5. 5Movimentação de carga de A a Z
Movimentação de carga de A a Z
Movimentação de carga de A a Z é uma publi-
cação exclusiva da Escola da Movimentação com a
finalidade de apresentar um conteúdo extremamen-
te rico para a capacitação técnica dos profissionais
diretamente ou indiretamente ligados as atividades,
como Riggers, Projetistas, Engenheiros, Superviso-
res e demais profissionais, podendo também ser uma
grande fonte de consulta para instituições de ensino.
Os capítulos, estrategicamente elaborados ofere-
cem aos leitores uma vasta fonte de informações para
o planejamento, uso e controle das atividades de ins-
peção e manutenção dos equipamentos utilizados nos
processos de movimentação de carga como guindas-
tes, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras e demais
materiais denominados abaixo do gancho como ca-
bos de aço, laços de cabos de aço, cintas de poliéster,
correntes de aço, dispositivos e demais equipamentos,
fazendo com que seu uso esteja dentro dos requisitos
de segurança e dos padrões normativos.
O conteúdo apresentado nessa publicação foi
desenvolvido através de muitas visitas a campo,
projetos desenvolvidos, normas técnicas e material
didático de origem nacional e internacional.
Este livro pode ser utilizados nos treinamentos
de capacitação técnica / profissional da Escola da
Movimentação para Riggers, Projetistas, Engenhei-
ros, Supervisores e demais profissionais envolvidos
nos processos de movimentação de carga, podendo
também ser uma grande fonte de consulta para ins-
tituições de ensino.
Com uma abordagem teórica e prática, o livro é
extremamente útil para uso nos treinamentos a dis-
tância da Escola da Movimentação (EAD).
Motivação
No Brasil, há uma elevada carência de conheci-
mento técnico no setor de movimentação de carga,
e essa carência dificulta as organizações a se adequa-
rem aos requisitos de segurança nas atividades e as
exigências normativas, muitas vezes culminando em
acidentes (muitos deles com grandes perdas - ma-
teriais e humanas) e multas impostas pelos agentes
fiscalizadores.
Também verificamos que muitas atividades não
seguem um planejamento, sendo executadas por
profissionais sem todo o conhecimento necessário e
com o famoso “eu sempre fiz assim e nunca aconte-
ceu nada”.
Pelo elevado risco e magnitude que um aciden-
te das atividades de movimentação de carga podem
causar, o conteúdo abordado nesta publicação deve-
ria ser conhecimento obrigatório em todas organi-
zações que realizam atividades de movimentação de
carga com equipamentos.
Estamos em constante busca de conhecimento
nesse setor, uma vez que a evolução tecnológica dos
equipamentos estão ocorrendo com elevada inten-
sidade e o aprimoramento técnico é essencial para
garantir que as operações ocorram de forma segura
e eficaz.
“Saber onde encontrar a informação e
saber como usá-la. Esse é o segredo do sucesso.”
- Albert Eisntein.
O Autor
Atuante no setor de movimentação de cargas
desde 2007, o Engenheiro Gustavo Cassiolato pos-
sui formação em Engenharia Civil e Engenharia de
Segurança do Trabalho, é Rigger e atua prestando
serviços em grandes organizações, desenvolvendo
procedimentos para operações de movimentação e
amarração de cargas, desenvolvendo dispositivos e
equipamentos, supervisionando equipes e minis-
trando treinamentos no setor.
Tornou-se especialista em materiais utilizados
para movimentação de cargas, estando presente nas
comissões de estudo de normas técnicas do segmen-
to de movimentação e amarração de cargas. É autor
de artigos técnicos, de vídeos específicos para o setor
e manuais para trabalho seguro em operações de mo-
vimentação e amarração de cargas.
Eng. Gustavo Cassiolato.
6. Sumário
1 - Introdução.............................................9
1.1 - Legislação........................................9
1.2 - Normas Regulamentadoras
e Técnicas.........................................9
1.3-Responsabilidades..........................11
1.4-TiposdeProfissionais.....................13
2 - Processos de Movimentação
deCarga.................................................15
2.1 - Termos Técnicos............................15
2.2 - Plano de Rigging..........................16
2.3 - Plano de Carga.............................17
2.4 - Procedimentos e Instruções
deTrabalho...................................20
3 - Analisando a Carga..............................21
3.1 - Analisando a Carga......................21
3.2 - Formas de Determinar o Peso
de uma Carga.................................21
3.3 - Calculando o Peso
da Carga........................................21
3.4 - Peso da Peça Dentro
da Água..........................................24
3.5 - Centro de Gravidade...................25
3.6 - Ponto de Ancoragem
(Olhais ou Munhões)....................27
3.7 - Cantos Vivos..................................28
4 - Matemática e Física Aplicada.............29
4.1-AmplificaçãoDinâmica..................29
4.2 - Fator de Contingência de Peso....30
4.3 - Composição da Carga...................30
4.4 - Trigonometria...............................32
4.5 - Teorema de Pitágoras....................33
4.6 - Perímetro.......................................34
4.7 - Área................................................35
4.8 - Princípio da Alavanca...................35
5 - Equipamentos e Acessórios..................36
5.1 - Tipos de Guindastes......................36
5.2 - Ponte Rolante...............................38
5.3 - Pórticos..........................................40
5.4 - Gruas..............................................43
5.5 - Empilhadeiras................................43
5.6 - Componentes de um Guindaste....46
5.7 -Tipos de Acessórios........................48
6 - Comunicação.........................................77
6.1 - Sinais Manuais................................77
6.2 - Sinais Via Rádio..............................77
7 - Plano de Rigging..................................82
7.1 - Planos de Rigging.........................82
7.2 - Plano de Rigging Complexo.........85
7.3 - Visita Técnica.................................90
7.4 - Comprimento da Lança.................93
7.5 - Raio Operacional .........................94
7.6 - Contrapesos...................................95
7.7 - Raio de Giro do Contra Peso......96
7.8 - Pernas de Cabo de Aço..................96
7.9-Patolamento...................................97
7.10 - Carga Máxima na Patola.............98
7.11 - Resistência Mínima Exigida
do Terreno................................100
7.12 - Influência do Vento nas
Operações com Guindastes......100
7.13-ForçaEfetivanaEslinga-(Fe)...106
7. 7.14 - Efeito dos Ângulos na
Capacidade das Eslingas...........110
7.15 - Determinação do Comprimento
das Eslingas...............................110
7.16 - Fator de Segurança da
Operação....................................111
7.17 - Taxa de Ocupação do
Guindaste..................................111
7.18 - Peso do Cabo do Guindaste.....111
7.19 - Composição de Carga Bruta e
Capacidade Requerida..............112
7.20 - Quadrantes Operacionais........113
7.21 - Tabela de Carga........................114
7.22 - Cálculo de Carga para
Dois Guindastes.......................116
7.23 - Eixo ou Ponto de
Tombamento..............................117
7.24 - Definição do Equipamento.......118
8 - Segurança na Movimentação
de Cargas.............................................119
8.1-EstatísticasdeAcidentes.............119
8.2 - Consequências Diretas
e Indiretas...................................120
8.3-AnálisedePerigos........................120
8.4 - Gestão de Riscos..........................127
8.5 - Distância Segura da Carga.........128
8.6 - Boas Práticas em Movimentação
de Carga com Guindastes..........129
8.7 - Cabo Guia para Içamento
de Cargas.....................................133
9 - Inspeção................................................136
9.1 -Tipos de Inspeção..........................136
9.2 - Métodos de Inspeção...................137
9.3 - Instrumentação...........................138
9.4 - Critérios......................................139
10 - Bibliografia.......................................149
8.
9. 9Movimentação de carga de A a Z
1 – Introdução
1.1 - LEGISLAÇÃO
Para qualquer atividade a ser executada na área
de movimentação de carga, as organizações e os pro-
fissionais devem seguir orientações normativas sen-
do através de normas regulamentadoras ou normas
técnicas. Com a utilização dessas informações, são
criados procedimentos para cada atividade a fim de
manter um padrão de trabalho e toda operação se-
guir de forma segura e sem intervenções.
As normas regulamentadoras nacionais voltadas
a área de movimentação de carga são superficiais e
não há uma norma específica para a atividade. Sendo
assim, deve-se buscar consultas de normas técnicas
nacionais e internacionais a fim de enriquecer o co-
nhecimento na área.
1.2 NORMAS REGULAMENTADORAS
E TÉCNICAS
Normas Regulamentadoras
As Normas Regulamentadoras – NR tratam-se
do conjunto de requisitos e procedimentos relativos
à segurança e medicina do trabalho, de observância
obrigatória às empresas privadas, públicas e órgãos
do governo que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
NR 11 - Transporte, Armazenagem e Manuseio
de Materiais;
NR 12 - Segurança no Trabalho em Maquinas e
Equipamentos;
NR 18 - Condições e Meio ambiente de Traba-
lho na Indústria de Construção;
NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Traba-
lho na Ind. da Construção e Reparação Naval.
NR 11 - PORTARIA 3214/78 DO MTE
NR 11 (Transporte, Armazenagem e Manuseio
de Materiais):
“Os equipamentos utilizados para movimenta-
ção de materiais, serão calculados e construídos de
maneira que ofereçam as necessárias garantias de
resistência e segurança e conservados em perfeitas
condições...”
“Especial atenção será dada aos cabos de aço,
cintas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser
inspecionados, permanentemente, substituindo-se
as suas partes defeituosas...”
“Em todo equipamento será indicado, em lugar
visível, a carga máxima permitida...”
“Todos os transportadores industriais serão per-
manentemente inspecionados e as peças defeituosas,
ou que apresentam deficiências, deverão ser imedia-
tamente substituídas...”
NR 12-PORTARIA 3214/78 DO MTE
NR 12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e
Equipamentos):
“Os Transportadores de materiais somente de-
vem ser utilizados para o tipo e capacidade de carga
para os quais foram projetados...”
“Os cabos de aço, correntes, eslingas, ganchos e
outros elementos de suspensão ou tração e suas co-
nexões devem ser adequados ao tipo de material e di-
mensionados para suportar os esforços solicitantes...”
“É proibida a permanência e a circulação de
pessoas sobre (sob) partes em movimento, ou que,
possam ficar em movimento quando não projetadas
para esta finalidade...”
“As Máquinas e equipamentos devem ser sub-
metidos à inspeção e manutenção preventiva e cor-
retiva, na forma e periodicidade determinada pelo
fabricante, conforme normas técnicas oficiais...”
“Na falta de normas oficiais nacionais, as normas
técnicas internacionais serão aceitas...”
“A manutenção, inspeção, reparos, limpeza, ajuste
e outras intervenções que se fizerem necessárias de-
10. 10 Escola da Movimentação
vem ser executadas por profissionais capacitados, qua-
lificados ou legalmente habilitados formalmente...”
“A manutenção de máquinas e equipamentos,
contemplara, dentre outros itens, a realização de
ensaios não destrutivos – END, nas estruturas e
componentes submetidos a solicitações de força cuja
ruptura ou desgaste possa ocasionar acidentes...”
“Os ensaios não destrutíveis – END, quando rea-
lizados, devem atender as normas técnicas oficiais na-
cionais vigentes e, normas técnicas internacionais...”
“Ao início de cada turno de trabalho ou após
nova preparação da máquina ou equipamento, o
operador deve efetuar inspeção rotineira das condi-
ções de operacionalidade e segurança e, se constata-
das anormalidades que afete a segurança, as ativida-
des devem ser interrompidas, com a comunicação ao
superior hierárquico.”
NR 18 - PORTARIA 3214/78 DO MTE
NR 18 (Condições e Meio ambiente de Traba-
lho na Indústria de Construção):
“Os Equipamentos de transporte vertical de ma-
teriais e de pessoas são dimensionados por profissio-
nais legalmente habilitados... ”
“Toda empresa usuária de equipamentos de mo-
vimentação e transporte de materiais e/ou pessoas
deve possuir o seu “Programa de Manutenção Pre-
ventiva” conforme recomendação do locador, im-
portador ou fabricante. O programa de manutenção
preventiva, deve ser mantido junto ao livro de ins-
peção de equipamento...”
“Todos os equipamentos de movi-
mentação e transporte só devem ser ope-
rados por trabalhador qualificado...”
“No transporte e descarga de perfis,
vigas e elementos estruturais é proibida
a circulação ou permanência de pessoas
sob a área de movimentação de carga e
devem ser adotadas medidas preventivas quanto a
sinalização e isolamento da área.”
“É proibido o transporte de pessoas por equipa-
mento de guindar não projetado para este fim...”
“As áreas de carga ou descarga devem ser isoladas
somente sendo permitido o acesso às mesmas ao pes-
soal envolvido na operação...”
Normas Técnicas
Uma norma técnica é um documento produzido
por um órgão oficial acreditado para tal, que estabe-
lece regras, diretrizes ou características acerca de um
material, produto, processo ou serviço.
A Organização Internacional para Padroniza-
ção (ISO) é a entidade internacional responsável
pelo diálogo entre as várias entidades nacionais de
normatização. No Brasil, o órgão responsável pela
normalização técnica é a ABNT, é membro da ISO
e da Associação Mercosul de Normalização.
Na ausência de normas técnicas nacionais, ou-
tras normas são frequentemente utilizadas como
EN, ASME, ISO, DIN, dentre outras.
Para atividades de movimentação de carga,
mundialmente são muito utilizadas normas ASME
– American Society of Mechanical Engineers – que
são normas elaboradas através de uma sociedade de
Engenheiros, apresentando diversos temas para apli-
cação em equipamentos, produtos e atividades rela-
cionadas a movimentação de carga.
Em guindastes temos um acervo de normas téc-
nicas muito rico nas normas ISO, apresentando cerca
de 114 normas e diretrizes de fabricação, uso, inspe-
ção e demais particularidades para uso de guindastes.
Principais normas de materiais e acessórios de
elevação de cargas:
Cabos de Aço
ABNT NBR ISO 2408 Cabos de aço para uso
geral - Requisitos mínimos;
11. 11Movimentação de carga de A a Z
ABNT NBR ISO 4309 Equipamentos de movi-
mentação de carga - Cabos de aço - Cuidados, ma-
nutenção, instalação, inspeção e descarte;
ABNT NBR ISO 3108 Cabos de aço para uso
geral - Determinação da carga de ruptura real;
ABNT NBR ISO 4346 Cabos de aço para uso
geral - Lubrificantes - Requisitos básicos.
Laços de Cabos de Aço
ABNT NBR 13541-1 Linga para cabo de aço
Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio;
ABNT NBR 11900-3 Terminal para cabo de aço
Parte 3: Olhal com presilha;
ABNT NBR ISO 8794 Cabos de aço - Olhais
trançados manualmente para lingas;
ABNT NBR 13543 Movimentação de carga -
Laços de cabo de aço - Utilização e inspeção.
Cintas de Poliéster
ABNT NBR 15883-1 Cintas têxteis para amarra-
ção de cargas - Segurança Parte 1: Cálculo de tensões;
ABNT NBR 15883-2 Cintas têxteis para amar-
ração de cargas - Segurança Parte 2: Cintas planas;
ABNT NBR 15637-1 Cintas têxteis para eleva-
ção de cargas Parte 1: Cintas planas manufaturadas,
com fitas tecidas com fios sintéticos de alta tenacida-
de formados por multifilamentos;
ABNT NBR 15637-2 Cintas têxteis para eleva-
ção de cargas Parte 2: Cintas tubulares manufatu-
radas, com fitas tecidas com fios sintéticos de alta
tenacidade formados por multifilamentos;
ABNT NBR 15637-2 Cintas têxteis para ele-
vação de cargas Parte 3 - Cintas tubulares manufa-
turadas, com cordões de fios sintéticos de ultra-alta
tenacidade formados por multifilamentos.
Corrente de Aço
ABNT NBR 15516-1 Corrente de elos curtos
para elevação de cargas - Lingas de correntes Parte 1:
Grau 8 - Requisitos e métodos de ensaio;
ABNT NBR 15516-2 Corrente de elos curtos
para elevação de cargas - Lingas de correntes Parte 2:
Uso, manutenção e inspeção;
ABNT NBR 15293 Corrente soldada para uso
geral;
ABNT NBR ISO 1834 Corrente de elos curtos
para elevação de cargas - Condições gerais de aceitação.
ABNT NBR ISO 3076Corrente de elos curtos
para elevação de carga - Grau T (8), não calibrada,
para lingas de corrente etc.
Acessórios para Cabos de Aço, Cintas de Po-
liéster e Correntes de Aço
ABNT NBR 13544 Movimentação de carga -
Sapatilho para cabo de aço;
ABNT NBR 13545 Movimentação de cargas -
Manilhas;
FS-RR-C-271D Movimentação de cargas - Ma-
nilhas e Destorcedores.
Equipamentos para movimentação de carga
ABNT NBR 8400 Cálculo de equipamento para
levantamento e movimentação de cargas - Procedi-
mento;
EN 13155 Dispositivos para içamento de cargas,
critérios de segurança;
ABNT NBR 10015 - Construção naval - Moi-
tão e cadernal para movimentação de carga em em-
barcações - Ensaio de carga;
ABNTNBR16463-1:2016 Guindastes Parte 1:
Requisitos para a elaboração de manuais de instruções;
ABNT NBR 16463-2:2016 Guindastes Parte 2:
Identificações;
ABNT NBR 14768:2015 Guindastes - Guin-
daste articulado hidráulico - Requisitos.
Demais normas para movimentação de carga
DOE-STD-1090 Diretrizes sobre marcação, iden-
tificação e inspeção de cabos de aço, lingas de corren-
tes, acessórios e dispositivos para elevação de cargas;
ASME B30.9 Lingas fabricadas a partir de cabos
de aço, cintas de poliéster e correntes de aço;
ASME B30.20 Norma de segurança para cabos,
guindastes, guinchos, pórticos, lingas e dispositivos
para içamento de cargas;
DIN 15003 Dispositivos para içamento de car-
gas, nomenclatura.
1.3 RESPONSABILIDADES
Para determinar a responsabilidade de cada parte
em uma atividade de movimentação de carga, preci-
12. 12 Escola da Movimentação
samos conhecer um pouco sobre as Leis do Código
Civil Brasileiro, Código do Consumidor para dis-
tinguir o que é uma Negligência, Imperícia e Im-
prudência na fabricação e uso de materiais e equipa-
mentos de guindar.
Código Direito do Consumidor
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990
• Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá
outras providências;
• “Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no
mercado de consumo produto ou serviço que
sabe ou deveria saber apresentar alto grau de
nocividade ou periculosidade à saúde ou se-
gurança.”
• “Art. 39 -VIII. Colocar, no mercado de con-
sumo, qualquer produto ou serviço em desa-
cordo com as normas expedidas pelos órgãos
oficiais competentes ou, se normas específi-
cas não existirem, pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas ou outra entidade cre-
denciada pelo Conselho Nacional de Metro-
logia, Normalização e Qualidade Industrial
(Conmetro).”
Responsabilidade Civil
• Art. 30 da Lei de Introdução ao Código Ci-
vil Brasileiro: “Ninguém se escusa de cumprir
a lei, alegando que não a conhece.”
• O empregador responde pelos danos ocasio-
nados por seu funcionário no exercício da
atividade que lhe cabia. O artigo 1521, in-
ciso III, do Código Civil de 1916, dispõe:
“O patrão é civilmente responsável pelos danos
ocasionados por seus empregados, quando co-
metidos no exercício da função que lhe compe-
tia ou então em razão dela.”
• Artigo 157 da CLT: “Cabe às empresas I.
Cumprir e fazer cumprir as normas de se-
gurança e medicina do trabalho; II. Instruir
os empregados, através de Ordens de Servi-
ço, quanto às precauções a tomar no sentido
de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais; III. Adotar as medidas que
lhe sejam determinadas pelo órgão regional
competente; IV. Facilitar o exercício da fisca-
lização pela autoridade competente.”
• Artigo 159 do Código Civil: “Aquele que
por ação ou omissão voluntária, negligência,
imprudência ou imperícia, causar dano a ou-
tra pessoa, obriga-se a indenizar o prejuízo.”
• Decreto nº 2172/97, art. 160: “Nos casos
de negligência quanto às normas padrão de
segurança e higiene do
trabalho, indicadas para a
proteção individual e co-
letiva, a previdência pro-
porá ação regressiva con-
tra os responsáveis”
Negligência
É a que emana da falta de cautela ou atenção de
gente a respeito de algo que se encontra sob a sua
responsabilidade e cuidados.
Ex.: Má escolha de representante, ou de preposto.
Exemplificativamente, o fato de admitir ou de man-
ter o proponente a seu serviço empregado não legal-
mente habilitado ou sem as aptidões requeridas ou
ausência de fiscalização por parte do empregador.
Imperícia
Falta de habilidade ou experiência reputada ne-
cessária para a realização de certas atividades e cuja
ausência, por parte do agente, o faz responsável pe-
los danos ou ilícitos penais adveniente.
Imprudência
Ocorre quando o sujeito conhece o grau de risco
envolvido, bem como as suas consequências e mes-
mo assim assume o risco e pratica o ato.