Astronomia e cultura no Ensino Fundamental

CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL, 9º ano
Astronomia e cultura.

CIÊNIAS/ ENSINO FUNDAMENTAL, 9º ano
O QUE É ASTRONOMIA?
É a ciência que estuda o Universo, desde a sua origem e formação aos astros que o
compõe e os fenômenos que nele ocorrem. Originou-se a partir da observação dos astros e
de seu efeito no cotidiano do ser humano, que desde a pré-história vem utilizando o
conhecimento astronômico acumulado durante o tempo para desenvolver as atividades
humanas.
Todas as culturas têm algum tipo de relação com o céu e buscam entender que
informações podemos extrair e correlacionar com o nosso cotidiano. Vejamos como a
astronomia é utilizada nas diferentes culturas.
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ASTRONOMIA E CULTURA

ASTRONOMIA NÁUTICA
A astronomia náutica foi a que mais utilizou a astronomia, principalmente
na leitura do céu para realizar navegações.
Talvez você não saiba disso, mas para a navegação, uma das coisas que mais
se mostraram importantes no passado era nada menos do que a astronomia
náutica! Isso mesmo, para vencer as ondas era necessário conhecer muito bem as
estrelas, e você vai entender o porquê agora mesmo!
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https://osr.org/pt-
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nautica/

A astronomia náutica tinha muita importância, literalmente vital, na
prática da navegação como ela era feita antigamente, já que o céu era a única
referência que se tinha quando se estava no meio do oceano, sem sinal algum
de terra firme ao longe no horizonte.
Veja alguns instrumentos utilizados na astronomia náutica:
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ESFERA ARMILAR ASTROLÁBIO
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BALESTILHA

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SEXTANTE
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Medindo a altura do Sol acima do horizonte com um sextante

ASTRONOMIA E O TEMPO
Populações antigas mediam o tempo utilizando a astronomia. Os
povos começaram a observar o tempo e as mudanças no céu para criar
calendários. Quando não tinha relógio como era medido o tempo?
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PRÉ-HISTÓRIA – 100 MIL ANOS ATRÁS, ATÉ CERCA DE 8.000 a.C.
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O tempo era observado pela
alternância de claro-escuro.
A preocupação era com a
sobrevivência (caça, pesca, fugir de
animais perigosos e abrigar-se das
variações climáticas.

CALENDÁRIO BABILÔNICO - BABILÔNIA – 3.500 a.C. (bacias dos rios
Tigre e Eufrates)
Um dos primeiros povos a registrar a presença dos cinco planetas
visíveis a olho nu.
- A mais antiga forma de semana associava cada dia da semana a cada astro
conhecido.
SOL – LUA – MARTE – MERCÚRIO – JÚPITER – VÊNUS – SATURNO
- O ano tinha cerca de 364 dias e a cada 3 anos tinha um dia a mais.
- Também usavam as fases da lua para contar o tempo.

CALENDÁRIO EGÍPCIO (11.000 anos a.C.)
- Tinha um calendário lunar, mas não conseguiam detectar os tempos das
cheias do rio Nilo.
- Perceberam que as cheias coincidiam com o surgimento de uma estrela da
constelação Sirius (fica na Cão Menor). Daí surgiu o calendário solar com
365 dias.

Registros de mais de 5 000 anos indicam que muitas
civilizações se valeram dos fenômenos celestes para fazer
calendários e medir a passagem do tempo. Os calendários
em geral foram construídos a partir dos movimentos da Lua
e do Sol.
O calendário ocidental adotado atualmente, por
exemplo, tem como base os movimentos do Sol e deriva do
calendário criado pelos romanos no século VIII a.C. Já os
calendários islâmico, judaico e chinês têm como base os
movimentos da Lua. Veja na figura ao lado um calendário
solar, conhecido como Pedra do Sol, usado pela civilização
asteca, que ocupava a região central e sul do atual México e
teve seu auge nos séculos XV e XVI.
OUTROS CALENDÁRIOS ANTIGOS
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As interpretações dos fenômenos celestes
variam de acordo com a cultura e a época. Entre
outros motivos, devido à diferente localização
geográfica de cada grupo humano.
No Brasil, os indígenas da etnia Guarani
identificam no céu constelações importantes; por
exemplo, a constelação da Ema ocupa a mesma
região do céu onde estão a do Cruzeiro do Sul e a de
Escorpião; e a constelação do Homem Velho está na
mesma região das constelações de Touro e de Órion.
Quando a constelação da Ema surge ao leste
no anoitecer, indica o início do inverno para os
Guarani do sul do Brasil e o começo da estação seca
para as comunidades indígenas do norte do Brasil.
Veja a figura ao lado.
A constelação da Ema era conhecida por
quase todos os povos indígenas do Brasil.
Para os Guarani, no sul do Brasil, ela indica a
chegada do inverno, que ocorre na segunda
quinzena de junho
Disponível
em:
telescopiosnaescola.pro.br/indigenas.pdf

Constelações indígenas
www.telescopiosnaescola.
pro.br/indigenas.pdf
Apresenta as constelações indígenas
brasileiras. Acesso em: jan 2022.
Já a constelação do Homem Velho aparecendo ao leste, na segunda quinzena de
dezembro, indica o início do verão no sul e o começo das chuvas no norte do país.
Disponível
em:
telescopiosnaescola.pro.br/indigenas.pdf
A constelação do Homem Velho
MUNDO VIRTUAL
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No Brasil, foi descoberto em 2006 no
Amapá um possível observatório, construído
por povos indígenas que habitavam o local há
mais de 1 000 anos. Ele demarcaria alguns
fenômenos celestes, como o solstício de verão
(22 de dezembro) e o solstício de inverno (21
de junho).
Esse observatório foi chamado
“Stonehenge da Amazônia”, em comparação
com o Stonehenge da Inglaterra, um
monumento de pedras cujo centro aponta o
local em que o Sol nasce durante o solstício de
verão (21 de junho).
Monumento construído há mais de 1 000 anos
por povos indígenas, provavelmente para
demarcar alguns fenômenos celestes, no Amapá,
2016.

ASTRONOMIA E AGRICULTURA
- Importante para saberem quando
plantar e quando colher. Exemplo: a
astronomia Egípcia – saber o período
de seca e de cheia no rio Nilo.
- Até hoje é utilizada os ciclos lunares
na agricultura.

ASTRONOMIA E RELIGIÃO (CRENÇAS)
Ao longo da História, muitos povos usaram suas observações e sua
imaginação para explicar a origem do ser humano e dos fenômenos que
observavam. Esse conhecimento foi elaborado também para justificar
valores e ideias.
A ciência também é uma forma de explicar os fatos, mas se vale do
desenvolvimento de modelos e teorias que possam ser testados e
repetidos por observações e experimentos. E entre seus objetivos estão a
capacidade de prever e alterar determinados fenômenos naturais

Para muitos cientistas, não há conflito entre pensamento científico e
religiosidade. Uma pessoa pode ser religiosa e aceitar, por exemplo, que um
deus criou um Universo regido por leis científicas, cabendo aos cientistas
desvendarem essas leis. Para esses cientistas, a ciência desenvolve leis e
teorias capazes de gerar predições sobre fenômenos naturais. Já a religião
atua em uma área diferente: a dos significados e valores humanos, refletindo
sobre o que é moralmente certo e errado, o bem e o mal.
Para muitos, a reflexão moral está fora dos objetivos e dos métodos da
ciência, embora o cientista – como todas as pessoas – tenha de fazer
escolhas éticas sobre a condução de seu trabalho e sobre as aplicações da
ciência.

Em várias culturas há essa correlação com as
religiões e crenças populares. Muitas sociedades
atribuíam as mudanças na natureza a deuses.
Exemplo: Cosmologia Egípcia que buscava todas
explicações na astronomia e nas crenças dos povos.
Rá é o Deus do Sol do Antigo Egito.
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Exemplo: Astrologia que estuda os corpos
celestes e as prováveis relações que possuem
com a vida das pessoas e os acontecimentos
na Terra.
- Existe uma constelação para cada mês. E
essa constelação influenciaria no modo de
vida da pessoa, na forma da pessoa ver o
mundo.
ASTROLOGIA NÃO É CIÊNCIA
ASTRONOMIA É CIÊNCIA
SE LIGA
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VAMOS PRATICAR
ATIVIDADE 01: CONSTRUÇÃO DE UM ASTROLÁBIO
Disponível
em:
https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/9ano/ciencias/funda
mentos-da-navegacao-astronomica/2588

Disponível
em:
https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/9ano/ciencias/funda
mentos-da-navegacao-astronomica/2588

• Meça os ângulos em diferentes horários do dia para que se tenha diferentes tempos e
diferentes ângulos, peça para que eles construam uma tabela e um gráfico marcando os
pontos.
• Para esta aula, é importante ter informações de localização astronômicas, portanto, antes
de dar sequência à aula, é sugerido pesquisar orientações de latitude e longitude locais.
Sugerimos o programa de simulação de um observatório gratuito, disponível
em http://stellarium.org/pt/. Você também pode usar o roteiro de como localizar a latitude
e longitude da sua cidade no Google
Maps: https://support.google.com/maps/answer/18539?co=GENIE.Platform%3DDesktop&
hl=pt-BR.

Disponível
em:
https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/9ano/ciencias/fundamentos-da-
navegacao-astronomica/2588

ATIVIDADE 02: MITOS E CRENÇAS DO CÉU ESTRELADO
ORIENTAÇÕES:
- Organize-se 3 grupo de alunos.
- Leiam o material de apoio impresso distribuídos, cartolinas, lápis, tintas entre outros para criar um
cenário.
- Escolha dentre todas as mitologias apresentadas no material impresso, faça uma apresentação de
peça teatral de 3 minutos.
Materiais necessários: material impresso, lápis, borracha, caneta, criatividade. Se possível, fantasias.
Obs: caso tenha interesse em usar fantasias, lembre-se de providenciá-las antes da aula de
apresentação.
https://nova-escola-
producao.s3.amazonaws.com/8kpzWz47Bqpw2D9Xqfnu65ue9jsEcgfYk8wnXNPuTPv6MkcrA6TWyprEAbum/ativid
ade-para-impressao-mao-na-massa-cie9-15tu03. Acesso em Jan/2022
MATERIAL DE APOIO

Visitação do Planetário no ESPAÇO CIÊNCIA (localizado no Parque Memorial Arcoverde,
Complexo de Salgadinho, Olinda).
Na visitação você irá observar demonstrações de Astronomia e Ciência Espacial. Estão lá
uma réplica do VLS (Veículo Lançador de Foguetes) lançado em Alcântara(MA) e um avião
Xavante doado pelo Exército e estátua de Santos Dumont, onde os visitantes aprendem um
pouco sobre a história e os princípios da aviação. Também há o relógio solar vertical; um
modelo de Observatório Indígena, onde algumas culturas observavam as estações sazonais,
solstícios e equinócios; além de modelos dos planetas que compõem o Sistema Solar. Outra
atração é o Giroscópio, instrumento que era usado pela NASA para testar a resistência dos
astronautas. Com um projetor com lente olho de peixe, ele mostra imagens em 180 graus
que simulam o céu noturno: planetas, estrelas, constelações, galáxias.
AULA DE CAMPO

SITES
http://www.astronoo.com/pt/artigos/astronomia-tempo-civilizacoes.html. Acesso em 25/01/2022
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/historia-astronomia.htm. Acesso em 25/01/2022
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/astronomia.htm. Acesso em 25/01/2022
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/a-historia-astronomia.htm. Acesso em 25/01/2022
https://osr.org/pt-br/blog/astronomia-br/astronomia-nautica/. Acesso em 25/01/2022
https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/119859. Acesso em 25/01/2022
REFERÊNCIAS
LIVROS
ANDRADE. M. H. de P. et al. Ciência e Vida. 1ª edição. Belo Horizonte, Editora dimensão, 2006, 8ª série.
AFONSO, Germano Bruno. As Constelações Indígenas Brasileiras (PDF). Observatórios Virtuais:
Constelações indígenas. Consultado em 10 de dezembro de 2018
BOCZKO, R. Conceitos de Astronomia. São Paulo: Edgard Blücher, 1998.
FARIA, R. P. (Org.). Fundamentos da Astronomia. 10. ed. São Paulo: Papirus, 2009.

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Data do
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2 Openclipart/Domínio público
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foguete-e-astronauta/74233.html
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TABELAS DE IMAGENS

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