Este artigo analisa a viabilidade econômica e financeira da implantação de uma destilaria para produção de álcool a partir da mandioca em uma fecularia no município de São Miguel do Oeste, Santa Catarina. Dois cenários são simulados: a implantação de uma nova destilaria e a implantação em uma fecularia existente. Os resultados apontam que, dadas as condições da fecularia analisada, a implantação de uma destilaria não é economicamente viável.
A AGRICULTURA CIENTÍFICA GLOBALIZADA NO MERCADO DE CAFÉS FINOS NO MUNICÍPIO D...Andrieli .
O presente texto aborda a evolução da cafeicultura em Patrocínio, no Estado de Minas Gerais
(MG). Esse município localiza-se na Região do Cerrado Mineiro (Triângulo Mineiro, Alto
Paranaíba e Noroeste de Minas) e possui uma população estimada de 89.333 mil habitantes
(IBGE, 2016). Atualmente, é o maior produtor de café do país, sendo que em 2014 foram
colhidas 63.328 mil toneladas de sacas de café (IBGE, 2014). Em relação à estratégia
metodológica, esta pesquisa é teórica e documental visando discutir e analisar alguns
conceitos relacionados à modernização da agricultura, como a agricultura científica globalizada
e a logística. Os principais autores a serem usados são: Frederico (2014), Pereira (2014),
Santos (1993), dentre outros. Atualmente, o café produzido em Patrocínio possui uma
indicação geográfica, na espécie de Denominação de Origem (DO)
Estimativa da Conab, estima-se uma safra de 47,5 milhões de sacas em 2013.Revista Cafeicultura
1. A produção de café no Brasil em 2013 é estimada em 47,54 milhões de sacas, uma redução de 6,46% em relação ao ano anterior.
2. Minas Gerais continua sendo o maior produtor de café arábica, enquanto o Espírito Santo é o maior produtor de café robusta.
3. As condições climáticas irregulares, com períodos de estiagem, prejudicaram a produção em alguns municípios de Minas Gerais, reduzindo a qualidade da safra.
O documento é uma edição de abril de 2011 da Revista Canavieiros. Contém uma entrevista com o presidente da Orplana sobre a safra 2010/11, que superou as expectativas iniciais apesar de desafios. A revista também resume a projeção da UNICA para a safra 2011/12 de aumento de 2,11% na moagem e discute as implicações para o setor.
O documento discute a importância da soja para a economia brasileira. A soja se tornou a principal fonte de riqueza do Brasil através do agronegócio, respondendo por 38% das exportações, 37% dos empregos e 22% do PIB. Além disso, a China é um grande importador da soja brasileira, elevando a posição do Brasil como maior produtor mundial.
Colheita de café da Cooxupé passa de 50% e espera produzir 6,8 milhões de sacas. Colheita na Alta Mogiana chega a 50% e deve ter queda maior que o esperado. Feira da Coopercitrus cresce 40% em área e espera dobrar público.
O documento resume notícias sobre a colheita de café no Brasil e no mundo. A colheita na região da Cooxupé atingiu 49,7% e está mais avançada do que nos anos anteriores. Chuvas atrasaram a colheita no centro-oeste de SP. Mecanização é alternativa para falta de mão de obra na colheita na Bahia.
A AGRICULTURA CIENTÍFICA GLOBALIZADA NO MERCADO DE CAFÉS FINOS NO MUNICÍPIO D...Andrieli .
O presente texto aborda a evolução da cafeicultura em Patrocínio, no Estado de Minas Gerais
(MG). Esse município localiza-se na Região do Cerrado Mineiro (Triângulo Mineiro, Alto
Paranaíba e Noroeste de Minas) e possui uma população estimada de 89.333 mil habitantes
(IBGE, 2016). Atualmente, é o maior produtor de café do país, sendo que em 2014 foram
colhidas 63.328 mil toneladas de sacas de café (IBGE, 2014). Em relação à estratégia
metodológica, esta pesquisa é teórica e documental visando discutir e analisar alguns
conceitos relacionados à modernização da agricultura, como a agricultura científica globalizada
e a logística. Os principais autores a serem usados são: Frederico (2014), Pereira (2014),
Santos (1993), dentre outros. Atualmente, o café produzido em Patrocínio possui uma
indicação geográfica, na espécie de Denominação de Origem (DO)
Estimativa da Conab, estima-se uma safra de 47,5 milhões de sacas em 2013.Revista Cafeicultura
1. A produção de café no Brasil em 2013 é estimada em 47,54 milhões de sacas, uma redução de 6,46% em relação ao ano anterior.
2. Minas Gerais continua sendo o maior produtor de café arábica, enquanto o Espírito Santo é o maior produtor de café robusta.
3. As condições climáticas irregulares, com períodos de estiagem, prejudicaram a produção em alguns municípios de Minas Gerais, reduzindo a qualidade da safra.
O documento é uma edição de abril de 2011 da Revista Canavieiros. Contém uma entrevista com o presidente da Orplana sobre a safra 2010/11, que superou as expectativas iniciais apesar de desafios. A revista também resume a projeção da UNICA para a safra 2011/12 de aumento de 2,11% na moagem e discute as implicações para o setor.
O documento discute a importância da soja para a economia brasileira. A soja se tornou a principal fonte de riqueza do Brasil através do agronegócio, respondendo por 38% das exportações, 37% dos empregos e 22% do PIB. Além disso, a China é um grande importador da soja brasileira, elevando a posição do Brasil como maior produtor mundial.
Colheita de café da Cooxupé passa de 50% e espera produzir 6,8 milhões de sacas. Colheita na Alta Mogiana chega a 50% e deve ter queda maior que o esperado. Feira da Coopercitrus cresce 40% em área e espera dobrar público.
O documento resume notícias sobre a colheita de café no Brasil e no mundo. A colheita na região da Cooxupé atingiu 49,7% e está mais avançada do que nos anos anteriores. Chuvas atrasaram a colheita no centro-oeste de SP. Mecanização é alternativa para falta de mão de obra na colheita na Bahia.
1) O documento discute o potencial e limites da cadeia de valor dos óleos de essências florestais no sul do Amazonas. 2) A capacidade industrial para processamento de óleos vegetais é baixa no Amazonas, limitando o desenvolvimento do mercado. 3) Algumas experiências locais mostraram o potencial da comercialização de óleos, como a venda de 400kg de óleo de copaíba por uma associação de Apui para uma empresa suíça.
O documento discute a produção de cana-de-açúcar no Brasil, incluindo sua história, áreas de cultivo, processamento e impactos socioambientais. Aborda a expansão da cultura para novas áreas e a substituição de pastagens, bem como esforços para garantir o crescimento sustentável da produção.
A Organização Internacional do Café reduziu a estimativa da produção mundial de café para a temporada 2013/2014 para 145,2 milhões de sacas, uma queda de 129 mil sacas em relação à estimativa anterior. O preço médio do café caiu 7,3% em junho, atingindo o nível mais baixo desde fevereiro. A colheita do café em São Paulo deve terminar com perdas de 30% e preços baixos para os produtores.
Geoestatistica para analise da viabilidade espacial de micros Leandro Almeida
Este documento descreve um estudo que teve como objetivo determinar e modelar a variabilidade espacial de micronutrientes no solo cultivado com cafeeiro no município de Araguari-MG. Amostras de solo foram coletadas em 65 pontos em uma fazenda de 65 hectares usando geoestatística. Os resultados mostraram que o boro e zinco tiveram forte dependência espacial, enquanto cobre e ferro tiveram dependência moderada e manganês teve efeito de pepita puro.
O artigo discute que a irrigação agrícola, apesar de ser um grande usuário de água, é essencial para a produção de alimentos e geração de empregos no Brasil. A irrigação responsável por apenas 8,3% da área plantada, mas responde por mais de 40% do valor da produção agrícola nacional. Tecnologias modernas permitiram aumentar a eficiência da irrigação em mais de 90%. Leis brasileiras garantem a gestão sustentável dos recursos hídricos, conciliando usos m
Considerações sobre a produção de laranja no Estado de São PauloLuciano Marques
O documento discute a produção de laranja no Estado de São Paulo, que detém quase 80% da produção nacional. A maior parte da produção paulista é destinada à indústria de sucos, com as variedades Valência, Pera e Hamlin sendo as principais. Recentemente, a indústria tem aumentado sua participação na produção e absorção da safra, enquanto pequenos produtores enfrentam dificuldades para escoar sua produção.
Cultivo de laranja e produção de suco: indicativos de déficit de trabalho decente na Citrosuco S/A Agroindústria Sucocítrico Cutrale Ltda. Louis Dreyfus Commodities Agroindustrial S/A
Caracterização técnica e econômica da manga ‘Tommy Atkins’Rural Pecuária
O documento descreve as características técnicas e econômicas da manga 'Tommy Atkins' no Brasil. A variedade responde por 80% da área cultivada de manga no país e 90% das exportações. O custo médio de produção estimado é de R$ 516,66 por tonelada no estado de São Paulo. A fruticultura pode ser uma fonte complementar de renda, mas requer investimento a longo prazo devido ao tempo para a cultura começar a gerar retorno econômico.
A FEMAGRI, feira de máquinas, implementos e insumos agrícolas promovida pela Cooxupé em Guaxupé, Minas Gerais, ocorrerá de 16 a 18 de março, reunindo empresas do setor cafeeícola. A safra 2016/17 de café no Espírito Santo ainda é incerta devido ao clima irregular do ano passado. A Embrapa desenvolve um novo bioinseticida contra o mosquito da dengue sem riscos à saúde, chamado Inova-Bti, que está em fase final de testes.
Exportação mundial de café cai 8,1% em abril de 2016 ante o mesmo mês do ano anterior. Seca afeta safra de café no ES, com quebra de mais de 70% esperada na região de Rio Bananal. Produtores de Minas Gerais enfrentam problemas com grãos verdes, podendo comprometer entrega de café negociado.
O documento analisa o mercado de citrus no Brasil entre 2010-2014, apresentando dados sobre a produção, exportação, preços e perspectivas futuras para a laranja. Resume as principais informações sobre a evolução da produção e preços da laranja nos estados de São Paulo e Paraná nas safras de 2010/2011 a 2013/2014.
1) As exportações globais de café caíram 2,6% em agosto devido à queda nas exportações de café robusta.
2) O agronegócio contribuiu com 30,1% das exportações de Minas Gerais em setembro, liderado por café, cana-de-açúcar e carne.
3) O número de amostras inscritas no Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais cresceu 26% em relação ao ano passado.
As projeções divergentes para a safra de café robusta no Brasil variando de 12 a 16 milhões de sacas estão afetando os preços do café arábica. A falta de estimativas precisas para a produção de robusta inflam as projeções totais do Brasil, levando a distorções nos mercados. Uma colhedora desenvolvida na UFV pode revolucionar a cafeicultura ao permitir a colheita mecanizada em terrenos íngremes.
A Cooxupé realiza sua primeira Feira de Máquinas e Implementos Agrícolas para cafeicultores do Cerrado Mineiro. A feira acontece nos dias 6 e 7 de abril em Coromandel e espera receber cerca de 3 mil visitantes para movimentar R$ 24 milhões em negócios. Algumas lavouras de café tiveram quebras de até 30% na produção devido à seca no início do ano. O Programa Café+Forte da FAEMG celebra bons resultados na gestão da cafeicultura.
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 3º Levantamento - Setembro 2018Luiz Valeriano
1. O documento apresenta o terceiro levantamento da safra brasileira de café de 2018, com as seguintes estimativas: produção total de 59,9 milhões de sacas, crescimento de 33,2%.
2. As estimativas de produção são detalhadas por estado, com destaque para Minas Gerais (31,5 milhões de sacas de arábica), Espírito Santo (8,8 milhões de conilon e 4,6 milhões de arábica) e São Paulo (6,2 milhões de arábica
O documento discute a geografia socioeconômica do Nordeste brasileiro, destacando: 1) A cultura do algodão é importante para os pequenos produtores do Sertão, gerando muitos empregos; 2) A cidade de Caruaru em Pernambuco se destaca no turismo, comércio e cultura; 3) O Nordeste tem experimentado crescimento econômico por meio de políticas de desenvolvimento e setores como agroindústria e turismo.
O documento discute o mercado global de suco de laranja, com o Brasil sendo o maior produtor mundial e exportador. O suco de laranja é negociado no mercado de futuros através de contratos padronizados para ajudar produtores e compradores a gerenciarem riscos. Os principais desafios para o setor incluem barreiras comerciais e tributação elevada.
1. Este relatório apresenta as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira de grãos 2016/2017.
2. A produção total de grãos está estimada em 219,14 milhões de toneladas, um crescimento de 17,4% em relação à safra anterior.
3. A área plantada total está estimada em 59,54 milhões de hectares, um aumento de 2,1% na comparação com a safra 2015/2016.
O documento discute: 1) A forte seca que atinge as regiões produtoras de café no Brasil deve provocar quebras nas safras de 2015 e 2016; 2) O CNC contratou a Fundação Procafé para fazer um levantamento do tamanho real da produção e dos impactos da estiagem; 3) Os primeiros resultados indicam que a safra de 2015 será menor, com redução da produtividade em muitas propriedades devido à falta de chuva.
1) A Organização Internacional do Café anunciou que o primeiro Dia Internacional do Café oficial será celebrado em 1o de outubro de 2015.
2) Uma campanha online será lançada em agosto para promover as comemorações do Dia Internacional do Café.
3) Como parte das comemorações, a OIC irá colaborar com a Oxfam em uma campanha online para arrecadar doações destinadas a pequenos produtores de café.
O documento relata uma inovação de processo aplicada por um apicultor no município de Rafael Godeiro no Rio Grande do Norte. A inovação levou a melhorias na produtividade e qualidade do mel, além de benefícios na segurança do apicultor com o uso de EPIs adequados. O estudo caracteriza o processo produtivo após a adoção das inovações.
Minas Gerais: Governo lança sétima edição do Panorama do Comércio Exterior do...Rural Pecuária
O documento apresenta dados sobre as exportações de Minas Gerais entre 2005 e 2014. As exportações totais do estado cresceram em média 11,3% ao ano no período, enquanto as exportações do agronegócio cresceram 12% ao ano. Em 2014, as exportações totais caíram 12,3% em relação a 2013, mas as do agronegócio cresceram 10,2%. O minério de ferro permaneceu como o principal produto de exportação. O café foi o terceiro produto mais exportado e o principal do agroneg
1) O documento discute o potencial e limites da cadeia de valor dos óleos de essências florestais no sul do Amazonas. 2) A capacidade industrial para processamento de óleos vegetais é baixa no Amazonas, limitando o desenvolvimento do mercado. 3) Algumas experiências locais mostraram o potencial da comercialização de óleos, como a venda de 400kg de óleo de copaíba por uma associação de Apui para uma empresa suíça.
O documento discute a produção de cana-de-açúcar no Brasil, incluindo sua história, áreas de cultivo, processamento e impactos socioambientais. Aborda a expansão da cultura para novas áreas e a substituição de pastagens, bem como esforços para garantir o crescimento sustentável da produção.
A Organização Internacional do Café reduziu a estimativa da produção mundial de café para a temporada 2013/2014 para 145,2 milhões de sacas, uma queda de 129 mil sacas em relação à estimativa anterior. O preço médio do café caiu 7,3% em junho, atingindo o nível mais baixo desde fevereiro. A colheita do café em São Paulo deve terminar com perdas de 30% e preços baixos para os produtores.
Geoestatistica para analise da viabilidade espacial de micros Leandro Almeida
Este documento descreve um estudo que teve como objetivo determinar e modelar a variabilidade espacial de micronutrientes no solo cultivado com cafeeiro no município de Araguari-MG. Amostras de solo foram coletadas em 65 pontos em uma fazenda de 65 hectares usando geoestatística. Os resultados mostraram que o boro e zinco tiveram forte dependência espacial, enquanto cobre e ferro tiveram dependência moderada e manganês teve efeito de pepita puro.
O artigo discute que a irrigação agrícola, apesar de ser um grande usuário de água, é essencial para a produção de alimentos e geração de empregos no Brasil. A irrigação responsável por apenas 8,3% da área plantada, mas responde por mais de 40% do valor da produção agrícola nacional. Tecnologias modernas permitiram aumentar a eficiência da irrigação em mais de 90%. Leis brasileiras garantem a gestão sustentável dos recursos hídricos, conciliando usos m
Considerações sobre a produção de laranja no Estado de São PauloLuciano Marques
O documento discute a produção de laranja no Estado de São Paulo, que detém quase 80% da produção nacional. A maior parte da produção paulista é destinada à indústria de sucos, com as variedades Valência, Pera e Hamlin sendo as principais. Recentemente, a indústria tem aumentado sua participação na produção e absorção da safra, enquanto pequenos produtores enfrentam dificuldades para escoar sua produção.
Cultivo de laranja e produção de suco: indicativos de déficit de trabalho decente na Citrosuco S/A Agroindústria Sucocítrico Cutrale Ltda. Louis Dreyfus Commodities Agroindustrial S/A
Caracterização técnica e econômica da manga ‘Tommy Atkins’Rural Pecuária
O documento descreve as características técnicas e econômicas da manga 'Tommy Atkins' no Brasil. A variedade responde por 80% da área cultivada de manga no país e 90% das exportações. O custo médio de produção estimado é de R$ 516,66 por tonelada no estado de São Paulo. A fruticultura pode ser uma fonte complementar de renda, mas requer investimento a longo prazo devido ao tempo para a cultura começar a gerar retorno econômico.
A FEMAGRI, feira de máquinas, implementos e insumos agrícolas promovida pela Cooxupé em Guaxupé, Minas Gerais, ocorrerá de 16 a 18 de março, reunindo empresas do setor cafeeícola. A safra 2016/17 de café no Espírito Santo ainda é incerta devido ao clima irregular do ano passado. A Embrapa desenvolve um novo bioinseticida contra o mosquito da dengue sem riscos à saúde, chamado Inova-Bti, que está em fase final de testes.
Exportação mundial de café cai 8,1% em abril de 2016 ante o mesmo mês do ano anterior. Seca afeta safra de café no ES, com quebra de mais de 70% esperada na região de Rio Bananal. Produtores de Minas Gerais enfrentam problemas com grãos verdes, podendo comprometer entrega de café negociado.
O documento analisa o mercado de citrus no Brasil entre 2010-2014, apresentando dados sobre a produção, exportação, preços e perspectivas futuras para a laranja. Resume as principais informações sobre a evolução da produção e preços da laranja nos estados de São Paulo e Paraná nas safras de 2010/2011 a 2013/2014.
1) As exportações globais de café caíram 2,6% em agosto devido à queda nas exportações de café robusta.
2) O agronegócio contribuiu com 30,1% das exportações de Minas Gerais em setembro, liderado por café, cana-de-açúcar e carne.
3) O número de amostras inscritas no Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais cresceu 26% em relação ao ano passado.
As projeções divergentes para a safra de café robusta no Brasil variando de 12 a 16 milhões de sacas estão afetando os preços do café arábica. A falta de estimativas precisas para a produção de robusta inflam as projeções totais do Brasil, levando a distorções nos mercados. Uma colhedora desenvolvida na UFV pode revolucionar a cafeicultura ao permitir a colheita mecanizada em terrenos íngremes.
A Cooxupé realiza sua primeira Feira de Máquinas e Implementos Agrícolas para cafeicultores do Cerrado Mineiro. A feira acontece nos dias 6 e 7 de abril em Coromandel e espera receber cerca de 3 mil visitantes para movimentar R$ 24 milhões em negócios. Algumas lavouras de café tiveram quebras de até 30% na produção devido à seca no início do ano. O Programa Café+Forte da FAEMG celebra bons resultados na gestão da cafeicultura.
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - 3º Levantamento - Setembro 2018Luiz Valeriano
1. O documento apresenta o terceiro levantamento da safra brasileira de café de 2018, com as seguintes estimativas: produção total de 59,9 milhões de sacas, crescimento de 33,2%.
2. As estimativas de produção são detalhadas por estado, com destaque para Minas Gerais (31,5 milhões de sacas de arábica), Espírito Santo (8,8 milhões de conilon e 4,6 milhões de arábica) e São Paulo (6,2 milhões de arábica
O documento discute a geografia socioeconômica do Nordeste brasileiro, destacando: 1) A cultura do algodão é importante para os pequenos produtores do Sertão, gerando muitos empregos; 2) A cidade de Caruaru em Pernambuco se destaca no turismo, comércio e cultura; 3) O Nordeste tem experimentado crescimento econômico por meio de políticas de desenvolvimento e setores como agroindústria e turismo.
O documento discute o mercado global de suco de laranja, com o Brasil sendo o maior produtor mundial e exportador. O suco de laranja é negociado no mercado de futuros através de contratos padronizados para ajudar produtores e compradores a gerenciarem riscos. Os principais desafios para o setor incluem barreiras comerciais e tributação elevada.
1. Este relatório apresenta as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira de grãos 2016/2017.
2. A produção total de grãos está estimada em 219,14 milhões de toneladas, um crescimento de 17,4% em relação à safra anterior.
3. A área plantada total está estimada em 59,54 milhões de hectares, um aumento de 2,1% na comparação com a safra 2015/2016.
O documento discute: 1) A forte seca que atinge as regiões produtoras de café no Brasil deve provocar quebras nas safras de 2015 e 2016; 2) O CNC contratou a Fundação Procafé para fazer um levantamento do tamanho real da produção e dos impactos da estiagem; 3) Os primeiros resultados indicam que a safra de 2015 será menor, com redução da produtividade em muitas propriedades devido à falta de chuva.
1) A Organização Internacional do Café anunciou que o primeiro Dia Internacional do Café oficial será celebrado em 1o de outubro de 2015.
2) Uma campanha online será lançada em agosto para promover as comemorações do Dia Internacional do Café.
3) Como parte das comemorações, a OIC irá colaborar com a Oxfam em uma campanha online para arrecadar doações destinadas a pequenos produtores de café.
O documento relata uma inovação de processo aplicada por um apicultor no município de Rafael Godeiro no Rio Grande do Norte. A inovação levou a melhorias na produtividade e qualidade do mel, além de benefícios na segurança do apicultor com o uso de EPIs adequados. O estudo caracteriza o processo produtivo após a adoção das inovações.
Minas Gerais: Governo lança sétima edição do Panorama do Comércio Exterior do...Rural Pecuária
O documento apresenta dados sobre as exportações de Minas Gerais entre 2005 e 2014. As exportações totais do estado cresceram em média 11,3% ao ano no período, enquanto as exportações do agronegócio cresceram 12% ao ano. Em 2014, as exportações totais caíram 12,3% em relação a 2013, mas as do agronegócio cresceram 10,2%. O minério de ferro permaneceu como o principal produto de exportação. O café foi o terceiro produto mais exportado e o principal do agroneg
O documento apresenta uma avaliação financeira da produção de maracujá no Brasil, utilizando métodos como payback, valor presente líquido, taxa interna de retorno e relação benefício-custo. A cultura do maracujá é apontada como uma alternativa viável para pequenos produtores devido aos seus aspectos técnicos, de mercado e geração de emprego. Os resultados da análise financeira podem auxiliar na tomada de decisão sobre a viabilidade de projetos de maracujá.
O VBP do café em Minas Gerais deve alcançar R$ 9,2 bilhões em 2014, um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior. A cotação da saca de café subiu 56% entre março de 2013 e março de 2014. A colheita da safra de café 2014 no Paraná teve início, espera-se colher 32,9 mil toneladas, queda de 47% em relação à safra anterior.
1) A Coopama, cooperativa agrícola brasileira, participou de um Conselho Empresarial no Chile e apresentou seu modelo de gestão premiado;
2) O Brasil deve produzir 46,4 milhões de sacas de café em 2017, um aumento de 1,7% impulsionado por São Paulo e Rondônia;
3) O café responde por 48% das exportações de Minas Gerais, com o estado tendo um saldo de US$ 2,47 bilhões nos primeiros quatro meses do ano.
O documento discute a produção de café convencional versus café especial no Brasil. Analisa quatro produtores de café para verificar se é mais vantajoso investir na produção de café especial ou continuar com a produção convencional. O café especial pode oferecer melhores retornos financeiros aos produtores devido à diferenciação e valor agregado, embora exija maiores investimentos.
O documento discute as atividades do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, um programa que fornece informações e análises para o setor cafeeiro brasileiro. O Bureau reúne, analisa e divulga dados para ajudar os agentes do setor a tomarem melhores decisões. O Bureau também discute tendências da produção, indústria e consumo de café em diferentes regiões.
Em comemoração ao aniversário de 242 de Campinas, o jornal Correio Popular publica matéria sobre os institutos de pesquisa ligados à APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
MAPA disponibiliza projeção do Agronegócio 2016/2026Rural Pecuária
O documento apresenta projeções para o agronegócio brasileiro entre 2015/2016 e 2025/2026, considerando variáveis como oferta, demanda, comércio e preços de commodities agrícolas. É uma atualização de estudo anterior do Ministério da Agricultura sobre tendências do setor e busca subsidiar políticas públicas. O cenário atual é de safra menor de grãos no Brasil em 2016, com alta nos preços agrícolas, devido a eventos climáticos.
Construção de um Índice de Sustentabilidade Ambiental para a Agroindústria pa...guest63c45c
Here are the tables in the document summarized:
Table 1 and 2: Energy supply and structure in Brazil and São Paulo state
Table 3 and 4: National and COPACESP cooperative production of sugarcane, sugar, and ethanol
Table 5: Milling, sugar, ethanol and installed power of top 20 São Paulo mills
Table 6: Milling growth of top 20 São Paulo mills
Table 7 and 8: Main sugarcane municipalities and cane produced by independent growers
Table 9: Main milling groups
Table 10: Distribution of mills, milling, sugar, ethanol and installed power by UGRHI
Tables 11-29 provide data on mills, milling, sugar,
Construção de um Índice de Sustentabilidade Ambiental para a Agroindústria pa...guest63c45c
Here are the tables in the document summarized:
Table 1 and 2: Energy supply and structure in Brazil and São Paulo state
Table 3 and 4: National and COPACESP cooperative production of sugarcane, sugar, and ethanol
Table 5: Milling, sugar, ethanol and installed power of top 20 São Paulo mills
Table 6: Milling growth of top 20 São Paulo mills
Table 7 and 8: Main sugarcane municipalities and cane produced by independent growers
Table 9: Main milling groups
Table 10: Distribution of mills, milling, sugar, ethanol and installed power by UGRHI
Tables 11-29 provide data on mills, milling, sugar,
O documento discute vários assuntos relacionados à cafeicultura no Brasil, incluindo:
1) O Núcleo de Educação Ambiental da Cooxupé levou educação ambiental para 7 mil alunos e professores em 2017.
2) A BSCA divulgou os finalistas do concurso de melhores cafés especiais de colheita tardia, com 23 amostras classificadas.
3) A Fenicafé 2018 destacará o uso consciente da água na irrigação do café.
O documento discute:
1) O repasse de R$ 4,5 bilhões pelo Ministério da Agricultura para financiamento da safra de café no Brasil.
2) A colheita de café na região de atuação da Cooxupé chegou a 90,88% até o momento.
3) Uma feira no sul de São Paulo reuniu produtores rurais e apresentou novas tecnologias para a cultura do café.
Funcafé, pesquisa cafeeira, Embrapa, Cooxupé, café arábica, café robusta, clima, Valor 1000, Cocapec, empresas, Brasil, água residuária, processamento do café, exportação, Porto de Santos, Museu do Café, imigrantes, Vietnã
O documento discute: 1) O aumento das reexportações de café da União Europeia e Estados Unidos em março de 2015; 2) A recondução do pesquisador Gabriel Bartholo como Gerente Geral da Embrapa Café por mais três anos; 3) Os planos e prioridades de pesquisa para a nova gestão de 2015-2017 focados em segurança biológica, novas modalidades de consumo de café e adaptação às mudanças climáticas.
Caracterização da rede produtiva do camarão de água doce no brasilMarciliana Davantel
O documento descreve a cadeia produtiva do camarão de água doce no Brasil, identificando seus principais elos e entraves para o desenvolvimento. Foi realizada uma pesquisa com 65 organizações para caracterizar a cadeia, que possui potencial de crescimento para atender a demanda nacional. No entanto, há desafios como a falta de informação sobre preparo do produto para consumidores e problemas na qualidade da carne em alguns casos. Melhorias nas embalagens, marcas e marketing podem ajudar a consolidar o mercado.
O documento resume três notícias relacionadas ao setor cafeeiro brasileiro: 1) A ministra da agricultura solicitou o cancelamento de um leilão de estoques de café a pedido de produtores; 2) Líderes de associações se reuniram com autoridades ambientais para discutir questões regulatórias; 3) Foi lançado um currículo de sustentabilidade para orientar a produção de café de forma social e ambientalmente responsável.
Pesquisas Cafeeiras foram debatidas no 42º Congresso Brasileiro em Serra Negr...Agricultura Sao Paulo
1) O 42o Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras foi realizado em Serra Negra, SP, entre os dias 18 e 21 de outubro para debater pesquisas e inovações para aumentar a produtividade e qualidade do café de forma sustentável.
2) Foram apresentados trabalhos sobre pragas, doenças, melhoramento genético e outros temas, com a participação de pesquisadores e representantes do setor.
3) Durante o evento, houve debates sobre a falta de dados confiáveis sobre a produção brasileira de café e a necess
O documento discute o concurso Cup of Excellence Naturals 2014, que selecionou 44 amostras de cafés naturais de alta qualidade de produtores brasileiros para competir no júri internacional. Também menciona que a BSCA anunciou cursos de formação e calibragem de provadores de café qualificados, e que as exportações dos cinco principais estados brasileiros somaram US$ 65,69 bilhões em 2014, lideradas por São Paulo.
Semelhante a Analise financeira brasileira destilaçao (20)
1. ISSN 2175-3369
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, Curitiba, v. 1, n. 2, p. 245-257, jul./dez. 2009
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ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO
DE UMA DESTILARIA PARA PRODUÇÃO DE ÁLCOOL
CARBURANTE A PARTIR DA MANDIOCA
TÍTULO
Economic and financial analysis of distillery for alcohol from cassava establishing
Stefan Hoppe[a], Pery Francisco Assis Shikida[b], Josemar Raimundo da Silva[c]
[a] Licenciado em Geografia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), Especialista pela Faculdade Assis Gurgacz
(FAG). Mestrando em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE),
Toledo, PR - Brasil, e-mail: stehopp@yahoo.com.br
[b] Professor Associado do Curso de Ciências Econômicas e do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional e
Agronegócio da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq,
Toledo, PR - Brasil, e-mail: pfashiki@unioeste.br
[c] Professor Colaborador da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Toledo, PR - Brasil, e-mail: josemar@unioeste.br
Resumo
Este artigo objetivou avaliar a viabilidade econômico-financeira da implantação de uma destilaria a
partir das instalações de uma fecularia no município de São Miguel do Oeste, Santa Catarina. Como
corolário, os investimentos produziram indicadores que apontam inviabilidade econômico-financeira
para este projeto. Para tal resultado, consideraram-se duas simulações, uma analisando desde o início
do projeto até a implantação de uma destilaria e a outra simulação tendo como pressuposto a implantação
da destilaria a partir da fecularia já existente. Considerou-se que, diante do perfil da fecularia analisada,
a implantação de uma destilaria torna-se inviável economicamente.
Palavras-chave: Mandioca. Destilaria. Álcool carburante. Viabilidade econômico-financeira.
Abstract
This article aimed to evaluate the economic and financial viability of establishing a distillery from
a cassava plant in San Miguel do Oeste, Santa Catarina State. As a corollary, the investments
demonstrated unviable economic and financial indicators for this project. For this result two
simulations were considered, one analyzing an initial project with the implementation of a distillery
plant and the other implementing the distillery from the existing plant. The conclusions were that
from the plant profile analysis, the implementation of a distillery is not a viable economic alternative.
Keywords: Cassava. Distillery. Alcohol fuel. Economic and financial viability.
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2. 246 HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R.
INTRODUÇÃO
A mandioca é um produto genuinamen-te
brasileiro. Ela é produzida em todos os Esta-dos
do País, com custos de produção relativa-mente
baixos em relação às outras culturas agrí-colas,
além de ser uma cultura com poucos riscos
e com baixos investimentos (ABAM, 2007).
No ano 1980, a produção mundial de
mandioca foi de 122,1 milhões de toneladas. Na
época, o Brasil era o maior produtor mundial, com
produção de 24,6 milhões de toneladas, represen-tando
20,1% de participação. Após 22 anos (1980-
2002), a produção no mundo aumentou em 51,0%
e o Brasil passou a ser o segundo maior produtor,
com 22,99 milhões de toneladas produzidas. No
ano 2002, a produção mundial de mandioca foi de
184,8 milhões de toneladas, cultivadas em 17,3
milhões de hectares. O continente mais produtivo
foi o africano, detendo 54,5% da produção mundi-al,
sendo a Nigéria a maior produtora, com 18,7%.
O continente asiático produziu 27,2% da quantida-de
produzida no mundo, com destaque de produção
para os países da Indonésia e da Tailândia, com
9,1% cada. Já a América do Sul produziu 17,2% do
total mundial, com a participação do Brasil de 12%
(CAMARGO FILHO; ALVES, 2004).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geogra-fia
e Estatística (IBGE, 2003), a produção da
mandioca esteve incluída entre os nove primeiros
produtos agrícolas do país em áreas cultivadas. Os
principais Estados produtores de raízes frescas
foram Pará (17,80%), Bahia (15,80%), Paraná
(15,79%), Rio Grande do Sul (5,60%), Maranhão
(4,98%) e São Paulo (4,63%); Estados que, em
conjunto, foram responsáveis por 64,6% da produ-ção
no país. Nesse mesmo ano, o valor da produção
agropecuária no Brasil foi de R$ 118,56 bilhões e a
mandioca respondeu por R$ 3,28 bilhões.
No ano 2004, a estimativa do Instituto
Paranaense de Desenvolvimento Econômico e
Social (IPARDES, 2006), para produção nacional
da cultura da mandioca foi de 23.926.553 toneladas
de raízes, numa área plantada de 1.754.875 hecta-res,
com rendimento médio de 13,6 toneladas por
hectare. Nesse ano, de acordo com a Companhia
Nacional de Abastecimento (CONAB, 2007), os
principais Estados produtores foram Pará (18,7%),
Bahia (17,5%) e Paraná (12,4%), as regiões com
melhores rendimentos no plantio foram o Sul e o
Sudeste, com 18,8 toneladas por hectare e 17,1
toneladas por hectare, respectivamente.
A estimativa de produção nacional de
mandioca para o ano 2007, segundo o IBGE (2007),
foi de 27.312.946 toneladas. Deste total, aproxima-damente
40% são voltados para a produção de
farinha, 30% para alimento de mesa, outros 10%
para amido e o restante para ração animal. A estima-tiva
de produção para o Sul do Brasil é de 5.798.467
toneladas. Para o Estado de Santa Catarina, a
estimativa corresponde a 639.724 toneladas, sendo
que o incremento na produção catarinense em
relação à safra de 2006 girou em torno de 0,86%.
A problemática encontrada por muitos
produtores e processadores do produto está em
encontrar alternativas economicamente viáveis
para diversificar o emprego da matéria-prima da
mandioca. Uma das alternativas discutidas na
atualidade são os investimentos em destilarias
para a produção de álcool a partir deste produto.
Diante de tal perspectiva, o objetivo
deste artigo é analisar a viabilidade econômico-financeira
da implantação de uma destilaria para
a produção de álcool carburante, cujo insumo
seja a mandioca. A análise foi realizada por meio
de estudo de caso na Fecularia São Miguel, no
município de São Miguel do Oeste, Santa Catarina.
A fecularia estudada foi implantada no
ano 2001, no Oeste de Santa Catarina. O total de
moagem de mandioca na Fecularia São Miguel
atingiu, no ano de 2007, aproximadamente 9.000
toneladas, representando 1,40% da produção do
Estado. A produção tem sido direcionada para
um único produto, a fécula, atendendo a um
número reduzido de compradores. Assim, a pro-dução
do álcool cumpriria com o papel de dife-renciar
e de agregar valor à produção.
Diante disso, este artigo está estruturado
em quatro partes, além da presente introdução. A
parte seguinte traz um contexto geral da cadeia
produtiva da mandioca. Em seguida, são apresenta-dos
os procedimentos metodológicos e o levanta-mento
dos dados. Na terceira parte são apresentados
os resultados a partir do estudo de caso e a verifica-ção
da viabilidade econômico-financeira da implan-tação
da destilaria. Concomitantemente à apresenta-ção
dos resultados, faz-se a discussão deles. As
considerações finais sumarizam este trabalho.
A CADEIA PRODUTIVA DA MANDIOCA
A mandioca, também conhecida por aipim
e macaxeira, é uma planta originária da América do
Sul. Sua cultura foi levada para os países africanos
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3. 247
Análise econômico-financeira da implantação de uma destilaria para
produção de álcool carburante a partir da mandioca
e asiáticos e atualmente é produzida por mais de 80
países do mundo. Conhecida comumente como
“alimento de pobre”, ela desempenha elevada im-portância
social e econômica, constituindo-se em
fonte de renda e de energia para cerca de 700
milhões de pessoas, principalmente para aquelas de
baixa renda dos países em desenvolvimento
(GUSMÃO; MENDES NETO; SILVA, 2006).
As variedades de mandioca são classifica-das
em “mansa” e “brava”. A mansa, também
denominada de mandioca de mesa ou macaxeira,
tem como destino os mercados e as feiras livres para
consumo humano in natura. Já a mandioca brava é
destinada às indústrias de transformação e seus
derivados são: farinha, fécula (polvilho doce ou
azedo), álcool, entre outros (GUSMÃO et al., 2006).
De acordo com Camargo Filho e Alves
(2004), a maior quantidade de mandioca é direcionada
à indústria para produção de farinha e outros deriva-dos,
enquanto o mercado de raiz para consumo
humano in natura e animal é menor e regional. Neste
sentido, os autores destacam que as cadeias produti-vas
de mandioca para indústria e para mesa são
diferenciadas, ou seja, de um lado existem unidades
para processamento de raiz em várias regiões do país,
tendo como produto principal a farinha e a fécula, já
de outro lado a cadeia da mandioca para mesa
equivale a cerca de 15% do total de raiz consumida
para alimentação humana ou animal.
Ao estudar uma cadeia produtiva busca-se
entender as estruturas e as funções de um
determinado agronegócio, pois:
[…] a cadeia produtiva envolve desde a fabricação
de insumos, a produção nas fazendas, a sua
transformação até o seu consumo. Esta cadeia
incorpora todos os serviços de apoio, desde a
pesquisa e assistência técnica, processamento,
transporte, comercialização, crédito, exportação,
serviços portuários, dealers, bolsas,
industrialização, até o consumo final. O valor
agregado do complexo agroindustrial passa,
obrigatoriamente, por 5 mercados: o de
suprimento; o de produção propriamente dito;
o do processamento; o de distribuição; e “o do
consumidor final” (CALDAS et al., 1998, p. 16).
A cadeia produtiva da mandioca para
indústria pode, porém, ser resumida em três elos:
1) Os fornecedores: os principais forne-cedores
são os produtores rurais que
cultivam a mandioca. Outros forne-cedores
são os produtores de máqui-nas
e equipamentos, os vendedores
de lenha de eucalipto, e os fornecedo-res
de implementos agrícolas;
2) A indústria: composta por fabricantes
de farinhas, de féculas e de produtos
derivados, formada por diferentes por-tes
de empresas, sendo a maioria delas
pequenas. Segundo Almeida e Ledo
(2004), do total da mandioca produzi-da
no Brasil, 20% são destinados às
fecularias e 80% às farinheiras;
3) Empresas distribuidoras: podem ser
as próprias farinheiras e fecularias
ou os distribuidores autônomos
(IPARDES, 2006).
De acordo com o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE,
2003) a indústria de insumos, encontrada antes
da porteira, que se caracteriza pelo fornecimento
de equipamentos, de máquinas, de corretivos e
de fertilizantes através das empresas de reven-das,
não tem grande destaque nesta cadeia pro-dutiva
pela pouca utilização desses insumos e
baixo nível tecnológico na lavoura de mandioca.
O consumidor também não tem grande destaque,
pois a produção final destina-se mais para as
indústrias de transformação do que necessaria-mente
para o consumidor final.
Atualmente, uma das dificuldades enfren-tadas
pelo setor está relacionada à grande oscilação
do preço da matéria-prima. Como consequência,
muitas farinheiras têm operado informalmente,
chegando a parar suas atividades por alguns meses,
enquanto as fecularias procuram reduzir sua produ-ção
para equilibrar suas operações com a
dinamicidade do mercado (IPARDES, 2006).
Diante de tais dificuldades, o setor vem
buscando alternativas de diversificação da produ-ção
e uma das discussões presentes na atualidade
refere-se à transformação da mandioca em álcool.
A mandioca e a produção do álcool carburante
A produção de álcool carburante a partir da
mandioca não se constitui como uma novidade no
Brasil. As experiências de produção no país foram
iniciadas em 1932, com a construção de uma destilaria
de álcool de mandioca no município de Divinópolis,
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4. HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R.
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Minas Gerais. Nesse período, ou seja, entre 1932 e
1942, fabricava-se álcool com destilação de 5.000
litros diários, atingindo a produtividade de 198 litros
por tonelada de mandioca (CAMARGO, 1986).
Além da destilaria de Divinópolis, outras
cinco destilarias chegaram a ser construídas e
entraram em atividade, porém, com a concorrên-cia
da cana-de-açúcar praticamente todas fecha-ram.
A única que continuou em funcionamento foi
a Coraci, localizada no município de São Pedro do
Turvo, Estado de São Paulo. No entanto, essa
destilaria redirecionou sua produção para outros
produtos, tais como perfumes, remédios e bebi-das,
por causa da qualidade do álcool refinado. Os
locais das instalações destas destilarias
inviabilizaram os empreendimentos industriais
naquele período, por serem regiões não tradicio-nais,
ou instaladas em polos mandioqueiros que já
beiravam o fim do ciclo (ABAM, 2007).
Atualmente, volta-se a discutir a produ-ção
de álcool a partir do insumo mandioca por
questões mundiais de preservação ambiental e
rumos da política energética dada no país
(PAULILLO; MELLO; VIAN, 2006). Diante de
tal perspectiva, far-se-á o estudo de viabilidade
econômico-financeira da implantação de uma
destilaria cuja matéria-prima é a mandioca.
A tendência de demanda do álcool com-bustível
nos próximos anos é alta.
[...] é muito provável que a assinatura do
Protocolo de Kyoto (que exige a redução das
emissões de gases de efeito estufa entre 2008 e
2012) e a majoração do preço mundial do
petróleo devam impulsionar o consumo do
álcool em vários países nas próximas décadas.
No Brasil, os automóveis flex fluel estão
dinamizando a demanda de álcool no país,
dando maior poder de escolha e segurança ao
consumidor (PAULILLO et al., 2007).
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este artigo utiliza o método de estudo de
caso, realizado em uma fecularia localizada no muni-cípio
de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina. A
fecularia tem, em seu programa administrativo, a
preocupação com a diversificação da produção da
fécula, visando à implantação de uma destilaria.
Um estudo de caso caracteriza-se pela aná-lise
profunda de um ou de mais objetos de estudo.
Deste modo, este método possibilita a generalização
desse mesmo caso, representativo de outro(s) caso(s)
análogo(s), ou seja, a partir de um ou de alguns casos,
busca-se uma visão geral do problema (GIL, 2000).
Neste trabalho, houve levantamento bi-bliográfico
e coleta de dados secundários para
reforçar os objetivos deste estudo. Para a realiza-ção
do estudo de caso de viabilidade econômico-financeira
foram coletadas informações por inter-médio
de pesquisa de campo na Fecularia São
Miguel (SC). Os dados com os valores atualizados
dos equipamentos necessários e obras civis para a
implantação de uma destilaria foram obtidos na
fábrica de máquinas para fecularia EBS, localizada
em Quatro Pontes, Paraná. Outros dados referen-tes
a preços e demais informações foram obtidos
com a ABAM e empresa Cereálcool, localizada em
São Pedro do Turvo, São Paulo. Os valores referi-dos
estão especificados nas tabelas deste trabalho,
apresentadas nos resultados da pesquisa.
O presente trabalho fará duas simulações
para a implantação de uma destilaria. A primeira
se designa a verificar a viabilidade econômico-financeira
de implantar uma destilaria com capa-cidade
de moer 18.000 toneladas de mandioca por
ano, ou seja, implantar uma destilaria com a mes-ma
capacidade de processamento da Fecularia São
Miguel, mas em uma área própria. A segunda
simulação versará em verificar a viabilidade eco-nômico-
financeira da implantação de uma destila-ria
usando a estrutura física da fecularia estudada.
Cumpre dizer que os investimentos em
capital fixo foram depreciados pelo método line-ar
e o valor residual foi considerado nulo. O
método de depreciação considera o valor atual
do ativo, a vida útil estimada e o valor residual.
Assim, a carga de depreciação foi dividida cons-tantemente
ao longo dos anos (NOGUEIRA,
1999). A perda do valor do bem por desgaste não
é um desembolso, mas um custo, podendo ser
abatida das receitas, diminuindo o lucro tributável
(CASAROTTO FILHO; KOPITTKE, 2000).
Métodos de análise de viabilidade econômica
No processo de avaliação de um projeto de
investimento elabora-se uma análise financeira fazen-do
o cálculo do volume de investimentos necessários
para a instalação da destilaria mediante a entrada das
receitas e das despesas que ocorrem ao longo de um
determinado tempo. Esperam saber a existência do
retorno atrativo para motivar sua implantação.
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A análise foi desenvolvida para um ho-rizonte
de 15 anos. Foram calculados também os
investimentos necessários para a implantação da
destilaria, bem como seu retorno financeiro e o
tempo necessário para ressarcir esses custos. A
taxa de desconto utilizada para os cálculos de
viabilidade foi a taxa de juros (Selic), de 11,25%
a.a., baseada na média anual de 2007.
Os indicadores utilizados para analisar
a viabilidade econômico-financeira para a im-plantação
da destilaria de etanol são: a) o Valor
Presente Líquido (VPL), índice que permite
obter a viabilidade econômico-financeira da im-plantação
de um projeto no longo prazo, ou
seja, pode ser entendido como o excesso de
ganho que o projeto apresenta, diante da melhor
oportunidade de investimento (BUARQUE,
1984); b) a Taxa Interna de Retorno (TIR),
definida como “[…] a taxa de juros que anula o
valor presente das receitas líquidas resultantes
do projeto, quando comparados com o valor
presente dos desembolsos […]” (MARIM, 1980,
p. 43); c) a Taxa de Rentabilidade (TR), taxa que
representa uma porcentagem de rentabilidade
sobre o capital inicial investido num determina-do
período de tempo; e d) o Período de Recupe-ração
Econômica de Capital (payback), entendi-do
como o tempo necessário para o investimen-to
recuperar o capital investido (NOGUEIRA,
1999). A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é
a taxa utilizada para a avaliação da atratividade
do investimento, que pode ser definida pelo
custo de capital da empresa. Neste trabalho
explicitam-se as fórmulas dos indicadores cita-dos,
porém, para maiores esclarecimentos sobre
esses indicadores, ver Clemente (1998); Marim
(1980); Holanda (1975); Nogueira (1999) e
Buarque (1984). Os cálculos foram realizados
com auxílio da planilha eletrônica Excel. Com-plementarmente,
também foi calculado o indi-cador
ROIA, um indicador de valor mais efetivo
(SOUZA; CLEMENTE, 2008).
A seguir são expostas as expressões al-gébricas
do VPL, TMA, TIR, TR, payback, IBC
(Índice de Benefício-Custo) e ROIA.
a) Valor presente líquido (VPL)
n
n
VPL I Cf
( )
+ − = Σ=
0 +
i j
(1 )
0
(1)
Onde:
VPL = Soma algébrica de todos os valores
líquidos descontados para o momento pre-sente;
- I0 = Fluxos de saída inicial ou investi-mento
inicial;
Cf = Fluxos de líquido de caixa do pro-jeto/
investimento;
j = Taxa de desconto (juros) considera-do
para atualizar o fluxo de caixa;
i = Número de períodos ou horizonte do
investimento ou empreendimento.
b) Taxa mínima de atratividade (TMA)
O valor da taxa “j” para ser usada no
processo de descapitalização do fluxo
de caixa é conhecida como Taxa de
Mínima de Atratividade (TMA).
c) Taxa interna de retorno (TIR)
TIR I ( Cf )
=
0
0 (2)
(1 )
0
+
+ = Σ=
n
n
i j
Onde:
TIR = A taxa que iguala o VPL a zero.
d) Taxa de rentabilidade (TR)
= n
I Cf
Σ=
0 (1 +
)
+
i
i n
TR VPL
0
(%)
(3)
Onde:
VPL = Valor presente líquido;
I0 = Fluxos de saída inicial ou investi-mento
inicial;
Cf = Fluxos de líquido de caixa do pro-jeto/
investimento;
j = Taxa de desconto (juros) considera-do
para atualizar o fluxo de caixa;
i = Número de períodos ou horizonte do
investimento ou empreendimento.
e) Período de recuperação do capital (PRC)
ou período de payback descontado
RL
( )
PRC ou PBK = 0
(1 )
0
≥
+ Σ=
n
k
i j
(4)
Análise econômico-financeira da implantação de uma destilaria para
produção de álcool carburante a partir da mandioca
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6. 250
HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R.
Onde:
RL = Retorno ou Benefício Líquido es-perado
pela entrada de caixa (fluxos
operacionais líquidos);
I0 = Fluxos de saída inicial ou investi-mento
inicial;
j = Taxa de desconto (juros) considera-do
para atualizar o fluxo de caixa;
n = Número de períodos.
f) Índice de lucratividade (IL) ou Ín-dice
benefício-custo (IBC)
n Σ=
0 (1 )
= + (5)
0
I
j
RL
ILouIBC
n
i
Onde:
RL = Retorno ou Benefício Líquido es-perado
pela entrada de caixa (fluxos
operacionais líquidos);
k = Período de recuperação do capital;
j = Taxa de desconto (juros) considera-do
para atualizar o fluxo de caixa;
i = Número de períodos.
g) Retorno adicional sobre o investi-mento
inicial (ROIA)
É uma das melhores estimativas da ren-tabilidade
para um projeto de investi-mento
em termos anuais, pois representa
percentualmente a riqueza gerada pelo
projeto além da TMA. Dessa forma, o
ROIA é o análogo percentual do concei-to
de Valor Econômico Agregado (EVA),
derivando assim da taxa equivalente ao
IBC para cada período do projeto.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Fecularia
A Fecularia São Miguel, localizada no
município de São Miguel do Oeste, em Santa
Catarina, foi fundada em 2001. A estrutura produ-tiva
da fecularia tem como principal insumo a
mandioca. A empresa, de porte médio, é uma
sociedade anônima composta por 10 sócios e está
instalada em uma área de 12.940 m2 do total de 20
hectares. Os investimentos relativos à fecularia
foram realizados com capital próprio e por linhas
específicas de crédito do Banco Nacional de De-senvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
Desde que a empresa foi implantada não
houve mudança no quadro de contratação de
funcionários. No total, são dez trabalhando du-rante
todo o ano, além de acrescentar outros dez
funcionários no período de maior produção, quan-do
a fecularia trabalha em dois turnos. Desses 20
funcionários, 17 são do sexo masculino e 3 do sexo
feminino. A empresa não terceiriza mão-de-obra.
Ao iniciar as operações, a fecularia não
contava com mão-de-obra qualificada. A carência de
qualificação específica no desempenho da função não
tem sido empecilho para o bom andamento da fecularia,
uma vez que as funções estão relacionadas às caracte-rísticas
operacionais das indústrias do setor, não exi-gindo
mão-de-obra com conhecimento especializado.
A empresa conta com todo o processo de
produção desde a entrada da mandioca, incluindo
pesagem em balança própria até a fécula embalada,
colocando no mercado sua própria marca e obtendo
reconhecimento por parte dos consumidores. Com
relação aos fornecedores do insumo, estes são produ-tores
locais e dos Estados vizinhos do Paraná e do
Rio Grande do Sul. Esses produtores de mandioca
são pequenos proprietários rurais e sua produção
representa o total de mandioca processada na empre-sa.
O principal problema origina-se na oferta insufi-ciente,
que ocorre tanto nos períodos de safra, nos
meses de abril, maio, setembro e outubro, quanto no
período de entressafra, dos meses de novembro a
março, deixando parte da empresa ociosa.
A fecularia tem capacidade de moer anual-mente
18.000 toneladas, no entanto, no ano 2007, o
total moído na fecularia foi de 9.000 toneladas de
mandioca, representando 50% da capacidade de
moagem da empresa. Assim, este estudo compatibiliza
o tamanho do projeto com o estudo de mercado
(demanda esperada) que a Fecularia São Miguel
prevê, ou seja, uma demanda de 3.096.000 litros de
álcool carburante nessa fase inicial.
A mandioca processada na empresa não
é a variedade considerada “brava”, mas uma vari-edade
específica para a produção de fécula. Trata-se
de uma variedade denominada de mandioca
“vermelha”, desenvolvida pela Empresa Brasilei-ra
de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Esta
variedade não serve, porém, para o consumo hu-mano
por causa de maior acidez contida na raiz.
Diante desse cenário, o presente estudo de
caso fez duas simulações para a implantação de uma
destilaria. A primeira simulação considerou a im-plantação
de uma destilaria desde o início do projeto;
já a segunda simulação considerou a implantação da
destilaria a partir da fecularia existente. A discrimina-ção
dos investimentos para a implantação da destila-ria
desde seu início está especificada na Tabela 1.
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7. 251
Análise econômico-financeira da implantação de uma destilaria para
produção de álcool carburante a partir da mandioca
TABELA 1 - Discriminação dos custos para a implantação de uma destilaria
Investimento Inicial Quantidade Valor Unit. (R$) Valor Total (R$)
Equipamentos
Rampa de descarga de raízes lateral 1 un 54.406,00 54.406,00
Alimentação automática de raízes 1 un 56.243,00 56.243,00
Correia transportadora 1 un 25.586,00 25.586,00
Lavador de raízes 1 un 54.950,00 54.950,00
Rosca simples para casquinha 1 un 8.445,00 8.445,00
Motobomba EBS semissubmersa, em ferro
fundido
Fonte: Dados da pesquisa.
1 un 8.705,00 8.705,00
Correia de inspeção 1 un 18.548,00 18.548,00
Triturador de raízes 7 facas 1 un 18.250,00 18.250,00
Rosca elevadora 1 un 17.175,00 17.175,00
Alimentador dosador 1 un 28.053,00 28.053,00
Desintegrador (cevadeira) 200 ton 1 un 89.165,00 89.165,00
Bomba positiva 5 CV 1 un 15.297,00 15.297,00
Tanque 4 un 14.653,00 58.612,00
Bomba helicoidal 2 un 11.474,00 22.948,00
Conjunto de cozimento contínuo 1 un 15.032,00 15.032,00
Trocador de calor tubular 1 un 60.143,00 60.143,00
Tanque de sacarificação/fermentação 14 un 43.211,00 604.954,00
Bomba centrífuga 12 un 6.211,00 74.532,00
Trocador de calor tipo casco tubo 1 un 125.158,00 125.158,00
Tanque em aço carbono 12 m3 4 pç 22.552,75 90.211,00
Conjunto completo para destilação álcool 1 un 442.106,00 442.106,00
Tanque de armazenamento 4 un 137.263,50 549.054,00
Tanque de armazenamento de álcool de 2ª 1 un 28.316,00 28.316,00
Tanque de armazenamento de óleo fúsel 1 un 14.843,00 14.843,00
Torre de refrigeração 6 un 20.035,17 120.211,00
Caldeira 5 ton/vapor 1 un 315.790,00 315.790,00
Balança rodoviária 80 ton 1 un 63.000,00 63.000,00
Equipamentos para laboratórios (básicos) 1 un 33.000,00 33.000,00
Caixa d’água 50.000 litros 2 un 22.899,00 45.798,00
Dala 10 metros (correia para sacos de fécula) 1 un 16.500,00 16.500,00
Total subvalor dos equipamentos 3.075.031,00
Montagem da destilaria
Montagem dos equipamentos 1 un 314.569,00 314.569,00
Sistema elétrico dos equipamentos 1 un 215.790,00 215.790,00
Terraplanagem 1 un 40.000,00 40.000,00
Construção lagoas de tratamento 6 un 50.000,00 300.000,00
Projeto de rebaixamento de energia 1 un 35.000,00 35.000,00
Transformador de energia 500 KWA 1 un 23.000,00 23.000,00
Poço artesiano 2 un 25.000,00 50.000,00
Terreno 240.000 m2 12.940 m2 1 un 706.000,00 706.000,00
Construção civil 1 un 534.900,00 534.900,00
Projeto tratamento de efluentes 1 un 6.500,00 6.500,00
Total subvalor da montagem da destilaria 2.225.759,00
Taxas, Impostos e Licenciamento 5.000,00
Total Geral 5.305.790,00
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8. 252
HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R.
Quanto aos custos de produção, cada tonelada de mandioca produz 172 litros de álcool
carburante. Cada litro de álcool tem um custo de produção de R$ 0,85, contabilizados neste valor a
manutenção dos equipamentos, os impostos, a energia elétrica, a folha de pagamento dos funcionários,
a lenha, a alfa-aminalase, o amilogluco, os insumos em geral e a matéria-prima mandioca. Como na
Fecularia São Miguel a capacidade total de moagem de mandioca é de 18.000 toneladas por ano, a
produção de álcool poderia chegar a 3.096.000 litros de álcool carburante. A depreciação das máquinas
e dos equipamentos para um período de 15 anos também foi considerada na discriminação dos custos
de produção da destilaria. Os valores estão especificados na Tabela 2.
TABELA 2 - Discriminação dos custos de produção da destilaria
Custo de produção Quantidade Custo unitário (R$) Despesa total (R$)
Álcool carburante 3.096.000 L 0,85 2.631.600,00
Depreciação anual 205.002,07
Total Geral
2.836.602,07
Fonte: Dados da pesquisa.
Como receita foi considerada a venda do álcool carburante, a venda da vinhaça e a venda do
bagaço da mandioca. O preço do álcool carburante considerado neste trabalho foi o preço médio pago,
cujo levantamento estatístico é feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
(CEPEA) no ano 2007. Os valores estão especificados na Tabela 3.
TABELA 3 - Discriminação das receitas da destilaria
Receitas – Economias Quantidade Valor Unitário (R$) Valor Anual (R$)
Álcool carburante 3.096.000 L 0,70 2.167.200,00
Vinhaça 32.508 kg 8,00 260.064,00
Venda do bagaço da mandioca 6.000 ton 20,00 120.000,00
Total Geral
2.547.264,00
Fonte: Dados da pesquisa.
A partir dos custos para a implantação da destilaria, dos custos de produção e das receitas
obtiveram-se os fluxos de caixa da destilaria para um período de 15 anos. Na análise de viabilidade
econômico-financeira, considerando uma TMA de 11,25%, obteve-se um VPL altamente negativo no
valor de R$ 7.357.983,88, TIR de -1.833,77%, TR de -138,7%, payback negativo para o período
considerado, sendo tanto o IBC como o ROIA também negativos.
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, Curitiba, v. 1, n. 2, p. 245-257, jul./dez. 2009
9. 253
Análise econômico-financeira da implantação de uma destilaria para
produção de álcool carburante a partir da mandioca
Implantação da destilaria a partir da fecularia
A intenção deste item é mostrar se é
viável ou não a Fecularia São Miguel deixar de ser
uma fecularia para se transformar em uma desti-laria.
A lógica que deve ficar clara neste aspecto
é que a substituição da condição de fecularia para
destilaria implica no direcionamento da produ-ção
alcooleira para fins carburentes, podendo
esta unidade produtiva obter benesses que uma
fecularia não teria no mercado de agroenergia.
Primeiramente se calculou os investi-mentos
necessários para a compra de máquinas e
de equipamentos para a destilaria, sendo
desconsiderados os valores das máquinas e dos
equipamentos que servem tanto para a fecularia
como para a destilaria. Em seguida,
contabilizaram-se os gastos necessários para a
montagem da destilaria e foram desconsiderados
os que já foram realizados. Para fazer uma análise
geral, também foram levantados os custos das
máquinas e dos equipamentos de uma fecularia,
desconsiderando os que podem ser utilizados na
destilaria, sendo feita a depreciação de sete anos,
e os valores pelos quais poderiam ser vendidos na
atualidade.
Os gastos em máquinas e em equipa-mentos
que não serão necessários para a im-plantação
da destilaria são os 11 primeiros itens
especificados na Tabela 1, tais como: rampa de
descarga de raízes lateral (R$ 54.406,00); ali-mentação
automática de raízes (R$ 56.243,00);
correia transportadora (R$ 25.586,00); lavador
de raízes (R$ 54.950,00); rosca simples para
casquinha (R$ 8.445,00); motobomba EBS semi-submersa,
em ferro fundido (R$ 8.705,00); cor-reia
de inspeção (R$ 18.548,00); triturador de
raízes 7 facas (R$ 18.250,00); rosca elevadora
(R$ 17.175,00); alimentador dosador (R$
28.053,00); desintegrador (cevadeira) 200 ton
(R$ 89.165,00). Juntos, esses equipamentos so-mam
R$ 379.526. O restante dos gastos em
máquinas e em equipamentos necessários para a
implantação da destilaria está especificado na
Tabela 1, a partir do décimo primeiro item.
Juntos eles somam R$ 2.695.505,00, sendo este
o valor necessário para compras com as máqui-nas
e com os equipamentos para implantar a
destilaria.
Quanto aos gastos com a montagem da
destilaria, não serão necessários os gastos com
terraplanagem (R$ 40.000,00); com construção
das lagoas de tratamento (R$ 300.000,00); com
projeto de rebaixamento de energia (R$
35.000,00); com transformador de energia 500
KWA (R$ 23.000,00); com poço artesiano (R$
50.000,00); com terreno 12.940 m2 (R$
706.000,00); com construção civil (R$
534.900,00); com projeto de tratamento de
efluentes (R$ 6.500,00). Juntos, esses itens so-mam
R$ 1.695.400,00. Já os gastos necessários
para a montagem da destilaria são a montagem
dos equipamentos (R$ 314.569,00) e o sistema
elétrico dos equipamentos (R$ 215.790,00), so-mando
R$ 530.359,00, sendo este o gasto neces-sário
com a montagem dos equipamentos para
implantar a destilaria nesta fecularia.
Considerando a venda das máquinas e
dos equipamentos da fecularia que não serão
úteis, poder-se-ia obter a soma de R$
1.281.735,00, mas, com a depreciação anual de
R$ 85.449,00 e considerando os sete anos da
implantação (2001), as máquinas e os equipa-mentos
podem ser vendidos a um valor de R$
683.592,00, valores especificados na Tabela 4 a
seguir. Além dos gastos citados, existem ainda os
gastos com os impostos e licenciamento que
somam R$ 5.000,00.
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10. 254
TABELA 4 - Máquinas e equipamentos de uma fecularia e os valores da depreciação
Investimento Inicial Qnt. Valor
Unit. (R$)
Valor Total
(R$)
Depreciação
Equipamentos Anos Dep.
Anual
Motobomba inox auto esc. EBS 1 un 5.699,00 5.699,00 15 379,93
Rosca horizontal inox 1 un 8.593,00 8.593,00 15 572,87
Peneira rotativa extratora 3 un 33.980,00 101.940,00 15 6.796,00
Motobomba inox auto esc. EBS 05 CV 3 un 5.699,00 17.097,00 15 1.139,80
Motobomba inox auto esc. EBS 7,5 CV 2 un 6.190,00 12.380,00 15 825,33
Peneira rotativa extratora GL-800 GL3 1 un 33.980,00 33.980,00 15 2.265,33
Tanque inox 2.000 litros 1 un 9.830,00 9.830,00 15 655,33
Motobomba inox centrífuga pequena 1 un 6.811,00 6.811,00 15 454,07
Centrífuga primária EBS CT-40 1 un 145.000,00 145.000,00 15 9.666,67
Tanque intermediário das centrífugas 1 un 5.690,00 5.690,00 15 379,33
Motobomba inox centrífuga pequena EBS 1 un 5.813,00 5.813,00 15 387,53
Centrífuga secundária ref. EBS CT-25 1 un 83.900,00 83.900,00 15 5.593,33
Coletor inox para centrífuga CT-25 1 un 5.690,00 5.690,00 15 379,33
Motobomba inox auto esc. EBS 3 CV 3 un 3.655,00 10.965,00 15 731,00
Tanque agitador 2.000 litros 1 un 14.200,00 14.200,00 15 946,67
Filtro a vácuo 1.800 x 1.500 mm 1 un 78.688,00 78.688,00 15 5.245,87
Correia transportadora sanitária 1 un 7.950,00 7.950,00 15 530,00
Esfarelador 1 un 4.700,00 4.700,00 15 313,33
Conjunto trocador calor 1 un 41.145,00 41.145,00 15 2.743,00
Secador de amido tipo “flach drier” 1 un 95.423,00 95.423,00 15 6.361,53
Coletor para fécula seca 40 ton 1 un 33.898,00 33.898,00 15 2.259,87
Fundo fluidizado 1 un 29.500,00 29.500,00 15 1.966,67
Rosca do silo 1 un 12.177,00 12.177,00 15 811,80
Classificador de amido seco 5 ton/h 1 un 10.107,00 10.107,00 15 673,80
Ensacadeira EBS VR 5.000 1 un 11.190,00 11.190,00 15 746,00
Rosca para ensaque de bagaço 1 un 9.630,00 9.630,00 15 642,00
Silo para bagaço 1 un 35.990,00 35.990,00 15 2.399,33
Rosca para bagaço 1 un 17.558,00 17.558,00 15 1.170,53
Rosca simples para casquinha 1 un 6.530,00 6.530,00 15 435,33
Coletor inox para rosca de casquinha 1 un 4.160,00 4.160,00 15 277,33
Motobomba EBS auto esq. Inox 10 CV 1 un 6.899,00 6.899,00 15 459,93
Bomba pressão para auto lavagem GLS 1 un 2.625,00 2.625,00 15 175,00
Motobomba de recalque de inox 5 CV 1 un 5.699,00 5.699,00 15 379,93
Cones reserva para GLs 1 un 11.980,00 11.980,00 15 798,67
Caldeira 04 ton/vapor 1 un 230.000,00 230.000,00 15 15.333,33
Balança rodoviária 80 ton 1 un 60.000,00 60.000,00 15 4.000,00
Equipamentos para laboratórios (básicos) 1 un 33.000,00 33.000,00 15 2.200,00
Balança para sacos de fécula 1 un 3.000,00 3.000,00 15 200,00
Caixa d’água 50.000 litros 1 un 22.899,00 45.798,00 15 3.053,20
Dala 10 metros 1 un 16.500,00 16.500,00 15 1.100,00
Total subvalor dos equipamentos 1.281.735,00 85.449,00
Fonte: Dados da pesquisa.
HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R.
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, Curitiba, v. 1, n. 2, p. 245-257, jul./dez. 2009
11. 255
Análise econômico-financeira da implantação de uma destilaria para
produção de álcool carburante a partir da mandioca
Diante das considerações expostas, os gastos necessários para a implantação da destilaria a
partir da fecularia existente seriam R$ 2.542.272,00.
Quanto aos custos de produção, na Fecularia São Miguel a moagem de mandioca no ano de 2007 foi
9.000 toneladas. Assim, a produção de álcool poderia chegar a 1.548.000 litros de álcool carburante. Como o
custo de produção por litro é de R$ 0,85, a despesa total chegaria a R$ 1.315.800,00. Já o valor da depreciação
foi calculado dos equipamentos que serão adquiridos. Os valores estão especificados na Tabela 5.
TABELA 5 - Discriminação dos custos de produção da destilaria
Custo de produção Quantidade Custo unitário (R$) Despesa total (R$)
Álcool carburante 1.548.000 L 0,85 1.315.800,00
Depreciação 179.700,33
Total Geral 1.495.500,33
Fonte: Dados da pesquisa.
Como receita, foi considerada a venda do álcool carburante, a venda da vinhaça e a venda do
bagaço da mandioca. Valores especificados na Tabela 6.
TABELA 6 - Discriminação das receitas da destilaria
Receitas – Economias Quantidade Valor Unitário (R$) Valor Anual (R$)
Álcool carburante 1.548.000 L 0,70 1.083.600,00
Vinhaça 16.254 kg 8,00 130.032,00
Venda do bagaço da mandioca 3.000 ton 20,00 60.000,00
Total Geral 1.273.632,00
Fonte: Dados da pesquisa.
A partir dos custos para a implantação
da destilaria, dos custos de produção e das recei-tas
obtiveram-se os fluxos de caixa para um
período de 15 anos. Na análise de viabilidade
econômico-financeira, considerando uma TMA
de 11,25%, obteve-se VPL negativo no valor de
R$ 4.115.921,95, TIR negativa de 1.145,85%,
TR de -161,9%, payback também negativo para o
período considerado, sendo tanto o IBC como o
ROIA também negativos.
Diante dos resultados obtidos, percebe-se
que na segunda simulação, apesar da obtenção
negativa do VPL, da TMA, da TIR, da TR e do
payback, o resultado ainda é menos expressivo
que na primeira simulação onde o resultado para
a VPL foi negativo em R$ 7.357.938,88, repre-
sentando quase o dobro da segunda simulação.
Cabe ressaltar que mesmo sendo a segunda simu-lação
mais vantajosa em relação à primeira, é
preciso considerar que ambas apresentaram
inviabilidades em seus projetos.
Diante desses resultados, a principal
indagação que surge é por que a viabilidade
econômico-financeira não existe? Por que a im-plantação
de uma destilaria diante do perfil da
fecularia encontrado não é viável?
Existem algumas explicações bem visí-veis
para esta indagação. A primeira dessas expli-cações
está no fato de que a totalidade da maté-ria-
prima (mandioca) é comprada, o que encare-ce
consideravelmente a produção do litro de
álcool. Além da compra da matéria-prima, outro
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, Curitiba, v. 1, n. 2, p. 245-257, jul./dez. 2009
12. HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R.
256
fato que ajuda a encarecer a produção é a compra
da lenha, ou seja, se a empresa tivesse áreas com
plantação de madeira para a utilização na
fecularia, bem como tivesse produção total (ou,
pelo menos, parcial) da mandioca, o desempenho
da empresa poderia ser outro.
Outros fatores gerais que comprome-tem
a cadeia produtiva da mandioca para a pro-dução
de álcool estão relacionados à falta de
interesses políticos e governamentais para com o
setor. Faltam incentivos fiscais para diminuição
dos custos de implantação da destilaria, além da
falta de interesses em incentivos para as pesqui-sas,
tanto no desenvolvimento de novas
tecnologias de jusante a montante, ou vice-versa,
como no aperfeiçoamento genético da mandioca
para melhorar a qualidade da produção, bem
como pesquisas para aumentar a produtividade
por alqueire, sanando, em parte, a oscilação da
produção. Ademais, a competitividade do álcool
advindo da cana-de-açúcar é deveras expressiva
(PAULILLO et al., 2007).
CONCLUSÕES
O objetivo deste artigo foi analisar a via-bilidade
econômico-financeira da implantação de
uma destilaria com a finalidade de produzir álcool
carburante a partir da mandioca. Para o desenvolvi-mento
da análise foi realizado um estudo de caso na
Fecularia São Miguel, localizada no município de
São Miguel do Oeste, em Santa Catarina.
Os resultados apresentados nas varia-ções
de receita e de custos das duas simulações
de implantação das destilarias, de acordo com a
análise de viabilidade econômico-financeira, e
por meio de indicadores de rentabilidade, mos-tram
que os investimentos não se encontram
viáveis financeiramente em nenhuma das simula-ções.
Remontando aos resultados do item 3.1 (A
Fecularia), constatou-se na análise de viabilida-de
econômico-financeira um VPL de -R$
7.357.983,88, TIR de -1.833,77%, TR de -138,7%
e payback negativo para o período considerado. A
partir dos custos para a implantação da destilaria
(item 3.2), obteve-se VPL de -R$ 4.115.921,95,
TIR de -1.145,85%, TR de -161,9%, com IBC e
ROIA também negativos.
Ademais, como a empresa não tem ca-pacidade
própria de produzir a mandioca e a
lenha, o encarecimento da produção torna-se um
dos motivos da inviabilidade da implantação da
destilaria. Outro fator destacado é o inadequado
tratamento da cadeia produtiva, com baixa pro-dutividade
por hectare. A falta de interesses
políticos e governamentais deixa toda a cadeia
produtiva com carência de pesquisas e de inova-ções
tecnológicas em geral.
Por último, mas não menos importante,
a viabilidade econômico-financeira estudada para
a implantação de uma destilaria de álcool de
mandioca é um assunto polêmico, que surgiu
com a discussão de novas fontes energéticas
renováveis no Brasil. Isso evidencia a necessida-de
de outros estudos para perscrutar aspectos
relacionados à matriz energética brasileira.
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Received: 12/01/2008
Aprovado: 04/08/2009
Approved: 08/04/2009
Revisado: 21/12/2009
Reviewed: 12/21/2009
produção de álcool carburante a partir da mandioca
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, Curitiba, v. 1, n. 2, p. 245-257, jul./dez. 2009