1. ACIDOSE RESPIRÁTORIA
PROFESSOR DONATO FARIAS
DISCENTES: ANA PAULA
JAQUELINE
NEUCIVANI
WELLINGTON CORREA DOS SANTOS
FACULDADE ESTÁCIO SEAMA
CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ENSINO CLINICO DE ALTA COMPLEXIDADE
MACAPÁ-AP
2021
2. O QUE É?
A acidose respiratória caracteriza-se por elevação primária da pressão parcial do
dióxido de carbono (PC2), com ou sem aumento compensatório no HCO3
−; o pH
geralmente é baixo, mas pode estar próximo do normal. A causa é a diminuição da
frequência respiratória e/ou no volume (hiperventilação), tipicamente em razão de
condições iatrogênicas, pulmonares ou do sistema nervoso central.
A acidose respiratória pode ser aguda ou crônica; a forma crônica é assintomática,
mas a forma aguda, ou mais grave, causa cefaleia, confusão e tonturas. Os sinais incluem
tremor, abalos mioclônicos e asterixe. O diagnóstico é clínico, com gasometria e eletrólitos
séricos. A causa é tratada; em geral, são necessários oxigênio (O2) e ventilação mecânica.
3. ACIDOSE RESPIRÁTORIA
Acidose respiratória é o acúmulo de dióxido de carbono (CO2) (hipercapnia) decorrente de diminuição de frequência
e/ou volume respiratório (hipoventilação). As causas de hipoventilação (discutidas em falha de ventilação) incluem
Condições que alteram o estímulo respiratório do sistema nervoso central
Alteração da transmissão neuromuscular e outras causas de fraqueza muscular
Doenças pulmonares obstrutivas, restritivas ou parenquimatosas
Hipóxia tipicamente acompanha a hipoventilação.
A acidose respiratória pode ser
Aguda
Crônica
A diferenciação se baseia no grau de compensação metabólica; o dióxido de carbono é, inicialmente, tamponado de
forma não eficiente, mas em 3 a 5 dias os rins aumentam significativamente a reabsorção de bicarbonato.
4. SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas dependem da velocidade e do grau de aumento da PCO2. O CO2 se difunde rapidamente através da
barreira hematocerebral. Os sinais e sintomas resultam do aumento das concentrações de CO2 e de baixo pH no sistema
nervoso central e de qualquer hipoxemia concomitante.
Acidose respiratória aguda (ou crônica agudizada) causa cefaleia, confusão, ansiedade, tontura e estupor (narcose por
CO2).
Acidose respiratória de desenvolvimento lento e estável (como na DPOC) pode ser bem tolerada, mas os pacientes
apresentam perda de memória, distúrbios do sono, sonolência excessiva durante o dia e alterações de personalidade. Os sinais
incluem distúrbios da marcha, tremores, diminuição dos reflexos tendinosos profundos, abalos mioclônicos, asterixe e
papiledema.
5. DIAGNOSTICO
Gasometria arterial e eletrólitos séricos
Diagnóstico da causa, geralmente clínico
O reconhecimento da acidose respiratória e a compensação renal apropriada ( Distúrbios
ácido-base : Diagnóstico) indica a realização de gasometria arterial e a dosagem dos eletrólitos
séricos. As causas costumam ser evidentes a partir de história e exames. O cálculo do gradiente
alveolar-arterial (A-a) de oxigênio O2 inspirada — (PO2 − [PO2 arterial +5⁄4 PCO2 arterial)] pode
ajudar a diferenciar doenças pulmonares de doenças extrapulmonares; um gradiente normal
essencialmente exclui doenças pulmonares.
6. TRATAMENTO
Ventilação adequada
Bicarbonato de sódio (NaHCO3) é quase sempre contraindicado
O tratamento consiste no fornecimento de ventilação adequada por entubação endotraqueal ou ventilação com
pressão positiva não invasiva (para indicações específicas e procedimentos, Visão geral de insuficiência
respiratória). Ventilação adequada é tudo que é necessário para corrigir a acidose respiratória, embora a
hipercapnia crônica geralmente deva ser corrigida lentamente (p. ex., durante horas ou mais), pois a redução
demasiadamente rápida da PCO2 pode causar uma alcalose por hipercapnia de “rebote”, quando a
hiperbicarbonatemia compensatória subjacente for revelada; a resultante elevação abrupta do pH no sistema
nervoso central pode causar convulsão e morte. Quaisquer deficits de potássio e cloreto são corrigidos.
O bicarbonato de sódio é quase sempre contraindicado, por causa do potencial de acidose paradoxal no sistema
nervoso central. Uma exceção pode ocorrer nos casos de broncoespasmo grave, nos quais o bicabornato pode
melhorar a resposta da musculatura lisa dos brônquios aos agonistas beta.
7. PONTOS CHAVES
• Acidose respiratória envolve uma diminuição na frequência e/ou volume respiratório
(hipoventilação).
• As causas comuns incluem impulso respiratório prejudicado (p. ex., devido a toxinas,
doença do sistema nervoso central) e obstrução do fluxo de ar (p. ex., por causa de asma,
DPOC, apneia do sono, edema das vias respiratórias).
• Reconhecer a hipoventilação crônica pela presença de compensação metabólica
(HCO3
−elevado) e sinais clínicos de tolerância (menos sonolência e confusão do que o esperado
para o grau de hipercapnia).
• Tratar a causa e fornecer ventilação adequada, utilizando entubação endotraqueal ou
ventilação com pressão positiva não invasiva como necessário.