1 Introdução:
A África é um continente tão importante na história da vida humana na terra,
segundo os estudiosos é o território terrestre habitado há mais tempo. Sua
importância e influência tanto cultural quanto histórica são muito grandes. Sua
diversidade está muito ligada à cultura brasileira. Podem-se perceber grandes
diferenças em suas raças, origens, costumes, religiões e outros. Os africanos
prezam muito a moral e acreditam até que a mesma está ligada à religião.
Acreditam também que o homem precisa respeitar a natureza, a vida e os
outros homens para que não sejam punidos pelos espíritos com secas,
enchentes, doenças, pestes, morte, etc. Não utilizavam textos e nem imagens
para se basearem, mas fazem seus ritos a partir do conhecimento repassado
através de gerações antigas. Sua influência na formação do povo brasileiro é
vista até os dias atuais. Apesar do primeiro contato africano com os brasileiros
não ter sido satisfatório, estes transmitiram vários costumes como: a capoeira
que chegou à época da escravização e era utilizada na África como luta
defensiva, já que não tinham acesso a armas de fogo; O candomblé que
também marca sua presença no Brasil, principalmente no território baiano onde
os escravos antigamente eram desembarcados; A culinária também recebeu
grandes novidades africanas, como o leite de coco, óleo de palmeira, azeite de
dendê e até a feijoada, que se originou no período em que os escravos
misturavam restos de carne para comerem. A música criada pelos afro-
brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com
elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu
uma grande variedade de estilos. Como aconteceu em toda parte do continente
americano onde houve escravos africanos, a música feita pelos afro-
descendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que
ganhou notoriedade no início do século XX, e se tornou a mais popular nos
dias atuais.
2 Objetivos:
2.1 Geral:
Valorizar e demonstrar, a história e a cultura da África, cultivadas pelos
brasileiros afro-descendentes. Observando como essas culturas vem se
I
evidenciando na sociedade brasileira, e destacando que a África é um país rico
em costumes e crenças de um modo geral e que abriga a todos os povos.
2.2 Específico:
1- Realizar um estudo voltado à história da África no século XXI, diante de
tantas acusações, preconceitos e descrença social,
2- Perceber o preconceito social, contra afro-descendentes brasileiros, em
relação aos costumes, músicas, crenças, religiões
3- Visualizar como alguns brasileiros cultivam suas raízes africanas.
3 Fundamentação Teórica:
O brasileiro de ascendência africana sofre grandes preconceitos: a
sociedade desvaloriza sua cor, sua religião, suas características físicas, mas a
confiança e o caráter que ele tem, o faz seguir em frente, fazendo com que seja
superado qualquer obstáculo. Assim com o passar dos tempos os afro-
descendentes vêm resgatando, assumindo cada vez mais a cultura de suas
raizes africanas no Brasil. Todas manifestações culturais afro-brasileiras foram
desprezadas, mas com o passar do tempo acabavam sendo aceitas. Na
música, o samba foi o primeiro a se descatar como popular, daí criaram-se as
escolas de samba, o carnaval, com isso foram surgindo outros tipos e misturas
de musicas, o samba, esse que fazia muito sucessos entre eles, costumava
cantar e tocar nas rodas de capoeira. Também vale analisar que com as
religiões que eles trouxeram, os cultos afro-brasileiros se misturam nas
tradições religiosas, fazendo com que os afro-descendentes criassem e
adericem a outras religiões, como camdomblé, xangô, umbanda entre outras
religioes afro-descendentes, que associam seus rituais e divindades aos rituais
e santos da igreja católica, produzindo um forte sincretismo religioso.
“Portanto, os adeptos das religiões
afro-descendentes, diante da
“modernização” introduzida nos
diversos espaços sociais, por meio
de políticas de higienização e
urbanização que almejavam a
II
erradicação dos mocambos e das
sedes dos “xangôs” do centro da
cidade, por um lado, se deslocaram
com os seus “terreiros” para o
subúrbio, onde encontraram espaço
geográfico para suas
habitações/moradias e continuidade
de suas práticas religiosas; por
outro, criaram e recriaram estratégias
de manutenção de seus
cultos...”(COSTA, 1950, p.25)
Nos terreiros de candomblé, a arte era produzir por tecelãs de lãs, com o
pano da costa, e alem disso, se destaca os pintores e desenhista que se
dedicam a beleza dos seus cultos, esculpindo e pintando seus orixás.Já na
comida, pratos belos se destacam pelas cores e sabores, de misturas e
influências típicas dos africanos, que foram passadas para os brasileiros.
“Hoje a feijoada não e mais
“comida de pobre”, e para muitos
representantes do movimento afro-
brasileiro, um símbolo de capacidade
criativa da raça negra. Por esta razão,
em vários estados brasileiros, afro
descendentes promovem no dia 13
de maio, uma feijoada para
comemorar a Abolição da Escravidão
no Brasil.”(JUNIOR, 2003, p.34)
Dessa forma , a presença da cultura africana ainda é mantida no Brasil
através da religião, danças , musicas, estilos,etc.Mesmo com as dificuldades
encontradas pelo negro brasileiro seja na hora do emprego, seja na hora de
assumir seu cabelo e sua crença, ele mantém viva sua raiz.
4 Metodologia:
A metodologia aplicada neste trabalho se apóia em uma pesquisa que parte
da análise de como alguns brasileiros, preservam suas raízes africanas, como
elas são passadas por gerações, de que formas são transmitidas à sociedade
III
através da cultura, da música e religião, mesmo consciente de que sua crença
ainda sofre bastante preconceito social.
5 Referências:
Livros:
SILVA, Vagner Gonçalves da. Intolerância religiosa: Impactos do
neopentecostalismo no campo religioso afro-brasileiro, Publicado por
EdUSP, 2007, 333 páginas.
FERREIRA, Franklin Ricardo. Afro-descendente: identidade em construção,
Publicado por Pallas Editora, 2000, 186 páginas.
COSTA, Valeria Gomes. E Do Dendê: Historia e memórias urbanas da
nação xambá no Recife, Publicado por Annablume, 1950-1992, 219 páginas.
CACCIATORE, Olga Gudolle. Dicionário de cultos afro-brasileiros. 3. Ed.
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1988.
Sites:
http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/bibliografiaafro.htm
(acessado em 22/03/2009)
www.n-a-u.org/n6_Rita_Amaral.pdf
(acessado em 22/03/2009)
IV