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METADADOS
Contextualizando:

• TIC – significativas mudanças em diversas áreas do
  conhecimento:
  • novos tipos de recursos;
  • novos ambientes informacionais - Web;


• Novos aspectos de mudança...
  • na concepção dos sistemas de informação - (banco de dados);
  • necessidade de novos modos de descrever os recursos
    informacionais - Metadados.
Breve histórico:

• O termo “metadados” antecede a Web;

• 1960 – utilizado para descrever “conjunto de dados”;

• 1980 – aparece mais frequente na literatura sobre Sistema de Gestão de
  Banco de Dados (SGBD);

• 1990 – usado nas comunidades de gestão e interoperabilidade de dados
  geoespaciais, projetos e manutenção de sistemas.

• 1995 – utilizado para descrição e localização de recursos na Web (padrão
  Dublin Core).
Fatos pouco conhecidos sobre
             metadados:
• Metadados não são necessariamente digitais;
• Metadados não se referem apenas a descrição, mas também
  contextualização, gerenciamento, processamento, preservação e uso;

• Metadados podem ter origem em uma variedade de fontes (criados
  automaticamente ou manualmente pelo criador do recurso ou por um
  especialista);

• Metadados podem ser criados, modificados e excluídos;

• Metadados de um recurso podem ser simultaneamente dados de
  outros recursos, dependendo dos tipos de agregações e
  dependências entre recursos e sistemas (GILLILAND, 2008).
Metadados não são
         necessariamente digitais:

                     • Catalogadores e
                       indexadores criam e
                       padronizam metadados
                       desde as primeiras
                       tentativas de
                       representação
                       informacional, entretanto,
                       não utilizavam essa
                       denominação (MILSTEAD;
                       FELDMAN, 1999).


xmacex
Novas formas de descrever os
            recursos...

• Profissionais de diversas áreas vem criando outros
  métodos e instrumentos de descrição, gerando uma
  variedade de padrões de metadados, que em muitos
  casos não atendem as necessidades de descrição de
  áreas específicas (MILSTEAD; FELDMAN, 1999).
Exemplos de Padrões de
                 Metadados:
               DC                            MARC Standards                           EAD
           (Dublin Core)                (MAchine-Readable Cataloging)     (Encoded Archival Description)
          Domínio Web                       Domínio Bibliográfico            Domínio Arquivístico




              FGDC                                VRA Core                            FDA
                                                                          (Foundation for Documents of
(Federal Geographic Data Committee)      (Visual Resources Association)
                                                                                 Architecture)
       Domínio Geográfico                Imagens e objetos culturais
                                                                            Domínio de Arquitetura




                                                     FITS
                                      (Flexible Image Transport System)
                                      Imagens - Domínio de Astronomia
Metadados:
       Representação + Tecnologia

• Diferentes padrões de metadados foram estabelecidos em esquemas
  que variam de estruturas mais simples, passando por um tipo de
  esquema intermediário até esquemas de estruturas mais complexas
  de descrição.

• Tipos ou níveis de padrões de metadados:
  • Simples;
  • Estruturados;
  • Ricos.

• Princípio de criação do padrão / Domínio.
Por que criar metadados?
•   Imagine um
    supermercado sem
    rótulos em seus
    produtos...

•   Imagine uma biblioteca
    sem identificação nos
    livros...

•   Como identificar os
    recursos informacionais
    digitais?
Ambiente Web:
• Dificuldade de recuperação
  dos recursos;
                                    • Metadados são apontados
                                      como solução;
• Falta de tratamento
  adequado (representação)
  dos recursos                      • São usados como um termo
  informacionais;                     neutro entre as diversas
                                      áreas do conhecimento
• Necessidade:                        para denominar as novas
  • criação de novas formas de        formas de representação
    tratamento (representação)
    dos recursos informacionais
                                      dos recursos no contexto
    digitais para o contexto Web;     Web.
Metadados:
          definições e características:

                              • Metadados:
                           “dados sobre dados”.

                              Mas qual o
                              significado
                            dessa definição?
                            Miller (1996); Souza, Catarino e Santos (1997);
Mike PD                     Milstead e Feldman (1999); Gilliland-Swetland
                            (1999); Souza, Vendrusculo e Melo (2000);
                            Takahashi (2000); Senso e Rosa Piñero (2002);
                            Méndez Rodríguez (2002); Zeng e Qin (2008) entre
                            outros.
Variedade de definições:


• As definições variam de acordo com as diferentes áreas que
  desenvolvem e aplicam os metadados.

• “dados sobre dados” é uma definição relacionada a área de
  Banco de Dados.
Algumas definições:
                                          “[...] informação descritiva sobre o
                                           contexto, qualidade, condição ou
 “Metadados são descrições de dados
                                        características de um recurso, dado ou         “[...] dados estruturados que
 armazenados em um banco de dados
                                        objeto que tem a finalidade de facilitar    descrevem as características de um
               [...]”
                                            sua recuperação, autenticação,               recurso de informação.”
 (SOUZA; CATARINO; SANTOS, 1997,                evolução, preservação ou                 (TAKAHASHI, 2000, p.172)
             p.02)                                  interoperabilidade.
                                         (SENSO; ROSA PIÑERO, 2002, p. 99)



 “[...] conjunto de dados chamados de
                                                                                      “[...] também dados, mas dados
 elementos, cujo número é variável de       “[...] Esses elementos descrevem
                                                                                   representacionais, que acrescentado a
acordo com o padrão, e que descreve o    informações do tipo nome, descrição,
                                                                                   própria informação adquirem um valor
         conteúdo de um recurso,        localização, formato, entre outras, que
                                                                                       semântico para substituí-la ou
  possibilitando a um usuário ou a um      possibilitam um número maior de
                                                                                                representá-la”
      mecanismo de busca acessar e               campos para pesquisas.”
        recuperar esse recurso. [...]                                                (BERNERS-LEE , 2000, p. 225 apud
                                                 (GRÁCIO, 2002, p. 21)
                                                                                     MÉNDEZ RODRÍGUEZ, 2002, p. 30).
        (GRÁCIO, 2002, p. 21)




                                        Dados sobre catalogação e indexação,
                                          criados para: identificar, localizar,
                                         organizar, recuperar e tornar mais
                                               acessível a informação.
                                            (GILLILAND-SWETLAND, 1999).
Metadados para o Domínio
            Bibliográfico:
• “[...] são atributos que representam uma entidade (objeto do
  mundo real) em um sistema de informação. [...]”

• “[...] são elementos descritivos ou atributos referenciais
  codificados que representam características próprias ou
  atribuídas às entidades;

• [...] são ainda dados que descrevem outros dados em um
  sistema de informação, com o intuito de identificar de forma
  única uma entidade (recurso informacional) para posterior
  recuperação. (ALVES, 2010, p. 47).
De modo geral:



Metadados são atributos que
 caracterizam um recurso
      informacional.
Tipos e características gerais dos
                   metadados:


Existem diferentes tipologias para categorizar os
metadados:

• Metadados intrínsecos à entidade: atributos que individualizam
  a entidade;

• Metadados extrínsecos: atributos que identificam a entidade
  em um sistema (MÉNDEZ RODRÍGUEZ, 2002).
Tipos e características gerais dos
                    metadados:
• Administrativos: usados gerenciar e administrar coleções de recursos
  informacionais;

• Descritivos: usados para descrever e identificar informações sobre
  recursos;

• Preservação: metadados relacionados à preservação de coleções e
  recursos de informação;

• Técnicos: metadados relacionados com as funções do sistema e/ou o
  comportamento dos metadados;

• Uso: metadados relacionados com o nível e tipo de uso dos recursos
  informacionais (GILLILAND, 2008).
Tipos e características gerais dos
             metadados:
• ORIGEM DOS
  METADADOS:
                                     • MÉTODO DE CRIAÇÃO DE
• Metadados internos:                  METADADOS:
  gerados no momento da
  criação do recurso;                • Metadados automáticos:
                                       gerados por
• Metadados externos:                  “computador”;
  gerados posteriormente a
  criação do recurso;                • Metadados manuais:
                                       criados por indivíduos;
                 (GILLILAND, 2008)
Tipos e características gerais dos
              metadados:

• NATUREZA DOS METADADOS:

• Metadados não especializados: criados por pessoas não
  especialistas em informação (ex.: criador original do objeto);

• Metadados especializados: criados por especialistas ou
  profissionais da informação (GILLILAND, 2008);
Tipos e características gerais dos
             metadados:
• STATUS:

• Metadados estáticos: que nunca mudam;
• Metadados dinâmicos: que mudam com o uso e/ou
  manipulação do recurso;

• Metadados de longa duração: para assegurar o acesso ao
  recurso e posterior uso;
• Metadados de curta duração: principalmente do tipo
  operacional (GILLILAND, 2008);
Tipos e características gerais dos
             metadados:

• ESTRUTURA:

• Metadados estruturados: que estão em conformidade a uma
  estrutura pré-determinada e padronizada;

• Metadados não estruturados: que não estão em conformidade
  com nenhuma estrutura determinada (GILLILAND, 2008);
Tipos e características gerais dos
             metadados:

• SEMÂNTICA:

• Metadados controlados: por padrões de conteúdo
  (vocabulários controlados e formatos de autoridade) que
  determinam os valores dos metadados;

• Metadados não controlados: que não estão de acordo com
  nenhum padrão de conteúdo (GILLILAND, 2008);
Tipos e características gerais dos
             metadados:

• NÍVEL:

• Metadados Nível de coleção: indicam coleções (conjuntos) de
  itens originais e/ou objetos de informação;

• Metadados Nível de Item: indicam itens individuais e/ou objetos
  de informação pertencentes, muitas vezes, em coleções
  (GILLILAND, 2008).
Funções dos metadados:
• Descrever;
• Identificar;
• Multiplicar as formas de acesso
  aos recursos informacionais;
• Contextualizar os recursos nos          • Para a CI - fornecem
  sistemas de informação;                   uma representação
• Gerenciar recursos e outros               padronizada e
  metadados nos sistemas;                   inequívoca dos recursos
• Otimizar a recuperação;                   informacionais
• Facilitar a interoperabilidade
  entre sistemas etc (GILLILAND, 2008).
Papéis desempenhados pelos
             metadados:
Papéis emergentes:

  • autoria e propriedade                Papéis Tradicionais:
    intelectual;
  • formas de acesso;
  • atualização da informação;           • identificação e descrição
                                           da informação;
  • preservação e conservação;
  • restrição de uso;
  • valoração do conteúdo;               • busca e recuperação;
  • visibilidade da informação;
  • acessibilidade dos                   • localização dos
    conteúdos.                             documentos;
                  (MÉNDEZ RODRÍGUEZ, 2002)
Padrões de metadados
O que são Padrões de
               Metadados?

• Os padrões de metadados são estruturas de descrição
  constituídas por um conjunto predeterminado de metadados
  (atributos codificados ou identificadores de uma entidade)
  metodologicamente construídos e padronizados. O objetivo
  do padrão de metadados é descrever uma entidade gerando
  uma representação unívoca e padronizada que possa ser
  utilizada para recuperação da mesma. (ALVES, 2010, p. 47).
Tipos e níveis de Padrões de
                   Metadados


• Simples: padrões com dados não-estruturados,
  gerados    e    recuperados    automaticamente;
  apresentam uma semântica reduzida (SENSO; ROSA PIÑERO,
 2003).


  • Ex.: Meta Tag(s) e dados trocados na transferência
    do protocolo HHTP (Hipertext Transfer Protocol)
    (BARRETO, 1999).
Tipos e níveis de Padrões de
              Metadados

• Estruturados: padrões baseados em normas
  emergentes que descrevem e identificam o recurso
  de forma estruturada (apresentam um conjunto de
  metadados para a descrição dos recursos)

 • Ex.: padrão de metadados Dublin Core para o
   domínio Web (SENSO; ROSA PIÑERO, 2003).
Tipos e níveis de Padrões de
               Metadados

• Ricos: padrões de metadados mais complexos e
  específicos de um domínio. A descrição é específica e
  exaustiva e são baseados em normas e códigos
  específicos .

  •   Ex.: o formato MARC 21 (SENSO; ROSA PIÑERO, 2003).
Categorias de Padrões de
             Metadados:

• Padrões de Metadados para Propósito Gerais:
 • Domínio Web:
    • padrões de metadados simples e estruturados;


• Padrões de Metadados para Propósitos Específicos:
 • Domínio Bibliográfico:
    • padrões de metadados ricos.
Padrões de Metadados –
             Domínio Web:
• Padrões de Metadados
  simples:
Padrões de Metadados –
             Domínio Web:
• Padrões de Metadados
  simples:
Padrões de Metadados –
             Domínio Web:
• Padrões de Metadados
  estruturados:
Padrões de Metadados –
             Domínio Web:
• Padrões de Metadados
  estruturados:
Padrão Dublin Core:

• criado para promover a descoberta de recursos informacionais
  na Web por meio de uma descrição e identificação mínima
  (WOODLEY, CLEMENT, WINN, 2005).



• Princípios gerais:
  •   Simplicidade de descrição e manutenção;
  •   Semântica comumente compreendida;
  •   Alcance internacional;
  •   Extensibilidade.
Padrão Dublin Core:
• Características:
  • simples, interoperável e flexível;

• Níveis de Descrição (granularidade):
  • Nível simples:
     • 15 elementos de descrição;
  • Nível qualificado:
     • 15 elementos de descrição;
     • 3 elementos adicionais
     • 2 classes de qualificadores: elementos de refinamento e elementos de
       codificação.
15 elementos de descrição:

1. Title: Título
2. Creator: Criador         9. Format: Formato
3. Subject: Assunto         10. Identifier: Identificador
4. Description: Descrição   11. Source: Origem
5. Publisher: Publicador    12. Language: Idioma
6. Contributor:             13. Relation: Relação
   Contribuidor
                            14. Coverage: Abrangência
7. Date: Data
                            15. Rights: Direitos
8. Type: Tipo
Elementos adicionais:


1. Audiência
2. Proveniência
3. Detentor de Direitos
Classes de qualificadores:


• Elementos de refinamento: qualificadores que especificam o
  significado dos metadados,
  • Ex.: título e título alternativo;

• Elementos de codificação: qualificadores que identificam
  esquemas para o valor,
  • Ex.: Tesauros e tabelas de classificação para o elemento
    assunto;
Estrutura do Padrão Dublin Core:
<html>
 <head>
               <title>National Library of Australia</title>
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                <meta name="DC.Creator" scheme="GOLD" content="c=AU; o=Commonwealth of Australia; ou=National
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                <meta name="DC.Rights" content="Commonwealth of Australia, 2001">
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retrieval; Cataloguing; Acquisitions (libraries); Libraries">
               <meta name="DC.Description" content="Our collections and services underpin Australian cultural life and
intellectual pursuits. We are the preeminent source for the documentary record of Australia and its place in the world. This
site provides access to our catalogue and links to other information resources; details of our collections and services;
upcoming events at the Library; the NLA Shop and information on our initiatives in the field of information management.">
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                <meta name="DC.Coverage.jurisdiction" content="Commonwealth of Australia">
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                <meta name="DC.Type.documentType" content="homepage">
                <meta name="DC.Format" content="text/html">
                <meta name="DC.Identifier" scheme="URI" content="http://www.nla.gov.au">
                <meta name="DESCRIPTION" content="Our collections and services underpin Australian cultural life and
intellectual pursuits. We are the preeminent source for the documentary record of Australia and its place in the world. This
site provides access to our catalogue and links to other information resources; details of our collections and services;
upcoming events at the Library; the NLA Shop and information on our initiatives in the field of information management.">
  </head>
    Código Fonte do site da Biblioteca Nacional da Austrália. Disponível em: <http://www.nla.gov.au/>.
Padrão de Metadados - Domínio
            Bibliográfico
• Marc 21:

• “O formato MARC 21 é um conjunto de padrões desenvolvidos
  com a finalidade de representar e comunicar de forma legível
  por máquina, metadados descritivos sobre itens de informação
  - particularmente, mas não somente, itens bibliográficos”. (CHAN,
  2007, p. 447, tradução nossa).



• FUNÇÃO: criação, armazenamento, gerenciamento                  e
  intercâmbio de registros bibliográficos e catalográficos.
Estrutura do Padrão MARC 21
                                                     Líder
  Diretório:
  Campos de controle
  variável                                          Indicadores




                                                   Subcampos
  Diretório:
  Campos de dados
  variáveis




Campo 245
Indicador 1 =1:
entrada secundária de título
Indicador 2 = 0:
número de caracteres a desprezar
na busca/alfabetação
Padrões de Metadados –
          Domínio Bibliográfico:
• Padrões de
  Metadados ricos:
Padrões de Metadados –
          Domínio Bibliográfico:
• Padrões de
  Metadados ricos:
Metadados no processo de catalogação – estão presentes na
              estrutura do padrão MARC 21

                                               METADADO
                                               ADMINISTRATIVO



                                                METADADO
                                                TÉCNICO



                                                METADADOS
                                                DESCRITIVOS



                                                METADADO
                                                DE USO
Tendências atuais no
            Domínio Bibliográfico:

• O processo de TDI é intrinsecamente ligado às
  tecnologias:
 • Redefinição e reavaliação dos métodos de representação.

• Complexidade na construção de representações:
 • Aspectos tecnológicos:
    • padrões técnicos e de infraestrutura que consolidam os metadados
      nos sistemas de informação;
 • Aspectos representacionais:
    • determinam de forma padronizada a representação os metadados,
      seus valores, contextualizando-os nos sistemas (MÉNDEZ RODRÍGUEZ,
      2002).
Aspectos tecnológicos:

• Padronização dos dados legíveis por “máquina” (software):

• Modelagem conceitual – modelo E-R:
  • metodologia que determina conceitualmente as necessidades dos
    usuários e requisitos funcionais dos sistemas;
• Requisitos funcionais:
  • determina entidades, atributos e relacionamentos considerando as
    necessidades dos usuários, as necessidades dos desenvolvedores de
    metadados;
• Esquemas de metadados:
  • conjunto de elementos descritivos (element set – esquema de
    metadados) e espaços do valor.
Aspectos representacionais:

• Padronização de dados legíveis por humanos:

• determinação dos atributos e seus significados,
• os valores dos metadados;
• sua construção padronizada por meio de regras e códigos de
  representação:

• Esquemas de codificação de conteúdo:
  • Padrões de estrutura de dados;
  • Padrões de intercâmbio de dados;
• Esquemas de codificação de valores:
  • Padrões de conteúdo de dados;
  • Padrões de valores de dados.
ESQUEMAS DE                                          DOMÍNIO BIBLIOGRÁFICO
                            PADRÕES
  CODIFICAÇÃO                                             PADRÃO MARC21

                                                     Esquema de metadados: estrutura
                 Padrões de estrutura de dados (data descritiva em diretórios, campos,
ESQUEMAS DE      structure standards)                subcampos, código de subcampo,
CODIFICAÇÃO DE                                       indicadores
CONTEÚDO
                 Padrões de intercâmbio de dados     Protocolo ANSI/NISO Z39.50
                 (data exchange standards)           Norma ISO 2709


                 Padrões de conteúdo de dados        Padrões ou códigos elaborados para
                 (data content standards)            o TDI. Ex.: AACR, ISBDs, RDA
ESQUEMAS DE
CODIFICAÇÃO DE
VALORES          Padrões de valores de dados (data   Tesauros, listas de autoridade,
                 value standards)                    léxicos, esquemas de classificação
Sintetizando:


                               • Aspectos
• Aspectos tecnológicos:         representacionais:
• Modelos conceituais: FRBR,
  FRAD e FRSAD;                • Esquemas de codificação
                                 de conteúdo: AACR, ISBDs,
• Esquemas de metadados          RDA;
  (padrão de metadados –
  MARC 21, MARCXML).           • Esquema de codificação de
                                 valores: Tesauros, listas de
                                 autoridade, esquemas de
                                 classificação.
Considerações:


• Ideia equivocada de que padrões de metadados emergentes
  são ideais para solucionar a representação em ambientes
  digitais;

• Domínios específicos exigem princípios particulares para a
  construção dos metadados e de seu padrão correspondente;

• Padrões de metadados emergentes não atendem
  satisfatoriamente às necessidades informacionais do domínio
  bibliográfico;
Metadados no domínio
             bibliográfico:
• Convergência de aspectos tecnológicos e aspectos
  representacionais para sua determinação adequada.

• Trata-se de um domínio específico, portanto os
  metadados são determinados por princípios
  particulares;

• Os instrumentos de descrição: modelos conceituais,
  esquemas de codificação e padrões de metadados,
  constituem-se com ferramentas fundamentais para a
  representação no domínio bibliográfico.
É importante considerar que:

• A complexidade está na reestruturação das bases teóricas e
  práticas pautadas em modelos conceituais (BIANCHINI; GUERRINI,
  2009).


• Os aspectos representacionais do domínio bibliográfico
  orientam o desenvolvimento de soluções tecnológicas;

• Os aspectos tecnológicos contribuem para uma reavaliação
  dos aspectos representacionais e consolidam a existência dos
  metadados do domínio bibliográfico nos sistemas de
  informação.
Referências:
•   ALVES, R. C. V. Metadados como elementos do processo de catalogação. 2010, 132f. Tese (Doutorado em
    Ciência da Informação)-Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2010.
•   BIANCHINI, C.; GUERRINI, M. From bibliographic models to cataloging rules: remarks on FRBR, ICP, ISBD,
    and RDA and the relationships between them. Cataloging & Classification Quarterly, [s. l.], v. 47, n. ?, p. 105-
    124, 2009.
•   CHAN, L. M. Cataloging and classification: an introduction. 3. Ed. Lanham, Maryland: The Scarecrow Press,
    2007.
•   DCMI. Making Information Work: the Dublin Core Way. Disponível em:
    <http://dublincore.org/resources/presentations/Dublin_Core_overview_2007.pdf>. Acesso em: 19 maio
    2009.
•   GILLILAND, A. J. Setting the stage. In: INTRODUCTION to metadata. 2. ed. [S. l.]: GETTY, 2008. p. 1-19.
•   GILLILAND-SWETLAND, A. J. La definición de los metadatos. In: INTRODUCCIÓN a los metadatos: vías a la
    información digital. [S. l.]: GETTY, 1999. p. 1-9.
•   GRÁCIO, J. C. A. Metadados para a descrição de recursos da Internet: o padrão Dublin Core, aplicações e a
    questão da interoperabilidade. 2002. 127 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)–Faculdade de
    Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2002.
•   MÉNDEZ RODRÍGUEZ, E. Metadados y recuperación de información: estándares, problemas y aplicabilidad
    en bibliotecas digitales. Gijón: Trea, 2002. 429 p.
•   MILSTEAD, J.; FELDMAN, S. Metadata: cataloging by any other name. Online, [S. l.], january, 1999. Disponível
    em: <http://www.online.com/online/ol1999/milstead1.html>. Acesso em: 22 jun. 2004.
•   SENSO, J. A.; ROSA PIÑERO, A. de la. El concepto de metadato. Algo más que descripción de recursos
    eletrónicos. Ciência da Informação, Brasília, v. 32, n. 2, p. 95-106, maio/ago. 2003.
•   SOUZA, T. B. de, CATARINO, M. E., SANTOS, P. C. dos. Metadados: catalogando dados na Internet.
    Transinformação, Campinas, v. 9, n. 2, maio/ago. 1997. Disponível em:
    <http://www.puccamp.br/~biblio/tbsouza92.html>. Acesso em: 12 jul. 2000.
•   TAKAHASHI, T. (Org.). Sociedade da Informação no Brasil: o livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e
    Tecnologia, 2000.
•   WOODLEY, M. S.; CLEMENT, G.; WINN, P. DCMI Glossary. [S. l.: S. n.], 2005. Disponível em:
    <http://dublincore.org/documents/usageguide/glossary.shtml>. Acesso em: 26 jul. 2009.
Obrigada!


Rachel Cristina Vesu Alves
alves.rachelcv@gmail.com
Bolsista CNPq – Pós-Doutorado Júnior – FFC/UNESP
Grupo de Pesquisa: Novas Tecnologias em Informação

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Aula metadados 2012

  • 2. Contextualizando: • TIC – significativas mudanças em diversas áreas do conhecimento: • novos tipos de recursos; • novos ambientes informacionais - Web; • Novos aspectos de mudança... • na concepção dos sistemas de informação - (banco de dados); • necessidade de novos modos de descrever os recursos informacionais - Metadados.
  • 3. Breve histórico: • O termo “metadados” antecede a Web; • 1960 – utilizado para descrever “conjunto de dados”; • 1980 – aparece mais frequente na literatura sobre Sistema de Gestão de Banco de Dados (SGBD); • 1990 – usado nas comunidades de gestão e interoperabilidade de dados geoespaciais, projetos e manutenção de sistemas. • 1995 – utilizado para descrição e localização de recursos na Web (padrão Dublin Core).
  • 4. Fatos pouco conhecidos sobre metadados: • Metadados não são necessariamente digitais; • Metadados não se referem apenas a descrição, mas também contextualização, gerenciamento, processamento, preservação e uso; • Metadados podem ter origem em uma variedade de fontes (criados automaticamente ou manualmente pelo criador do recurso ou por um especialista); • Metadados podem ser criados, modificados e excluídos; • Metadados de um recurso podem ser simultaneamente dados de outros recursos, dependendo dos tipos de agregações e dependências entre recursos e sistemas (GILLILAND, 2008).
  • 5. Metadados não são necessariamente digitais: • Catalogadores e indexadores criam e padronizam metadados desde as primeiras tentativas de representação informacional, entretanto, não utilizavam essa denominação (MILSTEAD; FELDMAN, 1999). xmacex
  • 6. Novas formas de descrever os recursos... • Profissionais de diversas áreas vem criando outros métodos e instrumentos de descrição, gerando uma variedade de padrões de metadados, que em muitos casos não atendem as necessidades de descrição de áreas específicas (MILSTEAD; FELDMAN, 1999).
  • 7. Exemplos de Padrões de Metadados: DC MARC Standards EAD (Dublin Core) (MAchine-Readable Cataloging) (Encoded Archival Description) Domínio Web Domínio Bibliográfico Domínio Arquivístico FGDC VRA Core FDA (Foundation for Documents of (Federal Geographic Data Committee) (Visual Resources Association) Architecture) Domínio Geográfico Imagens e objetos culturais Domínio de Arquitetura FITS (Flexible Image Transport System) Imagens - Domínio de Astronomia
  • 8. Metadados: Representação + Tecnologia • Diferentes padrões de metadados foram estabelecidos em esquemas que variam de estruturas mais simples, passando por um tipo de esquema intermediário até esquemas de estruturas mais complexas de descrição. • Tipos ou níveis de padrões de metadados: • Simples; • Estruturados; • Ricos. • Princípio de criação do padrão / Domínio.
  • 9. Por que criar metadados? • Imagine um supermercado sem rótulos em seus produtos... • Imagine uma biblioteca sem identificação nos livros... • Como identificar os recursos informacionais digitais?
  • 10. Ambiente Web: • Dificuldade de recuperação dos recursos; • Metadados são apontados como solução; • Falta de tratamento adequado (representação) dos recursos • São usados como um termo informacionais; neutro entre as diversas áreas do conhecimento • Necessidade: para denominar as novas • criação de novas formas de formas de representação tratamento (representação) dos recursos informacionais dos recursos no contexto digitais para o contexto Web; Web.
  • 11. Metadados: definições e características: • Metadados: “dados sobre dados”. Mas qual o significado dessa definição? Miller (1996); Souza, Catarino e Santos (1997); Mike PD Milstead e Feldman (1999); Gilliland-Swetland (1999); Souza, Vendrusculo e Melo (2000); Takahashi (2000); Senso e Rosa Piñero (2002); Méndez Rodríguez (2002); Zeng e Qin (2008) entre outros.
  • 12. Variedade de definições: • As definições variam de acordo com as diferentes áreas que desenvolvem e aplicam os metadados. • “dados sobre dados” é uma definição relacionada a área de Banco de Dados.
  • 13. Algumas definições: “[...] informação descritiva sobre o contexto, qualidade, condição ou “Metadados são descrições de dados características de um recurso, dado ou “[...] dados estruturados que armazenados em um banco de dados objeto que tem a finalidade de facilitar descrevem as características de um [...]” sua recuperação, autenticação, recurso de informação.” (SOUZA; CATARINO; SANTOS, 1997, evolução, preservação ou (TAKAHASHI, 2000, p.172) p.02) interoperabilidade. (SENSO; ROSA PIÑERO, 2002, p. 99) “[...] conjunto de dados chamados de “[...] também dados, mas dados elementos, cujo número é variável de “[...] Esses elementos descrevem representacionais, que acrescentado a acordo com o padrão, e que descreve o informações do tipo nome, descrição, própria informação adquirem um valor conteúdo de um recurso, localização, formato, entre outras, que semântico para substituí-la ou possibilitando a um usuário ou a um possibilitam um número maior de representá-la” mecanismo de busca acessar e campos para pesquisas.” recuperar esse recurso. [...] (BERNERS-LEE , 2000, p. 225 apud (GRÁCIO, 2002, p. 21) MÉNDEZ RODRÍGUEZ, 2002, p. 30). (GRÁCIO, 2002, p. 21) Dados sobre catalogação e indexação, criados para: identificar, localizar, organizar, recuperar e tornar mais acessível a informação. (GILLILAND-SWETLAND, 1999).
  • 14. Metadados para o Domínio Bibliográfico: • “[...] são atributos que representam uma entidade (objeto do mundo real) em um sistema de informação. [...]” • “[...] são elementos descritivos ou atributos referenciais codificados que representam características próprias ou atribuídas às entidades; • [...] são ainda dados que descrevem outros dados em um sistema de informação, com o intuito de identificar de forma única uma entidade (recurso informacional) para posterior recuperação. (ALVES, 2010, p. 47).
  • 15. De modo geral: Metadados são atributos que caracterizam um recurso informacional.
  • 16. Tipos e características gerais dos metadados: Existem diferentes tipologias para categorizar os metadados: • Metadados intrínsecos à entidade: atributos que individualizam a entidade; • Metadados extrínsecos: atributos que identificam a entidade em um sistema (MÉNDEZ RODRÍGUEZ, 2002).
  • 17. Tipos e características gerais dos metadados: • Administrativos: usados gerenciar e administrar coleções de recursos informacionais; • Descritivos: usados para descrever e identificar informações sobre recursos; • Preservação: metadados relacionados à preservação de coleções e recursos de informação; • Técnicos: metadados relacionados com as funções do sistema e/ou o comportamento dos metadados; • Uso: metadados relacionados com o nível e tipo de uso dos recursos informacionais (GILLILAND, 2008).
  • 18. Tipos e características gerais dos metadados: • ORIGEM DOS METADADOS: • MÉTODO DE CRIAÇÃO DE • Metadados internos: METADADOS: gerados no momento da criação do recurso; • Metadados automáticos: gerados por • Metadados externos: “computador”; gerados posteriormente a criação do recurso; • Metadados manuais: criados por indivíduos; (GILLILAND, 2008)
  • 19. Tipos e características gerais dos metadados: • NATUREZA DOS METADADOS: • Metadados não especializados: criados por pessoas não especialistas em informação (ex.: criador original do objeto); • Metadados especializados: criados por especialistas ou profissionais da informação (GILLILAND, 2008);
  • 20. Tipos e características gerais dos metadados: • STATUS: • Metadados estáticos: que nunca mudam; • Metadados dinâmicos: que mudam com o uso e/ou manipulação do recurso; • Metadados de longa duração: para assegurar o acesso ao recurso e posterior uso; • Metadados de curta duração: principalmente do tipo operacional (GILLILAND, 2008);
  • 21. Tipos e características gerais dos metadados: • ESTRUTURA: • Metadados estruturados: que estão em conformidade a uma estrutura pré-determinada e padronizada; • Metadados não estruturados: que não estão em conformidade com nenhuma estrutura determinada (GILLILAND, 2008);
  • 22. Tipos e características gerais dos metadados: • SEMÂNTICA: • Metadados controlados: por padrões de conteúdo (vocabulários controlados e formatos de autoridade) que determinam os valores dos metadados; • Metadados não controlados: que não estão de acordo com nenhum padrão de conteúdo (GILLILAND, 2008);
  • 23. Tipos e características gerais dos metadados: • NÍVEL: • Metadados Nível de coleção: indicam coleções (conjuntos) de itens originais e/ou objetos de informação; • Metadados Nível de Item: indicam itens individuais e/ou objetos de informação pertencentes, muitas vezes, em coleções (GILLILAND, 2008).
  • 24. Funções dos metadados: • Descrever; • Identificar; • Multiplicar as formas de acesso aos recursos informacionais; • Contextualizar os recursos nos • Para a CI - fornecem sistemas de informação; uma representação • Gerenciar recursos e outros padronizada e metadados nos sistemas; inequívoca dos recursos • Otimizar a recuperação; informacionais • Facilitar a interoperabilidade entre sistemas etc (GILLILAND, 2008).
  • 25. Papéis desempenhados pelos metadados: Papéis emergentes: • autoria e propriedade Papéis Tradicionais: intelectual; • formas de acesso; • atualização da informação; • identificação e descrição da informação; • preservação e conservação; • restrição de uso; • valoração do conteúdo; • busca e recuperação; • visibilidade da informação; • acessibilidade dos • localização dos conteúdos. documentos; (MÉNDEZ RODRÍGUEZ, 2002)
  • 27. O que são Padrões de Metadados? • Os padrões de metadados são estruturas de descrição constituídas por um conjunto predeterminado de metadados (atributos codificados ou identificadores de uma entidade) metodologicamente construídos e padronizados. O objetivo do padrão de metadados é descrever uma entidade gerando uma representação unívoca e padronizada que possa ser utilizada para recuperação da mesma. (ALVES, 2010, p. 47).
  • 28. Tipos e níveis de Padrões de Metadados • Simples: padrões com dados não-estruturados, gerados e recuperados automaticamente; apresentam uma semântica reduzida (SENSO; ROSA PIÑERO, 2003). • Ex.: Meta Tag(s) e dados trocados na transferência do protocolo HHTP (Hipertext Transfer Protocol) (BARRETO, 1999).
  • 29. Tipos e níveis de Padrões de Metadados • Estruturados: padrões baseados em normas emergentes que descrevem e identificam o recurso de forma estruturada (apresentam um conjunto de metadados para a descrição dos recursos) • Ex.: padrão de metadados Dublin Core para o domínio Web (SENSO; ROSA PIÑERO, 2003).
  • 30. Tipos e níveis de Padrões de Metadados • Ricos: padrões de metadados mais complexos e específicos de um domínio. A descrição é específica e exaustiva e são baseados em normas e códigos específicos . • Ex.: o formato MARC 21 (SENSO; ROSA PIÑERO, 2003).
  • 31. Categorias de Padrões de Metadados: • Padrões de Metadados para Propósito Gerais: • Domínio Web: • padrões de metadados simples e estruturados; • Padrões de Metadados para Propósitos Específicos: • Domínio Bibliográfico: • padrões de metadados ricos.
  • 32. Padrões de Metadados – Domínio Web: • Padrões de Metadados simples:
  • 33. Padrões de Metadados – Domínio Web: • Padrões de Metadados simples:
  • 34. Padrões de Metadados – Domínio Web: • Padrões de Metadados estruturados:
  • 35. Padrões de Metadados – Domínio Web: • Padrões de Metadados estruturados:
  • 36. Padrão Dublin Core: • criado para promover a descoberta de recursos informacionais na Web por meio de uma descrição e identificação mínima (WOODLEY, CLEMENT, WINN, 2005). • Princípios gerais: • Simplicidade de descrição e manutenção; • Semântica comumente compreendida; • Alcance internacional; • Extensibilidade.
  • 37. Padrão Dublin Core: • Características: • simples, interoperável e flexível; • Níveis de Descrição (granularidade): • Nível simples: • 15 elementos de descrição; • Nível qualificado: • 15 elementos de descrição; • 3 elementos adicionais • 2 classes de qualificadores: elementos de refinamento e elementos de codificação.
  • 38. 15 elementos de descrição: 1. Title: Título 2. Creator: Criador 9. Format: Formato 3. Subject: Assunto 10. Identifier: Identificador 4. Description: Descrição 11. Source: Origem 5. Publisher: Publicador 12. Language: Idioma 6. Contributor: 13. Relation: Relação Contribuidor 14. Coverage: Abrangência 7. Date: Data 15. Rights: Direitos 8. Type: Tipo
  • 39. Elementos adicionais: 1. Audiência 2. Proveniência 3. Detentor de Direitos
  • 40. Classes de qualificadores: • Elementos de refinamento: qualificadores que especificam o significado dos metadados, • Ex.: título e título alternativo; • Elementos de codificação: qualificadores que identificam esquemas para o valor, • Ex.: Tesauros e tabelas de classificação para o elemento assunto;
  • 41. Estrutura do Padrão Dublin Core: <html> <head> <title>National Library of Australia</title> <meta http-equiv="Pragma" content="no-cache"> <meta http-equiv="Content-Type" content="text/html"> <link rel="Scheme.AGLS" href="http://www.naa.gov.au/recordkeeping/gov_online/agls/1.2"> <meta name="DC.Creator" scheme="GOLD" content="c=AU; o=Commonwealth of Australia; ou=National Library of Australia"> <meta name="DC.Publisher" scheme="GOLD" content="c=AU; o=Commonwealth of Australia; ou=National Library of Australia"> <meta name="DC.Rights" content="Commonwealth of Australia, 2001"> <meta name="DC.Title" content="National Library of Australia"> <meta name="DC.Subject" scheme="APAIS" content="Libraries, national; Information services; Information retrieval; Cataloguing; Acquisitions (libraries); Libraries"> <meta name="DC.Description" content="Our collections and services underpin Australian cultural life and intellectual pursuits. We are the preeminent source for the documentary record of Australia and its place in the world. This site provides access to our catalogue and links to other information resources; details of our collections and services; upcoming events at the Library; the NLA Shop and information on our initiatives in the field of information management."> <meta name="DC.Language" scheme="RFC3066" content="en"> <meta name="DC.Coverage.jurisdiction" content="Commonwealth of Australia"> <meta name="DC.Coverage.spatial" scheme="LCSH" content="Australia"> <meta name="DC.Date.created" scheme="ISO8601" content="1999-05"> <meta name="DC.Type.aggregationLevel" content="collection"> <meta name="DC.Type.documentType" content="homepage"> <meta name="DC.Format" content="text/html"> <meta name="DC.Identifier" scheme="URI" content="http://www.nla.gov.au"> <meta name="DESCRIPTION" content="Our collections and services underpin Australian cultural life and intellectual pursuits. We are the preeminent source for the documentary record of Australia and its place in the world. This site provides access to our catalogue and links to other information resources; details of our collections and services; upcoming events at the Library; the NLA Shop and information on our initiatives in the field of information management."> </head> Código Fonte do site da Biblioteca Nacional da Austrália. Disponível em: <http://www.nla.gov.au/>.
  • 42. Padrão de Metadados - Domínio Bibliográfico • Marc 21: • “O formato MARC 21 é um conjunto de padrões desenvolvidos com a finalidade de representar e comunicar de forma legível por máquina, metadados descritivos sobre itens de informação - particularmente, mas não somente, itens bibliográficos”. (CHAN, 2007, p. 447, tradução nossa). • FUNÇÃO: criação, armazenamento, gerenciamento e intercâmbio de registros bibliográficos e catalográficos.
  • 43. Estrutura do Padrão MARC 21 Líder Diretório: Campos de controle variável Indicadores Subcampos Diretório: Campos de dados variáveis Campo 245 Indicador 1 =1: entrada secundária de título Indicador 2 = 0: número de caracteres a desprezar na busca/alfabetação
  • 44. Padrões de Metadados – Domínio Bibliográfico: • Padrões de Metadados ricos:
  • 45. Padrões de Metadados – Domínio Bibliográfico: • Padrões de Metadados ricos:
  • 46. Metadados no processo de catalogação – estão presentes na estrutura do padrão MARC 21 METADADO ADMINISTRATIVO METADADO TÉCNICO METADADOS DESCRITIVOS METADADO DE USO
  • 47. Tendências atuais no Domínio Bibliográfico: • O processo de TDI é intrinsecamente ligado às tecnologias: • Redefinição e reavaliação dos métodos de representação. • Complexidade na construção de representações: • Aspectos tecnológicos: • padrões técnicos e de infraestrutura que consolidam os metadados nos sistemas de informação; • Aspectos representacionais: • determinam de forma padronizada a representação os metadados, seus valores, contextualizando-os nos sistemas (MÉNDEZ RODRÍGUEZ, 2002).
  • 48. Aspectos tecnológicos: • Padronização dos dados legíveis por “máquina” (software): • Modelagem conceitual – modelo E-R: • metodologia que determina conceitualmente as necessidades dos usuários e requisitos funcionais dos sistemas; • Requisitos funcionais: • determina entidades, atributos e relacionamentos considerando as necessidades dos usuários, as necessidades dos desenvolvedores de metadados; • Esquemas de metadados: • conjunto de elementos descritivos (element set – esquema de metadados) e espaços do valor.
  • 49. Aspectos representacionais: • Padronização de dados legíveis por humanos: • determinação dos atributos e seus significados, • os valores dos metadados; • sua construção padronizada por meio de regras e códigos de representação: • Esquemas de codificação de conteúdo: • Padrões de estrutura de dados; • Padrões de intercâmbio de dados; • Esquemas de codificação de valores: • Padrões de conteúdo de dados; • Padrões de valores de dados.
  • 50. ESQUEMAS DE DOMÍNIO BIBLIOGRÁFICO PADRÕES CODIFICAÇÃO PADRÃO MARC21 Esquema de metadados: estrutura Padrões de estrutura de dados (data descritiva em diretórios, campos, ESQUEMAS DE structure standards) subcampos, código de subcampo, CODIFICAÇÃO DE indicadores CONTEÚDO Padrões de intercâmbio de dados Protocolo ANSI/NISO Z39.50 (data exchange standards) Norma ISO 2709 Padrões de conteúdo de dados Padrões ou códigos elaborados para (data content standards) o TDI. Ex.: AACR, ISBDs, RDA ESQUEMAS DE CODIFICAÇÃO DE VALORES Padrões de valores de dados (data Tesauros, listas de autoridade, value standards) léxicos, esquemas de classificação
  • 51. Sintetizando: • Aspectos • Aspectos tecnológicos: representacionais: • Modelos conceituais: FRBR, FRAD e FRSAD; • Esquemas de codificação de conteúdo: AACR, ISBDs, • Esquemas de metadados RDA; (padrão de metadados – MARC 21, MARCXML). • Esquema de codificação de valores: Tesauros, listas de autoridade, esquemas de classificação.
  • 52. Considerações: • Ideia equivocada de que padrões de metadados emergentes são ideais para solucionar a representação em ambientes digitais; • Domínios específicos exigem princípios particulares para a construção dos metadados e de seu padrão correspondente; • Padrões de metadados emergentes não atendem satisfatoriamente às necessidades informacionais do domínio bibliográfico;
  • 53. Metadados no domínio bibliográfico: • Convergência de aspectos tecnológicos e aspectos representacionais para sua determinação adequada. • Trata-se de um domínio específico, portanto os metadados são determinados por princípios particulares; • Os instrumentos de descrição: modelos conceituais, esquemas de codificação e padrões de metadados, constituem-se com ferramentas fundamentais para a representação no domínio bibliográfico.
  • 54. É importante considerar que: • A complexidade está na reestruturação das bases teóricas e práticas pautadas em modelos conceituais (BIANCHINI; GUERRINI, 2009). • Os aspectos representacionais do domínio bibliográfico orientam o desenvolvimento de soluções tecnológicas; • Os aspectos tecnológicos contribuem para uma reavaliação dos aspectos representacionais e consolidam a existência dos metadados do domínio bibliográfico nos sistemas de informação.
  • 55. Referências: • ALVES, R. C. V. Metadados como elementos do processo de catalogação. 2010, 132f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação)-Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2010. • BIANCHINI, C.; GUERRINI, M. From bibliographic models to cataloging rules: remarks on FRBR, ICP, ISBD, and RDA and the relationships between them. Cataloging & Classification Quarterly, [s. l.], v. 47, n. ?, p. 105- 124, 2009. • CHAN, L. M. Cataloging and classification: an introduction. 3. Ed. Lanham, Maryland: The Scarecrow Press, 2007. • DCMI. Making Information Work: the Dublin Core Way. Disponível em: <http://dublincore.org/resources/presentations/Dublin_Core_overview_2007.pdf>. Acesso em: 19 maio 2009. • GILLILAND, A. J. Setting the stage. In: INTRODUCTION to metadata. 2. ed. [S. l.]: GETTY, 2008. p. 1-19. • GILLILAND-SWETLAND, A. J. La definición de los metadatos. In: INTRODUCCIÓN a los metadatos: vías a la información digital. [S. l.]: GETTY, 1999. p. 1-9. • GRÁCIO, J. C. A. Metadados para a descrição de recursos da Internet: o padrão Dublin Core, aplicações e a questão da interoperabilidade. 2002. 127 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)–Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2002. • MÉNDEZ RODRÍGUEZ, E. Metadados y recuperación de información: estándares, problemas y aplicabilidad en bibliotecas digitales. Gijón: Trea, 2002. 429 p. • MILSTEAD, J.; FELDMAN, S. Metadata: cataloging by any other name. Online, [S. l.], january, 1999. Disponível em: <http://www.online.com/online/ol1999/milstead1.html>. Acesso em: 22 jun. 2004. • SENSO, J. A.; ROSA PIÑERO, A. de la. El concepto de metadato. Algo más que descripción de recursos eletrónicos. Ciência da Informação, Brasília, v. 32, n. 2, p. 95-106, maio/ago. 2003. • SOUZA, T. B. de, CATARINO, M. E., SANTOS, P. C. dos. Metadados: catalogando dados na Internet. Transinformação, Campinas, v. 9, n. 2, maio/ago. 1997. Disponível em: <http://www.puccamp.br/~biblio/tbsouza92.html>. Acesso em: 12 jul. 2000. • TAKAHASHI, T. (Org.). Sociedade da Informação no Brasil: o livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000. • WOODLEY, M. S.; CLEMENT, G.; WINN, P. DCMI Glossary. [S. l.: S. n.], 2005. Disponível em: <http://dublincore.org/documents/usageguide/glossary.shtml>. Acesso em: 26 jul. 2009.
  • 56. Obrigada! Rachel Cristina Vesu Alves alves.rachelcv@gmail.com Bolsista CNPq – Pós-Doutorado Júnior – FFC/UNESP Grupo de Pesquisa: Novas Tecnologias em Informação