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FERIDAS E
CURATIVOS
ESTRUTURA DA PELE
A pele é o maior órgão do corpo. Ela é formada por EPIDERME,
DERME e HIPODERME ou SUBCUTÂNEO. A EPIDERME é a camada
mais externa da pele, fornecendo proteção efetiva contra agressões do
meio externo.
A DERME é a estrutura de suporte da pele, contendo terminações
nervosas, glândulas sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos, sendo
muito importante no processo de cicatrização.
Enquanto que a epiderme é muito importante para o recobrimento de
feridas, a derme tem importância para a integridade estrutural e
propriedades físicas da pele. Portanto, a derme se torna o centro das
atenções no processo de cicatrização das feridas.
O TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO é responsável pela produção
e estocagem de gordura. Funciona como isolante térmico, absorvendo
choques mecânicos e reservatório de calorias.
FUNÇÕES DA PELE
Proteção ao corpo contra o ambiente externo
Barreira química e mecânica para os tecidos subjacentes
Participa da termorregulação
Excreta água e eletrólitos (transporte transcelular)
Sintetiza vitamina D
Atua como órgão sensorial vital para a percepção de pressão,
dor e temperatura.
FUNÇÕES DA PELE
A pele fornece proteção ao corpo contra o ambiente
externo. Ela é uma barreira química e mecânica para
os tecidos subjacentes, participa da termorregulação,
excreta água e eletrólitos, sintetiza vitamina D e atua
como órgão sensorial vital para a percepção de
pressão, dor e temperatura.
FERIDA / DEFINIÇÃO
Qualquer interrupção da continuidade do
tecido corpóreo representa uma ferida.
Mecanismo de lesão
 Incisas instrumento
cortante
 Contusas objeto rombo
 Lacerantes vidro ou arame
farpado.
 Perfurantes pequenas
aberturas na pele
CLASSIFICAÇÃO
1. FERIDAS CIRÚRGICAS
Incisivas - Quando não há perda de tecido e as
bordas são geralmente aproximadas por suturas.
Exemplo: ferida cirúrgica limpa.
Excisivas - Quando ocorre a remoção de uma área
da pele.
Exemplo: área doadora de pele para enxerto.
Classificação das feridas
cirúrgicas:
Feridas Limpas - Aquelas nas quais é feita incisão
em órgão que não contém população bacteriana.
Exemplo: Implante total de quadril, cirurgia cardíaca.
Feridas Limpas/Contaminadas - São feridas nas
quais há envolvimento do trato respiratório,
alimentar, geniturinário ou orofaríngeo, cada um dos
quais contendo uma população bacteriana nativa ou
secreções que podem retardar a cicatrização. A
ferida se contamina facilmente por esses organismos
residentes ou secreções. Exemplo: Apendicectomia
em apêndices não perfurados, gastrectomia.
Feridas Contaminadas - Essas feridas, pelas circunstâncias que
as provocaram, possuem maior probabilidade de apresentarem
uma carga bacteriana. Exemplo: Trauma abdominal penetrante
envolvendo os intestinos.
Feridas Sujas/Infectadas - Nessas feridas, no momento da
cirurgia está presente uma grande quantidade de
microrganismos bacterianos responsáveis pela infecção pós-
operatória. Exemplo: Apêndice perfurado, abscessos de
drenagem.
Os riscos aos quais as feridas estão submetidas não dependem
somente de condições intrínsecas do paciente, como por
exemplo o tipo de cirurgia que será submetido. A equipe multi-
disciplinar responsável pelo pré, trans e pós-operatório deve
seguir condutas rigorosas para evitar que uma ferida torne-se
infectada e cause transtornos maiores à recuperação do
paciente.
2. FERIDAS TRAUMÁTICAS
São aquelas provocadas acidentalmente por:
Agentes Cortantes: Estilhaços de vidro, facas ou navalha.
Agentes Perfurantes: Arma de fogo.
Atrito: Superfícies ásperas.
1. Abrasão - Atinge apenas a epiderme.
2. Laceração - Atinge todas as camadas da pele.
3. Inoculação de Veneno: Aranhas, cobras e escorpião.
4. Exposição a Diversos Agentes: Queimadura: Lesão
causada por agentes térmicos,
químicos, elétricos ou radioativos, que agem no tecido
subcutâneo, músculos, tendões e ossos.
3. FERIDAS ULCERATIVAS
Úlcera de pele - representa uma categoria de ferimentos que
inclui úlceras de decúbito ou de pressão, úlceras por estase
venosa e úlcera por insuficiência arterial crônica incluindo
nesta categoria as úlceras arteriais diabéticas.
Úlcera de pressão - são causadas pela pressão na pele
sobre proeminências ósseas, que resulta na interrupção do
fluxo sangüíneo para os tecidos (isquemia).
Úlcera por estase venosa - a estase venosa é provocada por
uma dilatação ou tortuosidade vascular, geralmente periférica e
em membros inferiores, ocasionando congestão, edema, dor e
por vezes trombose. Devido à deficiência circulatória que esta
provoca, os tecidos ficam vulneráveis às agressões, o que
resulta em feridas nos membros inferiores com tendência a ter
uma cicatrização lenta e mais susceptíveis às infecções.
Úlcera por insuficiência arterial crônica - as disfunções das
extremidades que podem levar a uma ulceração são
caracterizadas pela redução do fluxo sangüíneo através das
artérias, arteríolas e capilares.
Úlcera arterial diabética - A falta de controle do portador de
DIABETES MELLITUS pode provocar cumulativamente uma
vasculopatia e neuropatia. Esses fatores combinados predispõe
a fissuras e traumatismos, derivando deste modo as úlceras
diabéticas.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
1 - Fase inflamatória ;
2 - Fase proliferativa;
3 - Fase de maturação.
O processo de cicatrização ocorre quando o trauma
atinge camadas mais profundas da pele ( além da derme)
. Se o trauma (ruptura) atingir só a derme (ferida
superficial), o processo se faz por regeneração fisiológica,
pela reposição dos tecidos sem cicatriz.
A cicatrização tem início no momento em que ocorre a
quebra da integridade da pele, sendo classificada em 03
estágios a nível celular:
1 – Inflamatória
2 - Proliferativa
3 - Maturação
1 - INFLAMATÓRIA
Os vasos sangüíneos incisados liberam sangue para
preencher a área da lesão, é acionado o mecanismo que
resulta na hemostasia, havendo então a vasoconstricção, a
agregação plaquetária e a deposição de fibrina para a
formação do coágulo sanguíneo.
Na sequência inicia-se a inflamação, com a liberação de
substâncias vasoativas ocorrendo a vasodilatação dos
capilares tornando-os permeáveis e dando início a resposta
leucocitária , ou seja, os leucócitos acumulam-se no local
lesado.
Os neutrófilos são células predominantes neste infiltrado, os
neutrófilos possuem a atividade FAGOCITÁRIA.
Os neutrófilos irão ingerir bactérias e restos celulares no
local da ferida.
Os macrófagos têm papel importante na transição para
outra fase, os macrófagos irão recrutar os fibroblastos
para sintetizar o colágeno, os macrófagos também
estimulam o crescimento de novos vasos(angiogênese).
2- FASE PROLIFERATIVA:
Com a formação de novos vasos temos então a
granulação, a epitelização, a síntese do colágeno e a
contração da ferida.
3 - FASE DE MATURAÇÃO
Há uma redução da quantidade de colágeno,
havendo um aumento da força tensil
progressivamente, a cicatriz se torna menos espessa
passando de uma coloração rosada para
esbranquiçada.
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
Primeira Intenção - Quando ocorre pouca perda de tecido,
geralmente a ferida é limpa, apresenta pouco edema, sua
cicatrização é mais fácil e rápida de ocorrer. Exemplo: feridas
cirúrgicas limpas.
Segunda Intenção - Ocorre perda excessiva de tecido, podendo
apresentar infecção. Neste caso, o processo de contração
aproxima as bordas e a cicatrização é mais lenta. A cicatriz da
ferida não apresenta o mesmo efeito estético que aquela por
primeira intenção. Exemplo: Áreas doadoras, úlceras de
pressão.
Primeira Intenção Retardada - Geralmente é praticada pelo
cirurgião propositadamente quando este espera uma possível
infecção pós-operatória. Após a drenagem do material o
cirurgião promoverá a aproximação das bordas. Exemplo:
Apêndice supurado.
FATORES QUE AFETAM O
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Muitos são os fatores que podem retardar ou dificultar a
cicatrização de uma ferida. Entre eles destacamos:
1.Idade avançada: pessoas idosas são mais vulneráveis às
infecções.
2.Vasculopatia: comprometimento dos vasos interrompem o
fluxo sangüíneo normal, diminuindo o suprimento nutricional e
imune à área afetada.
3.Má nutrição: falta de nutrientes acarretam respostas
metabólicas deficitárias.
4.Medicação: alguns medicamentos interferem diretamente na
resposta imunológica do paciente.
5.Fumo: reduz a hemoglobina no sangue e pode causar
disfunção pulmonar.
6.Desgaste: pode elevar os níveis de glicocorticóides, o que
inibiria a reparação da ferida.
7.Localização da ferida: dependendo da localização a
ferida pode apresentar maior edema e cicatrização mais
lenta.
8.Presença de corpos estranhos na ferida: podem
prolongar o processo inflamatório interferindo na
cicatrização normal.
9.Infecção: aumenta a drenagem que passa para um
estado purulento, retarda a cicatrização da ferida.
10.Cuidados com a ferida: saber escolher o material
adequado para o tratamento da ferida pode minimizar o
tempo de cicatrização.
Presença de tecido necrótico e
infecção
Avaliação da Ferida
Drenagem (exsudato)
– cor, odor,
quantidade.
Avaliação da Ferida
Presença de
descolamentos,
lojas – medir a
profundidade e
extensão e
documentar a
localização
usando a posição
dos ponteiros do
relógio como
referência.
Avaliação da Ferida
Tamanho (largura e
comprimento) em
centímetros
Profundidade em
centímetros.
Avaliação da Ferida
AVALIAÇÃO DA FERIDA
Devemos estar atentos para uma boa inspeção da ferida antes de
prestarmos qualquer cuidado. Precisamos verificar não só o
aspecto visual como também as condições físicas do paciente.
Para isso devemos estar analisando os seguintes itens:
1. Presença de infecção
2. Extensão da ferida e do procedimento cirúrgico
3. Condições físicas, idade e medicamentos
4. Localização anatômica da ferida e mobilidade do paciente
5. Presença e características da drenagem
6. Características da pele ao redor da ferida
Após avaliarmos todos estes dados, podemos ter uma visão mais
clara de qual conduta a ser tomada.
CURATIVOS
É um meio terapêutico que consiste na aplicação de uma cobertura
estéril sobre uma ferida previamente limpa.
O objetivo principal de um curativo é promover a cicatrização,
eliminando fatores negativos que possam retardá-la e devem
apresentar as seguintes características:
1. Manter a umidade entre a ferida e o curativo
2. Absorver ou drenar exsudato (manter equilíbrio entre
absorção e hidratação)
3. Comprimir, sustentar ou imobilizar
4. Promover isolamento térmico
5. Proteger a ferida de contaminação
6. Possibilitar a troca de curativo sem causar trauma no tecido
cicatricial recém - formado
7. Proporcionar conforto físico e psicológico para o paciente
SOLUÇÕES ANTI-SÉPTICAS
Os anti-sépticos são substâncias químicas primariamente
destinadas à aplicação em pele e mucosas íntegras, não em
áreas com solução de continuidade.
A aplicação de solução anti-séptica no curativo do local de
inserção de cateteres venosos centrais, de hemodiálise e
umbilicais tem sido validada pela literatura, em estudos que
comprovam sua eficácia na redução da colonização bacteriana
no local e impacto na ocorrência de infecções relacionadas ao
cateter. O mesmo ocorre com os curativos do coto umbilical onde
utilizamos álcool 70%. Este anti-séptico favorece a mumificação
e a queda do mesmo.
Afim de normatizar e padronizar as soluções anti-sépticas, o
Ministério da Saúde publica Portaria N. 2616, de 12 de maio de
1998 (continua seguindo as determinações da Portaria N. 930, de
27 de agosto de 1992), a qual determina as Preparações anti-
sépticas adequadas. Estas são apresentadas a seguir:
Produto: Álcool etílico a 70%
Modo de Ação: . Desnaturação das proteínas da bactéria
Utilização: .Anti-sepsia em procedimentos de médio e baixo
risco
Anti-sepsia de coto umbilical
Entre procedimentos e/ou cuidados em pacientes (com
emoliente).
Produto: Solução de PVPI-10% com 1% de iodo ativo
(veículo aquoso)
Modo de Ação: Oxidação e substituição de componentes
microbianos com iodo livre
Utilização: .Anti-sepsia de campos operatório
Anti-sepsia de pele e mucosas antes de procedimentos
invasivos
Anti-sepsia de feridas, inserção cateteres vasculares centrais,
etc.
Produto: Solução degermante de PVPI-10% com 1% de iodo ativo
Modo de Ação: Oxidação e substituição de componentes microbianos
com iodo livre.
Utilização:
Pré-operatório
Degermação das mãos da equipe cirúrgica
Descontaminação do campo pré-operatório
Banho dos pacientes
Lavagem das mãos dos profissionais que trabalham em áreas de
risco
Produto: Solução de Clorohexidina a 0,5% (veículo alcoólico)
Modo de Ação: Ruptura de membrana de célula microbiana e
precipitação do conteúdo celular.
Utilização:
Anti-sepsia do campo operatório
Anti-sepsia de pele antes de procedimentos invasivos.
Paciente com alergia à PVPI
Produto: Solução Degermante de Clorohexidina a 4%
Modo de Ação: Ruptura de membrana de célula microbiana
e precipitação do conteúdo celular.
Utilização: . Pré-operatório
Degermação das mãos da equipe cirúrgica
Descontaminação do campo pré-operatório
Banho dos pacientes
Lavagem das mãos dos profissionais que trabalham em
áreas de risco
Produto: Compostos à base de sais de prata
Modo de Ação: Destruição da membrana celular das
bactérias
Utilização: .Nitrato de prata: profilaxia de conjuntivite
gonocócica do Rn.
Sulfadiazina de prata: queimaduras, úlceras varicosas e
feridas cirúrgicas infectadas.
OBS: Mediante Prescrição médica
Produto: Permaganato de Potássio
Modo de Ação: Oxidação
Utilização: Anti-sepsia e desodorização de áreas
ulceradas e necrosadas.
Preparações não permitidas para a finalidade anti-séptica
segundo portaria N.2616, de 12 de maio de 1998 do
Ministério da Saúde.
Mercuriais Orgânicos: são bacteriostáticos; facilmente
contaminados com pseudomas e são inativados em
presença de matéria orgânica. Podem ser utilizados como
secativos.
Água Oxigenada: é um agente oxidante brando; porém
as soluções diluídas são instáveis quando aplicadas nos
tecidos que contém a enzima catalase. Pode ser utilizado
na limpeza de feridas e mucosas na presença de sangue
e tecido necrosado.
Éter: anti-séptico pouco eficaz, com toxicidade elevada.
Pode ser utilizado na remoção de adesivo.
Líquido de Dakin: apresenta toxidade, instabilidade e é
inativado em presença de matéria orgânica.
Quartenário de Amônia: possui atividade anti-séptica
baixa, além de ser facilmente contaminado. Não indicado
para uso de pele e mucosas.
PRODUTOS P/ TRATAMENTO DE FERIDAS
ÁCIDOS GRAXOS ESSÊNCIAIS (AGE)
Descrição:
Composto de óleos vegetais, contém ácidos LINOLÊICO,
LINOLÊNICO, VITAMINAS E e A e LECITINA DE SOJA.
Características e modo de ação:
Acelera o processo de cicatrização , exercendo quimiotaxia para
os
leucócitos, é precursor de agente pró inflamatório, ajuda na
restauração da membrana celular e apresenta ação bactericida
para S.
aureus, Pseudomonas sp e Candida albicans.
Indicação
Todos os tipos de ferida
N Contra – indicação
Não apresenta contra – indicação
Nome comercial
DERSANI
ALGINATO DE CÁLCIO
Descrição:
Extraído de algas marinhas marrom. Composto de fibra de alginato de
cálcio.
Caraterísticas e modo de ação:
É altamente absorvente, cria um meio úmido em contato com o
exudato, promove hemostasia através de um intercâmbio iônico entre
os ions cálcio do curativo e o sódio encontrado no exsudato ou sangue
e as fibras formam um gel suave.
Indicação:
Feridas com exudato de moderado a abundante, limpa ou infectada,
úlcera, queimaduras, etc...
Contra – indicação:
Feridas com tecidos necróticos
Nome comercial:
KALTOSTAT, ALGODERM e TEGAGEN
Alginato
MALHA DE CARVÃO ATIVADO PRATA
Descrição:
Tecido de carvão impregnado de prata, envolto por uma camada de
não tecido selada em toda a sua extensão.
Características e modo de ação:
É altamente absorvente, proporciona a diminuição de odor, estimula
a formação de tecido de granulação. O carvão possui a ação de
absorção de microrganismos e secreção purulenta fazendo com que
as bactérias fiquem presas ao carvão e a prata exerce função
bactericida.
Indicação:
Feridas infectadas, com exsudato purulento e odor fétido.
Contra – indicação:
Lesões sangrantes
Nome comercial
ACTISORB
Carvão ativado
CURATIVOS NÃO ADERENTES
a) Curativo com Petrolatum
Descrição:
Composto com material uniforme, geralmente gaze de celulose
impregnada em petrolatum (emulsão neutra solúvel em água).
Característica e modo de ação:
É não aderente e permite o fluxo de exsudato através do curativo
secundário evitando o acúmulo de exsudato no leito da ferida.
Indicação:
Queimadura, área doadora e receptora de enxerto, feridas exsudativa
infectada ou não e superficiais.
Contra – indicação:
Não há
Nome comercial
ADAPTIC
b) Curativo com Petrolatum medicado
Descrição:
Tela de celulose impregnada em petrolatum e solução de
PVPI.
Indicação:
Curativos ao redor de halus, pinos, tração trans-esquelética
Contra – indicação:
Em feridas abertas
Nome comercial
INADINE
FILMES TRANSPARENTES
Descrição:
Película fina e transparente de poliuretano, associada a um adesivo
Hipoalergênico.
Característica e modo de ação:
Proporciona barreira contra infecção secundária e fornece umidade
natural à ferida. É permeável ao ar e ao vapor d’água e permite a
monitorização da ferida pela sua transparência.
Indicação:
Feridas superficiais, incisões cirúrgicas não exsudativas, úlceras de
pressão grau I (pele integra com hiperemia, descoloração ou
endurecimento) e fixação de cateteres.
Contra – indicação:
Feridas infectadas, necróticas, com exsudatos de moderado a abundante .
Nome comercial:
IV3000 (indicado para a fixação de catéteres centrais), TEGADERM,
BIOCLUSIVE e HIDROFILM.
HIDROCOLÓIDE
Descrição:
Composto por uma matriz adesiva de partícula hidrofílica de gelatina,
pectina, e carboximetilcelulose.
Característica e modo de ação:
Mantém a umidade local, proporciona barreira contra infecção externa,
favorece o debridamento autolítico. A parte interna do curativo ao
absorver o exsudato transforma-se em um gel, criando um meio
úmido favorável à cicatrização.
Indicação:
Ferida com médio e baixo exsudato, superficiais (hidrocolóide placa),
profundas (hidrocolóide pasta ou gel)
Contra – indicação:
Feridas infectadas.
Nome comercial:
DUODERM, CONFEEL e TEGASORB.
Hidrocoloide
HIDROGEL
Descrição:
Composto por goma de co – polímero e grande quantidade de água.
Característica e modo de ação:
Proporciona um ambiente úmido à ferida que favorece a cicatrização,
não adere a lesão, é translúcido, promove hidratação da pele.
Indicação
Ferida com baixo exsudato, superficiais, radiodermites, queimaduras,
laceração, escoriações e feridas necróticas.
Contra – indicações:
Feridas muito exsudativas
Nome comercial:
NUGEL
Hidrogel
PAPAÍNA
Descrição:
Mistura complexa de enzimas proteolíticas e peroxidase
extraída do látex presente no mamão verde.
Apresentação:
Pó, cor variando do branco ao bege amarelado com odor
característico.
Característica e modo de ação:
Possui ação debridante, anti inflamatória, é bactericida, estimula
a síntese do colágeno, acelera o processo de cicatrização e
contribui positivamente para a estética da cicatriz.
Indicação:
Feridas com tecido desvitalizado (necrose/ fibrina)
Feridas com exsudato purulento
Feridas com tecido de granulação
Utilização:
Em lesões com necrose usar concentração 10% (5g/50ml)
Em lesões com exsudato purulento usar concentração 4 a 6%
(2,5g/50ml)
Em lesões com tecido de granulação uma concentração 2%
(1g/50ml).
Nome Comercial:
Papaína
A papaína deverá ser diluída imediatamente para uso, não
podendo ser armazenada. É fotossensível e oxida-se na
presença de oxigênio, iodo e derivados.
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTÁGIOS DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO
Estágio Definição Apresentação
I Eritema em pele íntegra O rubor permanece 15 minutos ou
mais após o alívio da pressão.
Pode ser dolorida
II Perda de fina camada da pele,
envolvendo a epiderme e/ou
derme
Pele hiperemiada com presença
de bolhas que podem ou não estar
rompidas. É dolorida
III Perda significativa de pele,
envolvendo lesão ou necrose do
tecido celular subcutâneo que
pode estender-se até a fáscia
Úlcera superficial com margens bem
definidas, geralmente com exsudato,
podendo estar presente tecido
necrótico. Geralmente não é dolorida
IV Perda significativa da pele, com
extensa destruição e necrose do
tecido celular subcutâneo ou
lesão de músculo ou osso
Úlcera profunda, frequentemente
com tecido necrótico, exsudato e
infecção. Geralmente não é
dolorida
PREVENÇÃO TRATAMENTO
Material e equipamentos Potencial de Risco Estágio da Úlcera
Baixo Moderado Alto I II III IV
Colchonete piramidal + + + +
Colchão de ar com alívio de pressão
alternada
+ + + + + +
Protetor de espuma para calcanhar e
tornozelo
+ + + + + +
Fralda / coletor + + + + + +
Lençol (forro móvel) + + + + + + +
Quadro balcânico + + + + + +
Cremes hidratantes + + +
Dersani + + + + + + +
Solução fisiológica + + + +
Papaína + +
Filme transparente + + + +
Hidrogel + + + + + +
Hidrocolóide + + + + + +
Alginato de Cálcio + +
Curativo com carvão ativado + +
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARAA PREVENÇÃO E O
TRATAMENTO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO
CURATIVO EM INCISÃO CIRÚRGICA
Os curativos nas incisões cirúrgicas com fechamento primário se
fazem necessários nas primeiras 24 horas e podem ser feitos com
camadas de gaze estéril seca. Após este período, não há
necessidade de seu uso, visto que a camada de fibrina une as
bordas, consolidando-as e impedindo a penetração de
microrganismo na incisão cirúrgica. Caso a equipe cirúrgica ou o
próprio paciente, por motivo de conforto, prefiram continuar o uso de
curativos, não há contra-indicação. A utilização de anti-sépticos
rotineiramente, na incisão primariamente fechada, há controvérsias
sobre a sua utilidade e benefício; visto que, os anti-sépticos são
destinados à aplicação em pele e mucosas e não em áreas com
solução de continuidade.
Tipos de coberturas à base de hidrocolóide, hidrogel ou poliuretano
entre outras possuem efeitos benéficos como maior
impermeabilidade aos microrganismo e a aceleração do processo de
cicatrização. Apesar das possíveis vantagens, não existem na
literatura estudos metodologicamente conclusivos que justifique sua
utilização.
PROTOCOLOS DE
TRATAMENTO
1º ESTÁGIO
HIPEREMIA
PELE ÍNTEGRA
2º ESTÁGIO
BOLHA
PERDA PARCIAL
3º ESTÁGIO
PERDA TOTAL
DO TECIDO
4º ESTÁGIO
LESÃO DE
MÚSCULO,
OSSO, TENDÃO
COBRIR
PROTEGER
COBRIR
PROTEGER
HIDRATAR
ISOLAR
ABSORVER
COBRIR
PROTEGER
HIDRATAR
ISOLAR
ABSORVER
LIMPAR
PREVENIR
GRANULAR
COBRIR
PROTEGER
HIDRATAR
ISOLAR
ABSORVER
LIMPAR
PREVENIR
GRANULAR
OBLITERAR
FILME TRANSPARENTE
PLACA OCLUSIVA HIDROCOLÓIDE
ALGINATO DE CÁLCIO
ESPUMA POLIURETANO SEMIPERMEÁVEL
PLACAS GEL/HIDROGEL (ABSORVENTES)
GAZES ÚMIDAS
TIPO INDICAÇÕES VANTAGENS DESVANTAGENS TROCAS
Alginato de Cálcio
Algosteril
Curasorb
Kaltostat
Sorbsan
Algiderm
Lesões com perda parcial ou
total, com exsudato moderado
a abundante; lesões infectadas e
necrosadas; lesões com túneis e
infiltrações.
Oblitera espaços mortos;
absorve 20 vezes seu peso em
exsudato, formando um gel;
fácil aplicação
Contraindicado para lesões
secas ou com pouco exsudato;
requer cobertura secundária.
* 12 horas a
4 dias.
Coberturas
Não-aderentes
Adaptic
Aquaphor
Exu-dry
Sofsorb
Telfa
Vaseline gauze
Xeroform
Áreas doadoras, lacerações,
escoriações;
lesões superficiais infectadas
que exigem cobertura.
Não adere à lesão;
cobre e protege lesões sem
exsudato; podem ser usados
medicamentos tópicos.
Retém parcialmente a
umidade; requer cobertura
secundária.
* Intervalos de
8 a 24 horas.
Gazes Lesões exsudativas;
lesões com perda parcial ou
total; lesões necróticas
Fáceis de encontrar e usar;
podem ser usadas em lesões
infectadas ou necrosadas se
embebidas em solução salina
para manter a umidade no
leito da ferida.
Retarda a migração celular,
remove tecido de granulação,
provoca sangramento se
utilizadas secas;
requer cobertura secundária.
* Depende do
volume de
exsudato;
* quando
houver
ressecamento
das gazes umi-
decidas no leito
da ferida.
COBERTURAS QUE MANTÊM A UMIDADE NO LEITO DA FERIDA
COBERTURAS QUE MANTÊM A UMIDADE NO LEITO DA FERIDA
TIPO INDICAÇÕES VANTAGENS DESVANTAGENS TROCAS
Filmes semi -
permeáveis
Acu-derm
Bioclusive
OpSite
Tegaderm
Transeal
Uniflex
Locais doadores de enxerto;
pequenas queimaduras;
feridas superficiais com
pouco ou nenhum exsudato
Cobre, protege, isola,
é transparente, moldável,
não requer cobertura
secundária, promove
debridamento autolítico
Não é absorvente,
aplicação não é fácil,
contraindicado para feridas
com fragilidade cutânea peri-
férica.
* 24 a 72 horas
* quando vazar
Placas
hidrocolóides
Comfeel
Cutinova hydro
DuoDERM
IntraSite
Restore
Tegasorb
Lesões com perda parcial,
úlceras de pressão E III/IV,
lesões com necrose ou com
exsudato moderado
Cobre, protege, isola,
promove debridamento por
autólise; absorção moderada,
pode ser usada com pressão,
a forma “thin” diminui a
fricção/ cizalhamento.
Contraindicado para feridas
infectadas , com exsudato
abundante, ossos, músculos ou
tendões expostos; limita trocas
gasosas ; pode provocar lesões
cutâneas periféricas.
* 3 a 5 dias com
tecido avascularizado
* 5 a 7 dias com
ferida limpa
* quando vazar
Hidrogel
Aquasorb
Biolex
Carrasyn hydrogel
ClearSite
Elasto-Gel
IntraSite
Normlgel
Nu-Gel
Royl-derm
Transorb
Wound hydrogel
Vigilon
Woun’dres
Perda parcial ou pouco
profunda de tecido com
exsudato moderado,
lesões profundas com
pouco exsudato,
lesões com necrose,
queimaduras ou lesões
por radiação.
Protege contra trauma,
reduz a dor, reidrata o leito da
ferida, promove desbridamento
por autólise, absorve e
preenche espaços mortos ( em
grânulos).
Impróprio para exsudatos
abundantes, pode macerar a
pele adjacente, requer cobertura
secundária.
* 8 a 48 horas
TIPO INDICAÇÕES VANTAGENS DESVANTAGENS TROCAS
Alginato de Cálcio
Algosteril
Curasorb
Kaltostat
Sorbsan
Algiderm
Lesões com perda parcial ou
total, com exsudato moderado
a abundante; lesões infectadas e
necrosadas; lesões com túneis e
infiltrações.
Oblitera espaços mortos;
absorve 20 vezes seu peso em
exsudato, formando um gel;
fácil aplicação
Contraindicado para lesões
secas ou com pouco exsudato;
requer cobertura secundária.
* 12 horas a
4 dias.
Coberturas
Não-aderentes
Adaptic
Aquaphor
Exu-dry
Sofsorb
Telfa
Vaseline gauze
Xeroform
Áreas doadoras, lacerações,
escoriações;
lesões superficiais infectadas
que exigem cobertura.
Não adere à lesão;
cobre e protege lesões sem
exsudato; podem ser usados
medicamentos tópicos.
Retém parcialmente a
umidade; requer cobertura
secundária.
* Intervalos de
8 a 24 horas.
Gazes Lesões exsudativas;
lesões com perda parcial ou
total; lesões necróticas
Fáceis de encontrar e usar;
podem ser usadas em lesões
infectadas ou necrosadas se
embebidas em solução salina
para manter a umidade no
leito da ferida.
Retarda a migração celular,
remove tecido de granulação,
provoca sangramento se
utilizadas secas;
requer cobertura secundária.
* Depende do
volume de
exsudato;
* quando
houver
ressecamento
das gazes umi-
decidas no leito
da ferida.
COBERTURAS QUE MANTÊM A UMIDADE NO LEITO DA FERIDA
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. Erlichman, RJ.; Secker, BR.; Bryan, DJ.; Moschella, CJ. - Common complications of wound
healing - Surg.Clin.N.Am., 6:1323-49,1991.
2. Hutchinson, JJ.; Lawrence, JC. – Wound infection under occlusive dressing - J.Hosp.Infect.,
17:83-94,1991.
3. Gröschel, DHM., Pruett, TL. – Surgical antisepsis. In: Block, SS. Disinfection, sterilization,
and preservaation. Philadelphia: Lea & Febiger, 1991:642-54
4. Pagnossin, G. et al – Curativo no pós-operatório de cirurgia geral. Ver.Col.Bras.Cir., 19:116-
9,1992.
5. Lawrence, JC. – Dressing and wound infection – Am.J.Surg.,167(suppl.1A):21-4,1994.
6. Manual de Prevenção de Infecção Cirúrgica: Recomendações quanto às definições,
metodologia de vigilância e medidas de prevenção – Associação Paulista de Estudos e
Controle de Infecção Hospitalar, 1995.
7. Brown CD., Zitelli JÁ. – Choise of wound dressing and ointments. Wound Healing for the
Otolaryngologist-Head and Neck Surgeon, 1995; 28:1081-91.
8. Grinbaum, RS. – Infecções do sítio cirúrgico e antibioticoprofilaxia em cirurgia. In:
Rodrigues, EAC., eds. Infecções hospitalares: prevenção e controle. São Paulo: Savier,
1997:149-67.
9. CDC – Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for Prevention of Surgical Site
Infection – Infec. Cont. and Hosp. Epidem.,20:247-78,1999.

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  • 2. ESTRUTURA DA PELE A pele é o maior órgão do corpo. Ela é formada por EPIDERME, DERME e HIPODERME ou SUBCUTÂNEO. A EPIDERME é a camada mais externa da pele, fornecendo proteção efetiva contra agressões do meio externo. A DERME é a estrutura de suporte da pele, contendo terminações nervosas, glândulas sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos, sendo muito importante no processo de cicatrização. Enquanto que a epiderme é muito importante para o recobrimento de feridas, a derme tem importância para a integridade estrutural e propriedades físicas da pele. Portanto, a derme se torna o centro das atenções no processo de cicatrização das feridas. O TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO é responsável pela produção e estocagem de gordura. Funciona como isolante térmico, absorvendo choques mecânicos e reservatório de calorias.
  • 3. FUNÇÕES DA PELE Proteção ao corpo contra o ambiente externo Barreira química e mecânica para os tecidos subjacentes Participa da termorregulação Excreta água e eletrólitos (transporte transcelular) Sintetiza vitamina D Atua como órgão sensorial vital para a percepção de pressão, dor e temperatura.
  • 4. FUNÇÕES DA PELE A pele fornece proteção ao corpo contra o ambiente externo. Ela é uma barreira química e mecânica para os tecidos subjacentes, participa da termorregulação, excreta água e eletrólitos, sintetiza vitamina D e atua como órgão sensorial vital para a percepção de pressão, dor e temperatura.
  • 5. FERIDA / DEFINIÇÃO Qualquer interrupção da continuidade do tecido corpóreo representa uma ferida.
  • 6. Mecanismo de lesão  Incisas instrumento cortante  Contusas objeto rombo  Lacerantes vidro ou arame farpado.  Perfurantes pequenas aberturas na pele
  • 7. CLASSIFICAÇÃO 1. FERIDAS CIRÚRGICAS Incisivas - Quando não há perda de tecido e as bordas são geralmente aproximadas por suturas. Exemplo: ferida cirúrgica limpa. Excisivas - Quando ocorre a remoção de uma área da pele. Exemplo: área doadora de pele para enxerto.
  • 8. Classificação das feridas cirúrgicas: Feridas Limpas - Aquelas nas quais é feita incisão em órgão que não contém população bacteriana. Exemplo: Implante total de quadril, cirurgia cardíaca. Feridas Limpas/Contaminadas - São feridas nas quais há envolvimento do trato respiratório, alimentar, geniturinário ou orofaríngeo, cada um dos quais contendo uma população bacteriana nativa ou secreções que podem retardar a cicatrização. A ferida se contamina facilmente por esses organismos residentes ou secreções. Exemplo: Apendicectomia em apêndices não perfurados, gastrectomia.
  • 9. Feridas Contaminadas - Essas feridas, pelas circunstâncias que as provocaram, possuem maior probabilidade de apresentarem uma carga bacteriana. Exemplo: Trauma abdominal penetrante envolvendo os intestinos. Feridas Sujas/Infectadas - Nessas feridas, no momento da cirurgia está presente uma grande quantidade de microrganismos bacterianos responsáveis pela infecção pós- operatória. Exemplo: Apêndice perfurado, abscessos de drenagem. Os riscos aos quais as feridas estão submetidas não dependem somente de condições intrínsecas do paciente, como por exemplo o tipo de cirurgia que será submetido. A equipe multi- disciplinar responsável pelo pré, trans e pós-operatório deve seguir condutas rigorosas para evitar que uma ferida torne-se infectada e cause transtornos maiores à recuperação do paciente.
  • 10. 2. FERIDAS TRAUMÁTICAS São aquelas provocadas acidentalmente por: Agentes Cortantes: Estilhaços de vidro, facas ou navalha. Agentes Perfurantes: Arma de fogo. Atrito: Superfícies ásperas. 1. Abrasão - Atinge apenas a epiderme. 2. Laceração - Atinge todas as camadas da pele. 3. Inoculação de Veneno: Aranhas, cobras e escorpião. 4. Exposição a Diversos Agentes: Queimadura: Lesão causada por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos, que agem no tecido subcutâneo, músculos, tendões e ossos.
  • 11. 3. FERIDAS ULCERATIVAS Úlcera de pele - representa uma categoria de ferimentos que inclui úlceras de decúbito ou de pressão, úlceras por estase venosa e úlcera por insuficiência arterial crônica incluindo nesta categoria as úlceras arteriais diabéticas. Úlcera de pressão - são causadas pela pressão na pele sobre proeminências ósseas, que resulta na interrupção do fluxo sangüíneo para os tecidos (isquemia).
  • 12. Úlcera por estase venosa - a estase venosa é provocada por uma dilatação ou tortuosidade vascular, geralmente periférica e em membros inferiores, ocasionando congestão, edema, dor e por vezes trombose. Devido à deficiência circulatória que esta provoca, os tecidos ficam vulneráveis às agressões, o que resulta em feridas nos membros inferiores com tendência a ter uma cicatrização lenta e mais susceptíveis às infecções. Úlcera por insuficiência arterial crônica - as disfunções das extremidades que podem levar a uma ulceração são caracterizadas pela redução do fluxo sangüíneo através das artérias, arteríolas e capilares. Úlcera arterial diabética - A falta de controle do portador de DIABETES MELLITUS pode provocar cumulativamente uma vasculopatia e neuropatia. Esses fatores combinados predispõe a fissuras e traumatismos, derivando deste modo as úlceras diabéticas.
  • 13. FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO 1 - Fase inflamatória ; 2 - Fase proliferativa; 3 - Fase de maturação.
  • 14. O processo de cicatrização ocorre quando o trauma atinge camadas mais profundas da pele ( além da derme) . Se o trauma (ruptura) atingir só a derme (ferida superficial), o processo se faz por regeneração fisiológica, pela reposição dos tecidos sem cicatriz. A cicatrização tem início no momento em que ocorre a quebra da integridade da pele, sendo classificada em 03 estágios a nível celular: 1 – Inflamatória 2 - Proliferativa 3 - Maturação
  • 15. 1 - INFLAMATÓRIA Os vasos sangüíneos incisados liberam sangue para preencher a área da lesão, é acionado o mecanismo que resulta na hemostasia, havendo então a vasoconstricção, a agregação plaquetária e a deposição de fibrina para a formação do coágulo sanguíneo. Na sequência inicia-se a inflamação, com a liberação de substâncias vasoativas ocorrendo a vasodilatação dos capilares tornando-os permeáveis e dando início a resposta leucocitária , ou seja, os leucócitos acumulam-se no local lesado. Os neutrófilos são células predominantes neste infiltrado, os neutrófilos possuem a atividade FAGOCITÁRIA.
  • 16. Os neutrófilos irão ingerir bactérias e restos celulares no local da ferida. Os macrófagos têm papel importante na transição para outra fase, os macrófagos irão recrutar os fibroblastos para sintetizar o colágeno, os macrófagos também estimulam o crescimento de novos vasos(angiogênese).
  • 17. 2- FASE PROLIFERATIVA: Com a formação de novos vasos temos então a granulação, a epitelização, a síntese do colágeno e a contração da ferida.
  • 18. 3 - FASE DE MATURAÇÃO Há uma redução da quantidade de colágeno, havendo um aumento da força tensil progressivamente, a cicatriz se torna menos espessa passando de uma coloração rosada para esbranquiçada.
  • 19. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO Primeira Intenção - Quando ocorre pouca perda de tecido, geralmente a ferida é limpa, apresenta pouco edema, sua cicatrização é mais fácil e rápida de ocorrer. Exemplo: feridas cirúrgicas limpas. Segunda Intenção - Ocorre perda excessiva de tecido, podendo apresentar infecção. Neste caso, o processo de contração aproxima as bordas e a cicatrização é mais lenta. A cicatriz da ferida não apresenta o mesmo efeito estético que aquela por primeira intenção. Exemplo: Áreas doadoras, úlceras de pressão. Primeira Intenção Retardada - Geralmente é praticada pelo cirurgião propositadamente quando este espera uma possível infecção pós-operatória. Após a drenagem do material o cirurgião promoverá a aproximação das bordas. Exemplo: Apêndice supurado.
  • 20. FATORES QUE AFETAM O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Muitos são os fatores que podem retardar ou dificultar a cicatrização de uma ferida. Entre eles destacamos: 1.Idade avançada: pessoas idosas são mais vulneráveis às infecções. 2.Vasculopatia: comprometimento dos vasos interrompem o fluxo sangüíneo normal, diminuindo o suprimento nutricional e imune à área afetada. 3.Má nutrição: falta de nutrientes acarretam respostas metabólicas deficitárias. 4.Medicação: alguns medicamentos interferem diretamente na resposta imunológica do paciente. 5.Fumo: reduz a hemoglobina no sangue e pode causar disfunção pulmonar.
  • 21. 6.Desgaste: pode elevar os níveis de glicocorticóides, o que inibiria a reparação da ferida. 7.Localização da ferida: dependendo da localização a ferida pode apresentar maior edema e cicatrização mais lenta. 8.Presença de corpos estranhos na ferida: podem prolongar o processo inflamatório interferindo na cicatrização normal. 9.Infecção: aumenta a drenagem que passa para um estado purulento, retarda a cicatrização da ferida. 10.Cuidados com a ferida: saber escolher o material adequado para o tratamento da ferida pode minimizar o tempo de cicatrização.
  • 22. Presença de tecido necrótico e infecção
  • 23. Avaliação da Ferida Drenagem (exsudato) – cor, odor, quantidade.
  • 24. Avaliação da Ferida Presença de descolamentos, lojas – medir a profundidade e extensão e documentar a localização usando a posição dos ponteiros do relógio como referência.
  • 25. Avaliação da Ferida Tamanho (largura e comprimento) em centímetros
  • 27. AVALIAÇÃO DA FERIDA Devemos estar atentos para uma boa inspeção da ferida antes de prestarmos qualquer cuidado. Precisamos verificar não só o aspecto visual como também as condições físicas do paciente. Para isso devemos estar analisando os seguintes itens: 1. Presença de infecção 2. Extensão da ferida e do procedimento cirúrgico 3. Condições físicas, idade e medicamentos 4. Localização anatômica da ferida e mobilidade do paciente 5. Presença e características da drenagem 6. Características da pele ao redor da ferida Após avaliarmos todos estes dados, podemos ter uma visão mais clara de qual conduta a ser tomada.
  • 28. CURATIVOS É um meio terapêutico que consiste na aplicação de uma cobertura estéril sobre uma ferida previamente limpa. O objetivo principal de um curativo é promover a cicatrização, eliminando fatores negativos que possam retardá-la e devem apresentar as seguintes características: 1. Manter a umidade entre a ferida e o curativo 2. Absorver ou drenar exsudato (manter equilíbrio entre absorção e hidratação) 3. Comprimir, sustentar ou imobilizar 4. Promover isolamento térmico 5. Proteger a ferida de contaminação 6. Possibilitar a troca de curativo sem causar trauma no tecido cicatricial recém - formado 7. Proporcionar conforto físico e psicológico para o paciente
  • 29. SOLUÇÕES ANTI-SÉPTICAS Os anti-sépticos são substâncias químicas primariamente destinadas à aplicação em pele e mucosas íntegras, não em áreas com solução de continuidade. A aplicação de solução anti-séptica no curativo do local de inserção de cateteres venosos centrais, de hemodiálise e umbilicais tem sido validada pela literatura, em estudos que comprovam sua eficácia na redução da colonização bacteriana no local e impacto na ocorrência de infecções relacionadas ao cateter. O mesmo ocorre com os curativos do coto umbilical onde utilizamos álcool 70%. Este anti-séptico favorece a mumificação e a queda do mesmo. Afim de normatizar e padronizar as soluções anti-sépticas, o Ministério da Saúde publica Portaria N. 2616, de 12 de maio de 1998 (continua seguindo as determinações da Portaria N. 930, de 27 de agosto de 1992), a qual determina as Preparações anti- sépticas adequadas. Estas são apresentadas a seguir:
  • 30. Produto: Álcool etílico a 70% Modo de Ação: . Desnaturação das proteínas da bactéria Utilização: .Anti-sepsia em procedimentos de médio e baixo risco Anti-sepsia de coto umbilical Entre procedimentos e/ou cuidados em pacientes (com emoliente). Produto: Solução de PVPI-10% com 1% de iodo ativo (veículo aquoso) Modo de Ação: Oxidação e substituição de componentes microbianos com iodo livre Utilização: .Anti-sepsia de campos operatório Anti-sepsia de pele e mucosas antes de procedimentos invasivos Anti-sepsia de feridas, inserção cateteres vasculares centrais, etc.
  • 31. Produto: Solução degermante de PVPI-10% com 1% de iodo ativo Modo de Ação: Oxidação e substituição de componentes microbianos com iodo livre. Utilização: Pré-operatório Degermação das mãos da equipe cirúrgica Descontaminação do campo pré-operatório Banho dos pacientes Lavagem das mãos dos profissionais que trabalham em áreas de risco Produto: Solução de Clorohexidina a 0,5% (veículo alcoólico) Modo de Ação: Ruptura de membrana de célula microbiana e precipitação do conteúdo celular. Utilização: Anti-sepsia do campo operatório Anti-sepsia de pele antes de procedimentos invasivos. Paciente com alergia à PVPI
  • 32. Produto: Solução Degermante de Clorohexidina a 4% Modo de Ação: Ruptura de membrana de célula microbiana e precipitação do conteúdo celular. Utilização: . Pré-operatório Degermação das mãos da equipe cirúrgica Descontaminação do campo pré-operatório Banho dos pacientes Lavagem das mãos dos profissionais que trabalham em áreas de risco Produto: Compostos à base de sais de prata Modo de Ação: Destruição da membrana celular das bactérias Utilização: .Nitrato de prata: profilaxia de conjuntivite gonocócica do Rn. Sulfadiazina de prata: queimaduras, úlceras varicosas e feridas cirúrgicas infectadas. OBS: Mediante Prescrição médica
  • 33. Produto: Permaganato de Potássio Modo de Ação: Oxidação Utilização: Anti-sepsia e desodorização de áreas ulceradas e necrosadas. Preparações não permitidas para a finalidade anti-séptica segundo portaria N.2616, de 12 de maio de 1998 do Ministério da Saúde. Mercuriais Orgânicos: são bacteriostáticos; facilmente contaminados com pseudomas e são inativados em presença de matéria orgânica. Podem ser utilizados como secativos.
  • 34. Água Oxigenada: é um agente oxidante brando; porém as soluções diluídas são instáveis quando aplicadas nos tecidos que contém a enzima catalase. Pode ser utilizado na limpeza de feridas e mucosas na presença de sangue e tecido necrosado. Éter: anti-séptico pouco eficaz, com toxicidade elevada. Pode ser utilizado na remoção de adesivo. Líquido de Dakin: apresenta toxidade, instabilidade e é inativado em presença de matéria orgânica. Quartenário de Amônia: possui atividade anti-séptica baixa, além de ser facilmente contaminado. Não indicado para uso de pele e mucosas.
  • 36. ÁCIDOS GRAXOS ESSÊNCIAIS (AGE) Descrição: Composto de óleos vegetais, contém ácidos LINOLÊICO, LINOLÊNICO, VITAMINAS E e A e LECITINA DE SOJA. Características e modo de ação: Acelera o processo de cicatrização , exercendo quimiotaxia para os leucócitos, é precursor de agente pró inflamatório, ajuda na restauração da membrana celular e apresenta ação bactericida para S. aureus, Pseudomonas sp e Candida albicans. Indicação Todos os tipos de ferida N Contra – indicação Não apresenta contra – indicação Nome comercial DERSANI
  • 37. ALGINATO DE CÁLCIO Descrição: Extraído de algas marinhas marrom. Composto de fibra de alginato de cálcio. Caraterísticas e modo de ação: É altamente absorvente, cria um meio úmido em contato com o exudato, promove hemostasia através de um intercâmbio iônico entre os ions cálcio do curativo e o sódio encontrado no exsudato ou sangue e as fibras formam um gel suave. Indicação: Feridas com exudato de moderado a abundante, limpa ou infectada, úlcera, queimaduras, etc... Contra – indicação: Feridas com tecidos necróticos Nome comercial: KALTOSTAT, ALGODERM e TEGAGEN
  • 39.
  • 40.
  • 41. MALHA DE CARVÃO ATIVADO PRATA Descrição: Tecido de carvão impregnado de prata, envolto por uma camada de não tecido selada em toda a sua extensão. Características e modo de ação: É altamente absorvente, proporciona a diminuição de odor, estimula a formação de tecido de granulação. O carvão possui a ação de absorção de microrganismos e secreção purulenta fazendo com que as bactérias fiquem presas ao carvão e a prata exerce função bactericida. Indicação: Feridas infectadas, com exsudato purulento e odor fétido. Contra – indicação: Lesões sangrantes Nome comercial ACTISORB
  • 43.
  • 44.
  • 45. CURATIVOS NÃO ADERENTES a) Curativo com Petrolatum Descrição: Composto com material uniforme, geralmente gaze de celulose impregnada em petrolatum (emulsão neutra solúvel em água). Característica e modo de ação: É não aderente e permite o fluxo de exsudato através do curativo secundário evitando o acúmulo de exsudato no leito da ferida. Indicação: Queimadura, área doadora e receptora de enxerto, feridas exsudativa infectada ou não e superficiais. Contra – indicação: Não há Nome comercial ADAPTIC
  • 46. b) Curativo com Petrolatum medicado Descrição: Tela de celulose impregnada em petrolatum e solução de PVPI. Indicação: Curativos ao redor de halus, pinos, tração trans-esquelética Contra – indicação: Em feridas abertas Nome comercial INADINE
  • 47. FILMES TRANSPARENTES Descrição: Película fina e transparente de poliuretano, associada a um adesivo Hipoalergênico. Característica e modo de ação: Proporciona barreira contra infecção secundária e fornece umidade natural à ferida. É permeável ao ar e ao vapor d’água e permite a monitorização da ferida pela sua transparência. Indicação: Feridas superficiais, incisões cirúrgicas não exsudativas, úlceras de pressão grau I (pele integra com hiperemia, descoloração ou endurecimento) e fixação de cateteres. Contra – indicação: Feridas infectadas, necróticas, com exsudatos de moderado a abundante . Nome comercial: IV3000 (indicado para a fixação de catéteres centrais), TEGADERM, BIOCLUSIVE e HIDROFILM.
  • 48. HIDROCOLÓIDE Descrição: Composto por uma matriz adesiva de partícula hidrofílica de gelatina, pectina, e carboximetilcelulose. Característica e modo de ação: Mantém a umidade local, proporciona barreira contra infecção externa, favorece o debridamento autolítico. A parte interna do curativo ao absorver o exsudato transforma-se em um gel, criando um meio úmido favorável à cicatrização. Indicação: Ferida com médio e baixo exsudato, superficiais (hidrocolóide placa), profundas (hidrocolóide pasta ou gel) Contra – indicação: Feridas infectadas. Nome comercial: DUODERM, CONFEEL e TEGASORB.
  • 50. HIDROGEL Descrição: Composto por goma de co – polímero e grande quantidade de água. Característica e modo de ação: Proporciona um ambiente úmido à ferida que favorece a cicatrização, não adere a lesão, é translúcido, promove hidratação da pele. Indicação Ferida com baixo exsudato, superficiais, radiodermites, queimaduras, laceração, escoriações e feridas necróticas. Contra – indicações: Feridas muito exsudativas Nome comercial: NUGEL
  • 52. PAPAÍNA Descrição: Mistura complexa de enzimas proteolíticas e peroxidase extraída do látex presente no mamão verde. Apresentação: Pó, cor variando do branco ao bege amarelado com odor característico. Característica e modo de ação: Possui ação debridante, anti inflamatória, é bactericida, estimula a síntese do colágeno, acelera o processo de cicatrização e contribui positivamente para a estética da cicatriz.
  • 53. Indicação: Feridas com tecido desvitalizado (necrose/ fibrina) Feridas com exsudato purulento Feridas com tecido de granulação Utilização: Em lesões com necrose usar concentração 10% (5g/50ml) Em lesões com exsudato purulento usar concentração 4 a 6% (2,5g/50ml) Em lesões com tecido de granulação uma concentração 2% (1g/50ml). Nome Comercial: Papaína A papaína deverá ser diluída imediatamente para uso, não podendo ser armazenada. É fotossensível e oxida-se na presença de oxigênio, iodo e derivados.
  • 54. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTÁGIOS DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO Estágio Definição Apresentação I Eritema em pele íntegra O rubor permanece 15 minutos ou mais após o alívio da pressão. Pode ser dolorida II Perda de fina camada da pele, envolvendo a epiderme e/ou derme Pele hiperemiada com presença de bolhas que podem ou não estar rompidas. É dolorida III Perda significativa de pele, envolvendo lesão ou necrose do tecido celular subcutâneo que pode estender-se até a fáscia Úlcera superficial com margens bem definidas, geralmente com exsudato, podendo estar presente tecido necrótico. Geralmente não é dolorida IV Perda significativa da pele, com extensa destruição e necrose do tecido celular subcutâneo ou lesão de músculo ou osso Úlcera profunda, frequentemente com tecido necrótico, exsudato e infecção. Geralmente não é dolorida
  • 55. PREVENÇÃO TRATAMENTO Material e equipamentos Potencial de Risco Estágio da Úlcera Baixo Moderado Alto I II III IV Colchonete piramidal + + + + Colchão de ar com alívio de pressão alternada + + + + + + Protetor de espuma para calcanhar e tornozelo + + + + + + Fralda / coletor + + + + + + Lençol (forro móvel) + + + + + + + Quadro balcânico + + + + + + Cremes hidratantes + + + Dersani + + + + + + + Solução fisiológica + + + + Papaína + + Filme transparente + + + + Hidrogel + + + + + + Hidrocolóide + + + + + + Alginato de Cálcio + + Curativo com carvão ativado + + MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARAA PREVENÇÃO E O TRATAMENTO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO
  • 56. CURATIVO EM INCISÃO CIRÚRGICA Os curativos nas incisões cirúrgicas com fechamento primário se fazem necessários nas primeiras 24 horas e podem ser feitos com camadas de gaze estéril seca. Após este período, não há necessidade de seu uso, visto que a camada de fibrina une as bordas, consolidando-as e impedindo a penetração de microrganismo na incisão cirúrgica. Caso a equipe cirúrgica ou o próprio paciente, por motivo de conforto, prefiram continuar o uso de curativos, não há contra-indicação. A utilização de anti-sépticos rotineiramente, na incisão primariamente fechada, há controvérsias sobre a sua utilidade e benefício; visto que, os anti-sépticos são destinados à aplicação em pele e mucosas e não em áreas com solução de continuidade. Tipos de coberturas à base de hidrocolóide, hidrogel ou poliuretano entre outras possuem efeitos benéficos como maior impermeabilidade aos microrganismo e a aceleração do processo de cicatrização. Apesar das possíveis vantagens, não existem na literatura estudos metodologicamente conclusivos que justifique sua utilização.
  • 57. PROTOCOLOS DE TRATAMENTO 1º ESTÁGIO HIPEREMIA PELE ÍNTEGRA 2º ESTÁGIO BOLHA PERDA PARCIAL 3º ESTÁGIO PERDA TOTAL DO TECIDO 4º ESTÁGIO LESÃO DE MÚSCULO, OSSO, TENDÃO COBRIR PROTEGER COBRIR PROTEGER HIDRATAR ISOLAR ABSORVER COBRIR PROTEGER HIDRATAR ISOLAR ABSORVER LIMPAR PREVENIR GRANULAR COBRIR PROTEGER HIDRATAR ISOLAR ABSORVER LIMPAR PREVENIR GRANULAR OBLITERAR FILME TRANSPARENTE PLACA OCLUSIVA HIDROCOLÓIDE ALGINATO DE CÁLCIO ESPUMA POLIURETANO SEMIPERMEÁVEL PLACAS GEL/HIDROGEL (ABSORVENTES) GAZES ÚMIDAS
  • 58. TIPO INDICAÇÕES VANTAGENS DESVANTAGENS TROCAS Alginato de Cálcio Algosteril Curasorb Kaltostat Sorbsan Algiderm Lesões com perda parcial ou total, com exsudato moderado a abundante; lesões infectadas e necrosadas; lesões com túneis e infiltrações. Oblitera espaços mortos; absorve 20 vezes seu peso em exsudato, formando um gel; fácil aplicação Contraindicado para lesões secas ou com pouco exsudato; requer cobertura secundária. * 12 horas a 4 dias. Coberturas Não-aderentes Adaptic Aquaphor Exu-dry Sofsorb Telfa Vaseline gauze Xeroform Áreas doadoras, lacerações, escoriações; lesões superficiais infectadas que exigem cobertura. Não adere à lesão; cobre e protege lesões sem exsudato; podem ser usados medicamentos tópicos. Retém parcialmente a umidade; requer cobertura secundária. * Intervalos de 8 a 24 horas. Gazes Lesões exsudativas; lesões com perda parcial ou total; lesões necróticas Fáceis de encontrar e usar; podem ser usadas em lesões infectadas ou necrosadas se embebidas em solução salina para manter a umidade no leito da ferida. Retarda a migração celular, remove tecido de granulação, provoca sangramento se utilizadas secas; requer cobertura secundária. * Depende do volume de exsudato; * quando houver ressecamento das gazes umi- decidas no leito da ferida. COBERTURAS QUE MANTÊM A UMIDADE NO LEITO DA FERIDA
  • 59. COBERTURAS QUE MANTÊM A UMIDADE NO LEITO DA FERIDA TIPO INDICAÇÕES VANTAGENS DESVANTAGENS TROCAS Filmes semi - permeáveis Acu-derm Bioclusive OpSite Tegaderm Transeal Uniflex Locais doadores de enxerto; pequenas queimaduras; feridas superficiais com pouco ou nenhum exsudato Cobre, protege, isola, é transparente, moldável, não requer cobertura secundária, promove debridamento autolítico Não é absorvente, aplicação não é fácil, contraindicado para feridas com fragilidade cutânea peri- férica. * 24 a 72 horas * quando vazar Placas hidrocolóides Comfeel Cutinova hydro DuoDERM IntraSite Restore Tegasorb Lesões com perda parcial, úlceras de pressão E III/IV, lesões com necrose ou com exsudato moderado Cobre, protege, isola, promove debridamento por autólise; absorção moderada, pode ser usada com pressão, a forma “thin” diminui a fricção/ cizalhamento. Contraindicado para feridas infectadas , com exsudato abundante, ossos, músculos ou tendões expostos; limita trocas gasosas ; pode provocar lesões cutâneas periféricas. * 3 a 5 dias com tecido avascularizado * 5 a 7 dias com ferida limpa * quando vazar Hidrogel Aquasorb Biolex Carrasyn hydrogel ClearSite Elasto-Gel IntraSite Normlgel Nu-Gel Royl-derm Transorb Wound hydrogel Vigilon Woun’dres Perda parcial ou pouco profunda de tecido com exsudato moderado, lesões profundas com pouco exsudato, lesões com necrose, queimaduras ou lesões por radiação. Protege contra trauma, reduz a dor, reidrata o leito da ferida, promove desbridamento por autólise, absorve e preenche espaços mortos ( em grânulos). Impróprio para exsudatos abundantes, pode macerar a pele adjacente, requer cobertura secundária. * 8 a 48 horas
  • 60. TIPO INDICAÇÕES VANTAGENS DESVANTAGENS TROCAS Alginato de Cálcio Algosteril Curasorb Kaltostat Sorbsan Algiderm Lesões com perda parcial ou total, com exsudato moderado a abundante; lesões infectadas e necrosadas; lesões com túneis e infiltrações. Oblitera espaços mortos; absorve 20 vezes seu peso em exsudato, formando um gel; fácil aplicação Contraindicado para lesões secas ou com pouco exsudato; requer cobertura secundária. * 12 horas a 4 dias. Coberturas Não-aderentes Adaptic Aquaphor Exu-dry Sofsorb Telfa Vaseline gauze Xeroform Áreas doadoras, lacerações, escoriações; lesões superficiais infectadas que exigem cobertura. Não adere à lesão; cobre e protege lesões sem exsudato; podem ser usados medicamentos tópicos. Retém parcialmente a umidade; requer cobertura secundária. * Intervalos de 8 a 24 horas. Gazes Lesões exsudativas; lesões com perda parcial ou total; lesões necróticas Fáceis de encontrar e usar; podem ser usadas em lesões infectadas ou necrosadas se embebidas em solução salina para manter a umidade no leito da ferida. Retarda a migração celular, remove tecido de granulação, provoca sangramento se utilizadas secas; requer cobertura secundária. * Depende do volume de exsudato; * quando houver ressecamento das gazes umi- decidas no leito da ferida. COBERTURAS QUE MANTÊM A UMIDADE NO LEITO DA FERIDA
  • 61. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. Erlichman, RJ.; Secker, BR.; Bryan, DJ.; Moschella, CJ. - Common complications of wound healing - Surg.Clin.N.Am., 6:1323-49,1991. 2. Hutchinson, JJ.; Lawrence, JC. – Wound infection under occlusive dressing - J.Hosp.Infect., 17:83-94,1991. 3. Gröschel, DHM., Pruett, TL. – Surgical antisepsis. In: Block, SS. Disinfection, sterilization, and preservaation. Philadelphia: Lea & Febiger, 1991:642-54 4. Pagnossin, G. et al – Curativo no pós-operatório de cirurgia geral. Ver.Col.Bras.Cir., 19:116- 9,1992. 5. Lawrence, JC. – Dressing and wound infection – Am.J.Surg.,167(suppl.1A):21-4,1994. 6. Manual de Prevenção de Infecção Cirúrgica: Recomendações quanto às definições, metodologia de vigilância e medidas de prevenção – Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1995. 7. Brown CD., Zitelli JÁ. – Choise of wound dressing and ointments. Wound Healing for the Otolaryngologist-Head and Neck Surgeon, 1995; 28:1081-91. 8. Grinbaum, RS. – Infecções do sítio cirúrgico e antibioticoprofilaxia em cirurgia. In: Rodrigues, EAC., eds. Infecções hospitalares: prevenção e controle. São Paulo: Savier, 1997:149-67. 9. CDC – Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for Prevention of Surgical Site Infection – Infec. Cont. and Hosp. Epidem.,20:247-78,1999.