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I P ZONA SUL Professor: Rev. Joab Barbosa
Estudos Bíblicos 1Coríntios 7ª Lição Comida Oferecida a Ídolos
Texto Básico: I Coríntios 8.1-13
Objetivo  Saber usar a liberdade cristã.
Introdução     A Bíblia é o manual de conduta do cristão. Nela encontramos assuntos que são claramente ordenados para o cristão fazer e outros que são inequivocamente proibidos. Há, porém, assuntos que não são nem ordenados e nem proibidos. Alguns exemplos hoje: apostar em loterias e jogos de azar, uso de bebida alcoólica, fumar ou ir a uma danceteria. São áreas cinzentas, que devemos perguntar: até onde vai a nossa liberdade cristã? Para estes assuntos precisamos usar alguns princípios bíblicos para orientar a nossa decisão:
Cada cristão é responsável por sua decisão e individualmente prestará contas a Deus. (Rm 14.12); Tudo que um cristão faz deve promover a glória de Deus. (1Co 10.31); Cada cristão deve cuidar para que as suas atitudes não produzam escândalos. (Lc 17.1); O cristão deve decidir sempre pensando naquilo que edifica. (Rm 15.2)
1. O Princípio Fundamental: O Amor Edifica (1Co 8.1-3) No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos (v.1). Paulo está respondendo a uma questão levantada pelos irmãos de Corinto (1Co 7.1,25). Parece-nos um assunto sem importância para hoje, mas em Corinto, tomar refeições num templo ou em algum local associado a um ídolo, era uma prática social aceita. “Era parte integrante da etiqueta formal na sociedade” (Moffatt). Também, era praticamente impossível viver em uma cidade grega sem enfrentar este problema, pois toda a carne vendida nos armazéns havia sido oferecida a um deus pagão.
    O concílio de Jerusalém já havia tratado desta matéria com a seguinte decisão: Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne  de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde (At 15.28,29). Provavelmente, a comunidade estava dividida quanto a este assunto. Alguns comiam carne sacrificada sem nenhum constrangimento. Outros se sentiam perdidos e tinham dificuldades em cumprir esta orientação. Os que comiam se consideravam mais sábios e os que não comiam eram vistos como “fracos”.
A primeira orientação de Paulo é: No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica (v.1). O conhecimento sem o amor envaidece. O amor nunca destrói, mas sempre edifica (1Co 13.4). Vamos agir com amor! Todo conhecimento teológico deve subordinar-se ao amor piedoso. “Quão estúpido é gloriar-se no conhecimento quando o amor está ausente” (Calvino). Paulo continua: Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber
Duas lições: Onde o orgulho se faz presente, não existe qualquer conhecimento de Deus. A base do verdadeiro conhecimento é o conhecimento pessoal de Deus, o qual nos torna humildes e moderados. Deus conhece aqueles que o amam e se alguém ama a Deus, amará também ao seu irmão.
2. A Verdade Suprema: Há um só Deus Verdadeiro (1Co 8.4-6). Os crentes que comiam comidas sacrificadas aos ídolos usavam um argumento teológico: os ídolos não são nada, pois eles representam deuses que não existem. A partir desta idéia, Paulo apresenta a verdade teológica fundamental: só existe um Deus verdadeiro. Quatro verdades teológicas:
Sabemos pela Bíblia que os ídolos não são nada (Is 44.12). Mesmo não sendo nada, eles são muitos, estão em toda parte (céus, terra e mar) e exercem uma influência prejudicial sobre aqueles que o adoram. Há um só Deus que é Pai (Mt 6.9), criador e dono de tudo que existe (At 17.24-31) e para quem vivemos. Sabemos que entre Deus e nós, existe o único Mediador que é Jesus Cristo, o qual Deus o fez Senhor sobre tudo e todos – At 2.36. É nosso grande privilégio conhecermos o verdadeiro Deus, por meio de Jesus (Jo 17.3).
3. A Consideração Máxima: O Meu Irmão em Cristo (1Co 8.7-13)    Paulo reconhece que nem todos os irmãos têm este discernimento espiritual: Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se (v.7). E alguns se entristecem quando outros crentes comem carne sacrificada aos ídolos. Paulo, então, faz algumas recomendações:
Não há vínculo entre a comida e a espiritualidade    Ele diz: Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos, se comermos (v.8). Comer e beber são ações indiferentes que nada alteram a nossa condição espiritual (Rm 14.17). Não é a comida que nos aproximará ou nos afastará de Deus. O que contamina o homem não é aquilo que entra pela sua boca, mas o que procede do seu coração (Mc 7.18-23).
A liberdade cristã não deve se tornar pedra de tropeço     Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos (v.9). A liberdade cristã deve sempre ser observada no contexto do amor para com o cristão fraco ou que não possui a mesma compreensão espiritual (Rm 14.15). A conduta de um cristão forte, mesmo não sendo algo proibido, pode ser algo desastroso para a consciência de um irmão mais fraco: Porque, se alguém te vir a ti, que és dotado de saber, à mesa, em templo de ídolo, não será a consciência do que é fraco induzida a participar de comidas sacrificadas a ídolos? (v.10). A consciência fraca sente-se culpada ou aflingida por coisas que não trariam culpa para crentes maduros que conhecem e praticam a Palavra de Deus.
Quando usamos a liberdade cristã para ofender um irmão é a Cristo que estamos ofendendo.      A ofensa feita a um irmão fraco, Cristo a recebe como se fosse a si mesmo. E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais (v.11,12). Observe que Paulo fala do pecado contra os irmãos e contra Cristo (Rm 14.15). Em síntese, se comer carne sacrificada vai ferir a consciência do meu irmão, eu não devo comer: E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo (v.13). Observe que Paulo não sugere que o cristão seja vegetariano, mas que ele evite comer carne sacrificada por causa do escândalo.
Fim da 7ª Aula.

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  • 1. I P ZONA SUL Professor: Rev. Joab Barbosa
  • 2. Estudos Bíblicos 1Coríntios 7ª Lição Comida Oferecida a Ídolos
  • 3. Texto Básico: I Coríntios 8.1-13
  • 4. Objetivo Saber usar a liberdade cristã.
  • 5. Introdução A Bíblia é o manual de conduta do cristão. Nela encontramos assuntos que são claramente ordenados para o cristão fazer e outros que são inequivocamente proibidos. Há, porém, assuntos que não são nem ordenados e nem proibidos. Alguns exemplos hoje: apostar em loterias e jogos de azar, uso de bebida alcoólica, fumar ou ir a uma danceteria. São áreas cinzentas, que devemos perguntar: até onde vai a nossa liberdade cristã? Para estes assuntos precisamos usar alguns princípios bíblicos para orientar a nossa decisão:
  • 6. Cada cristão é responsável por sua decisão e individualmente prestará contas a Deus. (Rm 14.12); Tudo que um cristão faz deve promover a glória de Deus. (1Co 10.31); Cada cristão deve cuidar para que as suas atitudes não produzam escândalos. (Lc 17.1); O cristão deve decidir sempre pensando naquilo que edifica. (Rm 15.2)
  • 7. 1. O Princípio Fundamental: O Amor Edifica (1Co 8.1-3) No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos (v.1). Paulo está respondendo a uma questão levantada pelos irmãos de Corinto (1Co 7.1,25). Parece-nos um assunto sem importância para hoje, mas em Corinto, tomar refeições num templo ou em algum local associado a um ídolo, era uma prática social aceita. “Era parte integrante da etiqueta formal na sociedade” (Moffatt). Também, era praticamente impossível viver em uma cidade grega sem enfrentar este problema, pois toda a carne vendida nos armazéns havia sido oferecida a um deus pagão.
  • 8. O concílio de Jerusalém já havia tratado desta matéria com a seguinte decisão: Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde (At 15.28,29). Provavelmente, a comunidade estava dividida quanto a este assunto. Alguns comiam carne sacrificada sem nenhum constrangimento. Outros se sentiam perdidos e tinham dificuldades em cumprir esta orientação. Os que comiam se consideravam mais sábios e os que não comiam eram vistos como “fracos”.
  • 9. A primeira orientação de Paulo é: No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica (v.1). O conhecimento sem o amor envaidece. O amor nunca destrói, mas sempre edifica (1Co 13.4). Vamos agir com amor! Todo conhecimento teológico deve subordinar-se ao amor piedoso. “Quão estúpido é gloriar-se no conhecimento quando o amor está ausente” (Calvino). Paulo continua: Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber
  • 10. Duas lições: Onde o orgulho se faz presente, não existe qualquer conhecimento de Deus. A base do verdadeiro conhecimento é o conhecimento pessoal de Deus, o qual nos torna humildes e moderados. Deus conhece aqueles que o amam e se alguém ama a Deus, amará também ao seu irmão.
  • 11. 2. A Verdade Suprema: Há um só Deus Verdadeiro (1Co 8.4-6). Os crentes que comiam comidas sacrificadas aos ídolos usavam um argumento teológico: os ídolos não são nada, pois eles representam deuses que não existem. A partir desta idéia, Paulo apresenta a verdade teológica fundamental: só existe um Deus verdadeiro. Quatro verdades teológicas:
  • 12. Sabemos pela Bíblia que os ídolos não são nada (Is 44.12). Mesmo não sendo nada, eles são muitos, estão em toda parte (céus, terra e mar) e exercem uma influência prejudicial sobre aqueles que o adoram. Há um só Deus que é Pai (Mt 6.9), criador e dono de tudo que existe (At 17.24-31) e para quem vivemos. Sabemos que entre Deus e nós, existe o único Mediador que é Jesus Cristo, o qual Deus o fez Senhor sobre tudo e todos – At 2.36. É nosso grande privilégio conhecermos o verdadeiro Deus, por meio de Jesus (Jo 17.3).
  • 13. 3. A Consideração Máxima: O Meu Irmão em Cristo (1Co 8.7-13) Paulo reconhece que nem todos os irmãos têm este discernimento espiritual: Entretanto, não há esse conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo, ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se (v.7). E alguns se entristecem quando outros crentes comem carne sacrificada aos ídolos. Paulo, então, faz algumas recomendações:
  • 14. Não há vínculo entre a comida e a espiritualidade Ele diz: Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos, se comermos (v.8). Comer e beber são ações indiferentes que nada alteram a nossa condição espiritual (Rm 14.17). Não é a comida que nos aproximará ou nos afastará de Deus. O que contamina o homem não é aquilo que entra pela sua boca, mas o que procede do seu coração (Mc 7.18-23).
  • 15. A liberdade cristã não deve se tornar pedra de tropeço Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos (v.9). A liberdade cristã deve sempre ser observada no contexto do amor para com o cristão fraco ou que não possui a mesma compreensão espiritual (Rm 14.15). A conduta de um cristão forte, mesmo não sendo algo proibido, pode ser algo desastroso para a consciência de um irmão mais fraco: Porque, se alguém te vir a ti, que és dotado de saber, à mesa, em templo de ídolo, não será a consciência do que é fraco induzida a participar de comidas sacrificadas a ídolos? (v.10). A consciência fraca sente-se culpada ou aflingida por coisas que não trariam culpa para crentes maduros que conhecem e praticam a Palavra de Deus.
  • 16. Quando usamos a liberdade cristã para ofender um irmão é a Cristo que estamos ofendendo. A ofensa feita a um irmão fraco, Cristo a recebe como se fosse a si mesmo. E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais (v.11,12). Observe que Paulo fala do pecado contra os irmãos e contra Cristo (Rm 14.15). Em síntese, se comer carne sacrificada vai ferir a consciência do meu irmão, eu não devo comer: E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo (v.13). Observe que Paulo não sugere que o cristão seja vegetariano, mas que ele evite comer carne sacrificada por causa do escândalo.
  • 17. Fim da 7ª Aula.