O documento discute o abuso de cannabis em pacientes com transtornos psiquiátricos. Resume que: 1) O abuso frequente de cannabis pode aumentar o risco de desenvolvimento de esquizofrenia e sintomas psicóticos crônicos, embora mais pesquisas sejam necessárias; 2) A cannabis parece ser uma droga comum entre pessoas com transtorno bipolar, podendo induzir estados maníacos; 3) O abuso de cannabis ocorre com frequência em pessoas com transtornos de ansiedade, mas a relação com a cronicidade dest
Este estudo investigou a frequência de transtornos psiquiátricos em dois grupos de dependentes químicos: cocaína/crack e álcool/cocaína/crack. Os resultados mostraram uma alta frequência de transtornos de humor em ambos os grupos. Os dependentes de álcool/cocaína/crack também apresentaram alta frequência de transtornos de personalidade, sugerindo a necessidade de tratamentos diferenciados para essa população.
O documento discute a alta prevalência da dependência química no transtorno bipolar, incluindo álcool (39.2%), nicotina (35-33%) e outras drogas. Apresenta possíveis mecanismos para esta comorbidade, como mudanças no circuito de recompensa e estresse, vulnerabilidades genéticas compartilhadas e auto-medicação. Também discute o diagnóstico, características e desafios no tratamento desta patologia dual.
Características do uso de benzodiazepínicos por mulheres que buscavam tratame...David Nordon
Artigo original a respeito do uso de benzodiazepínicos por mulheres em uma UBS de Sorocaba; encontramos um uso muito acima do esperado e absolutamente inadequado. Publicado na Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.
Rehfeld, a. o que diferencia uma abordagem fenomenológico existencial das demaisÉrika Renata
O documento discute as diferenças entre uma abordagem fenomenológico-existencial e outras abordagens na psicoterapia. A principal diferença é o compromisso com uma compreensão ontológica da condição humana, incluindo fragilidade, mortalidade e incerteza. Isso requer aceitar a verdade sobre a existência humana em vez de tentar escapar dela com interpretações puramente ónticas.
Rehfeld, a. especificidade de uma psicoterapia fenomenológico existencialÉrika Renata
Este documento resume a especificidade de uma psicoterapia fenomenológico-existencial de acordo com Ari Rehfeld. A abordagem se diferencia por ter um compromisso com uma compreensão ontológica da condição humana, incluindo a mortalidade e finitude. O papel do terapeuta é facilitar a auto-compreensão do paciente de forma a ajudá-lo a lidar com a angústia inerente à condição humana e permitir que ele descubra seu próprio poder de ser.
Este documento resume um capítulo sobre o conceito de angústia de acordo com Martin Heidegger. Apresenta 1) como Heidegger começa sua análise do ser humano ("Dasein") e como isso o leva à questão da angústia, 2) as formas de ser inautêntico do homem cotidiano através da "decadência", e 3) como a rara experiência da angústia revela a totalidade do ser humano.
Rehfeld, a. acerca das generosas curvas da esperaÉrika Renata
O documento discute a espera e o inesperado, construindo dezoito aforismos a partir de um fragmento de Heráclito. O autor argumenta que saber esperar é reconhecer a diferença entre a possibilidade do inesperado aparecer e seu aparecimento efetivo, e que apenas quem sabe esperar é capaz de acolher o presente e o inesperado.
Este estudo investigou a frequência de transtornos psiquiátricos em dois grupos de dependentes químicos: cocaína/crack e álcool/cocaína/crack. Os resultados mostraram uma alta frequência de transtornos de humor em ambos os grupos. Os dependentes de álcool/cocaína/crack também apresentaram alta frequência de transtornos de personalidade, sugerindo a necessidade de tratamentos diferenciados para essa população.
O documento discute a alta prevalência da dependência química no transtorno bipolar, incluindo álcool (39.2%), nicotina (35-33%) e outras drogas. Apresenta possíveis mecanismos para esta comorbidade, como mudanças no circuito de recompensa e estresse, vulnerabilidades genéticas compartilhadas e auto-medicação. Também discute o diagnóstico, características e desafios no tratamento desta patologia dual.
Características do uso de benzodiazepínicos por mulheres que buscavam tratame...David Nordon
Artigo original a respeito do uso de benzodiazepínicos por mulheres em uma UBS de Sorocaba; encontramos um uso muito acima do esperado e absolutamente inadequado. Publicado na Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.
Rehfeld, a. o que diferencia uma abordagem fenomenológico existencial das demaisÉrika Renata
O documento discute as diferenças entre uma abordagem fenomenológico-existencial e outras abordagens na psicoterapia. A principal diferença é o compromisso com uma compreensão ontológica da condição humana, incluindo fragilidade, mortalidade e incerteza. Isso requer aceitar a verdade sobre a existência humana em vez de tentar escapar dela com interpretações puramente ónticas.
Rehfeld, a. especificidade de uma psicoterapia fenomenológico existencialÉrika Renata
Este documento resume a especificidade de uma psicoterapia fenomenológico-existencial de acordo com Ari Rehfeld. A abordagem se diferencia por ter um compromisso com uma compreensão ontológica da condição humana, incluindo a mortalidade e finitude. O papel do terapeuta é facilitar a auto-compreensão do paciente de forma a ajudá-lo a lidar com a angústia inerente à condição humana e permitir que ele descubra seu próprio poder de ser.
Este documento resume um capítulo sobre o conceito de angústia de acordo com Martin Heidegger. Apresenta 1) como Heidegger começa sua análise do ser humano ("Dasein") e como isso o leva à questão da angústia, 2) as formas de ser inautêntico do homem cotidiano através da "decadência", e 3) como a rara experiência da angústia revela a totalidade do ser humano.
Rehfeld, a. acerca das generosas curvas da esperaÉrika Renata
O documento discute a espera e o inesperado, construindo dezoito aforismos a partir de um fragmento de Heráclito. O autor argumenta que saber esperar é reconhecer a diferença entre a possibilidade do inesperado aparecer e seu aparecimento efetivo, e que apenas quem sabe esperar é capaz de acolher o presente e o inesperado.
Oficina de Narrativa Transmídia - FEIA 2014Gabriel Ishida
Transmídia Storytelling é um processo no qual elementos narrativos são distribuídos entre várias mídias de forma coordenada, com cada mídia contribuindo de forma única para a história principal. O documento discute os conceitos de multimídia, crossmídia e transmídia e apresenta exemplos de franquias que utilizam com sucesso o storytelling transmídia, como The Walking Dead e The Matrix.
Rehfeld, a. a prática clínica fenomenológico existencialÉrika Renata
O documento discute a prática clínica fenomenológico-existencial, definindo o papel do terapeuta como cuidar do ser do paciente, ajudando-o a desvelar suas próprias possibilidades de forma a aliviar o sofrimento. O terapeuta deve criar condições para o desabrochar da alma do paciente, sem impor um sentido, respeitando suas limitações. A terapia tem um caráter libertador, permitindo experimentar novas formas de ser.
Jardim, le. a preocupação liberadora no contexto da prática terapeuticaÉrika Renata
O documento resume um trabalho de conclusão de curso sobre como a filosofia de Martin Heidegger pode contribuir para pensar a relação terapeuta-paciente. Apresenta os conceitos heideggerianos de ser-no-mundo, ser-com-os-outros e preocupação para analisar como a terapia pode ser entendida como uma manifestação da preocupação liberadora. O objetivo é fundamentar uma prática terapêutica não objetificante, em contraste com abordagens psicológicas.
Transmídia não é sinônimo de adaptações em diferentes mídias, mas sim configuração de um sistema midiático e cultura participativa. Transcriar vai além da redundância, evitando overdesign. Transmídia implica táticas de conquista de sensibilidades e pode pensar comunidade em torno da noção de produto.
Mattar, c.m. os sentidos de analise e analitica no pensamento de heideggerÉrika Renata
1) O artigo discute os conceitos de "análise" e "analítica" no pensamento de Heidegger e suas implicações para a psicoterapia.
2) Heidegger critica o sentido moderno de "análise" como decomposição em elementos e prefere o termo "analítica" para se referir à recondução ao sentido originário.
3) A Daseinsanalyse propõe compreender o homem e o adoecer de forma diferente da perspectiva científica, orientando-se pela fenomenologia de Heidegger.
O texto discute como alguns pensadores atuais consideram Nietzsche um paradigma e como seu pensamento influenciou as ciências humanas. Apresenta exemplos dos trabalhos de Michel Foucault, Paul Veyne, Gianni Vattimo e Paul Virilio, que introduziram conceitos nietzscheanos nessas áreas. Questiona se Nietzsche pode ser considerado um modelo, já que se distanciou da noção platônica de modelo/cópia.
Marçal, j.c. existência e _verdade_ em martin heideggerÉrika Renata
1) O artigo discute a compreensão heideggeriana de verdade e existência, mostrando que estes conceitos estão ligados na obra de Heidegger.
2) Heidegger defende que apenas o ser humano (Dasein) existe, enquanto outros entes simplesmente são. A essência do Dasein está em sua existência.
3) O artigo analisa a influência de Kant na compreensão de Heidegger de existência, e como Heidegger distingue existência de ser simplesmente dado.
O documento discute as visões filosóficas pós-modernas sobre Deus e a religião. Apresenta autores que descartam o divino como Baudrillard e outros que tentam incluir Deus de novas formas como Derrida, Vattimo e Trias. Também analisa como as crenças religiosas podem ser vistas como jogos de linguagem segundo Wittgenstein e os limites da linguagem religiosa de acordo com Paul van Buren.
Grupo Transmídia inovadoresESPM - #eratransmidia v.1Rodrigo Arnaut
O documento fornece definições de mídia, monomídia, multimídia, crossmídia e transmídia. Explica que transmídia envolve a distribuição de uma história ou conteúdo por múltiplas plataformas de mídia de forma integrada, com cada plataforma contribuindo de maneira única para a narrativa. Também dá exemplos de casos bem-sucedidos de transmídia em entretenimento, marketing e jornalismo.
O documento discute a cibercultura e sua importância, definindo-a como um conjunto de técnicas e valores que se desenvolvem no ciberespaço de acordo com Lévy (1999) e como a conexão entre homem, máquina e homem de acordo com Lemos (2004). Também diferencia informação, comunicação e conhecimento e discute a construção colaborativa, interatividade, hipertextualidade e hipermídia.
1) Heidegger critica a definição ocidental do homem como animal racional, afirmando que a essência humana é a capacidade de questionar e criar radicalmente.
2) A armação é a essência da técnica moderna e revela o ser como recurso, mas não deve ser vista como dominadora do homem ou como seu destino final.
3) A armação pode ser uma estação intermediária onde homem e ser se provocam mutuamente, encaminhando para além da metafísica ocidental e talvez do próprio homem.
O documento descreve o conceito de angústia segundo o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard. A angústia surge como estado afetivo do pecado original e traz uma sensação de sufocamento e desolamento ao indivíduo na hora de tomar decisões, já que a vida exige compromisso e escolha. Kierkegaard acreditava que a angústia deixa as pessoas apreensivas diante da liberdade de escolha.
O documento discute os sete princípios para analisar e construir narrativas transmídia, incluindo a construção de universos, serialidade, continuidade versus multiplicidade, subjetividade, potencial de compartilhamento versus profundidade, imersão versus extração e performance e participação.
Este livro aborda os conceitos fundamentais da psicoterapia existencial e sua aplicação na prática clínica. O documento discute temas como existência, liberdade, morte e sentido da vida, apresentando também os métodos fenomenológicos e a convergência do pensamento existencialista na psicoterapia.
1) O texto discute a essência da técnica e questiona se a determinação usual da técnica como um meio para fins captura completamente o que ela é.
2) A essência da técnica não é algo técnico em si, mas a causalidade subjacente, que na filosofia grega é entendida como quatro modos de "comprometimento" que deixam algo surgir.
3) A causalidade moderna distorceu a compreensão grega original de causalidade como "comprometimento" que deixa algo vir à presença, para uma no
Nascimento, c.l. a centralidade da epoché na fenomenologia husserlianaÉrika Renata
1) A epoché é um conceito cético que Husserl adota para sua fenomenologia, colocando entre parênteses o mundo exterior e focando apenas na esfera da consciência.
2) A epoché visa alcançar um rigor científico absoluto, suspendendo julgamentos sobre a existência do mundo ou objetos para focar nas vivências da consciência.
3) Ao colocar o mundo "entre parênteses", Husserl busca fundamentar o conhecimento a partir da esfera da consciência, que é imediatamente evident
Moreira, virginia. possíveis contribuições de husserl e heidegger para a clín...Érika Renata
Este artigo discute as possíveis contribuições das filosofias de Edmund Husserl e Martin Heidegger para o desenvolvimento de uma clínica fenomenológica. Reconhece que Husserl inaugurou uma psicologia da subjetividade com sua Psicologia Fenomenológica, que pode servir de base para a clínica fenomenológica. Também discute as propostas clínicas de Ludwig Binswanger e Medard Boss baseadas na análise do Dasein de Heidegger, sugerindo a fenomenologia existencial
Heidegger por ernildo stein gianni vattimo-emmanuel carneiro leão-joão august...Érika Renata
Heidegger problematizou profundamente a modernidade ao questionar a subjetividade e o método. Ele previu a globalização como a irresistível tendência de transformar tudo através da tecnologia. A filosofia de Heidegger libertou o ser humano de amarras metafísicas, deixando a instauração da verdade como tarefa.
Pereira, m.e.c. sobre os fundamentos da psicoterapia de base analitico existe...Érika Renata
1) O documento discute os fundamentos da psicoterapia analítico-existencial segundo Ludwig Binswanger.
2) Binswanger via a psicoterapia como envolvendo duas existências que buscam liberar o paciente do isolamento para participar da comunidade.
3) A abordagem de Binswanger se baseava na fenomenologia de Husserl e na ontologia de Heidegger para entender a dimensão existencial do ser humano.
Dependência Química no transtorno de Humor bipolarRicardoAssm1
O documento discute a alta prevalência da dependência química no transtorno bipolar, incluindo álcool (39.2%), nicotina (35-33%) e outras drogas. Apresenta possíveis mecanismos para esta comorbidade, como mudanças no circuito de recompensa e estresse, vulnerabilidades genéticas compartilhadas e auto-medicação. Também discute o diagnóstico, características e desafios no tratamento desta patologia dual.
O documento discute distúrbios relacionados ao uso de drogas, abordando:
1) O histórico do uso de drogas e conceitos como dependência química;
2) Dados epidemiológicos sobre o consumo de álcool, tabaco, maconha e medicamentos;
3) Conceitos como início do uso, tolerância e abstinência.
Oficina de Narrativa Transmídia - FEIA 2014Gabriel Ishida
Transmídia Storytelling é um processo no qual elementos narrativos são distribuídos entre várias mídias de forma coordenada, com cada mídia contribuindo de forma única para a história principal. O documento discute os conceitos de multimídia, crossmídia e transmídia e apresenta exemplos de franquias que utilizam com sucesso o storytelling transmídia, como The Walking Dead e The Matrix.
Rehfeld, a. a prática clínica fenomenológico existencialÉrika Renata
O documento discute a prática clínica fenomenológico-existencial, definindo o papel do terapeuta como cuidar do ser do paciente, ajudando-o a desvelar suas próprias possibilidades de forma a aliviar o sofrimento. O terapeuta deve criar condições para o desabrochar da alma do paciente, sem impor um sentido, respeitando suas limitações. A terapia tem um caráter libertador, permitindo experimentar novas formas de ser.
Jardim, le. a preocupação liberadora no contexto da prática terapeuticaÉrika Renata
O documento resume um trabalho de conclusão de curso sobre como a filosofia de Martin Heidegger pode contribuir para pensar a relação terapeuta-paciente. Apresenta os conceitos heideggerianos de ser-no-mundo, ser-com-os-outros e preocupação para analisar como a terapia pode ser entendida como uma manifestação da preocupação liberadora. O objetivo é fundamentar uma prática terapêutica não objetificante, em contraste com abordagens psicológicas.
Transmídia não é sinônimo de adaptações em diferentes mídias, mas sim configuração de um sistema midiático e cultura participativa. Transcriar vai além da redundância, evitando overdesign. Transmídia implica táticas de conquista de sensibilidades e pode pensar comunidade em torno da noção de produto.
Mattar, c.m. os sentidos de analise e analitica no pensamento de heideggerÉrika Renata
1) O artigo discute os conceitos de "análise" e "analítica" no pensamento de Heidegger e suas implicações para a psicoterapia.
2) Heidegger critica o sentido moderno de "análise" como decomposição em elementos e prefere o termo "analítica" para se referir à recondução ao sentido originário.
3) A Daseinsanalyse propõe compreender o homem e o adoecer de forma diferente da perspectiva científica, orientando-se pela fenomenologia de Heidegger.
O texto discute como alguns pensadores atuais consideram Nietzsche um paradigma e como seu pensamento influenciou as ciências humanas. Apresenta exemplos dos trabalhos de Michel Foucault, Paul Veyne, Gianni Vattimo e Paul Virilio, que introduziram conceitos nietzscheanos nessas áreas. Questiona se Nietzsche pode ser considerado um modelo, já que se distanciou da noção platônica de modelo/cópia.
Marçal, j.c. existência e _verdade_ em martin heideggerÉrika Renata
1) O artigo discute a compreensão heideggeriana de verdade e existência, mostrando que estes conceitos estão ligados na obra de Heidegger.
2) Heidegger defende que apenas o ser humano (Dasein) existe, enquanto outros entes simplesmente são. A essência do Dasein está em sua existência.
3) O artigo analisa a influência de Kant na compreensão de Heidegger de existência, e como Heidegger distingue existência de ser simplesmente dado.
O documento discute as visões filosóficas pós-modernas sobre Deus e a religião. Apresenta autores que descartam o divino como Baudrillard e outros que tentam incluir Deus de novas formas como Derrida, Vattimo e Trias. Também analisa como as crenças religiosas podem ser vistas como jogos de linguagem segundo Wittgenstein e os limites da linguagem religiosa de acordo com Paul van Buren.
Grupo Transmídia inovadoresESPM - #eratransmidia v.1Rodrigo Arnaut
O documento fornece definições de mídia, monomídia, multimídia, crossmídia e transmídia. Explica que transmídia envolve a distribuição de uma história ou conteúdo por múltiplas plataformas de mídia de forma integrada, com cada plataforma contribuindo de maneira única para a narrativa. Também dá exemplos de casos bem-sucedidos de transmídia em entretenimento, marketing e jornalismo.
O documento discute a cibercultura e sua importância, definindo-a como um conjunto de técnicas e valores que se desenvolvem no ciberespaço de acordo com Lévy (1999) e como a conexão entre homem, máquina e homem de acordo com Lemos (2004). Também diferencia informação, comunicação e conhecimento e discute a construção colaborativa, interatividade, hipertextualidade e hipermídia.
1) Heidegger critica a definição ocidental do homem como animal racional, afirmando que a essência humana é a capacidade de questionar e criar radicalmente.
2) A armação é a essência da técnica moderna e revela o ser como recurso, mas não deve ser vista como dominadora do homem ou como seu destino final.
3) A armação pode ser uma estação intermediária onde homem e ser se provocam mutuamente, encaminhando para além da metafísica ocidental e talvez do próprio homem.
O documento descreve o conceito de angústia segundo o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard. A angústia surge como estado afetivo do pecado original e traz uma sensação de sufocamento e desolamento ao indivíduo na hora de tomar decisões, já que a vida exige compromisso e escolha. Kierkegaard acreditava que a angústia deixa as pessoas apreensivas diante da liberdade de escolha.
O documento discute os sete princípios para analisar e construir narrativas transmídia, incluindo a construção de universos, serialidade, continuidade versus multiplicidade, subjetividade, potencial de compartilhamento versus profundidade, imersão versus extração e performance e participação.
Este livro aborda os conceitos fundamentais da psicoterapia existencial e sua aplicação na prática clínica. O documento discute temas como existência, liberdade, morte e sentido da vida, apresentando também os métodos fenomenológicos e a convergência do pensamento existencialista na psicoterapia.
1) O texto discute a essência da técnica e questiona se a determinação usual da técnica como um meio para fins captura completamente o que ela é.
2) A essência da técnica não é algo técnico em si, mas a causalidade subjacente, que na filosofia grega é entendida como quatro modos de "comprometimento" que deixam algo surgir.
3) A causalidade moderna distorceu a compreensão grega original de causalidade como "comprometimento" que deixa algo vir à presença, para uma no
Nascimento, c.l. a centralidade da epoché na fenomenologia husserlianaÉrika Renata
1) A epoché é um conceito cético que Husserl adota para sua fenomenologia, colocando entre parênteses o mundo exterior e focando apenas na esfera da consciência.
2) A epoché visa alcançar um rigor científico absoluto, suspendendo julgamentos sobre a existência do mundo ou objetos para focar nas vivências da consciência.
3) Ao colocar o mundo "entre parênteses", Husserl busca fundamentar o conhecimento a partir da esfera da consciência, que é imediatamente evident
Moreira, virginia. possíveis contribuições de husserl e heidegger para a clín...Érika Renata
Este artigo discute as possíveis contribuições das filosofias de Edmund Husserl e Martin Heidegger para o desenvolvimento de uma clínica fenomenológica. Reconhece que Husserl inaugurou uma psicologia da subjetividade com sua Psicologia Fenomenológica, que pode servir de base para a clínica fenomenológica. Também discute as propostas clínicas de Ludwig Binswanger e Medard Boss baseadas na análise do Dasein de Heidegger, sugerindo a fenomenologia existencial
Heidegger por ernildo stein gianni vattimo-emmanuel carneiro leão-joão august...Érika Renata
Heidegger problematizou profundamente a modernidade ao questionar a subjetividade e o método. Ele previu a globalização como a irresistível tendência de transformar tudo através da tecnologia. A filosofia de Heidegger libertou o ser humano de amarras metafísicas, deixando a instauração da verdade como tarefa.
Pereira, m.e.c. sobre os fundamentos da psicoterapia de base analitico existe...Érika Renata
1) O documento discute os fundamentos da psicoterapia analítico-existencial segundo Ludwig Binswanger.
2) Binswanger via a psicoterapia como envolvendo duas existências que buscam liberar o paciente do isolamento para participar da comunidade.
3) A abordagem de Binswanger se baseava na fenomenologia de Husserl e na ontologia de Heidegger para entender a dimensão existencial do ser humano.
Dependência Química no transtorno de Humor bipolarRicardoAssm1
O documento discute a alta prevalência da dependência química no transtorno bipolar, incluindo álcool (39.2%), nicotina (35-33%) e outras drogas. Apresenta possíveis mecanismos para esta comorbidade, como mudanças no circuito de recompensa e estresse, vulnerabilidades genéticas compartilhadas e auto-medicação. Também discute o diagnóstico, características e desafios no tratamento desta patologia dual.
O documento discute distúrbios relacionados ao uso de drogas, abordando:
1) O histórico do uso de drogas e conceitos como dependência química;
2) Dados epidemiológicos sobre o consumo de álcool, tabaco, maconha e medicamentos;
3) Conceitos como início do uso, tolerância e abstinência.
1) O documento apresenta diretrizes médicas para o tratamento de dependentes de crack.
2) É destacada a necessidade de um tratamento multifatorial e interdisciplinar, abordando aspectos físicos, psicológicos e sociais.
3) As diretrizes enfatizam a importância de uma rede integrada de serviços de saúde mental, com diferentes níveis de complexidade, para atender às diversas necessidades dos dependentes.
O documento discute vários aspectos relacionados ao uso de drogas ilícitas no Brasil e no mundo, incluindo estatísticas epidemiológicas, vias de administração, efeitos físicos e psiquiátricos de drogas como cocaína, maconha e LSD. Também aborda o sistema endocanabinoide e sua possível relação com a esquizofrenia.
O documento discute aspectos médicos e sociais relacionados ao uso do crack no Nordeste brasileiro. Apresenta dados epidemiológicos que mostram que as drogas lícitas como álcool e tabaco causam mais danos à saúde do que as ilícitas. No entanto, o uso do crack tem crescido nas regiões metropolitanas, trazendo novos desafios devido ao seu alto potencial de dependência.
O documento discute comorbidades entre transtornos mentais e uso de substâncias. Aborda definições de comorbidade, impacto epidemiológico, modelos explicativos, desafios diagnósticos e de tratamento integrado, além de exemplos de transtornos comumente associados ao uso problemático de substâncias.
Terapia comportamental para transtornos do abuso de alccol e drogasDaniel Gonçalves
1) A terapia cognitivo-comportamental tem sido usada com sucesso para tratar problemas de abuso de álcool e drogas, baseando-se em modelos como prevenção de recaídas e estágios de mudança.
2) O artigo descreve um modelo de tratamento em grupo para alcoolistas baseado na literatura que indicou ser uma alternativa efetiva a outros tratamentos.
3) Mais pesquisas são necessárias para validar melhor a abordagem cognitivo-comportamental para problemas de abuso de substâncias.
A esquizofrenia é um dos transtornos psiquiátricos mais complexos, com forte componente genético e gatilhos externos como estresse. Estudos indicam que um desequilíbrio de dopamina e outros neurotransmissores no cérebro estão relacionados aos sintomas da doença. Pesquisas buscam entender melhor os mecanismos genéticos e cerebrais para desenvolver novos tratamentos.
O documento discute aspectos gerais sobre dependência química, incluindo epidemiologia do uso de drogas, efeitos das drogas no cérebro, motivações para uso, classificação de drogas, critérios para diagnóstico, tratamentos como entrevista motivacional e terapia cognitivo-comportamental, além de tratamentos farmacológicos.
O documento discute os efeitos da maconha no desempenho escolar, risco de dependência e desenvolvimento de problemas psiquiátricos. Apresenta estudos longitudinais que associam o uso de maconha a declínio no desempenho escolar e maior risco de uso de outras drogas. Também relaciona o uso de maconha ao dobro de risco de esquizofrenia.
1) O documento discute sintomas psicóticos na infância e adolescência, incluindo esquizofrenia de início muito precoce.
2) Sintomas psicóticos na infância são raros e geralmente associados a outras condições, enquanto a esquizofrenia de início muito precoce é extremamente rara.
3) Alucinações auditórias são comuns em crianças, mas a maioria não desenvolve psicose; fatores de risco para persistência incluem problemas de comportamento e conteúdo neg
Este documento discute os efeitos das drogas na adolescência. Primeiro define o que são drogas e classifica-as em estimulantes, depressoras e alucinógenas. Depois discute as drogas mais usadas por adolescentes como álcool, tabaco e cannabis, e seus efeitos físicos e psicológicos. Finalmente, apresenta os resultados de inquéritos com adolescentes sobre o uso de drogas e seus motivos.
R e s u m o
Objetivo: Diversos estudos encontraram uma relação entre transtornos mentais graves e violência. Uma das abordagens de
estudo deste tema são as investigações com criminosos homicidas. O objetivo do presente artigo foi investigar a associação entre
homicídio e transtornos mentais. Método: Foi realizada uma revisão da literatura, através das seguintes bases de dados: Medline,
Scientific Eletronic Library Online e Lilacs. No sistema Medline também foi pesquisada a seção de artigos relacionados.
Resultados: Embora exista uma associação entre transtornos mentais e homicídio, não está claro porque alguns pacientes
comportam-se de forma violenta e outros não. Transtornos relacionados ao uso de álcool/drogas e transtornos de personalidade
comórbidos e falta de aderência ao tratamento podem aumentar este risco. Conclusões: É justificável a identificação de pessoas
com risco elevado de comportamento violento e oferta de tratamento em serviços de saúde mental para as mesmas. Estes serviços
deveriam prevenir a perda de contato e não-colaboração com o tratamento que freqüentemente precedem o homicídio perpetrado por pessoas com transtornos mentais graves. É de fundamental importância que a sociedade e as autoridades governamentais
diminuam as barreiras de acesso ao tratamento psiquiátrico e psicossocial
1) O documento discute dependência de substâncias psicoativas, definindo-a como um síndrome caracterizada por forte desejo de consumir a substância, dificuldade de controle do uso e tolerância ou abstinência; 2) Aborda etiologias e fisiopatologias propostas, destacando a teoria do sistema de recompensa; 3) Descreve achados clínicos de intoxicação e uso de álcool, benzodiazepínicos, maconha e estimulantes.
Este estudo analisou a influência do ambiente familiar no uso de álcool e tabaco por adolescentes no município de Embu, São Paulo. Os resultados mostraram que 66% dos adolescentes que não experimentaram bebidas alcoólicas não tinham familiares que bebem frequentemente. Além disso, 84% dos adolescentes que fumam tinham familiares que também fumam. O estudo concluiu que o ambiente familiar induz e facilita o uso de álcool e tabaco por adolescentes.
O documento descreve um simpósio sobre Cannabis sativa L. e substâncias canabinóides em medicina realizado no Brasil. O simpósio reuniu especialistas de todo o mundo para debater os usos médicos da maconha e canabinoides, assim como seu status legal. O CEBRID organizou o evento com o apoio de agências governamentais para atualizar os participantes sobre os avanços nessa área e possíveis mudanças nas leis.
Este documento descreve um estudo nacional brasileiro sobre o impacto do uso abusivo de álcool e drogas nas famílias (LENAD Família). O estudo entrevistou 3.153 familiares de dependentes químicos em tratamento em todo o Brasil. Os principais achados foram: 1) A maioria dos entrevistados eram mulheres (80%), especialmente mães (46%), que sofrem grande impacto e são responsáveis pelo cuidado do dependente. 2) As famílias enfrentam graves problemas financeiros, psicológicos e
Este estudo longitudinal avaliou 18 pacientes com doença de Alzheimer leve ao longo de seis meses. Os resultados mostraram que houve declínio na consciência da doença, nas habilidades cognitivas e funcionais dos pacientes, e aumento dos sintomas depressivos. À medida que a gravidade da demência aumentou, observou-se maior comprometimento da consciência da doença.
1) Comorbidades psiquiátricas referem-se à ocorrência de dois ou mais transtornos mentais em um mesmo indivíduo. Transtornos de humor, ansiedade, déficit de atenção, esquizofrenia e transtornos de personalidade são comumente comorbidos com dependência de álcool e outras drogas.
2) As taxas de comorbidade variam amplamente nos estudos, de 0,5% a 75%, dependendo dos métodos e características das amostras. Muitos dependentes químicos apresentam mú
Semelhante a Abuso de cannabis em pacientes com transtornos (20)
Fenomenológica existencial do uso de drogasÉrika Renata
Este artigo utiliza a perspectiva fenomenológica existencial para desconstruir a abordagem proibicionista ao uso de drogas. A condição humana de ser mortal e livre gera sentimentos como angústia e culpa, criando uma "vulnerabilidade existencial" que torna o homem suscetível ao uso de drogas. Qualquer abordagem que vise erradicar o uso de drogas está fadada ao fracasso, dado esta condição humana imutável. A abordagem de redução de danos é apresentada como uma alternativa mais compatível com
1) A terapia existencial-humanista surgiu após a Segunda Guerra Mundial como uma alternativa à psicanálise e ao behaviorismo, enfatizando as forças positivas do ser humano e sua experiência subjetiva.
2) A fenomenologia existencial se baseia na fenomenologia de Husserl e enfatiza a liberdade humana e a angústia resultante da falta de sentido e da consciência da morte, de acordo com autores como Kierkegaard, Heidegger e Sartre.
3) Os principais conceitos da
Heidegger, m. o que é isto a filosofiaÉrika Renata
1) O documento é uma versão eletrônica do livro "Que é isto - A Filosofia?" traduzido para o português.
2) Os créditos da digitalização são dados aos membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia).
3) A distribuição do arquivo é livre desde que se de os créditos ao grupo e se cite seu endereço na internet.
Giovanetti. supervisão clínica na perspectiva fenomenológico existencialÉrika Renata
[1] O documento discute a supervisão clínica na perspectiva fenomenológico-existencial. [2] A supervisão clínica visa refletir sobre a relação entre o psicólogo quase formando e seu cliente para auxiliar no desenvolvimento profissional do psicólogo. [3] A supervisão tem funções teóricas, técnicas e experienciais para analisar a compreensão teórica do cliente, a relação terapêutica e vivenciar atitudes de escuta.
Freire, j.c. o lugar do outro na daseinsanalise de binswangerÉrika Renata
O documento descreve a Daseinsanalyse de Ludwig Binswanger e sua abordagem da alteridade. A Daseinsanalyse coloca o ser humano como "ser-no-mundo" e analisa modos de ser como singular, plural e dual. Binswanger complementa a análise existencial de Heidegger com a noção de "ser-além-do-mundo" por meio do amor ao outro. Sua abordagem oscila entre Heidegger e Husserl ao longo do tempo.
Feijoo, a.m.l.c. os fundamentos da clínica psicológica na filosofia de soren ...Érika Renata
Este documento discute os fundamentos da clínica psicológica na filosofia de Soren Kierkegaard. Kierkegaard acreditava que o homem estava perdendo sua singularidade e se deixando levar pelo geral. Ele usou pseudônimos e comunicação indireta para ajudar os leitores a se verem de forma singular. O documento também apresenta um caso clínico de uma atriz renomada que busca ajuda psicológica para lidar com críticas e tédio.
Evangelista,p. a interpretação fenomenológica de heidegger da primeira epísto...Érika Renata
O documento discute a interpretação fenomenológica de Heidegger da Primeira Epístola aos Tessalonicenses de São Paulo. Heidegger busca revelar a "experiência de vida fáctica" cristã por meio da fenomenologia. Ele mostra que Paulo aguarda angustiadamente a parusia (segunda vinda de Cristo) sem calcular uma data, preservando seu caráter não-objetivo. A fenomenologia é a única capaz de acessar essa antecipação pré-teórica da parusia.
Cynthia leite. a vida e a obra de edith stein santa tereza benedita da cruz à...Érika Renata
Este documento apresenta um resumo da monografia "A vida e obra de Edith Stein - Santa Teresa Benedita da Cruz - à luz de Sören Kierkegaard" de Cynthia Leite. A monografia estuda a vida e obra da filósofa e santa Edith Stein à luz do pensamento do filósofo Sören Kierkegaard, fazendo aproximações entre os dois pensadores, especialmente no estádio religioso. A monografia também apresenta um estudo de caso clínico fenomenológico-existencial sobre Edith Stein.
O documento discute a atualidade do filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard e apresenta entrevistas com especialistas sobre diferentes aspectos de sua filosofia, incluindo a filosofia como aporte ético à alteridade, o indivíduo como ponto inicial, as proximidades e rupturas entre Kierkegaard e Schopenhauer, e a crítica de Gadamer e Kierkegaard à filosofia abstrata. Além disso, apresenta uma breve biografia de Kierkegaard e lista de suas principais obras
Evangelista, p. se macabéa tivesse feito terapia... considerações sobre a clí...Érika Renata
O documento discute como a personagem Macabéa do livro "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector poderia ter sido compreendida e ajudada pela abordagem terapêutica da daseinsanálise. Apresenta brevemente Macabéa e alguns conceitos-chave da daseinsanálise como Dasein e historicidade. Argumenta que uma relação terapêutica poderia ter influenciado positivamente a vida de Macabéa.
Giovanetti. psicologia existencial e espiritualidadeÉrika Renata
O documento discute a Psicologia Existencial e como ela pode contribuir para a compreensão da espiritualidade humana. A Psicologia Existencial tem como base o Existencialismo filosófico e enfatiza questões como angústia, liberdade e vivência humana. Ela pode ajudar a entender a espiritualidade não apenas do ponto de vista teológico, mas da experiência subjetiva do ser humano.
1) O documento discute conceitos tradicionais de doença, saúde e cura, propondo uma perspectiva existencial.
2) Ele argumenta que doença não é um fato isolado, mas revela aspectos da estrutura do ser humano.
3) A psicoterapia existencial visa ajudar o outro a encontrar novos sentidos para sua existência através do encontro terapêutico.
1. Abuso de cannabis em pacientes com transtornos
psiquiátricos: atualização para uma antiga evidência
Cannabis abuse in patients with psychiatric disorders: an update
to old evidence
Correspondência
Alessandra Diehl
UNIAD
Rua Botucatu, 394 - Vila Clementino
04038-001 São Paulo, SP, Brasil
Tel./Fax: (+55 11) 5579-5643
E-mail: alediehl@terra.com.br
Alessandra Diehl1
, Daniel Cruz Cordeiro1
, Ronaldo Laranjeira1
Resumo
Objetivo: Realizar uma atualização sobre o abuso de cannabis em pacientes
com transtornos psiquiátricos. Método: Busca de artigos nas bases de dados
eletrônicas Medline, The Cochrane Library Database, Lilacs, PubMed e
SciELO, utilizando os descritores “marijuana abuse”, “cannabis abuse”,
“psychiatric disorders” AND “mental disorders”; incluindo artigos que
avaliaram ambas as exposições para abuso e dependência de cannabis e
qualquer outro transtorno psiquiátrico. Foi considerado o período até
dezembro de 2009. Resultados: Observou-se que o abuso frequente de
cannabis pode aumentar o risco para o desenvolvimento de esquizofrenia
e de sintomas psicóticos crônicos, embora estes achados ainda careçam de
comprovação.Acannabispareceserumadasdrogasdeescolhadeportadores
de transtorno afetivo bipolar, sendo que é descrito que estados maníacos
podem ser induzidos pelo seu consumo. O abuso de maconha também
frequentemente co-ocorre em indivíduos com transtornos ansiosos, sendo
que a relação de cronicidade destas condições e o consumo de maconha
ainda é incerta. Para depressão ainda não existem evidências claras que
apontem que o consumo decannabisocorre como forma de automedicação.
Em indivíduos com transtornos psiquiátricos, há relatos de que o uso da
cannabis pode exacerbar sintomas positivos, somar efeitos negativos no
curso do transtorno, contribuir para pior adesão ao tratamento e levar a
maior número de hospitalizações. Conclusão: O abuso de cannabis em
pacientes com transtornos psiquiátricos como esquizofrenia, transtornos
do humor e ansiosos tem impacto negativo tanto na fase aguda quanto em
fases mais avançadas destas condições, embora futuros estudos avaliando
estas associações ainda sejam necessários.
Descritores: Cannabis; Abuso de maconha; Dependência (psicologia);
Transtornos mentais
1
Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD), Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Drogas (INPAD), Departamento de
Psiquiatria, Escola Paulista de Medicina (EPM), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
Abstract
Objective: To perform an update on cannabis abuse by patients with
psychiatric disorders. Method: A search was performed in the electronic
databases Medline, The Cochrane Library Database, Lilacs, PubMed, and
SciELO, using the keywords ‘marijuana abuse’, ‘cannabis abuse’, ‘psychiatric
disorders’, and ‘mental disorders’. Articles published until December 2009,
dealing with cannabis abuse and dependence in association with other
psychiatric disorders were included. Results: Cannabis abuse was found
to be associated with increased risk for the onset of schizophrenia and
chronic psychotic symptoms, although these findings require confirmation
from additional research. Cannabis seems to be one of the drugs of choice
of individuals with bipolar disorder, despite evidence that manic states can
be induced by its use. Cannabis abuse also occurs frequently in individuals
with anxiety disorders, but the relationship between the chronic nature of
these conditions and the use of marijuana remains uncertain. In respect
to depression, there is no clear evidence to date that depressive patients
use cannabis as a form of self-medication. In individuals with psychiatric
disorders, the use of cannabis has been associated with increased positive
symptoms, additional negative symptoms in the course of illness, impaired
treatment compliance, and more hospitalizations. Conclusion: The abuse
of cannabis by patients with psychiatric disorders such as schizophrenia and
mood and anxious disorders has a negative impact both in the acute and
advanced stages of these conditions, although further investigation on this
association is still necessary.
Descriptors: Cannabis; Marijuana abuse; Dependency (psychology);
Mental disorders
Introdução
Após a identificação do ∆9
-tetraidrocanabinol (∆9-
THC) na
década de 60 e com a posterior clonagem do receptor canabinoide
CB1
e consequente descoberta do sistema endocanabinoide na
década de 90, um volume crescente de pesquisas tem emergido
S41 • Revista Brasileira de Psiquiatria • vol 32• Supl I • mai2010
Artigo4_V06.indd 41 5/3/10 11:04 AM
2. Abuso de cannabis em pacientes com transtornos psiquiátricos
Revista Brasileira de Psiquiatria • vol 32• Supl I • mai2010 • S42
taxas alcançam 23% para uso corrente, 42,1% para uso na vida
e 22,5% para abuso1
.
Uma possível explicação, baseada principalmente em estudos
de autorrelato, associa essas taxas elevadas ao uso da droga como
uma forma de automedicação para pacientes com esquizofrenia, de
acordo com o modelo de ”alívio da disforia” e estados desagradáveis
na esquizofrenia. Todavia, as evidências epidemiológicas
disponíveis não apoiam esta hipótese.
Revisões recentes reproduzem a associação entre abuso de
cannabis e desencadeamento de psicoses agudas, relatadas
em estudos da década de 3014-16
. Indicam, também, que o
abuso frequente de maconha pode aumentar o risco para
o desenvolvimento de esquizofrenia e sintomas psicóticos
crônicos2,7,15
. Este risco parece ser de 1,2 a 2,8 (95% IC, Odds
Ratio), particularmente em indivíduos mais vulneráveis, sendo
que a cannabis pode ser um fator de risco independente para
o desenvolvimento de psicoses crônicas. Estes resultados são
provenientes de estudos longitudinais que controlaram outros
fatores de risco e relacionaram temporalidade, causalidade, força
da associação, vulnerabilidade biológica e relação dose-efeito (dose,
início e duração da exposição)2,7
.O abuso de cannabis, portanto,
pode ser considerado um dos elementos que compõem uma
constelação causal que leva à esquizofrenia no adulto7
.
Em indivíduos com esquizofrenia, o uso da cannabis pode
exacerbar sintomas psicóticos (especialmente os positivos), induzir
recaídas, piorar sintomatologia negativa no curso do transtorno
e contribuir para pior aderência ao tratamento, levando a mais
hospitalizações9,14,15
.
Os prejuízos acadêmicos (baixo rendimento escolar e de
aprendizagem), das habilidades profissionais, do desempenho
social, neurocognitivos (motivação, planejamento, função
visuoespacial, impulsividade, desatenção e hiperatividade) são
observados tanto em indivíduos com transtornos psicóticos quanto
em usuários regulares da droga2
.
Estes prejuízos parecem ter menor chance de melhora quanto
mais precoces forem às exposições ao abuso da maconha,
particularmente durante a fase de desenvolvimento cerebral17
.
Isto pode ser explicado pelo fato de que, por volta dos 16 anos, o
sistema endocanabinoide alcança o ponto mais alto de densidade
de receptores18,19
. Assim, há a hipótese de que uma alteração
crônica neste sistema (ex., diminuição da densidade de receptores
CB1
) pode gerar déficits neuropsicológicos e neurocognitivos
permanentes2
.
Um possível mecanismo neurobiológico para explicar o prejuízo
do abuso de cannabis em portadores de esquizofrenia envolve
a alteração da sinalização e funcionamento de canabinoides
endógenos, como a anandamida e seus análogos. Outra possível
explicação parece estar ligada a uma facilitação do sistema
dopaminérgico mesolímbico e o envolvimento de outros
neurotransmissores gabaérgicos e glutamatérgicos14
. Apesar de
vários modelos terem sido propostos para explicar a relação
etiológica entre abuso de cannabis e psicose, até agora nenhuma
hipótese conseguiu elucidar todas as associações adequadamente.
Dessa forma, os pesquisadores têm atualmente sinalizado para a
focalizando o papel deste sistema em transtornos psiquiátricos, tais
como esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar (TAB), depressão
maior e ansiedade, entre outros1-4
.
Vários estudos epidemiológicos têm verificado que indivíduos
com transtornos mentais graves estão mais propensos a fazer uso,
abuso e dependência de substâncias psicoativas - especialmente a
cannabis - quando comparados à população geral4-6
.Por exemplo,
pacientes com esquizofrenia são mais prováveis de fazerem uso
abusivo de cannabis do que indivíduos saudáveis, sendo que
há descrição de aumento de risco de abuso em 10,1% nesta
população1,2,4
.Nos pacientes em episódio maníaco esta taxa pode
chegar a 14,5%, sendo que pode ocorrer em até 4,1% em sujeitos
com depressão maior, 4,3% para transtorno do pânico e 2,4% em
portadores de fobias1,2,4
.
A associação entre o abuso de cannabis (idade de início,
quantidade e duração da exposição) em pacientes com transtornos
psiquiátricos vem sendo reconhecida como um possível fator de
risco independente para o desencadeamento de episódios psicóticos
agudos, prejuízos cognitivos, alterações comportamentais,
exacerbação de sintomas e consequências negativas no curso dos
transtornos7-9
.Isto certamente pode ter implicações como fonte
de novas linhas de pesquisas e para organização de serviços para
pacientes portadores de diagnóstico comórbido10,11
. Apesar das
mudanças ocorridas nos serviços de saúde mental12
,nota-se que
as propostas de tratamento para aqueles pacientes que apresentam
transtornos psiquiátricos comórbidos permanecem ainda sem
uniformidade e frequentemente são incompatíveis com algumas
intervenções psicofarmacológicas. Do mesmo modo, existe
deficiência de propostas direcionadas a subgrupos específicos
em diferentes settings de assistência. Como exemplo, apenas
12% dos pacientes com problemas relacionados à cannabis e
com outras comorbidades recebem intervenções para os dois
transtornos nos Estados Unidos da América (EUA)11
, sendo que
há uma carência de dados empíricos populacionais em países em
desenvolvimento4
.
Assim, o objetivo do presente artigo é conduzir uma atualização
sobre o abuso e a dependência de cannabis em portadores de
transtornos psiquiátricos.
Método
A busca de artigos foi conduzida nas bases de dados Medline,
The Cochrane Library Database, Lilacs, PubMed e SciELO,
utilizando os descritores ”Marijuana Abuse”, ”Cannabis Abuse”,
”Psychiatric Disorders” AND ”Mental Disorders”.
A seleção de artigos incluiu aqueles sobre abuso e dependência
de cannabis (maconha) relacionados a transtornos psiquiátricos até
dezembro de 2009. Nenhuma limitação de idioma foi imposta. As
referências dos artigos foram avaliadas a fim de identificar possíveis
títulos não detectados na busca inicial.
Resultados
1. Esquizofrenia e psicoses
Os estudos epidemiológicos têm mostrado alta prevalência de
abuso de cannabis em indivíduos portadores de psicoses13-15
.Estas
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3. Diehl A et al.
S43 • Revista Brasileira de Psiquiatria • vol 32• Supl I • mai2010
integração do sistema canabinoide nas atuais hipóteses etiológicas
da esquizofrenia2,20
.
2. Transtornos de ansiedade
Sabe-se que os sintomas ansiosos têm sido relatados como das
reações adversas mais frequentemente relacionadas ao consumo de
maconha21,22
.Tal quadro é mais comum na intoxicação de usuários
inexperientes e naqueles indivíduos que, após o abuso diário e
pesado (pelo menos seis cigarros/dia), interrompem subitamente
o uso da droga22
.
As intoxicações agudas podem causar sintomas de ansiedade
devido ao prejuízo no funcionamento cognitivo e alteração da
percepção. Igualmente, a abstinência de cannabis também pode
resultar em sintomas de ansiedade incluindo ataques de pânico,
geralmente ocorrendo entre o segundo e sexto dia e com duração
de 4 a 14 dias23
.
O uso de cannabis parece contribuir para o surgimento de
ataques de pânico precoces, em indivíduos vulneráveis. Isto pode
ocorrer especialmente em adolescentes, cujo consumo contínuo
pode resultar em sintomas ansiosos independentemente das
características genéticas, individuais e do meio1,2,23
.
A maconha está relacionada com os transtornos ansiosos por meio
de possíveis interações entre o ∆9
-THC e os neurotransmissores
gabaérgicos, glutamatérgicos, serotoninérgicos e noradrenérgicos2,23
.
Estudos têm apontado para a existência de uma associação entre
transtornos de ansiedade prévios e o consumo de cannabis. Esta
situaçãocontribuiparaosurgimentodeumciclode”automedicação”
e eventual piora dos sintomas ansiosos pré-existentes. Indivíduos com
transtornosdeansiedadetêmmaiorchancedeusarcannabisparaobter
sensaçõesderelaxamentoedereduçãodaansiedade.Paradoxalmente,
o consumo progressivo e exagerado contribui para o aumento dos
sintomas ansiosos, possivelmente devido a fatores relacionados à
dose do ∆9
-THC. Finalmente, a sintomatologia ansiosa pode ser
um preditor de maior consumo de cannabis e desenvolvimento de
dependência à substância1,23
.
Apesar destas considerações, ainda permanecem dúvidas sobre
a cronicidade destes sintomas, uma vez que existe uma carência
de estudos longitudinais que avaliem desfechos clínicos em
pacientes com transtornos ansiosos consumidores de cannabis2,23
.
Aparentemente, em indivíduos predispostos geneticamente a
transtornos ansiosos, a cannabis poderia gerar alterações do sistema
endocanabinoide, causando sintomas ansiosos persistentes23
.
Os mecanismos pelos quais a maconha interfere com a ansiedade
são complexos e ainda não completamente elucidados. Estes
incluem possíveis interações entre o ∆9
-THC e neurotransmissores
não-canabinoides; uma relação dose-dependente do ∆9
-THC;
concentração de outros canabinoides, como o canabidiol, que
apresenta efeitos ansiolíticos; entre outros2,23
.
3. Transtornos do humor
A cannabis parece ser uma das principais drogas de abuso em
pacientes comTAB. Comparados à população geral, pacientes com
TAB parecem ter duas vezes mais chances de usar maconha na vida
(34% vs. 64%) e maior risco de desenvolver sintomas de mania2
.
Três teorias tentam explicar o consumo de maconha por
pacientes com TAB2
. A primeira hipótese refere-se a uma
eventual hipersensibilidade às substâncias ilícitas: indivíduos com
determinantes genéticos apresentariam maior vulnerabilidade
ambiental, psicológica e biológica, de tal forma que mesmo o
consumo de pequenas quantidades destas substâncias acarretaria
consequências mais danosas a esta população. A segunda teoria é a
da “automedicação”; semelhante à “teoria de alívio da disforia” na
esquizofrenia. Este consumo aliviaria o quadro disfórico, evoluindo
para dependência de cannabis com consequente piora da disforia
inicial. A terceira hipótese é a teoria dos “múltiplos fatores”, na
qual baixo rendimento escolar, menores recursos econômicos,
comprometimento de habilidades sociais e interpessoais,
isolamento social e acolhimento por grupos nos quais o consumo
de maconha é facilitado, entre outros, poderiam estar relacionados
com o surgimento do transtorno ou serem consequência do
consumo da cannabis1,2,24
.
Até aqui, poucas pesquisas investigaram de modo sistemático
o envolvimento fisiopatológico da cannabis no sistema
endocanabinoide em pacientes bipolares. Alguns destes estudos
relataram que o sintoma maníaco no início do quadro deTAB não
é capaz de predizer que ocorrerá uso posterior de cannabis nesta
população2
. Alguns autores, baseados em correlações, sugeriram o
uso de derivados da cannabis, como o canabidiol, para o alívio de
sintomas de mania/depressão2
. Entretanto, estudos iniciais com
modelos animais e em humanos não comprovaram a utilidade
deste canabinoide nesta condição25,26
.
Existe menor evidência científica para a associação entre quadros
depressivos e o abuso de cannabis2
.Parece não existir um aumento
de risco de depressão associado aos usuários infrequentes4,27
. No
entanto, evidências apontam que o uso pesado e regular desta
droga co-ocorre com depressão mais frequentemente do que ao
acaso. Assim como para outros transtornos psiquiátricos descritos
aqui, alguns estudos apontam que o consumo de maconha entre
pacientes com transtornos depressivos ocorre como uma forma de
“automedicação”, apesar de que esta teoria nem sempre se sustenta
com as pesquisas disponíveis até agora4,28
.
Não existem evidencias sobre o envolvimento de sistemas
neurotransmissores específicos na facilitação de transtornos
depressivos. Provavelmente, os efeitos do abuso de cannabis
relacionados ao aumento do risco de depressão são mediados mais
por meio de aspectos sociais do que mecanismos fisiopatológicos
característicos, uma vez que o abuso regular e precoce desta
substância parece estar relacionado a situações ambientais diversas
como desemprego, criminalidade e prejuízos educacionais1,4
.
Além disto, a comorbidade de depressão pode estar sendo
subdiagnosticada, uma vez que a dependência de cannabis em
alguns indivíduos pode mimetizar sintomas depressivos4
.
Discussão
De forma geral, os trabalhos abordando o uso de cannabis e
transtornos mentais ao longo das décadas de 80 e 90 traziam um
predomínio de incertezas da relação desta substância com psicoses
crônicas (principalmente a esquizofrenia); enquanto que os estudos
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4. Abuso de cannabis em pacientes com transtornos psiquiátricos
Revista Brasileira de Psiquiatria • vol 32• Supl I • mai2010 • S44
mais recentes sinalizam para evidências mais consistentes desta
relação2,4,29
, apesar de ainda controverso. Para os transtornos
ansiosos e do humor, os achados contrastantes e divergentes levam
a ainda maiores incertezas, não permitindo assim generalizações2,23
.
De qualquer maneira, as evidências disponíveis somam
argumentos tanto para políticas de prevenção quanto para
aquelas de legalização da cannabis. Os indivíduos mais jovens
representam um grupo consumidor de maconha vulnerável para
o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, tendo maior
risco de sofrer consequências adversas da exposição precoce a
esta substância do que os consumidores adultos, o que pode gerar
impacto negativo na vida acadêmica e no desempenho global.
Assim, a legalização desta droga produziria maior oferta da mesma,
expondo um número maior de pessoas ao consumo e, portanto,
possivelmente às suas complicações, entre elas o desenvolvimento
e agravamento de psicoses30-32
.
Os sujeitos portadores de comorbidades psiquiátricas fazem
parte de um grupo que leva a grandes desafios em qualquer
tipo de tratamento11
. Idealmente, os modelos de serviços de
tratamento mais efetivos deveriam integrar a terapia psiquiátrica
tradicional para psicoses e para abuso de substâncias, associando
psicofarmacoterapia supervisionada, psicoeducação, terapia
cognitivo-comportamental, terapia familiar e motivacional,
treinamento de habilidades sociais e grupoterapia com amostras
homogêneas quanto aos diagnósticos. Além disto, seria desejável
existiremresidênciasterapêuticasparainsucessosambulatoriais4,10,11
.
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O desenvolvimento de diretrizes padronizadas (guidelines) para
identificação de abuso de cannabis em populações psiquiátricas
com o intuito de diminuir taxas de não detecção estão entre as
principais recomendações para a prática clínica4,11
.
Apesar de ainda controverso, pode-se dizer que os pesquisadores
estão apenas começando a verificar por que o abuso de
maconha pode ter efeitos danosos no curso de alguns pacientes
com transtornos psiquiátricos, tanto nas fases agudas quanto
crônicas2,33
. Pontos adicionais de interesse de pesquisa clínica
são as alterações dos endocanabinoides34
e a relação destes no
aparecimento de sintomas, assim como análises de densidade de
receptores CB1
em portadores de esquizofrenia2
.
Conclusão
O abuso de cannabis em pacientes com transtornos psiquiátricos
como esquizofrenia, transtornos do humor e de ansiedade parece
apresentar impacto negativo tanto na fase aguda quanto em fases
avançadas destas condições2,4,35
. Estratégias de prevenção primária,
esforços de tratamento integrado e o desenvolvimento de estudos
longitudinais devem ser estimulados a fim de ampliar evidências
científicas e melhorar prognóstico em longo prazo.
Agradecimentos
Nossos sinceros agradecimentos pela valiosa colaboração da Escola de
Idiomas Madrassy e seus amáveis professores que nos ajudaram na leitura
de artigos em vários idiomas.
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