SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 112
II ATO
AUDIODESCRIÇÃO
Jacy îandé Jacy
Mba-e pé moindy îandé taba
Tupã our tym
Isapé îandé taba
Ixé asô Xe sy Jacy
To-uri pitibõ
Ixé asó Xe uby Tupã
Pé îandé taba by
Ama mba’é Taba Ama
Supy Atã Tupã
Ama mba’é Taba Ama
Amaé Tupã Piain Ndêtã
Ama mba’é Taba Ama
Ama Paui Betã
Ama mba’é Taba Ama
Taba Tupinambá
Puransy
Porancy
Dança e
Cantoria
Ritual
Tupinambá
ASSIM
COMEÇAM
OS NOSSAS
RODAS DE
CONVERSA
Jacy é nossa lua
Que clareia nossa aldeia
Tupã venha ramiar
Iluminar nossa aldeia
Vou pedir a minha mãe Jacy
Que venha nos ajudar
Vou pedir a meu pai Tupã
Pra nossa aldeia se levantar
Levanta essa aldeia, levanta
Com as forças de Tupã
Levanta essa aldeia, levanta
Olha Tupã as filhas e os filhos seus
Levanta essa aldeia, levanta
Levanta sem demorar
Levanta essa aldeia, levanta
Aldeia Tupinambá
Puransy
Porancy
Dança e
Cantoria
Ritual
Tupinambá
ASSIM
COMEÇAM
OS NOSSAS
RODAS DE
CONVERSA
AS
SOMOS POVO
TUPY
FILHAS/FILHOS
DE ÏACY
Katupituna...Emimotara Opá KatuanaPupéOpakatu
(Boanoite ... Desejoque tudo bemcomTodes,Todase Todos!)
TybaT-eté AngaCatupei MoronguetáPurasisauaGüyp
(Somos Corpas/Corpose Almas Nuas com Sentimentos Instintivos que dançamo tempotodo
no espaço)
Carama Suí Îe’emonguetá Îe’engara: Caruba Moema Îe’engaTúibaepaguama
Aneramei PorancyAçu
Roda De Conversas E Cantigas: Encantamentos Das Falas AncestraisComo Uma Grande
Dança
Carama suí Îe’emonguetá Îe’engara teé pé yba rura:
EstaRoda de ConversasCantigasé diferenteporque guiada pelos:
Carubasuíyapusuí Caruana, Tupixuara, Anhanga
ã tamanhangasupé Kaaetée suí Jurema, yapumoemaY
Encantamentos dos sons dos Espíritos Bons, Familiares e Protetoresda Naturezaque povoamas
Matas/Florestade Jurema, sons das Águas
suí Yara/Yanaina, Ka’áipora, yapusuí Ybaka suí Gûyrá, Guarassy, Îacy yapus suí
Aras suí AupabaTupinambá Olivença
de Yara/Janaína, Protetora das Matas,sons do Céu dos Pássaros,Espírito Solar,Lua sons
dos SeresViventes do Território TupinambáOlivença
Olivença
Xemba Opaba
Tupinambá
Xemba Anamã
I-maraca
Iru-monbi
E-mbaé Apoanã
Io Lé Lé Iá Há
Io Li Lela Há
Casé Angatu
Olivença
É Minha Terra
Tupinambá
É Minha Nação
Maracá
É Instrumento
De LutaE Devoção
Io Lé Lé Iá Há
Io Lé Lela Há
xembaéojei etama– yapubae te ecoaramaenduassabalugaronde hojemoro - sons que
habitamminhamemória...
ecoaraangae-eté... aberamei îe’engaramoemaîe’engatúibaepaguamaporancyaçu
habitamminhaalmacorpo... como cantigasdas falas ancestrais numagrande dança
ÎandêIanéAra Masuí Xukui Amó Ara MaramoñangaÑeranaIcobé
Já Somos Um MundoOndeCabemMuitos Mundos De Lutas, (Re)existências E Resistências
Não Precisamos Esperar O Por Vir O Futuro.
Somos O PresenteDo Tempo Passado,O PresenteDo Tempo Futuro
AWÊRÊ
AIÊNTÊN
!!!
A LICENÇA E KUEKATURETÉ
- TODAS PESSOAS PRESENTES
- TODAS PESSOAS PARENTAS
A LICENÇA E KUEKATURETÉ
À TODAS PESSOAS QUE FLUTIFICAM ESTE
DIREITOS HUMANOS NOS MUSEUS
A LICENÇA E KUEKATURETÉ
- SUZY SANTOS
- VANESSA MARINHO
- BRUNO NAOMSSA HAYASHI
- CAROLINA ROCHA
A LICENÇAE KUEKATURETÉ
- AO POVO QUILOMBOLA !
- POPULAÇÃO NEGRA !
- Pessoas Migrantes!
- Pessoas Imigrantes !
- Pessoas Refugiadas
- AO POVO DAS QUEBRADAS, PERIFERIAS, FAVELAS, OCUPAÇÕES, NAS
RUAS/PRAÇAS/VIADUTOS, RETOMADAS & TABAS
Piratininga (SãoPaulo)
Pindoyby (Brasil)
&
Abya Yalla (“América”)
São SimTerras Indígenas,
Quilombolas, Negras,
Nordestinas, Migrantes,
Imigrantes
E de Pessoas Refugiadas
"Îandê Aupaba”
(Somos a Terra de
Origem)”
Casé Angatu
A LICENÇA E KUEKATURETÉ
AO POVO DAS/DOS ENCANTADAS/XAMÃS,
POVO DAS ORIXÁS, TERREIRO,
POVO DE SANTO
POVO DE TODAS RELIGIOSIDADES
E RELIGIÕES
SARAVÁ PRA QUEM É DO SARAVÁ
AMÉM PARA QUE É DO AMÉM
AXÉ PARA QUEM É DE AXÉ
MOTUMBÁ PARA QUEM É MOTUMBÁ
OKÊ ARÔ
OGUNHÊ
Ubuntu
Odoyá
AIÊNTÊNAWÊRÊ!!!
A LICENÇAE KUEKATURETÉ
NOSSAS
ENCANTADAS,
ANCESTRAIS,
PESSOASANCIÃS!
QUENOS ORIENTAMEMNOSSO BEM
VIVERINDÍGENAE AS PRÁTICASDE
CUIDADO
A LICENÇAE KUEKATURET
MOROBIXABAS,
PAJÉS!
A LICENÇA E
KUEKATURETÉ
KUNÃTÃS,
KURUMINS
A LICENÇAE
KUEKATURETÉ
DA NATUREZA
SAGRADAS
NOSSA LUTA É
RITUAL E EU NÃO
ANDO SÓ ...
A LICENÇA E KUEKATURETÉ
AS PESSOAS PARENTAS ENCANTADAS
“SÓ É INDÍGENA DE LUTA AQUELA PESSOA
QUE CARREGA
O SANGUE DAS PESSOAS MORTAS
A CERTEZA DA LUTA DAS VIVAS”
.
MASCARRADO
TUPINAMBÁ
ENCANTADO
EM
JANEIRO/2014
DONA ANGELINA
TUPINAMBÁ – UMA SÁBIA
ENCANTADA EM 20/03/2018
- Xicão Xukuru
- Mario Juruna
- Quitéria Binga
Pankararu
- GaldinoPataxó
- ÂngeloKretã
- Sepé Tiaraju
&
TANTAS OUTRAS
PESSOAS PARENTES
- Pikyroby
- Jaguanharan
- Cairuçu
- Aimberê
- Koakira
- Guayxará
- Kuñabebe
- Tybira
- Caboclo Marcelino
- Amotara
- ZambelêPataxó
- Maninha Xukuru
- Dona Angelina
- Dadá
- Catarina Paraguaçu
("Guaibimpará")
- Madalena Caramuru
- Bartira
- Marçal de Souza
Tupã Y
“minha mãe natureza
Elas e Eles não foram sepultadas
... foram plantadas
minha mãe natureza
para que delas nasçam novos
pessoas guerreiras”
À TODAS AS VÍTIMAS
DA BIONECROPOLÍTICA QUE RADICALIZA O
BIONECROPODER QUE ENFRENTAMOS A
523 ANOS
O GENOCÍDIO E O ETNOCÍDIO TEM:
- COR E GÊNERO
- ETINICIDADE INDÍGENA, NEGRA,
- BEM COMO, EXTRATO SOCIAL ...
DESPOSSUÍDOS DE RIQUEZA MATERIAL
Povos Originários
São mais de 500 Anos de Resistências, (Re)Existênciase Protagonismos
contrao genocídio e etnocídio.
O BRASILFOI INVADIDO!
não temos rancor,
mas
possuímos memória
Prof. Dr. Carlos José
Ferreirados
Santos
Casé Angatu
Xukuru
Tupinambá
III ATO
- Graduado em História pela Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Sou Historiador
(Bacharel e Licenciado) à cerca de 35 anos
- Mestre em História pela PUC/SP,
- Doutor pela USP – Universidade de São Paulo
– Faculdade de Arquitetura e Urbanismo –
FAU/USP
- Pós-Doutorado no Programa de Psicologia da
UNESP/ASSIS
Leciono desde 1989 – tenho mais
de 30 anos como educador
ENTRETANTO,
NÃO SOU UM DOUTOR, PÓS-DOUTORANDO,
HISTORIADOR E EDUCADOR QUE É INDIGENA
SOU ÍNDIGENA QUE É DOUTOR, PÓS-
DOUTORANDO, HISTORIADOR E EDUCADOR
PRIMEIRO VEM MINHA INDIANIDADE E
SABEDORIA ANCESTRAL ATRAVÉS DAS
ANCIÃS/ANCIÕES, DAS KUÑATÃS,
KURIMINS, SERES NÃO HUMANOS E DA
ENCANTADA NATUREZA
Caso precise escolher:
- Entre a Sabedoria e o Conhecimento acadêmico fico com a Sabedoria
- Não é a Sabedoria que tem que se adequar ao Conhecimento
acadêmico. Se a Sabedoriaé circular e o Conhecimento quadrado ...
Não irei enquadrara Sabedoria e simfazercom que o conhecimento
fique circular.
Caso precise escolher:
- Entre a Memória e a História fico com a Memória
ISTO É UM POUCO DO QUECONSIDERO SER
CONTRACOLONIALIDADE
Uma consideração importante antes de
prosseguirmos:
Não “represento” os Povos Indígenas
mesmo sendo Indígena e morando
numa Aldeia, numa uka que fica na
Terra Indígena localizada no Território
Tupinambá de Olivença – Ilhéus/Bahia
PORTANTO, NÃO FALO AQUI PELOS POVOS
INDÍGENAS OU PELOS
MOVIMENTOS/ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS
QUE POSSUEM SUAS ENTIDADES
MESMO POR UM POVO ESPECIFICO QUE
TEM SEUS CACIQUES/LIDERANÇAS, APESAR
DE MORAR NA TI TUPINAMBÁ
Esta Îe’engara é fruto das vivências,
sentimentos e pensamentos
coletivos experimentados ao longo
dos caminhos percorridos e
convívios com minha ancestralidade
originária, seres humanos, não
humanos, encantadas e encantados
da Natureza Sagrada.
Quando falamos de Povos Originários
deveríamos falarmos sempre no plural
porque somos:
- SEGUNDO IBGE (2010): 305 POVOS
- SÓ NA BAHIA SÃO 30 POVOS
- FALANTE DE MAIS DE 274 LÍNGUAS
A PERCEPÇÃO DA DIVERSIDADE
INDÍGENA É FUNDAMENTAL,
INCLUSIVE PARA PENSARMOS SOBRE
A TEMÁTICA PROPOSTA:
“A racialização de sujeitos plurais:
processos históricos, estruturas sociais
e subjetividades”
- Existem Indígenas Autônomos Afastados
e assim devem ser respeitados
- Indígenas em Contatos Recentes que
protagonizam diferentes formas
(espirituais, culturais, históricas, sociais)
desses contatos
- Em contatos seculares e que também
protagonizam diferentes formas
(espirituais, culturais, históricas, sociais)
desses contatos
- Existem Indígenas em cidades ou em seus
arredores morando em Aldeias (Real
Parque, Filhos da Terra, os Parentes
Guaranis, Aldeia Marakanã), conjuntos
habitacionais, periferias nas ruas também
com diferentes formas de relações
espirituais, culturais, históricas, sociais
- Indígenas Autodeclarados de forma
individual ou coletiva com diferentes
temporalidades nesta autodeclaração e que
também com diversas formas de relações
espirituais, culturais, históricas, sociais
A PERCEPÇÃO DA
DIVERSIDADE
INDÍGENA COMO
FUNDAMENTAL
Mas quais seriam as razões que
levam ao genocídio e etnocídio dos
Povos Originários?
VI ATO
A racialização
de sujeitos
plurais:
processos
históricos,
estruturas
sociais e
subjetividades
NO CASO DOS POVOS
INDÍGENA
NO SÓ O RACISMO É
ESTRUTURAL, MAS
TAMBÉM O GENOCÍDIO
E O ETNOCÍDIO
PARTO DO PRINCÍPIO QUE
SÃO DESEJÁVEIS E ESTRUTURAIS
NÃO SÓ RACISMO CONTRA OS
POVOS ORIGINÁRIOS, MAS TAMBÉM
GENOCÍDO
ETNOCÍDIO
EPISTEMICÍDIO/COSMOCÍDIO
ECOCÍDIO
MAS NÃO SEM:
POR VEZES ME
PERGUNTAM:
“POR QUE PARA MUITAS
PESSOAS É DIFÍCIL OU
IMPOSSÍVEL ENCONTRAR A
PRESENÇA INDÍGENA NA
HISTÓRIA E FORMAÇÃO
SOCIOCULTURAL
BRASILEIRA
E DELA MESMA?”
Foto: Flávia Cunha Flacc
AO QUE RESPONDO
QUE ESSE
SILENCIAMENTO E
INVISIBILIDADE SÃO
AÇÕES RACISTAS E
ETNOCIDAS
PROPOSTITAIS
PARA TENTAR
SILENCIAR NOSSAS
PRESENÇAS EM VOCÊ
DESEJAM NÓS SILENCIAR E/OU “INVISIBILAR”
JUSTAMENTE POR CAUSA DE NOSSOS SABERES, DE
NOSSAS FORMAS DE SERMOS, VIVERMOS E
RELACIONARMOS COM A NATUREZA
PORQUE YBY (A TERRA) & NOSSOS T-ETÉ
(CORPOS) SE CONFUDEM NUM SÓ TERRITÓRIO
JÁ CULTIVAMOS
O FUTURO
COTIDIANA E
ANCESTRALMENTE
JÁ SOMOS
O PORVIR E NÃO
FICAMOS
ESPERANDO
POR ELE
ÏANDÊ IANÉ
ARA MASUÍ
XUKUI AMÓ ARA
OUTRO MUNDO ONDE CABEM
VÁRIOS MUNDOS
AQUI TINHA UMA GRANDE
NAÇÃO
DESCOBERTA PELOS BRANCOS
PARA NÓS POVOS: INVASÃO
AQUI NÃO TINHA DIVISA
NÃO TINHA CERCA
NOSSA RIQUEZA ERA PARTILHA
AQUI NÃO SE ACUMULAVA NADA
HOJE TUDO É GARANTIA
MAS QUEM PRATICA A
IGUALDADE
NÃO PRECISA DE UTOPIA
(POESIA DE AMOTARA, 2013)
ESTA NOSSA FORMA DE SERMOS INCOMODA OS
DONOS DO PODER POLÍTICO E ECONÔMICO
E POR ISSO DESEJAM NÓS SILENCIAR E/OU
“INVISIBILAR” JUSTAMENTE POR SERMOS DESTE
NOSSO MODO.
AQUILO QUE MUITOS CHAMAM DE NOSSA
COSMOLOGIA (OU UNIVERSO EPISTÉMICO),
FORMA DE SERMOS, DE NOS RELACIONARMOS
COM O MUNDO, COM A NATUREZA, VIVERMOS
COLETIVAMENTE E NOSSA ESPIRITUALIDADE
... NATURALMENTE NÃO SE ENCAIXAR AO
CAPITALISMO, SEU ESTADO E ORDEDAMENTO
JURÍDICO
NOSSOS SABERES E FORMAS DE SERMOS SE
EXPRESSAM EM NOSSAS PINTURAS CORPORAIS,
RITUAIS, DANÇAS (RAMEAR), CANTOS, REZAS,
ARTESANTAOS, OCAS, MANUSEIO DA NATUREZA
(PESCA, ROÇA, COLETAS, FARINHA, MOQUECA,
GIROBA),
PODEMOS ATÉ ESTARMOS EM MUSEUS,
BIBLIOTECAS, SALÕES DE ARTES OU CENTROS
DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS ... PORÉM,
NOSSOS SABERES SÃO NATURAIS
É EM SI (POLITICAMENTE DE FORMA
CONSCIENTE OU NÃO) NOSSA
SABEDORIA, FORMA DE SERMOS E
DE NOS RELACIONARMOS COM A
NATUREZA – COSMOLOGIA (OU
UNIVERSO EPISTÉMICO OU
“CIÊNCIA”)
É
ANTICAPITALITA, ANTIBURGUESA,
ANTIMERCADOLÓGICA,
ANTIESTATAL E ´PARA MUITOS
NUMA LEITURA COLONIAL:
ANTICIENTIFICA
POR ISTO NOS CHAMAM DE INDOLENTES,
PREGUIÇOSOS, IMPRODUTIVOS, SEM REGRAS
Talvez TAMBÉM por isto Pero Magalhães de Gandavo em
sua “História da Província de Santa Cruz, escrita em 1578,
disse que nossa língua (Tupy)
“Carec(ia) de três letras, convém a saber, não se
acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de
espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem
Rei, e desta maneira vivem desordenadamente.”
CARREGAMOS E NOSSOS CORPOS,
VIVÊNCIAS E ANGAS UM OUTRO
MUNDO POSSÍVEL
CARREGAMOS EM NOSSOS CORPOS, VIVÊNCIAS E
ANGAS
UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL ONDE CABEM
VÁRIOS MUNDOS QUE NÃO ESTÁ SÓ “NO POR
VIR”
MAS QUE JÁ É EXISTENTE
RESISTENTE
E (RE)EXISTE
E ISTO INCOMODA
NÃO QUEREMOS A TERRA COMO
NECESSARIAMENTE UNIDADE PRODUTIVA,
PECUÁRIA, EXPLORAÇÃO DE SUAS
RIQUEZAS ENERGÉTICAS, MINERAIS,
ESPECULAÇÃO FUNDIÁRIA, EXPLORAÇÃO
DO TRABALHO, PRODUÇÃO DE CAPITAL
DEMARCAÇÃO DE TERRA INDÍGENA NÃO É
REFORMA AGRÁRIA OU PRA CRIAR
UNIDADE PRODUTIVA
EM NOSSA NATUREZA NÃO TEMOS O
“PRINCÍPIO” DA PROPRIEDADE PRIVADA
DA TERRA, EXPLORAÇÃO DO TRABALHO
HUMANO E DA NATUREZA
Não éramos, não somos ou nem
seremos donos da terra ...
SOMOS A PRÓPRIA TERRA.
Îandê Yby
CARREGAMOS E NOSSOS CORPOS,
VIVÊNCIAS E ANGAS UM OUTRO
MUNDO POSSÍVEL QUE NÃO ESTÁ SÓ
“NO POR VIR”, MAS QUE JÁ É
EXISTENTE, RESISTENTE E
(RE)EXISTENTE E ISTO INCOMODA
SOMOS A TERRA
Não queremos e nem produzimos o capital e por
assim sermos somos considerados empecilhos ao
desenvolvimento do capitalismo.
Isto aparece quando nos perguntam:
“pra que Índio quer tanta terra sem não
produz ...”
Assim falam os que são contrários a nos e
então respondemos: porque nós somos a
terra e os protetores da natureza ...
DE FORMA CONSCIENTE OU NÃO NOSSA
AUTONOMIA, PROTAGONISMO,
SUBJETIVAÇÃO, SABEDORIA, FORMA DE
SERMOS E DE NOS RELACIONARMOS COM A
NATUREZA – COSMOLOGIA (OU UNIVERSO
EPISTÉMICO OU “CIÊNCIA”)
É NATURALMENTE
ANTICAPITALITA, ANTIBURGUESA,
ANTIMERCADOLÓGICA, DECOLONIAL E
ANTIESTATAL
NÃO PORQUE PLANEJAMOS SER ASSIM, MAS
PORQUE SOMOS ASSIM
EIS AQUI NOSSO SAGRADO (NOSSA
SACRALIDADE DA VIDA) QUE É NOSSA
COSMOLOGIA, TENDO A NATUREZA COMO
CENTRO (CULTURA BIOCÊNTRICA), DIFERENTE
DO ANTROPOCENTRISMO NARCISISTA E
EGOICO. UMA SACRALIDADE REPLETA DE
SERES HUMANOS E NÃO HUMANOS EM
DIFERENTES FORMAS, SONS NEM SEMPRE
VISIVÉIS OU AUDIVÉIS ... NÃO SOMENTE O SER
HUMANO
SOMA-SE A ISSO NOSSO
Direito Congênito, Originário,
Natural, Relacional,
Existencial
À TERRA NÃO COMO
PROPRIEDADE, MAS
PORQUE SOMOS A TERRA:
MIRA IRA – SOMOS O MEL DA
TERRA.
DIREITO
CONGÊNTIO,
ORIGINÁRIO,
ANCESTRAL,
NATURAL
À
TERRA
NOSSO DIREITO PRECEDE E SUCEDE AO
DUREITO À PROPRIEDADE PRIVADA E
ESTATAL ... NÃO É TERRA PARA
REFORMA AGRÁRIA OU UNIDADE
PRODUTIVA
NÃO FOMOS NÓS QUE DECLARAMOS
GUERRA AO CAPITAL E SEU ESTADO,
MAS SIM ELES.
SÃO ELES QUE NOS CONSIDERAM COMO
EMPECILHOS ÉTNICO-RACIAIS ÀS SUAS
POLÍTICAS DE DEVASTAÇÃO DA
NATUREZA, DE EXPLORAÇÃO DO
HUMANO PELO HUMANO,
NÃO AO
GENOCIDA
MARCO
TEMPORAL
Piratininga (SãoPaulo)
Pindoyby (Brasil)
&
Abya Yalla (“América”)
São SimTerras Indígenas,
Quilombolas, Negras,
Nordestinas, Migrantes,
Imigrantes
E de Pessoas Refugiadas
STF ...
SUA DEMORA EM
DECIDIR
NOS MATA!
(15 DE
SETEMBRO/2021)
DIZEM:
“A LEI TARDA MAIS NÃO
FALHA”
DIGO:
“A LEI TARDANDO JÁ
ESTÁ FALHANDO”
A LEI
TARDANDO
JÁ ESTÁ
FALHANDO
NÃO À
PL 191
POR ISTO ATÉ PODEMOS ESTAR EM SUAS VIDAS
ANCESTRAIS, PRESENTES E FUTURAS, MAS VOCÊ
NÃO PODE SABER DISSO. VOCÊ NÃO PODE TER
EMPATIA CONOSCO OU COMEÇAR A PERCEBER
QUE TAMBÉM TEM DIREITOS VIOLADOS. O
GOVERNO É CONTRA A AUTODECLARAÇÃO
PORQUE
É EM SI (DE FORMA CONSCIENTE OU NÃO) NOSSA
AUTONOMIA, PROTAGONISMO, SUBJETIVAÇÃO,
SABEDORIA, FORMA DE SERMOS E DE NOS
RELACIONARMOS COM A NATUREZA INCOMODA
OS DONOS DO PODER POLÍTICO E ECONÔMICO
OS DONOS DO PODER ECONÔMICO E POLÍTICO
SEMPRE AGIRAM DE DUAS FORMAS CONOSCO
SEJA NA COLÔNIA, IMPÉRIO E/OU REPÚBLICA
- POR UM LADO: UMA CONSTANTE TENTATIVA DE
CATEQUIZAR/EVANGELIZAR, ASSIMILAR, CIVILIZAR,
COOPTAR : COMO SUPOSTA TOLERÂNCIA
- POR OUTRO LADO: CRIMINALIZAÇÃO E GUERRAS
(IN)JUSTAS: REVELANDO A INTOLERÂNCIA
As formas pelas quais esta histórica transgressão de
direitos ocorre, em nossa leitura, variou entre:
- ASSIMILAÇÃO, CATEQUIZAÇÃO, EVANGELIZAÇÃO,
CIVILIZAÇÃO, ACEITAÇÃO, COOPTAÇÃO
(SUSTENTABILIDADE, EMPREENDORISMO, EXEMPOS DE
EXPERIÊNCIAS QUE DERAM CERTO ...): COMO
SUPOSTA TOLERÂNCIA
- CRIMINALIZAÇÃO E GUERRA JUSTA: REVELANDO A
INTOLERÂNCIA
OU
- ETNOCÍDIO: TOLERANTE
- GENOCÍDIO: INTOLERANTE
JUSTIFICARAM OS
GENOCÍDIOS,
ESTUPROS,
ESCRAVIDÃO,
TORTURA POR
SERMOS HERDEIROS
DE CAM
VII ATO
PROTAGONIZANDO NOSSAS
RESISTÊNCIAS E (RE)EXISTÊNCIAS
Nestes 522 anos
Historicamente os Invasores
Europeus, os Donos do
Poder Econômico/Político
(Estado),
Decretaram “Guerra” aos
Povos Originários seja na
Colônia, Império,
República
Aliás, não foram
guerras que eles
decretaram ...
foram massacres
genocidas
porque as armas
eram/são desiguais
Guerra
fizemos/fazemos nós
... Guerra de
Resistência e
(Re)existência
Protagonizamos nossa
resistência Guerra de
resistência e
(re)existência, entre
elas :
“Quem deu este nó
Não sobe dá
Desamarra esta corrente
Deixa o Índio Trabalhar”
“Para quem resiste a 518 anos
Uma noite não é nada”
A Confederação dos Tamoios (TAMOYA) a
denominação dada à revolta liderada pelo Povo Tupinambá que
ocupava entre Bertioga e Cabo Frio em conjunto com Goitacás
e Aimorés contra os portugueses, entre 1556 e 1567, embora
tenha-se notícia de incidentes desde 1554.
- Cacique Tupinambá Cairuçu: acabou morrendo em cativeiro.;
- Seu filho, Aimberê, assumiu o comando do Povo Tupinambá e
declarou guerra aos colonos portugueses e aos Tupiniquins.
- Para fortalecer o levante, ele se reuniu com os membros
Tupinambás Pindobuçu, da Baía de Guanambara, Koakira, da
Aldeia de Ubatuba e Cunhambebe de Angra dos Reis
- Cunhambebe assumiu a liderança da Confederação dos
Cerco de
Piratininga
(09/07/1562),
Pikyroby (ou Piquerobi – Peixe
Verde)
Foi Morobixaba (Cacique) Tupy de Hururahy (Ururaí – atual
São Miguel Paulista). Antes, entretanto, morou com seu Povo
e outros Índios no entorno do atual Páteo do Collegio até
1560. Seis anos após a fundação do Patéo do Collégio data
de aniversário da cidade: 25/01/1554.
Por discordar da escravidão indígena e dos costumes dos
karaíbas (brancos), bem como dos outros indígenas que
conviviam com esta situação (como Tibiriçá e Cauby), este
Morobixaba Tupy decidiu com seu Povo morar entorno do
Rio Hururahy (Ururaí), proximidades do atual Rio Tietê, onde
hoje fica São MIguel.
Por estas razões, Iagoanhará ou Jaguanharan (Onça Feroz
– algumas versões dizem que era filho do próprio Pikyroby) e
outros indígenas resistentes (Carijó, Guaianá, Guaru, Tupy e
Tupiniquin Rebeldes) à presença karaíba, liderou o chamado
Cerco de Piratininga ou Guerra de Piratininga que ocorreu
entre os dias 09 e 10 de julho de 1562.
Este ataque ao local onde fica o atual Páteo do Collegio,
segundo os relatos jesuíticos, foram realizados com os
Índios entoando: “jukaí karaíba!”
- Levantes dos Goitacá (séc. XVI),
- Confederação dos Kariri (entre
1683 e 1713),
- Revolta de Mandu Ladino
(1712 a 1719),
- Guerra dos Sete Povos (1753-
1756),
Clovis Moura no capítulo “Revoltas em São Paulo” do
livro Rebeliões da Senzala (São Paulo: Liv. Editora
Ciências Humanas, 1981), faz as seguintes análise
acerca da presença de negros e escravos em São Paulo
- Revolta de Marcelino em
Olivença (Ilhéus/BA)
(década de 1930)
Imagem: Caboclinho, Marcionilo, Marcelino, Pedro
Pinto e Marcos Leite
Fonte: Jornal O Estado da Bahia 06 de novembro de
1936. Quando nossos Parentes foram presos
Jornal o Estado da Bahia – Década de 1930
FIM
MAS A HISTÓRIA
NÃO TEM FIM
Îandê Iané Ara Masuí Xukui Amó
Ara Maramoñanga Ñerana Icobé
REDE SOCIAL
INSTAGRAM:
@caseangatu

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Antirracismo em Museus Casé Angatu Sonhar o Mundo 2023

Coletânea SEFAPAMAA - Pontos Cantados (Edição 2)
Coletânea SEFAPAMAA - Pontos Cantados (Edição 2)Coletânea SEFAPAMAA - Pontos Cantados (Edição 2)
Coletânea SEFAPAMAA - Pontos Cantados (Edição 2)Bruno Campos de Medeiros
 
I Simpósio Quilombola 2
I  Simpósio Quilombola   2I  Simpósio Quilombola   2
I Simpósio Quilombola 2culturaafro
 
QEM PERDE COM A ELIMINAÇÃO DO PAJÉ EMYRA GUAYAPI DA ALDEIA WAIÃPÍ ?
QEM PERDE COM A ELIMINAÇÃO DO PAJÉ  EMYRA  GUAYAPI  DA  ALDEIA  WAIÃPÍ ?QEM PERDE COM A ELIMINAÇÃO DO PAJÉ  EMYRA  GUAYAPI  DA  ALDEIA  WAIÃPÍ ?
QEM PERDE COM A ELIMINAÇÃO DO PAJÉ EMYRA GUAYAPI DA ALDEIA WAIÃPÍ ?mallkuchanez
 
Jornadas ADEP 2011 - Todas as apresentações
Jornadas ADEP 2011 - Todas as apresentaçõesJornadas ADEP 2011 - Todas as apresentações
Jornadas ADEP 2011 - Todas as apresentaçõesADEP Portugal
 
Ano 02 nº 5 - maio junho - 2010
Ano 02   nº 5 - maio junho - 2010Ano 02   nº 5 - maio junho - 2010
Ano 02 nº 5 - maio junho - 2010inbrasci
 
O que é folclore por simone helen drumond
O que é folclore por simone helen drumondO que é folclore por simone helen drumond
O que é folclore por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 
A PROSPERIDADE ESTA NA ALMA.pptx
A PROSPERIDADE ESTA NA ALMA.pptxA PROSPERIDADE ESTA NA ALMA.pptx
A PROSPERIDADE ESTA NA ALMA.pptxMagda Gomes
 
Trabalhando a paragrafação a partir do tema “diversidade étnico-racial indígena”
Trabalhando a paragrafação a partir do tema “diversidade étnico-racial indígena”Trabalhando a paragrafação a partir do tema “diversidade étnico-racial indígena”
Trabalhando a paragrafação a partir do tema “diversidade étnico-racial indígena”Breados Online
 
Slides Diversidade 2009 Encontro Nr Es
Slides Diversidade   2009   Encontro Nr EsSlides Diversidade   2009   Encontro Nr Es
Slides Diversidade 2009 Encontro Nr Esguest0c5f235
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYmallkuchanez
 

Semelhante a Antirracismo em Museus Casé Angatu Sonhar o Mundo 2023 (20)

Indios
IndiosIndios
Indios
 
-
 -  -
-
 
Coletânea SEFAPAMAA - Pontos Cantados (Edição 2)
Coletânea SEFAPAMAA - Pontos Cantados (Edição 2)Coletânea SEFAPAMAA - Pontos Cantados (Edição 2)
Coletânea SEFAPAMAA - Pontos Cantados (Edição 2)
 
Dia dos Indios
Dia dos IndiosDia dos Indios
Dia dos Indios
 
Indios
Indios Indios
Indios
 
Indios
IndiosIndios
Indios
 
Relato ofo onam
Relato ofo onamRelato ofo onam
Relato ofo onam
 
Indios 1
Indios 1Indios 1
Indios 1
 
Informativo Janeiro 2010
Informativo Janeiro 2010Informativo Janeiro 2010
Informativo Janeiro 2010
 
I Simpósio Quilombola 2
I  Simpósio Quilombola   2I  Simpósio Quilombola   2
I Simpósio Quilombola 2
 
QEM PERDE COM A ELIMINAÇÃO DO PAJÉ EMYRA GUAYAPI DA ALDEIA WAIÃPÍ ?
QEM PERDE COM A ELIMINAÇÃO DO PAJÉ  EMYRA  GUAYAPI  DA  ALDEIA  WAIÃPÍ ?QEM PERDE COM A ELIMINAÇÃO DO PAJÉ  EMYRA  GUAYAPI  DA  ALDEIA  WAIÃPÍ ?
QEM PERDE COM A ELIMINAÇÃO DO PAJÉ EMYRA GUAYAPI DA ALDEIA WAIÃPÍ ?
 
Dar e receber
Dar e receberDar e receber
Dar e receber
 
Jornadas ADEP 2011 - Todas as apresentações
Jornadas ADEP 2011 - Todas as apresentaçõesJornadas ADEP 2011 - Todas as apresentações
Jornadas ADEP 2011 - Todas as apresentações
 
Ano 02 nº 5 - maio junho - 2010
Ano 02   nº 5 - maio junho - 2010Ano 02   nº 5 - maio junho - 2010
Ano 02 nº 5 - maio junho - 2010
 
O que é folclore por simone helen drumond
O que é folclore por simone helen drumondO que é folclore por simone helen drumond
O que é folclore por simone helen drumond
 
A PROSPERIDADE ESTA NA ALMA.pptx
A PROSPERIDADE ESTA NA ALMA.pptxA PROSPERIDADE ESTA NA ALMA.pptx
A PROSPERIDADE ESTA NA ALMA.pptx
 
Portifolio
Portifolio Portifolio
Portifolio
 
Trabalhando a paragrafação a partir do tema “diversidade étnico-racial indígena”
Trabalhando a paragrafação a partir do tema “diversidade étnico-racial indígena”Trabalhando a paragrafação a partir do tema “diversidade étnico-racial indígena”
Trabalhando a paragrafação a partir do tema “diversidade étnico-racial indígena”
 
Slides Diversidade 2009 Encontro Nr Es
Slides Diversidade   2009   Encontro Nr EsSlides Diversidade   2009   Encontro Nr Es
Slides Diversidade 2009 Encontro Nr Es
 
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SYMÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY
 

Último

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 

Último (20)

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 

Antirracismo em Museus Casé Angatu Sonhar o Mundo 2023

  • 1.
  • 2.
  • 4. Jacy îandé Jacy Mba-e pé moindy îandé taba Tupã our tym Isapé îandé taba Ixé asô Xe sy Jacy To-uri pitibõ Ixé asó Xe uby Tupã Pé îandé taba by Ama mba’é Taba Ama Supy Atã Tupã Ama mba’é Taba Ama Amaé Tupã Piain Ndêtã Ama mba’é Taba Ama Ama Paui Betã Ama mba’é Taba Ama Taba Tupinambá Puransy Porancy Dança e Cantoria Ritual Tupinambá ASSIM COMEÇAM OS NOSSAS RODAS DE CONVERSA
  • 5. Jacy é nossa lua Que clareia nossa aldeia Tupã venha ramiar Iluminar nossa aldeia Vou pedir a minha mãe Jacy Que venha nos ajudar Vou pedir a meu pai Tupã Pra nossa aldeia se levantar Levanta essa aldeia, levanta Com as forças de Tupã Levanta essa aldeia, levanta Olha Tupã as filhas e os filhos seus Levanta essa aldeia, levanta Levanta sem demorar Levanta essa aldeia, levanta Aldeia Tupinambá Puransy Porancy Dança e Cantoria Ritual Tupinambá ASSIM COMEÇAM OS NOSSAS RODAS DE CONVERSA AS
  • 7. Katupituna...Emimotara Opá KatuanaPupéOpakatu (Boanoite ... Desejoque tudo bemcomTodes,Todase Todos!) TybaT-eté AngaCatupei MoronguetáPurasisauaGüyp (Somos Corpas/Corpose Almas Nuas com Sentimentos Instintivos que dançamo tempotodo no espaço)
  • 8. Carama Suí Îe’emonguetá Îe’engara: Caruba Moema Îe’engaTúibaepaguama Aneramei PorancyAçu Roda De Conversas E Cantigas: Encantamentos Das Falas AncestraisComo Uma Grande Dança Carama suí Îe’emonguetá Îe’engara teé pé yba rura: EstaRoda de ConversasCantigasé diferenteporque guiada pelos:
  • 9. Carubasuíyapusuí Caruana, Tupixuara, Anhanga ã tamanhangasupé Kaaetée suí Jurema, yapumoemaY Encantamentos dos sons dos Espíritos Bons, Familiares e Protetoresda Naturezaque povoamas Matas/Florestade Jurema, sons das Águas
  • 10. suí Yara/Yanaina, Ka’áipora, yapusuí Ybaka suí Gûyrá, Guarassy, Îacy yapus suí Aras suí AupabaTupinambá Olivença de Yara/Janaína, Protetora das Matas,sons do Céu dos Pássaros,Espírito Solar,Lua sons dos SeresViventes do Território TupinambáOlivença
  • 11. Olivença Xemba Opaba Tupinambá Xemba Anamã I-maraca Iru-monbi E-mbaé Apoanã Io Lé Lé Iá Há Io Li Lela Há Casé Angatu Olivença É Minha Terra Tupinambá É Minha Nação Maracá É Instrumento De LutaE Devoção Io Lé Lé Iá Há Io Lé Lela Há
  • 12. xembaéojei etama– yapubae te ecoaramaenduassabalugaronde hojemoro - sons que habitamminhamemória...
  • 14. ÎandêIanéAra Masuí Xukui Amó Ara MaramoñangaÑeranaIcobé Já Somos Um MundoOndeCabemMuitos Mundos De Lutas, (Re)existências E Resistências Não Precisamos Esperar O Por Vir O Futuro. Somos O PresenteDo Tempo Passado,O PresenteDo Tempo Futuro
  • 16. A LICENÇA E KUEKATURETÉ - TODAS PESSOAS PRESENTES - TODAS PESSOAS PARENTAS
  • 17. A LICENÇA E KUEKATURETÉ À TODAS PESSOAS QUE FLUTIFICAM ESTE DIREITOS HUMANOS NOS MUSEUS
  • 18. A LICENÇA E KUEKATURETÉ - SUZY SANTOS - VANESSA MARINHO - BRUNO NAOMSSA HAYASHI - CAROLINA ROCHA
  • 19. A LICENÇAE KUEKATURETÉ - AO POVO QUILOMBOLA ! - POPULAÇÃO NEGRA ! - Pessoas Migrantes! - Pessoas Imigrantes ! - Pessoas Refugiadas - AO POVO DAS QUEBRADAS, PERIFERIAS, FAVELAS, OCUPAÇÕES, NAS RUAS/PRAÇAS/VIADUTOS, RETOMADAS & TABAS
  • 20. Piratininga (SãoPaulo) Pindoyby (Brasil) & Abya Yalla (“América”) São SimTerras Indígenas, Quilombolas, Negras, Nordestinas, Migrantes, Imigrantes E de Pessoas Refugiadas
  • 21.
  • 22. "Îandê Aupaba” (Somos a Terra de Origem)” Casé Angatu
  • 23. A LICENÇA E KUEKATURETÉ AO POVO DAS/DOS ENCANTADAS/XAMÃS, POVO DAS ORIXÁS, TERREIRO, POVO DE SANTO POVO DE TODAS RELIGIOSIDADES E RELIGIÕES SARAVÁ PRA QUEM É DO SARAVÁ AMÉM PARA QUE É DO AMÉM AXÉ PARA QUEM É DE AXÉ MOTUMBÁ PARA QUEM É MOTUMBÁ OKÊ ARÔ OGUNHÊ Ubuntu Odoyá AIÊNTÊNAWÊRÊ!!!
  • 24. A LICENÇAE KUEKATURETÉ NOSSAS ENCANTADAS, ANCESTRAIS, PESSOASANCIÃS! QUENOS ORIENTAMEMNOSSO BEM VIVERINDÍGENAE AS PRÁTICASDE CUIDADO
  • 27. A LICENÇAE KUEKATURETÉ DA NATUREZA SAGRADAS NOSSA LUTA É RITUAL E EU NÃO ANDO SÓ ...
  • 28. A LICENÇA E KUEKATURETÉ AS PESSOAS PARENTAS ENCANTADAS “SÓ É INDÍGENA DE LUTA AQUELA PESSOA QUE CARREGA O SANGUE DAS PESSOAS MORTAS A CERTEZA DA LUTA DAS VIVAS” .
  • 29.
  • 30.
  • 32. DONA ANGELINA TUPINAMBÁ – UMA SÁBIA ENCANTADA EM 20/03/2018
  • 33. - Xicão Xukuru - Mario Juruna - Quitéria Binga Pankararu - GaldinoPataxó - ÂngeloKretã - Sepé Tiaraju & TANTAS OUTRAS PESSOAS PARENTES - Pikyroby - Jaguanharan - Cairuçu - Aimberê - Koakira - Guayxará - Kuñabebe - Tybira - Caboclo Marcelino - Amotara - ZambelêPataxó - Maninha Xukuru - Dona Angelina - Dadá - Catarina Paraguaçu ("Guaibimpará") - Madalena Caramuru - Bartira - Marçal de Souza Tupã Y
  • 34. “minha mãe natureza Elas e Eles não foram sepultadas ... foram plantadas minha mãe natureza para que delas nasçam novos pessoas guerreiras”
  • 35. À TODAS AS VÍTIMAS DA BIONECROPOLÍTICA QUE RADICALIZA O BIONECROPODER QUE ENFRENTAMOS A 523 ANOS
  • 36. O GENOCÍDIO E O ETNOCÍDIO TEM: - COR E GÊNERO - ETINICIDADE INDÍGENA, NEGRA, - BEM COMO, EXTRATO SOCIAL ... DESPOSSUÍDOS DE RIQUEZA MATERIAL
  • 37. Povos Originários São mais de 500 Anos de Resistências, (Re)Existênciase Protagonismos contrao genocídio e etnocídio. O BRASILFOI INVADIDO!
  • 38.
  • 40. Prof. Dr. Carlos José Ferreirados Santos Casé Angatu Xukuru Tupinambá III ATO
  • 41. - Graduado em História pela Universidade Estadual Paulista – UNESP – Sou Historiador (Bacharel e Licenciado) à cerca de 35 anos - Mestre em História pela PUC/SP, - Doutor pela USP – Universidade de São Paulo – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU/USP - Pós-Doutorado no Programa de Psicologia da UNESP/ASSIS
  • 42. Leciono desde 1989 – tenho mais de 30 anos como educador
  • 43.
  • 44. ENTRETANTO, NÃO SOU UM DOUTOR, PÓS-DOUTORANDO, HISTORIADOR E EDUCADOR QUE É INDIGENA SOU ÍNDIGENA QUE É DOUTOR, PÓS- DOUTORANDO, HISTORIADOR E EDUCADOR PRIMEIRO VEM MINHA INDIANIDADE E SABEDORIA ANCESTRAL ATRAVÉS DAS ANCIÃS/ANCIÕES, DAS KUÑATÃS, KURIMINS, SERES NÃO HUMANOS E DA ENCANTADA NATUREZA
  • 45. Caso precise escolher: - Entre a Sabedoria e o Conhecimento acadêmico fico com a Sabedoria - Não é a Sabedoria que tem que se adequar ao Conhecimento acadêmico. Se a Sabedoriaé circular e o Conhecimento quadrado ... Não irei enquadrara Sabedoria e simfazercom que o conhecimento fique circular.
  • 46. Caso precise escolher: - Entre a Memória e a História fico com a Memória ISTO É UM POUCO DO QUECONSIDERO SER CONTRACOLONIALIDADE
  • 47. Uma consideração importante antes de prosseguirmos: Não “represento” os Povos Indígenas mesmo sendo Indígena e morando numa Aldeia, numa uka que fica na Terra Indígena localizada no Território Tupinambá de Olivença – Ilhéus/Bahia
  • 48. PORTANTO, NÃO FALO AQUI PELOS POVOS INDÍGENAS OU PELOS MOVIMENTOS/ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS QUE POSSUEM SUAS ENTIDADES MESMO POR UM POVO ESPECIFICO QUE TEM SEUS CACIQUES/LIDERANÇAS, APESAR DE MORAR NA TI TUPINAMBÁ
  • 49. Esta Îe’engara é fruto das vivências, sentimentos e pensamentos coletivos experimentados ao longo dos caminhos percorridos e convívios com minha ancestralidade originária, seres humanos, não humanos, encantadas e encantados da Natureza Sagrada.
  • 50. Quando falamos de Povos Originários deveríamos falarmos sempre no plural porque somos: - SEGUNDO IBGE (2010): 305 POVOS - SÓ NA BAHIA SÃO 30 POVOS - FALANTE DE MAIS DE 274 LÍNGUAS
  • 51. A PERCEPÇÃO DA DIVERSIDADE INDÍGENA É FUNDAMENTAL, INCLUSIVE PARA PENSARMOS SOBRE A TEMÁTICA PROPOSTA: “A racialização de sujeitos plurais: processos históricos, estruturas sociais e subjetividades”
  • 52. - Existem Indígenas Autônomos Afastados e assim devem ser respeitados - Indígenas em Contatos Recentes que protagonizam diferentes formas (espirituais, culturais, históricas, sociais) desses contatos - Em contatos seculares e que também protagonizam diferentes formas (espirituais, culturais, históricas, sociais) desses contatos
  • 53. - Existem Indígenas em cidades ou em seus arredores morando em Aldeias (Real Parque, Filhos da Terra, os Parentes Guaranis, Aldeia Marakanã), conjuntos habitacionais, periferias nas ruas também com diferentes formas de relações espirituais, culturais, históricas, sociais - Indígenas Autodeclarados de forma individual ou coletiva com diferentes temporalidades nesta autodeclaração e que também com diversas formas de relações espirituais, culturais, históricas, sociais
  • 55. Mas quais seriam as razões que levam ao genocídio e etnocídio dos Povos Originários? VI ATO
  • 57. NO CASO DOS POVOS INDÍGENA NO SÓ O RACISMO É ESTRUTURAL, MAS TAMBÉM O GENOCÍDIO E O ETNOCÍDIO
  • 58. PARTO DO PRINCÍPIO QUE SÃO DESEJÁVEIS E ESTRUTURAIS NÃO SÓ RACISMO CONTRA OS POVOS ORIGINÁRIOS, MAS TAMBÉM GENOCÍDO ETNOCÍDIO EPISTEMICÍDIO/COSMOCÍDIO ECOCÍDIO MAS NÃO SEM:
  • 59.
  • 60. POR VEZES ME PERGUNTAM: “POR QUE PARA MUITAS PESSOAS É DIFÍCIL OU IMPOSSÍVEL ENCONTRAR A PRESENÇA INDÍGENA NA HISTÓRIA E FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL BRASILEIRA E DELA MESMA?”
  • 61. Foto: Flávia Cunha Flacc AO QUE RESPONDO QUE ESSE SILENCIAMENTO E INVISIBILIDADE SÃO AÇÕES RACISTAS E ETNOCIDAS PROPOSTITAIS PARA TENTAR SILENCIAR NOSSAS PRESENÇAS EM VOCÊ
  • 62. DESEJAM NÓS SILENCIAR E/OU “INVISIBILAR” JUSTAMENTE POR CAUSA DE NOSSOS SABERES, DE NOSSAS FORMAS DE SERMOS, VIVERMOS E RELACIONARMOS COM A NATUREZA PORQUE YBY (A TERRA) & NOSSOS T-ETÉ (CORPOS) SE CONFUDEM NUM SÓ TERRITÓRIO
  • 63. JÁ CULTIVAMOS O FUTURO COTIDIANA E ANCESTRALMENTE JÁ SOMOS O PORVIR E NÃO FICAMOS ESPERANDO POR ELE ÏANDÊ IANÉ ARA MASUÍ XUKUI AMÓ ARA OUTRO MUNDO ONDE CABEM VÁRIOS MUNDOS
  • 64. AQUI TINHA UMA GRANDE NAÇÃO DESCOBERTA PELOS BRANCOS PARA NÓS POVOS: INVASÃO AQUI NÃO TINHA DIVISA NÃO TINHA CERCA NOSSA RIQUEZA ERA PARTILHA AQUI NÃO SE ACUMULAVA NADA HOJE TUDO É GARANTIA MAS QUEM PRATICA A IGUALDADE NÃO PRECISA DE UTOPIA (POESIA DE AMOTARA, 2013)
  • 65. ESTA NOSSA FORMA DE SERMOS INCOMODA OS DONOS DO PODER POLÍTICO E ECONÔMICO E POR ISSO DESEJAM NÓS SILENCIAR E/OU “INVISIBILAR” JUSTAMENTE POR SERMOS DESTE NOSSO MODO. AQUILO QUE MUITOS CHAMAM DE NOSSA COSMOLOGIA (OU UNIVERSO EPISTÉMICO), FORMA DE SERMOS, DE NOS RELACIONARMOS COM O MUNDO, COM A NATUREZA, VIVERMOS COLETIVAMENTE E NOSSA ESPIRITUALIDADE ... NATURALMENTE NÃO SE ENCAIXAR AO CAPITALISMO, SEU ESTADO E ORDEDAMENTO JURÍDICO
  • 66. NOSSOS SABERES E FORMAS DE SERMOS SE EXPRESSAM EM NOSSAS PINTURAS CORPORAIS, RITUAIS, DANÇAS (RAMEAR), CANTOS, REZAS, ARTESANTAOS, OCAS, MANUSEIO DA NATUREZA (PESCA, ROÇA, COLETAS, FARINHA, MOQUECA, GIROBA), PODEMOS ATÉ ESTARMOS EM MUSEUS, BIBLIOTECAS, SALÕES DE ARTES OU CENTROS DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS ... PORÉM, NOSSOS SABERES SÃO NATURAIS
  • 67. É EM SI (POLITICAMENTE DE FORMA CONSCIENTE OU NÃO) NOSSA SABEDORIA, FORMA DE SERMOS E DE NOS RELACIONARMOS COM A NATUREZA – COSMOLOGIA (OU UNIVERSO EPISTÉMICO OU “CIÊNCIA”) É ANTICAPITALITA, ANTIBURGUESA, ANTIMERCADOLÓGICA, ANTIESTATAL E ´PARA MUITOS NUMA LEITURA COLONIAL: ANTICIENTIFICA
  • 68. POR ISTO NOS CHAMAM DE INDOLENTES, PREGUIÇOSOS, IMPRODUTIVOS, SEM REGRAS Talvez TAMBÉM por isto Pero Magalhães de Gandavo em sua “História da Província de Santa Cruz, escrita em 1578, disse que nossa língua (Tupy) “Carec(ia) de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente.”
  • 69. CARREGAMOS E NOSSOS CORPOS, VIVÊNCIAS E ANGAS UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL
  • 70. CARREGAMOS EM NOSSOS CORPOS, VIVÊNCIAS E ANGAS UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL ONDE CABEM VÁRIOS MUNDOS QUE NÃO ESTÁ SÓ “NO POR VIR” MAS QUE JÁ É EXISTENTE RESISTENTE E (RE)EXISTE E ISTO INCOMODA
  • 71. NÃO QUEREMOS A TERRA COMO NECESSARIAMENTE UNIDADE PRODUTIVA, PECUÁRIA, EXPLORAÇÃO DE SUAS RIQUEZAS ENERGÉTICAS, MINERAIS, ESPECULAÇÃO FUNDIÁRIA, EXPLORAÇÃO DO TRABALHO, PRODUÇÃO DE CAPITAL DEMARCAÇÃO DE TERRA INDÍGENA NÃO É REFORMA AGRÁRIA OU PRA CRIAR UNIDADE PRODUTIVA EM NOSSA NATUREZA NÃO TEMOS O “PRINCÍPIO” DA PROPRIEDADE PRIVADA DA TERRA, EXPLORAÇÃO DO TRABALHO HUMANO E DA NATUREZA
  • 72. Não éramos, não somos ou nem seremos donos da terra ... SOMOS A PRÓPRIA TERRA. Îandê Yby CARREGAMOS E NOSSOS CORPOS, VIVÊNCIAS E ANGAS UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL QUE NÃO ESTÁ SÓ “NO POR VIR”, MAS QUE JÁ É EXISTENTE, RESISTENTE E (RE)EXISTENTE E ISTO INCOMODA
  • 74. Não queremos e nem produzimos o capital e por assim sermos somos considerados empecilhos ao desenvolvimento do capitalismo. Isto aparece quando nos perguntam: “pra que Índio quer tanta terra sem não produz ...” Assim falam os que são contrários a nos e então respondemos: porque nós somos a terra e os protetores da natureza ...
  • 75. DE FORMA CONSCIENTE OU NÃO NOSSA AUTONOMIA, PROTAGONISMO, SUBJETIVAÇÃO, SABEDORIA, FORMA DE SERMOS E DE NOS RELACIONARMOS COM A NATUREZA – COSMOLOGIA (OU UNIVERSO EPISTÉMICO OU “CIÊNCIA”) É NATURALMENTE ANTICAPITALITA, ANTIBURGUESA, ANTIMERCADOLÓGICA, DECOLONIAL E ANTIESTATAL NÃO PORQUE PLANEJAMOS SER ASSIM, MAS PORQUE SOMOS ASSIM
  • 76. EIS AQUI NOSSO SAGRADO (NOSSA SACRALIDADE DA VIDA) QUE É NOSSA COSMOLOGIA, TENDO A NATUREZA COMO CENTRO (CULTURA BIOCÊNTRICA), DIFERENTE DO ANTROPOCENTRISMO NARCISISTA E EGOICO. UMA SACRALIDADE REPLETA DE SERES HUMANOS E NÃO HUMANOS EM DIFERENTES FORMAS, SONS NEM SEMPRE VISIVÉIS OU AUDIVÉIS ... NÃO SOMENTE O SER HUMANO
  • 77. SOMA-SE A ISSO NOSSO Direito Congênito, Originário, Natural, Relacional, Existencial À TERRA NÃO COMO PROPRIEDADE, MAS PORQUE SOMOS A TERRA: MIRA IRA – SOMOS O MEL DA TERRA.
  • 79. NOSSO DIREITO PRECEDE E SUCEDE AO DUREITO À PROPRIEDADE PRIVADA E ESTATAL ... NÃO É TERRA PARA REFORMA AGRÁRIA OU UNIDADE PRODUTIVA NÃO FOMOS NÓS QUE DECLARAMOS GUERRA AO CAPITAL E SEU ESTADO, MAS SIM ELES. SÃO ELES QUE NOS CONSIDERAM COMO EMPECILHOS ÉTNICO-RACIAIS ÀS SUAS POLÍTICAS DE DEVASTAÇÃO DA NATUREZA, DE EXPLORAÇÃO DO HUMANO PELO HUMANO,
  • 81. Piratininga (SãoPaulo) Pindoyby (Brasil) & Abya Yalla (“América”) São SimTerras Indígenas, Quilombolas, Negras, Nordestinas, Migrantes, Imigrantes E de Pessoas Refugiadas
  • 82.
  • 83. STF ... SUA DEMORA EM DECIDIR NOS MATA! (15 DE SETEMBRO/2021)
  • 84. DIZEM: “A LEI TARDA MAIS NÃO FALHA” DIGO: “A LEI TARDANDO JÁ ESTÁ FALHANDO”
  • 86.
  • 88. POR ISTO ATÉ PODEMOS ESTAR EM SUAS VIDAS ANCESTRAIS, PRESENTES E FUTURAS, MAS VOCÊ NÃO PODE SABER DISSO. VOCÊ NÃO PODE TER EMPATIA CONOSCO OU COMEÇAR A PERCEBER QUE TAMBÉM TEM DIREITOS VIOLADOS. O GOVERNO É CONTRA A AUTODECLARAÇÃO PORQUE É EM SI (DE FORMA CONSCIENTE OU NÃO) NOSSA AUTONOMIA, PROTAGONISMO, SUBJETIVAÇÃO, SABEDORIA, FORMA DE SERMOS E DE NOS RELACIONARMOS COM A NATUREZA INCOMODA OS DONOS DO PODER POLÍTICO E ECONÔMICO
  • 89. OS DONOS DO PODER ECONÔMICO E POLÍTICO SEMPRE AGIRAM DE DUAS FORMAS CONOSCO SEJA NA COLÔNIA, IMPÉRIO E/OU REPÚBLICA - POR UM LADO: UMA CONSTANTE TENTATIVA DE CATEQUIZAR/EVANGELIZAR, ASSIMILAR, CIVILIZAR, COOPTAR : COMO SUPOSTA TOLERÂNCIA - POR OUTRO LADO: CRIMINALIZAÇÃO E GUERRAS (IN)JUSTAS: REVELANDO A INTOLERÂNCIA
  • 90. As formas pelas quais esta histórica transgressão de direitos ocorre, em nossa leitura, variou entre: - ASSIMILAÇÃO, CATEQUIZAÇÃO, EVANGELIZAÇÃO, CIVILIZAÇÃO, ACEITAÇÃO, COOPTAÇÃO (SUSTENTABILIDADE, EMPREENDORISMO, EXEMPOS DE EXPERIÊNCIAS QUE DERAM CERTO ...): COMO SUPOSTA TOLERÂNCIA - CRIMINALIZAÇÃO E GUERRA JUSTA: REVELANDO A INTOLERÂNCIA OU - ETNOCÍDIO: TOLERANTE - GENOCÍDIO: INTOLERANTE
  • 93. Nestes 522 anos Historicamente os Invasores Europeus, os Donos do Poder Econômico/Político (Estado), Decretaram “Guerra” aos Povos Originários seja na Colônia, Império, República
  • 94. Aliás, não foram guerras que eles decretaram ... foram massacres genocidas porque as armas eram/são desiguais
  • 95. Guerra fizemos/fazemos nós ... Guerra de Resistência e (Re)existência
  • 96. Protagonizamos nossa resistência Guerra de resistência e (re)existência, entre elas :
  • 97. “Quem deu este nó Não sobe dá Desamarra esta corrente Deixa o Índio Trabalhar” “Para quem resiste a 518 anos Uma noite não é nada”
  • 98. A Confederação dos Tamoios (TAMOYA) a denominação dada à revolta liderada pelo Povo Tupinambá que ocupava entre Bertioga e Cabo Frio em conjunto com Goitacás e Aimorés contra os portugueses, entre 1556 e 1567, embora tenha-se notícia de incidentes desde 1554. - Cacique Tupinambá Cairuçu: acabou morrendo em cativeiro.; - Seu filho, Aimberê, assumiu o comando do Povo Tupinambá e declarou guerra aos colonos portugueses e aos Tupiniquins. - Para fortalecer o levante, ele se reuniu com os membros Tupinambás Pindobuçu, da Baía de Guanambara, Koakira, da Aldeia de Ubatuba e Cunhambebe de Angra dos Reis - Cunhambebe assumiu a liderança da Confederação dos
  • 100. Pikyroby (ou Piquerobi – Peixe Verde) Foi Morobixaba (Cacique) Tupy de Hururahy (Ururaí – atual São Miguel Paulista). Antes, entretanto, morou com seu Povo e outros Índios no entorno do atual Páteo do Collegio até 1560. Seis anos após a fundação do Patéo do Collégio data de aniversário da cidade: 25/01/1554. Por discordar da escravidão indígena e dos costumes dos karaíbas (brancos), bem como dos outros indígenas que conviviam com esta situação (como Tibiriçá e Cauby), este Morobixaba Tupy decidiu com seu Povo morar entorno do Rio Hururahy (Ururaí), proximidades do atual Rio Tietê, onde hoje fica São MIguel.
  • 101. Por estas razões, Iagoanhará ou Jaguanharan (Onça Feroz – algumas versões dizem que era filho do próprio Pikyroby) e outros indígenas resistentes (Carijó, Guaianá, Guaru, Tupy e Tupiniquin Rebeldes) à presença karaíba, liderou o chamado Cerco de Piratininga ou Guerra de Piratininga que ocorreu entre os dias 09 e 10 de julho de 1562. Este ataque ao local onde fica o atual Páteo do Collegio, segundo os relatos jesuíticos, foram realizados com os Índios entoando: “jukaí karaíba!”
  • 102.
  • 103.
  • 104. - Levantes dos Goitacá (séc. XVI), - Confederação dos Kariri (entre 1683 e 1713), - Revolta de Mandu Ladino (1712 a 1719), - Guerra dos Sete Povos (1753- 1756),
  • 105. Clovis Moura no capítulo “Revoltas em São Paulo” do livro Rebeliões da Senzala (São Paulo: Liv. Editora Ciências Humanas, 1981), faz as seguintes análise acerca da presença de negros e escravos em São Paulo
  • 106.
  • 107. - Revolta de Marcelino em Olivença (Ilhéus/BA) (década de 1930)
  • 108. Imagem: Caboclinho, Marcionilo, Marcelino, Pedro Pinto e Marcos Leite Fonte: Jornal O Estado da Bahia 06 de novembro de 1936. Quando nossos Parentes foram presos
  • 109. Jornal o Estado da Bahia – Década de 1930
  • 111. Îandê Iané Ara Masuí Xukui Amó Ara Maramoñanga Ñerana Icobé