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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL-<br />CEPTI- CÂNDIDO BORGES CASTELO BRANCO<br />Curso Técnico em Enfermagem<br />PROJETO DE AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS <br />   <br />CAMPO MAIOR - PI<br />2011<br />Vivian Nunes Costa<br />PROJETO DE AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS <br />Projeto de ambulatório especializado no tratamento de feridas apresentado à SEDUC para obtenção de recursos a fim de melhorar o aprendizado dos alunos do curso Técnico em Enfermagem do Centro Estadual de Educação Profissional Cândido Borges Castelo Branco.<br />                                                           <br />CAMPO MAIOR - PI<br />2011<br />SUMÁRIO<br />1. INTRODUÇÃO04<br />2. OBJETIVO05<br />3. METODOLOGIA06<br />4. REFERENCIAL TEÓRICO08<br />4.1. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS08<br />4.2. CONCEITO DE CURATIVOS10<br />4.3. COBERTURAS, SOLUÇÕES E CREMES11<br />4.4. PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA EM FERIDAS13<br />4.5. TÉCNICA DE LIMPEZA DA FERIDA14<br />4.6. TROCA DE CURATIVO NA UBS14<br />4.7. TROCA DE CURATIVO NO DOMICÍLIO15<br />5. CONCLUSÃO17<br />6. REFERÊNCIAS18<br />7. ANEXO I19<br />        <br />1. INTRODUÇÃO<br />Cuidar de feridas é um processo dinâmico, complexo e que requer uma atenção especial principalmente quando se refere a uma lesão crônica. Deve-se levar em consideração que as feridas crônicas evoluem rapidamente, são refratárias a diversos tipos de tratamentos e decorrem de condições predisponentes que impossibilitam a normal cicatrização.<br />O enfermeiro deve ter uma visão ampla no que se refere ao tratamento de uma ferida crônica. O papel desse profissional não se resume a apenas execução dos curativos prescritos pelo médico. O profissional de enfermagem preenche uma lacuna importante no tratamento de feridas; sua figura é preponderante. É ele quem executa o curativo diariamente e está em maior contato com o paciente. Por essa razão, em muitos aspectos sua ação se sobreporá à dos outros componentes da equipe.<br />O tratamento de feridas vem sendo tema destacado em diversos setores profissionais da área de saúde no mundo todo. É uma prática milenar que, nos primórdios da civilização estava intimamente ligada a costumes e hábitos populares e, com o desenrolar da história e do desenvolvimento tecnológico, conquistou seu merecido cunho científico. O que vivenciamos nos dias de hoje, de forma crescente, são profissionais, instituições, e indústrias se empenhando e buscando a excelência para proporcionar ao portador de lesões, em especial àquelas de caráter crônico, um tratamento eficaz, em curto prazo que possam trazer maior conforto e breve retorno à normalidade de sua vida.<br />Dentro desse contexto torna-se importante que o enfermeiro realize a sistematização da assistência de enfermagem a pacientes com feridas crônicas, contribuindo assim para uma assistência qualificada, facilitando, dessa maneira, a recuperação do paciente. Dessa forma a implantação de um ambulatório de feridas proporciona aos alunos do curso Técnico em Enfermagem fixação do aprendizado quanto às feridas e melhora o atendimento à comunidade adscrita.<br />2. OBJETIVO<br />Implantar um ambulatório para o tratamento de feridas para que os alunos do curso técnico em enfermagem possam realizar práticas de curativo, sob a supervisão dos Enfermeiros que trabalham no local.<br />Paralelamente a isso, propomos protocolo voltado para um cuidado sistematizado de enfermagem obtendo assim melhores resultados no tratamento de feridas a padronização de produtos.<br />3. METODOLOGIA<br />Em primeiro lugar, deve- se fazer uma avaliação situacional do perfil dos pacientes atendidos na unidade básica de saúde próxima ao colégio, a fim de sistematizar a assistência de enfermagem adequada a cada situação, já que a unidade básica realizará a referência dos pacientes ao colégio. A partir daí, prever e prover os recursos humanos e materiais necessários a um atendimento especializado e individualizado.<br />Os critérios que serão utilizados: <br />- Número de usuários;<br />- Nível sócio-econômico-cultural desses usuários;<br />- Patologias mais freqüentes;<br />- Número de pacientes com feridas crônicas;<br />- Tipos de feridas predominantes;<br />- Capacidade física e administrativa do serviço para absorção dos casos.<br />A instituição em questão presta oferecer o curso Técnico em Enfermagem à comunidade e para melhor aprendizado dos alunos, necessitam da implantação de um ambulatório de atendimento para feridas, de forma a fixação dos conteúdos e proporcionar à comunidade um atendimento diferenciado no cuidado em feridas. <br />No que diz respeito à estrutura física, o colégio possui uma sala que servirá para realização da sistematização da assistência de enfermagem pelo professor que acompanhará os alunos, enquanto estes ficarão responsáveis pela realização dos curativos.<br />Nessa linha de preocupação, desencadearemos uma série de aulas e apresentações com temas variados ligados ao tratamento das lesões cutâneas, inclusive lançando alguns manuais educativos. Para implementar o tratamento adequado e direcionar os cuidados, serão  instituídos alguns impressos  de inclusão e acompanhamento do paciente no serviço.(Em anexo)<br />Outro fator de importância vital está relacionado ao atendimento ao paciente.Visando a melhoria e a cura do portador de lesão crônica, concluímos ser necessário que este se sensibilize e coopere com a terapêutica proposta.<br />Vários aspectos influenciam na aderência do paciente ao tratamento, destacamos alguns: confiança nos profissionais, condições de transporte e acesso, apoio da família ou conhecidos, facilitação na obtenção do material a ser utilizado nas trocas dos curativos, orientação constante e adequada ao paciente e familiares, entre outros.<br />4. REFERENCIAL TEÓRICO<br />Para melhor aprendizado dos alunos são necessárias aulas práticas sobre as diversas temáticas propostas. O cuidado ao paciente portador de feridas é algo dinâmico, pois o mesmo pode apresentá-la de diversos tipos, sua aceitação e cuidados com a mesma, sendo esta porta de entrada para microorganismos causadores de infecções. A fim de sistematizar o cuidado e proporcionar aos alunos um contato prévio com os pacientes e as feridas se propõe a implantação de um ambulatório de feridas.<br />As feridas são modificações da pele ocasionadas por: traumas, processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, por distúrbios do metabolismo ou por defeito de formação. É o rompimento da estrutura e do funcionamento da estrutura anatômica normal, resultante de um processo patológico que se iniciou interna ou externamente no(s) órgão(s) envolvido(s). Assim, as células envolvidas nesta ferida tendem a se regenerar para voltar à sua estrutura e função normal.<br />4.1. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS:<br />As feridas podem ser classificadas pela origem ou pelo tipo do agente causal, analisando o grau de contaminação, onde este terá importante papel, pois orientará no tratamento com antibióticos, pelo tempo de traumatismo, pela profundidade das lesões.<br />Feridas do tipo agudas são mais fáceis de tratar, pois estas respondem ao tratamento e cicatrizam sem maiores complicações, já as feridas crônicas não respondem tão facilmente aos tratamentos, estas duram mais ou necessitam de recidivas freqüentes.<br />4.1.1. QUANTO À ORIGEM:<br />As feridas podem ser originadas através de um trauma causado por um objeto afiado ou a um golpe, por incisão cirúrgica, punção venosa, ferida de tiro, caracterizando uma ferida aberta. Já a ferida fechada é obtida através de uma lesão sem que tenha havido corte, obtida através de torções, fraturas óssea, órgão visceral rasgado.<br />A queimadura é uma ferida de origem acidental, ocorre em condições não estéreis, sendo esta não intencional. Tiros e facadas podem ou não ser intencionais, que também são obtidas sem assepsia. Já as feridas intencionais são provenientes de incisões cirúrgicas ou introdução de agulha em uma parte do corpo, porém e feita sob técnicas assépticas.<br />Existe a ferida resultante de pancadas, onde esta é dolorosa por causa da exposição dos nervos superficiais, torna-se mais grave se um órgão interno for atingido, podendo haver sangramento nos tecidos subjacentes e formação de hematoma.<br />4.1.2. QUANTO AO GRAU DE CONTAMINAÇÃO:<br />As feridas podem ser classificadas como Limpas, ou seja, são as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos sistemas como o digestório, respiratório e geniturinário. A probabilidade da infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%; Limpas, porém contaminadas, que são conhecidas como potencialmente contaminadas; nelas há contaminação grosseira, por exemplo, nos ocasionados por faca de cozinha, tiros ou nas situações cirúrgicas em que houve abertura dos sistemas contaminados. O risco de infecção é de 3 a 11%; Contaminadas, que há reação inflamatória; são as que tiveram contato com material como terra, fezes, etc. Também são consideradas contaminadas aquelas em que já se passaram seis horas após o ato que resultou na ferida. O risco de infecção da ferida já atinge 10 a 17%; e as Infectadas, que apresentam nitidamente sinais de infecção.<br />4.1.3. QUANTO À APARÊNCIA:<br />As feridas abertas que cicatrizam por segunda intenção podem ser classificadas segundo a aparência em:<br />- Necrótica: Presença de placa necrótica dura (escaras) ou tecido necrosado;<br />- Infectada: Presença de processo inflamatório e exsudação supurativa;<br />- Com crosta: Exsudação que se modificou, composta de células mortas, retardam a cicatrização;<br />- Granulada: Formação de tecido vascular novo (angiogênese) e matriz de colágeno;<br />- Epitelizada: Formação e migração de células epiteliais sobre uma superfície<br />durante o processo de cicatrização.<br />4.1.4. QUANTO À COR:<br />Podem ser classificadas quanto à cor da ferida, ou seja, as vermelhas são feridas crônicas em cicatrização, em que predomina o tecido de granulação e novo epitélio; e o tratamento é promover um ambiente úmido, proteger os tecidos neoformados e prevenir a infecção. As amarelas apresentam exsudato fibroso e seus tecidos são moles, desvitalizados; podem estar colonizados, o que favorece a instalação de infecção. Então, deve-se identificar se há colonização ou não, e no caso de infecção deve-se promover o desbridamento dos tecidos desvitalizando e estancar a infecção, preferencialmente por meio de terapia sistêmica. As pretas apresentam necrose tecidual, com desnaturação e aumento de fibras colágenas e conseqüente formação de escaras espessas, cuja coloração pode variar entre castanho, marrom e preto. Devido à presença do tecido necrótico, o objetivo é remover o tecido necrosado com a máxima brevidade, por meio do desbridamento.<br />4.1.5. QUANTO AO TIPO DE SECREÇÃO:<br />O transudato é um líquido que extravasa dos vasos é pobre em proteínas e derivados celulares; O exsudato é um material fluido que extravasa dos vasos, resultante de um processo inflamatório, é rico em proteínas derivadas celulares; O exsudato caseoso é originado do soro sangüíneo ou secreções serosas da cavidade peritoneal, pleural, pericárdica; O exsudato sanguinolento é derivado de lesões com ruptura de vasos ou diapedese de hemácias; O exsudato supurativo é composto por leucócitos e proteínas produzidas por processo inflamatório asséptico ou séptico; o exsudato fibrinoso provém da passagem de proteínas plasmáticas pela parede do vaso; A fibrina é uma proteína insolúvel, se forma durante o processo de coagulação. Na ferida, apresenta-se aderida aos tecidos e tem cor esbranquiçada ou amarela; e pode estar na secreção, relacionado a padrões mistos, ou seja, serossanguinolento, seropurulento, serofibrinoso, fibrinopurulento. Podemos analisar a coloração desta secreção, podendo ser esbranquiçada, amarelada, esverdeadas, achocolatadas; ainda podem ser as secreções, derivadas de fístulas, podendo ser biliar, entérica, pancreática, fecalóide.<br />4.2. CONCEITO DE CURATIVOS<br />É o meio terapêutico que consiste na aplicação de uma cobertura estéril sobre uma ferida previamente limpa. Tem como objetivo promover cicatrização (por meio de técnica asséptica), prevenir a contaminação, e eliminar fatores negativos que possa retardá-lo.<br />Por tanto, deve-se fazer limpeza da lesão, promover hemostasia, ou seja, estancar o sangue, proporcionar um ambiente adequado à cicatrização da ferida, absorver a drenagem para proteger a pele adjacente, proteger a ferida contra contaminação e traumatismo mecânico, promover conforto físico e mental ao paciente.<br />4.3. INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES DE COBERTURAS, SOLUÇÕES E CREMES:<br />4.3.1. CREME DE SULFADIAZINA DE PRATA + NITRATO DE CERIUM:<br />- Anti-séptico;<br />- Composição: sulfadiazina de prata micronizada e nitrato cerium hexahidratado;<br />- Ações: eficaz contra uma grande variedade de microrganismos, tais como: bactérias gram-negativas, fungos, protozoários e alguns vírus; reepitelizante; promove melhor leito de enxertia e ação imunomoduladora;<br />- Indicação: tratamento de queimaduras, e feridas que não evoluem com coberturas oclusivas e feridas extensas (com área superior à 350 cm²);<br />- Contra-indicação: presença de hipersensibilidade aos componentes;<br />- Reações adversas: disfunção renal ou hepática, leucopenia transitória, raríssimos casos de hiposmolaridade, raríssimos episódios de aumento da sensibilidade a luz solar;<br />- Troca com período máximo de 24 horas.<br />4.3.2. POLIVINILPIRROLIDONA-IODO (PVP-I): PVP-I aquoso é um composto orgânico de iodo, atualmente não indicado para tratamento de feridas, considerando que não reduz a incidência de infecção nas feridas, não age na presença de materiais orgânicos e eleva o nível sérico de iodo; PVP-I degermante só deve ser usado em pele íntegra, com a finalidade de remover sujidade e reduzir a flora transitória e residente, devendo ser retirado após o uso. Tem indicação também na degermação da pele, mãos, área cirúrgica e procedimentos invasivos; PVP-I alcoólico é indicado para uso em pele íntegra, após degermação das mãos, com a finalidade de fazer luva química e demarcar a área operatória, reduzindo a flora da pele; SF 0,9% é utilizada para limpeza de todos os tipos de feridas e inserção de cateteres venosos e arteriais, por ser inócua. <br />4.3.3. PAPAÍNA: Princípio extraído do látex do mamoeiro Carica papaia.<br />- Constituintes químicos: O látex é composto por enzimas proteolíticas e peroxidases: Papaína, Quimiopapaína A e B, Papayapeptidase;<br />- Tem ação como desbridante químico, facilitando o processo cicatricial;<br />- Tem ações bacteriostáticas, bactericidas e antiinflamatórias;<br />- Proporciona alinhamento das fibras de colágeno, promovendo crescimento tecidual uniforme;<br />- Age como desbridante químico e facilitador do processo cicatricial. Em ulcerações e feridas onde há presença de tecido necrosado. Como coadjuvante da antibioticoterapia sistêmica de feridas infectadas. Na presença de tecido de granulação a concentração deverá ser de 2% incorporado a uma base cremosa;<br />- Na presença de necrose de liquefação a ferida deverá ser lavada em jatos com solução de papaína de 4 a 6% diluída em solução fisiológica. Na presença de necrose de coagulação na concentração de 8 a 10%, após efetuar a Escarectomia.<br />4.3.4. ÓLEO DE GIRASSOL + ÓLEO DE COPAÍBA A 7%:<br />É composto por Óleo de girassol: Ácidos graxos essenciais (ácido linoléico), triacilgliceróis, ácidos insaturados ( ácido linolênico, ácido caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E).<br />- Óleo de Copaíba: Sesquiterpenos (β-Bisaboleno, β-Cariofileno, humuleno, entre outros), taninos e ácido copálico;<br />- As principais ações do óleo de copaíba são como antiinflamatório, tanto no uso tópico como no uso sistêmico e cicatrizante;<br />- O Óleo de girassol por sua vez promove a quimiotaxia (atração de leucócitos) e angiogênese (formação de novos vasos sangüíneos), mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual favorecendo assim a cicatrização;<br />- É indicado em feridas em fase proliferativa com exsudato, úlceras abertas com ou sem inflamação. Deve ser aplicado no local após assepsia, 1 a 2 vezes ao dia;<br />- É contra-indicado em casos de hipersensibilidade ao produto.<br />4.4. PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA PARA PORTADORES DE FERIDA: <br />- Desprezar o curativo retirado juntamente com as luvas no lixo;<br />- Calçar nova luva de procedimento;<br />- Irrigar o leito da ferida exaustivamente com o jato de soro numa distância em torno de 20 cm até a retirada de toda a sujidade;<br />- Fazer limpeza mecânica (manual) da pele ao redor da lesão com gaze umedecida em SF 0,9%. Em caso de sujidade pode-se associar sabão líquido hospitalar;<br />Obs.: Quando necessário, utilizar espátula de madeira e tesouras estéreis avulsas (depende do procedimento). Não secar o leito da ferida.<br />- Aplicar a cobertura escolhida conforme a prescrição do enfermeiro ou médico (calçar luvas cirúrgicas quando a cobertura demandar);<br />- Passar hidratante na pele íntegra adjacente à lesão, quando necessário, sempre após colocação de coberturas;<br />- Fazer uso da cobertura secundária, se alginato de cálcio ou carvão ativado;<br />- Enfaixar os membros em sentido distal-proximal, da esquerda para a direita, com o rolo de atadura voltado para cima. Em caso de abdômen utilizar a técnica em z (em jaqueta com atadura de crepom de 20 ou 25 cm);<br />- Fazer o enfaixamento compressivo em caso de úlcera venosa;<br />- Registrar a evolução no prontuário e na ficha de Registro de Avaliação da Lesão;<br />- Desprezar o frasco com resto de soro no final do dia;<br />- Promover limpeza dos instrumentais utilizados conforme o Manual de Esterilização;<br />- Realizar a limpeza e organizar a sala de curativo.<br />RESSALVAS:<br />- Se utilizar pinças ou tesouras, o instrumental deve ser colocado dentro de um recipiente com água e sabão enzimático.<br />- Se utilizar o tanquinho, deve-se fazer a limpeza e a desinfecção do mesmo, após o procedimento;<br />- Retirar o plástico da bacia, de forma que não a contamine, desprezando o mesmo no lixo;<br />- Se não houver contaminação da bacia, utiliza- la para o próximo curativo, realizando o mesmo procedimento já citado.<br />4.5. TÉCNICA DE LIMPEZA DA FERIDA:<br />Segundo o dicionário da língua portuguesa, limpeza é o ato de tirar sujidades. Logo, limpeza das feridas, é a remoção do tecido necrótico, da matéria estranha, do excesso de exsudato, dos resíduos de agentes tópicos e dos microrganismos existentes nas lesões objetivando a promoção e preservação do tecido de granulação.<br />A técnica de limpeza ideal para a ferida é aquela que respeita o tecido de granulação, preserva o potencial de recuperação, minimiza o risco de trauma e/ou infecção.<br />A melhor técnica de limpeza do leito da lesão é a irrigação com jatos de soro fisiológico a 0,9% morno. A seguir, etapas da técnica de limpeza do soro fisiológico em jato.<br />4.6. TROCA DE CURATIVO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE:<br />Material necessário:<br />- luvas de procedimento;<br />- luvas cirúrgicas;<br />- bacia;<br />- soro fisiológico 0,9% - 250 ml ou 500 ml;<br />- agulha 25 x 8 mm (canhão verde);<br />- saco plástico de lixo (branco);<br />- lixeira;<br />- máscara;<br />- óculos protetores;<br />- cobertura, creme ou pomadas indicadas;<br />- gaze dupla, gaze aberta, ou ambas;<br />- atadura crepom, conforme a necessidade;<br />- álcool a 70%;<br />- sabão líquido.<br />Descrição do Procedimento:<br />- Lavagem das mãos;<br />- Reunir e organizar todo o material que será necessário para realizar o curativo;<br />- Colocar o paciente em posição confortável e explicar o que será feito;<br />- Realizar o curativo em local que proporcione uma boa luminosidade e que preserve a intimidade do paciente;<br />- Fazer uso do EPI (óculos, máscara, luvas e jaleco branco);<br />Obs.: Não realizar curativo trajando bermudas, saias e sandálias, para assim evitar acidentes de trabalho.<br />- Envolver a bacia com o saco plástico, retirar o ar e dar um nó nas pontas. Depois, usá-la como anteparo para a realização do curativo;<br />- Utilizar frasco de soro fisiológico a 0,9%, fazer a desinfecção da parte superior do frasco com álcool a 70%, e perfurar antes da curvatura superior, com agulha 25 x 8 mm (somente um orifício);<br />Obs.: O calibre da agulha é inversamente proporcional à pressão obtida pelo jato de soro.<br />- Vestir com a luva de procedimento apenas a mão de maior destreza, deixando a outra livre;<br />- Retirar a atadura e a cobertura da ferida com a mão vestida com a luva de procedimento;<br />- Se na remoção da cobertura e/ou atadura da ferida, os mesmos estiverem bem aderidos (grudados) na lesão, pegar com a mão que está sem luvas o frasco de soro fisiológico (furado) e aplicar os jatos, removendo com muita delicadeza, evitando traumas e assim, retrocessos no processo cicatricial;<br />4.7. TROCA DE CURATIVO NO DOMICÍLIO:<br />- Organizar todo o material que será necessário para a realização do curativo no domicílio;<br />- Encaminhar-se ao domicílio após agendamento prévio com a família ou cuidador;<br />Obs.: É de fundamental importância, a presença de um dos familiares ou cuidador para acompanhar a realização do curativo com o objetivo de prepará-lo para o procedimento;<br />- Providenciar um local bem iluminado, confortável e que preserve a intimidade do paciente durante o atendimento;<br />- Utilizar um recipiente, providenciado pelos familiares, para servir de anteparo durante a realização do curativo. O mesmo ficará separado e será utilizado apenas para este procedimento; Quando não for possível, o profissional de saúde deverá levar uma bacia do Centro de Saúde, sendo que, ao final do curativo, retornará com a mesma á Unidade de Saúde;<br />- Lavar as mãos com água e sabão, se não for possível, fazer a anti-sepsia das mesmas com álcool glicerinado (levar almotolia);<br />- Colocar o paciente em posição confortável e orientar sobre o procedimento a ser realizado;<br />- Fazer uso do EPI (óculos, máscara, luvas e jaleco branco);<br />- Envolver o recipiente em saco plástico conforme já descrito;<br />- Realizar procedimento de troca de curativo;<br />- Retirar o plástico da bacia, de forma que não a contamine, desprezando o mesmo no lixo;<br />- Leve um saco de lixo a mais, no qual desprezará as coberturas, gazes e ataduras sujas e no final do curativo dê um nó e coloque-o dentro do lixo externo da casa (lixo do domicílio);<br />- Organizar o local onde foi realizado o curativo e fazer as anotações devidas;<br />RESSALVAS:<br />- Proteger pinças e tesouras utilizadas no próprio papel do pacote (Kraft) e depois colocá-lo dentro da luva de procedimento. Ao chegar na Unidade de Saúde, efetuar limpeza;<br />- Proteger o frasco de Soro Fisiológico, com o plástico do mesmo, caso não tenha sido todo utilizado, e orientar a família a guardá-lo em lugar limpo, seco e fresco por no máximo 01 semana. Evitar guardá-lo na geladeira para evitar risco de contaminação dos alimentos.<br />5. CONCLUSÃO<br />Por meio da implantação deste projeto de ambulatório especializado no tratamento de feridas para o CEPTI Cândido Borges poderão ser realizadas as práticas de realização de curativos pelos alunos, permitindo assim a sistematização da assistência de enfermagem, proporcionando diagnóstico de enfermagem mais preciso, maior eficácia no tratamento, redução de custos e continuidade precisa no atendimento ao paciente. <br />6. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS<br />Mobiliário:<br />· mesa e cadeira<br />· armário<br />· bancos giratórios (altura regulável)<br />· maca para exame<br />· Foco de luz<br />· Bancada para material<br />. Autoclave<br />. Lixeira com tampa acionada por pedal<br />Material<br />Saboneteira e sabão líquido<br />Papeleira e papel toalha<br />Tanque (de preferência em inox) contendo ducha, para limpeza das feridas.<br />Ataduras<br />Cuba redonda.<br />Campo fenestrado<br />Colagenase <br />Ácidos Graxos<br />Papaína<br />Bisturi<br />Espátulas de madeira<br />Papel Kraft<br />Fita identificadora <br />Fita zebrada<br />Almotolias<br />Agulhas 40 x 12<br />Pinças Kelly<br />Pinças Anatômicas<br />Gaze<br /> Livro Ata (2)<br />Sulfadiazina de prata<br />7. REFERÊNCIAS<br />ÍRION, Glenn. Feridas: novas abordagens, manejo clínico e atlas em cores. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2005.<br />SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Enfermagem na Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares. Iátria. 2ª Edição, São Paulo, 2003.<br />Sites:<br />http://www.fmt.am.gov.br/manual/curativos.htm<br />http://www.rrferidas.com <br />http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/protocolos/curativos.pdf<br />http://www.abenpe.com.br/diversos/sae_tfc.pdf<br />8. ANEXO I <br />Ficha de Registro de Atendimento à Pessoa Portadora de Ferida<br />Centro Estadual de Educação de Tempo Integral<br />Data: _____/_____/______<br />FICHA DE REGISTRO DE ATENDIMENTO À PESSOA PORTADORA DE<br />FERIDA<br />Identificação e perfil sócio-econômico<br />Nome: __________________________________________________________________ Prontuário ___________________<br />Sexo: ________ Data de nascimento: _____/______/_________ Estado civil:______________ No filhos: _____<br />Religião: _________________ Cor ( ) amarela ( ) branca ( )indígena ( ) negra ( ) parda (auto-denominação)<br />Escolaridade: _____________Profissão: ___________________________ Vínculo empregatício: _______________________<br />Ocupação atual: ________________________________ Renda familiar: _______ salários mínimos<br />Habitação: ( )própria ( ) aluguel Saneamento básico: ( ) não ( ) sim No de moradores: ________________________<br />Endereço: _____________________________________________________________________________________________<br />_____________________________________________________CEP: ____________________ Fone:__________________<br />Hábitos pessoais<br />Refeições: No/dia: _____ Preferência alimentar: ______________________________________________________________<br />Ingesta hídrica: _______ l/dia Sono: ______ h/noite Insônia: ( ) sim ( ) não Motivo:_________________________<br />Hábito intestinal: Freqüência: ______ vezes/dia Consistência:_____________ N° de micções:______ vezes/dia Cor: _______<br />Etilismo: ( ) não ( ) sim Tipo de bebida: __________________ Freqüência: ____________ Ingestão total: ________ ml/dia<br />Tabagismo: ( ) não ( ) sim No de cigarros/dia:_______ Alergia tópica: ( ) não ( ) sim Produto:_________________<br />Anamnese<br />Doenças atuais ( ) Diabetes Tipo I ( ) Diabetes Tipo II ( ) Drepanocitose ( ) Doença Neurológica<br />( ) Câncer ( ) Insuficiência Arterial ( ) Insuficiência Venosa ( ) Hanseníase<br />( ) Doenças cardiovasculares ( ) Doenças respiratórias ( ) Outras __________________________________________________________________<br />Medicamentos em uso:_________________________________________________<br />Lesão cutânea prévia ( ) não ( ) sim Local: _________________________________<br />Amputação prévia ( ) não ( )sim Local: ____________________________________<br />Vacina anti-tetânica: ( ) não ( ) sim Data da última dose ____/____/____<br />Tempo de existência da(s) ferida(s): _______________ Tratamentos anteriores da(s) ferida(s): _______________________________________________________<br />Mobilidade: ( ) deambula ( ) deambula com auxílio ( ) não deambula<br />Exame físico:<br />Dados antropométricos<br />Peso: ______________Kg Altura: _______________m IMC: ____________ Kg/m2<br />(Referência: <18,5 Kg/m2baixo peso, 18,5 a 24,9 Kg/m2normal, 25,0 a 29,9 Kg/m2sobrepeso, >30 Kg/m2obeso)<br />Circunferência: MID: Panturrilha ______cm Tornozelo _______cm MIE: Panturrilha _______cm Tornozelo _______cm<br />Dados vitais<br />P. A. ____________mm/Hg Pulso apical: _____________bpm Temperatura axilar: _________ºC<br />Pulsos: pedial dorsal – MID ( ) sim ( ) não – MIE ( ) sim ( ) não<br />poplíteo – MID ( ) sim ( ) não – MIE ( ) sim ( ) não<br />tibial posterior – MID ( ) sim ( ) não – MIE ( ) sim ( ) não<br />Exame local<br />Edema de MMII ( ) ausente ( ) +1/+4 ( ) +2/+4 ( ) +3/+4 ( )+4/+4<br />Número de feridas: _____ Localização: ____________________________________<br />______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />Perda tecidual (considerar a ferida mais profunda):<br />( ) superficial (até derme) ( ) profunda parcial (até subcutâneo) ( ) profunda total (estruturas mais profundas)<br />Protocolo de Assistência para Portadores de Ferida <br />Extensão:<br />Ferida 01 Ferida 02 Ferida 03 Ferida 04 Ferida 05 Ferida 06 Ferida 07 Ferida 08 Ferida 09<br />Horizontal (cm)<br />Vertical (cm)<br />Área (cm²)<br />Profundidade (cm)<br />Presença de tecido necrótico ( ) não ( )sim (média em caso de mais de 01 ferida)_____________%<br />Sinais de infecção: ( ) não ( ) sim <br />Quais: ______________________________________________________________<br />Exsudato: ( ) não ( ) sim<br />Odor ( ) ausente ( ) discreto ( ) acentuado<br />Característica ( ) purulento ( ) serosa ( ) sero sanguinolenta ( ) sanguinolenta<br />Volume ( ) pouco (5 gazes) ( ) moderado (10. gazes) ( ) acentuado (> 10 gazes)<br />Dor/Escore: ( ) 0-ausente ( ) 1-leve ( ) 2-moderada ( ) 3-intensa<br />Área peri-ferida: ( ) intacta ( ) macerada ( ) eritema ( ) descamação ( ) prurido ( ) dermatite<br />Sinais e sintomas locais<br />( ) Hiperpigmentação ( ) Claudicação ( ) sensibilidade da<br />extremidade<br />( ) Mobilidade comprometida<br />( ) Lipodermatoesclerose ( ) Ausência de pêlos ( ) Anidrose ( ) Proeminências ósseas salientes<br />( ) Edema ( ) Cianose ( ) Fissuras ( ) Área de pressão<br />( ) Linfedema ( ) Pulso débil ( ) Hiperceratose Estadiamento: ______<br />( ) Varizes ( ) Pulso ausente ( ) Rachaduras Solapamento: ______<br />( ) Dermatite ( ) Hipotermia ( ) Calos ( ) Incontinência urinária<br />( ) Pele ressecada ( )Edema ( ) Deformidades ( ) Incontinência anal<br />( ) Outros: especificar__________________________________________________<br />Hipótese etiológica da ferida:<br />( ) Úlcera Arterial (arteriosclerótica) ( ) Úlcera microangiopática<br />( ) Úlcera Venosa (estase) ( ) Úlcera Neurotrófica<br />( ) Úlcera Mista ( ) Úlcera de pressão<br />( ) Queimadura ( )Úlcera Anêmica<br />( ) Outras _______________________________________________________<br />Resultados de exames laboratoriais:<br />Hemoglobina _______g/dl (4,0 a 6,2 milhões) Glicose jejum _______mg/dl (ver item exames complementares)<br />Leucócitos _________cel./ mm³ (4 a 11 milhões/mm³) Albumina __________g/dl (3,5 a 5,0 g/dl)<br />Plaquetas _________/mm³ (150 a 450 milhões/mm³) Cultura com antibiograma: ___________________________________________________________________<br />Outros:_________________________________________________________________________________________________________________________________<br />Auto-cuidado:<br />Forma de limpar:______________________________________________________<br />Material usado: _______________________________________________________<br />Produtos utilizados: ___________________________________________________<br />Uso de terapia compressiva: ( ) não ( ) sim Qual? _____________________________________________<br />Repouso: ( ) não ( ) sim<br />Descrever (técnica/tempo): _____________________________________________<br />Condutas<br />Tratamento indicado: __________________________________________________<br />Exames solicitados: ___________________________________________________<br />Encaminhamentos: ____________________________________________________<br />Observações:________________________________________________________Responsável pela consulta (nome/assinatura/data): __________________________<br />ANEXO II<br />PRODUTOQUANTIDADEVALORTOTALTOTAL GERALarmário                     1unidade428,6428,610840,33Autoclave1unidade2.571,482571,48agulhas 40 X 121 caixa55almotolias3unidades1,95,7Ataduras50unidades0,4824bisturi1caixa14,9114,91campo fenetrado1 pacote38,4638,46colagenase2unidades16,4632,92cuba redonda3 unidades14,844,4Esparadrapo5unidades5,5327,65espátulas de madeira2 pacotes3,166,32fita identificadora5 unidades4,120,5fita zebrada5unidades4,120,5gaze1pacote14,1814,18luvas5caixas20,64103,2Micropore2unidades3,5papaína2unidades17,1434,28papel kraft100 unidades69,996999papel toalha4unidades0Papeleira1unidade0pinças anatômicas6unidades49,92299,52pinças kelly6unidades20,49122,94sabão líquido10unidades0Saboneteira  1unidade26,7726,77soro fisiológico50unidades2,06103sulfadiazina de prata2unidades12,2224,44<br />
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Ambulatório de feridas cepti

  • 1. CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL-<br />CEPTI- CÂNDIDO BORGES CASTELO BRANCO<br />Curso Técnico em Enfermagem<br />PROJETO DE AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS <br /> <br />CAMPO MAIOR - PI<br />2011<br />Vivian Nunes Costa<br />PROJETO DE AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS <br />Projeto de ambulatório especializado no tratamento de feridas apresentado à SEDUC para obtenção de recursos a fim de melhorar o aprendizado dos alunos do curso Técnico em Enfermagem do Centro Estadual de Educação Profissional Cândido Borges Castelo Branco.<br /> <br />CAMPO MAIOR - PI<br />2011<br />SUMÁRIO<br />1. INTRODUÇÃO04<br />2. OBJETIVO05<br />3. METODOLOGIA06<br />4. REFERENCIAL TEÓRICO08<br />4.1. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS08<br />4.2. CONCEITO DE CURATIVOS10<br />4.3. COBERTURAS, SOLUÇÕES E CREMES11<br />4.4. PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA EM FERIDAS13<br />4.5. TÉCNICA DE LIMPEZA DA FERIDA14<br />4.6. TROCA DE CURATIVO NA UBS14<br />4.7. TROCA DE CURATIVO NO DOMICÍLIO15<br />5. CONCLUSÃO17<br />6. REFERÊNCIAS18<br />7. ANEXO I19<br /> <br />1. INTRODUÇÃO<br />Cuidar de feridas é um processo dinâmico, complexo e que requer uma atenção especial principalmente quando se refere a uma lesão crônica. Deve-se levar em consideração que as feridas crônicas evoluem rapidamente, são refratárias a diversos tipos de tratamentos e decorrem de condições predisponentes que impossibilitam a normal cicatrização.<br />O enfermeiro deve ter uma visão ampla no que se refere ao tratamento de uma ferida crônica. O papel desse profissional não se resume a apenas execução dos curativos prescritos pelo médico. O profissional de enfermagem preenche uma lacuna importante no tratamento de feridas; sua figura é preponderante. É ele quem executa o curativo diariamente e está em maior contato com o paciente. Por essa razão, em muitos aspectos sua ação se sobreporá à dos outros componentes da equipe.<br />O tratamento de feridas vem sendo tema destacado em diversos setores profissionais da área de saúde no mundo todo. É uma prática milenar que, nos primórdios da civilização estava intimamente ligada a costumes e hábitos populares e, com o desenrolar da história e do desenvolvimento tecnológico, conquistou seu merecido cunho científico. O que vivenciamos nos dias de hoje, de forma crescente, são profissionais, instituições, e indústrias se empenhando e buscando a excelência para proporcionar ao portador de lesões, em especial àquelas de caráter crônico, um tratamento eficaz, em curto prazo que possam trazer maior conforto e breve retorno à normalidade de sua vida.<br />Dentro desse contexto torna-se importante que o enfermeiro realize a sistematização da assistência de enfermagem a pacientes com feridas crônicas, contribuindo assim para uma assistência qualificada, facilitando, dessa maneira, a recuperação do paciente. Dessa forma a implantação de um ambulatório de feridas proporciona aos alunos do curso Técnico em Enfermagem fixação do aprendizado quanto às feridas e melhora o atendimento à comunidade adscrita.<br />2. OBJETIVO<br />Implantar um ambulatório para o tratamento de feridas para que os alunos do curso técnico em enfermagem possam realizar práticas de curativo, sob a supervisão dos Enfermeiros que trabalham no local.<br />Paralelamente a isso, propomos protocolo voltado para um cuidado sistematizado de enfermagem obtendo assim melhores resultados no tratamento de feridas a padronização de produtos.<br />3. METODOLOGIA<br />Em primeiro lugar, deve- se fazer uma avaliação situacional do perfil dos pacientes atendidos na unidade básica de saúde próxima ao colégio, a fim de sistematizar a assistência de enfermagem adequada a cada situação, já que a unidade básica realizará a referência dos pacientes ao colégio. A partir daí, prever e prover os recursos humanos e materiais necessários a um atendimento especializado e individualizado.<br />Os critérios que serão utilizados: <br />- Número de usuários;<br />- Nível sócio-econômico-cultural desses usuários;<br />- Patologias mais freqüentes;<br />- Número de pacientes com feridas crônicas;<br />- Tipos de feridas predominantes;<br />- Capacidade física e administrativa do serviço para absorção dos casos.<br />A instituição em questão presta oferecer o curso Técnico em Enfermagem à comunidade e para melhor aprendizado dos alunos, necessitam da implantação de um ambulatório de atendimento para feridas, de forma a fixação dos conteúdos e proporcionar à comunidade um atendimento diferenciado no cuidado em feridas. <br />No que diz respeito à estrutura física, o colégio possui uma sala que servirá para realização da sistematização da assistência de enfermagem pelo professor que acompanhará os alunos, enquanto estes ficarão responsáveis pela realização dos curativos.<br />Nessa linha de preocupação, desencadearemos uma série de aulas e apresentações com temas variados ligados ao tratamento das lesões cutâneas, inclusive lançando alguns manuais educativos. Para implementar o tratamento adequado e direcionar os cuidados, serão instituídos alguns impressos de inclusão e acompanhamento do paciente no serviço.(Em anexo)<br />Outro fator de importância vital está relacionado ao atendimento ao paciente.Visando a melhoria e a cura do portador de lesão crônica, concluímos ser necessário que este se sensibilize e coopere com a terapêutica proposta.<br />Vários aspectos influenciam na aderência do paciente ao tratamento, destacamos alguns: confiança nos profissionais, condições de transporte e acesso, apoio da família ou conhecidos, facilitação na obtenção do material a ser utilizado nas trocas dos curativos, orientação constante e adequada ao paciente e familiares, entre outros.<br />4. REFERENCIAL TEÓRICO<br />Para melhor aprendizado dos alunos são necessárias aulas práticas sobre as diversas temáticas propostas. O cuidado ao paciente portador de feridas é algo dinâmico, pois o mesmo pode apresentá-la de diversos tipos, sua aceitação e cuidados com a mesma, sendo esta porta de entrada para microorganismos causadores de infecções. A fim de sistematizar o cuidado e proporcionar aos alunos um contato prévio com os pacientes e as feridas se propõe a implantação de um ambulatório de feridas.<br />As feridas são modificações da pele ocasionadas por: traumas, processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, por distúrbios do metabolismo ou por defeito de formação. É o rompimento da estrutura e do funcionamento da estrutura anatômica normal, resultante de um processo patológico que se iniciou interna ou externamente no(s) órgão(s) envolvido(s). Assim, as células envolvidas nesta ferida tendem a se regenerar para voltar à sua estrutura e função normal.<br />4.1. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS:<br />As feridas podem ser classificadas pela origem ou pelo tipo do agente causal, analisando o grau de contaminação, onde este terá importante papel, pois orientará no tratamento com antibióticos, pelo tempo de traumatismo, pela profundidade das lesões.<br />Feridas do tipo agudas são mais fáceis de tratar, pois estas respondem ao tratamento e cicatrizam sem maiores complicações, já as feridas crônicas não respondem tão facilmente aos tratamentos, estas duram mais ou necessitam de recidivas freqüentes.<br />4.1.1. QUANTO À ORIGEM:<br />As feridas podem ser originadas através de um trauma causado por um objeto afiado ou a um golpe, por incisão cirúrgica, punção venosa, ferida de tiro, caracterizando uma ferida aberta. Já a ferida fechada é obtida através de uma lesão sem que tenha havido corte, obtida através de torções, fraturas óssea, órgão visceral rasgado.<br />A queimadura é uma ferida de origem acidental, ocorre em condições não estéreis, sendo esta não intencional. Tiros e facadas podem ou não ser intencionais, que também são obtidas sem assepsia. Já as feridas intencionais são provenientes de incisões cirúrgicas ou introdução de agulha em uma parte do corpo, porém e feita sob técnicas assépticas.<br />Existe a ferida resultante de pancadas, onde esta é dolorosa por causa da exposição dos nervos superficiais, torna-se mais grave se um órgão interno for atingido, podendo haver sangramento nos tecidos subjacentes e formação de hematoma.<br />4.1.2. QUANTO AO GRAU DE CONTAMINAÇÃO:<br />As feridas podem ser classificadas como Limpas, ou seja, são as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos sistemas como o digestório, respiratório e geniturinário. A probabilidade da infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%; Limpas, porém contaminadas, que são conhecidas como potencialmente contaminadas; nelas há contaminação grosseira, por exemplo, nos ocasionados por faca de cozinha, tiros ou nas situações cirúrgicas em que houve abertura dos sistemas contaminados. O risco de infecção é de 3 a 11%; Contaminadas, que há reação inflamatória; são as que tiveram contato com material como terra, fezes, etc. Também são consideradas contaminadas aquelas em que já se passaram seis horas após o ato que resultou na ferida. O risco de infecção da ferida já atinge 10 a 17%; e as Infectadas, que apresentam nitidamente sinais de infecção.<br />4.1.3. QUANTO À APARÊNCIA:<br />As feridas abertas que cicatrizam por segunda intenção podem ser classificadas segundo a aparência em:<br />- Necrótica: Presença de placa necrótica dura (escaras) ou tecido necrosado;<br />- Infectada: Presença de processo inflamatório e exsudação supurativa;<br />- Com crosta: Exsudação que se modificou, composta de células mortas, retardam a cicatrização;<br />- Granulada: Formação de tecido vascular novo (angiogênese) e matriz de colágeno;<br />- Epitelizada: Formação e migração de células epiteliais sobre uma superfície<br />durante o processo de cicatrização.<br />4.1.4. QUANTO À COR:<br />Podem ser classificadas quanto à cor da ferida, ou seja, as vermelhas são feridas crônicas em cicatrização, em que predomina o tecido de granulação e novo epitélio; e o tratamento é promover um ambiente úmido, proteger os tecidos neoformados e prevenir a infecção. As amarelas apresentam exsudato fibroso e seus tecidos são moles, desvitalizados; podem estar colonizados, o que favorece a instalação de infecção. Então, deve-se identificar se há colonização ou não, e no caso de infecção deve-se promover o desbridamento dos tecidos desvitalizando e estancar a infecção, preferencialmente por meio de terapia sistêmica. As pretas apresentam necrose tecidual, com desnaturação e aumento de fibras colágenas e conseqüente formação de escaras espessas, cuja coloração pode variar entre castanho, marrom e preto. Devido à presença do tecido necrótico, o objetivo é remover o tecido necrosado com a máxima brevidade, por meio do desbridamento.<br />4.1.5. QUANTO AO TIPO DE SECREÇÃO:<br />O transudato é um líquido que extravasa dos vasos é pobre em proteínas e derivados celulares; O exsudato é um material fluido que extravasa dos vasos, resultante de um processo inflamatório, é rico em proteínas derivadas celulares; O exsudato caseoso é originado do soro sangüíneo ou secreções serosas da cavidade peritoneal, pleural, pericárdica; O exsudato sanguinolento é derivado de lesões com ruptura de vasos ou diapedese de hemácias; O exsudato supurativo é composto por leucócitos e proteínas produzidas por processo inflamatório asséptico ou séptico; o exsudato fibrinoso provém da passagem de proteínas plasmáticas pela parede do vaso; A fibrina é uma proteína insolúvel, se forma durante o processo de coagulação. Na ferida, apresenta-se aderida aos tecidos e tem cor esbranquiçada ou amarela; e pode estar na secreção, relacionado a padrões mistos, ou seja, serossanguinolento, seropurulento, serofibrinoso, fibrinopurulento. Podemos analisar a coloração desta secreção, podendo ser esbranquiçada, amarelada, esverdeadas, achocolatadas; ainda podem ser as secreções, derivadas de fístulas, podendo ser biliar, entérica, pancreática, fecalóide.<br />4.2. CONCEITO DE CURATIVOS<br />É o meio terapêutico que consiste na aplicação de uma cobertura estéril sobre uma ferida previamente limpa. Tem como objetivo promover cicatrização (por meio de técnica asséptica), prevenir a contaminação, e eliminar fatores negativos que possa retardá-lo.<br />Por tanto, deve-se fazer limpeza da lesão, promover hemostasia, ou seja, estancar o sangue, proporcionar um ambiente adequado à cicatrização da ferida, absorver a drenagem para proteger a pele adjacente, proteger a ferida contra contaminação e traumatismo mecânico, promover conforto físico e mental ao paciente.<br />4.3. INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES DE COBERTURAS, SOLUÇÕES E CREMES:<br />4.3.1. CREME DE SULFADIAZINA DE PRATA + NITRATO DE CERIUM:<br />- Anti-séptico;<br />- Composição: sulfadiazina de prata micronizada e nitrato cerium hexahidratado;<br />- Ações: eficaz contra uma grande variedade de microrganismos, tais como: bactérias gram-negativas, fungos, protozoários e alguns vírus; reepitelizante; promove melhor leito de enxertia e ação imunomoduladora;<br />- Indicação: tratamento de queimaduras, e feridas que não evoluem com coberturas oclusivas e feridas extensas (com área superior à 350 cm²);<br />- Contra-indicação: presença de hipersensibilidade aos componentes;<br />- Reações adversas: disfunção renal ou hepática, leucopenia transitória, raríssimos casos de hiposmolaridade, raríssimos episódios de aumento da sensibilidade a luz solar;<br />- Troca com período máximo de 24 horas.<br />4.3.2. POLIVINILPIRROLIDONA-IODO (PVP-I): PVP-I aquoso é um composto orgânico de iodo, atualmente não indicado para tratamento de feridas, considerando que não reduz a incidência de infecção nas feridas, não age na presença de materiais orgânicos e eleva o nível sérico de iodo; PVP-I degermante só deve ser usado em pele íntegra, com a finalidade de remover sujidade e reduzir a flora transitória e residente, devendo ser retirado após o uso. Tem indicação também na degermação da pele, mãos, área cirúrgica e procedimentos invasivos; PVP-I alcoólico é indicado para uso em pele íntegra, após degermação das mãos, com a finalidade de fazer luva química e demarcar a área operatória, reduzindo a flora da pele; SF 0,9% é utilizada para limpeza de todos os tipos de feridas e inserção de cateteres venosos e arteriais, por ser inócua. <br />4.3.3. PAPAÍNA: Princípio extraído do látex do mamoeiro Carica papaia.<br />- Constituintes químicos: O látex é composto por enzimas proteolíticas e peroxidases: Papaína, Quimiopapaína A e B, Papayapeptidase;<br />- Tem ação como desbridante químico, facilitando o processo cicatricial;<br />- Tem ações bacteriostáticas, bactericidas e antiinflamatórias;<br />- Proporciona alinhamento das fibras de colágeno, promovendo crescimento tecidual uniforme;<br />- Age como desbridante químico e facilitador do processo cicatricial. Em ulcerações e feridas onde há presença de tecido necrosado. Como coadjuvante da antibioticoterapia sistêmica de feridas infectadas. Na presença de tecido de granulação a concentração deverá ser de 2% incorporado a uma base cremosa;<br />- Na presença de necrose de liquefação a ferida deverá ser lavada em jatos com solução de papaína de 4 a 6% diluída em solução fisiológica. Na presença de necrose de coagulação na concentração de 8 a 10%, após efetuar a Escarectomia.<br />4.3.4. ÓLEO DE GIRASSOL + ÓLEO DE COPAÍBA A 7%:<br />É composto por Óleo de girassol: Ácidos graxos essenciais (ácido linoléico), triacilgliceróis, ácidos insaturados ( ácido linolênico, ácido caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E).<br />- Óleo de Copaíba: Sesquiterpenos (β-Bisaboleno, β-Cariofileno, humuleno, entre outros), taninos e ácido copálico;<br />- As principais ações do óleo de copaíba são como antiinflamatório, tanto no uso tópico como no uso sistêmico e cicatrizante;<br />- O Óleo de girassol por sua vez promove a quimiotaxia (atração de leucócitos) e angiogênese (formação de novos vasos sangüíneos), mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual favorecendo assim a cicatrização;<br />- É indicado em feridas em fase proliferativa com exsudato, úlceras abertas com ou sem inflamação. Deve ser aplicado no local após assepsia, 1 a 2 vezes ao dia;<br />- É contra-indicado em casos de hipersensibilidade ao produto.<br />4.4. PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA PARA PORTADORES DE FERIDA: <br />- Desprezar o curativo retirado juntamente com as luvas no lixo;<br />- Calçar nova luva de procedimento;<br />- Irrigar o leito da ferida exaustivamente com o jato de soro numa distância em torno de 20 cm até a retirada de toda a sujidade;<br />- Fazer limpeza mecânica (manual) da pele ao redor da lesão com gaze umedecida em SF 0,9%. Em caso de sujidade pode-se associar sabão líquido hospitalar;<br />Obs.: Quando necessário, utilizar espátula de madeira e tesouras estéreis avulsas (depende do procedimento). Não secar o leito da ferida.<br />- Aplicar a cobertura escolhida conforme a prescrição do enfermeiro ou médico (calçar luvas cirúrgicas quando a cobertura demandar);<br />- Passar hidratante na pele íntegra adjacente à lesão, quando necessário, sempre após colocação de coberturas;<br />- Fazer uso da cobertura secundária, se alginato de cálcio ou carvão ativado;<br />- Enfaixar os membros em sentido distal-proximal, da esquerda para a direita, com o rolo de atadura voltado para cima. Em caso de abdômen utilizar a técnica em z (em jaqueta com atadura de crepom de 20 ou 25 cm);<br />- Fazer o enfaixamento compressivo em caso de úlcera venosa;<br />- Registrar a evolução no prontuário e na ficha de Registro de Avaliação da Lesão;<br />- Desprezar o frasco com resto de soro no final do dia;<br />- Promover limpeza dos instrumentais utilizados conforme o Manual de Esterilização;<br />- Realizar a limpeza e organizar a sala de curativo.<br />RESSALVAS:<br />- Se utilizar pinças ou tesouras, o instrumental deve ser colocado dentro de um recipiente com água e sabão enzimático.<br />- Se utilizar o tanquinho, deve-se fazer a limpeza e a desinfecção do mesmo, após o procedimento;<br />- Retirar o plástico da bacia, de forma que não a contamine, desprezando o mesmo no lixo;<br />- Se não houver contaminação da bacia, utiliza- la para o próximo curativo, realizando o mesmo procedimento já citado.<br />4.5. TÉCNICA DE LIMPEZA DA FERIDA:<br />Segundo o dicionário da língua portuguesa, limpeza é o ato de tirar sujidades. Logo, limpeza das feridas, é a remoção do tecido necrótico, da matéria estranha, do excesso de exsudato, dos resíduos de agentes tópicos e dos microrganismos existentes nas lesões objetivando a promoção e preservação do tecido de granulação.<br />A técnica de limpeza ideal para a ferida é aquela que respeita o tecido de granulação, preserva o potencial de recuperação, minimiza o risco de trauma e/ou infecção.<br />A melhor técnica de limpeza do leito da lesão é a irrigação com jatos de soro fisiológico a 0,9% morno. A seguir, etapas da técnica de limpeza do soro fisiológico em jato.<br />4.6. TROCA DE CURATIVO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE:<br />Material necessário:<br />- luvas de procedimento;<br />- luvas cirúrgicas;<br />- bacia;<br />- soro fisiológico 0,9% - 250 ml ou 500 ml;<br />- agulha 25 x 8 mm (canhão verde);<br />- saco plástico de lixo (branco);<br />- lixeira;<br />- máscara;<br />- óculos protetores;<br />- cobertura, creme ou pomadas indicadas;<br />- gaze dupla, gaze aberta, ou ambas;<br />- atadura crepom, conforme a necessidade;<br />- álcool a 70%;<br />- sabão líquido.<br />Descrição do Procedimento:<br />- Lavagem das mãos;<br />- Reunir e organizar todo o material que será necessário para realizar o curativo;<br />- Colocar o paciente em posição confortável e explicar o que será feito;<br />- Realizar o curativo em local que proporcione uma boa luminosidade e que preserve a intimidade do paciente;<br />- Fazer uso do EPI (óculos, máscara, luvas e jaleco branco);<br />Obs.: Não realizar curativo trajando bermudas, saias e sandálias, para assim evitar acidentes de trabalho.<br />- Envolver a bacia com o saco plástico, retirar o ar e dar um nó nas pontas. Depois, usá-la como anteparo para a realização do curativo;<br />- Utilizar frasco de soro fisiológico a 0,9%, fazer a desinfecção da parte superior do frasco com álcool a 70%, e perfurar antes da curvatura superior, com agulha 25 x 8 mm (somente um orifício);<br />Obs.: O calibre da agulha é inversamente proporcional à pressão obtida pelo jato de soro.<br />- Vestir com a luva de procedimento apenas a mão de maior destreza, deixando a outra livre;<br />- Retirar a atadura e a cobertura da ferida com a mão vestida com a luva de procedimento;<br />- Se na remoção da cobertura e/ou atadura da ferida, os mesmos estiverem bem aderidos (grudados) na lesão, pegar com a mão que está sem luvas o frasco de soro fisiológico (furado) e aplicar os jatos, removendo com muita delicadeza, evitando traumas e assim, retrocessos no processo cicatricial;<br />4.7. TROCA DE CURATIVO NO DOMICÍLIO:<br />- Organizar todo o material que será necessário para a realização do curativo no domicílio;<br />- Encaminhar-se ao domicílio após agendamento prévio com a família ou cuidador;<br />Obs.: É de fundamental importância, a presença de um dos familiares ou cuidador para acompanhar a realização do curativo com o objetivo de prepará-lo para o procedimento;<br />- Providenciar um local bem iluminado, confortável e que preserve a intimidade do paciente durante o atendimento;<br />- Utilizar um recipiente, providenciado pelos familiares, para servir de anteparo durante a realização do curativo. O mesmo ficará separado e será utilizado apenas para este procedimento; Quando não for possível, o profissional de saúde deverá levar uma bacia do Centro de Saúde, sendo que, ao final do curativo, retornará com a mesma á Unidade de Saúde;<br />- Lavar as mãos com água e sabão, se não for possível, fazer a anti-sepsia das mesmas com álcool glicerinado (levar almotolia);<br />- Colocar o paciente em posição confortável e orientar sobre o procedimento a ser realizado;<br />- Fazer uso do EPI (óculos, máscara, luvas e jaleco branco);<br />- Envolver o recipiente em saco plástico conforme já descrito;<br />- Realizar procedimento de troca de curativo;<br />- Retirar o plástico da bacia, de forma que não a contamine, desprezando o mesmo no lixo;<br />- Leve um saco de lixo a mais, no qual desprezará as coberturas, gazes e ataduras sujas e no final do curativo dê um nó e coloque-o dentro do lixo externo da casa (lixo do domicílio);<br />- Organizar o local onde foi realizado o curativo e fazer as anotações devidas;<br />RESSALVAS:<br />- Proteger pinças e tesouras utilizadas no próprio papel do pacote (Kraft) e depois colocá-lo dentro da luva de procedimento. Ao chegar na Unidade de Saúde, efetuar limpeza;<br />- Proteger o frasco de Soro Fisiológico, com o plástico do mesmo, caso não tenha sido todo utilizado, e orientar a família a guardá-lo em lugar limpo, seco e fresco por no máximo 01 semana. Evitar guardá-lo na geladeira para evitar risco de contaminação dos alimentos.<br />5. CONCLUSÃO<br />Por meio da implantação deste projeto de ambulatório especializado no tratamento de feridas para o CEPTI Cândido Borges poderão ser realizadas as práticas de realização de curativos pelos alunos, permitindo assim a sistematização da assistência de enfermagem, proporcionando diagnóstico de enfermagem mais preciso, maior eficácia no tratamento, redução de custos e continuidade precisa no atendimento ao paciente. <br />6. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS<br />Mobiliário:<br />· mesa e cadeira<br />· armário<br />· bancos giratórios (altura regulável)<br />· maca para exame<br />· Foco de luz<br />· Bancada para material<br />. Autoclave<br />. Lixeira com tampa acionada por pedal<br />Material<br />Saboneteira e sabão líquido<br />Papeleira e papel toalha<br />Tanque (de preferência em inox) contendo ducha, para limpeza das feridas.<br />Ataduras<br />Cuba redonda.<br />Campo fenestrado<br />Colagenase <br />Ácidos Graxos<br />Papaína<br />Bisturi<br />Espátulas de madeira<br />Papel Kraft<br />Fita identificadora <br />Fita zebrada<br />Almotolias<br />Agulhas 40 x 12<br />Pinças Kelly<br />Pinças Anatômicas<br />Gaze<br /> Livro Ata (2)<br />Sulfadiazina de prata<br />7. REFERÊNCIAS<br />ÍRION, Glenn. Feridas: novas abordagens, manejo clínico e atlas em cores. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2005.<br />SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Enfermagem na Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares. Iátria. 2ª Edição, São Paulo, 2003.<br />Sites:<br />http://www.fmt.am.gov.br/manual/curativos.htm<br />http://www.rrferidas.com <br />http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/protocolos/curativos.pdf<br />http://www.abenpe.com.br/diversos/sae_tfc.pdf<br />8. ANEXO I <br />Ficha de Registro de Atendimento à Pessoa Portadora de Ferida<br />Centro Estadual de Educação de Tempo Integral<br />Data: _____/_____/______<br />FICHA DE REGISTRO DE ATENDIMENTO À PESSOA PORTADORA DE<br />FERIDA<br />Identificação e perfil sócio-econômico<br />Nome: __________________________________________________________________ Prontuário ___________________<br />Sexo: ________ Data de nascimento: _____/______/_________ Estado civil:______________ No filhos: _____<br />Religião: _________________ Cor ( ) amarela ( ) branca ( )indígena ( ) negra ( ) parda (auto-denominação)<br />Escolaridade: _____________Profissão: ___________________________ Vínculo empregatício: _______________________<br />Ocupação atual: ________________________________ Renda familiar: _______ salários mínimos<br />Habitação: ( )própria ( ) aluguel Saneamento básico: ( ) não ( ) sim No de moradores: ________________________<br />Endereço: _____________________________________________________________________________________________<br />_____________________________________________________CEP: ____________________ Fone:__________________<br />Hábitos pessoais<br />Refeições: No/dia: _____ Preferência alimentar: ______________________________________________________________<br />Ingesta hídrica: _______ l/dia Sono: ______ h/noite Insônia: ( ) sim ( ) não Motivo:_________________________<br />Hábito intestinal: Freqüência: ______ vezes/dia Consistência:_____________ N° de micções:______ vezes/dia Cor: _______<br />Etilismo: ( ) não ( ) sim Tipo de bebida: __________________ Freqüência: ____________ Ingestão total: ________ ml/dia<br />Tabagismo: ( ) não ( ) sim No de cigarros/dia:_______ Alergia tópica: ( ) não ( ) sim Produto:_________________<br />Anamnese<br />Doenças atuais ( ) Diabetes Tipo I ( ) Diabetes Tipo II ( ) Drepanocitose ( ) Doença Neurológica<br />( ) Câncer ( ) Insuficiência Arterial ( ) Insuficiência Venosa ( ) Hanseníase<br />( ) Doenças cardiovasculares ( ) Doenças respiratórias ( ) Outras __________________________________________________________________<br />Medicamentos em uso:_________________________________________________<br />Lesão cutânea prévia ( ) não ( ) sim Local: _________________________________<br />Amputação prévia ( ) não ( )sim Local: ____________________________________<br />Vacina anti-tetânica: ( ) não ( ) sim Data da última dose ____/____/____<br />Tempo de existência da(s) ferida(s): _______________ Tratamentos anteriores da(s) ferida(s): _______________________________________________________<br />Mobilidade: ( ) deambula ( ) deambula com auxílio ( ) não deambula<br />Exame físico:<br />Dados antropométricos<br />Peso: ______________Kg Altura: _______________m IMC: ____________ Kg/m2<br />(Referência: <18,5 Kg/m2baixo peso, 18,5 a 24,9 Kg/m2normal, 25,0 a 29,9 Kg/m2sobrepeso, >30 Kg/m2obeso)<br />Circunferência: MID: Panturrilha ______cm Tornozelo _______cm MIE: Panturrilha _______cm Tornozelo _______cm<br />Dados vitais<br />P. A. ____________mm/Hg Pulso apical: _____________bpm Temperatura axilar: _________ºC<br />Pulsos: pedial dorsal – MID ( ) sim ( ) não – MIE ( ) sim ( ) não<br />poplíteo – MID ( ) sim ( ) não – MIE ( ) sim ( ) não<br />tibial posterior – MID ( ) sim ( ) não – MIE ( ) sim ( ) não<br />Exame local<br />Edema de MMII ( ) ausente ( ) +1/+4 ( ) +2/+4 ( ) +3/+4 ( )+4/+4<br />Número de feridas: _____ Localização: ____________________________________<br />______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />Perda tecidual (considerar a ferida mais profunda):<br />( ) superficial (até derme) ( ) profunda parcial (até subcutâneo) ( ) profunda total (estruturas mais profundas)<br />Protocolo de Assistência para Portadores de Ferida <br />Extensão:<br />Ferida 01 Ferida 02 Ferida 03 Ferida 04 Ferida 05 Ferida 06 Ferida 07 Ferida 08 Ferida 09<br />Horizontal (cm)<br />Vertical (cm)<br />Área (cm²)<br />Profundidade (cm)<br />Presença de tecido necrótico ( ) não ( )sim (média em caso de mais de 01 ferida)_____________%<br />Sinais de infecção: ( ) não ( ) sim <br />Quais: ______________________________________________________________<br />Exsudato: ( ) não ( ) sim<br />Odor ( ) ausente ( ) discreto ( ) acentuado<br />Característica ( ) purulento ( ) serosa ( ) sero sanguinolenta ( ) sanguinolenta<br />Volume ( ) pouco (5 gazes) ( ) moderado (10. gazes) ( ) acentuado (> 10 gazes)<br />Dor/Escore: ( ) 0-ausente ( ) 1-leve ( ) 2-moderada ( ) 3-intensa<br />Área peri-ferida: ( ) intacta ( ) macerada ( ) eritema ( ) descamação ( ) prurido ( ) dermatite<br />Sinais e sintomas locais<br />( ) Hiperpigmentação ( ) Claudicação ( ) sensibilidade da<br />extremidade<br />( ) Mobilidade comprometida<br />( ) Lipodermatoesclerose ( ) Ausência de pêlos ( ) Anidrose ( ) Proeminências ósseas salientes<br />( ) Edema ( ) Cianose ( ) Fissuras ( ) Área de pressão<br />( ) Linfedema ( ) Pulso débil ( ) Hiperceratose Estadiamento: ______<br />( ) Varizes ( ) Pulso ausente ( ) Rachaduras Solapamento: ______<br />( ) Dermatite ( ) Hipotermia ( ) Calos ( ) Incontinência urinária<br />( ) Pele ressecada ( )Edema ( ) Deformidades ( ) Incontinência anal<br />( ) Outros: especificar__________________________________________________<br />Hipótese etiológica da ferida:<br />( ) Úlcera Arterial (arteriosclerótica) ( ) Úlcera microangiopática<br />( ) Úlcera Venosa (estase) ( ) Úlcera Neurotrófica<br />( ) Úlcera Mista ( ) Úlcera de pressão<br />( ) Queimadura ( )Úlcera Anêmica<br />( ) Outras _______________________________________________________<br />Resultados de exames laboratoriais:<br />Hemoglobina _______g/dl (4,0 a 6,2 milhões) Glicose jejum _______mg/dl (ver item exames complementares)<br />Leucócitos _________cel./ mm³ (4 a 11 milhões/mm³) Albumina __________g/dl (3,5 a 5,0 g/dl)<br />Plaquetas _________/mm³ (150 a 450 milhões/mm³) Cultura com antibiograma: ___________________________________________________________________<br />Outros:_________________________________________________________________________________________________________________________________<br />Auto-cuidado:<br />Forma de limpar:______________________________________________________<br />Material usado: _______________________________________________________<br />Produtos utilizados: ___________________________________________________<br />Uso de terapia compressiva: ( ) não ( ) sim Qual? _____________________________________________<br />Repouso: ( ) não ( ) sim<br />Descrever (técnica/tempo): _____________________________________________<br />Condutas<br />Tratamento indicado: __________________________________________________<br />Exames solicitados: ___________________________________________________<br />Encaminhamentos: ____________________________________________________<br />Observações:________________________________________________________Responsável pela consulta (nome/assinatura/data): __________________________<br />ANEXO II<br />PRODUTOQUANTIDADEVALORTOTALTOTAL GERALarmário 1unidade428,6428,610840,33Autoclave1unidade2.571,482571,48agulhas 40 X 121 caixa55almotolias3unidades1,95,7Ataduras50unidades0,4824bisturi1caixa14,9114,91campo fenetrado1 pacote38,4638,46colagenase2unidades16,4632,92cuba redonda3 unidades14,844,4Esparadrapo5unidades5,5327,65espátulas de madeira2 pacotes3,166,32fita identificadora5 unidades4,120,5fita zebrada5unidades4,120,5gaze1pacote14,1814,18luvas5caixas20,64103,2Micropore2unidades3,5papaína2unidades17,1434,28papel kraft100 unidades69,996999papel toalha4unidades0Papeleira1unidade0pinças anatômicas6unidades49,92299,52pinças kelly6unidades20,49122,94sabão líquido10unidades0Saboneteira 1unidade26,7726,77soro fisiológico50unidades2,06103sulfadiazina de prata2unidades12,2224,44<br />