1. O documento descreve um estudo sobre o crescimento do cajueiro anão precoce sob estresse hídrico em diferentes fases fenológicas.
2. Foram aplicados diferentes níveis de irrigação durante as fases inicial, de floração e de produção para analisar o efeito no crescimento da planta.
3. Os resultados mostraram que o déficit hídrico na fase de produção teve pouco efeito no crescimento, indicando a possibilidade de economia de água nessa fase.
1. O estudo avaliou os efeitos do estresse hídrico em diferentes fases fenológicas no cajueiro anão precoce cultivado em casa de vegetação.
2. Quatro níveis de irrigação combinados com três fases fenológicas foram testados.
3. O estresse hídrico com 40% da evapotranspiração na fase de floração proporcionou os maiores índices produtivos.
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURASLuciana Ramos
Este estudo avaliou a infiltração de água em um solo sob diferentes sistemas de rotação de culturas e escarificação. No primeiro ano, a escarificação inicial aumentou a infiltração de água no solo. A rotação com Brachiaria ruziziensis e mamona proporcionou maior infiltração. Nas parcelas sem escarificação, o sistema radicular das culturas aumentou a taxa de infiltração ao longo do tempo.
O documento avalia dois métodos de manejo de irrigação (tensiometria e balanço hídrico climatológico) em cultivo de feijoeiro sob sistemas convencional e direto. Os métodos permitiram gerenciar a irrigação de forma eficiente sem reduzir a produtividade. A tensiometria possibilitou economia de 15% da água aplicada em relação ao balanço hídrico.
O documento descreve um estudo sobre os efeitos da deficiência hídrica em diferentes estádios de desenvolvimento do trigo. O estádio da folha-bandeira e da antese foram os mais sensíveis, causando maior redução na produção com deficiência hídrica de -2,0 MPa ou mais. A redução na produção ocorreu principalmente devido à queda no número de sementes por espiga.
INTERAÇÃO ADUBAÇÃO NITROGENADA E AZOSPIRILUMVinicius Marca
1. O documento descreve um estudo sobre a interação entre adubação nitrogenada e a bactéria Azospirillum brasilense no desenvolvimento do arroz.
2. O estudo avaliou parâmetros como altura de plantas, produtividade, peso de grãos e desenvolvimento radicular do arroz sob diferentes doses de nitrogênio e com ou sem inoculação da bactéria.
3. Os resultados indicaram que a inoculação com Azospirillum brasilense promove maior crescimento radicular do arroz e pode contribuir para uma melhor absor
1) O estudo avaliou o cultivo de girassol em sistema hidropônico sob diferentes níveis de salinidade da água de irrigação.
2) A densidade de plantio (uma ou duas plantas por vaso) afetou positivamente a produção de grãos e biomassa.
3) Níveis mais altos de salinidade reduziram a produção, mas cultivo hidropônico pode permitir aproveitamento de águas salobras.
O documento discute o uso de diferentes substratos e doses de fertilizante de liberação lenta na produção de mudas de oliveira. Os resultados mostraram que o substrato Plantmax® e doses de 3 kg/m3 de Osmocote® proporcionaram as maiores alturas e diâmetros de mudas, com 38 cm e 6 mm respectivamente aos 50 dias.
O documento analisa o estoque de sementes no solo de duas áreas ciliares dominadas por pastagens com diferentes idades. Foram encontradas 57 e 27 espécies regenerando nas áreas 1 e 2 respectivamente, com densidades de 684 e 1.054 plantas/m2. Independentemente da idade da pastagem, os estoques de sementes tiveram baixa diversidade de espécies arbóreas, necessitando estratégias adicionais de restauração além da regeneração natural.
1. O estudo avaliou os efeitos do estresse hídrico em diferentes fases fenológicas no cajueiro anão precoce cultivado em casa de vegetação.
2. Quatro níveis de irrigação combinados com três fases fenológicas foram testados.
3. O estresse hídrico com 40% da evapotranspiração na fase de floração proporcionou os maiores índices produtivos.
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO SOB ESCARIFICAÇÃO E ROTAÇÃO DE CULTURASLuciana Ramos
Este estudo avaliou a infiltração de água em um solo sob diferentes sistemas de rotação de culturas e escarificação. No primeiro ano, a escarificação inicial aumentou a infiltração de água no solo. A rotação com Brachiaria ruziziensis e mamona proporcionou maior infiltração. Nas parcelas sem escarificação, o sistema radicular das culturas aumentou a taxa de infiltração ao longo do tempo.
O documento avalia dois métodos de manejo de irrigação (tensiometria e balanço hídrico climatológico) em cultivo de feijoeiro sob sistemas convencional e direto. Os métodos permitiram gerenciar a irrigação de forma eficiente sem reduzir a produtividade. A tensiometria possibilitou economia de 15% da água aplicada em relação ao balanço hídrico.
O documento descreve um estudo sobre os efeitos da deficiência hídrica em diferentes estádios de desenvolvimento do trigo. O estádio da folha-bandeira e da antese foram os mais sensíveis, causando maior redução na produção com deficiência hídrica de -2,0 MPa ou mais. A redução na produção ocorreu principalmente devido à queda no número de sementes por espiga.
INTERAÇÃO ADUBAÇÃO NITROGENADA E AZOSPIRILUMVinicius Marca
1. O documento descreve um estudo sobre a interação entre adubação nitrogenada e a bactéria Azospirillum brasilense no desenvolvimento do arroz.
2. O estudo avaliou parâmetros como altura de plantas, produtividade, peso de grãos e desenvolvimento radicular do arroz sob diferentes doses de nitrogênio e com ou sem inoculação da bactéria.
3. Os resultados indicaram que a inoculação com Azospirillum brasilense promove maior crescimento radicular do arroz e pode contribuir para uma melhor absor
1) O estudo avaliou o cultivo de girassol em sistema hidropônico sob diferentes níveis de salinidade da água de irrigação.
2) A densidade de plantio (uma ou duas plantas por vaso) afetou positivamente a produção de grãos e biomassa.
3) Níveis mais altos de salinidade reduziram a produção, mas cultivo hidropônico pode permitir aproveitamento de águas salobras.
O documento discute o uso de diferentes substratos e doses de fertilizante de liberação lenta na produção de mudas de oliveira. Os resultados mostraram que o substrato Plantmax® e doses de 3 kg/m3 de Osmocote® proporcionaram as maiores alturas e diâmetros de mudas, com 38 cm e 6 mm respectivamente aos 50 dias.
O documento analisa o estoque de sementes no solo de duas áreas ciliares dominadas por pastagens com diferentes idades. Foram encontradas 57 e 27 espécies regenerando nas áreas 1 e 2 respectivamente, com densidades de 684 e 1.054 plantas/m2. Independentemente da idade da pastagem, os estoques de sementes tiveram baixa diversidade de espécies arbóreas, necessitando estratégias adicionais de restauração além da regeneração natural.
1. As primeiras iniciativas de restauração florestal no Brasil envolviam plantios aleatórios de espécies sem critérios ecológicos, visando apenas recuperar a fisionomia florestal.
2. A pesquisa nesta fase não procurava entender o papel ecológico das espécies ou combiná-las de acordo com suas exigências.
3. O entendimento da floresta restaurada se restringia a um plantio de árvores, sem levar em conta conceitos como grupos ecológicos e a import
1) O estudo avaliou a produtividade da soja em um sistema de rotação de culturas, utilizando aveia, nabo, nabo+aveia, trigo e testemunha como culturas de inverno.
2) Foi observada uma diminuição nos níveis de fósforo e potássio do solo após a colheita da soja, devido à alta demanda nutricional da soja e à baixa produção de massa verde dos adubos verdes.
3) Não houve diferenças estatísticas na produtividade
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentesJose Carvalho
Este documento apresenta os resultados de um estudo sobre a produção de minicenouras não processadas utilizando diferentes cultivares e espaçamentos entre linhas no inverno e verão. Os principais achados são: 1) O espaçamento de 10 cm entre linhas proporcionou a maior produção total e distribuição uniforme de raízes por classe de comprimento. 2) No verão, a cultivar Brasília teve maior produção do que a Carandaí. 3) No inverno, as cultivares Forto e Nantes tiveram desempenhos equivalentes.
1) O documento descreve um estudo sobre o crescimento e biologia reprodutiva do peixe Astyanax bimaculatus em um sistema de recirculação de água pequeno.
2) Os autores coletaram dados biométricos de A. bimaculatus e observaram que as fêmeas são estatisticamente maiores e mais pesadas do que os machos.
3) Eles concluíram que o sistema de recirculação de água pode ser uma opção viável para a produção de A. bimaculatus, tendo obtido c
Este estudo avaliou o rendimento e qualidade de três cultivares de melancia plantadas em três épocas diferentes no Rio Grande do Norte. A semeadura em agosto resultou na maior massa média e produtividade dos frutos. Os frutos plantados em junho tiveram menor acidez e melhor palatabilidade. A época de plantio influenciou o rendimento e qualidade dos frutos de melancia.
1) O estudo avaliou a influência da adubação mineral na alocação de biomassa em plantas de bambu cultivadas em casa de vegetação.
2) A maior produção de biomassa total foi obtida com doses de 120, 10 e 100 kg ha-1 de NPK.
3) A adubação com nitrogênio e potássio proporcionou aumento na produção total de biomassa das plantas de bambu.
Ações dos intervalos entre irrigações no sistema radicular.pdfAnny81834
Este estudo avaliou o efeito de diferentes intervalos entre irrigações (15, 30, 45 e 60 minutos) no sistema radicular e retenção de solução nutritiva em alface hidropônica. O aumento do intervalo entre irrigações para 60 minutos incrementou o volume e massa seca das raízes, favorecendo a retenção da solução nutritiva e permitindo reduzir o consumo de energia elétrica em 53,57% sem prejudicar a produção.
Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...Rural Pecuária
Este documento discute o cultivo agroecológico de bananeiras na APTA de São Roque, Brasil. O sistema permite que as bananeiras cresçam naturalmente sem corte de brotos, resultando em menos trabalho e maior armazenamento de água. As bananeiras são plantadas com espaçamento de 4m entre covas em linhas duplas com 1m de separação, resultando em 833 plantas/ha. Reprodução é por mudas de perfilhos e adubação é feita com composto orgânico nas covas.
O documento discute os efeitos do déficit hídrico nas plantas, abordando conceitos de estresse, mecanismos de tolerância e adaptação das plantas à seca. Apresenta estudos sobre espécies como milho, berinjela e soja que avaliaram os impactos da falta de água em parâmetros como fotossíntese, crescimento e produtividade. Destaca a importância de se entender esses processos para o manejo agrícola diante das mudanças climáticas.
Este documento discute o uso da crotalária juncea como adubo verde em áreas de implantação ou reforma de canaviais em pequenas propriedades rurais. A crotalária juncea é a espécie recomendada devido à sua alta produção de biomassa e capacidade de fixar nitrogênio. Os resultados dos estudos mostram que o cultivo de crotalária juncea antes do plantio da cana-de-açúcar aumenta a produtividade e a eficiência no uso de nutrientes no solo.
Este estudo avaliou o crescimento e produção da mamoneira sob diferentes níveis de salinidade da água de irrigação e doses de nitrogênio. A salinidade da água reduziu características de crescimento e produção da planta. Doses maiores de nitrogênio atenuaram os efeitos negativos da salinidade até um nível de 2,4 dS m-1. A salinidade e nitrogênio aumentaram a condutividade elétrica do solo.
Métodos para Restauração de Florestas de Brejo degradadas Rural Pecuária
1) O documento discute métodos para restauração de florestas de brejo degradadas, comparando plantio convencional, em montículos, com mudas rustificadas, em época seca e de estacas.
2) O método que apresentou maior sobrevivência e crescimento das mudas foi o plantio em montículos, provavelmente porque oferece um local mais seco para as raízes.
3) A rustificação das mudas no viveiro e o plantio em época seca e de estacas não tiveram bons resultados, mas merece
A bananeira BRS conquista em sistema Agroflorestal regenerativoRural Pecuária
O documento descreve a implantação de sistemas agroflorestais (SAF) com a bananeira BRS Conquista em áreas degradadas no Vale do Paraíba, Brasil. Os SAF foram implantados com mudas arbóreas ou sementes florestais e produziram 8,43 t/ha de banana na primeira safra sem adição de fertilizantes. Os SAF promoveram a restauração ambiental ao manter o solo coberto e reciclar nutrientes, além de gerar diversos produtos não madeireiros e benefícios ecológicos.
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânicoMário Bittencourt
O documento descreve recomendações para o manejo de plantas de cobertura e adubação orgânica para abacaxizeiro cultivado em sistema orgânico em Lençóis, Chapada Diamantina, Bahia. É recomendado o plantio de um coquetel de plantas melhoradoras do solo composto por leguminosas e gramíneas antes do plantio do abacaxi. Também é recomendada a adubação com composto orgânico do tipo bokashi, produzido a partir de resíduos orgânicos e aplicado em três momentos
Este estudo avaliou o efeito de diferentes quantidades de palhada de soja residual sobre o solo na emergência e desenvolvimento inicial da crotalária e do milheto. Foram testadas cinco doses de palhada de soja entre 0 e 6.000 kg/ha. Os resultados mostraram que maiores quantidades de palhada de soja influenciaram positivamente a maioria das variáveis medidas, como emergência, altura e massa secas das plântulas, para ambas as espécies.
Este artigo descreve uma análise biométrica da parte aérea da cana-de-açúcar irrigada na variedade RB92579 no Submédio do Vale do São Francisco. Os resultados mostraram altos níveis de perfilhamento (15,2 perfilhos m-2) e que a cultura atingiu uma altura final de colmo de 421 cm. A taxa de aparecimento foliar foi de 0,0079 folhas oCd-1 no primeiro intervalo e 0,0018 folhas oCd-1 no segundo. A área máxima da folha
1) O estudo identificou 21 espécies de fungos micorrízicos arbusculares associados ao amendoim forrageiro em diferentes sistemas de cultivo no Acre.
2) A densidade de esporos foi maior no consórcio de amendoim com Brachiaria e Pueraria e menor sob amendoim com cafeeiro ou em áreas naturais.
3) As taxas de colonização radicular pelo micélio foram maiores na estação chuvosa do que na estação seca, indicando influência das condições climáticas.
O documento discute a produtividade da cebola em função de diferentes densidades populacionais e doses de adubação nitrogenada. Ele apresenta um estudo que será realizado para determinar a melhor densidade de plantas por metro quadrado e dose de nitrogênio para a cultura da cebola da variedade Baia Periforme Precoce. O experimento será conduzido em blocos casualizados testando 2 densidades e 3 doses de nitrogênio. As variáveis avaliadas serão produtividade, massa fresca, diâmetro dos bulbos e análise econômica.
O documento apresenta 15 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) sobre diversos temas de biologia, como estrutura celular, genética, ecologia e evolução. As questões abordam tópicos como produção de proteínas em cloroplastos, função das mitocôndrias, cadeia alimentar e adaptações de plantas a diferentes biomas.
Este documento avalia o desempenho do coentro e da salsa cultivados em sistema hidropônico sob diferentes concentrações de solução nutritiva e posições nas plantas nos perfis hidropônicos. Os resultados mostraram que ambas as culturas tiveram melhores rendimentos (produção de massa fresca, número de folhas e altura) quando cultivadas com solução nutritiva de 100% da concentração recomendada. As posições inicial e intermediária nos perfis hidropônicos também resultaram em maiores rendimentos para coentro e salsa.
Salmonelose é uma doença de importância socioeconômica para a avicultura que requer monitoramento constante para prevenir a disseminação de novos sorovares. Várias estratégias de controle são usadas, como regulamentações do MAPA, biossegurança nas granjas e boas práticas nos abatedouros, para reduzir a transmissão de Salmonella na cadeia de produção avícola e proteger a saúde pública.
Este documento resume um estudo que avalia as mudanças projetadas na temperatura e precipitação da região continental brasileira entre 2021-2040 simuladas por modelos climáticos globais do CMIP6 para 3 cenários de emissões. Os resultados demonstraram uma tendência de resfriamento de 1,59°C, manutenção da temperatura máxima em 30°C e diminuição da precipitação em 5mm distribuída para todo o Brasil, com pouca variabilidade entre os cenários.
1. As primeiras iniciativas de restauração florestal no Brasil envolviam plantios aleatórios de espécies sem critérios ecológicos, visando apenas recuperar a fisionomia florestal.
2. A pesquisa nesta fase não procurava entender o papel ecológico das espécies ou combiná-las de acordo com suas exigências.
3. O entendimento da floresta restaurada se restringia a um plantio de árvores, sem levar em conta conceitos como grupos ecológicos e a import
1) O estudo avaliou a produtividade da soja em um sistema de rotação de culturas, utilizando aveia, nabo, nabo+aveia, trigo e testemunha como culturas de inverno.
2) Foi observada uma diminuição nos níveis de fósforo e potássio do solo após a colheita da soja, devido à alta demanda nutricional da soja e à baixa produção de massa verde dos adubos verdes.
3) Não houve diferenças estatísticas na produtividade
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentesJose Carvalho
Este documento apresenta os resultados de um estudo sobre a produção de minicenouras não processadas utilizando diferentes cultivares e espaçamentos entre linhas no inverno e verão. Os principais achados são: 1) O espaçamento de 10 cm entre linhas proporcionou a maior produção total e distribuição uniforme de raízes por classe de comprimento. 2) No verão, a cultivar Brasília teve maior produção do que a Carandaí. 3) No inverno, as cultivares Forto e Nantes tiveram desempenhos equivalentes.
1) O documento descreve um estudo sobre o crescimento e biologia reprodutiva do peixe Astyanax bimaculatus em um sistema de recirculação de água pequeno.
2) Os autores coletaram dados biométricos de A. bimaculatus e observaram que as fêmeas são estatisticamente maiores e mais pesadas do que os machos.
3) Eles concluíram que o sistema de recirculação de água pode ser uma opção viável para a produção de A. bimaculatus, tendo obtido c
Este estudo avaliou o rendimento e qualidade de três cultivares de melancia plantadas em três épocas diferentes no Rio Grande do Norte. A semeadura em agosto resultou na maior massa média e produtividade dos frutos. Os frutos plantados em junho tiveram menor acidez e melhor palatabilidade. A época de plantio influenciou o rendimento e qualidade dos frutos de melancia.
1) O estudo avaliou a influência da adubação mineral na alocação de biomassa em plantas de bambu cultivadas em casa de vegetação.
2) A maior produção de biomassa total foi obtida com doses de 120, 10 e 100 kg ha-1 de NPK.
3) A adubação com nitrogênio e potássio proporcionou aumento na produção total de biomassa das plantas de bambu.
Ações dos intervalos entre irrigações no sistema radicular.pdfAnny81834
Este estudo avaliou o efeito de diferentes intervalos entre irrigações (15, 30, 45 e 60 minutos) no sistema radicular e retenção de solução nutritiva em alface hidropônica. O aumento do intervalo entre irrigações para 60 minutos incrementou o volume e massa seca das raízes, favorecendo a retenção da solução nutritiva e permitindo reduzir o consumo de energia elétrica em 53,57% sem prejudicar a produção.
Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...Rural Pecuária
Este documento discute o cultivo agroecológico de bananeiras na APTA de São Roque, Brasil. O sistema permite que as bananeiras cresçam naturalmente sem corte de brotos, resultando em menos trabalho e maior armazenamento de água. As bananeiras são plantadas com espaçamento de 4m entre covas em linhas duplas com 1m de separação, resultando em 833 plantas/ha. Reprodução é por mudas de perfilhos e adubação é feita com composto orgânico nas covas.
O documento discute os efeitos do déficit hídrico nas plantas, abordando conceitos de estresse, mecanismos de tolerância e adaptação das plantas à seca. Apresenta estudos sobre espécies como milho, berinjela e soja que avaliaram os impactos da falta de água em parâmetros como fotossíntese, crescimento e produtividade. Destaca a importância de se entender esses processos para o manejo agrícola diante das mudanças climáticas.
Este documento discute o uso da crotalária juncea como adubo verde em áreas de implantação ou reforma de canaviais em pequenas propriedades rurais. A crotalária juncea é a espécie recomendada devido à sua alta produção de biomassa e capacidade de fixar nitrogênio. Os resultados dos estudos mostram que o cultivo de crotalária juncea antes do plantio da cana-de-açúcar aumenta a produtividade e a eficiência no uso de nutrientes no solo.
Este estudo avaliou o crescimento e produção da mamoneira sob diferentes níveis de salinidade da água de irrigação e doses de nitrogênio. A salinidade da água reduziu características de crescimento e produção da planta. Doses maiores de nitrogênio atenuaram os efeitos negativos da salinidade até um nível de 2,4 dS m-1. A salinidade e nitrogênio aumentaram a condutividade elétrica do solo.
Métodos para Restauração de Florestas de Brejo degradadas Rural Pecuária
1) O documento discute métodos para restauração de florestas de brejo degradadas, comparando plantio convencional, em montículos, com mudas rustificadas, em época seca e de estacas.
2) O método que apresentou maior sobrevivência e crescimento das mudas foi o plantio em montículos, provavelmente porque oferece um local mais seco para as raízes.
3) A rustificação das mudas no viveiro e o plantio em época seca e de estacas não tiveram bons resultados, mas merece
A bananeira BRS conquista em sistema Agroflorestal regenerativoRural Pecuária
O documento descreve a implantação de sistemas agroflorestais (SAF) com a bananeira BRS Conquista em áreas degradadas no Vale do Paraíba, Brasil. Os SAF foram implantados com mudas arbóreas ou sementes florestais e produziram 8,43 t/ha de banana na primeira safra sem adição de fertilizantes. Os SAF promoveram a restauração ambiental ao manter o solo coberto e reciclar nutrientes, além de gerar diversos produtos não madeireiros e benefícios ecológicos.
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânicoMário Bittencourt
O documento descreve recomendações para o manejo de plantas de cobertura e adubação orgânica para abacaxizeiro cultivado em sistema orgânico em Lençóis, Chapada Diamantina, Bahia. É recomendado o plantio de um coquetel de plantas melhoradoras do solo composto por leguminosas e gramíneas antes do plantio do abacaxi. Também é recomendada a adubação com composto orgânico do tipo bokashi, produzido a partir de resíduos orgânicos e aplicado em três momentos
Este estudo avaliou o efeito de diferentes quantidades de palhada de soja residual sobre o solo na emergência e desenvolvimento inicial da crotalária e do milheto. Foram testadas cinco doses de palhada de soja entre 0 e 6.000 kg/ha. Os resultados mostraram que maiores quantidades de palhada de soja influenciaram positivamente a maioria das variáveis medidas, como emergência, altura e massa secas das plântulas, para ambas as espécies.
Este artigo descreve uma análise biométrica da parte aérea da cana-de-açúcar irrigada na variedade RB92579 no Submédio do Vale do São Francisco. Os resultados mostraram altos níveis de perfilhamento (15,2 perfilhos m-2) e que a cultura atingiu uma altura final de colmo de 421 cm. A taxa de aparecimento foliar foi de 0,0079 folhas oCd-1 no primeiro intervalo e 0,0018 folhas oCd-1 no segundo. A área máxima da folha
1) O estudo identificou 21 espécies de fungos micorrízicos arbusculares associados ao amendoim forrageiro em diferentes sistemas de cultivo no Acre.
2) A densidade de esporos foi maior no consórcio de amendoim com Brachiaria e Pueraria e menor sob amendoim com cafeeiro ou em áreas naturais.
3) As taxas de colonização radicular pelo micélio foram maiores na estação chuvosa do que na estação seca, indicando influência das condições climáticas.
O documento discute a produtividade da cebola em função de diferentes densidades populacionais e doses de adubação nitrogenada. Ele apresenta um estudo que será realizado para determinar a melhor densidade de plantas por metro quadrado e dose de nitrogênio para a cultura da cebola da variedade Baia Periforme Precoce. O experimento será conduzido em blocos casualizados testando 2 densidades e 3 doses de nitrogênio. As variáveis avaliadas serão produtividade, massa fresca, diâmetro dos bulbos e análise econômica.
O documento apresenta 15 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) sobre diversos temas de biologia, como estrutura celular, genética, ecologia e evolução. As questões abordam tópicos como produção de proteínas em cloroplastos, função das mitocôndrias, cadeia alimentar e adaptações de plantas a diferentes biomas.
Este documento avalia o desempenho do coentro e da salsa cultivados em sistema hidropônico sob diferentes concentrações de solução nutritiva e posições nas plantas nos perfis hidropônicos. Os resultados mostraram que ambas as culturas tiveram melhores rendimentos (produção de massa fresca, número de folhas e altura) quando cultivadas com solução nutritiva de 100% da concentração recomendada. As posições inicial e intermediária nos perfis hidropônicos também resultaram em maiores rendimentos para coentro e salsa.
Salmonelose é uma doença de importância socioeconômica para a avicultura que requer monitoramento constante para prevenir a disseminação de novos sorovares. Várias estratégias de controle são usadas, como regulamentações do MAPA, biossegurança nas granjas e boas práticas nos abatedouros, para reduzir a transmissão de Salmonella na cadeia de produção avícola e proteger a saúde pública.
Este documento resume um estudo que avalia as mudanças projetadas na temperatura e precipitação da região continental brasileira entre 2021-2040 simuladas por modelos climáticos globais do CMIP6 para 3 cenários de emissões. Os resultados demonstraram uma tendência de resfriamento de 1,59°C, manutenção da temperatura máxima em 30°C e diminuição da precipitação em 5mm distribuída para todo o Brasil, com pouca variabilidade entre os cenários.
Este documento descreve um estudo que avaliou o efeito de diferentes doses de um aditivo à base de própolis na dieta de cordeiros confinados sobre o desempenho, consumo de nutrientes e comportamento. O estudo não encontrou nenhum efeito significativo do aditivo em qualquer dose nas variáveis medidas. Portanto, para cordeiros confinados em dieta à base de concentrado, não é recomendado o uso deste aditivo à base de própolis nas doses testadas.
Este estudo identificou 98 espécies de macrófitas aquáticas em Belo Horizonte, representando 75 gêneros e 44 famílias. As plantas foram coletadas em corpos d'água naturais e artificiais entre 2014-2019. A maioria das espécies são nativas do Brasil e não ameaçadas.
This study assessed the effect of different agricultural land-use systems on soil structural quality in São Miguel do Iguaçu, Brazil using the rapid soil structure diagnostic (DRES) method. Five systems were evaluated: 1) permanent preservation area (PPA), 2) pastureland (PAST), 3) no-tillage system (NTS), 4) minimum tillage system (MTS), and 5) conventional tillage system (CTS). Samples were taken from each system and analyzed using DRES. The NTS system had the best soil structural quality indexes compared to PAST, MTS, and CTS systems. PPA did not differ from NTS and PAST. PAST was similar to
O documento descreve um estudo etnobotânico realizado na região urbana do município de Axixá, no Maranhão. O estudo identificou 59 espécies de plantas usadas na medicina popular local, sendo a espécie Plectranthus ornatus a mais citada. As mulheres autônomas entre 51-70 anos foram os principais usuários. Folhas eram a parte vegetal mais utilizada, principalmente por infusão para tratar distúrbios gastrointestinais.
O documento descreve um estudo realizado para avaliar as áreas potencialmente irrigáveis e sua aptidão para cultivos na bacia hidrográfica do rio Paraíba, utilizando o Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação (SiBCTI). As áreas com potencial muito baixo para irrigação predominaram na bacia, classificadas como classe 6 de aptidão. Culturas como milho e feijão podem ser cultivadas na área utilizando irrigação por aspersão, enquanto a banana pode ser expandid
Este documento resume um estudo sobre o uso de espécies frutíferas nativas da Mata Atlântica em projetos paisagísticos no estado de São Paulo. O estudo aplicou questionários a 65 profissionais de paisagismo e encontrou que a maioria atua na capital de São Paulo. Embora a maioria dos profissionais opta por frutíferas da Mata Atlântica em seus projetos devido à estética e outros fatores, a frequência de uso é baixa. Conclui-se que são necessárias ações para aumentar a utilização dessas
This document reports the observation of predation of Corydalus sp. dobsonfly eggs by Crematogaster sp. ants in Brazil. Approximately 1,570 intact Corydalus sp. eggs arranged in three layers on a leaf were being fed upon by around 18 Crematogaster sp. ants. This represents the first record of ants preying on eggs of the order Megaloptera. Further studies are needed to better understand the relationship between Corydalus dobsonflies and Crematogaster ants.
This study observed four species of social wasps feeding on the honeydew excretion of the leafhopper Idioscopus sp. in mango trees in Brazil. The wasps stimulated the leafhoppers to release sugary honeydew by touching them with their antennae. They were then observed consuming the excretion. Interspecific competition for the honeydew resource was also observed between the wasp species. The honeydew provides a carbohydrate-rich food source for the adult wasps. This represents a novel observation of a symbiotic relationship between social wasps and leafhoppers in the exchange of honeydew.
Este documento relata a ocorrência da mariposa Palpita flegia (Lepidoptera: Pyralidae) como praga em espécimes de Thevetia thevetioides na arborização urbana de Belo Horizonte e Igarapé, MG. Lagartas de P. flegia causaram desfolhamento e seca dos ramos. Este é o primeiro registro de P. flegia como praga urbana em Minas Gerais.
Este documento descreve um estudo que avaliou o desempenho agronômico de 76 progênies de açaizeiros usando análise multivariada e gráfica para identificar as progênies superiores. Os resultados mostraram que a combinação de dendrograma e GGE Biplot foi eficiente para seleção, com a progênie P76 destacando-se como a melhor, seguida por P50, P12, P68 e outras. Os anos foram mais discriminantes que as progênies, exceto P76.
O documento descreve um estudo que analisou as mudanças na cobertura do manguezal do estuário da Baía do Iguape, Bahia, Brasil ao longo do tempo usando imagens de satélite. Verificou-se que a área do manguezal foi menor em 1973 e maior em 2019, possivelmente devido à intrusão da cunha salina causada pela barragem de Pedra do Cavalo. Os dados sobre a distribuição e quantificação da área de mangue podem ser usados para futuros estudos de monitoramento do ambiente.
O documento avalia a qualidade microbiológica do ar em ambientes internos de uma universidade pública no Ceará, Brasil. A pesquisa encontrou crescimento de microrganismos em todos os ambientes avaliados, porém em nenhum deles os limites estabelecidos pela legislação brasileira foram excedidos, indicando boas condições de qualidade do ar.
The document discusses using bioremediation through biofilm and macrophyte management (BioMac) to improve water quality in a polluted tropical urban river in Brazil. Monitoring was conducted before and after installing BioMac structures. Results showed that after installation, there was a large decrease in nutrients along the river, increased transparency, biological diversity, and dissolved oxygen. This effect was strongest in the most polluted areas. It was concluded that the low-cost BioMac pilot system was effective at reducing phosphates, increasing nitrification, and improving water quality, making it a potential tool for depolluting rivers receiving sewage.
O documento descreve um estudo que analisou as mudanças na cobertura de mangue no estuário da Baía do Iguape, Bahia, Brasil ao longo do tempo usando imagens de satélite. Verificou-se que a área de mangue foi menor em 1973 e maior em 2019, provavelmente devido à intrusão de salinidade causada pela barragem de Pedra do Cavalo. As informações coletadas podem ser usadas para monitorar esse ambiente no futuro.
1) O documento descreve um estudo sobre o processo de secagem das cascas de umbu utilizando diferentes temperaturas e tempos de secagem.
2) Foi realizado um planejamento fatorial 22 para analisar o efeito dessas variáveis na constante cinética de secagem.
3) Os resultados mostraram que a temperatura teve um efeito significativo na constante cinética, enquanto que o tempo de secagem e a interação entre as variáveis não foram significativas.
Este estudo avaliou substratos alternativos ao xaxim no cultivo da orquídea Cattleya loddigesii. Os substratos de sabugo de milho e carvão vegetal misturados com outros materiais apoiaram igualmente o crescimento da planta em comparação com o xaxim. Esses substratos podem ser usados como alternativa sustentável ao xaxim.
1. O estudo avaliou os efeitos do estresse salino causado por diferentes níveis de condutividade elétrica da água de irrigação no cajueiro anão precoce.
2. Foi observado que taxas de transpiração, fotossíntese e condutância estomática diminuíram com o aumento da salinidade da água, enquanto os teores foliares de cloreto e sódio aumentaram.
3. Os resultados indicam que a salinidade reduz importantes processos fisiológicos e altera
This study analyzed the effects of different diets and food concentrations on two species of Cladocera, Moina minuta and Diaphanosoma spinulosum. The study tested plurialgal (mixed algae) and unialgal (single algae species) diets at three concentrations: T103 (2.4x103 cells/mL), T104 (2.4x104 cells/mL), and T105 (2.4x105 cells/mL). Results showed M. minuta did not survive the lowest concentration in either diet. In unialgal diet, T104 and T105 had 17 individuals on the last day. D. spinulosum reached a maximum of 45 individuals in
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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
Artigo_Bioterra_V22_N2_02
1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 22 - Número 2 - 2º Semestre 2022
CRESCIMENTO DO CAJUEIRO ANÃO PRECOCE SUBMETIDO AO ESTRESSE
HÍDRICO EM FASES FENOLÓGICAS
Mário Luiz Farias Cavalcanti1
, Pedro Dantas Fernandes2
, Genival Barros Júnior3
,
José Wellingthon dos Santos4
, Júlia Soares Pereira5
, Luanna Amado da Silva6
RESUMO
O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é originário do Brasil, com área de dispersão no Nordeste,
mais precisamente no litoral. A irrigação na cultura do cajueiro está relacionada com o emprego de
clones melhorados em sistemas de cultivos adensados, controle fitossanitário eficiente e utilização
de fertilizantes, de forma equilibrada. O crescente uso de águas de boa qualidade tem acarretado a
diminuição da sua disponibilidade e em contramão a isso, a sempre crescente expansão das áreas
agrícolas exige o uso racional desses recursos hídricos, como por exemplo a adoção da irrigação
localizada. Devido a baixa pluviosidade, em especial no semiárido brasileiro, sentiu-se a
necessidade de estudar as respostas no crescimento do cajueiro submetido ao estresse por déficit
hídrico em fases fenológicas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, cujos tratamentos
resultaram da combinação entre quatro lâminas de irrigação, mais a testemunha, distribuídas em três
épocas diferentes. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em um esquema
fatorial 4 x 3 + 1. Foram analisadas as variáveis de crescimento. O déficit hídrico na fase de
produção proporcionou curvas de crescimento próximas à da testemunha, evidenciando assim a
possibilidade de economia de água no seu manejo.
Palavras-chave: Anacardium occidentale L.; déficit hídrico; castanha.
GROWTH OF PRECOCIOUS DWARF CASHEW SUBMITTED TO WATER STRESS IN
PHENOLOGICAL PHASES
ABSTRACT
The cashew tree (Anacardium occidentale L.) is originated from Brazil, with a dispersion area in
the Northeast, more precisely on the coast. Irrigation in cashew cultivation is related to the use of
improved clones in densely cultivated systems, efficient phytosanitary control and balanced use of
fertilizers. The increasing use of good quality water has led to a decrease in its availability and, in
the opposite of that, the always-increasing expansion of agricultural areas requires the rational use
of these water resources, such as the adoption of localized irrigation. Due to the low rainfall,
especially in the Brazilian semi-arid region, a study related to the responses in the growth of cashew
trees subjected to stress due to water deficit in phenological stages was necessary. The experiment
was carried out in a greenhouse, whose treatments resulted from the combination of four irrigation
depths, and also the group of control, distributed in three different moments. The experimental
design was of the randomized blocks in a factorial scheme 4 x 3 + 1. The growth variables were
analyzed. The water deficit in the production phase provided growth curves close to that of the
group ofcontrol, thus showing the possibility of saving water in its usage.
Keywords: Anacardium occidentale L.; water deficit; cashew nut.
18
2. 1. INTRODUÇÃO
O cajueiro, cujo nome científico
(Anacardium occidentale L.) foi dado por
Lineu, é uma planta originária do Brasil,
provavelmente da Amazônia, com área de
dispersão no Nordeste, mais precisamente no
litoral. Devido à baixa produtividade de
cajueiros comuns (menos de 250 kg de
castanha/ha), os pesquisadores sentiram a
necessidade de selecionar plantas que
possibilitassem rendimento compensatório para
os produtores. Com o objetivo de se obter uma
rentabilidade maior, desenvolveu-se o Cajueiro
Anão Precoce, com produtividade em condições
de sequeiro de 1200 kg ha-1
, passível de
ultrapassar os 3000 kg ha-1
se irrigado e com
manejo adequado (CRISÓSTOMO et al.,
2001a). Segundo Barros e Crisóstomo (1995), o
trabalho inicial de melhoramento de Cajueiro
Anão Precoce no Brasil constou de uma seleção
fenotípica individual, pelo controle anual da
produção, iniciado em 1965 na Estação
Experimental de Pacajus. Em 2021, a área
colhida com caju na Paraíba, foi de 2.941
hectares, com uma produção de 676 toneladas
de castanha, o que corresponde a 230 kg ha-1
(IBGE, s/d).
De acordo com Crisóstomo et al. (2001a)
e Crisóstomo et al. (2001,b), o desenvolvimento
da irrigação na cultura do cajueiro está
relacionado com o emprego de clones
melhorados de Cajueiro Anão Precoce em
sistemas de cultivos adensados, controle
fitossanitário eficiente e utilização de
fertilizantes, de forma equilibrada. Oliveira et
al. (1997) ressaltam que o cajueiro responde
significativamente à irrigação, sendo que a
produtividade do Cajueiro Anão Precoce
irrigado pode alcançar até 4.600 kg de castanhas
por hectare, no quarto ano de produção, com um
incremento de 1.153% em relação ao cajueiro
comum sob sequeiro, e ter o período de colheita
ampliado para dez meses.
Dentre os métodos de irrigação
atualmente em uso, a microirrigação (irrigação
localizada) é o mais recomendável para o
cajueiro anão em função da economia de água,
devido: à maior eficiência de irrigação; à
economia de energia em função de menores
vazões e pressões utilizadas; por possibilitar a
fertirrigação e reduzir a ocorrência de plantas
daninhas e doenças foliares, não interferindo nas
pulverizações, capinas e colheitas
(CRISÓSTOMO et al., 2001a; CRISÓSTOMO
et al., 2001b, MIRANDA, 2005b).
O uso intensivo de águas de boa
qualidade tem acarretado a diminuição da sua
disponibilidade, principalmente para os projetos
de irrigação. Em contramão a isso, a sempre
crescente expansão das áreas agrícolas tem
pressionado para a necessidade do uso racional
desses recursos hídricos (AYERS e WESTCOT,
1999).
Diante do exposto e se considerando a
baixa pluviosidade, em especial no semiárido
brasileiro, sentiu-se a necessidade de estudar as
respostas no crescimento do cajueiro submetido
ao estresse por déficit hídrico em fases
fenológicas.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Localização do experimento
O experimento foi conduzido em casa de
vegetação pertencente à Unidade Acadêmica de
Engenharia Agrícola, do Centro de Tecnologia e
Recursos Naturais da Universidade Federal de
Campina Grande, em Campina Grande-PB, cuja
altitude é de 556m.
Espécie e clone
Utilizou-se o cajueiro anão precoce
(Anacardium occidentale L.) através de mudas
enxertadas, tendo o clone CCP 76 como enxerto
e o CCP 06 como porta-enxerto, ambos,
provenientes da Embrapa Agroindústria
Tropical, Fortaleza, CE.
Tratamentos e delineamento estatístico
Os tratamentos resultaram da
combinação entre quatro lâminas de irrigação
(L1 = 40, L2 = 55, L3 = 70 e L4 = 85% da
Evapotranspiração da cultura - ETc) distribuídas
em três épocas diferentes (A – Transplantio até
a floração; B – Floração até o início da
produção; C – Produção), formando os
seguintes tratamentos: L1A, L2A, L3A, L4A,
3. L1B, L2B, L3B, L4B, L1C, L2C, L3C, L4C. O
L5 foi acrescido como testemunha, cujas
parcelas não receberam estresse algum durante
todo o primeiro ano de ciclo do cajueiro. O
delineamento experimental foi o de blocos
casualizados em um esquema fatorial 4 x 3 + 1,
com três repetições, perfazendo 13 tratamentos
e 39 parcelas.
Fez-se o transplantio em 1º de novembro
de 2005, mas as plantas só começaram a receber
a lâmina do seu respectivo tratamento apenas
em 1º de fevereiro de 2006, ou seja, todas as
plantas ficaram recebendo água de forma
uniforme por 90 dias como forma de adaptação.
De acordo com a fase fenológica da cultura, as
Fases A, B e C foram distribuídas da seguinte
forma:
• Fase A ou Fase inicial de
desenvolvimento: 1º de fevereiro a 30 de
junho de 2006, correspondendo a 150 dias,
entre 90 e 240 dias após o transplantio
(DAT);
• Fase B ou Fase de floração: 1º de julho a
02 de setembro de 2006, correspondendo a
64 dias, entre 241 e 305 DAT;
• Fase C ou Fase de produção: 03 de
setembro a 1º de novembro de 2006,
correspondendo a 54 dias, entre 306 e 360
DAT.
Recipientes e substrato
Neste estudo foram utilizados vasos
plásticos com 57 cm de diâmetro e 70 cm de
altura, com capacidade para 150 litros, que
foram perfurados na base, para facilitar a coleta
da água de drenagem. Foram preenchidos
inicialmente com uma camada de 3 kg de brita e
depois com 5 kg de areia, visando facilitar a
drenagem, evitando-se perda de solo. Utilizou-
se, como substrato para o enchimento dos vasos,
um material de solo franco, não salino,
conforme análises realizadas no Laboratório de
Irrigação e Salinidade (LIS) da UFCG,
seguindo-se metodologias propostas por
Richards (1954) e Embrapa (1997).
Sistema de irrigação
A irrigação foi feita por sistema de
gotejamento, em que para cada um dos treze
tratamentos se colocou um registro de onde
partiu uma mangueira de 16 mm que controlava
a irrigação de seis vasos (dois de cada bloco).
Cada planta foi irrigada por três gotejadores da
marca Katif (tipo botão) autocompensante,
espaçados 10 cm, tendo cada gotejador uma
vazão de 2,3 L h-1
, o que corresponde a 6,9 l h-1
de água aplicada em cada vaso, mantendo-se
uma pressão entre 8 e 35 m.c.a.
Preparo do solo e transplantio
Na preparação do material de solo,
distribuiu-se 200 g de P2O5 por recipiente na
forma de superfosfato simples, como indicam
Crisóstomo et al. (2001b). O superfosfato
simples não foi aplicado nos primeiros 25 cm de
solo, uma vez que, a essa profundidade, seria
feito o transplantio e a Embrapa Agroindústria
Tropical recomenda que as mudas não entrem
em contato com nenhum adubo químico, nessa
operação.
Dois dias antes do transplantio a
umidade do solo foi elevada a nível de
capacidade de campo. O transplantio foi
realizado no dia 1º de novembro de 2005
selecionando-se as mudas mais uniformes. Cada
muda foi retirada do respectivo tubete e
colocada em um orifício aberto no centro da
superfície do material de solo do vaso. Após o
transplantio, fez-se uma irrigação objetivando-
se manter o solo em capacidade de campo.
Adubação
As adubações de plantio e formação
seguiram as recomendações de Crisóstomo et al.
(2001b), sendo, entretanto, as quantidades
fracionadas, diluídas e aplicadas a cada 15 dias
via água de irrigação, visando-se diminuir as
perdas por percolação.
Estimativa da evapotranspiração
A evapotranspiração de referência (ETo)
diária foi calculada a partir da metodologia de
Hargreaves e Samani (1985).
ETo = 0,0023.Qo. (Tmáx – Tmin)0,5 . (T+17,8)
(Eq. 01)
donde: Qo = radiação no topo da atmosfera (mm.d-1
)
(Pereira, Angelocci e Sentelhas, 2001); Tmáx =
4. temperatura máxima do dia (ºC); Tmin = temperatura
mínima do dia (ºC); T = temperatura média do dia (ºC)
Diariamente, entre as 08:00 e 09:00h,
foram medidas as temperaturas máxima e
mínima, cujos valores foram lançados em uma
planilha do Microsoft Excel, contendo o Kc
indicado para a cultura para que tivesse a lâmina
a ser reposta em cada tratamento e o tempo de
funcionamento do sistema de irrigação, também
por tratamento. Para o cálculo da
evapotranspiração da cultura (ETc) se utilizou
inicialmente, da Equação 02, obtendo-se o Kc
da Tabela 01.
ETc = ETo . Kc (Eq. 2)
Com o desenvolvimento da planta se
percebeu que a quantidade de água estimada não
atendia às necessidades da planta, devido ao
desenvolvimento muito rápido, enquanto a
lâmina a ser resposta continuava praticamente a
mesma do início do experimento, uma vez que o
Kc indicado para o primeiro ano da cultura é de
0,5 (OLIVEIRA et al., 2003; MIRANDA,
2005a). Para exemplificar o exposto, constatou-
se que em um ano a altura média da planta
passou de 61,8 cm para 129,2 cm (109% de
acréscimo), ou seja, considerando-se a Equação
02, mesmo depois de todo esse crescimento, se
as temperaturas máxima e mínima fossem as
mesmas, o volume estimado de água para
irrigação também seria o mesmo.
Tabela 01. Coeficientes de cobertura do solo (CS), de cultivo (Kc) e de redução da
evapotranspiração (Kr) em função da cobertura do solo, para o Cajueiro Anão
Precoce.
Variável 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
5º ano em
diante
CS (%) 5 a 10 10 a 25 25 a 40 40 a 60 60 a 65
Kc 0,50 0,55 0,55 0,60 0,65
Kr 0,1 a 0,2 0,2 a 0,3 0,3 a 0,5 0,5 a 0,7 0,7 a 0,8
Fonte: Miranda (2005b)
donde: Kc - Coeficientes de cultivo ajustados para o cajueiro; CS (%) - Porcentagem da superfície do solo coberta
pela cultura; ETc - Evapotranspiração da cultura, em mm.dia-1
; Kr - Coeficiente de redução da evapotranspiração.
Sentiu-se, após o exposto, a necessidade
de se calcular um fator de correção a ser
utilizado para se evitar um possível estresse
hídrico a que as plantas poderiam ser
submetidas, além das lâminas já em estudo;
sendo assim, a partir do final da primeira Fase,
sempre na primeira semana de cada mês, as
plantas testemunhas (L5 – 100 % da ETc) eram
irrigadas diariamente, calculando-se o consumo
com base na diferença entre o volume irrigado e
o volume drenado. Diariamente e durante cada
um desses sete dias, o volume obtido era
dividido pelo volume indicado pela planilha
obtendo-se, desta forma, o fator de correção
(Fc) para a cultura do cajueiro cultivado em
ambiente protegido, conforme se observa no
Quadro 01.
Quadro 01. Valores do fator de correção (Fc), para cálculo da evapotranspiração da cultura em
ambiente protegido.
Idade da
cultura
Mês Fc
8º mês Junho 1,3
9º mês Julho 2,0
10º mês Agosto 2,8
11º mês Setembro 3,7
12º mês Outubro 4,6
13º mês Novembro 4,6
5. Para o cálculo da lâmina a ser reposta
(Lr), utilizou-se a Equação 04, obtida a partir da
Equação 03.
Lr = ETo . Kc . Fc (Eq. 03)
Lr = ETc . Fc (Eq. 04)
Turno de rega
O turno de irrigação foi de três dias,
conforme recomendações de Miranda (2005b),
uma vez que o solo utilizado foi de textura
média e o estudo foi localizado em ambiente
protegido.
Conforme já mencionado, as lâminas das
irrigações eram calculadas a partir da Equação
04, obtendo-se o tempo de funcionamento do
sistema em cada tratamento, com o uso de
planilha Excel.
Variáveis analisadas
As avaliações foram realizadas a cada 30
dias
- Altura de planta (AP)
A altura da planta foi mensurada do colo da
planta à gema apical do ramo mais alto.
- Diâmetro do caule (DC)
Para medição do diâmetro do caule utilizou-
se um paquímetro com leituras a dois
centímetros acima da enxertia.
- Número de folhas (NF)
Na contagem das folhas foram consideradas
aquelas com comprimento mínimo de 3,0 cm.
- Área foliar (AF)
Selecionou-se, para a avaliação da área
foliar (AF) o ramo médio de cada planta,
medindo-se o comprimento (C) e a largura (L)
de cada folha; através da relação AF = (C x L)f
(fator “f” = 0,6544), encontrada por Carneiro et
al. (2002), se calculou a área foliar média por
planta e, em seguida, este valor foi multiplicado
pelo número de folhas da respectiva planta,
obtendo-se a AF total.
Análise estatística
As variáveis de crescimento (altura de
planta, diâmetro do caule e número de folhas)
foram analisadas por estudos de regressão não
linear, especialmente o modelo sigmóide
conhecido também por regressão logística
(HOFFMANN, 1998). Para a área foliar, usou-
se um modelo de regressão polinomial cúbica,
uma vez que, normalmente, não se utiliza o
modelo logístico para a área foliar em virtude da
senescência foliar (CALBO et al., 1989a;
CALBO et al., 1989b; FERREIRA, 2000).
Todas as análises estatísticas foram
procedidas pelo SAS, versão 9.1.3, através dos
procedimentos “PROC GLM e PROC NLIN”
(SAS/STAT, 2000).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise de crescimento é um meio
acessível e preciso a partir do qual se pode
avaliar o crescimento e inferir sobre a
contribuição de diferentes processos fisiológicos
no desempenho do vegetal, levando-se em
contas, principalmente, que cerca de 90% da
matéria seca acumulada pelas plantas durante o
seu crescimento resultam da atividade
fotossintética (BENINCASA, 1988).
No estudo das variáveis de crescimento
realizou-se a análise de variância para cada
etapa de levantamento dos dados, optando-se
por estudar a evolução deste crescimento
através da análise do comportamento das
plantas durante o primeiro ano de ciclo da
cultura, gerando-se uma curva em função da
época de estresse a que o Cajueiro Anão
Precoce foi submetido em comparação com a
testemunha (Tabela 02).
Para as variáveis altura de planta (AP),
diâmetro do caule (DC) e número de folhas
(NF), as equações que melhor se adaptaram ao
comportamento apresentado pelas plantas são
do modelo sigmóide ou modelo logístico,
proposto por Hoffmann (1998); no entanto, a
equação que melhor se ajustou ao
comportamento da área foliar (AF) das plantas
apresenta modelo polinomial (Tabela 02).
6. Tabela 02. Análises de variância do modelo de regressão para altura de planta (AP), diâmetro do
caule (DC), número de folhas (NF) e área foliar (AF) do Cajueiro Anão Precoce.
Causa de variância GL
Valores de Quadrado Médio
Fase Inicial
(Fase A)
Floração
(Fase B)
Produção
(Fase C)
Testemunha
Modelo logístico (AP) 3 33800,40 * 38534,30 * 38932,40 * 37152,10 *
Resíduo (AP) 7 12,24 5,65 7,97 5,40
Modelo logístico (DC) 3 1467,70 * 1769,00 * 1308,50 * 1843,80 *
Resíduo (DC) 7 0,93 0,40 0,20 0,76
Modelo logístico (NF) 3 196614,00 * 265798,00 * 358388,00 * 378208,00 *
Resíduo (NF) 7 756,40 818,20 1500,60 1902,70
Modelo polinomial cúbico (AF) 3 281589731,00 * 305507628,00 * 82619135,00 * 476133937,00 *
Resíduo (AF) 7 3484056,00 2018060,00 10329584,00 9448253,00
* Significativo (p < 0,05), pelo teste F
- Altura de planta
As plantas submetidas a estresse por
escassez de água na Fase inicial (Fase A), dos
90 DAT até o início da floração (240 DAT),
tiveram um crescimento em altura menor em
relação às plantas dos demais tratamentos
(Figura 01); no final desta Fase, as plantas
estressadas apresentaram um incremento na
altura da ordem de 76,84%, enquanto a
testemunha aumentou 104,76% no mesmo
período; no final do primeiro ano de ciclo a
altura média das plantas deste tratamento foi
semelhante à da testemunha, demonstrando que,
apesar do estresse na Fase inicial do cultivo, o
clone CCP 76 indicou uma retomada no
crescimento em altura, o que vem confirmar as
afirmações de Oliveira, Barros e Lima (2003) de
que as plantas do Cajueiro Anão Precoce
apresentam resistência e adaptações à falta de
água.
De acordo com Larcher (2000), a
diminuição na taxa de crescimento ocorre
porque as plantas foram submetidas a um
estresse, justamente no estádio fenológico em
que estão no pico de suas atividades
metabólicas. Cairo (1995), Larcher (2000) e
Taiz e Zeiger (2013) frisam que a deficiência
hídrica inibe a extensão celular, pois a pressão
de turgescência é inadequada, incapacitando a
célula de atingir seu tamanho potencial máximo.
As plantas submetidas a estresse por
diminuição da oferta de água durante a floração
(Fase B), dos 240 DAT aos 300 DAT, tiveram
diminuição na taxa de crescimento quando
comparadas com a testemunha e com as plantas
que foram estressadas na Fase inicial do cultivo;
neste período essas plantas cresceram em média
8,9%, enquanto a testemunha teve um
crescimento médio de 11,75% e as plantas que
foram submetidas a déficit hídrico na Fase
inicial (Fase A) um crescimento médio ainda
maior de 16,35% (Figura 01). Este
comportamento é reforçado por Crisóstomo et
al. (2001b), quando recomendam rigor no
suprimento de água durante a floração do
Cajueiro Anão Precoce.
Ao ser submetido a estresse por escassez
de água na Fase de floração, o vegetal cria
mecanismos de adaptação, diminuindo sua taxa
de crescimento e gastando parte de sua energia
para se adaptar à quantidade de água que está
sendo disponibilizada; Larcher (2000) afirma
que essa paralisação no crescimento vegetativo
em função da aceleração do crescimento
produtivo, ocorre pelo direcionamento dos
fotoassimilados produzidos para os órgãos
produtivos.
A diminuição na taxa de crescimento
observada nas plantas submetidas a estresse
hídrico durante as Fases A e B, é explicada por
Cairo (1995) e Taiz e Zeiger (2013) quando
ressaltam que o primeiro e mais visível efeito do
déficit hídrico nos vegetais é a diminuição da
turgescência e, consequentemente, do
alongamento celular, afetando diretamente o
crescimento da planta.
7. 30
60
90
120
150
60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390
Dias após transplantio (DAT)
Altura
de
planta
(cm)
Plantas estressadas na Fase A Plantas estressadas na Fase B
Plantas estressadas na Fase C Testemunha
Fase A Fase B Fase C
Figura 01. Evolução da altura de planta (AP) do Cajueiro Anão Precoce, no primeiro ano do ciclo,
submetida a estresse hídrico em diferentes fases fenológicas.
Por fim, as plantas que tiveram o seu
suprimento de água reduzido apenas na Fase de
produção (Fase C), dos 331 aos 360 DAT
tiveram, na referida Fase, um ganho de
crescimento em altura de 8,27%, superando as
plantas que foram estressadas durante a floração
(Fase B) (4,39% de incremento na altura para
este mesmo período) e a própria testemunha
(incremento de 6,03%), indicando que nesta
Fase a variável altura de planta não sofre tanto a
influência da diminuição do suporte hídrico
fornecido, como ocorreu nos tratamentos das
Fases anteriores.
É importante salientar que a diminuição
da taxa de crescimento em altura na produção se
deve à queda das folhas pelo contínuo
decréscimo da atividade metabólica e pela
formação dos frutos que atuam como
verdadeiros drenos de fotoassimilados (TAIZ e
ZEIGER, 2013). A regularidade no
fornecimento de água em quantidade oportuna e
suficiente às plantas nas fases que antecedem a
produção tende a influenciar positivamente
muito mais o desenvolvimento do Cajueiro
Anão Precoce em detrimento de possíveis
perdas provocadas pela falta d’água durante o
enchimento dos frutos, como pode ser
visualizado na curva das plantas estressadas na
Fase C, apresentado na Figura 01.
A mudança registrada a partir dos 270
DAT no comportamento da curva referente às
plantas que compuseram a testemunha em
relação às plantas que tiveram o fornecimento
de água diminuído na Fase de produção da
cultura (Face C), denotando diminuição no
ganho da altura média da testemunha até o final
do ciclo (360 DAT), originou-se,
provavelmente, da necessidade de se realizar
uma poda nos ramos terminais de uma das
repetições deste tratamento (R 01) em função da
alta infestação de fumagina que afetou
severamente a extremidade dos ramos
produtivos, como tentativa de salvaguardar a
planta após inúmeras aplicações de fungicida,
AP (Fase B) = 136,1 / (1 + e (1,3034 – 0,0125 DAT) ) r2 = 0,99 *
AP (Fase A) = 173,5 / (1 + e (1,319 – 0,00708 DAT) ) r2 = 0,99 *
AP (Fase C) = 156,2 / (1 + e (1,3259 – 0,0096 DAT) ) r2 = 0,99 *
AP (Test) = 141,8 / (1 + e (1,5411 – 0,0121 DAT) ) r2 = 0,99 *
8. 5
10
15
20
25
30
35
60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390
Dias após transplantio (DAT)
Diâmetro
do
caule
(mm)
Plantas estressadas na Fase A Plantas estressadas na Fase B
Plantas estressadas na Fase C Testemunha
Fase A Fase B Fase C
DC (Fase A) = 36,6266 / (1 + e (1,7649 – 0,0088 DAT) ) r2 = 0,99 *
DC (Fase B) = 33,1412 / (1 + e (1,9424 – 0,0124 DAT) ) r2 = 0,99 *
DC (Fase C) = 32,3724 / (1 + e (2,2380 – 0,0158 DAT) ) r2 = 0,99 *
DC (Test) = 35,4453 / (1 + e (2,0325 – 0,0120 DAT) ) r2 = 0,99 *
não surtindo efeito sobre a doença; este
comportamento detectado na média da altura da
testemunha, não foi observado nas médias
obtidas para as variáveis diâmetro de caule e
número de folhas, com as plantas da testemunha
(com 100 % de reposição da ETc) superando os
demais tratamentos.
As médias de altura de plantas
encontradas neste trabalho aos 360 DAT,
variaram de 128 cm (plantas estressadas na Fase
B) a 137 cm (plantas estressadas durante a Fase
C), superando em mais de duas vezes o valor
médio para altura de plantas encontrado por
Ribeiro et al. (2002) para este mesmo clone (62
cm), aos 540 dias, em cultivos de sequeiro no
Piauí e os 106 cm, em média, obtidos por
Ribeiro, Silva e Ribeiro (2002), também em
CCP 76 cultivado em regime de sequeiro com
540 dias, contradizendo os resultados obtidos
por Mesquita et al. (2004), os quais afirmam
que a irrigação em cultivos com CCP 76 não
influencia as características da altura de suas
plantas. Pereira et al. (1997) obtiveram, aos 360
dias de cultivo, altura média em CCP 76 muito
próxima da encontrada neste trabalho (141 cm)
em áreas do Estado do Acre.
- Diâmetro do caule
Na Tabela 02 se encontra o modelo
(sigmóide ou logístico) que melhor se adaptou
ao comportamento observado na evolução do
diâmetro de caule das plantas do Cajueiro Anão
Precoce, ao longo do primeiro ano do ciclo
produtivo, cujas equações e respectivos r2
podem ser observados na Figura 02.
Sabendo-se que o diâmetro do caule é
um valor primário de extrema importância em
análises de crescimento não destrutivo, a análise
da Figura 02 permite constatar que, assim como
ocorreu para altura de planta, o diâmetro
caulinar teve o seu crescimento reduzido a
medida em que se diminui a oferta de água para
as plantas na Fase A do experimento.
Figura 02. Evolução do diâmetro do caule (DC) do Cajueiro Anão Precoce, no primeiro ano do
ciclo, submetida ao estresse hídrico em diferentes fases fenológicas.
9. A diminuição da água ofertada no
estádio inicial de desenvolvimento (dos 90 aos
240 DAT) para as plantas deste tratamento,
resultou em incremento no DC de
aproximadamente 113,60% no final do estádio
inicial de cultivo, enquanto o incremento médio
no diâmetro do caule da testemunha foi de
151,47%, sendo ainda maior (169,23%) para as
plantas que tiveram a oferta de água reduzida só
na Fase de produção. Santos e Carlesso (1998)
ressaltam que a limitação de água no solo
durante o período inicial de crescimento afeta o
desenvolvimento das estruturas vegetativas,
refletindo-se em redução na capacidade de
produção de fitomassa e, consequentemente, no
diâmetro do caule, ramos e área foliar das
plantas.
No final da floração, as plantas
submetidas a estresse na referida Fase (Fase B)
tiveram uma evolução no aumento do diâmetro
do caule (15,97% de acréscimo) abaixo da
testemunha (18,20%) e das plantas estressadas
na Fase A (20,46%); entretanto e
surpreendentemente, superaram as que só
tiveram o suporte de água reduzido a partir dos
300 DAT, quando se iniciou a Fase de produção
(Fase C), apresentando as plantas deste
tratamento um incremento no diâmetro do caule
(no período de 240 a 300 DAT) de apenas
11,97%. A queda na evolução do crescimento
do caule nesta Fase para as plantas submetidas a
estresse durante a produção, pode ter sido
provocada pelo severo ataque da resinose
observado em algumas plantas deste tratamento,
causando diminuição do número de amostragens
por parcela.
Constatou-se tendência de estabilização
no incremento do DC no final do primeiro ano
do ciclo da cultura, período também de máxima
produção de caju, de forma que as plantas do
tratamento que foram submetidas a déficit
hídrico nesta época (Fase C), apresentaram o
menor índice de incremento (4,86%) no DC
durante a produção, em comparação com os
demais tratamentos, cujos incrementos foram da
ordem de 13,72, 8,21 e 9,72% no DC
correspondentes, respectivamente, às plantas
submetidas a estresse hídrico nas Fases A, B e à
testemunha. Taiz e Zeiger (2013) frisam que a
diminuição da turgescência afeta diretamente o
crescimento da planta e reflete na diminuição da
taxa de crescimento, não só em altura mas
também em diâmetro de caule.
Durante a Fase de produção as plantas
submetidas a estresse hídrico na Fase inicial do
experimento (Fase A) tiveram índice de
incremento no diâmetro do caule bem acima,
inclusive da testemunha, reforçando a ideia da
predisposição deste clone de Cajueiro Anão
Precoce a se recuperar, mesmo tendo de
suportar períodos de escassez de água no solo,
através do desenvolvimento de mecanismos
próprios de resistência à falta d’água. Por outro
lado, a Figura 02 também permite constatar que
no final da Fase de produção, aos 360 DAT, e
mesmo tendo apresentado os maiores índices de
crescimento caulinar nas Fases seguintes àquela
em que teve a oferta de água reduzida, as
plantas do tratamento estressadas na Fase A
alcançaram diâmetro médio de caule abaixo dos
demais (em torno de 29 mm), enquanto, para as
plantas da testemunha este diâmetro médio
ficou próximo de 32,5 mm.
Paiva et al. (1998) obtiveram diâmetro
médio de caule em CCP 76 aos 180 DAS de 15
mm, bem inferior a média encontrada neste
trabalho para testemunha nesta mesma época da
avaliação (18 mm), quanto para as plantas
estressadas nesta Fase do cultivo (16 mm);
enquanto Ribeiro, Silva e Ribeiro (2002),
obtiveram um diâmetro de caule médio em
torno de 33 mm para CCP 76, aos 540 dias em
condições de sequeiro no semiárido piauiense,
número também próximo ao de Ribeiro e
Ribeiro (2003), que em trabalhos também em
sequeiro, com este mesmo clone no semiárido
maranhense, obtiveram um diâmetro caulinar
médio de 35 mm em plantas com a mesma
idade.
- Número de Folhas
Os recursos utilizados para detectar
efeitos entre tratamentos previamente
estabelecidos (em análise não destrutiva)
geralmente leva em conta a fenologia das
plantas (BENICASA, 1988), de forma que, o
acompanhamento do crescimento do vegetal
também pode ser feito pela contagem de suas
unidades estruturais morfológicas. Desta forma,
a evolução do número de folhas (NF), ao longo
do primeiro ano de cultivo do Cajueiro Anão
10. 0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390
Dias após transplantio (DAT)
Número
de
folhas
Plantas estressadas na Fase A Plantas estressadas na Fase B
Plantas estressadas na Fase C Testemunha
Fase A
Fase B Fase C
NF (Fase A) = 449 / (1 + e (4,4012 – 0,0182 DAT) ) r2 = 0,99 *
NF (Fase B) = 428 / (1 + e (4,4540 – 0,0222 DAT) ) r2 = 0,99 *
NF (Fase C) = 520,8 / (1 + e (4,7428 – 0,0222 DAT) ) r2 = 0,99 *
NF (Test) = 544,8 / (1 + e (4,7636 – 0,0219 DAT) ) r2 = 0,99 *
Precoce, conforme pode ser observado na
Tabela 02, é expressa através do modelo
sigmóide ou logístico que melhor representou as
condições observadas nas plantas durante este
período (90 a 360 DAT). Evidencia-se, a partir
da análise da Figura 03, a mudança no
comportamento das plantas, no que se refere à
evolução no aumento de número de folhas para
cada período em que os tratamentos estudados
foram submetidos a estresse hídrico por
diminuição da quantidade de água ofertada.
A redução no incremento do número de
folhas (NF) das plantas submetidas ao estresse
hídrico na Fase inicial (Fase A) em relação aos
demais tratamentos, fica bem evidenciada na
Figura 03; nota-se, ainda, comportamento
idêntico entre os demais tratamentos
(conduzidos sem estresse) dos 90 aos 190 DAT,
período em que as plantas que seriam
estressadas durante a floração também começam
a se distanciar da testemunha e das plantas
estressadas na produção. Esta diferença também
pode ser creditada à diminuição no número de
amostragem neste tratamento, por conta da
paralisação no crescimento de algumas plantas
severamente atacadas por resinose.
Figura 03. Evolução do número de folhas (NF) do Cajueiro Anão Precoce, no primeiro ano do
ciclo, submetida ao estresse hídrico em diferentes fases fenológicas.
No que se refere ao número médio de
folhas emitidas após 30 dias de início do
primeiro período de estresse, ou seja, aos 120
DAT, mesmo o tratamento submetido a déficit
hídrico no estádio inicial de desenvolvimento
com plantas recebendo um aporte de água
menor (com média de 42 folhas), superando em
muito a média de 8 folhas obtida para este
mesmo clone, também sob estresse hídrico, por
Alves et al. (1999) em trabalhos desenvolvidos
na estação experimental da EMBRAPA, no
Estado de Ceará; aos 180 DAT, o número médio
de 112 folhas obtidos nestas plantas estressadas
se iguala aos valores encontrados em plantas
autofecundadas de CCP 76, por Paiva et al.
(1998), porém muito abaixo das 160 folhas, em
média, obtidas também aos 180 DAT na
testemunha.
As plantas submetidas a déficit hídrico
na Fase de floração (Fase B), tiveram uma
11. queda ainda mais acentuada na taxa de aumento
do número de folhas, dos 240 aos 300 DAT;
mesmo estressadas pela diminuição da oferta
hídrica, essas plantas apresentaram um aumento
no número de folhas da ordem de 27,67% contra
38,39% da testemunha.
Nota-se ainda, pelo comportamento das
curvas, que durante esta Fase (floração), as
plantas anteriormente submetidas a estresse
hídrico na estádio inicial de desenvolvimento,
apresentaram uma taxa de aumento do número
de folhas bem superior às demais (51%),
tendência que se manteve na Fase seguinte
(produção), reforçando a hipótese já
mencionada de Oliveira, Barros e Lima (2003)
de que as plantas desse clone apresentam um
potencial muito bom de adaptação às condições
adversas proporcionadas pela falta de água,
embora a Figura 03 permita constatar a
existência, no final do ciclo, de uma diferença
considerável no número de folhas deste
tratamento em relação à testemunha e às plantas
submetidas ao déficit hídrico durante a
produção.
Este comportamento se justifica pelo
fato de que, na época de floração, as plantas
passam a utilizar os fotoassimilados para a
produção e enchimento dos frutos, ou seja, nesta
Fase as estruturas de produção passam a ser
priorizadas pela fisiologia da planta, que
paralisam o desenvolvimento de outros órgãos,
entre eles a produção de novas folhas (PERES e
KERBAUY, 2004; TAIZ e ZEIGER, 2013).
Para Taiz et al. (2017), sob condições de
estresse é possível que o crescimento vegetativo
termine precocemente, e a planta possa
imediatamente começar a fase reprodutiva.
As plantas que foram submetidas a
estresse apenas na última Fase do experimento
(produção) apresentaram um número de folhas
ao longo de todo ciclo muito próximo da
testemunha registrando-se, naturalmente, uma
pequena queda dos 300 aos 360 DAT, época em
que as mesmas foram submetidas ao déficit
hídrico, apresentando um incremento de 10,42%
no final da Fase de produção, superando,
inclusive, as plantas que foram estressadas na
Fase anterior (7,88%), denotando que nesta Fase
do ciclo a escassez de água não influenciou tão
severamente este importante componente
morfofisiológico, diferente do que foi registrado
nas Fases fenológicas anteriores.
- Área foliar
Indicadora da capacidade fotossintética de uma
planta, a área foliar é um das principais
características de crescimento a ser estudada,
principalmente quando envolve relações de
solo–água–planta, estando estreitamente
correlacionada a questões importantes do
metabolismo da planta, qualidade final do
produto e da acumulação de matéria seca
(SILVA et al., 2000). A equação que melhor se
ajustou ao comportamento da área foliar (AF),
durante o primeiro ano de cultivo das plantas,
apresenta modelo polinomial cúbico conforme
pode ser observado na Tabela 02. Pode-se
encontrar, na Figura 04, a evolução área foliar
(AF) ao longo dos 360 dias de monitoramento
do Cajueiro.
Mantendo as tendências já observadas
para altura de planta, diâmetro do caule e
número de folhas, verifica-se que o tratamento
submetido a déficit hídrico na Fase inicial (Fase
A) apresentou desempenho bem abaixo dos
demais tratamentos que permaneceram sem
reduções no suporte hídrico, com as plantas no
final deste período (240 DAT) indicando uma
redução na área foliar de 39,2 % em relação à
testemunha; aos 100 DAT, as plantas da
testemunham tinham uma área foliar média de
3.300 cm2
contra 2.200 cm2
registrados para as
plantas conduzidas sob estresse, valores bem
superiores aos 497 cm2
encontrados por
Carneiro et al. (2004) para o clone CCP 06,
cultivado em condições semelhantes às deste
ensaio, com plantas mantidas em ambiente
protegido sem estresse hídrico e irrigadas com
água de abastecimento.
Conforme já discutido para o número de
folhas constatou-se também, aos 190 DAT, uma
redução na área foliar das plantas que seriam
submetidas a estresse hídrico durante o estádio
de floração. Por conta do aparecimento de
resinose em algumas repetições, uma
consequente redução na área foliar também foi
registrada nas plantas deste tratamento quando
comparadas com os demais tratamentos
conduzidos sem estresse hídrico (testemunha e
plantas estressadas na Fase C).
12. 0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390
Dias após transplantio (DAT)
Área
foliar
(cm
2
)
Plantas estressadas na Fase A Plantas estressadas na Fase B
Plantas estressadas na Fase C Testemunha
Fase A
Fase B Fase C
AF (Fase A) = - 0,0046 DAT3 + 3,092 DAT2 – 533,814 DAT + 29593,0 r2 = 0,97 *
AF (Fase B) = - 0,0048 DAT3 + 2,994 DAT2 – 449,777 DAT + 22684,0 r2 = 0,98 *
AF (Fase C) = - 0,0070 DAT3 + 4,518 DAT2 – 741,535 DAT + 38788,0 r2 = 0,96 *
AF (Test) = - 0,0082 DAT3 + 5,223 DAT2 – 870,892 DAT + 46065,0 r2 = 0,96 *
Figura 04. Evolução da área foliar (AF) do Cajueiro Anão Precoce, no primeiro ano do ciclo,
submetida ao estresse hídrico em diferentes fases fenológicas.
Durante a Fase B as plantas que tiveram
o suporte hídrico diminuído apresentaram
redução na área foliar da ordem de 33,33 % aos
300 DAT em relação à testemunha, porém esta
área foliar ainda ficou 14,28% acima da média
apresentada pelas plantas que foram estressadas
na Fase anterior (Fase A), indicando que,
mesmo com a retomada da irrigação e
satisfazendo a reposição total do consumo de
água exigido pela demanda
evapotranspirométrica, o estresse aplicado às
plantas na Fase de crescimento provocou perdas
que não foram superadas na formação de sua
área foliar, de forma que as reservas disponíveis
nesta fase passaram a ser direcionadas à
floração e à formação dos frutos.
Larcher (2000) afirma que o aumento de
uma demanda não suprida em tempo pode levar
as plantas a uma perda de estabilidade inicial de
suas funções, podendo ser seguida por uma
normalização e aumento da resistência se a
exposição ao estresse for breve e não exceder o
limite de tolerância das plantas; ao contrário,
exposições prolongadas podem resultar em
desordem permanente, pois uma vez
ultrapassados os limites desta tolerância e da
capacidade de adaptação das plantas, os danos
se tornam irreversíveis.
Para Taiz e Zeiger (2013), a diminuição
do conteúdo de água na planta faz com que suas
células se contraiam devido ao afastamento da
membrana plasmática da parede celular,
resultando em uma menor pressão de turgor e
numa maior concentração de solutos, tornando a
membrana plasmática mais espessa e
comprimida. Como a redução do turgor (o mais
precoce efeito biofísico significante do estresse
hídrico) os fenômenos dependentes seus, como
é o caso do incremento da área foliar, se tornam
ainda mais sensíveis ao déficit hídrico.
No que se refere ao comportamento
durante a fase produtiva, é possível constatar,
também na análise da Figura 04, que em todos
os tratamentos as plantas apresentaram declínio
na área foliar, principalmente a partir dos 330
DAT, com a testemunha apresentando uma
13. queda bem mais acentuada, já a partir dos 300
DAT. Esta redução na área foliar da testemunha
se deve ao fato de que as plantas deste
tratamento continuaram a receber a quantidade
de água exigida, enquanto as demais plantas
ainda estavam se recuperando de um estresse.
Vale a pena salientar que a testemunha foi a que
teve um maior número de folhas dentre todos os
tratamentos, embora sua área foliar aos 360
DAT tenha sido inferior à das plantas
submetidas a estresse durante a produção. Ao se
observar uma menor área foliar e um maior
número de folhas na testemunha, constata-se
que esta diferença se deve, provavelmente, as
novas folhas que esta planta continua a emitir,
mesmo durante a frutificação, enquanto o
tratamento estressado na referida Fase desloca
seus fotoassimilados para a produção de frutos,
abdicando da produção de novas folhas.
Segundo Läuchli e Epstein (1990),
Araújo (1994) e Souza (1995), a redução da área
foliar, consequentemente da fotossíntese,
sobretudo em condições de estresse, se trata de
um mecanismo de adaptação da cultura a uma
situação adversa, aliado ao fato de que, no
estádio de frutificação a planta inicia o processo
natural de senescência foliar com a consequente
redução da área foliar decorrente,
provavelmente, da diminuição do volume de
suas células. Colli e Purgatto (2019) e Taiz e
Zeiger (2013) ressaltam ainda que um estresse
hídrico após um desenvolvimento substancial da
área foliar leva a planta a diminuir a quantidade
de folhas, em virtude, sobretudo, da emissão do
fitormônio etileno.
Este ajustamento na área foliar,
comportamento registrado em todos os
tratamentos explica, inclusive, o melhor
desempenho das plantas que entraram em
estresse hídrico na produção, no que se refere ao
índice de área foliar; essas plantas se adequaram
melhor à diminuição do suporte hídrico, período
que coincidiu com a chegada da senescência
foliar, fase do ciclo vegetal em que a planta
naturalmente começa a soltar as folhas mais
velhas direcionando as reservas para a produção
e enchimento dos frutos.
Segundo Fernández, McInnes e Cothren
(1996), a área foliar é um importante fator da
produção e determina o uso da água pelas
plantas, as quais têm o seu potencial de
produtividade severamente inibido quando
expostas a déficit hídrico. Bittman e Simpson
(1987) e Cirilo e Andrade (1996), ao estudarem
área foliar de gramíneas, principalmente de
milho, constataram que a mesma diminuiu
significativamente quando as plantas foram
submetidas a déficit hídrico; já Gerik, Faver e
Thaxton (1996) ressaltam que, sob condições
adversas, o equilíbrio entre a produção de
assimilados e a demanda para o
desenvolvimento dos órgãos reprodutivos é
severamente afetado pela redução na área foliar
fotossinteticamente ativa, acarretando baixa na
produtividade da cultura.
A área foliar média obtida por folha no
final da Fase de produção (aos 360 DAT),
independentemente de tratamento, ficou em
66,3 cm2
, valor bem próximo ao encontrado por
Silva et al. (2000) que, ao desenvolverem e
testarem equações que permitiram estimar a
área foliar unitária do Clone CCP 76, obtiveram
um valor médio 68,3 cm2
.
4. CONCLUSÕES
• As plantas submetidas a estresse hídrico
no estádio inicial de desenvolvimento
tiveram um crescimento inferior ao da
testemunha, com decréscimo de 27,92%
na altura da planta, 37,87% no diâmetro
caulinar e 39,20% na área foliar;
• O déficit hídrico na fase de produção
proporcionou curvas de crescimento
próximas à da testemunha.
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[1] Biólogo. Doutor em Eng. Agrícola.
Professor do Departamento de Biociências do
Centro de Ciências Agrárias/UFPB. Areia-PB.
E-mail: mariolfcavalcanti@yahoo.com.br
[2] Eng. Agrônomo. Doutor em Solos e
Nutrição de Plantas. Prof. da Unidade
Acadêmica de Engenharia Agrícola, UFCG.
Campina Grande-PB.
E-mail: pedrodantasfernandes@gmail.com
[3] Eng. Agrônomo. Doutor em Eng. Agrícola.
Professor da Unidade Acadêmica de Serra
Talhada, UFRPE. Serra Talhada-PE. E-mail:
barrosjnior@yahoo.com.br
[4] Eng. Agrônomo. Mestre em Agronomia.
Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa). Campina Grande-PB.
E-mail: jose-wellingthon.santos@embrapa.br
[5] Eng. Agrícola, Doutora em Eng. Agrícola.
UFCG. Campina Grande-PB.
E-mail: julia_eng@hotmail.com
[6] Eng. Agrícola. Mestre Eng. Agrícola e
Doutoranda em Ciência e Engenharia de
Materiais, UFCG. Campina Grande-PB.
E-mail: luanna_amado@hotmail.com
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