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                   Processos
                                                                     29/09/2006 09:29:59




  O desafio das corporações: mudança contínua ou morte

  Francisco Eduardo Spindola de Melo*


  Hoje em dia, muito se fala sobre os fatores que pressionam os negócios de uma empresa.
  De fato, o comportamento dos clientes não é mais o mesmo. Cada vez mais eles exigem
  prazos de entrega menores, canais de atendimento disponíveis em horários de sua
  conveniência e demandam mais e mais serviços personalizados. O grande desafio é estar
  preparado para atendê-los ou, simplesmente, perdê-los.

  Também vemos as empresas se deparando com necessidades de mudanças cada vez
  mais freqüentes, ocasionadas por motivos que vão desde o imponderável -alguém poderia
  supor, antecipadamente, os fatos que aconteceram em 11 de setembro de 2001 e suas
  implicações para as empresas aéreas do mundo todo?- até janelas de oportunidades que
  podem acontecer do outro lado do mundo, passando pela pródiga capacidade dos
  governos em regulamentar mercados. Adaptar-se a estes novos cenários é fundamental
  para que a empresa continue existindo.

  Além disso, a capacidade de adaptar-se às novas exigências dos clientes e às
  necessidades de mudanças estão intimamente ligadas à lucratividade. Ou seja, quanto
  mais saudáveis os resultados de determinada empresa, maior é a sua capacidade de
  responder rapidamente aos estímulos internos e externos.

  Analisando-se mais detidamente a questão da lucratividade de uma empresa, verifica-se
  que a única forma de aumentá-la é trabalhar sobre três fatores:

  Receitas, produtividade e custos – Olhando-se agora para dentro das empresas,
  verifica-se que é inevitável pensar-se nelas sem vir à mente um organograma divido em
  departamentos. Realmente, a quase unanimidade delas possui uma estrutura
  hierarquizada onde os departamentos concentram-se, cada um, em executar suas tarefas
  prioritárias, esperando que a soma dos esforços de todos eles produza o resultado
  projetado pela estratégia da empresa.

  Este fato acaba por produzir um efeito indesejado: é como se paredes invisíveis e
  espessas fossem erguidas entre estes departamentos, fazendo com que as pessoas que
  trabalham neles foquem cada vez mais o seu mundo, sobrando pouquíssimo tempo para
  que se ocupem com o que ocorre além destas paredes, ou seja, com o que acontece nos
  outros departamentos.

                                                                       PÁGINAS    1|   2|3




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                   Processos
                                                                      29/09/2006 09:32:12




  O desafio das corporações: mudança contínua ou morte

  Francisco Eduardo Spindola de Melo*


  Porém, a dinâmica dos negócios implica em uma interação entre estes vários
  departamentos e a solução natural é a realização de reuniões, com o mais variado
  número de participantes e toda a sorte de durações, para que se possa manter equalizado
  o nível de informação entre as pessoas e também para obter o consenso entre elas.

  Além disso, durante o dia a dia de uma empresa verifica-se, também, que vários
  departamentos interagem sucessivamente com as diversas “entidades” que regem a vida
  de uma empresa, ou seja, os Fornecedores, a Produção e os Clientes, muitas vezes até
  repetindo atividades já executadas. Por outro lado, é nítido que a operação de uma
  empresa se dá através de PROCESSOS. Toda e qualquer empresa pode ser resumida
  através de três grandes processos: COMPRAR, TRANSFORMAR e VENDER.

  A grande característica de um PROCESSO é o total desrespeito às fronteiras. Ele
  atravessa todo o organograma da empresa, de forma horizontal, atravessando
  impiedosamente aquelas paredes invisíveis criadas pelo organograma. Como exemplo,
  verifiquemos um processo de contas a receber: pode-se dizer que ele nasce no
  departamento de Marketing, com a definição das políticas de vendas; passa pelo
  departamento de Vendas, com a negociação do pedido; vai até o Financeiro, com a
  emissão das notas fiscais e registros de cobrança (sem contar com a intervenção indireta
  dos departamentos de Recursos Humanos e de TI). Isto é um exemplo claro de que todas
  as fronteiras vão por água abaixo na vida real.

  Outra constatação que se tem sobre a operação de uma empresa é que a única entidade
  que traz receita para ela é o Cliente. Toda a operação da empresa produz custos, e mais,
  pode-se concluir que estes custos localizam-se 100% nos PROCESSOS.

  A grande conclusão que se tira disso tudo é que o grande objeto de gerenciamento e
  controle na administração de uma empresa devem ser os seus PROCESSOS. É neles que
  residem os custos, são eles os responsáveis pelos ciclos de tempo na operação da
  empresa, são eles que definem a qualidade de um produto.

  Assim, se houve uma nova regulamentação de impostos, muda-se o PROCESSO pelo qual
  a empresa recolhe seus impostos. Detecta-se que os clientes estão mais exigentes,
  altera-se o PROCESSO de atendimento aos clientes, e assim sucessivamente. Recorrendo-
  se mais uma vez a exemplos, quantas vezes não se presenciou a situação de uma
  determinada empresa, às voltas com pressões para redução de custos e que tenha
  ordenado um corte percentual por departamento?

                                                                         PÁGINAS    1|2 | 3




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                   Processos
                                                                           29/09/2006 09:35:06




  O desafio das corporações: mudança contínua ou morte

  Francisco Eduardo Spindola de Melo*


  Será que este corte de custos no departamento A produzirá o efeito desejado no balanço
  da empresa?

  É muito difícil responder a esta pergunta já que, se não existe a visão clara de todos os
  PROCESSOS em que este departamento está envolvido, não é improvável que este corte
  de custos tenha produzido um aumento de custos em outro departamento.

  Fica claro, então, que com um controle e um gerenciamento sobre os PROCESSOS, pode-
  se garantir que um ganho percentual de produtividade ou custos em determinado
  processo vai produzir um efeito positivo sobre o resultado final. Além disso, o
  conhecimento pleno e o efetivo gerenciamento e controle de processos leva a uma
  situação bastante propícia para a evolução continua destes, para a implementação das
  melhores práticas e também a possibilidade de responder muito mais rápido e
  seguramente às necessidades de mudanças.

  Outro ponto importante sobre o gerenciamento e controle de processos de negócios é que
  esta prática não inviabiliza nada do que já foi feito até hoje em termos de operação dos
  negócios. De fato, todos os investimentos em Pessoas e em Tecnologia continuam
  válidos. O gerenciamento e controle de PROCESSOS têm a finalidade de coordenar as
  interações humanas e sistêmicas referentes aos PROCESSOS de NEGÓCIOS.

                                                                              PÁGINAS      1|2 | 3


  Spindola de Melo, Francisco Eduardo

  Engenheiro mecânico, acumula 23 anos de vivência na área de Tecnologia da Informação.
  Atualmente integra o quadro de associados da área de competência BPE (Business Process
  Excellence) da Resove!




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Desafio da mudança contínua ou morte das corporações

  • 1. HSM Online Página 1 de 1 Processos 29/09/2006 09:29:59 O desafio das corporações: mudança contínua ou morte Francisco Eduardo Spindola de Melo* Hoje em dia, muito se fala sobre os fatores que pressionam os negócios de uma empresa. De fato, o comportamento dos clientes não é mais o mesmo. Cada vez mais eles exigem prazos de entrega menores, canais de atendimento disponíveis em horários de sua conveniência e demandam mais e mais serviços personalizados. O grande desafio é estar preparado para atendê-los ou, simplesmente, perdê-los. Também vemos as empresas se deparando com necessidades de mudanças cada vez mais freqüentes, ocasionadas por motivos que vão desde o imponderável -alguém poderia supor, antecipadamente, os fatos que aconteceram em 11 de setembro de 2001 e suas implicações para as empresas aéreas do mundo todo?- até janelas de oportunidades que podem acontecer do outro lado do mundo, passando pela pródiga capacidade dos governos em regulamentar mercados. Adaptar-se a estes novos cenários é fundamental para que a empresa continue existindo. Além disso, a capacidade de adaptar-se às novas exigências dos clientes e às necessidades de mudanças estão intimamente ligadas à lucratividade. Ou seja, quanto mais saudáveis os resultados de determinada empresa, maior é a sua capacidade de responder rapidamente aos estímulos internos e externos. Analisando-se mais detidamente a questão da lucratividade de uma empresa, verifica-se que a única forma de aumentá-la é trabalhar sobre três fatores: Receitas, produtividade e custos – Olhando-se agora para dentro das empresas, verifica-se que é inevitável pensar-se nelas sem vir à mente um organograma divido em departamentos. Realmente, a quase unanimidade delas possui uma estrutura hierarquizada onde os departamentos concentram-se, cada um, em executar suas tarefas prioritárias, esperando que a soma dos esforços de todos eles produza o resultado projetado pela estratégia da empresa. Este fato acaba por produzir um efeito indesejado: é como se paredes invisíveis e espessas fossem erguidas entre estes departamentos, fazendo com que as pessoas que trabalham neles foquem cada vez mais o seu mundo, sobrando pouquíssimo tempo para que se ocupem com o que ocorre além destas paredes, ou seja, com o que acontece nos outros departamentos. PÁGINAS 1| 2|3 http://www.hsm.com.br/editorias/processos/artigoprocesso1_260906.php?&LAYOUT_... 29/9/2006
  • 2. HSM Online Página 1 de 1 Processos 29/09/2006 09:32:12 O desafio das corporações: mudança contínua ou morte Francisco Eduardo Spindola de Melo* Porém, a dinâmica dos negócios implica em uma interação entre estes vários departamentos e a solução natural é a realização de reuniões, com o mais variado número de participantes e toda a sorte de durações, para que se possa manter equalizado o nível de informação entre as pessoas e também para obter o consenso entre elas. Além disso, durante o dia a dia de uma empresa verifica-se, também, que vários departamentos interagem sucessivamente com as diversas “entidades” que regem a vida de uma empresa, ou seja, os Fornecedores, a Produção e os Clientes, muitas vezes até repetindo atividades já executadas. Por outro lado, é nítido que a operação de uma empresa se dá através de PROCESSOS. Toda e qualquer empresa pode ser resumida através de três grandes processos: COMPRAR, TRANSFORMAR e VENDER. A grande característica de um PROCESSO é o total desrespeito às fronteiras. Ele atravessa todo o organograma da empresa, de forma horizontal, atravessando impiedosamente aquelas paredes invisíveis criadas pelo organograma. Como exemplo, verifiquemos um processo de contas a receber: pode-se dizer que ele nasce no departamento de Marketing, com a definição das políticas de vendas; passa pelo departamento de Vendas, com a negociação do pedido; vai até o Financeiro, com a emissão das notas fiscais e registros de cobrança (sem contar com a intervenção indireta dos departamentos de Recursos Humanos e de TI). Isto é um exemplo claro de que todas as fronteiras vão por água abaixo na vida real. Outra constatação que se tem sobre a operação de uma empresa é que a única entidade que traz receita para ela é o Cliente. Toda a operação da empresa produz custos, e mais, pode-se concluir que estes custos localizam-se 100% nos PROCESSOS. A grande conclusão que se tira disso tudo é que o grande objeto de gerenciamento e controle na administração de uma empresa devem ser os seus PROCESSOS. É neles que residem os custos, são eles os responsáveis pelos ciclos de tempo na operação da empresa, são eles que definem a qualidade de um produto. Assim, se houve uma nova regulamentação de impostos, muda-se o PROCESSO pelo qual a empresa recolhe seus impostos. Detecta-se que os clientes estão mais exigentes, altera-se o PROCESSO de atendimento aos clientes, e assim sucessivamente. Recorrendo- se mais uma vez a exemplos, quantas vezes não se presenciou a situação de uma determinada empresa, às voltas com pressões para redução de custos e que tenha ordenado um corte percentual por departamento? PÁGINAS 1|2 | 3 http://www.hsm.com.br/editorias/processos/artigoprocesso2_260906.php?&LAYOUT_... 29/9/2006
  • 3. HSM Online Página 1 de 1 Processos 29/09/2006 09:35:06 O desafio das corporações: mudança contínua ou morte Francisco Eduardo Spindola de Melo* Será que este corte de custos no departamento A produzirá o efeito desejado no balanço da empresa? É muito difícil responder a esta pergunta já que, se não existe a visão clara de todos os PROCESSOS em que este departamento está envolvido, não é improvável que este corte de custos tenha produzido um aumento de custos em outro departamento. Fica claro, então, que com um controle e um gerenciamento sobre os PROCESSOS, pode- se garantir que um ganho percentual de produtividade ou custos em determinado processo vai produzir um efeito positivo sobre o resultado final. Além disso, o conhecimento pleno e o efetivo gerenciamento e controle de processos leva a uma situação bastante propícia para a evolução continua destes, para a implementação das melhores práticas e também a possibilidade de responder muito mais rápido e seguramente às necessidades de mudanças. Outro ponto importante sobre o gerenciamento e controle de processos de negócios é que esta prática não inviabiliza nada do que já foi feito até hoje em termos de operação dos negócios. De fato, todos os investimentos em Pessoas e em Tecnologia continuam válidos. O gerenciamento e controle de PROCESSOS têm a finalidade de coordenar as interações humanas e sistêmicas referentes aos PROCESSOS de NEGÓCIOS. PÁGINAS 1|2 | 3 Spindola de Melo, Francisco Eduardo Engenheiro mecânico, acumula 23 anos de vivência na área de Tecnologia da Informação. Atualmente integra o quadro de associados da área de competência BPE (Business Process Excellence) da Resove! http://www.hsm.com.br/editorias/processos/artigoprocesso3_260906.php?&LAYOUT_... 29/9/2006