Este documento discute a análise do território usando fatores abióticos, bióticos e antrópicos, riscos naturais, tecnológicos e mistos, e instrumentos de gestão territorial. Aborda conceitos como geossistema, SIG, sustentabilidade do território.
2. Geografia e Território (Paisagem)
Fatores Abióticos
Fatores Bióticos
Fatores Antrópicos
Interações
Riscos
Naturais
Tecnológicos/Antrópicos
Mistos
Instrumentos de Gestão Territorial
Tecnologias de Informação Geográfica e Gestão
do Território
Técnicas de Construção Sustentável
Contributos para a Sustentabilidade do Território
3. • Análise espacial do território - Geossistema
– Fatores Abióticos / Bióticos / Antrópicos
• Geomorfologia
• Hidrografia
• Climatologia
• Interação sistémica
• Riscos ambientais / antrópicos / mistos
• Instrumentos de Gestão Territorial
• Tecnologias de Informação Geográfica (TIG)
• Técnicas de Construção Sustentável
• Contributos para a Sustentabilidade do Território
4. Conceptualização do Território como o Geossistema
Geomorfologia + Clima + Hidrografia Flora + Solo + Fauna
Potencial Ecológico Exploração Biológica
GEOSSISTEMA
Acção Antrópica
ou humana
5. Análise do território (SIG)
– Componentes da Paisagem (exemplos)
Relevo
Hidrografia
Vegetação
Elementos Artificiais
6. Análise do território (SIG)
Relevo
Abióticos
Hidrografia
Vegetação
Elementos Artificiais
17. A litologia condiciona o comportamento de variáveis como: morfologia, tipo
de solos, permeabilidade, coberto vegetal, etc.
ar eias
as e
Dun
Granitos
i tos
Sien
Gabros
s
os, Calcário
Co nglomerad
18. O solo: camada superior da crosta terrestre, constitui um recurso vital e, em grande
medida, não renovável, sujeito a ameaças crescentes como resultado de várias atividades
humanas. O solo assegura várias funções essenciais, sendo, por isso, necessário protegê-
lo, para que haja desenvolvimento sustentável.
Solo rico
Solo pobre
19. O relevo é um indicador do funcionamento ecológico da paisagem e por conseguinte
uma componente fundamental para a interpretação do território.
20. A exposição das vertentes assume grande significado ecológico, pois determina
diretamente a radiação solar, temperatura, humidade e indiretamente, o conforto
bioclimático (fauna, flora e o Homem).
Festo N
Festo
Exposições
Quentes
21. O declive é um dos principais elementos restritivo às actividades humanas e aos
processos físicos. Este é o factor determinante nas taxas de perda de solo, portanto é
um óptimo descritor da morfologia do terreno.
Estudos mostram que a perda de solo aumenta com o incremento do declive, visto que
o escoamento potencia as capacidades de desagregação e transporte.
Na análise da erosão do solo, os declives aparecem como um dos mais importantes
parâmetros morfológicos a considerar.
23. A análise fisiográfica, fundamental para o estudo do território, fornece uma leitura
clara e imediata das principais formas e ecossistemas definidores do modelado da
paisagem, como sejam as linhas de festo e os talvegues.
Linhas de festo são aquelas que unem os pontos mais elevados do terreno e que,
como tal, dividem planos de drenagem distintos, sendo por isso igualmente designadas
por linha de separação de águas.
Talvegues são linhas que unem os pontos de cota mais baixa do terreno, para as
quais drenam as águas de escorrência superficial, pelo que correspondem, geralmente,
a zonas húmidas, associadas à acumulação destas águas.
Festo Festo
Talvegue
25. Montijo
.
As bacias hidrográficas são unidades
territoriais de caráter estratégico na o
Te
jo
Ri
gestão dos recursos naturais.
A rede hidrográfica é muito
importante para a compreensão do
território, quanto à sua modelação,
trocas de energia e constituição das
comunidades bióticas, uma vez que a
água é o fator ambiental que maior
.
Pinhal Novo
influência tem na sua distribuição. Rio Tejo
Depende de outros fatores ambientais Linhas de Água
Canais
como sejam o tipo de solo ou o declive. #
Limite da Bacia
Toponímia
27. Clima como fator de
ordenamento do território
• Posição geográfica
• Latitude Condicionantes do clima
• Relevo
28. Movimento de translação
da Terra
“A energia solar constitui a verdadeira causa
de quase todos os processos físicos e
químicos que ocorrem na Terra, responsáveis
pelas condições meteorológicas, pelas
circulações oceânicas, pela modelação da
crosta terrestre e praticamente por todos os
fenómenos biológicos” (Pinto Peixoto, 1981).
Rotação
34. Análise climática
Precipitação atmosférica
“Chama-se precipitação à deposição, no Globo Terrestre,
de água, no estado líquido ou sólido, proveniente da
atmosfera (Retallack, 1981 a; WMO, 1966). Em certas
regiões é importante considerar também a água que passa
da atmosfera para a terra por condensação do vapor de
água (geada) sobre superfícies arrefecidas, e ainda a água
que resulta da interceção das gotas de água das nuvens (o
nevoeiro é uma nuvem que toca no solo ou no mar) pelos
corpos existentes à superfície do globo.”
Fonte: "Atlas do Ambiente Digital - IA"
35. Análise climática
Temperatura
Parâmetro condicionador do sistema
biótico, uma vez que tem um efeito
decisivo nos processos vitais,
influenciando a atividade das plantas
e dos animais. A distribuição das
comunidades vegetais naturais e das
plantas cultivadas está estritamente
dependente do parâmetro
temperatura.
Fonte: "Atlas do Ambiente Digital - IA"
36. Análise climática
Insolação
Tempo de sol descoberto num
determinado local e durante um dado
intervalo de tempo, sendo expresso
em horas.
Fonte: "Atlas do Ambiente Digital - IA"
37. Análise climática
Radiação solar
Assume importância vital para os
seres vivos, influenciando um grande
número de processos biológicos
(fotossíntese, transpiração,
germinação das sementes) e a
distribuição das comunidades
vegetais.
Fonte: "Atlas do Ambiente Digital - IA"
40. 1 - Sistema vertente
Em permanente equilíbrio dinâmico, que depende de dois tipos de processos:
movimentos individuais de partículas e movimentos em massa, podendo ambos ser
lentos ou rápidos.
Intemperismo – Processos
físicos ou químicos de
alteração/ desagregação
da rocha
Percolação – Processo de
filtragem
Juntas e acamamento – onde
É mais fácil a desagregação
de material (falhas ou quebras)
41. Os MOVIMENTOS INDIVIDUAIS DE PARTÍCULAS integram: a queda de
blocos, o “splash”, os “pipkrakes” ou “agulhas de gelo”, a formação de ravinas por ação
da escorrência.
• “SPLASH” - Decorre do impacto das gotas de chuva no solo, atuando
fundamentalmente ao nível da sua desagregação.
• RAVINAMENTOS - A concentração da escorrência leva à formação de
sulcos na superfície da vertente graças à sua ação de transporte das partículas
de solo desagregadas.
42. Os MOVIMENTOS EM MASSA integram como principais processos os
deslizamentos, os movimentos solifluxivos, os desabamentos, os desmoronamentos e as
escoadas ou fluxos de detritos (debrisflow) e de lama (mudflow), assumindo um grau de
profundidade e velocidades variáveis.
• DESLIZAMENTO (SLIDE) - Constitui um movimento em massa de solo ou
rocha ao longo de uma vertente, sendo determinante para a sua ocorrência a
existência de planos de rutura.
• ESCOADA OU FLUXO DE DETRITOS (DEBRISFLOW) - Caracteriza-se
pela deslocação de uma massa de materiais muito heterométricos, integrando
materiais finos como areia, silte e argila, e grosseiros, calhaus e blocos, assim como
uma quantidade variável de água. A água determina a componente fluida e viscosa da
massa afetada, sendo responsável pela saturação dos solos e detritos.
43. 2 - Ilha de calor urbano
Área da cidade em que a temperatura do ar ou da superfície é
mais elevada do que no campo circundante.
44. Ilha de calor noturna de Lisboa: Temperaturas normalizadas da atmosfera
referentes a noites com vento Norte moderado (Andrade, 2003).
45. 3 - Conforto bioclimático
Prová
vel in
solaçã
Temperatura ºC
47,5ºC o
31%
Limit 32ºC
e d e tr 95%
abalh
o de
47,5ºC inten
sidad
20% e mo
d.
27,5ºC
93%
27,5ºC
30% Conf. 65%
20ºC
0ºC - congelação
Humidade %
47. Riscos e ordenamento do território
Conceitos:
Perigo - Processo (ou ação) natural, tecnológico ou misto suscetível de produzir
perdas e danos identificados (ANPC, 2009).
Risco - Probabilidade de ocorrência de um processo (ou ação) perigoso e respetiva
estimativa das suas consequências sobre pessoas, bens ou ambiente, expressas em danos
corporais e/ou prejuízos materiais e funcionais, diretos ou indiretos (ANPC 2009).
Consequência ou Dano Potencial - Prejuízo ou perda expectável num elemento
Potencial (C) ou conjunto de elementos expostos, em resultado do impacto de um
processo (ou ação) perigoso natural, tecnológico ou misto, de determinada severidade
(ANPC 2009).
48. Riscos
O risco é a probabilidade
de um evento adverso
poder acontecer,
multiplicado pela sua
magnitude.
Risco biofísico está
relacionado com
acontecimentos
geofísicos extremos
responsáveis por certos
danos como
consequência dos
sistemas naturais.
49. Riscos (ANPC*, 2009):
Riscos Naturais - os que resultam do funcionamento dos sistemas naturais (e.g.,
sismos, movimentos de massa em vertentes, erosão do litoral, cheias e inundações);
Riscos Tecnológicos/Antrópicos - os que resultam de acidentes, frequentemente
súbitos e não planeados, decorrentes da atividade humana (e.g., cheias e inundações por
rutura de barragens, acidentes no transporte de mercadorias perigosas, emergências
radiológicas);
Riscos Mistos - os que resultam da combinação de ações continuadas da atividade
humana com o funcionamento dos sistemas naturais (e.g., incêndios florestais,
contaminação de cursos de água e aquíferos, degradação e contaminação dos solos).
*ANPC – Associação Nacional de Proteção Civil
50. Riscos Naturais - que resultam do funcionamento dos sistemas naturais. Refletem
direta ou indiretamente as alterações no clima, na dinâmica litoral, na dinâmica fluvial, no
substrato (litologia e solos), etc.
Riscos de erosão (declives, litologia, permeabilidade, densidade de
drenagem e ocupação do solo, entre outros)
Movimentos de massa em vertentes;
Erosão do litoral;
Cheias e inundações;
Sismos...
51. Os principais Riscos Naturais:
• Condições meteorológicas adversas - nevoeiros, nevões, ondas de calor/frio,
secas;
• Hidrologia – cheias e inundações (efémeras, progressivas, galgamento costeiro, por
tsunami);
• Geodinâmica interna – sismos, atividade vulcânica, radioatividade natural;
• Geodinâmica externa - movimentos de massa em vertentes (desabamentos,
deslizamentos e outros); Erosão costeira: destruição de praias e sistemas dunares;
Recuo e instabilidade de arribas, colapso de cavidades subterrâneas naturais;
57. Riscos (Lisboa 1755)
Risco Sísmico dos Solos (Lisboa)
Segurança face à RSS (Lisboa)
58. Riscos Tecnológicos/Antrópicos – os que resultam de acidentes, frequentemente
súbitos e não planeados, decorrentes da atividade humana / diretamente relacionados
com a atividade humana
Exemplos:
Pressão humana (Densidade populacional, de edifícios, outros…)
Poluição (do ar, do solo, da água, sonora, …)
Incêndios (florestais, urbanos…)
59. Os principais Riscos Tecnológicos /Antrópicos:
• Transportes - Acidentes rodoviários, ferroviários, fluviais e aéreos; Acidentes no
transporte terrestre de mercadorias perigosas; Acidente com transporte marítimo de
produtos perigosos;
• Vias de comunicação e infraestruturas - Colapso de túneis, pontes e outras
infraestruturas; Acidentes em infraestruturas fixas de transporte de produtos perigosos
(oleodutos e gasodutos); Cheias e inundações por rutura de barragens; Colapso de
galerias e cavidades de minas;
• Atividade industrial e comercial - Acidentes em áreas e parques industriais;
Acidentes que envolvam substâncias perigosas; Degradação e contaminação dos solos
com substâncias NBQ (Nuclear, Biológico ou Químico); Acidentes em instalações de
combustíveis, óleos e lubrificantes; Acidentes em estabelecimentos de fabrico e de
armazenagem de produtos explosivos; Acidentes em estabelecimentos de atividades
sujeitas a licença ambiental; Incêndios e colapsos em centros históricos e em edifícios
com elevada concentração populacional; Poluição atmosférica grave com partículas e
gases; Emergências radiológicas;
60. Riscos tecnológicos:
Queda da Ponte Hintze Ribeiro 4/3/2001 Angola (N. do porto de Luanda), 2006 MIGHTY SERVANT 3
Golfo do México, EUA, 2010 Kolontár e Devecser, Hungria, 2010
62. Riscos Mistos - resultam da combinação de ações continuadas da atividade humana
com o funcionamento dos sistemas naturais
Os principais riscos mistos:
• Relacionados com a atmosfera - Incêndios florestais;
• Relacionados com a água - Degradação e contaminação de: Aquíferos, Águas
superficiais;
• Relacionados com o solo - Degradação e contaminação dos solos; Erosão hídrica dos
solos;
63. Riscos mistos - Problemas ambientais e alterações climáticas
Exemplos:
Emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e alterações
climáticas
A maioria do aumento médio da
temperatura verificado desde meados
do século XX, também designado por
aquecimento global, é muito
provavelmente resultado das atividades
humanas, sobretudo devido à queima
de combustíveis fósseis e
desflorestação, que têm aumentado
a quantidade de GEE, excedendo
muitas vezes os valores limites,
tolerados por diversos organismos.
64. Riscos mistos - Problemas ambientais e alterações climáticas
Exemplos:
Emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e alterações
climáticas
As alterações climáticas poderão ocasionar ou agravar fenómenos
meteorológicos irregulares e/ou extremos (tempestades, ciclones,
inundações, seca, entre outros), não só quanto à intensidade, mas
também ao aumento da sua frequência.
Como consequência, afectam todo o sistema terrestre: degelo, o
aumento do nível médio do mar, recursos marinhos e costeiros; a
disponibilidade de água, a infiltração, erosão, fertilidade, produtividade e
uso do solo; incidência de doenças, perca da biodiversidade; o
funcionamento natural dos habitats e ecossistemas, migrações,
disponibilidade de alimento, entre outros.
65. Riscos mistos - Problemas ambientais e alterações climáticas
Exemplos:
3. Emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e alterações climáticas
Estas consequências originam mais
desequilíbrios em todo o sistema
climático, potenciando o seu grau
de perigosidade e risco.
Por outro lado, o aumento
populacional e a fixação em áreas que
anteriormente estavam inabitadas
duplicam o risco e a
vulnerabilidade a estes
fenómenos, com consequências
graves para a infraestrutura, os bens
materiais, a saúde e a natureza.
86. Pressão construtiva - Faro - Faro
Construção clandestina 2004
QL: processo administrativo/loteamento – 1970
Integração Paisagística – 1989/1991
Plano G. de I.P. – 1990
Quinta Shopping – 2000; renovado 2009; Conrad 2011
Ilha de Faro: Sistema de ilhas-barreira da
Ria Formosa; Construção da ponte rodoviária na década de 50
intensificou a forte ocupação, que tem destruído o cordão dunar.
87. Construção ilegal e pressão construtiva - Faro 2009
Alteração na dinâmica sedimentar da Ria Formosa;
Destruição do cordão dunar e do Sistema de ilhas-barreira.
88. Região Autónoma da Madeira – 20 de Fevereiro de 2010
Precipitação intensa, deslizamentos, derrocadas...
O crescimento urbano é fenómeno geral. Ele representa uma característica do
desenvolvimento de qualquer povo. Passar a viver em aglomerados de dimensão tal que se
traduza em vantagens coletivas — poder dispor de água corrente, de saneamento, de escolas
e serviços de saúde, ter mais fácil acesso à cultura e às....
89. 1.2. Desenvolvimento e urbanismo — problemas madeirenses
Nos últimos cinquenta anos, a população do concelho do Funchal
— onde se concentra a maior parte da população urbana da
Ilha da Madeira — duplicou: com 50 milhares em 1911, atinge
atualmente a ordem dos 100 mil, para mais e não para menos,
isto é, 1/3 da população insular total.
Mas este crescimento processou-se, do ponto de vista urbano,
como resultado de adições sucessivas, ao sabor do acaso, isto é,
sem obedecer a qualquer planeamento. Em consequência disso,
depara-se atualmente com uma situação que é urgente remediar,
devendo criar-se simultaneamente as condições para que a expansão
futura se processe em termos aceitáveis.
Esta expansão será determinada pela evolução socioeconómica.
O fraco desenvolvimento atual do Arquipélago obriga a prever
alterações profundas, quer na atividade económica, quer nos
indicadores demográficos, culturais e outros.
122. Instrumentos de Gestão Territorial (IGT)
• Estudam a ação humana no território
• Contribuem para o correto ordenamento do território
• Previnem o risco
• ...
123. Os Instrumentos de Gestão Territorial (IGT) são um conjunto de documentos
aprovados pelo Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de Setembro que têm como objetivos o
estabelecimento do regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial (RJIGT), onde se
definem algumas das principais regras sobre o planeamento e ordenamento do território
de Portugal.
Os IGT foram já alterados por duas vezes para desta maneira melhor desempenharem as
suas tarefas de regulamentação. A primeira foi através do Decreto-Lei n.º 310/2003 de 10 de
Dezembro e o segundo foi o Decreto-Lei n.º 316/2007 de 19 de Setembro.
124. Nome Sigla Características Nível
Programa Nacional da Política de PNPOT Estabelece as maiores e mais importantes decisões a serem tomadas na gestão Nacional
Ordenamento do Território do ordenamento do território português. Está acima de todos os outros IGT
complementando-os. É um elemento de cooperação com planos semelhantes
na UE relativos ao Ordenamento do Território da União.
Planos sectoriais PS Planos relativos a diversas áreas da administração central tais como Nacional
transportes, comunicações, saúde, cultura ou ambiente.
Planos Especiais de Ordenamento PEOT Estabelecem a salvaguarda de recursos e valores naturais e o regime de gestão Nacional
do Território compatível com a utilização sustentável do território.
Plano de Ordenamento da Orla POOC Definição de restrições relativas à costa de modo a salvaguardar as Especial
Costeira características do litoral. Abrange águas marítimas costeiras e interiores,
respetivos leitos e margens e faixas de proteção.
Plano de Ordenamento de Áreas POAP Garante a proteção e preservação de áreas com valor de património natural. Especial
Protegidas Este aplica-se a Reservas Naturais, Parques Nacionais, Parques Naturais e
Paisagens Protegidas.
Plano de Ordenamento de POAAP Define as utilizações de águas públicas e da ocupação das zonas de proteção Especial
Albufeiras de Águas Públicas associadas ás albufeiras.
Plano de Ordenamento dos POE Visa a proteção das águas, leitos e margens dos ecossistemas que as habitam, Especial
Estuários assim como a valorização social, económica e ambiental da orla terrestre
envolvente.
Planos Regionais de Ordenamento PROT Definem os objetivos relativos ao planeamento do território ao nível da região Regional
do Território (equivalem aproximadamente às NUTS II), assentando num modelo de
organização do território regional. Surgem da fragmentação do PNPOT e dos
planos setoriais e constituem o quadro de referências dos PIMOT e
PMOT
Planos Intermunicipais de PIMOT Elemento conciliador entre PMOT de municípios adjacentes/vizinhos. Têm Municipal
Ordenamento do Território como principal função a articulação socioeconómica dos municípios envolvidos
no plano. São elaborados pelas câmaras municipais envolvidas e postos em
prática após aprovação das CCDR (Comissões de Coordenação e
Desenvolvimento Regional).
125. Nome Sigla Características Nível
Planos Municipais de PMOT Planos que definem os principais objetivos relativos ao município. Define a Municipal
Ordenamento do Território utilização do solo municipal de modo a que a organização de redes e sistemas
urbanos seja feita a uma escala aceitável.
Plano Director Municipal PDM Define os usos e atividades do solo municipal através do estabelecimento de Municipal
classes e categorias dos vários tipos de edificações. Abrange desde edifícios
residenciais até estações de recolha de resíduos.
Plano de Urbanização PU Fornece o quadro de referência para a aplicação de políticas urbanas tais como Municipal
o regime de uso do solo e os critérios de transformação do território.
Plano de Pormenor PP Definição detalhada da ocupação de qualquer área específica do território Local
municipal.
126. Tecnologias de Informação Geográfica e a
Gestão do Território
• Ferramentas fundamentais para a aquisição, análise e gestão do
território (ex: Open GIS Consortium; Directiva 2007/2/EC do parlamento e Concelho Europeu (INSPIRE); DL
180/2009 relativo a Informação Geográfica)
– Dados muitas vezes em tempo real (do produtor/sensor ao utilizador)
• Contribuem para a minimização dos impactes negativos da ação humana
• Contribuem para o correto ordenamento do território
127. Informação Geográfica
Atualmente com o avanço tecnológico, especialmente no que concerne aos múltiplos sistemas de
observação da Terra, a capacidade de processamento de dados digitais e o desenvolvimento de
redes de partilha de conhecimento, como a internet, a obtenção de dados em quantidade e
qualidade, tornou-se mais célere.
128. Informação Geográfica Digital
A Informação Geográfica no formato Digital (IGD), assume um papel preponderante, considerando
o potencial de propagação de dados, aumentando a interação entre entidades e regiões, reduzindo
custos na aquisição, tratamento e visualização de informação, possibilitando a produção de
cartografia e sistemas de gestão (muitas vezes em tempo real), respondendo atempadamente às
necessidades e exigências atuais de gestão do território.
2001
2006
2010
+3D
129. Tecnologias de Informação Geográfica (TIG)
O termo TIG procura abranger todo o tipo de plataformas e sistemas informáticos utilizados no
processamento de Informação Geográfica.
Exemplos:
1. Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS)
2. Deteção Remota (DR)
3. Sistemas de Informação Geográfica (SIG)
130. Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS)
Os Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS,
como o GPS - Americano, GLONASS - Russo, GALILEO -
Europeu e o COMPASS - Chinês) permitem, através da
utilização de aparelhos recetores de GNSS
(presentemente generalizados com a sua integração em
smartphones), a localização in situ, dos resultados obtidos,
minimizando os custos na determinação da posição de
objetos.
131. Deteção Remota
O recurso à Deteção Remota (DR) possibilita a obtenção de dados à distância sobre um determinado objeto,
área ou fenómeno, através da captura por um dispositivo ou sensor a bordo de uma plataforma (e.g. avião
ou satélite).
Os constantes aperfeiçoamentos das resoluções espacial, radiométrica, espetral e temporal e dos algoritmos
de classificação, tem vindo a permitir gradualmente a maior consistência dos dados, a aquisição periódica e a
maior cobertura espacial a custos relativamente baixos.
GeoEye 1 SPOT 5 (Système Probatoire d'Observation de la Terre)
Fonte: GeoEye Fonte: CNES (Centre National d‘Etudes Spatiales )
132. Sistemas de Informação Geográfica (SIG)
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) poderão ser definidos como “Um conjunto integrado
de hardware, software, dados geográficos e pessoal técnico, designado para capturar, armazenar,
atualizar, manipular, analisar e disponibilizar todos os tipos de informação georreferenciada” (INHS,
s/d)
“...aplicam a tecnologia informática a tarefas de captura, armazenamento, manipulação, análise,
modelação e visualização de informações sobre a superfície terrestre e a distribuição de
fenómenos. Emergiram como uma forma distinta de utilização do computador, com a sua própria
indústria do software e variedade de produtos” (Goodchild, 2001).
133. Sistemas de Informação Geográfica (SIG)
Os SIG são particularmente relevantes para a gestão do território e o apoio à
decisão, uma vez que permitem a análise e avaliação em tempo útil,
de elevadas quantidades de dados multidisciplinares, relacionáveis entre si
(através de uma referência espacial), tornando possível executar um elevado
número de tarefas, que até à algum tempo atrás eram morosas.
Ao estabelecer a intersecção entre os dados espaciais atuais e a cartografia antiga, possibilitam a
reconstituição histórica através da produção de nova informação (retrospetiva) georreferenciada,
obtida pelo cruzamento entre os dados históricos e os atuais.
134. Sistemas de Informação Geográfica 2D/3D/4D
Cartografia Analógica
(ex:Cartografia Histórica) Digital
Sistemas de Informação Geográfica 2D
153. Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA)
Integração da informação a diversos níveis
Fonte: IHRU/SIPA
154.
155.
156.
157.
158.
159.
160.
161.
162.
163.
164.
165.
166.
167.
168.
169.
170.
171.
172.
173.
174.
175.
176.
177.
178.
179.
180.
181.
182.
183.
184.
185.
186.
187. Técnicas de construção sustentável
• Utilizam a técnica (inteligência) para melhorar o desempenho das
edificações
• Reduzem o desperdício (economizam recursos, potenciam o conforto
humano e a qualidade ambiental)
• Potenciam a rentabilidade económica (ex: possibilidade de venda de
energia à rede)
192. Termoreguladores microclimáticos
Árvores de folha Caduca (a Oeste)
N
Espelho de água
Árvores de
folha perene
(a Sul)
Arrefecimento no Verão / aquecimento no Inverno
197. Uso eficiente da energia
Menores custos
Melhor ambiente
Mais saúde
Aumento da qualidade de vida
198. Eficiência Energética em Edifícios
Foram publicados em Diário da República (DR 67 - Série I - A) três
diplomas que transpõem parcialmente para a ordem jurídica nacional a
Diretiva n.º 2002/91/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de
Dezembro, relativa ao desempenho energético dos edifícios.
Estes diplomas contemplam importantes alterações legislativas e dos
hábitos de projeto no setor dos edifícios, tais como:
- A aprovação da criação do Sistema Nacional de Certificação Energética e
da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (D.L. n.º 78/2006);
- O Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização dos Edifícios
(RSECE) (D.L. n.º 79/2006);
- O Regulamento das Características do Comportamento Térmico de
Edifícios (RCCTE) (D.L. n.º 80/2006).
205. Contributos para a sustentabilidade do
território
• Utilizar a técnica (inteligência) para melhorar o desempenho das cidades
e das populações (maior qualidade do ambiente, da saúde e da
economia)
• Reduzir o desperdício (economizam recursos, potenciam o conforto
humano e a qualidade ambiental)
• Melhorar a justiça social (equidade)
206. Contributos para a sustentabilidade do
território
Cidades: Passado/Atualidade
• Combustível fóssil
• Poluição
• Alimentos do exterior
• Desequilíbrios sociais
• Uso intensivo de
matérias primas
• Desperdício
Energia
Água
Resíduos
• ...
207. Contributos para a sustentabilidade do
território
Cidades: Atualidade/Futuro
• Fontes energéticas
diversificadas
• Melhor ambiente
• Alimentos produzidos
localmente
• Maior cultura e
diversidade
• Maior mobilidade
• Menor desperdício
Energia
Água
Resíduos
• Maior economia
• ...
208. Contributos para a sustentabilidade do
Reduzir território
Reutilizar
Reciclar
210. Contributos para a sustentabilidade do
território
+Economia (combustível, infraestruturas e espaço)
+Saúde (exercício e qualidade do ar)
+Ambiente (menos poluição e espaço
Impermeabilizado na cidade)
211. Contributos para a sustentabilidade do
território
Central Park, NY Conceitos:
(séc. XIX: 1857) Green necklace
Frederick Law Green belt
Olmsted Greenway
Parque
…
Lisboa: Passeio público
(séc. XVIII: 1764)
Reinaldo Manuel
dos Santos
Av. Liberdade (séc. XIX) Parque Ed. VII, Lisboa
214. Contributos para a sustentabilidade do
território
+Economia (produção de alimentos e sua distribuição)
+Saúde (produtos biológicos e que melhoram a qualidade do ar urbano)
+Cultura (aprender a cultivar os próprios alimentos e a valorizar o solo)
+Ambiente (menor impermeabilização do território, maior aproveitamento do espaço)
215. Contributos para a sustentabilidade do
território
Roof gardens) vertical gardens)
219. Cuidados a ter em conta quando se executa um projeto:
• Análise biofísica (abiótica e biótica) da área de implantação (posição geográfica,
clima, exposição, relevo, declive, hidrografia, habitats, espécies autóctones, …)
• Estudo preliminar (seleção dos materiais construtivos, redução de impacte
ambiental)
• Características gerais / necessidades do utilizador (qual o consumo de energia, água,
aquecimento, etc..)
• Análise aos Instrumentos de Gestão do Território (análise do risco natural,
tecnológico e misto)
• Acessibilidade / mobilidade (transporte coletivo e alternativo)
• Sustentabilidade ambiental e económica (dispositivos economizadores / redução de
desperdício / estudo de insolação, inércia e isolamento térmico / eficiência energética e
conforto / ventilação e qualidade do ar diurno e noturno / uso racional da água...)
• Contributo para a sustentabilidade do território (3 R’s, acessibilidade,
termorreguladores...)
•…