2. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Única fotografia do
tráfico de pessoas da
África trazidos
(raptados), como
escravizados:
“Navio Negreiro”
Fonte:
https://br.pinterest.com/pin/532
902568412549393/
3. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Pessoas escravizadas africanas, que foram “trazidas /
sequestradas” (4.000.000 de pessoas) pelos
portugueses durante os períodos colonial e imperial.
• Elementos artísticos africanos, indígenas e portugueses,
gerando novos componentes, que formataram a Arte
Afro-brasileira.
• Contribuição cultural: dança, música, religião,
culinária e na formação de nosso idioma.
4. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Foi somente na atualidade, a partir do séc. XX que se
criou o termo “arte afro-brasileira”.
• Hoje, o Brasil tem a maior população de negra fora da
África, estimada em 90 milhões de pessoas.
• Tráfico Negreiro, passado escravagista, racismo
estrutural, racismo criminalizado.
• Manifestações, rituais e costumes eram
proibidos até a lei na década de 1930
(Vargas)
5. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Xequerê e Tambor Candongueiro:
Instrumentos musicais com
influências africanas.
Fonte:
arteculturaembu.blogspot.com/2015/11/pro
dutos-artesanais-musicais-de-origem.html
6. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Os bantos, nagôs e jejes (Brasil colonial): As Religiões
de matrizes africanas são alvos de discriminação.
• Candomblé: religião afro-brasileira baseada no culto aos
orixás.
• Umbanda: religião sincrética que mistura elementos
africanos com o catolicismo e o espiritismo.
• Sincretismo de santos católicos com os
orixás.
7. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Os primeiros artífices negros no país eram de origem
banta (do centro sul africano).
• E é de se supor que pelo menos uma parte deles já
chegaram ao país cristianizados (1482);
• Não há registros suficientes de artífices alforriados que
pudessem declarar tal forma de arte dita “afro”.
• Durante o Barroco, os escravizados fizeram
com esforços, elaborações visuais.
8. ARTE AFRO-BRASILEIRA
A Construção de Identidade
Cultural. Colorismo, que é um
sistema de classificação social
que determina como as pessoas
devem ser lidas socialmente de
acordo com o tom da pele.
Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia
9. ARTE AFRO-BRASILEIRA
01.Momento inaugural: surgimento e desenvolvimento das
formas populares de manifestações (período colonial).
02.Momento intermediário: surgimento e desenvolvimento
dos artífices da Igreja do período barroco (século XIX e XX).
03.Momento atual: surgimento e desenvolvimento do
conceito de “arte afro-brasileira” nos séculos XX e XXI,
seguindo os novos padrões acadêmicos ou de
museus de arte moderna e contemporâneas. .
10. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Festejos com linguagens afro-
brasileiras: A Dança do Lelê, é
comum nas seguintes datas (MA):
Festa do Divino (maio)
Festa de Santo Antônio (junho)
Festa de São Benedito (agosto)
Festa de Nossa Senhora da
Conceição (dezembro)
Dia de Reis (janeiro)
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia
11. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• O que é hoje chamado Arte Afro-brasileira não tem
nada a ver com os maracatus, nem com o barroco, nem
com a “pura” arte ritual? Refere-se estritamente a
objetos artísticos produzidos no circuito dos museus de
arte?
• Estados brasileiros com maior expressão afro-brasileira:
AL, PE, MA, BA, ES, MG, RJ, SP e RS: locais de
intensa migração escravizados (período colonial).
12. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• “Dia Nacional da Consciência Negra”: 20 de Novembro.
• 2015: criada a primeira Graduação de Estudos Africanos
na Universidade Federal do Maranhão - UFMA, uma
Licenciatura oferecendo 40 vagas.
• A arte, cuja origem se dá numa sociedade
“tribal” (definição europeia) específica,
veículo de comunicação entre as esferas
social e sobrenatural.
13. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Macumba, deriva de mucumbu,
uma palavra quimbundo que
significa “som”. Árvore africana
e nome de um instrumento
musical usado nas cerimônias
de religiões afro-brasileiras,
uma espécie de reco-reco
Fonte: megacurioso.com.br/artes
14. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Elo de ligação entre passado e presente, ainda
encontra-se em construção.
• No ano de 2003 mais uma iniciativa coerente foi tomada:
A legislação abriu também as suas portas para a cultura
afro-brasileira.
A lei 10.639: obrigatoriedade da implantação na
grade de ensino (fund. e médio) sobre a história
e a cultura dos afro-brasileiros.
15. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Pintura sem título, de Heitor dos
Prazeres, 1962.
Foto: Sérgio Guerini/Cortesia Almeida e
Dale Galeria de Arte
Fonte: artebrasileiros.com.br/arte/arte-
afro-brasileira/
16. ARTE AFRO-BRASILEIRA
“Somos uma cultura sincrética, um povo novo, que
apesar de fruto da fusão de matrizes diferenciadas,
se comporta como uma só gente, sem se apegar a
nenhum passado.”
(O Povo Brasileiro. Baseado na Obra de Darcy Ribeiro, 2000 Cap.1).
18. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Artistas brasileiros de descendência africana
começaram a ser notados no barroco e rococó do Brasil.
• Mestre Valentim, José Theophilo de Jesus, Francisco das
Chagas e Manuel da Costa Ataíde (Mestre Ataíde), que
pintava figuras barrocas (Santos com traços negros) .
• Escultor e arquiteto Antônio Francisco Lisboa,
o Aleijadinho (1738-1814), pintor e escultor
barroco (arte religiosa).
20. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Estêvão da Silva (Diamante Negro) estudou na
Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Vítor
Meirelles.
• Século XX: artistas negros da diáspora começaram a
produzir obras autorais com maior identidade étnica.
• Mestre Didi (1917) e Rubem Valentim
(1922-1991), representantes da capoeira.
21. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Estevão Roberto da Silva e suas naturezas
Mortas – AIBA. Fonte: museuafrobrasil.org.br
“Menino com Melancia,
de Estevam da Silva
(1889), Acervo
Pinacoteca do Estado de
São Paulo (São Paulo-
SP)
Fonte: museuafrobrasil.org.br
22. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• A capoeira: criada no século XVII pelo povo escravizado
da etnia banto, difundiu-se por todo o Brasil
• Surgido das danças africanas, acrescentanda um caráter
marcial, a fim de auxiliar os escravos a defender-se, para
despistar a polícia, utilizavam os cantos africanos.
• A capoeira é uma expressão cultural brasileira
com os seguintes elementos: arte-marcial,
esporte, cultura popular, dança e música.
23. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Tipos de capoeira:
Capoeira de Angola e
Capoeira Regional
(roda de capoeira)
Fonte: museuafrobrasil.org.br
24. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Acompanhamento de música: berimbau, canto e palmas;
• Composta de instrumentos e canções, onde o ritmo varia
de acordo com o “toque de capoeira”.
• Capoeira de Angola: praticada pelos escravos (lenta).
• Capoeira Regional: contemporânea (com a
implantação de novos movimentos)
25. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Mestre Bimba, (Manoel dos Reis Machado, 1900-1974) -
1932 fundou a 1ª academia especializada em capoeira
chamada Academia Regional, num tempo onde era ainda
proibida e reprimida, teve a autorização, ambos na Bahia.
• Mestre Pastinha, (Vicente Ferreira Pastinha,
1889-1981) - difundia a prática antes da
liberação da luta e fundou o Centro Esportivo
de Capoeira Angola – CECA, em 1941.
27. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• O Samba: principal forma de música de raízes africanas
surgida no Brasil; o nome originou-se da palavra
“semba” (significa umbigo em quimbundo - Angola).
• Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-se
com um ritmo diferente.
• Séc. XX (início – RJ), 03 formas de samba: o
partido alto, o samba-enredo e o samba de
terreiro.
28. ARTE AFRO-BRASILEIRA
“Samba” e “Carnaval”,
ambas de Di Cavalcante
retratando a presença
de pessoas pretas no
processo cultural do
país.
Fonte: museuafrobrasil.org.br
29. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth, utilizam os
ritmos africanos em suas composições: Choro e chorinho.
• Algumas Variações: Samba de Roda, samba-enredo,
samba-canção, samba de partido alto, samba de
malandragem , pagode, samba de gafieira.
• O tambor de crioula é forma de expressão
de matriz afro-brasileira que envolve dança
circular, canto e percussão de tambores.
30. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Tambor de Crioula:
Carnaval, São João, no
ano inteiro; Coreiras de
saias rodadas e coloridas,
blusas rendadas, turbantes
e colares.
Fonte: mundodadanca.art.br
31. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Ao ar livre, praças, no interior de terreiros, ou associado a
outros eventos e manifestações, é realizado sem local
específico ou calendário pré-fixado e praticado
especialmente em louvor a São Benedito.
• Os tocadores e cantadores, chamados de coreiros.
• Conduzidos pelo ritmo incessante dos
tambores e o influxo das toadas evocadas.
32. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Três Tambores:
O Grande, o Roncador: faz a
marcação para a punga.
O Meião, o Socador, que é
responsável pelo ritmo da dança.
O Pequeno, o Crivador, que faz o
repicado
Fonte: mundodadanca.art.br
33. ARTE AFRO-BRASILEIRA
• Culminando na punga (ou umbigada) dançarinas, num
gesto entendido como saudação e convite, tocam o
ventre umas das outras.
Dança do Coco: dança de roda, Nordeste, afro-indígena.
Maracatu: Cortejo real, percussão, PE, 03 influências.
Cacuriá: dança sensualizada, festa do Divino
Espírito Santos, MA.
34. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Carreiros: romaria, período colonial, carros de boi,
agradecimentos. GO
Carimbó: pé batido indígena com dança africana. Belém
Ciranda: dança de roda, mulheres de pescadores, PE.
Congada: Sincretismo. Dança, coroação do rei
do Congo, cavalgadas.
35. ARTE AFRO-BRASILEIRA
Folia de Reis: cortejo, três reis magos, tradição e lendas. No
Centro Oeste e Região Sul.
Frevo: expressão musical, coreográfica e poética. Origina-se
da capoeira
Maculelê: Dança, arte marcial armada de escravizados
malês
Bumba-Meu-Boi: lenda, morte e ressureição, MA.
36. ARTE AFRO-BRASILEIRA
O Bumba-Meu-Boi foi declarado
Patrimônio Cultural Imaterial da
Humanidade (11/12/2019)
Com 05 sotaques (matraca / da
ilha, zabumba, orquestra, baixada
/ Pindaré, e costa de mão). Com
figuras pretas, indígenas,
cazumbás, entre outros.
Fonte: www.todamateria.com.br/bumba-
meu-boi
37. ARTE AFRO-BRASILEIRA
TEXTO I. (Enem 2021):
HAZOUMÉ, R. Nanawax.
Plástico e tecido. Galerie
Gagosian, 2009.
Disponível em: www.actuart.org.
Acesso em 19 jun. 2019
38. ARTE AFRO-BRASILEIRA
TEXTO II.
As máscaras não foram feitas para serem usadas; elas se
concentram apenas nas possibilidades antropomórficas dos
recepientes plásticos descartados e, ao mesmo tempo,
chamam a atenção para a quantidade de lixo que se
acumula em quase todas as cidades ou aldeias africanas.
FARTHINGS, S. Tudo sobre arte
39. ARTE AFRO-BRASILEIRA
01 – Romuald Hazoumé costuma dizer que sua obra apenas
manda de volta ao oeste o refugo de uma sociedade de
consumo cada vez mais invasiva. A obra desse artista
africano que vive no Benin denota o(a):
HAZOUMÉ, R. Nanawax. Plástico e
tecido. Galerie Gagosian, 2009.
Disponível em: www.actuart.org. Acesso em 19
jun. 2019
40. ARTE AFRO-BRASILEIRA
a) Empobrecimento do valor artístico pela combinação de
diferentes matérias-primas.
b) Reposicionamento estético de objetos por meio da
mudança de função.
c) Convite aos espectadores para interagir e completar obras
inacabadas.
d) Militância com temas da ecologia que marcam o
continente africano.
e) Realidade precária de suas condições de
produção artística..
41. ARTE AFRO-BRASILEIRA
a) Empobrecimento do valor artístico pela combinação de
diferentes matérias-primas.
b) Reposicionamento estético de objetos por meio da
mudança de função.
c) Convite aos espectadores para interagir e completar obras
inacabadas.
d) Militância com temas da ecologia que marcam o
continente africano.
e) Realidade precária de suas condições de
produção artística..