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Raciocínio
Analítico
Estudo sistemático do senso crítico, da
interpretação de texto, de imagens e da lógica
formal e informal, através do raciocínio
analítico.
Raciocínio Analítico
Ementa
Desenvolver e analisar discursos implícitos e
explícitos, argumentar, reconhecer silogismos,
negações, falácias, analogias e inferências.
Aplicar o raciocínio analítico, baseado na
lógica informal, possibilitando leitura de textos
verbais, não-verbais ou misto de forma crítica
e analítica.
Raciocínio Analítico
Objetivo
Utilizar e refinar o raciocínio analítico é
pressuposto básico para o exercício de
qualquer profissão e, portanto, para as
profissões da área de gestão é indispensável,
haja visto que gestores devem ser capazes de
analisar, avaliar e decidir sobre situações no
contexto interno de suas organizações.
Raciocínio Analítico
Justificativa
- Sala de Aula Invertida;
- Aulas Expositivas e Dialogadas;
- Leituras e Discussões supervisionadas (individual
e/ou grupo);
- Exposição com suporte dos Objetos de
Aprendizagem;
- Estudos de caso e resolução de problemas.
Raciocínio Analítico
Metodologia
- Conceito de lógica informal
- Conceito de raciocínio analítico
- Método
- Métodos e técnicas de estudo
- Textos verbais
- Textos não-verbais ou misto
- Analise de discursos implícitos e explícitos
Raciocínio Analítico
Programa:
- Argumento
- Silogismos
- Negações
- Falácias
- Analogias
- Inferências
- Dedução e indução
- Hipótese, experimentação e Lei
- Conectivos e ideias discursivas
Raciocínio Analítico
Programa:
Raciocínio Analítico
✓ Raciocinar analiticamente;
✓ Relacionar conectivos com
ideias discursivas;
✓ Conhecer os vários
conectivos da Língua
Portuguesa;
✓ Reconhecer informações
implícitas;
Habilidade/ Competência
✓ Compreender negações;
✓ Deduzir resposta;
✓ Analisar texto não verbal;
✓ Analisar texto verbal;
✓ Analisar preposições;
✓ Inferir ideias.
- GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna:
aprenda a escrever, aprendendo a pensar - 27. ed. / 2010
Rio de Janeiro: FGV, 2010.
- MORTARI, A. Cezar. Introdução a lógica - 2. ed. / 2016 São
Paulo: Editora UNESP, 2016.
- VELASCO, Patricia Del Nero. Educando para a
argumentação [recurso eletrônico] : contribuições do
ensino da lógica / 2010 Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
Bibliografia básica
1. ato ou efeito de raciocinar.
2. exercício da razão pelo qual se procura alcançar o
entendimento de atos e fatos, se formulam ideias, se
elaboram juízos, se deduz algo a partir de uma ou mais
premissas.
Raciocínio
1. estudo pormenorizado de cada parte de um todo, para
conhecer melhor sua natureza, suas funções, relações,
causas etc.
Análise
...faz-se urgente uma educação para o
pensar: o ensino-aprendizagem
pautado na investigação crítica e
criativa, na reflexão e fundamentação
de ideias, valores e ações. Trata-se,
pois, de uma educação que visa à
autonomia do pensamento, formando
educandos que pensem por si
mesmos e desenvolvam mecanismos
próprios de deliberação – tendo
autonomia também no agir.
Velasco, 2010. Educando para a argumentação:
contribuições do ensino da lógica.
Aula 1 – Introdução às noções elementares da
Lógica: inferência e argumentação.
Professora Ana Paula de Moura Delezuk
- Referência: VELASCO, Patricia Del Nero. Educando para a
argumentação [recurso eletrônico] : contribuições do ensino da
lógica / 2010 Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
Professora Ana Paula de Moura Delezuk
Objetivos da aula:
1) Compreender qual o objeto de estudo da Lógica;
2) Entender os conceitos de inferência e argumento;
3) Reconhecer a diferença entre inferência e
argumento;
Raciocínio Analítico
LÓGICA – ETIMOLOGIA
Lógica: origem no grego logos, que significa:
➢ “pensamento”, “razão”, “raciocínio”.
➢ “linguagem”, “discurso articulado”.
Atividade reflexiva. Atividade discursiva.
Para os gregos: o pensamento é a articulação de um
discurso.
Raciocínio Analítico
Porém...
✓ Definir a Lógica como o estudo da linguagem e do
pensamento nos impediria de distingui-la da
Psicologia e da Linguística.
✓ A Lógica não estuda tudo aquilo que o termo
“pensamento” engloba, assim como não se dedica a
tudo aquilo que o termo “linguagem” diz respeito.
Raciocínio Analítico
Lógica
Raciocínio Analítico
▪ Princípios e métodos
do raciocínio;
(pensamento -
inferências)
▪ Os argumentos,
atentando para o
encadeamento entre
as sentenças de
determinada língua.
(linguagem)
Dessa forma, a Lógica tem por objeto as
inferências e os argumentos.
“A Lógica trata de argumentos e
inferências. Um de seus objetivos
fundamentais consiste em
proporcionar métodos que permitam
distinguir entre argumentos e
inferências logicamente certos e
aqueles que não o são.”
Velasco, 2010. Educando para a argumentação:
contribuições do ensino da lógica.
Inferência:
▪ Inferir é concluir, é extrair informação nova a
partir de raciocínio, do encadeamento de
informações disponíveis.
Raciocínio Analítico
Tomemos a tira de Fernando Gonsales, veiculada no caderno
Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo, em 5 de outubro de
2007:
Raciocínio Analítico
Tomemos a tira de Fernando Gonsales, veiculada no caderno
Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo, em 5 de outubro de
2007:
Raciocínio Analítico
Basicamente, raciocinar, ou fazer inferência,
consiste em “manipular” a informação
disponível – aquilo que sabemos, ou supomos,
ser verdadeiro; aquilo em que acreditamos – e
extrair consequências disso, obtendo informação
nova. O resultado de um processo (bem-
sucedido) de inferência é que você fica sabendo
(ou, ao menos, acreditando em) algo que você
não sabia antes. [...] Por outro lado, é
importante notar que nem sempre o ponto de
partida do processo são coisas sabidas, ou em
que se acredita: muitas vezes raciocinamos a
partir de hipóteses. [...]
Velasco, 2010. Educando para a argumentação:
contribuições do ensino da lógica.
Raciocínio Analítico
A conclusão:
▪ Dá-se o nome de conclusão à informação que é
extraída do processo de inferência.
▪ As informações que servem de fundamento
para as inferências (ou raciocínios) são
denominadas premissas: são os pressupostos
disponíveis que justificam, embasam, oferecem
sustento adequado para a aceitação da
conclusão.
Raciocínio Analítico
➢ Deve-se, contudo, salientar que as premissas
possuem caráter hipotético, dado que não há
necessariamente o comprometimento com a
verdade efetiva daquilo que se está tomando
como pressuposto.
➢ A inferência ou não da conclusão tem como base
a suposta verdade das premissas.
Em síntese,
1º A Lógica estuda os métodos de inferência e
2º Inferir consiste em concluir com base em
raciocínio (processo mental).
Interessa à Lógica investigar se a conclusão é uma
consequência daquilo que sabemos ou acreditamos
(premissas) e se a informação disponível justifica
adequadamente a conclusão.
Raciocínio Analítico
Nas palavras de Benson Mates (1967, p. 2):
“A lógica investiga a relação de consequência
que vige entre as premissas e a conclusão de
um argumento legítimo. Um argumento se
diz legítimo (correto, válido) quando a
conclusão decorre ou é consequência de
suas premissas; caso contrário, será
ilegítimo”.
Velasco, 2010. Educando para a argumentação:
contribuições do ensino da lógica.
O argumento:
Tem-se que um argumento é constituído de premissa(s) e
conclusão, sendo que a conclusão é inferida das premissas.
Raciocínio Analítico
▪ Um bom argumento é aquele em que há boas
razões para que as premissas sejam verdadeiras, e as
premissas apresentam boas razões para acreditar na
verdade da conclusão.
O que é um bom argumento?
28
▪ Para que um argumento seja bom, tem de passar
por dois testes:
a. Temos de ter boas razões para pensar que as
premissas são verdadeiras.
b. As premissas conduzem, sustentam, estabelecem a
conclusão.
O que é um bom argumento?
29
Premissa: Seus avós paternos têm um filho.
Premissa: Nem todas as pessoas têm filhos.
Conclusão: Logo, seu professor é filho do pai dele.
Premissas e conclusão verdadeiras, mas as premissas
não sustentam a conclusão:
Bom argumento?
Premissa: Pedro é professor.
Premissa: Todos os professores são carecas.
Conclusão: Logo, Pedro é careca.
As premissas sustentam a conclusão, mas uma das
premissas é falsa.
Bom argumento?
▪ Se uma das PREMISSAS FOR FALSA, ou se não
soubermos se é falsa, mas ela NÃO NOS PARECER
MUITO PLAUSÍVEL, não temos boas razões, ou
NÃO TEMOS RAZÃO ALGUMA, PARA ACEITAR
A CONCLUSÃO.
Premissa: A terra, Marte, Vênus e Júpiter são
desprovidos de luz própria.
Premissa: Ora, a Terra, Marte, Vênus e Júpiter são
todos planetas.
Conclusão: Logo, todos os planetas são desprovidos
de luz própria.
▪ Se temos boas razões para pensar que é verdadeira,
dizemos que a afirmação é altamente plausível.
33
Bom argumento?
Premissa: Todos os cães latem.
Premissa: Rex é um cão
Conclusão: Logo, Rex late.
▪ É impossível que as premissas deste argumento
sejam verdadeiras e a conclusão seja falsa. Podemos
definir como sendo a CONEXÃO MAIS BÁSICA entre
premissas e conclusão.
Premissa: Os suspeitos do crime estavam na sala
entre as 13 e 14 horas.
Premissa: João não estava na sala entre as 13 e 14
horas.
Conclusão: Logo, João não é um dos suspeitos do
crime.
Nolt e Rohatyn (1991, p. 1) oferecem uma
definição similar: “Um argumento é uma
sequência de enunciados na qual um dos
enunciados é a conclusão e os demais são
premissas, as quais servem para provar ou,
pelo menos, fornecer alguma evidência para
a conclusão”.
Velasco, 2010. Educando para a argumentação:
contribuições do ensino da lógica.
• No entanto, no discurso cotidiano, nem sempre a
conclusão é a última sentença enunciada. Pode-se,
por exemplo, começar proferindo a conclusão e,
depois, mencionar a(s) premissa(s) que a
sustenta(m), como no seguinte caso:
“O gol foi anulado, dado que o jogador se encontrava
em posição de impedimento”.
Raciocínio Analítico
Condições para termos um bom argumento:
I. Deve haver BOAS RAZÕES para pensar que as
premissas são verdadeiras.
II. O argumento deve ser VÁLIDO OU FORTE.
III. As premissas DEVEM SER TÃO OU MAIS
PLAUSÍVEIS do que a conclusão.
38
▪ Pensamento crítico: é o que nos permite
determinar se nos devemos deixar persuadir que uma
AFIRMAÇÃO É VERDADEIRA ou que estamos
perante um BOM ARGUMENTO; é o que nos
capacita também em saber FORMULAR bons
argumentos.
39
Diferença entre inferência e argumento:
Inferência = processo de raciocínio por meio do qual a
partir de determinadas hipóteses torna-se possível
extrair uma informação nova, trata-se de um processo
mental.
Argumento = é a expressão da inferência, uma vez
que enuncia as hipóteses tomadas como base
(premissas) e encadeia-as com a informação nova dali
extraída (conclusão).
A inferência deve ser enunciada; se for enunciada,
converte-se num argumento.
Raciocínio Analítico
▪O OBJETIVO DE UM ARGUMENTO é persuadir-nos da
verdade de uma afirmação – a conclusão. À conclusão chama-
se às vezes “o objetivo do argumento” ou a questão em
discussão.
Argumento
41
ARGUMENTO CONCLUSÃO
CONVENCER
Referências:
- VELASCO, Patricia Del Nero. Educando para a
argumentação [recurso eletrônico] : contribuições do
ensino da lógica / 2010 Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
- CARNIELLI, W. A.; EPSTEIN, R. L. Pensamento critico:
o poder da lógica e da argumentação. São Paulo: Rideel,
2019.
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Aula1_LógicaInferênciaeArgumento_RaciocínioAnalítico.pdf

  • 2. Estudo sistemático do senso crítico, da interpretação de texto, de imagens e da lógica formal e informal, através do raciocínio analítico. Raciocínio Analítico Ementa
  • 3. Desenvolver e analisar discursos implícitos e explícitos, argumentar, reconhecer silogismos, negações, falácias, analogias e inferências. Aplicar o raciocínio analítico, baseado na lógica informal, possibilitando leitura de textos verbais, não-verbais ou misto de forma crítica e analítica. Raciocínio Analítico Objetivo
  • 4. Utilizar e refinar o raciocínio analítico é pressuposto básico para o exercício de qualquer profissão e, portanto, para as profissões da área de gestão é indispensável, haja visto que gestores devem ser capazes de analisar, avaliar e decidir sobre situações no contexto interno de suas organizações. Raciocínio Analítico Justificativa
  • 5. - Sala de Aula Invertida; - Aulas Expositivas e Dialogadas; - Leituras e Discussões supervisionadas (individual e/ou grupo); - Exposição com suporte dos Objetos de Aprendizagem; - Estudos de caso e resolução de problemas. Raciocínio Analítico Metodologia
  • 6. - Conceito de lógica informal - Conceito de raciocínio analítico - Método - Métodos e técnicas de estudo - Textos verbais - Textos não-verbais ou misto - Analise de discursos implícitos e explícitos Raciocínio Analítico Programa:
  • 7. - Argumento - Silogismos - Negações - Falácias - Analogias - Inferências - Dedução e indução - Hipótese, experimentação e Lei - Conectivos e ideias discursivas Raciocínio Analítico Programa:
  • 8. Raciocínio Analítico ✓ Raciocinar analiticamente; ✓ Relacionar conectivos com ideias discursivas; ✓ Conhecer os vários conectivos da Língua Portuguesa; ✓ Reconhecer informações implícitas; Habilidade/ Competência ✓ Compreender negações; ✓ Deduzir resposta; ✓ Analisar texto não verbal; ✓ Analisar texto verbal; ✓ Analisar preposições; ✓ Inferir ideias.
  • 9. - GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar - 27. ed. / 2010 Rio de Janeiro: FGV, 2010. - MORTARI, A. Cezar. Introdução a lógica - 2. ed. / 2016 São Paulo: Editora UNESP, 2016. - VELASCO, Patricia Del Nero. Educando para a argumentação [recurso eletrônico] : contribuições do ensino da lógica / 2010 Belo Horizonte: Autêntica, 2010. Bibliografia básica
  • 10. 1. ato ou efeito de raciocinar. 2. exercício da razão pelo qual se procura alcançar o entendimento de atos e fatos, se formulam ideias, se elaboram juízos, se deduz algo a partir de uma ou mais premissas. Raciocínio 1. estudo pormenorizado de cada parte de um todo, para conhecer melhor sua natureza, suas funções, relações, causas etc. Análise
  • 11. ...faz-se urgente uma educação para o pensar: o ensino-aprendizagem pautado na investigação crítica e criativa, na reflexão e fundamentação de ideias, valores e ações. Trata-se, pois, de uma educação que visa à autonomia do pensamento, formando educandos que pensem por si mesmos e desenvolvam mecanismos próprios de deliberação – tendo autonomia também no agir. Velasco, 2010. Educando para a argumentação: contribuições do ensino da lógica.
  • 12. Aula 1 – Introdução às noções elementares da Lógica: inferência e argumentação. Professora Ana Paula de Moura Delezuk
  • 13. - Referência: VELASCO, Patricia Del Nero. Educando para a argumentação [recurso eletrônico] : contribuições do ensino da lógica / 2010 Belo Horizonte: Autêntica, 2010. Professora Ana Paula de Moura Delezuk
  • 14. Objetivos da aula: 1) Compreender qual o objeto de estudo da Lógica; 2) Entender os conceitos de inferência e argumento; 3) Reconhecer a diferença entre inferência e argumento; Raciocínio Analítico
  • 15. LÓGICA – ETIMOLOGIA Lógica: origem no grego logos, que significa: ➢ “pensamento”, “razão”, “raciocínio”. ➢ “linguagem”, “discurso articulado”. Atividade reflexiva. Atividade discursiva. Para os gregos: o pensamento é a articulação de um discurso. Raciocínio Analítico
  • 16. Porém... ✓ Definir a Lógica como o estudo da linguagem e do pensamento nos impediria de distingui-la da Psicologia e da Linguística. ✓ A Lógica não estuda tudo aquilo que o termo “pensamento” engloba, assim como não se dedica a tudo aquilo que o termo “linguagem” diz respeito. Raciocínio Analítico
  • 17. Lógica Raciocínio Analítico ▪ Princípios e métodos do raciocínio; (pensamento - inferências) ▪ Os argumentos, atentando para o encadeamento entre as sentenças de determinada língua. (linguagem) Dessa forma, a Lógica tem por objeto as inferências e os argumentos.
  • 18. “A Lógica trata de argumentos e inferências. Um de seus objetivos fundamentais consiste em proporcionar métodos que permitam distinguir entre argumentos e inferências logicamente certos e aqueles que não o são.” Velasco, 2010. Educando para a argumentação: contribuições do ensino da lógica.
  • 19. Inferência: ▪ Inferir é concluir, é extrair informação nova a partir de raciocínio, do encadeamento de informações disponíveis. Raciocínio Analítico
  • 20. Tomemos a tira de Fernando Gonsales, veiculada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo, em 5 de outubro de 2007: Raciocínio Analítico
  • 21. Tomemos a tira de Fernando Gonsales, veiculada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo, em 5 de outubro de 2007: Raciocínio Analítico
  • 22. Basicamente, raciocinar, ou fazer inferência, consiste em “manipular” a informação disponível – aquilo que sabemos, ou supomos, ser verdadeiro; aquilo em que acreditamos – e extrair consequências disso, obtendo informação nova. O resultado de um processo (bem- sucedido) de inferência é que você fica sabendo (ou, ao menos, acreditando em) algo que você não sabia antes. [...] Por outro lado, é importante notar que nem sempre o ponto de partida do processo são coisas sabidas, ou em que se acredita: muitas vezes raciocinamos a partir de hipóteses. [...] Velasco, 2010. Educando para a argumentação: contribuições do ensino da lógica.
  • 23. Raciocínio Analítico A conclusão: ▪ Dá-se o nome de conclusão à informação que é extraída do processo de inferência. ▪ As informações que servem de fundamento para as inferências (ou raciocínios) são denominadas premissas: são os pressupostos disponíveis que justificam, embasam, oferecem sustento adequado para a aceitação da conclusão.
  • 24. Raciocínio Analítico ➢ Deve-se, contudo, salientar que as premissas possuem caráter hipotético, dado que não há necessariamente o comprometimento com a verdade efetiva daquilo que se está tomando como pressuposto. ➢ A inferência ou não da conclusão tem como base a suposta verdade das premissas.
  • 25. Em síntese, 1º A Lógica estuda os métodos de inferência e 2º Inferir consiste em concluir com base em raciocínio (processo mental). Interessa à Lógica investigar se a conclusão é uma consequência daquilo que sabemos ou acreditamos (premissas) e se a informação disponível justifica adequadamente a conclusão. Raciocínio Analítico
  • 26. Nas palavras de Benson Mates (1967, p. 2): “A lógica investiga a relação de consequência que vige entre as premissas e a conclusão de um argumento legítimo. Um argumento se diz legítimo (correto, válido) quando a conclusão decorre ou é consequência de suas premissas; caso contrário, será ilegítimo”. Velasco, 2010. Educando para a argumentação: contribuições do ensino da lógica.
  • 27. O argumento: Tem-se que um argumento é constituído de premissa(s) e conclusão, sendo que a conclusão é inferida das premissas. Raciocínio Analítico
  • 28. ▪ Um bom argumento é aquele em que há boas razões para que as premissas sejam verdadeiras, e as premissas apresentam boas razões para acreditar na verdade da conclusão. O que é um bom argumento? 28
  • 29. ▪ Para que um argumento seja bom, tem de passar por dois testes: a. Temos de ter boas razões para pensar que as premissas são verdadeiras. b. As premissas conduzem, sustentam, estabelecem a conclusão. O que é um bom argumento? 29
  • 30. Premissa: Seus avós paternos têm um filho. Premissa: Nem todas as pessoas têm filhos. Conclusão: Logo, seu professor é filho do pai dele. Premissas e conclusão verdadeiras, mas as premissas não sustentam a conclusão: Bom argumento?
  • 31. Premissa: Pedro é professor. Premissa: Todos os professores são carecas. Conclusão: Logo, Pedro é careca. As premissas sustentam a conclusão, mas uma das premissas é falsa. Bom argumento?
  • 32. ▪ Se uma das PREMISSAS FOR FALSA, ou se não soubermos se é falsa, mas ela NÃO NOS PARECER MUITO PLAUSÍVEL, não temos boas razões, ou NÃO TEMOS RAZÃO ALGUMA, PARA ACEITAR A CONCLUSÃO.
  • 33. Premissa: A terra, Marte, Vênus e Júpiter são desprovidos de luz própria. Premissa: Ora, a Terra, Marte, Vênus e Júpiter são todos planetas. Conclusão: Logo, todos os planetas são desprovidos de luz própria. ▪ Se temos boas razões para pensar que é verdadeira, dizemos que a afirmação é altamente plausível. 33 Bom argumento?
  • 34. Premissa: Todos os cães latem. Premissa: Rex é um cão Conclusão: Logo, Rex late. ▪ É impossível que as premissas deste argumento sejam verdadeiras e a conclusão seja falsa. Podemos definir como sendo a CONEXÃO MAIS BÁSICA entre premissas e conclusão.
  • 35. Premissa: Os suspeitos do crime estavam na sala entre as 13 e 14 horas. Premissa: João não estava na sala entre as 13 e 14 horas. Conclusão: Logo, João não é um dos suspeitos do crime.
  • 36. Nolt e Rohatyn (1991, p. 1) oferecem uma definição similar: “Um argumento é uma sequência de enunciados na qual um dos enunciados é a conclusão e os demais são premissas, as quais servem para provar ou, pelo menos, fornecer alguma evidência para a conclusão”. Velasco, 2010. Educando para a argumentação: contribuições do ensino da lógica.
  • 37. • No entanto, no discurso cotidiano, nem sempre a conclusão é a última sentença enunciada. Pode-se, por exemplo, começar proferindo a conclusão e, depois, mencionar a(s) premissa(s) que a sustenta(m), como no seguinte caso: “O gol foi anulado, dado que o jogador se encontrava em posição de impedimento”. Raciocínio Analítico
  • 38. Condições para termos um bom argumento: I. Deve haver BOAS RAZÕES para pensar que as premissas são verdadeiras. II. O argumento deve ser VÁLIDO OU FORTE. III. As premissas DEVEM SER TÃO OU MAIS PLAUSÍVEIS do que a conclusão. 38
  • 39. ▪ Pensamento crítico: é o que nos permite determinar se nos devemos deixar persuadir que uma AFIRMAÇÃO É VERDADEIRA ou que estamos perante um BOM ARGUMENTO; é o que nos capacita também em saber FORMULAR bons argumentos. 39
  • 40. Diferença entre inferência e argumento: Inferência = processo de raciocínio por meio do qual a partir de determinadas hipóteses torna-se possível extrair uma informação nova, trata-se de um processo mental. Argumento = é a expressão da inferência, uma vez que enuncia as hipóteses tomadas como base (premissas) e encadeia-as com a informação nova dali extraída (conclusão). A inferência deve ser enunciada; se for enunciada, converte-se num argumento. Raciocínio Analítico
  • 41. ▪O OBJETIVO DE UM ARGUMENTO é persuadir-nos da verdade de uma afirmação – a conclusão. À conclusão chama- se às vezes “o objetivo do argumento” ou a questão em discussão. Argumento 41 ARGUMENTO CONCLUSÃO CONVENCER
  • 42. Referências: - VELASCO, Patricia Del Nero. Educando para a argumentação [recurso eletrônico] : contribuições do ensino da lógica / 2010 Belo Horizonte: Autêntica, 2010. - CARNIELLI, W. A.; EPSTEIN, R. L. Pensamento critico: o poder da lógica e da argumentação. São Paulo: Rideel, 2019.