SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 80
Balanço de pagamentos
II Encontro Nacional de Produtores e Usuários de
Informações Sociais, Econômicas e Territoriais
V Conferência Nacional de Estatística (Confest)
Banco Central do Brasil
Departamento Econômico (Depec)
Divisão de Balanço de Pagamentos (Dibap)
IBGE – Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2006
Balanço de pagamentos:
Conceitos
Definição
O Balanço de Pagamentos (BP) é o registro
estatístico resumido de:
• Fluxos de valores econômicos;
• Entre residentes e não residentes de uma
economia (país);
• Em determinado período de tempo.
(Re)Definição
O BP não é propriamente um balanço – registra
fluxos e não estoques - e tampouco
compreende exclusivamente pagamentos –
apropria transferências que não envolvem
pagamentos e registra algumas variações de
haveres e obrigações por competência.
Transações econômicas
• Refletem a criação, extinção, transformação
e transferência de valores econômicos;
• Envolvem troca de propriedade de bens e
ativos financeiros e fornecimento de
serviços, capital e trabalho.
Conceito de residência
Consideram-se residentes:
• Empresas que tenham interesse econômico
estabelecido no país;
• Indivíduos domiciliados no país por um ano
ou mais, que tenham nesse país seu centro
de interesse econômico.
Conceito de residência (cont.)
Não serão considerados residentes,
ainda que permaneçam no país por um
ano ou mais, pessoas de outros países:
• Viajantes;
• Em tratamento de saúde;
• Estudantes;
• A serviço do governo do país de origem;
• Em atividade econômica sazonal.
Critérios contábeis
• Partida dobrada – para cada registro há uma
contrapartida com sinal contrário.
• Sistema de apropriação misto:
 Competência, quando o registro no BP
ocorre no momento do reconhecimento do
crédito ou débito;
 Caixa, quando o registro no BP ocorre no
momento do pagamento.
Partida dobrada
Para cada transação há dois registros:
1. Crédito, com sinal positivo, que representa:
 Exportações de bens e serviços;
 Renda e transferências recebidas;
 Redução de ativo externo;
 Aumento de passivo externo.
2. Débito, com sinal negativo , que representa:
 Importações de bens e serviços;
 Renda e transferências pagas;
 Aumento de ativo externo;
 Redução de passivo externo.
Partida dobrada (cont.)
As transações de balanços de pagamentos que
geram fluxo de divisas têm contrapartida em:
 Ativos em moeda estrangeira de bancos
comerciais brasileiros ou
 Reservas internacionais.
Crédito (+) Débito (-)
Ativo
externo
Diminui Aumenta
Passivo
externo
Aumenta Diminui
Partida dobrada - síntese
Balanço de pagamentos:
Metodologia
Características
• Metodologia: Manual de Balanço de Pagamentos
do FMI, 5ª edição, 1993.
• Periodicidade: Mensal.
• Unidade: US$ milhões.
• Tempestividade: no máximo 4 semanas após o mês
de referência.
• Divulgação: Em outubro de cada ano é publicado
calendário de divulgação para o ano seguinte.
Divergências metodológicas
• Contabilização pelo conceito caixa: perfil de
ativos ainda não está suficientemente
detalhado para que que se faça a correta
contabilização por competência;
• Não compilação de lucros reinvestidos.
Fontes de dados
A principal fonte de dados para o BP no Brasil são
as estatísticas cambiais (contratos de câmbio).
Outras fontes são:
• Receita Federal e MDIC (Balança comercial);
• Pesquisas a empresas de transporte;
• COSIF;
• Contabilidade de reservas internacionais;
• CVM;
• Estimativas.
Compilação - ITRS
Do ponto de vista do BP, o sistema de coleta de
dados cambiais é um sistema fechado
(International Transactions Reporting System -
ITRS), pois concilia o total de operações cambiais
com a variação de ativos líquidos do sistema
financeiro em moeda estrangeira.
Compilação – ITRS (cont.)
A variação do volume de depósitos em moeda
estrangeira no exterior de bancos comerciais é
extraída dos balancetes dos bancos comerciais
registrados na Consolidação do Plano Contábil
das Instituições Financeiras (Cosif), disponíveis
no Sisbacen.
Compilação - Câmbio
As estatísticas cambais são obtidas dos contratos
de câmbio, em que se registram - de forma
padronizada, conforme estabelecido no
Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais
Internacionais (RMCCI) -, as informações prestadas
pelo remetente ou destinatário de recursos no País.
Compilação – Câmbio (cont.)
• No recebimento ou remessa de recursos em
moeda estrangeira, a contratação de câmbio
é obrigatória.
• Todos os dados relativos ao contrato de
câmbio são gerados e registrados no
Sistema de Informações do Banco Central
(Sisbacen).
• Os registros estão à disposição dos
compiladores do BP.
Compilação – Câmbio (cont.)
Entre as informações obrigatórias em um contrato
de câmbio, destacam-se :
• Valor da operação em moeda estrangeira, taxa de
câmbio e equivalente em moeda nacional;
• Natureza econômica da operação;
• Natureza econômica da parte residente no país;
• Natureza econômica da contraparte não-residente;
• País de origem/destino dos fluxos financeiros;
• Nome/CNPJ parte residente;
• Nome da contraparte não-residente.
Contas agregadas do BP
• Transações correntes
• Conta capital e financeira
• Erros e omissões
• Variação de reservas
Transações correntes
Corresponde ao somatório dos fluxos líquidos
de receitas e despesas, entre residentes e
não residentes, de:
• Comércio de bens;
• Comércio de serviços;
• Transferências de renda;
• Transferências unilaterais correntes.
Balança comercial
É a diferença entre exportações e importações
• Importações: registram a entrada no País de
bens provenientes de outros países;
• Exportações: registram a saída do País de
bens remetidos para outros países
O conceito contábil utilizado é f.o.b. (free on
board).
Balança comercial (f.o.b.)
118,3
73,6
0
20
40
60
80
1
00
1
20
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Exportações Importações
Serviços
• Receitas (créditos): resultam da prestação de
serviços por residentes no País a não
residentes;
• Despesas (débitos): resultam da prestação de
serviços a residentes no País por não
residentes.
Balança de serviços
16,1
-24,2
-30
-25
-20
-1
5
-1
0
-5
0
5
1
0
1
5
20
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Exportações Importações
Viagens internacionais
Compreendem gastos efetuados por viajantes
quando em viagem a país que não o de sua
residência. Incluem gastos locais (no destino)
com hospedagem, alimentação, compras e
serviços.
• Receitas: gastos de estrangeiros com viagens
ao Brasil;
• Despesas: gastos de brasileiros com viagens
ao exterior.
Viagens internacionais
3,9
-4,7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Receitas Despesas
Transportes
Registra os serviços de transporte entre dois
pontos efetuados por um residente de um país
para um residente de outro país. Compreende
o transporte de bens e passageiros e serviços
auxiliares de transporte.
Transportes (cont.)
Fretes: registra o transporte de mercadorias,
não necessariamente entre dois países
distintos, contratado entre residentes e não
residentes.
Dado que no conceito fob é o importador
quem paga pelo frete, receitas só podem ser
geradas em exportações, e despesas, em
importações.
Transportes (cont.)
Passagens: registra o transporte de
passageiros residentes em um país por
companhia residente em outro país. Não
resulta, necessariamente, de transporte
internacional de passageiros.
Transportes (cont.)
Outros: registra os serviços auxiliares de
transporte, tais como:
• Afretamento (aluguel) de embarcações
tripuladas;
• Movimentação, embalagem e estocagem de
carga;
• Reboque e manutenção de embarcações;
• Despesas com combustíveis e outros bens
adquiridos no exterior utilizados pelos meios de
transporte de bandeira brasileira.
Seguros
Registra os seguros sobre transporte
internacional de mercadorias, resseguros,
comissões e outras receitas/despesas correlatas
• Receitas (Despesas): originam-se de prêmios e
indenizações recebidos do (pagos ao) exterior,
receitas (despesas) com recuperação de
sinistros, comissões e outras receitas
(despesas);
Gastos governamentais
Registra os gastos de organismos internacionais
e os gastos de governos relacionados com
representações militares, embaixadas e
consulados com residentes da economia em que
se encontram estabelecidos.
Serviços financeiros
Registra as receitas e despesas de serviços de
intermediação financeira, tais como: corretagens,
tarifas, comissões e garantias bancárias, inclusive
corretagens e comissões relativas a operações em
bolsa de mercadorias, empréstimos e lançamento
de bônus.
Computação e informação
Registra as receitas e despesas decorrentes de
assinaturas de periódicos, da utilização de bancos
de dados internacionais e das vendas e aquisições
de programas de computador não incluídos em
importações de bens, inclusive os padronizados
(cópia única).
Royalties e licenças
Registra receitas e despesas decorrentes do uso
de ativos intangíveis e direitos de propriedade, tais
como: licença de exploração de patentes, licença
de uso de marcas, fornecimento de tecnologia,
fornecimento de serviços de assistência técnica,
franquias e direitos autorais. Inclui também
receitas e despesas acessórias relacionadas ao
registro, depósito ou manutenção de marcas e
patentes.
Aluguel de equipamentos
Registra as receitas e despesas com aluguel de
máquinas sem operador, como plataformas de
petróleo, e afretamentos de veículos de transporte
sem tripulação. São classificadas como aluguel de
equipamento as operações cuja amortização de
principal não exceda a 75% do valor total do bem.
Aluguel de equipamentos
0,1
-4,2
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Receitas Despesas
Serviços de comunicação
Registra as operações relacionadas a serviços
postais e de entrega e de telecomunicações,
compreendidas as transmissões de som, imagem
e outros dados por telefone, satélite, cabo etc. e
serviços auxiliares. Não inclui pagamentos
relativos ao objeto da transmissão.
Serviços de construção
Registra as operações relacionadas a implantação
e instalação de projetos de engenharia e outras
montagens sob encomenda realizados no exterior
por companhias residentes no País (receita) e
realizadas no País por companhias não
residentes.
Serviços relativos a comércio
Registra, relativamente ao comércio internacional
de bens e serviços, pagamentos de comissões,
lucros e perdas com transações mercantis e
serviços auxiliares, tais como armazenagem,
perícia, inspeção, fiscalização, gastos com
participações em concorrências.
Serviços empresariais,
profissionais e técnicos
Registra as operações relacionadas a:
• Aquisições de medicamentos;
• Encomendas postais;
• Honorários de profissionais liberais;
• Instalação e manutenção de escritórios;
• Participações em feiras;
• Passes de atletas;
• Publicidade;
• Serviços de arquitetura, engenharia e técnicos.
Serviços culturais, pessoais e
de recreação
Registra as operações relacionadas a:
• Audiovisual , que compreende serviços relativos a
transmissões de eventos, aluguéis de filmes
cinematográficos e aluguel de fitas e discos gravados;
• Eventos cultural e esportivo, que compreende as taxas
escolares, de inscrição em concursos e de congressos e
seminário; honorários profissionais referentes a cursos,
palestras e seminários; remuneração por apresentação
artística e remuneração por competições esportivas.
Renda
Registra recebimentos e remessas de
• Salários e ordenados;
• Lucros e dividendos
 Remetidos e reinvestidos;
• Juros
 Pagos; refinanciados e atrasados.
Os fluxos de renda são apropriados ao balanço no
conceito caixa, ou seja, no momento do efetivo
ingresso ou saída (exceto reinvestimento).
Salários e ordenados
Registra as receitas decorrentes do recebimento
de salários por serviços prestados a não
residentes e as despesas relativas ao pagamento
de salários a não residentes por serviços
prestados à empresa sediada no país.
Lucros e dividendos remetidos
Registra a remuneração de:
• Investimentos diretos (exceto empréstimos
intercompanhias);
• Investimentos em títulos de renda variável (ações);
Receitas referem-se à remuneração de
investimentos brasileiros no exterior.
Despesas referem-se à remuneração de
investimentos estrangeiros no País.
Lucros e dividendos reinvestidos
Registra a remuneração de investimentos diretos e em
carteira auferida e não remetida para ou do exterior.
• Receitas representam a remuneração de investimentos
brasileiros no exterior auferidas mas não efetivamente
ingressadas. Têm contrapartida (negativa) em
investimentos brasileiros diretos no exterior.
• Despesas representam a remuneração de
investimentos estrangeiros no País não efetivamente
remetidas. Têm contrapartida (positiva) em
investimentos estrangeiros diretos no País.
Lucros e dividendos
0,7
-13,3
-1
4
-1
2
-1
0
-8
-6
-4
-2
0
2
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Receitas Despesas
Juros pagos
Registra a remuneração de:
• Investimentos diretos na forma de empréstimos
intercompanhias;
• Investimentos em títulos de renda fixa;
• Depósitos, empréstimos e financiamentos.
Receitas referem-se à remuneração de investimentos
brasileiros no exterior.
Despesas referem-se à remuneração de investimentos
estrangeiros no País.
Juros refinanciados e atrasados
• Juros refinanciados registram os juros devidos e não
pagos ao exterior amparados por acordos de
refinanciamento com credores. Essa despesa tem
contrapartida a crédito em empréstimos e
financiamentos estrangeiros de longo prazo ao País.
• Juros atrasados registram os juros devidos e não
pagos ao exterior sem amparo de acordos de
refinanciamento com credores. Essa despesa tem
contrapartida a crédito em outros passivos - atrasados
e constitui passivo de curto prazo da Autoridade
Monetária.
Juros
2,2
-15,7
-1
8
-1
5
-1
2
-9
-6
-3
0
3
6
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Receitas Despesas
Transferências unilaterais
correntes
Registra as transferências de mercadoria ou moeda,
entre residentes e não residentes, sem que haja
contraprestação por parte do beneficiário. Inclui:
• Transferências de trabalhadores migrantes;
• Impostos, taxas e prêmios de loterias e competições;
• Indenizações não amparadas por seguros;
• Contribuições a entidades associativas e organismos
internacionais;
• Aposentadorias e pensões;
• Doações e heranças.
Transferências unilaterais correntes
4,1
-0,5
-1
0
1
2
3
4
5
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Ingressos Saídas
Conta capital
Registra:
• Transferências unilaterais de capital: transferências
de patrimônio resultantes de imigração ou emigração;
• Bens não financeiros não produzidos, que
compreende a compra e venda de direitos de
propriedade, tais como marcas e patentes. Não inclui
a exploração de patentes, que se registra em serviços.
Conta financeira
Registra o somatório dos valores líquidos de :
• Investimentos diretos;
• Investimentos em carteira;
• Derivativos;
• Outros investimentos.
Investimentos diretos
São caracterizados pelo interesse duradouro do
investidor na atividade produtiva do
empreendimento em que investe. Adota-se como
regra geral a participação mínima de 10% no
capital votante da empresa. Outros critérios que
podem ser considerados, associados ou não ao
anterior, são a participação na gestão da empresa
e a natureza da empresa investidora.
Investimentos diretos (cont.)
Investimentos diretos existem na forma de:
• Constituição ou aumento de capital;
• Operações de crédito.
Subdividem-se em :
• Investimentos brasileiros diretos;
• Investimentos estrangeiros diretos.
Investimentos brasileiros
diretos (no exterior)
• Participação, total ou parcial, de residentes no País no
capital de empresas sediadas no exterior. Despesas
representam aumento de investimentos, e receitas
representam retorno, ou diminuição, de investimentos;
• Empréstimos intercompanhias, de matrizes no Brasil a
suas filiais no exterior. Despesas resultam da concessão
de empréstimos, e receitas representam amortizações
recebidas. Podem ocorrer empréstimos de filiais no
exterior a matrizes no País, conhecidos como
investimentos cruzados. Inclui captações de títulos entre
empresas ligadas.
Investimentos brasileiros diretos
1,5
-4,0
-1
2
-1
0
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Ingressos Saídas
Investimentos estrangeiros
diretos (no País)
• Participação, total ou parcial, de não residentes no capital
de empresas sediadas no País. Receitas representam
aumento de investimentos, e despesas representam
retorno, ou diminuição, de investimentos;
• Empréstimos intercompanhias, de matrizes no exterior a
suas filiais no País. Receitas resultam da concessão de
crédito, e despesas representam amortizações pagas.
Podem ocorrer empréstimos de filiais no País a matrizes no
exterior, conhecidos como investimentos cruzados. Inclui
captações de títulos entre empresas ligadas.
Investimentos estrangeiros diretos
30,1
-15,0
-20
-1
5
-1
0
-5
0
5
1
0
1
5
20
25
30
35
40
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Ingressos Saídas
Investimentos em carteira
Registra os fluxos de ativos e passivos na forma de
títulos de renda fixa ou variável.
Subdivide-se em :
• Investimentos brasileiros em carteira (ativos)
• Investimentos estrangeiros em carteira (passivos)
Investimentos brasileiros em
carteira (no exterior)
Registra as despesas e receitas decorrentes da
compra e venda de títulos estrangeiros por parte de
residentes. Os investimentos podem ser em:
• Ações de companhias estrangeiras, adquiridas
diretamente em bolsas estrangeiras ou na forma de
Brazilian Depositary Receipts (BDR - recibos de ações
de companhias estrangeiras negociados em bolsas de
valores no País);
• Títulos de renda fixa (bônus, notes, commercial
papers) de longo e curto prazos.
Investimentos estrangeiros em
carteira (no País)
Registra receitas e despesas decorrentes da compra e
venda de títulos brasileiros por não residentes. Quanto
ao local em que se dá a operação, os investimentos
subdividem-se em:
• Negociados no País, que referem-se a recursos
aplicados - em ações ou títulos emitidos no mercado
doméstico - por fundos de investidores estrangeiros
constituídos no País;
• Negociados no exterior, que referem-se a recursos
aplicados em ações brasileiras negociadas no exterior
e títulos emitidos no exterior por empresas residentes.
Derivativos
Registra os fluxos financeiros relativos aos resultados
de operações de swap, opções e futuros, e os fluxos
relativos aos prêmios de opções. Não inclui os fluxos
de depósitos de margens de garantia vinculados às
operações em bolsas de futuros, alocados em outros
investimentos de curto prazo. Subdividem-se em:
• Ativos, que registram os resultados das opções (de
compra ou venda) compradas por residentes junto a
não residentes;
• Passivos, que registram os resultados das opções (de
compra ou venda) vendidas por residentes a não
residentes.
Outros investimentos
São uma categoria residual de investimentos que
compreende os investimentos não classificados em
uma das demais categorias.
Subdivide-se em :
• Outros investimentos brasileiros (no exterior);
• Outros investimentos estrangeiros (no País).
Outros investimentos brasileiros (no exterior)
Registra fluxos de ativos de residentes no País com não
residentes. As despesas representam aumento de ativo, na
forma de concessão de empréstimos ou financiamentos ou
constituição de depósitos junto a não residentes. As receitas
representam o pagamento ou retorno de recursos, ou redução
de ativo. Subdivide-se em:
• Empréstimos e financiamentos
 De longo prazo: inclui empréstimos em moeda e
financiamentos à exportação com prazos de amortização
superiores a um ano ;
 De curto prazo: inclui empréstimos em moeda e
financiamentos à exportação com prazos de amortização
inferiores a um ano.
Outros investimentos brasileiros
(no exterior) (cont.)
• Moeda e depósitos registra a movimentação de depósitos
mantidos no exterior na forma de disponibilidades, cauções
sem prazo definido, depósitos judiciais e garantias para os
empréstimos vinculados a exportações. Subdivide-se
 Depósitos de bancos, a principal rubrica de
contrapartida dos pagamentos em moeda estrangeira
registrados no balanço de pagamentos. São compilados
com base na variação do estoque de ativos em moeda
estrangeira e não registram, portanto, receitas e
despesas;
 Depósitos dos demais setores.
Outros investimentos estrangeiros
(no País)
Registra fluxos líquidos de passivos de residentes no
País com não residentes. Os ingressos, ou receitas,
representam a concessão de recursos a residentes, ou
aumento de passivo. As amortizações, ou despesas,
representam o pagamento de recursos, ou redução de
passivo. Subdivide-se em:
• Créditos comerciais;
• Empréstimos;
• Moeda e depósitos;
• Outros passivos.
Créditos comerciais
• De longo prazo: referem-se aos financiamentos de
comércio concedidos pelos exportadores estrangeiros
a seus clientes no Brasil (suppliers’ credits), com prazo
de pagamento superior a um ano;
• De curto prazo: compreendem os financiamentos de
importação com prazo de pagamento de até 360 dias,
os pagamentos antecipados de exportações e os
ajustes decorrentes da não-coincidência entre o
momento do embarque e o pagamento da mercadoria.
Empréstimos de longo prazo
• Autoridade Monetária: registra desembolsos e
amortizações de empréstimos de não residentes ao
Banco Central
 Operações de regularização : referem-se aos
empréstimos relativos às operações de financiamento
do balanço de pagamentos concedidos pelo FMI;
 Operações de regularização - demais: referem-se aos
empréstimos concedidos por outras fontes como o BIS,
o Bank of Japan (BOJ), Tesouro Americano e
organismos multilaterais;
 Outros: referem-se a empréstimos gerenciados pelo BC
não vinculados a operações de regularização
Empréstimos (cont.)
• Demais setores: registra desembolsos e amortizações
de empréstimos e financiamentos de comércio de
longo e curto prazo não relativos ao BC
 Organismos: referem-se aos financiamentos
concedidos por organismos multilaterais
(destacam-se BID e BIRD);
 Agências : referem-se aos financiamentos de
comércio concedidos a residentes por agências
bilaterais estrangeiras, como Eximbank.
Empréstimos de longo prazo (cont.)
 Compradores: referem-se a financiamentos de
comércio concedidos a residentes por bancos
comerciais estrangeiros;
 Empréstimos diretos: registra os demais
empréstimos de bancos e empresas no exterior
(exceto intercompanhias).
Moeda e depósitos
Registra a movimentação de cauções sem prazo
definido, depósitos judiciais e garantias para os
empréstimos vinculados a comércio e depósitos
mantidos no País na forma de disponibilidades,
incluindo a variação do saldo das contas ao amparo
da Circular Bacen nº 2.677, de 10.4.1996 (contas
CC5). Registra também a contrapartida de
pagamentos em moeda nacional.
As contas “CC5” são contas de não residentes em
bancos residentes e por isso classificadas em
passivo externo.
Erros e omissões
Os erros e omissões são a compensação da
sobrestimação ou subestimação dos lançamentos
efetuados no balanço de pagamentos. Em outras
palavras, são a rubrica de “zeragem” do balanço.
Decorrem de discrepância temporal ou de
composição das diferentes fontes utilizadas para
compilar o balanço.
A magnitude absoluta, em módulo, dos erros e
omissões não é indicador da fidedignidade da
compilação do balanço.
Variação de haveres da
Autoridade Monetária
Representa a variação de reservas internacionais do
País, deduzidos os ajustes relativos a paridades e os
ganhos ou perdas relativos a flutuações nos preços
dos títulos e do ouro.
Um sinal negativo indica aumento nas reservas, ou
resultado superavitário do balanço de pagamentos.
Um sinal positivo indica indica retração nas reservas,
ou resultado deficitário do balanço de pagamentos.
Variação de haveres da Autoridade Monetária
-4,3
-1
5
-1
2
-9
-6
-3
0
3
6
9
1
990 1
991 1
992 1
993 1
994 1
995 1
996 1
997 1
998 1
999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
US$ bilhões
Limitações e desafios para a
compilação do BP
Devido a limitações nas informações cambiais:
• não são registradas transações de BP entre residentes
e não residentes cujos recursos não transitem pelo
país;
• não é possível obter informações confiáveis para
elaboração de estatísticas bilaterais.
Desafio imediato: impactos da MP 315 (flexibilização
da cobertura cambial e pagamentos no exterior) na
disponibilidade de dados para a elaboração do BP.
Muito Obrigado!
Informações/dúvidas/esclarecimentos:
dibap.depec@bcb.gov.br
Fone: (61) 3414-2205
Fax: (61) 3414-3922

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a aula de economia dia 03 macroeconomia.ppt

Setor externo - Economia
Setor externo - EconomiaSetor externo - Economia
Setor externo - EconomiaRafaelYamaji
 
Balanço de Pagamentos .pptx
Balanço de Pagamentos .pptxBalanço de Pagamentos .pptx
Balanço de Pagamentos .pptxjoaoaquino12
 
Caso pratico nº 4
Caso pratico nº 4Caso pratico nº 4
Caso pratico nº 4aleypires
 
Demonstrações obrigatorias de acordo com o tipo de tributação
Demonstrações obrigatorias de acordo com o tipo de tributaçãoDemonstrações obrigatorias de acordo com o tipo de tributação
Demonstrações obrigatorias de acordo com o tipo de tributaçãoDejane Silva Santana Andrade
 
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.pptAula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.pptdiodatojose
 
Práticas Financeiras e Contábeis Aulas 11 e 12
Práticas Financeiras e Contábeis Aulas 11 e 12Práticas Financeiras e Contábeis Aulas 11 e 12
Práticas Financeiras e Contábeis Aulas 11 e 12Wandick Rocha de Aquino
 
Resultado primário e resultado nominal
Resultado primário e resultado nominalResultado primário e resultado nominal
Resultado primário e resultado nominalrefugiodosanjos
 
As relações económicas internacionais e as balanças.pptx
As relações económicas internacionais e as balanças.pptxAs relações económicas internacionais e as balanças.pptx
As relações económicas internacionais e as balanças.pptxCecília Gomes
 
OC -PRESTACOES DE SERVICOS EM GERAIS
OC -PRESTACOES DE SERVICOS EM GERAISOC -PRESTACOES DE SERVICOS EM GERAIS
OC -PRESTACOES DE SERVICOS EM GERAISCarlos Oliveira
 
Economia
EconomiaEconomia
Economiavdsilva
 
uws9zbcss7myeemfyuc4-signature-8af3e9c209666add5af19192a05d461c7e9cda506f4c02...
uws9zbcss7myeemfyuc4-signature-8af3e9c209666add5af19192a05d461c7e9cda506f4c02...uws9zbcss7myeemfyuc4-signature-8af3e9c209666add5af19192a05d461c7e9cda506f4c02...
uws9zbcss7myeemfyuc4-signature-8af3e9c209666add5af19192a05d461c7e9cda506f4c02...Pedro Luis Moraes
 
Carlos archanjo comenta a declaração do imposto de renda da pessoa física p...
Carlos archanjo comenta a declaração do imposto de renda da pessoa física   p...Carlos archanjo comenta a declaração do imposto de renda da pessoa física   p...
Carlos archanjo comenta a declaração do imposto de renda da pessoa física p...Carlos Archanjo
 
Economia Internacional
Economia InternacionalEconomia Internacional
Economia InternacionalYuri Silver
 
Economia internacional
Economia internacionalEconomia internacional
Economia internacionalYuri Silver
 

Semelhante a aula de economia dia 03 macroeconomia.ppt (20)

Setor externo - Economia
Setor externo - EconomiaSetor externo - Economia
Setor externo - Economia
 
a_mc1sp.pdf
a_mc1sp.pdfa_mc1sp.pdf
a_mc1sp.pdf
 
Balanço de Pagamentos .pptx
Balanço de Pagamentos .pptxBalanço de Pagamentos .pptx
Balanço de Pagamentos .pptx
 
ifrs Introdução
ifrs Introduçãoifrs Introdução
ifrs Introdução
 
Caso pratico nº 4
Caso pratico nº 4Caso pratico nº 4
Caso pratico nº 4
 
Demonstrações obrigatorias de acordo com o tipo de tributação
Demonstrações obrigatorias de acordo com o tipo de tributaçãoDemonstrações obrigatorias de acordo com o tipo de tributação
Demonstrações obrigatorias de acordo com o tipo de tributação
 
Apresentação 2T18
Apresentação 2T18Apresentação 2T18
Apresentação 2T18
 
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.pptAula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
 
Práticas Financeiras e Contábeis Aulas 11 e 12
Práticas Financeiras e Contábeis Aulas 11 e 12Práticas Financeiras e Contábeis Aulas 11 e 12
Práticas Financeiras e Contábeis Aulas 11 e 12
 
Resultado primário e resultado nominal
Resultado primário e resultado nominalResultado primário e resultado nominal
Resultado primário e resultado nominal
 
Ibet contabilidade 2013
Ibet contabilidade 2013Ibet contabilidade 2013
Ibet contabilidade 2013
 
E11
E11E11
E11
 
As relações económicas internacionais e as balanças.pptx
As relações económicas internacionais e as balanças.pptxAs relações económicas internacionais e as balanças.pptx
As relações económicas internacionais e as balanças.pptx
 
OC -PRESTACOES DE SERVICOS EM GERAIS
OC -PRESTACOES DE SERVICOS EM GERAISOC -PRESTACOES DE SERVICOS EM GERAIS
OC -PRESTACOES DE SERVICOS EM GERAIS
 
Economia
EconomiaEconomia
Economia
 
Aula1 slide 55
Aula1 slide 55Aula1 slide 55
Aula1 slide 55
 
uws9zbcss7myeemfyuc4-signature-8af3e9c209666add5af19192a05d461c7e9cda506f4c02...
uws9zbcss7myeemfyuc4-signature-8af3e9c209666add5af19192a05d461c7e9cda506f4c02...uws9zbcss7myeemfyuc4-signature-8af3e9c209666add5af19192a05d461c7e9cda506f4c02...
uws9zbcss7myeemfyuc4-signature-8af3e9c209666add5af19192a05d461c7e9cda506f4c02...
 
Carlos archanjo comenta a declaração do imposto de renda da pessoa física p...
Carlos archanjo comenta a declaração do imposto de renda da pessoa física   p...Carlos archanjo comenta a declaração do imposto de renda da pessoa física   p...
Carlos archanjo comenta a declaração do imposto de renda da pessoa física p...
 
Economia Internacional
Economia InternacionalEconomia Internacional
Economia Internacional
 
Economia internacional
Economia internacionalEconomia internacional
Economia internacional
 

Último

ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 

Último (20)

ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 

aula de economia dia 03 macroeconomia.ppt

  • 1. Balanço de pagamentos II Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais V Conferência Nacional de Estatística (Confest) Banco Central do Brasil Departamento Econômico (Depec) Divisão de Balanço de Pagamentos (Dibap) IBGE – Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2006
  • 3. Definição O Balanço de Pagamentos (BP) é o registro estatístico resumido de: • Fluxos de valores econômicos; • Entre residentes e não residentes de uma economia (país); • Em determinado período de tempo.
  • 4. (Re)Definição O BP não é propriamente um balanço – registra fluxos e não estoques - e tampouco compreende exclusivamente pagamentos – apropria transferências que não envolvem pagamentos e registra algumas variações de haveres e obrigações por competência.
  • 5. Transações econômicas • Refletem a criação, extinção, transformação e transferência de valores econômicos; • Envolvem troca de propriedade de bens e ativos financeiros e fornecimento de serviços, capital e trabalho.
  • 6. Conceito de residência Consideram-se residentes: • Empresas que tenham interesse econômico estabelecido no país; • Indivíduos domiciliados no país por um ano ou mais, que tenham nesse país seu centro de interesse econômico.
  • 7. Conceito de residência (cont.) Não serão considerados residentes, ainda que permaneçam no país por um ano ou mais, pessoas de outros países: • Viajantes; • Em tratamento de saúde; • Estudantes; • A serviço do governo do país de origem; • Em atividade econômica sazonal.
  • 8. Critérios contábeis • Partida dobrada – para cada registro há uma contrapartida com sinal contrário. • Sistema de apropriação misto:  Competência, quando o registro no BP ocorre no momento do reconhecimento do crédito ou débito;  Caixa, quando o registro no BP ocorre no momento do pagamento.
  • 9. Partida dobrada Para cada transação há dois registros: 1. Crédito, com sinal positivo, que representa:  Exportações de bens e serviços;  Renda e transferências recebidas;  Redução de ativo externo;  Aumento de passivo externo. 2. Débito, com sinal negativo , que representa:  Importações de bens e serviços;  Renda e transferências pagas;  Aumento de ativo externo;  Redução de passivo externo.
  • 10. Partida dobrada (cont.) As transações de balanços de pagamentos que geram fluxo de divisas têm contrapartida em:  Ativos em moeda estrangeira de bancos comerciais brasileiros ou  Reservas internacionais.
  • 11. Crédito (+) Débito (-) Ativo externo Diminui Aumenta Passivo externo Aumenta Diminui Partida dobrada - síntese
  • 13. Características • Metodologia: Manual de Balanço de Pagamentos do FMI, 5ª edição, 1993. • Periodicidade: Mensal. • Unidade: US$ milhões. • Tempestividade: no máximo 4 semanas após o mês de referência. • Divulgação: Em outubro de cada ano é publicado calendário de divulgação para o ano seguinte.
  • 14. Divergências metodológicas • Contabilização pelo conceito caixa: perfil de ativos ainda não está suficientemente detalhado para que que se faça a correta contabilização por competência; • Não compilação de lucros reinvestidos.
  • 15. Fontes de dados A principal fonte de dados para o BP no Brasil são as estatísticas cambiais (contratos de câmbio). Outras fontes são: • Receita Federal e MDIC (Balança comercial); • Pesquisas a empresas de transporte; • COSIF; • Contabilidade de reservas internacionais; • CVM; • Estimativas.
  • 16. Compilação - ITRS Do ponto de vista do BP, o sistema de coleta de dados cambiais é um sistema fechado (International Transactions Reporting System - ITRS), pois concilia o total de operações cambiais com a variação de ativos líquidos do sistema financeiro em moeda estrangeira.
  • 17. Compilação – ITRS (cont.) A variação do volume de depósitos em moeda estrangeira no exterior de bancos comerciais é extraída dos balancetes dos bancos comerciais registrados na Consolidação do Plano Contábil das Instituições Financeiras (Cosif), disponíveis no Sisbacen.
  • 18. Compilação - Câmbio As estatísticas cambais são obtidas dos contratos de câmbio, em que se registram - de forma padronizada, conforme estabelecido no Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI) -, as informações prestadas pelo remetente ou destinatário de recursos no País.
  • 19. Compilação – Câmbio (cont.) • No recebimento ou remessa de recursos em moeda estrangeira, a contratação de câmbio é obrigatória. • Todos os dados relativos ao contrato de câmbio são gerados e registrados no Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen). • Os registros estão à disposição dos compiladores do BP.
  • 20. Compilação – Câmbio (cont.) Entre as informações obrigatórias em um contrato de câmbio, destacam-se : • Valor da operação em moeda estrangeira, taxa de câmbio e equivalente em moeda nacional; • Natureza econômica da operação; • Natureza econômica da parte residente no país; • Natureza econômica da contraparte não-residente; • País de origem/destino dos fluxos financeiros; • Nome/CNPJ parte residente; • Nome da contraparte não-residente.
  • 21. Contas agregadas do BP • Transações correntes • Conta capital e financeira • Erros e omissões • Variação de reservas
  • 22. Transações correntes Corresponde ao somatório dos fluxos líquidos de receitas e despesas, entre residentes e não residentes, de: • Comércio de bens; • Comércio de serviços; • Transferências de renda; • Transferências unilaterais correntes.
  • 23. Balança comercial É a diferença entre exportações e importações • Importações: registram a entrada no País de bens provenientes de outros países; • Exportações: registram a saída do País de bens remetidos para outros países O conceito contábil utilizado é f.o.b. (free on board).
  • 24. Balança comercial (f.o.b.) 118,3 73,6 0 20 40 60 80 1 00 1 20 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões Exportações Importações
  • 25. Serviços • Receitas (créditos): resultam da prestação de serviços por residentes no País a não residentes; • Despesas (débitos): resultam da prestação de serviços a residentes no País por não residentes.
  • 26. Balança de serviços 16,1 -24,2 -30 -25 -20 -1 5 -1 0 -5 0 5 1 0 1 5 20 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões Exportações Importações
  • 27. Viagens internacionais Compreendem gastos efetuados por viajantes quando em viagem a país que não o de sua residência. Incluem gastos locais (no destino) com hospedagem, alimentação, compras e serviços. • Receitas: gastos de estrangeiros com viagens ao Brasil; • Despesas: gastos de brasileiros com viagens ao exterior.
  • 28. Viagens internacionais 3,9 -4,7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões Receitas Despesas
  • 29. Transportes Registra os serviços de transporte entre dois pontos efetuados por um residente de um país para um residente de outro país. Compreende o transporte de bens e passageiros e serviços auxiliares de transporte.
  • 30. Transportes (cont.) Fretes: registra o transporte de mercadorias, não necessariamente entre dois países distintos, contratado entre residentes e não residentes. Dado que no conceito fob é o importador quem paga pelo frete, receitas só podem ser geradas em exportações, e despesas, em importações.
  • 31. Transportes (cont.) Passagens: registra o transporte de passageiros residentes em um país por companhia residente em outro país. Não resulta, necessariamente, de transporte internacional de passageiros.
  • 32. Transportes (cont.) Outros: registra os serviços auxiliares de transporte, tais como: • Afretamento (aluguel) de embarcações tripuladas; • Movimentação, embalagem e estocagem de carga; • Reboque e manutenção de embarcações; • Despesas com combustíveis e outros bens adquiridos no exterior utilizados pelos meios de transporte de bandeira brasileira.
  • 33. Seguros Registra os seguros sobre transporte internacional de mercadorias, resseguros, comissões e outras receitas/despesas correlatas • Receitas (Despesas): originam-se de prêmios e indenizações recebidos do (pagos ao) exterior, receitas (despesas) com recuperação de sinistros, comissões e outras receitas (despesas);
  • 34. Gastos governamentais Registra os gastos de organismos internacionais e os gastos de governos relacionados com representações militares, embaixadas e consulados com residentes da economia em que se encontram estabelecidos.
  • 35. Serviços financeiros Registra as receitas e despesas de serviços de intermediação financeira, tais como: corretagens, tarifas, comissões e garantias bancárias, inclusive corretagens e comissões relativas a operações em bolsa de mercadorias, empréstimos e lançamento de bônus.
  • 36. Computação e informação Registra as receitas e despesas decorrentes de assinaturas de periódicos, da utilização de bancos de dados internacionais e das vendas e aquisições de programas de computador não incluídos em importações de bens, inclusive os padronizados (cópia única).
  • 37. Royalties e licenças Registra receitas e despesas decorrentes do uso de ativos intangíveis e direitos de propriedade, tais como: licença de exploração de patentes, licença de uso de marcas, fornecimento de tecnologia, fornecimento de serviços de assistência técnica, franquias e direitos autorais. Inclui também receitas e despesas acessórias relacionadas ao registro, depósito ou manutenção de marcas e patentes.
  • 38. Aluguel de equipamentos Registra as receitas e despesas com aluguel de máquinas sem operador, como plataformas de petróleo, e afretamentos de veículos de transporte sem tripulação. São classificadas como aluguel de equipamento as operações cuja amortização de principal não exceda a 75% do valor total do bem.
  • 39. Aluguel de equipamentos 0,1 -4,2 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões Receitas Despesas
  • 40. Serviços de comunicação Registra as operações relacionadas a serviços postais e de entrega e de telecomunicações, compreendidas as transmissões de som, imagem e outros dados por telefone, satélite, cabo etc. e serviços auxiliares. Não inclui pagamentos relativos ao objeto da transmissão.
  • 41. Serviços de construção Registra as operações relacionadas a implantação e instalação de projetos de engenharia e outras montagens sob encomenda realizados no exterior por companhias residentes no País (receita) e realizadas no País por companhias não residentes.
  • 42. Serviços relativos a comércio Registra, relativamente ao comércio internacional de bens e serviços, pagamentos de comissões, lucros e perdas com transações mercantis e serviços auxiliares, tais como armazenagem, perícia, inspeção, fiscalização, gastos com participações em concorrências.
  • 43. Serviços empresariais, profissionais e técnicos Registra as operações relacionadas a: • Aquisições de medicamentos; • Encomendas postais; • Honorários de profissionais liberais; • Instalação e manutenção de escritórios; • Participações em feiras; • Passes de atletas; • Publicidade; • Serviços de arquitetura, engenharia e técnicos.
  • 44. Serviços culturais, pessoais e de recreação Registra as operações relacionadas a: • Audiovisual , que compreende serviços relativos a transmissões de eventos, aluguéis de filmes cinematográficos e aluguel de fitas e discos gravados; • Eventos cultural e esportivo, que compreende as taxas escolares, de inscrição em concursos e de congressos e seminário; honorários profissionais referentes a cursos, palestras e seminários; remuneração por apresentação artística e remuneração por competições esportivas.
  • 45. Renda Registra recebimentos e remessas de • Salários e ordenados; • Lucros e dividendos  Remetidos e reinvestidos; • Juros  Pagos; refinanciados e atrasados. Os fluxos de renda são apropriados ao balanço no conceito caixa, ou seja, no momento do efetivo ingresso ou saída (exceto reinvestimento).
  • 46. Salários e ordenados Registra as receitas decorrentes do recebimento de salários por serviços prestados a não residentes e as despesas relativas ao pagamento de salários a não residentes por serviços prestados à empresa sediada no país.
  • 47. Lucros e dividendos remetidos Registra a remuneração de: • Investimentos diretos (exceto empréstimos intercompanhias); • Investimentos em títulos de renda variável (ações); Receitas referem-se à remuneração de investimentos brasileiros no exterior. Despesas referem-se à remuneração de investimentos estrangeiros no País.
  • 48. Lucros e dividendos reinvestidos Registra a remuneração de investimentos diretos e em carteira auferida e não remetida para ou do exterior. • Receitas representam a remuneração de investimentos brasileiros no exterior auferidas mas não efetivamente ingressadas. Têm contrapartida (negativa) em investimentos brasileiros diretos no exterior. • Despesas representam a remuneração de investimentos estrangeiros no País não efetivamente remetidas. Têm contrapartida (positiva) em investimentos estrangeiros diretos no País.
  • 49. Lucros e dividendos 0,7 -13,3 -1 4 -1 2 -1 0 -8 -6 -4 -2 0 2 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões Receitas Despesas
  • 50. Juros pagos Registra a remuneração de: • Investimentos diretos na forma de empréstimos intercompanhias; • Investimentos em títulos de renda fixa; • Depósitos, empréstimos e financiamentos. Receitas referem-se à remuneração de investimentos brasileiros no exterior. Despesas referem-se à remuneração de investimentos estrangeiros no País.
  • 51. Juros refinanciados e atrasados • Juros refinanciados registram os juros devidos e não pagos ao exterior amparados por acordos de refinanciamento com credores. Essa despesa tem contrapartida a crédito em empréstimos e financiamentos estrangeiros de longo prazo ao País. • Juros atrasados registram os juros devidos e não pagos ao exterior sem amparo de acordos de refinanciamento com credores. Essa despesa tem contrapartida a crédito em outros passivos - atrasados e constitui passivo de curto prazo da Autoridade Monetária.
  • 52. Juros 2,2 -15,7 -1 8 -1 5 -1 2 -9 -6 -3 0 3 6 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões Receitas Despesas
  • 53. Transferências unilaterais correntes Registra as transferências de mercadoria ou moeda, entre residentes e não residentes, sem que haja contraprestação por parte do beneficiário. Inclui: • Transferências de trabalhadores migrantes; • Impostos, taxas e prêmios de loterias e competições; • Indenizações não amparadas por seguros; • Contribuições a entidades associativas e organismos internacionais; • Aposentadorias e pensões; • Doações e heranças.
  • 54. Transferências unilaterais correntes 4,1 -0,5 -1 0 1 2 3 4 5 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões Ingressos Saídas
  • 55. Conta capital Registra: • Transferências unilaterais de capital: transferências de patrimônio resultantes de imigração ou emigração; • Bens não financeiros não produzidos, que compreende a compra e venda de direitos de propriedade, tais como marcas e patentes. Não inclui a exploração de patentes, que se registra em serviços.
  • 56. Conta financeira Registra o somatório dos valores líquidos de : • Investimentos diretos; • Investimentos em carteira; • Derivativos; • Outros investimentos.
  • 57. Investimentos diretos São caracterizados pelo interesse duradouro do investidor na atividade produtiva do empreendimento em que investe. Adota-se como regra geral a participação mínima de 10% no capital votante da empresa. Outros critérios que podem ser considerados, associados ou não ao anterior, são a participação na gestão da empresa e a natureza da empresa investidora.
  • 58. Investimentos diretos (cont.) Investimentos diretos existem na forma de: • Constituição ou aumento de capital; • Operações de crédito. Subdividem-se em : • Investimentos brasileiros diretos; • Investimentos estrangeiros diretos.
  • 59. Investimentos brasileiros diretos (no exterior) • Participação, total ou parcial, de residentes no País no capital de empresas sediadas no exterior. Despesas representam aumento de investimentos, e receitas representam retorno, ou diminuição, de investimentos; • Empréstimos intercompanhias, de matrizes no Brasil a suas filiais no exterior. Despesas resultam da concessão de empréstimos, e receitas representam amortizações recebidas. Podem ocorrer empréstimos de filiais no exterior a matrizes no País, conhecidos como investimentos cruzados. Inclui captações de títulos entre empresas ligadas.
  • 60. Investimentos brasileiros diretos 1,5 -4,0 -1 2 -1 0 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões Ingressos Saídas
  • 61. Investimentos estrangeiros diretos (no País) • Participação, total ou parcial, de não residentes no capital de empresas sediadas no País. Receitas representam aumento de investimentos, e despesas representam retorno, ou diminuição, de investimentos; • Empréstimos intercompanhias, de matrizes no exterior a suas filiais no País. Receitas resultam da concessão de crédito, e despesas representam amortizações pagas. Podem ocorrer empréstimos de filiais no País a matrizes no exterior, conhecidos como investimentos cruzados. Inclui captações de títulos entre empresas ligadas.
  • 62. Investimentos estrangeiros diretos 30,1 -15,0 -20 -1 5 -1 0 -5 0 5 1 0 1 5 20 25 30 35 40 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões Ingressos Saídas
  • 63. Investimentos em carteira Registra os fluxos de ativos e passivos na forma de títulos de renda fixa ou variável. Subdivide-se em : • Investimentos brasileiros em carteira (ativos) • Investimentos estrangeiros em carteira (passivos)
  • 64. Investimentos brasileiros em carteira (no exterior) Registra as despesas e receitas decorrentes da compra e venda de títulos estrangeiros por parte de residentes. Os investimentos podem ser em: • Ações de companhias estrangeiras, adquiridas diretamente em bolsas estrangeiras ou na forma de Brazilian Depositary Receipts (BDR - recibos de ações de companhias estrangeiras negociados em bolsas de valores no País); • Títulos de renda fixa (bônus, notes, commercial papers) de longo e curto prazos.
  • 65. Investimentos estrangeiros em carteira (no País) Registra receitas e despesas decorrentes da compra e venda de títulos brasileiros por não residentes. Quanto ao local em que se dá a operação, os investimentos subdividem-se em: • Negociados no País, que referem-se a recursos aplicados - em ações ou títulos emitidos no mercado doméstico - por fundos de investidores estrangeiros constituídos no País; • Negociados no exterior, que referem-se a recursos aplicados em ações brasileiras negociadas no exterior e títulos emitidos no exterior por empresas residentes.
  • 66. Derivativos Registra os fluxos financeiros relativos aos resultados de operações de swap, opções e futuros, e os fluxos relativos aos prêmios de opções. Não inclui os fluxos de depósitos de margens de garantia vinculados às operações em bolsas de futuros, alocados em outros investimentos de curto prazo. Subdividem-se em: • Ativos, que registram os resultados das opções (de compra ou venda) compradas por residentes junto a não residentes; • Passivos, que registram os resultados das opções (de compra ou venda) vendidas por residentes a não residentes.
  • 67. Outros investimentos São uma categoria residual de investimentos que compreende os investimentos não classificados em uma das demais categorias. Subdivide-se em : • Outros investimentos brasileiros (no exterior); • Outros investimentos estrangeiros (no País).
  • 68. Outros investimentos brasileiros (no exterior) Registra fluxos de ativos de residentes no País com não residentes. As despesas representam aumento de ativo, na forma de concessão de empréstimos ou financiamentos ou constituição de depósitos junto a não residentes. As receitas representam o pagamento ou retorno de recursos, ou redução de ativo. Subdivide-se em: • Empréstimos e financiamentos  De longo prazo: inclui empréstimos em moeda e financiamentos à exportação com prazos de amortização superiores a um ano ;  De curto prazo: inclui empréstimos em moeda e financiamentos à exportação com prazos de amortização inferiores a um ano.
  • 69. Outros investimentos brasileiros (no exterior) (cont.) • Moeda e depósitos registra a movimentação de depósitos mantidos no exterior na forma de disponibilidades, cauções sem prazo definido, depósitos judiciais e garantias para os empréstimos vinculados a exportações. Subdivide-se  Depósitos de bancos, a principal rubrica de contrapartida dos pagamentos em moeda estrangeira registrados no balanço de pagamentos. São compilados com base na variação do estoque de ativos em moeda estrangeira e não registram, portanto, receitas e despesas;  Depósitos dos demais setores.
  • 70. Outros investimentos estrangeiros (no País) Registra fluxos líquidos de passivos de residentes no País com não residentes. Os ingressos, ou receitas, representam a concessão de recursos a residentes, ou aumento de passivo. As amortizações, ou despesas, representam o pagamento de recursos, ou redução de passivo. Subdivide-se em: • Créditos comerciais; • Empréstimos; • Moeda e depósitos; • Outros passivos.
  • 71. Créditos comerciais • De longo prazo: referem-se aos financiamentos de comércio concedidos pelos exportadores estrangeiros a seus clientes no Brasil (suppliers’ credits), com prazo de pagamento superior a um ano; • De curto prazo: compreendem os financiamentos de importação com prazo de pagamento de até 360 dias, os pagamentos antecipados de exportações e os ajustes decorrentes da não-coincidência entre o momento do embarque e o pagamento da mercadoria.
  • 72. Empréstimos de longo prazo • Autoridade Monetária: registra desembolsos e amortizações de empréstimos de não residentes ao Banco Central  Operações de regularização : referem-se aos empréstimos relativos às operações de financiamento do balanço de pagamentos concedidos pelo FMI;  Operações de regularização - demais: referem-se aos empréstimos concedidos por outras fontes como o BIS, o Bank of Japan (BOJ), Tesouro Americano e organismos multilaterais;  Outros: referem-se a empréstimos gerenciados pelo BC não vinculados a operações de regularização
  • 73. Empréstimos (cont.) • Demais setores: registra desembolsos e amortizações de empréstimos e financiamentos de comércio de longo e curto prazo não relativos ao BC  Organismos: referem-se aos financiamentos concedidos por organismos multilaterais (destacam-se BID e BIRD);  Agências : referem-se aos financiamentos de comércio concedidos a residentes por agências bilaterais estrangeiras, como Eximbank.
  • 74. Empréstimos de longo prazo (cont.)  Compradores: referem-se a financiamentos de comércio concedidos a residentes por bancos comerciais estrangeiros;  Empréstimos diretos: registra os demais empréstimos de bancos e empresas no exterior (exceto intercompanhias).
  • 75. Moeda e depósitos Registra a movimentação de cauções sem prazo definido, depósitos judiciais e garantias para os empréstimos vinculados a comércio e depósitos mantidos no País na forma de disponibilidades, incluindo a variação do saldo das contas ao amparo da Circular Bacen nº 2.677, de 10.4.1996 (contas CC5). Registra também a contrapartida de pagamentos em moeda nacional. As contas “CC5” são contas de não residentes em bancos residentes e por isso classificadas em passivo externo.
  • 76. Erros e omissões Os erros e omissões são a compensação da sobrestimação ou subestimação dos lançamentos efetuados no balanço de pagamentos. Em outras palavras, são a rubrica de “zeragem” do balanço. Decorrem de discrepância temporal ou de composição das diferentes fontes utilizadas para compilar o balanço. A magnitude absoluta, em módulo, dos erros e omissões não é indicador da fidedignidade da compilação do balanço.
  • 77. Variação de haveres da Autoridade Monetária Representa a variação de reservas internacionais do País, deduzidos os ajustes relativos a paridades e os ganhos ou perdas relativos a flutuações nos preços dos títulos e do ouro. Um sinal negativo indica aumento nas reservas, ou resultado superavitário do balanço de pagamentos. Um sinal positivo indica indica retração nas reservas, ou resultado deficitário do balanço de pagamentos.
  • 78. Variação de haveres da Autoridade Monetária -4,3 -1 5 -1 2 -9 -6 -3 0 3 6 9 1 990 1 991 1 992 1 993 1 994 1 995 1 996 1 997 1 998 1 999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 US$ bilhões
  • 79. Limitações e desafios para a compilação do BP Devido a limitações nas informações cambiais: • não são registradas transações de BP entre residentes e não residentes cujos recursos não transitem pelo país; • não é possível obter informações confiáveis para elaboração de estatísticas bilaterais. Desafio imediato: impactos da MP 315 (flexibilização da cobertura cambial e pagamentos no exterior) na disponibilidade de dados para a elaboração do BP.