SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
António Manuel Figueiredo
MODELO DE DESENVOLVIMENTO E A QUESTÃO
TERRITORIAL
TRÊS IDEIAS FUNDAMENTAIS E UMA
APLICAÇÃO
 1. Da encruzilhada ou precipício atuais à necessidade
de respirar para pensar o modelo de desenvolvimento e o
território
 2. Inovação territorial ou territórios de inovação?
 3. As mais valias do território são diferentes consoante
as opções do modelo de desenvolvimento para Portugal!
 Aplicação ao caso do Alentejo
Apresentação
2
0
MAIS PRECIPÍCIO DO QUE ENCRUZILHADA …
 A tripla crise da economia e da sociedade portuguesas
 Crise do modelo de afetação de recursos, de financiamento, anemia
do crescimento económico, mudança estrutural imposta pela
adaptação à globalização
 Crise financeira internacional, grande recessão internacional e
recuperação anémica e titubeante
 Desastrada (intencionalmente?) abordagem à crise das dívidas
soberanas no edifício do euro não preparado para situações de stress
 Caminhamos para um precipício ou para uma implosão com
várias configurações possíveis …
O contexto
3
1
UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO OCULTO NÃO
ESCRUTINADO DEMOCRATICAMENTE…
 Embaratecimento da força de trabalho e efeitos perversos
dinâmicos de não inovação empresarial e baixos investimentos em
educação por parte das famílias, indivíduos e empresas …
 Empobrecimento de largas franjas da população
 Agravamento de desigualdades
 País fraturado em múltiplas dimensões: os almofadados e os não
almofadados; os novos e os velhos; os empreendedores e os não
empreendedores e muitas mais que imaginação não falta ao
processo
O contexto
4
1
UMA ALTERNATIVA ?
 Continuidade imperiosa da melhoria de qualificações: melhorar fluxos
para quebrar a inércia dos stocks…
 Mudança do perfil de especialização produtiva: mais do que setores
novos, emergentes ou consolidados … capacidade de absorção de mais
qualificações
 Inovação e conhecimento para responder ao estímulo da progressão
salarial
 Escolhas públicas sensatas : almofadas sociais e libertação de recursos
de investimento público para potenciar exclusivamente a transição
O contexto
5
1
O contexto
6
1
O peso dos
stocks e da
inércia do
passado
Factos
7
2
Alentejo (PT) 78,4
Centro (PT) 78,2
Norte (PT) 77,7
Malta (MT) 74,2
Algarve (PT) 71,7
Extremadura (ES) 67,4
Ciudad Autónoma de
Melilla (ES)
65,0
Castilla-La Mancha (ES) 64,8
Lisboa (PT) 64,5
Ionia Nissia (EL) 64,1
Mecklenburg-Vorpommern
(DE)
16,3
Brandenburg – Nordost (DE) 16,2
Sachsen-Anhalt (DE) 16,0
Bratislavský kraj (SK) 14,1
Brandenburg – Südwest (DE) 14,0
Leipzig (DE) 13,4
Thüringen (DE) 13,1
Dresden (DE) 13,0
Chemnitz (DE) 11,9
Praha (CZ) 10,7
AS 10 PIORES AS 10 MELHORES
Contexto
8
1
De novo a
Inércia dos stocks
Um país fraturado
VIABILIDADE?
 Sozinhos, permanecendo no euro e sem interpelar a questão europeia?
Não ou muito dificilmente !
 Com a ajuda dos Fundos Estruturais num quadro de aplicação ótima e
irrepreensível dos mesmos? Ajuda se tivermos juízo mas não chega!
 A mudança estrutural que se pede a Portugal não é possível num clima
simultâneo de mercado único (leis da concorrência) permanecendo no
euro!
 Como a saída do euro me assusta e não acredito nas virtualidades da
desvalorização competitiva …
 Fica a saída da mudança estrutural com respostas tecidas no seio da
organização europeia …
O contexto
9
1
E OS TERRITÓRIOS, COM OU SEM INOVAÇÃO?
 Consoante o modelo, as mais-valias são diferentes …
 No cenário de empobrecimento, territórios em declínio demográfico como
o Alentejo serão marginalizados das migalhas do modelo, sobretudo em
termos de emprego …
 No cenário alternativo, o Alentejo pode constituir um ativo territorial da
transição, sobretudo se for possível alguma convergência sobre os futuros
respirados pelos vários Alentejos …
 Mas estamos a discutir o território sem conhecer com toda a
profundidade os efeitos do empobrecimento em curso no território …
 A geografia da crise – os mapas de João Ferrão (2005-2007) versus
(2009-2011)
 Fratura das dicotomias litoral-interior; rural-urbano
Territórios e modelos de desenvolvimento
10
2
QUE PAPEL PARA OS TERRITÓRIOS E PARA A
INOVAÇÃO TERRITORIAL?
 TERRITÓRIO como fator de resiliência e de amortecimento à
degradação das condições de vida …
 Longa experiência e sabedoria do Alentejo alicerçada na intervenção
municipal e das associações de desenvolvimento local
 TERRITÓRIO como recurso e ativo ao serviço de um modelo de
desenvolvimento que não frature o país, que valorize a melhoria
das qualificações combatendo a inércia do stock
 Criar e atrair no Alentejo uma base produtiva que coexista
amigavelmente e valorize as amenidades urbanas, ambientais,
patrimoniais e culturais da Região
 No Alentejo o tempo é tudo e é possível encontrar o tempo.
Territórios e modelos de desenvolvimento
11
2
TERRITÓRIOS DE INOVAÇÃO VERSUS INOVAÇÃO
TERRITORIAL
 Inovação significa sempre, incremental ou disruptiva, combinar
melhor recursos existentes, segundo uma tipologia lata de
recursos
 Só episodicamente a inovação assenta num recurso novo
descoberto mais ou menos acidentalmente …
 Em termos restritos de inovação tecnológica, os territórios
menos densos são sempre penalizados …
 A inovação relaciona-se com o território através dos tipos de
conhecimento que as atividades utilizam mais intensivamente:
conhecimento analítico, sintético e simbólico
Territórios e inovação
12
2
TERRITÓRIOS DE INOVAÇÃO VERSUS INOVAÇÃO
TERRITORIAL
 Conhecimento analítico: as atividades procuram as grandes
concentrações localizadas de conhecimento
 Conhecimento sintético (problem solving e conhecimento
associado): concentrações de saberes, qualificações, clusters…
 Conhecimento simbólico: relevância do urbano, amenidades
criativas, ambiências e atmosferas urbanas
 Realidade impiedosa: hierarquia e concentração
Territórios e inovação
13
2
INOVAÇÃO TERRITORIAL
 Outro campo e outras oportunidades
 No fundo combinar melhor os recursos num dado território
 Cooperação entre recursos
 Inovação na governação
 I&D (multidisciplinarmente ampla) em co-promoção com os
territórios para a inovação territorial: uma nova figura a
promover
Territórios e inovação
14
2

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Competencias
CompetenciasCompetencias
CompetenciasArmando
 
Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território PNPOT
Programa Nacional da Política de  Ordenamento do Território  PNPOT Programa Nacional da Política de  Ordenamento do Território  PNPOT
Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território PNPOT Cláudio Carneiro
 
Power point os mecanismos de adaptação ao meio
Power point   os mecanismos de adaptação ao meioPower point   os mecanismos de adaptação ao meio
Power point os mecanismos de adaptação ao meioLuis De Sousa Rodrigues
 
Recursos 10ºAno
Recursos  10ºAnoRecursos  10ºAno
Recursos 10ºAnoTânia Reis
 
Ordenamento do Território
Ordenamento do TerritórioOrdenamento do Território
Ordenamento do TerritórioMagda Oliveira
 
Problemas urbanos nas grandes cidades
Problemas urbanos nas grandes cidadesProblemas urbanos nas grandes cidades
Problemas urbanos nas grandes cidadesLUIS ABREU
 
Organização do espaço: a morfologia urbana
Organização do espaço: a morfologia urbanaOrganização do espaço: a morfologia urbana
Organização do espaço: a morfologia urbanaIdalina Leite
 
Trabalho de grupo power point
Trabalho de grupo power pointTrabalho de grupo power point
Trabalho de grupo power pointIsmael Coutinho
 
Problemas urbanos
Problemas urbanosProblemas urbanos
Problemas urbanosjpnesteves
 
Organização funcional e morfológica das áreas urbanas
Organização funcional e morfológica das áreas urbanas Organização funcional e morfológica das áreas urbanas
Organização funcional e morfológica das áreas urbanas Paula Melo
 
Problemas urbanos
Problemas urbanosProblemas urbanos
Problemas urbanosKaryn XP
 
Problemas urbanos, soluções (2)
Problemas urbanos, soluções (2)Problemas urbanos, soluções (2)
Problemas urbanos, soluções (2)Idalina Leite
 
Os transportes e as comunicações em portugal no século xix
Os transportes e as comunicações em portugal no século xixOs transportes e as comunicações em portugal no século xix
Os transportes e as comunicações em portugal no século xixAnabela Sobral
 
Os problemas urbanos
Os problemas urbanosOs problemas urbanos
Os problemas urbanosPaula Melo
 

Destaque (18)

Competencias
CompetenciasCompetencias
Competencias
 
Aula 02 Ordenamento do territorio
Aula 02 Ordenamento do territorioAula 02 Ordenamento do territorio
Aula 02 Ordenamento do territorio
 
Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território PNPOT
Programa Nacional da Política de  Ordenamento do Território  PNPOT Programa Nacional da Política de  Ordenamento do Território  PNPOT
Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território PNPOT
 
Ordenamento Territorial
Ordenamento TerritorialOrdenamento Territorial
Ordenamento Territorial
 
Power point os mecanismos de adaptação ao meio
Power point   os mecanismos de adaptação ao meioPower point   os mecanismos de adaptação ao meio
Power point os mecanismos de adaptação ao meio
 
Recursos 10ºAno
Recursos  10ºAnoRecursos  10ºAno
Recursos 10ºAno
 
Ordenamento do Território
Ordenamento do TerritórioOrdenamento do Território
Ordenamento do Território
 
Problemas urbanos nas grandes cidades
Problemas urbanos nas grandes cidadesProblemas urbanos nas grandes cidades
Problemas urbanos nas grandes cidades
 
Organização do espaço: a morfologia urbana
Organização do espaço: a morfologia urbanaOrganização do espaço: a morfologia urbana
Organização do espaço: a morfologia urbana
 
Trabalho de grupo power point
Trabalho de grupo power pointTrabalho de grupo power point
Trabalho de grupo power point
 
Problemas urbanos
Problemas urbanosProblemas urbanos
Problemas urbanos
 
A Forma Urbana
A Forma UrbanaA Forma Urbana
A Forma Urbana
 
O espaço urbano
O espaço urbanoO espaço urbano
O espaço urbano
 
Organização funcional e morfológica das áreas urbanas
Organização funcional e morfológica das áreas urbanas Organização funcional e morfológica das áreas urbanas
Organização funcional e morfológica das áreas urbanas
 
Problemas urbanos
Problemas urbanosProblemas urbanos
Problemas urbanos
 
Problemas urbanos, soluções (2)
Problemas urbanos, soluções (2)Problemas urbanos, soluções (2)
Problemas urbanos, soluções (2)
 
Os transportes e as comunicações em portugal no século xix
Os transportes e as comunicações em portugal no século xixOs transportes e as comunicações em portugal no século xix
Os transportes e as comunicações em portugal no século xix
 
Os problemas urbanos
Os problemas urbanosOs problemas urbanos
Os problemas urbanos
 

Semelhante a Antonio fegueiredo Aljustrel 04 abril 2014

PROPOSTA TEMÁTICA - O Alentejo é Futuro
PROPOSTA TEMÁTICA - O Alentejo é Futuro PROPOSTA TEMÁTICA - O Alentejo é Futuro
PROPOSTA TEMÁTICA - O Alentejo é Futuro Cláudio Carneiro
 
Contributos da Geografia para um Futuro Desejado
Contributos da Geografia para um Futuro DesejadoContributos da Geografia para um Futuro Desejado
Contributos da Geografia para um Futuro DesejadoUniversidade do Porto
 
Recursos naturais1(Sebenta de Geografia A)
Recursos naturais1(Sebenta de Geografia A)Recursos naturais1(Sebenta de Geografia A)
Recursos naturais1(Sebenta de Geografia A)Idalina Leite
 
16 17 trab.sel.f-12_lh2_grp4_pl+m_03,11,20,32
16 17 trab.sel.f-12_lh2_grp4_pl+m_03,11,20,3216 17 trab.sel.f-12_lh2_grp4_pl+m_03,11,20,32
16 17 trab.sel.f-12_lh2_grp4_pl+m_03,11,20,32Maria Paredes
 
9º ano - Aula nº7.1
9º ano - Aula nº7.19º ano - Aula nº7.1
9º ano - Aula nº7.1Idalina Leite
 
Os Produtos e o Desenvolvimento Rural - Ana Alberty
Os Produtos e o Desenvolvimento Rural - Ana AlbertyOs Produtos e o Desenvolvimento Rural - Ana Alberty
Os Produtos e o Desenvolvimento Rural - Ana AlbertyVitor Pereira
 
Moção Sectorial - Nuno Ferreira
Moção Sectorial - Nuno FerreiraMoção Sectorial - Nuno Ferreira
Moção Sectorial - Nuno FerreiraNuno Ferreira
 
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais Nuno Antão
 
A Estratégia Europa 2020 e o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020
A Estratégia Europa 2020 e o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020A Estratégia Europa 2020 e o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020
A Estratégia Europa 2020 e o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020Miguel Toscano
 
Módulo inicial_Posição de Portugal na Europa e no Mundo
Módulo inicial_Posição de Portugal na Europa e no MundoMódulo inicial_Posição de Portugal na Europa e no Mundo
Módulo inicial_Posição de Portugal na Europa e no MundoIdalina Leite
 
Investimento estrangeiro em Portugal - Entre o mito e a propaganda -1ª parte
Investimento estrangeiro em Portugal - Entre o mito e a propaganda -1ª parteInvestimento estrangeiro em Portugal - Entre o mito e a propaganda -1ª parte
Investimento estrangeiro em Portugal - Entre o mito e a propaganda -1ª parteGRAZIA TANTA
 
Um barco inclinado em busca de equilíbrio
Um barco inclinado em busca de equilíbrioUm barco inclinado em busca de equilíbrio
Um barco inclinado em busca de equilíbrioElisio Estanque
 
Programa Eleitoral da Lista Candidata à Câmara Municipal de Alter do Chão
Programa Eleitoral da Lista Candidata à Câmara Municipal de Alter do ChãoPrograma Eleitoral da Lista Candidata à Câmara Municipal de Alter do Chão
Programa Eleitoral da Lista Candidata à Câmara Municipal de Alter do ChãoCdu Alter Do Chão
 
Análise à Criação de Riqueza Proposta Pelo MEP
Análise à Criação de Riqueza Proposta Pelo MEPAnálise à Criação de Riqueza Proposta Pelo MEP
Análise à Criação de Riqueza Proposta Pelo MEPJoao Fernandes
 
O dilema da desigualdade da distribuição da riqueza no continente africano
O dilema da desigualdade da distribuição da riqueza no continente africanoO dilema da desigualdade da distribuição da riqueza no continente africano
O dilema da desigualdade da distribuição da riqueza no continente africanoJanísio Salomao
 
16 17 trab.sel.d-12_lh1_grp3_pl+m_6,19,22
16 17 trab.sel.d-12_lh1_grp3_pl+m_6,19,2216 17 trab.sel.d-12_lh1_grp3_pl+m_6,19,22
16 17 trab.sel.d-12_lh1_grp3_pl+m_6,19,22Maria Paredes
 

Semelhante a Antonio fegueiredo Aljustrel 04 abril 2014 (20)

PROPOSTA TEMÁTICA - O Alentejo é Futuro
PROPOSTA TEMÁTICA - O Alentejo é Futuro PROPOSTA TEMÁTICA - O Alentejo é Futuro
PROPOSTA TEMÁTICA - O Alentejo é Futuro
 
Contributos da Geografia para um Futuro Desejado
Contributos da Geografia para um Futuro DesejadoContributos da Geografia para um Futuro Desejado
Contributos da Geografia para um Futuro Desejado
 
Recursos naturais1(Sebenta de Geografia A)
Recursos naturais1(Sebenta de Geografia A)Recursos naturais1(Sebenta de Geografia A)
Recursos naturais1(Sebenta de Geografia A)
 
16 17 trab.sel.f-12_lh2_grp4_pl+m_03,11,20,32
16 17 trab.sel.f-12_lh2_grp4_pl+m_03,11,20,3216 17 trab.sel.f-12_lh2_grp4_pl+m_03,11,20,32
16 17 trab.sel.f-12_lh2_grp4_pl+m_03,11,20,32
 
9º ano - Aula nº7.1
9º ano - Aula nº7.19º ano - Aula nº7.1
9º ano - Aula nº7.1
 
Os Produtos e o Desenvolvimento Rural - Ana Alberty
Os Produtos e o Desenvolvimento Rural - Ana AlbertyOs Produtos e o Desenvolvimento Rural - Ana Alberty
Os Produtos e o Desenvolvimento Rural - Ana Alberty
 
O alterense 20
O alterense 20O alterense 20
O alterense 20
 
Moção Sectorial - Nuno Ferreira
Moção Sectorial - Nuno FerreiraMoção Sectorial - Nuno Ferreira
Moção Sectorial - Nuno Ferreira
 
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
 
A Estratégia Europa 2020 e o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020
A Estratégia Europa 2020 e o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020A Estratégia Europa 2020 e o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020
A Estratégia Europa 2020 e o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020
 
Módulo inicial_Posição de Portugal na Europa e no Mundo
Módulo inicial_Posição de Portugal na Europa e no MundoMódulo inicial_Posição de Portugal na Europa e no Mundo
Módulo inicial_Posição de Portugal na Europa e no Mundo
 
Investimento estrangeiro em Portugal - Entre o mito e a propaganda -1ª parte
Investimento estrangeiro em Portugal - Entre o mito e a propaganda -1ª parteInvestimento estrangeiro em Portugal - Entre o mito e a propaganda -1ª parte
Investimento estrangeiro em Portugal - Entre o mito e a propaganda -1ª parte
 
Um barco inclinado em busca de equilíbrio
Um barco inclinado em busca de equilíbrioUm barco inclinado em busca de equilíbrio
Um barco inclinado em busca de equilíbrio
 
Um barco inclinado ee
Um barco inclinado eeUm barco inclinado ee
Um barco inclinado ee
 
Programa Eleitoral da Lista Candidata à Câmara Municipal de Alter do Chão
Programa Eleitoral da Lista Candidata à Câmara Municipal de Alter do ChãoPrograma Eleitoral da Lista Candidata à Câmara Municipal de Alter do Chão
Programa Eleitoral da Lista Candidata à Câmara Municipal de Alter do Chão
 
Novas oportunidades para as áreas rurais
Novas oportunidades para as áreas ruraisNovas oportunidades para as áreas rurais
Novas oportunidades para as áreas rurais
 
Análise à Criação de Riqueza Proposta Pelo MEP
Análise à Criação de Riqueza Proposta Pelo MEPAnálise à Criação de Riqueza Proposta Pelo MEP
Análise à Criação de Riqueza Proposta Pelo MEP
 
O dilema da desigualdade da distribuição da riqueza no continente africano
O dilema da desigualdade da distribuição da riqueza no continente africanoO dilema da desigualdade da distribuição da riqueza no continente africano
O dilema da desigualdade da distribuição da riqueza no continente africano
 
16 17 trab.sel.d-12_lh1_grp3_pl+m_6,19,22
16 17 trab.sel.d-12_lh1_grp3_pl+m_6,19,2216 17 trab.sel.d-12_lh1_grp3_pl+m_6,19,22
16 17 trab.sel.d-12_lh1_grp3_pl+m_6,19,22
 
Atlas portugal
Atlas portugalAtlas portugal
Atlas portugal
 

Mais de DigitEmotions

Carlos sousa 20140305_apresentacao_aljustrel
Carlos sousa 20140305_apresentacao_aljustrelCarlos sousa 20140305_apresentacao_aljustrel
Carlos sousa 20140305_apresentacao_aljustrelDigitEmotions
 
Antonio parreira conferencia_aljustrel_2014_2
Antonio parreira conferencia_aljustrel_2014_2Antonio parreira conferencia_aljustrel_2014_2
Antonio parreira conferencia_aljustrel_2014_2DigitEmotions
 
Antonio delgado conferências de aljustrel_v1
Antonio delgado conferências de aljustrel_v1Antonio delgado conferências de aljustrel_v1
Antonio delgado conferências de aljustrel_v1DigitEmotions
 
Smart rural apresent14-aljustrel
Smart rural apresent14-aljustrelSmart rural apresent14-aljustrel
Smart rural apresent14-aljustrelDigitEmotions
 
António costa da silva Aljustrel Abril 2014
António costa da silva Aljustrel Abril 2014António costa da silva Aljustrel Abril 2014
António costa da silva Aljustrel Abril 2014DigitEmotions
 
Aljustrel 2014 abril
Aljustrel 2014 abril Aljustrel 2014 abril
Aljustrel 2014 abril DigitEmotions
 
Desfios de aljustrel 04 abril 2014
Desfios de aljustrel 04 abril 2014Desfios de aljustrel 04 abril 2014
Desfios de aljustrel 04 abril 2014DigitEmotions
 

Mais de DigitEmotions (7)

Carlos sousa 20140305_apresentacao_aljustrel
Carlos sousa 20140305_apresentacao_aljustrelCarlos sousa 20140305_apresentacao_aljustrel
Carlos sousa 20140305_apresentacao_aljustrel
 
Antonio parreira conferencia_aljustrel_2014_2
Antonio parreira conferencia_aljustrel_2014_2Antonio parreira conferencia_aljustrel_2014_2
Antonio parreira conferencia_aljustrel_2014_2
 
Antonio delgado conferências de aljustrel_v1
Antonio delgado conferências de aljustrel_v1Antonio delgado conferências de aljustrel_v1
Antonio delgado conferências de aljustrel_v1
 
Smart rural apresent14-aljustrel
Smart rural apresent14-aljustrelSmart rural apresent14-aljustrel
Smart rural apresent14-aljustrel
 
António costa da silva Aljustrel Abril 2014
António costa da silva Aljustrel Abril 2014António costa da silva Aljustrel Abril 2014
António costa da silva Aljustrel Abril 2014
 
Aljustrel 2014 abril
Aljustrel 2014 abril Aljustrel 2014 abril
Aljustrel 2014 abril
 
Desfios de aljustrel 04 abril 2014
Desfios de aljustrel 04 abril 2014Desfios de aljustrel 04 abril 2014
Desfios de aljustrel 04 abril 2014
 

Antonio fegueiredo Aljustrel 04 abril 2014

  • 1. António Manuel Figueiredo MODELO DE DESENVOLVIMENTO E A QUESTÃO TERRITORIAL
  • 2. TRÊS IDEIAS FUNDAMENTAIS E UMA APLICAÇÃO  1. Da encruzilhada ou precipício atuais à necessidade de respirar para pensar o modelo de desenvolvimento e o território  2. Inovação territorial ou territórios de inovação?  3. As mais valias do território são diferentes consoante as opções do modelo de desenvolvimento para Portugal!  Aplicação ao caso do Alentejo Apresentação 2 0
  • 3. MAIS PRECIPÍCIO DO QUE ENCRUZILHADA …  A tripla crise da economia e da sociedade portuguesas  Crise do modelo de afetação de recursos, de financiamento, anemia do crescimento económico, mudança estrutural imposta pela adaptação à globalização  Crise financeira internacional, grande recessão internacional e recuperação anémica e titubeante  Desastrada (intencionalmente?) abordagem à crise das dívidas soberanas no edifício do euro não preparado para situações de stress  Caminhamos para um precipício ou para uma implosão com várias configurações possíveis … O contexto 3 1
  • 4. UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO OCULTO NÃO ESCRUTINADO DEMOCRATICAMENTE…  Embaratecimento da força de trabalho e efeitos perversos dinâmicos de não inovação empresarial e baixos investimentos em educação por parte das famílias, indivíduos e empresas …  Empobrecimento de largas franjas da população  Agravamento de desigualdades  País fraturado em múltiplas dimensões: os almofadados e os não almofadados; os novos e os velhos; os empreendedores e os não empreendedores e muitas mais que imaginação não falta ao processo O contexto 4 1
  • 5. UMA ALTERNATIVA ?  Continuidade imperiosa da melhoria de qualificações: melhorar fluxos para quebrar a inércia dos stocks…  Mudança do perfil de especialização produtiva: mais do que setores novos, emergentes ou consolidados … capacidade de absorção de mais qualificações  Inovação e conhecimento para responder ao estímulo da progressão salarial  Escolhas públicas sensatas : almofadas sociais e libertação de recursos de investimento público para potenciar exclusivamente a transição O contexto 5 1
  • 6. O contexto 6 1 O peso dos stocks e da inércia do passado
  • 7. Factos 7 2 Alentejo (PT) 78,4 Centro (PT) 78,2 Norte (PT) 77,7 Malta (MT) 74,2 Algarve (PT) 71,7 Extremadura (ES) 67,4 Ciudad Autónoma de Melilla (ES) 65,0 Castilla-La Mancha (ES) 64,8 Lisboa (PT) 64,5 Ionia Nissia (EL) 64,1 Mecklenburg-Vorpommern (DE) 16,3 Brandenburg – Nordost (DE) 16,2 Sachsen-Anhalt (DE) 16,0 Bratislavský kraj (SK) 14,1 Brandenburg – Südwest (DE) 14,0 Leipzig (DE) 13,4 Thüringen (DE) 13,1 Dresden (DE) 13,0 Chemnitz (DE) 11,9 Praha (CZ) 10,7 AS 10 PIORES AS 10 MELHORES
  • 8. Contexto 8 1 De novo a Inércia dos stocks Um país fraturado
  • 9. VIABILIDADE?  Sozinhos, permanecendo no euro e sem interpelar a questão europeia? Não ou muito dificilmente !  Com a ajuda dos Fundos Estruturais num quadro de aplicação ótima e irrepreensível dos mesmos? Ajuda se tivermos juízo mas não chega!  A mudança estrutural que se pede a Portugal não é possível num clima simultâneo de mercado único (leis da concorrência) permanecendo no euro!  Como a saída do euro me assusta e não acredito nas virtualidades da desvalorização competitiva …  Fica a saída da mudança estrutural com respostas tecidas no seio da organização europeia … O contexto 9 1
  • 10. E OS TERRITÓRIOS, COM OU SEM INOVAÇÃO?  Consoante o modelo, as mais-valias são diferentes …  No cenário de empobrecimento, territórios em declínio demográfico como o Alentejo serão marginalizados das migalhas do modelo, sobretudo em termos de emprego …  No cenário alternativo, o Alentejo pode constituir um ativo territorial da transição, sobretudo se for possível alguma convergência sobre os futuros respirados pelos vários Alentejos …  Mas estamos a discutir o território sem conhecer com toda a profundidade os efeitos do empobrecimento em curso no território …  A geografia da crise – os mapas de João Ferrão (2005-2007) versus (2009-2011)  Fratura das dicotomias litoral-interior; rural-urbano Territórios e modelos de desenvolvimento 10 2
  • 11. QUE PAPEL PARA OS TERRITÓRIOS E PARA A INOVAÇÃO TERRITORIAL?  TERRITÓRIO como fator de resiliência e de amortecimento à degradação das condições de vida …  Longa experiência e sabedoria do Alentejo alicerçada na intervenção municipal e das associações de desenvolvimento local  TERRITÓRIO como recurso e ativo ao serviço de um modelo de desenvolvimento que não frature o país, que valorize a melhoria das qualificações combatendo a inércia do stock  Criar e atrair no Alentejo uma base produtiva que coexista amigavelmente e valorize as amenidades urbanas, ambientais, patrimoniais e culturais da Região  No Alentejo o tempo é tudo e é possível encontrar o tempo. Territórios e modelos de desenvolvimento 11 2
  • 12. TERRITÓRIOS DE INOVAÇÃO VERSUS INOVAÇÃO TERRITORIAL  Inovação significa sempre, incremental ou disruptiva, combinar melhor recursos existentes, segundo uma tipologia lata de recursos  Só episodicamente a inovação assenta num recurso novo descoberto mais ou menos acidentalmente …  Em termos restritos de inovação tecnológica, os territórios menos densos são sempre penalizados …  A inovação relaciona-se com o território através dos tipos de conhecimento que as atividades utilizam mais intensivamente: conhecimento analítico, sintético e simbólico Territórios e inovação 12 2
  • 13. TERRITÓRIOS DE INOVAÇÃO VERSUS INOVAÇÃO TERRITORIAL  Conhecimento analítico: as atividades procuram as grandes concentrações localizadas de conhecimento  Conhecimento sintético (problem solving e conhecimento associado): concentrações de saberes, qualificações, clusters…  Conhecimento simbólico: relevância do urbano, amenidades criativas, ambiências e atmosferas urbanas  Realidade impiedosa: hierarquia e concentração Territórios e inovação 13 2
  • 14. INOVAÇÃO TERRITORIAL  Outro campo e outras oportunidades  No fundo combinar melhor os recursos num dado território  Cooperação entre recursos  Inovação na governação  I&D (multidisciplinarmente ampla) em co-promoção com os territórios para a inovação territorial: uma nova figura a promover Territórios e inovação 14 2