misto
Câmbio Fixo
 No regime de câmbio fixo a taxa é
determinada pelo governo, que se
compromete a comprar e vendar divisas ,
por meio do Banco Central, a um
determinado preço fixado pelo governo.
Câmbio Flexível ou Flutuante
 No regime de câmbio flexível, a taxa de
câmbio é determinada pelo mercado, de
modo a equilibrar a oferta e a demanda de
divisas
Regime Misto ou Flutuação
“suja”
 Regime misto ( que pode ser ou não de
bandas cambiais) a taxa de câmbio varia
dentro de determinados limites
estabalecidos pela política econômica do
país.
 É também chamado de regime de
flutuação suja (dirty floating).
O crescimento das exportações e
seus determinantes
 Volume de importações: depende da
renda nominal e taxa de câmbio real
 Volume de exportações: depende da
renda do resto do mundo e da taxa
de câmbio real
3/18/2024 Luís Antonio Paulino 47
Fonte: Folha de S. Paulo, 10/02/2007
3/18/2024 Luís Antonio Paulino 48
Fonte: O Estado de S. Paulo, 16/05/2007
Movimento de capitais
 Em um mundo com mobilidade de
capital tenderia a valer a seguinte
condição de arbitragem:
• r = r* + expectativa de desvalorização
do câmbio nominal + custos de
transação + risco país.
• r = taxa de juros interna
• r* = taxa de juros internacional
Ajustando o Balanço de Pagamentos
 Instrumentos para ajuste do Balanço de Pagamentos
• Desvalorização cambial
• Elevação das tarifas de importação
• Estabelecimento de cotas de importação
• Concessão de subsídios às exportações
• Controle de capitais
• Redução do nível de atividade econômica (recessão)
• Elevação da taxa interna de juros

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula_Macroeconomia_apresentação_slide1.ppt

balanço de pagamento (1).pdf
balanço de pagamento (1).pdfbalanço de pagamento (1).pdf
balanço de pagamento (1).pdfJaquelineMoura42
 
Palestra Aprosoja Brasil - LucrodoAgro
Palestra Aprosoja Brasil - LucrodoAgroPalestra Aprosoja Brasil - LucrodoAgro
Palestra Aprosoja Brasil - LucrodoAgroEduardo Lima Porto
 
Balanço de Pagamentos .pptx
Balanço de Pagamentos .pptxBalanço de Pagamentos .pptx
Balanço de Pagamentos .pptxjoaoaquino12
 
Economia
EconomiaEconomia
Economiavdsilva
 
Resultado primário e resultado nominal
Resultado primário e resultado nominalResultado primário e resultado nominal
Resultado primário e resultado nominalrefugiodosanjos
 
Quesões de economia multidisciplinar 2014
Quesões de economia multidisciplinar 2014Quesões de economia multidisciplinar 2014
Quesões de economia multidisciplinar 2014Cinara Lopes
 
Exportação
ExportaçãoExportação
Exportaçãonilde
 
06 2014 - administração financeira de multinacionais
06 2014 - administração financeira de multinacionais06 2014 - administração financeira de multinacionais
06 2014 - administração financeira de multinacionaisMilton Henrique do Couto Neto
 
Apostila contab internacional
Apostila contab internacionalApostila contab internacional
Apostila contab internacionalprofessoradriano
 
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1Ink_conteudos
 
Economia Internacional
Economia InternacionalEconomia Internacional
Economia InternacionalYuri Silver
 
Economia internacional
Economia internacionalEconomia internacional
Economia internacionalYuri Silver
 
Introdução à economia troster e monchón cap 17
Introdução à economia troster e monchón cap 17Introdução à economia troster e monchón cap 17
Introdução à economia troster e monchón cap 17Claudia Sá de Moura
 

Semelhante a Aula_Macroeconomia_apresentação_slide1.ppt (20)

balanço de pagamento (1).pdf
balanço de pagamento (1).pdfbalanço de pagamento (1).pdf
balanço de pagamento (1).pdf
 
Palestra Aprosoja Brasil - LucrodoAgro
Palestra Aprosoja Brasil - LucrodoAgroPalestra Aprosoja Brasil - LucrodoAgro
Palestra Aprosoja Brasil - LucrodoAgro
 
Balanço de Pagamentos .pptx
Balanço de Pagamentos .pptxBalanço de Pagamentos .pptx
Balanço de Pagamentos .pptx
 
Unidade 3 parte 3
Unidade 3   parte 3Unidade 3   parte 3
Unidade 3 parte 3
 
a_mc1sp.pdf
a_mc1sp.pdfa_mc1sp.pdf
a_mc1sp.pdf
 
E11
E11E11
E11
 
Economia
EconomiaEconomia
Economia
 
Resultado primário e resultado nominal
Resultado primário e resultado nominalResultado primário e resultado nominal
Resultado primário e resultado nominal
 
Quesões de economia multidisciplinar 2014
Quesões de economia multidisciplinar 2014Quesões de economia multidisciplinar 2014
Quesões de economia multidisciplinar 2014
 
Exportação
ExportaçãoExportação
Exportação
 
06 2014 - administração financeira de multinacionais
06 2014 - administração financeira de multinacionais06 2014 - administração financeira de multinacionais
06 2014 - administração financeira de multinacionais
 
Apostila contab internacional
Apostila contab internacionalApostila contab internacional
Apostila contab internacional
 
Setor externo
Setor externoSetor externo
Setor externo
 
Apostila Contab Intl.pdf
Apostila Contab Intl.pdfApostila Contab Intl.pdf
Apostila Contab Intl.pdf
 
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
 
Cambio r4
Cambio r4Cambio r4
Cambio r4
 
Economia Internacional
Economia InternacionalEconomia Internacional
Economia Internacional
 
Economia internacional
Economia internacionalEconomia internacional
Economia internacional
 
Introdução à economia troster e monchón cap 17
Introdução à economia troster e monchón cap 17Introdução à economia troster e monchón cap 17
Introdução à economia troster e monchón cap 17
 
Up todate422
Up todate422Up todate422
Up todate422
 

Mais de MairaLuizaSpanholi

112213094-Capitulo-6-Producao-Microeconomia-PINDYCK-E-RUBINFELD.pdf
112213094-Capitulo-6-Producao-Microeconomia-PINDYCK-E-RUBINFELD.pdf112213094-Capitulo-6-Producao-Microeconomia-PINDYCK-E-RUBINFELD.pdf
112213094-Capitulo-6-Producao-Microeconomia-PINDYCK-E-RUBINFELD.pdfMairaLuizaSpanholi
 
Apresentação_A Economia como Ciência.pdf
Apresentação_A Economia como Ciência.pdfApresentação_A Economia como Ciência.pdf
Apresentação_A Economia como Ciência.pdfMairaLuizaSpanholi
 
AUla 4 - Produção e crescimento no Longo Prazo
AUla 4 - Produção e crescimento no Longo PrazoAUla 4 - Produção e crescimento no Longo Prazo
AUla 4 - Produção e crescimento no Longo PrazoMairaLuizaSpanholi
 
Uniformização dos conceitos e formas de captação dos arranjos familiares nas ...
Uniformização dos conceitos e formas de captação dos arranjos familiares nas ...Uniformização dos conceitos e formas de captação dos arranjos familiares nas ...
Uniformização dos conceitos e formas de captação dos arranjos familiares nas ...MairaLuizaSpanholi
 
Cap14 - empresas em mercados competititvos.pdf
Cap14 - empresas em mercados competititvos.pdfCap14 - empresas em mercados competititvos.pdf
Cap14 - empresas em mercados competititvos.pdfMairaLuizaSpanholi
 
Monopolio-442334002-Mankiw-Slides-Cap15.pdf
Monopolio-442334002-Mankiw-Slides-Cap15.pdfMonopolio-442334002-Mankiw-Slides-Cap15.pdf
Monopolio-442334002-Mankiw-Slides-Cap15.pdfMairaLuizaSpanholi
 
Custos de Produção: Custo Total, Variável e Marginal
Custos de Produção: Custo Total, Variável e MarginalCustos de Produção: Custo Total, Variável e Marginal
Custos de Produção: Custo Total, Variável e MarginalMairaLuizaSpanholi
 
consumidores produtores e eficiencia dos mercados.pptx
consumidores produtores e eficiencia dos mercados.pptxconsumidores produtores e eficiencia dos mercados.pptx
consumidores produtores e eficiencia dos mercados.pptxMairaLuizaSpanholi
 
ECONOMIA MICROeconomia E MACROeconomia.ppt
ECONOMIA MICROeconomia E MACROeconomia.pptECONOMIA MICROeconomia E MACROeconomia.ppt
ECONOMIA MICROeconomia E MACROeconomia.pptMairaLuizaSpanholi
 
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdfAula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdfMairaLuizaSpanholi
 
Apresentação_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
Apresentação_Introducao_e_Programacao_Linear.pptApresentação_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
Apresentação_Introducao_e_Programacao_Linear.pptMairaLuizaSpanholi
 
Slide_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
Slide_Introducao_e_Programacao_Linear.pptSlide_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
Slide_Introducao_e_Programacao_Linear.pptMairaLuizaSpanholi
 
Oferta, demanda e políticas do governo.pptx
Oferta, demanda e políticas do governo.pptxOferta, demanda e políticas do governo.pptx
Oferta, demanda e políticas do governo.pptxMairaLuizaSpanholi
 
apresentação sobre elasticidade e seus tipos.pptx
apresentação sobre elasticidade e seus tipos.pptxapresentação sobre elasticidade e seus tipos.pptx
apresentação sobre elasticidade e seus tipos.pptxMairaLuizaSpanholi
 
Capitulo 2 livro Blanchard - conceitos economicos.ppt
Capitulo 2 livro Blanchard - conceitos economicos.pptCapitulo 2 livro Blanchard - conceitos economicos.ppt
Capitulo 2 livro Blanchard - conceitos economicos.pptMairaLuizaSpanholi
 
Medindo a renda nacional - capitulo 23.pptx
Medindo a renda nacional - capitulo 23.pptxMedindo a renda nacional - capitulo 23.pptx
Medindo a renda nacional - capitulo 23.pptxMairaLuizaSpanholi
 
Apresentação sobre o que é o Produto Interno Bruto (PIB)
Apresentação sobre o que é o Produto Interno Bruto (PIB)Apresentação sobre o que é o Produto Interno Bruto (PIB)
Apresentação sobre o que é o Produto Interno Bruto (PIB)MairaLuizaSpanholi
 
Aula 1_Introdução a Economia_Conceitos e Princípios
Aula 1_Introdução a Economia_Conceitos e PrincípiosAula 1_Introdução a Economia_Conceitos e Princípios
Aula 1_Introdução a Economia_Conceitos e PrincípiosMairaLuizaSpanholi
 

Mais de MairaLuizaSpanholi (18)

112213094-Capitulo-6-Producao-Microeconomia-PINDYCK-E-RUBINFELD.pdf
112213094-Capitulo-6-Producao-Microeconomia-PINDYCK-E-RUBINFELD.pdf112213094-Capitulo-6-Producao-Microeconomia-PINDYCK-E-RUBINFELD.pdf
112213094-Capitulo-6-Producao-Microeconomia-PINDYCK-E-RUBINFELD.pdf
 
Apresentação_A Economia como Ciência.pdf
Apresentação_A Economia como Ciência.pdfApresentação_A Economia como Ciência.pdf
Apresentação_A Economia como Ciência.pdf
 
AUla 4 - Produção e crescimento no Longo Prazo
AUla 4 - Produção e crescimento no Longo PrazoAUla 4 - Produção e crescimento no Longo Prazo
AUla 4 - Produção e crescimento no Longo Prazo
 
Uniformização dos conceitos e formas de captação dos arranjos familiares nas ...
Uniformização dos conceitos e formas de captação dos arranjos familiares nas ...Uniformização dos conceitos e formas de captação dos arranjos familiares nas ...
Uniformização dos conceitos e formas de captação dos arranjos familiares nas ...
 
Cap14 - empresas em mercados competititvos.pdf
Cap14 - empresas em mercados competititvos.pdfCap14 - empresas em mercados competititvos.pdf
Cap14 - empresas em mercados competititvos.pdf
 
Monopolio-442334002-Mankiw-Slides-Cap15.pdf
Monopolio-442334002-Mankiw-Slides-Cap15.pdfMonopolio-442334002-Mankiw-Slides-Cap15.pdf
Monopolio-442334002-Mankiw-Slides-Cap15.pdf
 
Custos de Produção: Custo Total, Variável e Marginal
Custos de Produção: Custo Total, Variável e MarginalCustos de Produção: Custo Total, Variável e Marginal
Custos de Produção: Custo Total, Variável e Marginal
 
consumidores produtores e eficiencia dos mercados.pptx
consumidores produtores e eficiencia dos mercados.pptxconsumidores produtores e eficiencia dos mercados.pptx
consumidores produtores e eficiencia dos mercados.pptx
 
ECONOMIA MICROeconomia E MACROeconomia.ppt
ECONOMIA MICROeconomia E MACROeconomia.pptECONOMIA MICROeconomia E MACROeconomia.ppt
ECONOMIA MICROeconomia E MACROeconomia.ppt
 
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdfAula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
 
Apresentação_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
Apresentação_Introducao_e_Programacao_Linear.pptApresentação_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
Apresentação_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
 
Slide_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
Slide_Introducao_e_Programacao_Linear.pptSlide_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
Slide_Introducao_e_Programacao_Linear.ppt
 
Oferta, demanda e políticas do governo.pptx
Oferta, demanda e políticas do governo.pptxOferta, demanda e políticas do governo.pptx
Oferta, demanda e políticas do governo.pptx
 
apresentação sobre elasticidade e seus tipos.pptx
apresentação sobre elasticidade e seus tipos.pptxapresentação sobre elasticidade e seus tipos.pptx
apresentação sobre elasticidade e seus tipos.pptx
 
Capitulo 2 livro Blanchard - conceitos economicos.ppt
Capitulo 2 livro Blanchard - conceitos economicos.pptCapitulo 2 livro Blanchard - conceitos economicos.ppt
Capitulo 2 livro Blanchard - conceitos economicos.ppt
 
Medindo a renda nacional - capitulo 23.pptx
Medindo a renda nacional - capitulo 23.pptxMedindo a renda nacional - capitulo 23.pptx
Medindo a renda nacional - capitulo 23.pptx
 
Apresentação sobre o que é o Produto Interno Bruto (PIB)
Apresentação sobre o que é o Produto Interno Bruto (PIB)Apresentação sobre o que é o Produto Interno Bruto (PIB)
Apresentação sobre o que é o Produto Interno Bruto (PIB)
 
Aula 1_Introdução a Economia_Conceitos e Princípios
Aula 1_Introdução a Economia_Conceitos e PrincípiosAula 1_Introdução a Economia_Conceitos e Princípios
Aula 1_Introdução a Economia_Conceitos e Princípios
 

Aula_Macroeconomia_apresentação_slide1.ppt

  • 1. CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" Campus de Marília Macroeconomia Aula 1 Balanço Pagamentos Taxa de Câmbio Regimes Cambiais
  • 2. Tópicos de discussão  Estrutura do Balanço de Pagamentos  Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais  Ajustando o Balanço de Pagamentos
  • 3. Estrutura do balanço de pagamentos  No balanço de pagamentos, são registradas todas as transações econômicas que o país realiza com o resto do mundo, num determinado período de tempo.  O balanço de pagamentos registra todas as transações entre residentes e não residentes de um país num determinado período de tempo. Definem-se como residentes de um país todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que tenham esse país com seu principal centro de interesse.
  • 4. Estrutura do balanço de pagamentos  No Brasil, o Balanço de Pagamentos é elaborado pelo Banco Central, com base no registro das transações efetuadas por residentes e não residentes.  Na contabilização desses registros, adotamos a regra das partidas dobradas: • Toda transação que cria um direito constitui um crédito • Toda transação que cria uma obrigação constitui um débito.  De modo geral, podemos considerar que toda entrada de divisas corresponde a um crédito e toda saída a um débito.
  • 5. Estrutura do balanço de pagamentos  Créditos: • exportações de bens e serviços • recebimento de doações e indenização de estrangeiros • Recebimento de empréstimos de estrangeiros • recebimento de reembolso de capital do estrangeiro • vendas de ativos para estrangeiros • Recebimentos de fretes, etc  Débitos: • importações de bens e serviços • pagamentos de doações e indenizações a estrangeiros • pagamentos de capital emprestados por estrangeiros • reembolsos de capital a estrangeiros • compras de ativos de estrangeiros • pagamentos de fretes etc.
  • 6. Estrutura do balanço de pagamentos
  • 7. Balança de Transações Correntes • Se essa conta for superavitária, isto significa que o país está recebendo recursos que podem ser utilizados:  (i) no pagamento de compromissos assumidos anteriormente (diminuição do endividamento externo)  (ii) para investimento do país no exterior (aumento do controle do país sobre empreendimentos no exterior)  (iii) para aumentar as reservas do país. • Se essa conta for deficitária, isto implica a necessidade de:  (i) contrair empréstimos no exterior (aumentando o endividamento externo);  (ii) contrair investimentos estrangeiros no país (aumentando o controle de estrangeiros sobre empreendimentos no país);  (iii) diminuir as reservas do país.
  • 8. Balança de Transações Correntes • O saldo do Balanço de Transações Correntes é chamado poupança Poupança Externa. • Quando há déficit nas transações correntes, há Poupança Externa Positiva. Significa que, em termos reais (não financeiros), estamos absorvendo recursos reais do resto do mundo, que permitem o financiamento do consumo e do investimento do país. A contrapartida financeira desse fluxo real é o aumento do endividamento do país. • Quando ocorre superávit no Balanço de Transações Correntes, há Poupança Externa Negativa, no sentido de que estamos transferindo bens e serviços para o resto do mundo.
  • 9. Balança Comercial • Inclui as exportações (X) e as importações (M)  X < M DÉFICIT  X > M SUPERÁVIT • Para determinar o valor das exportações podemos considerar preços FOB ou preços CIF
  • 10. Balança Comercial • FOB - Free on Bord - despesas incluídas no valor das mercadorias são as incorridas até o embarque da mercadoria • CIF - Cost, Insurance, and Freight - que são incluídas no valor das mercadorias, além do custo, o frete e o seguro do seu transporte até o destino.
  • 11. Balança Comercial  FOB - Free on Bord / CIF - Cost, Insurance, and Freight  Exemplo: Exportação de 70 geladeiras para Cingapura, via Porto de Santos • Preço FOB/Santos: US$ 10.196,50  Custo de frete: US$ 80/metro cúbico + taxa de combustível de 9,8% + taxa de utilização do porto de 7,0%  Volume das 70 geladeiras: 70 metros cúbicos  Custo do frete: US$ 6.680,00  Seguro: coeficiente de 1,0495 sobre o valor (soma) do custo e frete, aumentado em 10%  Custo do seguro: US$ 194,83 • Preço CIF/Cingapura: US$ 17.071,33
  • 12. Balança Comercial • Para o cálculo da Balança Comercial, utilizamos as exportações a preços FOB, já que as despesas com seguros e fretes estão incluídas na Balança de Serviços • Os principais fatores que determinam o Saldo da Balança Comercial são:  O nível de renda da economia  O nível de renda do resto do mundo  A taxa de câmbio  Os termos de troca
  • 13. Balança de Serviços • Representa as negociações internacionais dos chamados bens invisíveis ou intangíveis, e os rendimentos de investimentos. • Possui as seguintes subcontas:  Transportes e seguros  Viagens internacionais  Rendas de capital (juros da dívida externa; remessa de lucros)  Diversos (royalties, patentes, assistência técnica, comissões, aluguel de equipamentos, filmes, etc.)  Transferências unilaterais (ou donativos)
  • 14. Movimento (Balança) de Capitais  Agrupa as contas que representam modificações nos direitos e obrigações de residentes no país para com não residentes.  Esta conta inclui: • Investimentos (diretos ou de carteira) • Reinvestimentos • Empréstimos e Financiamentos a longo (> 10 anos) e médio prazo (> 5 anos) • Empréstimos de Curto Prazo ( < 1 ano); • Amortizações (pagamentos do principal); • Capitais a curto prazo (capitais especulativos, de alta volatibilidade).
  • 15. Erros e Omissões • Surgem em função de equívocos existentes no registro de operações do país com o exterior. • Inúmeras contas são registradas com valores estimados, o que impede a equivalência perfeita entre os créditos e os débitos.
  • 16. Transações Compensatórias (Financiamento Oficial Compensatório) • Balança de Transações Correntes + Movimentos de Capitais + Erros e Omissões = Resultado do Balanço de Pagamentos • Transações Compensatórias = Resultado do Balanço de Pagamentos • Os principais itens dessa rubrica são:  Variação de reservas  Operações de Regularização (FMI)  Atrasados Comerciais
  • 17. Balança Comercial Balança de Serviços Transferências unilaterais Saldo do balanço em transações correntes Movimento de Capitais Erros e Omissões Saldo total do balanço de pagamentos Variações nas Reservas Estrutura do Balanço de Pagamentos BALANÇO DE PAGAMENTOS
  • 18. Balanço de Pagamentos/2009 US$ milhões Balança comercial (FOB) 22.295 Exportações 152.995 Importações 127.700 Serviços e rendas - 52.945 Receitas 36.576 Despesas - 89.521 Transferências unilaterais correntes (líquido) 3.263 Transações correntes - 24.334 Conta capital e financeira 70.551 Investimento direto (líquido) 25.949 Investimentos em carteira 46.159 Outros investimentos 17.241 Superavit (+) ou Déficit (-) no BP 46.651 Reservas Internacionais de Liquidez em 31/12/2009 US$ 239.054 milhões
  • 19.
  • 20.
  • 21. Taxa de câmbio  Taxa de câmbio, no Brasil, é o preço em moeda nacional de uma unidade de moeda estrangeira • Exemplo: R$ 1,65/US$ 1 • Um elevação da taxa de câmbio significa desvalorização. • Uma redução da taxa de câmbio significa valorização.
  • 22. Taxa de câmbio  Uma desvalorização cambial tende a desestimular as importações e estimular as exportações, pois, no mercado interno, encarece os bens importados e aumenta a renda dos exportadores e, no mercado externo, barateia os bens que o país exporta.  Uma valorização cambial tem o efeito inverso
  • 23. Taxa de Câmbio  Exemplo 1: • Taxa de Câmbio (nominal) em 20/05/2004 = R$ 3,20/dólar • Preço em Reais de um par de sapatos produzido no Brasil = R$ 50 • Preço em Dólares de um par de sapatos = R$ 50/3,20 = US$ 15,6 • Taxa de Câmbio (nominal) em 05/06/2010 = R$ 1,84/dólar • Preço em Dólares do par de sapatos = R$ 50/1,84 = U$ 27,2 • ∆% do preço do par de sapatos em dólares  27,2 – 15,6 x 100 = + 74,2% 15,6 • Conclusão: o exportador brasileiro perde competitividade no exterior e as exportações de sapatos diminuem
  • 24. Taxa de Câmbio  Exemplo 2: • Taxa de Câmbio (nominal) em 20/05/2004 = R$ 3,2/dólar • Preço em Dólares de uma calça de brim feita na China = US$ 10 • Preço em Reais da calça chinesa no Brasil = US$ 10 x 3,2 = R$ 32,00 • Taxa de Câmbio (nominal) em 05/06/2010 = R$ 1,84/dólar • Preço em Dólares da calça chinesa no Brasil = US$ 10 x 1,84= R$ 18,40 • ∆% do preço da calça em Reais  18,4 – 32,0 x 100 = - 42,5% 32,0 • Conclusão: o produto importado fica mais barato, estimulando as importações.
  • 25. Taxa de Câmbio  Taxa de câmbio nominal = relação entre quantidade de moedas • Exemplo: R$ 1,84/US$ 1  Taxa de câmbio real = relação de preços entre o produto nacional e o produto estrangeiro. Reflete a competitividade da produção doméstica em relação à externa.  Taxa de câmbio efetiva = ponderação de diversas taxas reais de câmbio de acordo com a importância dos parceiros comerciais.
  • 26. Taxa de Câmbio  A taxa de câmbio real é influenciada tanto pela variação nos preços (inflação) dentro e fora do país, quanto pela variação da taxa de câmbio nominal (valorização ou desvalorização do câmbio)
  • 27. Taxa de Câmbio Real  Exemplo 1 (Variação de Preços, ou seja, inflação): • Taxa de Câmbio (nominal) em 21/05/2006 = R$ 1,64/dólar • Taxa de Câmbio (nominal) em 21/05/2010 = R$ 1,84/dólar • Preço em Reais de um automóvel no Brasil em 21/05/2006 = R$ 30.000 • Preço em Dólares do mesmo automóvel nos EUA = US$ 18.500 • Preço em Dólares de um automóvel no Brasil em 21/05/2006  R$ 30.000/1,64 = US$ 18.292 • Taxa de Câmbio Real do automóvel = 18.292/18.500 = 0,99 O carro brasileiro era 1% mais barato que o americano • Preço em Dólares do automóvel brasileiro em 21/05/2010 = R$ 36.000  R$ 36.000/1,84 = US$ 19.565 • Taxa de Câmbio Real do automóvel = 19.565/18.500 = 1,06 O carro brasileiro é, agora, 6% caro que o americano
  • 28. Taxa de Câmbio Real  Exemplo 2 (Variação na taxa de câmbio): • Taxa de Câmbio (nominal) em 20/05/2004 = R$ 3,20/dólar • Taxa de Câmbio (nominal) em 21/05/2010 = R$1,87/dólar • Preço em Reais de um automóvel no Brasil = R$ 50.000 • Preço em Dólares do mesmo automóvel nos EUA = US$ 16.000 • Preço em Dólares do automóvel brasileiro em 20/05/2004  R$ 50.000/3,212 = US$ 15.566 • Taxa de Câmbio Real do automóvel = 15.566/16.000 = 0,97 O carro brasileiro era 3% mais barato que o americano • Preço em Dólares do automóvel brasileiro em 20/05/2010  R$ 50.000/1,87 = US$ 26.737 • Taxa de Câmbio Real do automóvel = 26.737/16.000 = 1,67 O carro brasileiro é, agora, 90% caro que o americano
  • 29. Taxa de Câmbio Real  E = eP*/P • E = taxa real de câmbio • e = taxa de câmbio nominal • P* = índice de preços do país estrangeiro • P = índice de preços no mercado nacional
  • 30. Taxa de Câmbio Real  A inflação interna tende a encarecer os produtos de exportação e tornar mais baratos os produtos importados  A inflação externa tende a encarecer os produtos que importamos e estimular nossas exportações
  • 31. Taxa de Câmbio Real * O sinal negativo reflete a convenção de que no Brasil a taxa de cambio é o preço da moeda estrangeira em moeda nacional. Por isso, a desvalorização da moeda nacional aparece como subida de preço e a valorização da moeda nacional como queda de preço
  • 32. Taxa de Câmbio Real  A taxa de câmbio nominal deve ser corrigida ao longo do tempo pelo diferencial entre a inflação doméstica e internacional, de modo a manter a taxa de câmbio real constante  (1+E) = (1 + )/(1 + *) • E = variação da taxa de câmbio no período •  = inflação doméstica • *= inflação externa
  • 33. Taxa de Câmbio Real Exemplo: • Taxa de Câmbio (nominal) em 02/01/2004 = R$ 2,88 • Taxa de Inflação no Brasil e nos Estados Unidos  Taxa de Inflação nos EUA 2004/2009 = 1,023 x 1,025 x 1,032 x 1,025 x 1,029 x 1,038 = 1,18 = 18%  Taxa de Inflação nos Brasil 2004/2009 = 1,147 x 1,076 x 1,069 x 1,03 x 1,036 x 1.057 = 1,49 = 49% Ano EUA Brasil 2004 2,3% 14,7% 2005 2,5% 7,6% 2006 3,2% 6,9% 2007 2,5% 3,0% 2008 2,9% 3,6% 2009 3,8% 5,7%
  • 34. Taxa de Câmbio Real Exemplo: • Taxa de Câmbio (nominal) em 02/01/2004 = R$ 2,88 • Inflação nos Estados Unidos 2004/2009 = 18% • Inflação no Brasil em 2004/2009= 49% • (1+E) = (1 + )/(1 + *)  E = variação da taxa de câmbio no período   = inflação doméstica  *= inflação externa • ( 1 + E ) = (1 + 0,49)/(1+0,18) = 1,26 • E = 0,26 ou 26% • Taxa de Câmbio (nominal) em 02/01/2010 para manter a paridade com 02/01/2004: R$ 2,88 x 1,26= R$ 3,62 • Taxa de Câmbio (nominal) em 02/01/2010 = R$ 1,73
  • 35. Paridade do Poder de Compra (Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único  De acordo com a Lei do Preço Único, na ausência de custos de transporte, mercadorias exatamente iguais deveriam ter o mesmo preço em qualquer parte do mundo.  Como o preço de muitas mercadorias e de serviços não comercializáveis (non tradebles) tendem a ser mais baixos em economias pobres, um dólar compra muito mais coisas, por exemplo, na China, do que nos Estados Unidos.  Assim, a conversão do PIB de um país pobre em dólares a taxas de câmbio de mercado subestima a verdadeira dimensão de sua economia em termos de produto real (quantidade de mercadorias produzidas x preço).  Se o PIB chinês for convertido em dólares usando taxas de câmbio de mercado, o resultado seria US$ 2,7 trilhões, em 2006, apenas 20% dos US$ 13,2 trilhões do PIB americano e o quarto maior do mundo.  Aos preços vigentes nos Estados Unidos, entretanto o PIB chinês seria muito maior (quantidade de mercadorias produzidas na China x preço dessas mesmas mercadorias nos EUA)
  • 36.  Com o objetivo de corrigir essa distorção foi desenvolvido o conceito de “Paridade de Poder de Compra”.  Por meio desse conceito procura-se medir o tamanho real de cada economia eliminando-se as distorções produzidas pelas diferenças de preços.  Numa escala PPP, portanto, o Banco Mundial classifica a China como a segunda maior economia do mundo, com um PIB de US$ 10 trilhões. Paridade do Poder de Compra (Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único
  • 37. Paridade do Poder de Compra (Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único  Há vários modos de se calcular a Paridade de Poder de Compra entre duas moedas: • O Índice Big Mac, compilado, pela revista “The Economist” é uma medida aproximada do PPP. • Assim, se um Big Mac, que é rigorosamente igual em qualquer lugar do mundo, custa U$ 4 dólares nos Estados Unidos e o seu preço em yuans na China, convertido em dólares americanos, corresponde a U$ 1 dólar, isso quer dizer que o poder de compra de um dólar na China é 4 vezes maior que nos Estados Unidos. • Isso quer dizer que um PIB de dólares correntes na China de US$ 2,5 bilhões equivale na realidade, em termos de mercadorias efetivamente produzidas, a US$ 10 bilhões.
  • 38. Paridade do Poder de Compra (Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único  Estimativas mais sofisticadas são produzidas pelo Programa de Comparação Internacional do Banco Mundial. • São coletados preços de mais de 800 produtos e serviços em países do mundo inteiro e por meio deles se estabelece um escala PPP.
  • 39. Paridade do Poder de Compra (Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único  As comparações entre países baseadas no “dólar PPP”, entretanto, não é isenta de críticas, por diversos motivos: • O comércio internacional é feito com base em dólares correntes, de modo que, na medida em que as economia se abrem ao comércio, a tendência é valer a Lei do Preço Unico. • Além disso, o conceito de “Dólar PPP” desconsidera:  Custos de transação  Diferenças nas cestas de consumo
  • 40. ÍNDICE BIG MAC PAÍS EM MOEDA LOCAL EM DÓLARES PPP* IMPLICITO DO DÓLAR TAXA DE CÂMBIO (02/06/2007) SUB( SOBRE) VALORIZAÇÃO EM RELAÇÃO AO DÓLAR Estados Unidos US$ 3,41 3,41 Argentina Peso 8,25 2,67 2,42 3,09 -22 Austrália A$ 3,45 2,95 1,01 1,17 -14 Brasil R$ 6,90 3,61 2,02 1,91 +6 China Yuan 11,0 1,45 3,23 7,60 -58 Japão ¥ 280 2,29 82,1 122 -33 México Peso 29,00 2,69 8,50 10,8 -21 Rússia Rublos 52,00 2,03 15,2 25,6 -41 * Preço local dividido pelo preço nos Estados Unidos Fonte: The Economist July 5th 2007 Paridade do Poder de Compra (Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único
  • 41. Paridade do Poder de Compra (Purchase Power Parity – PPP) e a Lei do Preço Único Programa de comparações internacioais (2005) - Banco Mundial País PIB per capita PIB (em bilhões) PPP Taxa de Câmbio Dólar PPP Dólar Corrente Dólar PPP Dólar Corrente US$ = 1 US$ = 1 Brasil 8.596 4.791 1.583,2 882,5 1,36 2,43 China 4.091 1.721 5.333,2 2.243,8 3,45 8,19 Rússia 11.861 5.321 1.697,5 764,4 27,21 65,72 Índia 2.126 707 2.341,0 778,7 14,67 44,10 EUA 41.674 41.674 12.376,1 12.376,1 1 1 Fonte: 2005 International Comparison Program - Banco Mundial - Fevereiro /2008
  • 42. Regimes Cambiais  A determinação da taxa de câmbio (preço da moeda estrangeira expresso em moeda nacional) é influenciada por dois fatores: • Oferta e demanda de divisas (forças de mercado) • Decisões administrativas do governo  Da combinação desses fatores, resultam três regimes cambiais: • Câmbio flutuante • Câmbio fixo • Regime misto
  • 43. Câmbio Fixo  No regime de câmbio fixo a taxa é determinada pelo governo, que se compromete a comprar e vendar divisas , por meio do Banco Central, a um determinado preço fixado pelo governo.
  • 44. Câmbio Flexível ou Flutuante  No regime de câmbio flexível, a taxa de câmbio é determinada pelo mercado, de modo a equilibrar a oferta e a demanda de divisas
  • 45. Regime Misto ou Flutuação “suja”  Regime misto ( que pode ser ou não de bandas cambiais) a taxa de câmbio varia dentro de determinados limites estabalecidos pela política econômica do país.  É também chamado de regime de flutuação suja (dirty floating).
  • 46. O crescimento das exportações e seus determinantes  Volume de importações: depende da renda nominal e taxa de câmbio real  Volume de exportações: depende da renda do resto do mundo e da taxa de câmbio real
  • 47. 3/18/2024 Luís Antonio Paulino 47 Fonte: Folha de S. Paulo, 10/02/2007
  • 48. 3/18/2024 Luís Antonio Paulino 48 Fonte: O Estado de S. Paulo, 16/05/2007
  • 49. Movimento de capitais  Em um mundo com mobilidade de capital tenderia a valer a seguinte condição de arbitragem: • r = r* + expectativa de desvalorização do câmbio nominal + custos de transação + risco país. • r = taxa de juros interna • r* = taxa de juros internacional
  • 50. Ajustando o Balanço de Pagamentos  Instrumentos para ajuste do Balanço de Pagamentos • Desvalorização cambial • Elevação das tarifas de importação • Estabelecimento de cotas de importação • Concessão de subsídios às exportações • Controle de capitais • Redução do nível de atividade econômica (recessão) • Elevação da taxa interna de juros