SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
A luta pela terra no Brasil
Adalmir Leonidio
LES/ESAQ/USP
Introdução
 Sem tetos no Brasil: 33 milhões
 Índice de GINI (renda): 0,515 (Décimo
lugar no mundo)
 100 milhões de hectares de terras
ociosas (INCRA)
 4,8 milhões de famílias sem terra
Aspectos principais da luta pela
terra
 Ligado ao tema dos conflitos de terra,
que envolve ao menos dois lados: os
que têm muita terra e os que nada
têm
 Origem desta diferença: resumo
 O direito de propriedade é garantia
constitucional, mas o direito de
acesso à terra também é
 Estatuto da terra, Lei 4504, 30/11/64
 Art. 2o. “É assegurada a todos a
oportunidade de acesso à propriedade
da terra, condicionada pela sua função
social”
 § 1o. A propriedade da terra
desempenha integralmente sua função
social quando, simultaneamente:
 A) Favorece o bem-estar dos
proprietários e dos trabalhadores que
nela labutam
 B) Mantém níveis satisfatórios de
produtividade
 C) Assegura a conservação dos
recursos naturais
 Constituição Federal, Lei 8629/93
 “Art. 6º Considera-se propriedade
produtiva aquela que, explorada
econômica e racionalmente, atinge,
simultaneamente, graus de utilização da
terra e de eficiência na exploração,
segundo índices fixados pelo órgão
federal competente.
 § 1º O grau de utilização da terra, para
efeito do caput deste artigo, deverá ser
igual ou superior a 80% (oitenta por
cento), calculado pela relação percentual
entre a área efetivamente utilizada e a
área aproveitável total do imóvel.
 § 2º O grau de eficiência na exploração da terra
deverá ser igual ou superior a 100% (cem por
cento), e será obtido de acordo com a seguinte
sistemática:
 I - para os produtos vegetais, divide-se a
quantidade colhida de cada produto pelos
respectivos índices de rendimento estabelecidos
pelo órgão competente do Poder Executivo, para
cada Microrregião Homogênea;
 II - para a exploração pecuária, divide-se o
número total de Unidades Animais (UA) do
rebanho, pelo índice de lotação estabelecido
pelo órgão competente do Poder Executivo, para
cada Microrregião Homogênea;
 III - a soma dos resultados obtidos na forma dos
incisos I e II deste artigo, dividida pela área
efetivamente utilizada e multiplicada por 100
(cem), determina o grau de eficiência na
exploração.
 § 3º Considera-se efetivamente utilizadas:
 I - as áreas plantadas com produtos vegetais;
 II - as áreas de pastagens nativas e plantadas,
observado o índice de lotação por zona de
pecuária, fixado pelo Poder Executivo;
 III - as áreas de exploração extrativa vegetal ou
florestal, observados os índices de rendimento
estabelecidos pelo órgão competente do Poder
Executivo, para cada Microrregião Homogênea,
e a legislação ambiental;
 IV - as áreas de exploração de florestas nativas,
de acordo com plano de exploração e nas
condições estabelecidas pelo órgão federal
competente;
 V - as áreas sob processos técnicos de
formação ou recuperação de pastagens ou de
culturas permanentes.
 Propriedades que não cumpram sua
função social são passíveis de
reforma agrária
 Para não falar das terras devolutas
 Instrumento político usado pelos sem
terra para pressionar o Estado a
cumprir aquilo que é dever seu:
ocupação de terras
 Ocupação de terra é crime?
Ocupações de terra, Brasil, 1990-2001
Ano Ocupações
1990 50
1991 86
1992 91
1993 116
1994 161
1995 186
1996 450
1997 500
1998 792
1999 856
2000 519
2001 273
Assentamentos, Brasil, 1990-2001
Ano Assentamentos
1990 21
1991 76
1992 162
1993 68
1994 36
1995 392
1996 468
1997 718
1998 767
1999 670
2000 424
2001 463
Antecedentes históricos
Até os anos 1950: messianismo e
cangaço
Guerra de Canudos
Anos 1950: surgimento das Ligas
Camponesas
A evolução para as guerrilhas e o
Golpe de 64
Movimentos de luta pela terra
 O movimento de posseiros
(transitório)
 As lutas indígenas
 O movimento dos sem terra
 O Movimento dos Atingidos por
Barragens (luta contra a expropriação)
 Atingidos por mineração
 Os movimentos quilombolas e demais
populações tradicionais
Significados da luta pela terra
 Reforma Agrária
 Emprego e renda
 Segurança alimentar
 Modos alternativos de produzir
Terceiro Congresso Nacional do MST,
1995
 1. Modificar a estrutura da
propriedade da terra;
 2. Garantir que a produção
agropecuária esteja voltada para a
segurança alimentar, a eliminação da
fome e o desenvolvimento econômico
e social dos trabalhadores
 3. Apoiar a produção familiar e
cooperativada com preços
compensadores, crédito e seguro
 4. Levar a agroindústria e a industrialização
ao interior do país, buscando o
desenvolvimento harmônico das regiões e
garantindo geração de emprego
especialmente para a juventude;
 5. Aplicar um programa especial de
desenvolvimento para a região do semi-
árido;
 6. Desenvolver tecnologias adequadas à
realidade, preservando os recursos
naturais, com um modelo de
desenvolvimento agrícola auto-sustentável
 Contexto mais recente: luta contra a
globalização e o neoliberalismo; contra os
Conclusão
 O abandono da pauta da reforma
agrária:
 O processo de cooptação política de
militantes ligados ao MST
 Extinção do MDA e sucateamento do
INCRA (cortes orçamentários,
defasagem salarial, redução do
quadro de pessoal por falta de
concurso, etc.)

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a A luta pela terra no Brasil Adalmir.ppt

Reforma agrária no brasil
Reforma agrária no brasilReforma agrária no brasil
Reforma agrária no brasilquimfilho
 
aula conflitos no campo (1).pptx
aula conflitos no campo (1).pptxaula conflitos no campo (1).pptx
aula conflitos no campo (1).pptxDanielMoreira souza
 
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma AgráriaAgricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma AgráriaPaulo Cerqueira
 
Legislação Concurso Funai - Estatuto do Índio parte 2
Legislação Concurso Funai -  Estatuto do Índio   parte 2Legislação Concurso Funai -  Estatuto do Índio   parte 2
Legislação Concurso Funai - Estatuto do Índio parte 2Suellen Melo
 
Aspectos jurídicos das demarcações de terras indígenas
Aspectos jurídicos das demarcações de terras indígenas Aspectos jurídicos das demarcações de terras indígenas
Aspectos jurídicos das demarcações de terras indígenas Rodinei Candeia
 
As classes trabalhadoras_rurais_no_brasil_contemporaneo
As classes trabalhadoras_rurais_no_brasil_contemporaneoAs classes trabalhadoras_rurais_no_brasil_contemporaneo
As classes trabalhadoras_rurais_no_brasil_contemporaneoThiago Chocolat Vastor
 
DIREITO AGRÁRIO - RESUMO N1.docx
DIREITO AGRÁRIO - RESUMO N1.docxDIREITO AGRÁRIO - RESUMO N1.docx
DIREITO AGRÁRIO - RESUMO N1.docxAmanda Cavalcante
 
Agronegócio e Sustentabilidade.pdf
Agronegócio e Sustentabilidade.pdfAgronegócio e Sustentabilidade.pdf
Agronegócio e Sustentabilidade.pdfPatriciaBarili1
 
O conflito entre pecuária sustentável e o código florestal
O conflito entre pecuária sustentável e o código florestalO conflito entre pecuária sustentável e o código florestal
O conflito entre pecuária sustentável e o código florestalBeefPoint
 
2 app necessidade de mais terras
2 app necessidade de mais terras2 app necessidade de mais terras
2 app necessidade de mais terrasLUIS ABREU
 
Movimentos sociais e ruarais no brasil
Movimentos sociais e ruarais no brasilMovimentos sociais e ruarais no brasil
Movimentos sociais e ruarais no brasilTiago Manoel Carlos
 

Semelhante a A luta pela terra no Brasil Adalmir.ppt (20)

Reforma agrária no brasil
Reforma agrária no brasilReforma agrária no brasil
Reforma agrária no brasil
 
aula conflitos no campo (1).pptx
aula conflitos no campo (1).pptxaula conflitos no campo (1).pptx
aula conflitos no campo (1).pptx
 
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma AgráriaAgricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
 
Legislação Concurso Funai - Estatuto do Índio parte 2
Legislação Concurso Funai -  Estatuto do Índio   parte 2Legislação Concurso Funai -  Estatuto do Índio   parte 2
Legislação Concurso Funai - Estatuto do Índio parte 2
 
Espaço rural (2).pdf
Espaço rural (2).pdfEspaço rural (2).pdf
Espaço rural (2).pdf
 
Aspectos jurídicos das demarcações de terras indígenas
Aspectos jurídicos das demarcações de terras indígenas Aspectos jurídicos das demarcações de terras indígenas
Aspectos jurídicos das demarcações de terras indígenas
 
Agricultura brasileira
Agricultura brasileiraAgricultura brasileira
Agricultura brasileira
 
As classes trabalhadoras_rurais_no_brasil_contemporaneo
As classes trabalhadoras_rurais_no_brasil_contemporaneoAs classes trabalhadoras_rurais_no_brasil_contemporaneo
As classes trabalhadoras_rurais_no_brasil_contemporaneo
 
DIREITO AGRÁRIO - RESUMO N1.docx
DIREITO AGRÁRIO - RESUMO N1.docxDIREITO AGRÁRIO - RESUMO N1.docx
DIREITO AGRÁRIO - RESUMO N1.docx
 
Prova geografia campo 2 ano
Prova geografia campo 2 anoProva geografia campo 2 ano
Prova geografia campo 2 ano
 
Prova geo novo rural
Prova geo novo ruralProva geo novo rural
Prova geo novo rural
 
Simulado de geografia e hstra unicaldas
Simulado de geografia e hstra  unicaldasSimulado de geografia e hstra  unicaldas
Simulado de geografia e hstra unicaldas
 
Agronegócio e Sustentabilidade.pdf
Agronegócio e Sustentabilidade.pdfAgronegócio e Sustentabilidade.pdf
Agronegócio e Sustentabilidade.pdf
 
A questão agrária no brasil
A questão agrária no brasilA questão agrária no brasil
A questão agrária no brasil
 
O conflito entre pecuária sustentável e o código florestal
O conflito entre pecuária sustentável e o código florestalO conflito entre pecuária sustentável e o código florestal
O conflito entre pecuária sustentável e o código florestal
 
2 app necessidade de mais terras
2 app necessidade de mais terras2 app necessidade de mais terras
2 app necessidade de mais terras
 
reforma agraria-.ppt
reforma agraria-.pptreforma agraria-.ppt
reforma agraria-.ppt
 
Aula código florestal
Aula código florestalAula código florestal
Aula código florestal
 
Movimentos sociais e ruarais no brasil
Movimentos sociais e ruarais no brasilMovimentos sociais e ruarais no brasil
Movimentos sociais e ruarais no brasil
 
Aula código florestal
Aula código florestalAula código florestal
Aula código florestal
 

Mais de IvanildoCalixto3

aula 1_Fundamentos de Extensão Rural (1).pptx
aula 1_Fundamentos de Extensão Rural (1).pptxaula 1_Fundamentos de Extensão Rural (1).pptx
aula 1_Fundamentos de Extensão Rural (1).pptxIvanildoCalixto3
 
Cuidados com o bezerros após o desmame.pptx
Cuidados com o bezerros após o desmame.pptxCuidados com o bezerros após o desmame.pptx
Cuidados com o bezerros após o desmame.pptxIvanildoCalixto3
 
Cadastro Ambiental Rural.pptx
Cadastro Ambiental Rural.pptxCadastro Ambiental Rural.pptx
Cadastro Ambiental Rural.pptxIvanildoCalixto3
 
Tales_Manejo_parte_I (1).ppt
Tales_Manejo_parte_I (1).pptTales_Manejo_parte_I (1).ppt
Tales_Manejo_parte_I (1).pptIvanildoCalixto3
 
INFLUÊNCIA DA FLORESTA NO MEIO AMBIENTE.ppt
INFLUÊNCIA DA FLORESTA NO MEIO AMBIENTE.pptINFLUÊNCIA DA FLORESTA NO MEIO AMBIENTE.ppt
INFLUÊNCIA DA FLORESTA NO MEIO AMBIENTE.pptIvanildoCalixto3
 
Vaconcellos e Garcia - Capítulo 05 (1).ppt
Vaconcellos e Garcia - Capítulo 05 (1).pptVaconcellos e Garcia - Capítulo 05 (1).ppt
Vaconcellos e Garcia - Capítulo 05 (1).pptIvanildoCalixto3
 
A relação entre os agentes erosivos e os tipos de erosão (1).pptx
A relação entre os agentes erosivos e os tipos de erosão (1).pptxA relação entre os agentes erosivos e os tipos de erosão (1).pptx
A relação entre os agentes erosivos e os tipos de erosão (1).pptxIvanildoCalixto3
 
Olimpíadas escolares.pptx
Olimpíadas escolares.pptxOlimpíadas escolares.pptx
Olimpíadas escolares.pptxIvanildoCalixto3
 
Criação de Monogástricos aula 1.pptx
Criação de Monogástricos  aula 1.pptxCriação de Monogástricos  aula 1.pptx
Criação de Monogástricos aula 1.pptxIvanildoCalixto3
 

Mais de IvanildoCalixto3 (20)

aula 1_Fundamentos de Extensão Rural (1).pptx
aula 1_Fundamentos de Extensão Rural (1).pptxaula 1_Fundamentos de Extensão Rural (1).pptx
aula 1_Fundamentos de Extensão Rural (1).pptx
 
Capítulo 4.ppt
Capítulo 4.pptCapítulo 4.ppt
Capítulo 4.ppt
 
Apresentação1.pptx
Apresentação1.pptxApresentação1.pptx
Apresentação1.pptx
 
apicultura manejo.pptx
apicultura manejo.pptxapicultura manejo.pptx
apicultura manejo.pptx
 
Cuidados com o bezerros após o desmame.pptx
Cuidados com o bezerros após o desmame.pptxCuidados com o bezerros após o desmame.pptx
Cuidados com o bezerros após o desmame.pptx
 
Manejo_mudas_pomar.ppt
Manejo_mudas_pomar.pptManejo_mudas_pomar.ppt
Manejo_mudas_pomar.ppt
 
Cadastro Ambiental Rural.pptx
Cadastro Ambiental Rural.pptxCadastro Ambiental Rural.pptx
Cadastro Ambiental Rural.pptx
 
Tales_Manejo_parte_I (1).ppt
Tales_Manejo_parte_I (1).pptTales_Manejo_parte_I (1).ppt
Tales_Manejo_parte_I (1).ppt
 
INFLUÊNCIA DA FLORESTA NO MEIO AMBIENTE.ppt
INFLUÊNCIA DA FLORESTA NO MEIO AMBIENTE.pptINFLUÊNCIA DA FLORESTA NO MEIO AMBIENTE.ppt
INFLUÊNCIA DA FLORESTA NO MEIO AMBIENTE.ppt
 
Espécies Florestais.pptx
Espécies Florestais.pptxEspécies Florestais.pptx
Espécies Florestais.pptx
 
Vaconcellos e Garcia - Capítulo 05 (1).ppt
Vaconcellos e Garcia - Capítulo 05 (1).pptVaconcellos e Garcia - Capítulo 05 (1).ppt
Vaconcellos e Garcia - Capítulo 05 (1).ppt
 
A relação entre os agentes erosivos e os tipos de erosão (1).pptx
A relação entre os agentes erosivos e os tipos de erosão (1).pptxA relação entre os agentes erosivos e os tipos de erosão (1).pptx
A relação entre os agentes erosivos e os tipos de erosão (1).pptx
 
apresentacao_feijao.ppt
apresentacao_feijao.pptapresentacao_feijao.ppt
apresentacao_feijao.ppt
 
apresentacao_feijao.ppt
apresentacao_feijao.pptapresentacao_feijao.ppt
apresentacao_feijao.ppt
 
Olimpíadas escolares.pptx
Olimpíadas escolares.pptxOlimpíadas escolares.pptx
Olimpíadas escolares.pptx
 
Criação de Monogástricos aula 1.pptx
Criação de Monogástricos  aula 1.pptxCriação de Monogástricos  aula 1.pptx
Criação de Monogástricos aula 1.pptx
 
aula1 economia rural.ppt
aula1 economia rural.pptaula1 economia rural.ppt
aula1 economia rural.ppt
 
trabalho ater.pptx
trabalho ater.pptxtrabalho ater.pptx
trabalho ater.pptx
 
Slide-Couve.pptx
Slide-Couve.pptxSlide-Couve.pptx
Slide-Couve.pptx
 
trabalho de laura.pptx
trabalho de laura.pptxtrabalho de laura.pptx
trabalho de laura.pptx
 

Último

Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 

Último (20)

Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 

A luta pela terra no Brasil Adalmir.ppt

  • 1. A luta pela terra no Brasil Adalmir Leonidio LES/ESAQ/USP
  • 2. Introdução  Sem tetos no Brasil: 33 milhões  Índice de GINI (renda): 0,515 (Décimo lugar no mundo)  100 milhões de hectares de terras ociosas (INCRA)  4,8 milhões de famílias sem terra
  • 3. Aspectos principais da luta pela terra  Ligado ao tema dos conflitos de terra, que envolve ao menos dois lados: os que têm muita terra e os que nada têm  Origem desta diferença: resumo  O direito de propriedade é garantia constitucional, mas o direito de acesso à terra também é  Estatuto da terra, Lei 4504, 30/11/64
  • 4.  Art. 2o. “É assegurada a todos a oportunidade de acesso à propriedade da terra, condicionada pela sua função social”  § 1o. A propriedade da terra desempenha integralmente sua função social quando, simultaneamente:  A) Favorece o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam  B) Mantém níveis satisfatórios de produtividade  C) Assegura a conservação dos recursos naturais
  • 5.  Constituição Federal, Lei 8629/93  “Art. 6º Considera-se propriedade produtiva aquela que, explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da terra e de eficiência na exploração, segundo índices fixados pelo órgão federal competente.  § 1º O grau de utilização da terra, para efeito do caput deste artigo, deverá ser igual ou superior a 80% (oitenta por cento), calculado pela relação percentual entre a área efetivamente utilizada e a área aproveitável total do imóvel.
  • 6.  § 2º O grau de eficiência na exploração da terra deverá ser igual ou superior a 100% (cem por cento), e será obtido de acordo com a seguinte sistemática:  I - para os produtos vegetais, divide-se a quantidade colhida de cada produto pelos respectivos índices de rendimento estabelecidos pelo órgão competente do Poder Executivo, para cada Microrregião Homogênea;  II - para a exploração pecuária, divide-se o número total de Unidades Animais (UA) do rebanho, pelo índice de lotação estabelecido pelo órgão competente do Poder Executivo, para cada Microrregião Homogênea;  III - a soma dos resultados obtidos na forma dos incisos I e II deste artigo, dividida pela área efetivamente utilizada e multiplicada por 100 (cem), determina o grau de eficiência na exploração.
  • 7.  § 3º Considera-se efetivamente utilizadas:  I - as áreas plantadas com produtos vegetais;  II - as áreas de pastagens nativas e plantadas, observado o índice de lotação por zona de pecuária, fixado pelo Poder Executivo;  III - as áreas de exploração extrativa vegetal ou florestal, observados os índices de rendimento estabelecidos pelo órgão competente do Poder Executivo, para cada Microrregião Homogênea, e a legislação ambiental;  IV - as áreas de exploração de florestas nativas, de acordo com plano de exploração e nas condições estabelecidas pelo órgão federal competente;  V - as áreas sob processos técnicos de formação ou recuperação de pastagens ou de culturas permanentes.
  • 8.  Propriedades que não cumpram sua função social são passíveis de reforma agrária  Para não falar das terras devolutas  Instrumento político usado pelos sem terra para pressionar o Estado a cumprir aquilo que é dever seu: ocupação de terras  Ocupação de terra é crime?
  • 9. Ocupações de terra, Brasil, 1990-2001 Ano Ocupações 1990 50 1991 86 1992 91 1993 116 1994 161 1995 186 1996 450 1997 500 1998 792 1999 856 2000 519 2001 273
  • 10. Assentamentos, Brasil, 1990-2001 Ano Assentamentos 1990 21 1991 76 1992 162 1993 68 1994 36 1995 392 1996 468 1997 718 1998 767 1999 670 2000 424 2001 463
  • 11. Antecedentes históricos Até os anos 1950: messianismo e cangaço Guerra de Canudos Anos 1950: surgimento das Ligas Camponesas A evolução para as guerrilhas e o Golpe de 64
  • 12. Movimentos de luta pela terra  O movimento de posseiros (transitório)  As lutas indígenas  O movimento dos sem terra  O Movimento dos Atingidos por Barragens (luta contra a expropriação)  Atingidos por mineração  Os movimentos quilombolas e demais populações tradicionais
  • 13. Significados da luta pela terra  Reforma Agrária  Emprego e renda  Segurança alimentar  Modos alternativos de produzir
  • 14. Terceiro Congresso Nacional do MST, 1995  1. Modificar a estrutura da propriedade da terra;  2. Garantir que a produção agropecuária esteja voltada para a segurança alimentar, a eliminação da fome e o desenvolvimento econômico e social dos trabalhadores  3. Apoiar a produção familiar e cooperativada com preços compensadores, crédito e seguro
  • 15.  4. Levar a agroindústria e a industrialização ao interior do país, buscando o desenvolvimento harmônico das regiões e garantindo geração de emprego especialmente para a juventude;  5. Aplicar um programa especial de desenvolvimento para a região do semi- árido;  6. Desenvolver tecnologias adequadas à realidade, preservando os recursos naturais, com um modelo de desenvolvimento agrícola auto-sustentável  Contexto mais recente: luta contra a globalização e o neoliberalismo; contra os
  • 16. Conclusão  O abandono da pauta da reforma agrária:  O processo de cooptação política de militantes ligados ao MST  Extinção do MDA e sucateamento do INCRA (cortes orçamentários, defasagem salarial, redução do quadro de pessoal por falta de concurso, etc.)