1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
MANAUS-AM
2022/1
Profa. Mestra Francisca Magda Xavier
2. Mestrado em Doenças Tropicais e Infecciosas-
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Especialista em UTI Neonatal e Pediátrica- Faculdade
Delta (GO)
Especialista em Ginecologia e Obstetrícia- Faculdade
Delta (GO)
2
5. Um termo - múltiplos sentidos
O termo comunidade se aplica a:
•Pequenos agregados rurais (aldeias, freguesias);
•Urbanos (quarteirões, bairros, favelas e vilas);
•Grupos profissionais (comunidade médica);
•Organizações (comunidade escolar);
•Unidades religiosas (comunidade judaica);
•Sistemas mais complexos como países (comunidade nacional,
comunidade europeia);
•Referindo um todo (comunidade internacional ou mundial).
Características
comuns:
geográficas,
religião,
identidades,
causas,
profissionais
etc.
7. Sentido = Geográfico, espacial, social
• A comunidade entendida como uma cidade, uma
região, um país, um bairro, o prédio ou a vizinhança;
• Caráter relacional, que diz respeito à rede social e à
qualidade das relações humanas dentro da
localização de referência;
• Numa perspectiva social e “mais usual” se associa ao
“lugar da vulnerabilidade”.
8. A polissemia do termo
Encontra-se o termo desde o pensamento platônico, passando pela
filosofia medieval, com marcas profundas na moral cristã, possuindo
traços marcantes no romantismo alemão com desdobramentos muito
presentes na atualidade.
Distinção entre o que preconiza o “conceito” e o “sentimento”.
A comunidade se diferencia claramente de uma mera junção de pessoas. A
comunidade é a ligação de relacionamentos profundos de pessoas à normas
e à valores conjuntos e vivência em um mesmo sistema de atividades
(profissional), estabelecendo um modo de comunicação próprio que dá aos
seus membros a capacidade de exercer influência e solidariedade recíproca.
10. COMUNIDADE
•A maioria das definições de comunidade
contém três pontos comuns:
I. Partilha de um espaço físico;
II. Relações e laços comuns;
III.Interação social.
11. Comunidade e Tradição
Relação direta:
baseada na oralidade
Homogeneidade:
tendência à criação de
determinados padrões
de convivência sócio-
culturais rígidos
(heterogeneidade)
Auto-preservação: a
comunidade guarda sua
memória
Pertencimento: se
dá pela identificação
uns com os outros
“Aconchego”: sensação
de que “aqui é meu lugar”;
proteção
A noção de comunidade
Fonte: Márcio Simeone ppt LINK
12. MOBILIZAÇÃO SOCIAL
MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA
É a reunião de sujeitos que definem
objetivos e compartilham sentimentos,
conhecimentos e responsabilidades para
a transformação de uma dada realidade,
movidos por um acordo em relação a
determinada causa de interesse público.
13. Processo de convocação de vontades para uma
mudança de realidade, através de propósitos
comuns, estabelecidos em consenso. Envolve o
compartilhamento de discursos, visões e
informações e, por isso, exige ações de
comunicação em seu sentido mais amplo.
(TORO A., Jose Bernardo & WERNECK, Nísia Maria Duarte. Mobilização Social: Um modo de
construir a democracia e a participação. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
MOBILIZAÇÃO SOCIAL
MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA
14. Os desafios da mobilização na sociedade
contemporânea
Mudança nas formas de sociabilidade e
organização da vida coletiva: dos modelos de
sociabilidade comunais aos modelos urbano-
industriais
A SOCIEDADE COMPLEXA
Fonte: Márcio Simeone ppt LINK
15. DESAFIO
COMO É POSSÍVEL TRABALHAR A
MOBILIZAÇÃO DAS PESSOAS E DAS
COMUNIDADES NUM CENÁRIO
CONTEMPORÂNEO TÃO COMPLEXO
MÚLTIPLO E DIVERSO?
16. 16
Razões de fracasso na mobilização das
comunidades
Origens da
comunidade
(formação histórica)
Perfil da comunidade
(de idade, de gênero,
cultural)
Divisão política
polarização
Falta de uma
tradição mobilizadora
Falta de
animador(es)
Geração das identidades na
comunidade (“enraizamento”)
Ausência ou
presença do poder
público
17. 17
Verificar a existência de
projetos mobilizadores já
ocorridos ou que ainda
ocorrem na comunidade
O POTENCIAL MOBILIZADOR
Verificar a existência
de grupos com
tradição de
mobilização
Reconhecimento dos
LIDERES e dos
ANIMADORES
Festas religiosas,
folclóricas, cívicas e
eventos em geral
Pessoas conhecidas e que são
referências para a comunidade
Associações, grupos
de teatro, religiosos ou
políticos
Especialmente sua
capacidade de ação
inclusiva
Identificar a vida cultural da
comunidade
18. Direção da Mobilização
É o espaço delimitado
intencionalmente a partir dos
objetivos do projeto mobilizador,
que demarca o seu âmbito de
atuação.
É um dado objetivo que se
refere à decisão estratégica
sobre a dimensão e o alcance
da mobilização.
19. O vínculo ideal da co-responsabilidade se dá quando os
indivíduos se sentem efetivamente envolvidos no
problema e compartilham a responsabilidade pela sua
solução, entendendo a sua participação como uma
parte essencial no todo. É gerada basicamente através
de um sentimento de solidariedade.
Co-responsabilidade
FRANCO, Augusto de. Ação local – a nova política da contemporaneidade. Brasília/Rio de
Janeiro: Ágora/FASE, 1995
Fonte: Márcio Simeone ppt LINK
20. 20
Toda mobilização tem objetivos pré-definidos, um
propósito comum, por isso é um ato de razão.
Pressupõe uma convicção coletiva de relevância,
um sentido de público, daquilo que convém a todos.
Para que a mobilização seja útil a uma sociedade,
ela tem que ser orientada para a construção de um
projeto de futuro.
22. Milton Santos
“O território em si, para mim, não é um
conceito. Ele só se torna um conceito utilizável
para a análise social quando o consideramos
a partir do seu uso, a partir do momento em
que o pensamos juntamente com aqueles
atores que dele se utilizam”.
(SANTOS, 2000, p. 22)
23. “... cidade enquanto um território múltiplo, como o
chão concreto das políticas, a raiz dos números e a
realidade da vida coletiva”. (KOGA, 2003, p.33)
É no território social que se processam as várias
desigualdades sociais.
24. MILTON SANTOS
“... a linguagem cotidiana frequentemente confunde território e espaço.
Mas o sentido da palavra territorialidade como sinônimo de
pertencer àquilo que nos pertence [...] esse sentimento de
exclusividade e limite ultrapassa a raça humana e prescinde
da existência do Estado.
Mas a territorialidade humana pressupõe também a preocupação com o destino, a construção
do futuro, o que entre os seres vivos, é privilégio do homem. Num sentido mais restrito, o
território é um nome político para o espaço de um país.” (SANTOS, 2001 a, p.19)
25. Território e vulnerabilidade
A vulnerabilidade está associada não apenas às características
socioeconômicas:
está associada a outros diversos fatores (baixos níveis de
escolaridade, acesso a serviços públicos, perfis familiares);
características demográficas dos grupos sociais, dos setores
censitários;
aspectos que colocam ou podem colocar as pessoas em
situações de risco (agravos à saúde, gravidez precoce e
jovens vítimas de homicídio, entre outros);
distância entre o acesso da população às políticas públicas
e do Estado.
26. A dinâmica da comunidade
Tradicional Moderna
Territorialidade
Produção de sentido comum num
determinado território;
Mobilidade limitada;
Alcance limitado dos meios de
comunicação.
Desterritorialidade
Produção de sentido em vários
territórios / urbanização;
Grande Mobilidade;
Trânsito rápido de informações e
alcance global dos meios de
comunicação.
Ligamos todos os ramos de nossa vida a um mesmo território?
Por quais territórios transitamos?
Há territórios isolados?
32. BIBLIOGRAFIA
•AMMANN, Safira Bezerra. Ideologia do Desenvolvimento de Comunidade no
Brasil. São Paulo: Cortez, 1985.
•BAUMAN, Zygmund. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual.
Trad. Plinio Dentizen. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2003.
•BRANCALEONE, Cassio. “Comunidade, sociedade e sociabilidade:
revisitando Ferdinand Tönnies”. In: Revista de Ciências Sociais. p. 98-104,
v.39, n.2, 2008.
•SANTOS, Milton. Por uma Geografia Nova. São Paulo: Editora Hucitec, 1986.
•____________. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São
Paulo: EDUSP, 2004.