Aqueduto das Águas Livres: o maior e mais emblemático sistema de abastecimento de água de Lisboa
1. Aqueduto das Águas Livres
Aqueduto das Águas Livres. Vista Norte-Sul
O Aqueduto das Águas Livres é um complexo sistema de captação e
distribuição de água à cidade de Lisboa, é uma das obras mais emblemáticas da cidade,
mas a sua grandiosa arcaria em cantaria que se ergue sobre o vale de Alcântara, é uma
das mais belas vistas de Lisboa.
O Aqueduto foi construído durante o reinado de D. João V, teve início na
nascente das Águas Livres em Belas e foi sendo progressivamente reforçado e ampliado
durante o século XIX, e não sofreu danos nem com o terramoto de 1755.
Desde que a população da cidade começou a crescer e a passar para fora das
cercas medievais, a escassez de água potável começou a ser uma realidade. Apesar de a
cidade estar banhada pelo rio Tejo, pelo motivo da sua água ser imprópria para
consumo.
Com toda esta situação foi então ganhando força a ideia de aproveitar as águas
do vale, que já tinham sido utilizadas pelos Romanos, que aí tinham construído uma
barragem e um aqueduto.
2. No ano de 1728 o procurador da cidade estabeleceu uma taxa sobra vários
alimentos para arranjar financiamento para a construção do aqueduto. Um ano depois,
foram nomeados três homens para a elaboração do plano de construção do sistema.
Passados cinco anos as obras não tinham sequer sido iniciadas, então assumiu o
comando Custodio Vieira, que finalmente começou as obras e em 1744 finalizou o Arco
Grande e morre o Custodio Vieira, este veio a ser substituído por Carlos Mardel.
Os lanternins que foram construídos têm também uma função arquitectónica
bem definida, que é a de cortar um pouco da monotonia visual provocada pela grande e
pesada arcaria, dando-lhe um toque de elegância e beleza, a opção dos arcos em ogiva
foi a solução construtiva mais indicada a escolher devido aos grandes vãos a vencer e
também devido à grande altura da estrutura. De referir ainda que as pedras salientes ao
longo de todo o aqueduto foram deixadas com um propósito estético, mas fora m
inicialmente prevista e usadas como apoio para os andaimes de construção da estrutura
e na encosta de Campolide, o aqueduto termina com três arcos de volta perfeita.
De todos os catorze arcos em ogiva destaca-se um, o Arco Grande. O maior arco
da imponente arcaria foi a parte de mais difícil execução neste troço, e talvez de toda a
obra. Mede 65 metros de altura e tem 29 metros entre pegões, sendo o maior arco ogival
do mundo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aqueduto_das_%C3%81guas_Livres
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