SlideShare uma empresa Scribd logo
NETWEAVING
Augusto de Franco
Vai começar.
Pegue o seu.
•De um certo ponto de vista o que representamos como redes são rastros de fluições: tentativas de capturar uma dinâmica que ocorre no
 espaço-tempo dos fluxos, ou naquela particular “brana” onde essas fluições existem como tais.

Desse ponto de vista – que deverá ser o da chamada ‘nova ciência das redes’ se e quando os pesquisadores descobrirem que não podem
remendar os velhos estatutos das ciências sociais, inserindo seus métodos (matemáticos) de análise para escapar dos discursos descritivos
e prescritivos dessas ciências – redes não são o que parecem (nodos linkados entre si, representados por grafos: arestas e vértices) mas
movimentos em um campo de fluições (como se fossem configurações de aglomeramentos – ou espalhamentos – de bósons, para fazer um
paralelo com partículas mensageiras dos campos de forças físicas).

De um ponto de vista político, entretanto – obrigatório, se quisermos continuar usando o conceito de ‘poder’ sem cometer deslizamentos
epistemológicos mais graves – redes sociais (distribuídas) são movimentos de desconstituição de hierarquia (na exata medida dos seus
graus de distribuição).

Portanto, ao invés de ficarmos discutindo a possibilidade de alguém exercer poder nas redes, deveríamos estar discutindo a medida da
impossibilidade de alguém fazê-lo (e essa medida, convém repetir, é a medida inversa do grau de centralização da rede em questão). Isso
porque, conquanto de um ponto de vista topológico, todos os complexos de fluições (ou coleções de nodos e conexões) sejam redes (mais
distribuídas ou mais centralizadas), o termo rede é aplicado correntemente à configurações onde há multiplicidade de caminhos
(abundância). Não costumamos usar a palavra rede para designar hierarquias (caracterizadas pela escassez de caminhos), a despeito de
sacrificarmos com isso o rigor matemático (para o qual todos os sistemas de nodos e conexões devem ser notados como redes
independentemente do grau de distribuição).

Ora, se quanto mais caminhos houver entre os nodos menos poder se consegue exercer sobre eles, então – em homenagem à clareza,
deveríamos dizer que – o poder é uma medida de não-rede.

A sociologia tem alguma culpa por essa confusão de conceitos. Sua culpa – para resumir em poucas palavras – foi apenas a de não ter
compreendido as redes. Ou ter tentado apreendê-las a partir de conceitos inadequados ou impotentes para captar o que está além (ou
seria aquém?) da representação: conceitos como ‘representação’, ‘atores sociais’, ‘grupos’, ‘estruturas sociais’ e, por incrível que pareça,
‘social’ e ‘sociedade’. Já havia ela (a sociologia) cometido o mesmo erro com a noção de capital social (e se trata, exatamente, do mesmo
erro de vez que a abordagem sociológica não entendeu que ‘capital social’ e ‘rede social’ se referem, exatamente, à mesma coisa).

Vamos, portanto, tentar refazer aqui o caminho desse erro.
Tente este agora
sim, ela existe...
Explorações imaginativas
no espaço-tempo dos fluxos
1. COMO TUDO COMEÇOU
Tocqueville    Dewey     Arendt




  Jacobs      Maturana   Castells
capital social = rede social
Paul Baran in the early 1960s.
He worked for RAND and wrote
the first papers on a distributed
communications system. AT&T
said his idea would never work.
(photo courtesy of Paul Baran)
link


        station



a) centralized           b) decentralized   c) distributed
Barabási   Strogatz   Watts


a nova ciência das redes
clustering
social clustering
swarming

Photograph by José L. Gómez de Francisco                                                   Visions of Earth
® 2005 National Geographic Society. All rights reserved.          National Geographic magazine, March 2005
swarming civil
small world phenomenon
2. MINHAS DESCOBERTAS
crunching
Não uma aldeia
global, mas miríades
de aldeias globais
1%
“small is powerful”
I= (C-D).C/E
C = número de conexões
D = número de nodos desconectados com a eliminação do nodo mais conectado
E = número de conexões eliminadas com eliminação do nodo mais conectado




 grau de distribuição - conectividade
fractal:
pessoa já é rede
a rede mãe
os programas verticalizadores
a brecha
Maturana
redes distribuídas são interfaces
para “conversar” com a “rede-mãe”
A REDE MÃE É A MATRIX
Abraham       Bey         Quinn


mudar o futuro >> mudar o passado
3. MINHA INVESTIGAÇÃO ATUAL
deformações no campo social
A pirâmide | Robson Peres 2005
como as organizações
hierárquicas deformam
o campo social no seu
interior e no seu entorno?
como fazer a transição das organizações
hierárquicas para organizações em rede?
isto é netweaving
obrigado

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Apresentação no TEDxSP

2009 10 Escritos Sobre Redes S
2009 10 Escritos Sobre Redes S2009 10 Escritos Sobre Redes S
2009 10 Escritos Sobre Redes SIsrael Degasperi
 
2009: 10 escritos sobre redes sociais
2009: 10 escritos sobre redes sociais2009: 10 escritos sobre redes sociais
2009: 10 escritos sobre redes sociais
augustodefranco .
 
O PODER NAS REDES SOCIAIS 2a Versao
O PODER NAS REDES SOCIAIS 2a VersaoO PODER NAS REDES SOCIAIS 2a Versao
O PODER NAS REDES SOCIAIS 2a Versao
augustodefranco .
 
Afinal, o que são redes sociais?
Afinal, o que são redes sociais?Afinal, o que são redes sociais?
Afinal, o que são redes sociais?
Luis Fernando Guggenberger
 
Afinal, o que são redes sociais?
Afinal, o que são redes sociais?Afinal, o que são redes sociais?
Afinal, o que são redes sociais?
Luis Fernando Guggenberger
 
Redes Sociais e Web 2.0 no SESC
Redes Sociais e Web 2.0 no SESCRedes Sociais e Web 2.0 no SESC
Redes Sociais e Web 2.0 no SESCDalton Martins
 
Conceitos fundamentais sobre Análise de Redes
Conceitos fundamentais sobre Análise de RedesConceitos fundamentais sobre Análise de Redes
Conceitos fundamentais sobre Análise de Redes
Lucas Reis
 
Netweaving Augusto De Franco
Netweaving Augusto De FrancoNetweaving Augusto De Franco
Netweaving Augusto De Franco
Nicolas Martin
 
Texto 1 Gfal%5 B48727%5 D
Texto 1 Gfal%5 B48727%5 DTexto 1 Gfal%5 B48727%5 D
Texto 1 Gfal%5 B48727%5 DErick Caniso
 
Ciberespaco como lugar do acontecimento social: o conceito de rede e redes so...
Ciberespaco como lugar do acontecimento social: o conceito de rede e redes so...Ciberespaco como lugar do acontecimento social: o conceito de rede e redes so...
Ciberespaco como lugar do acontecimento social: o conceito de rede e redes so...
Giseli Adornato de Aguiar
 
Série FLUZZ Volume 1 A REDE
Série FLUZZ Volume 1 A REDESérie FLUZZ Volume 1 A REDE
Série FLUZZ Volume 1 A REDE
augustodefranco .
 
Ciência de redes em uma era conectada
Ciência de redes em uma era conectadaCiência de redes em uma era conectada
Ciência de redes em uma era conectadanextfiocruz
 
Grupo 15 apres final 22 05-2010
Grupo 15   apres final 22 05-2010Grupo 15   apres final 22 05-2010
Grupo 15 apres final 22 05-2010
Cesayres
 
Grupo 15 apres final 22 05-2010
Grupo 15   apres final 22 05-2010Grupo 15   apres final 22 05-2010
Grupo 15 apres final 22 05-2010
Cesayres
 
NOVAS VISÕES
NOVAS VISÕESNOVAS VISÕES
NOVAS VISÕES
augustodefranco .
 
FLUZZ SÉRIE COMPLETA
FLUZZ SÉRIE COMPLETAFLUZZ SÉRIE COMPLETA
FLUZZ SÉRIE COMPLETA
augustodefranco .
 
Netweaving 17set08
Netweaving 17set08Netweaving 17set08
Netweaving 17set08
augustodefranco .
 

Semelhante a Apresentação no TEDxSP (20)

2009 10 Escritos Sobre Redes S
2009 10 Escritos Sobre Redes S2009 10 Escritos Sobre Redes S
2009 10 Escritos Sobre Redes S
 
2009: 10 escritos sobre redes sociais
2009: 10 escritos sobre redes sociais2009: 10 escritos sobre redes sociais
2009: 10 escritos sobre redes sociais
 
O PODER NAS REDES SOCIAIS 2a Versao
O PODER NAS REDES SOCIAIS 2a VersaoO PODER NAS REDES SOCIAIS 2a Versao
O PODER NAS REDES SOCIAIS 2a Versao
 
Fluzz pilulas 9
Fluzz pilulas 9Fluzz pilulas 9
Fluzz pilulas 9
 
Afinal, o que são redes sociais?
Afinal, o que são redes sociais?Afinal, o que são redes sociais?
Afinal, o que são redes sociais?
 
Afinal, o que são redes sociais?
Afinal, o que são redes sociais?Afinal, o que são redes sociais?
Afinal, o que são redes sociais?
 
Redes Sociais e Web 2.0 no SESC
Redes Sociais e Web 2.0 no SESCRedes Sociais e Web 2.0 no SESC
Redes Sociais e Web 2.0 no SESC
 
Conceitos fundamentais sobre Análise de Redes
Conceitos fundamentais sobre Análise de RedesConceitos fundamentais sobre Análise de Redes
Conceitos fundamentais sobre Análise de Redes
 
Palestra Comunicavale
Palestra ComunicavalePalestra Comunicavale
Palestra Comunicavale
 
Netweaving Augusto De Franco
Netweaving Augusto De FrancoNetweaving Augusto De Franco
Netweaving Augusto De Franco
 
Texto 1 Gfal%5 B48727%5 D
Texto 1 Gfal%5 B48727%5 DTexto 1 Gfal%5 B48727%5 D
Texto 1 Gfal%5 B48727%5 D
 
Ciberespaco como lugar do acontecimento social: o conceito de rede e redes so...
Ciberespaco como lugar do acontecimento social: o conceito de rede e redes so...Ciberespaco como lugar do acontecimento social: o conceito de rede e redes so...
Ciberespaco como lugar do acontecimento social: o conceito de rede e redes so...
 
Série FLUZZ Volume 1 A REDE
Série FLUZZ Volume 1 A REDESérie FLUZZ Volume 1 A REDE
Série FLUZZ Volume 1 A REDE
 
Ciência de redes em uma era conectada
Ciência de redes em uma era conectadaCiência de redes em uma era conectada
Ciência de redes em uma era conectada
 
Grupo 15 apres final 22 05-2010
Grupo 15   apres final 22 05-2010Grupo 15   apres final 22 05-2010
Grupo 15 apres final 22 05-2010
 
Grupo 15 apres final 22 05-2010
Grupo 15   apres final 22 05-2010Grupo 15   apres final 22 05-2010
Grupo 15 apres final 22 05-2010
 
NOVAS VISÕES
NOVAS VISÕESNOVAS VISÕES
NOVAS VISÕES
 
FLUZZ SÉRIE COMPLETA
FLUZZ SÉRIE COMPLETAFLUZZ SÉRIE COMPLETA
FLUZZ SÉRIE COMPLETA
 
123
123123
123
 
Netweaving 17set08
Netweaving 17set08Netweaving 17set08
Netweaving 17set08
 

Mais de augustodefranco .

Franco, Augusto (2017) Conservadorismo, liberalismo econômico e democracia
Franco, Augusto (2017) Conservadorismo, liberalismo econômico e democraciaFranco, Augusto (2017) Conservadorismo, liberalismo econômico e democracia
Franco, Augusto (2017) Conservadorismo, liberalismo econômico e democracia
augustodefranco .
 
Franco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasil
Franco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasilFranco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasil
Franco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasil
augustodefranco .
 
Hiérarchie
Hiérarchie Hiérarchie
Hiérarchie
augustodefranco .
 
A democracia sob ataque terá de ser reinventada
A democracia sob ataque terá de ser reinventadaA democracia sob ataque terá de ser reinventada
A democracia sob ataque terá de ser reinventada
augustodefranco .
 
JERARQUIA
JERARQUIAJERARQUIA
Algumas notas sobre os desafios de empreender em rede
Algumas notas sobre os desafios de empreender em redeAlgumas notas sobre os desafios de empreender em rede
Algumas notas sobre os desafios de empreender em rede
augustodefranco .
 
AS EMPRESAS DIANTE DA CRISE
AS EMPRESAS DIANTE DA CRISEAS EMPRESAS DIANTE DA CRISE
AS EMPRESAS DIANTE DA CRISE
augustodefranco .
 
APRENDIZAGEM OU DERIVA ONTOGENICA
APRENDIZAGEM OU DERIVA ONTOGENICA APRENDIZAGEM OU DERIVA ONTOGENICA
APRENDIZAGEM OU DERIVA ONTOGENICA
augustodefranco .
 
CONDORCET, Marquês de (1792). Relatório de projeto de decreto sobre a organiz...
CONDORCET, Marquês de (1792). Relatório de projeto de decreto sobre a organiz...CONDORCET, Marquês de (1792). Relatório de projeto de decreto sobre a organiz...
CONDORCET, Marquês de (1792). Relatório de projeto de decreto sobre a organiz...
augustodefranco .
 
NIETZSCHE, Friederich (1888). Os "melhoradores" da humanidade, Parte 2 e O qu...
NIETZSCHE, Friederich (1888). Os "melhoradores" da humanidade, Parte 2 e O qu...NIETZSCHE, Friederich (1888). Os "melhoradores" da humanidade, Parte 2 e O qu...
NIETZSCHE, Friederich (1888). Os "melhoradores" da humanidade, Parte 2 e O qu...
augustodefranco .
 
100 DIAS DE VERÃO BOOK DO PROGRAMA
100 DIAS DE VERÃO BOOK DO PROGRAMA100 DIAS DE VERÃO BOOK DO PROGRAMA
100 DIAS DE VERÃO BOOK DO PROGRAMA
augustodefranco .
 
Nunca a humanidade dependeu tanto da rede social
Nunca a humanidade dependeu tanto da rede socialNunca a humanidade dependeu tanto da rede social
Nunca a humanidade dependeu tanto da rede social
augustodefranco .
 
Um sistema estatal de participação social?
Um sistema estatal de participação social?Um sistema estatal de participação social?
Um sistema estatal de participação social?
augustodefranco .
 
Quando as eleições conspiram contra a democracia
Quando as eleições conspiram contra a democraciaQuando as eleições conspiram contra a democracia
Quando as eleições conspiram contra a democracia
augustodefranco .
 
100 DIAS DE VERÃO
100 DIAS DE VERÃO100 DIAS DE VERÃO
100 DIAS DE VERÃO
augustodefranco .
 
Democracia cooperativa: escritos políticos escolhidos de John Dewey
Democracia cooperativa: escritos políticos escolhidos de John DeweyDemocracia cooperativa: escritos políticos escolhidos de John Dewey
Democracia cooperativa: escritos políticos escolhidos de John Dewey
augustodefranco .
 
MULTIVERSIDADE NA ESCOLA
MULTIVERSIDADE NA ESCOLAMULTIVERSIDADE NA ESCOLA
MULTIVERSIDADE NA ESCOLA
augustodefranco .
 
DEMOCRACIA E REDES SOCIAIS
DEMOCRACIA E REDES SOCIAISDEMOCRACIA E REDES SOCIAIS
DEMOCRACIA E REDES SOCIAIS
augustodefranco .
 
RELATÓRIO DO HUMAN RIGHTS WATCH SOBRE A VENEZUELA
RELATÓRIO DO HUMAN RIGHTS WATCH SOBRE A VENEZUELARELATÓRIO DO HUMAN RIGHTS WATCH SOBRE A VENEZUELA
RELATÓRIO DO HUMAN RIGHTS WATCH SOBRE A VENEZUELA
augustodefranco .
 
Diálogo democrático: um manual para practicantes
Diálogo democrático: um manual para practicantesDiálogo democrático: um manual para practicantes
Diálogo democrático: um manual para practicantes
augustodefranco .
 

Mais de augustodefranco . (20)

Franco, Augusto (2017) Conservadorismo, liberalismo econômico e democracia
Franco, Augusto (2017) Conservadorismo, liberalismo econômico e democraciaFranco, Augusto (2017) Conservadorismo, liberalismo econômico e democracia
Franco, Augusto (2017) Conservadorismo, liberalismo econômico e democracia
 
Franco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasil
Franco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasilFranco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasil
Franco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasil
 
Hiérarchie
Hiérarchie Hiérarchie
Hiérarchie
 
A democracia sob ataque terá de ser reinventada
A democracia sob ataque terá de ser reinventadaA democracia sob ataque terá de ser reinventada
A democracia sob ataque terá de ser reinventada
 
JERARQUIA
JERARQUIAJERARQUIA
JERARQUIA
 
Algumas notas sobre os desafios de empreender em rede
Algumas notas sobre os desafios de empreender em redeAlgumas notas sobre os desafios de empreender em rede
Algumas notas sobre os desafios de empreender em rede
 
AS EMPRESAS DIANTE DA CRISE
AS EMPRESAS DIANTE DA CRISEAS EMPRESAS DIANTE DA CRISE
AS EMPRESAS DIANTE DA CRISE
 
APRENDIZAGEM OU DERIVA ONTOGENICA
APRENDIZAGEM OU DERIVA ONTOGENICA APRENDIZAGEM OU DERIVA ONTOGENICA
APRENDIZAGEM OU DERIVA ONTOGENICA
 
CONDORCET, Marquês de (1792). Relatório de projeto de decreto sobre a organiz...
CONDORCET, Marquês de (1792). Relatório de projeto de decreto sobre a organiz...CONDORCET, Marquês de (1792). Relatório de projeto de decreto sobre a organiz...
CONDORCET, Marquês de (1792). Relatório de projeto de decreto sobre a organiz...
 
NIETZSCHE, Friederich (1888). Os "melhoradores" da humanidade, Parte 2 e O qu...
NIETZSCHE, Friederich (1888). Os "melhoradores" da humanidade, Parte 2 e O qu...NIETZSCHE, Friederich (1888). Os "melhoradores" da humanidade, Parte 2 e O qu...
NIETZSCHE, Friederich (1888). Os "melhoradores" da humanidade, Parte 2 e O qu...
 
100 DIAS DE VERÃO BOOK DO PROGRAMA
100 DIAS DE VERÃO BOOK DO PROGRAMA100 DIAS DE VERÃO BOOK DO PROGRAMA
100 DIAS DE VERÃO BOOK DO PROGRAMA
 
Nunca a humanidade dependeu tanto da rede social
Nunca a humanidade dependeu tanto da rede socialNunca a humanidade dependeu tanto da rede social
Nunca a humanidade dependeu tanto da rede social
 
Um sistema estatal de participação social?
Um sistema estatal de participação social?Um sistema estatal de participação social?
Um sistema estatal de participação social?
 
Quando as eleições conspiram contra a democracia
Quando as eleições conspiram contra a democraciaQuando as eleições conspiram contra a democracia
Quando as eleições conspiram contra a democracia
 
100 DIAS DE VERÃO
100 DIAS DE VERÃO100 DIAS DE VERÃO
100 DIAS DE VERÃO
 
Democracia cooperativa: escritos políticos escolhidos de John Dewey
Democracia cooperativa: escritos políticos escolhidos de John DeweyDemocracia cooperativa: escritos políticos escolhidos de John Dewey
Democracia cooperativa: escritos políticos escolhidos de John Dewey
 
MULTIVERSIDADE NA ESCOLA
MULTIVERSIDADE NA ESCOLAMULTIVERSIDADE NA ESCOLA
MULTIVERSIDADE NA ESCOLA
 
DEMOCRACIA E REDES SOCIAIS
DEMOCRACIA E REDES SOCIAISDEMOCRACIA E REDES SOCIAIS
DEMOCRACIA E REDES SOCIAIS
 
RELATÓRIO DO HUMAN RIGHTS WATCH SOBRE A VENEZUELA
RELATÓRIO DO HUMAN RIGHTS WATCH SOBRE A VENEZUELARELATÓRIO DO HUMAN RIGHTS WATCH SOBRE A VENEZUELA
RELATÓRIO DO HUMAN RIGHTS WATCH SOBRE A VENEZUELA
 
Diálogo democrático: um manual para practicantes
Diálogo democrático: um manual para practicantesDiálogo democrático: um manual para practicantes
Diálogo democrático: um manual para practicantes
 

Apresentação no TEDxSP

  • 3. •De um certo ponto de vista o que representamos como redes são rastros de fluições: tentativas de capturar uma dinâmica que ocorre no espaço-tempo dos fluxos, ou naquela particular “brana” onde essas fluições existem como tais. Desse ponto de vista – que deverá ser o da chamada ‘nova ciência das redes’ se e quando os pesquisadores descobrirem que não podem remendar os velhos estatutos das ciências sociais, inserindo seus métodos (matemáticos) de análise para escapar dos discursos descritivos e prescritivos dessas ciências – redes não são o que parecem (nodos linkados entre si, representados por grafos: arestas e vértices) mas movimentos em um campo de fluições (como se fossem configurações de aglomeramentos – ou espalhamentos – de bósons, para fazer um paralelo com partículas mensageiras dos campos de forças físicas). De um ponto de vista político, entretanto – obrigatório, se quisermos continuar usando o conceito de ‘poder’ sem cometer deslizamentos epistemológicos mais graves – redes sociais (distribuídas) são movimentos de desconstituição de hierarquia (na exata medida dos seus graus de distribuição). Portanto, ao invés de ficarmos discutindo a possibilidade de alguém exercer poder nas redes, deveríamos estar discutindo a medida da impossibilidade de alguém fazê-lo (e essa medida, convém repetir, é a medida inversa do grau de centralização da rede em questão). Isso porque, conquanto de um ponto de vista topológico, todos os complexos de fluições (ou coleções de nodos e conexões) sejam redes (mais distribuídas ou mais centralizadas), o termo rede é aplicado correntemente à configurações onde há multiplicidade de caminhos (abundância). Não costumamos usar a palavra rede para designar hierarquias (caracterizadas pela escassez de caminhos), a despeito de sacrificarmos com isso o rigor matemático (para o qual todos os sistemas de nodos e conexões devem ser notados como redes independentemente do grau de distribuição). Ora, se quanto mais caminhos houver entre os nodos menos poder se consegue exercer sobre eles, então – em homenagem à clareza, deveríamos dizer que – o poder é uma medida de não-rede. A sociologia tem alguma culpa por essa confusão de conceitos. Sua culpa – para resumir em poucas palavras – foi apenas a de não ter compreendido as redes. Ou ter tentado apreendê-las a partir de conceitos inadequados ou impotentes para captar o que está além (ou seria aquém?) da representação: conceitos como ‘representação’, ‘atores sociais’, ‘grupos’, ‘estruturas sociais’ e, por incrível que pareça, ‘social’ e ‘sociedade’. Já havia ela (a sociologia) cometido o mesmo erro com a noção de capital social (e se trata, exatamente, do mesmo erro de vez que a abordagem sociológica não entendeu que ‘capital social’ e ‘rede social’ se referem, exatamente, à mesma coisa). Vamos, portanto, tentar refazer aqui o caminho desse erro.
  • 5.
  • 6.
  • 8.
  • 10. 1. COMO TUDO COMEÇOU
  • 11. Tocqueville Dewey Arendt Jacobs Maturana Castells
  • 12. capital social = rede social
  • 13. Paul Baran in the early 1960s. He worked for RAND and wrote the first papers on a distributed communications system. AT&T said his idea would never work. (photo courtesy of Paul Baran)
  • 14. link station a) centralized b) decentralized c) distributed
  • 15. Barabási Strogatz Watts a nova ciência das redes
  • 18. swarming Photograph by José L. Gómez de Francisco Visions of Earth ® 2005 National Geographic Society. All rights reserved. National Geographic magazine, March 2005
  • 23. Não uma aldeia global, mas miríades de aldeias globais
  • 25. I= (C-D).C/E C = número de conexões D = número de nodos desconectados com a eliminação do nodo mais conectado E = número de conexões eliminadas com eliminação do nodo mais conectado grau de distribuição - conectividade
  • 30. redes distribuídas são interfaces para “conversar” com a “rede-mãe”
  • 31. A REDE MÃE É A MATRIX
  • 32. Abraham Bey Quinn mudar o futuro >> mudar o passado
  • 35. A pirâmide | Robson Peres 2005
  • 36. como as organizações hierárquicas deformam o campo social no seu interior e no seu entorno?
  • 37. como fazer a transição das organizações hierárquicas para organizações em rede?