O documento discute a herança intelectual da sociologia. Afirma que as indagações sobre o homem começaram a adquirir consistência científica na era moderna com a aplicação dos princípios e métodos da ciência para investigar as condições de existência social. Também diz que a sociologia surgiu como resultado das condições históricas, especialmente as revoluções industriais e políticas que abalaram o mundo ocidental moderno.
O documento discute a evolução histórica do método científico e dos paradigmas epistemológicos nas ciências naturais e humanas. Aborda como o método científico surgiu como forma de conhecimento baseada na observação empírica em oposição à abordagem metafísica. Também explica como as ciências humanas passaram a seguir os mesmos princípios das ciências naturais e como novos paradigmas como o funcionalismo e estruturalismo emergiram.
A Teoria Crítica remonta a pensadores como Marx, Hegel e Schopenhauer e se caracteriza pelo interesse em uma sociedade justa e racional. Max Horkheimer foi um dos principais expoentes da Escola de Frankfurt e criticou a "teoria tradicional" por se desconectar da realidade social e servir apenas à dominação. Sua Teoria Crítica visava a emancipação humana através da crítica da razão instrumental e da sociedade existente.
O documento descreve as principais correntes da sociologia, incluindo as ideias de Augusto Comte, Émile Durkheim, Karl Marx, Max Weber e outros pensadores. Comte propôs a lei dos três estados e analisou a sociedade industrial. Durkheim estudou o fato social, a consciência coletiva e os tipos de solidariedade. Marx e Engels desenvolveram o socialismo científico e a teoria da luta de classes.
Aula da disciplina de Estrutura e Dinâmica Social, Universidade Federal do ABC (UFABC), outubro de 2019.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/qmteZ7sUNtw
O documento apresenta os principais conceitos do existencialismo de acordo com Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre. Heidegger distingue entre ente e ser, sendo o ente a existência e o ser a essência. Ele analisa a existência humana (Dasein) e conceitos como faticidade, angústia e ser-para-a-morte. Sartre defende que o homem é livre para escolher ser autêntico ou inautêntico com base em como imprime sentido à sua ação.
A Sociologia estuda as sociedades humanas e como indivíduos se relacionam em grupos e instituições. Surgiu no século XIX para entender os problemas causados pela Revolução Industrial e pela organização da sociedade em classes. Existem três abordagens principais: a dialética de Marx, o funcionalismo de Durkheim e a compreensão de Weber.
Um dos principais temas discutidos pela atualidade é a presença na mídia na vida das pessoas como uma forma de manipulação das massas.
Assim, a chamada Escola de Frankfurt estuda os fenômenos que levam à chamada sociedade de massa a se tornarem homogêneos, estudando os efeitos do capitalismo sob a ótica da sociedade pós moderna.
São diversos autores, como Adorno, Horkheimer, Benjamin, Marcuse e Habermas, que adentram temas como dominação, indústria cultural, poder, diálogo e comunicação.
O documento discute conceitos fundamentais da sociologia geral, incluindo como a sociologia estuda a vida social humana e a sociedade. Também resume as teorias de Augusto Comte sobre os estágios do desenvolvimento humano e a transição para uma sociedade positiva baseada na ciência, e as teorias de Marx e Weber sobre como eles viam a sociedade e a ação social.
O documento discute a evolução histórica do método científico e dos paradigmas epistemológicos nas ciências naturais e humanas. Aborda como o método científico surgiu como forma de conhecimento baseada na observação empírica em oposição à abordagem metafísica. Também explica como as ciências humanas passaram a seguir os mesmos princípios das ciências naturais e como novos paradigmas como o funcionalismo e estruturalismo emergiram.
A Teoria Crítica remonta a pensadores como Marx, Hegel e Schopenhauer e se caracteriza pelo interesse em uma sociedade justa e racional. Max Horkheimer foi um dos principais expoentes da Escola de Frankfurt e criticou a "teoria tradicional" por se desconectar da realidade social e servir apenas à dominação. Sua Teoria Crítica visava a emancipação humana através da crítica da razão instrumental e da sociedade existente.
O documento descreve as principais correntes da sociologia, incluindo as ideias de Augusto Comte, Émile Durkheim, Karl Marx, Max Weber e outros pensadores. Comte propôs a lei dos três estados e analisou a sociedade industrial. Durkheim estudou o fato social, a consciência coletiva e os tipos de solidariedade. Marx e Engels desenvolveram o socialismo científico e a teoria da luta de classes.
Aula da disciplina de Estrutura e Dinâmica Social, Universidade Federal do ABC (UFABC), outubro de 2019.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/qmteZ7sUNtw
O documento apresenta os principais conceitos do existencialismo de acordo com Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre. Heidegger distingue entre ente e ser, sendo o ente a existência e o ser a essência. Ele analisa a existência humana (Dasein) e conceitos como faticidade, angústia e ser-para-a-morte. Sartre defende que o homem é livre para escolher ser autêntico ou inautêntico com base em como imprime sentido à sua ação.
A Sociologia estuda as sociedades humanas e como indivíduos se relacionam em grupos e instituições. Surgiu no século XIX para entender os problemas causados pela Revolução Industrial e pela organização da sociedade em classes. Existem três abordagens principais: a dialética de Marx, o funcionalismo de Durkheim e a compreensão de Weber.
Um dos principais temas discutidos pela atualidade é a presença na mídia na vida das pessoas como uma forma de manipulação das massas.
Assim, a chamada Escola de Frankfurt estuda os fenômenos que levam à chamada sociedade de massa a se tornarem homogêneos, estudando os efeitos do capitalismo sob a ótica da sociedade pós moderna.
São diversos autores, como Adorno, Horkheimer, Benjamin, Marcuse e Habermas, que adentram temas como dominação, indústria cultural, poder, diálogo e comunicação.
O documento discute conceitos fundamentais da sociologia geral, incluindo como a sociologia estuda a vida social humana e a sociedade. Também resume as teorias de Augusto Comte sobre os estágios do desenvolvimento humano e a transição para uma sociedade positiva baseada na ciência, e as teorias de Marx e Weber sobre como eles viam a sociedade e a ação social.
O documento introduz os conceitos fundamentais do existencialismo, incluindo a noção de que cada pessoa é responsável por se fazer a si mesma através de escolhas livres, e que a existência humana é singular, concreta e em constante transformação através de relações com os outros.
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo, economista e sociólogo alemão que desenvolveu teorias sobre o socialismo e o capitalismo. Suas principais obras incluem O Manifesto Comunista e O Capital, onde criticou as injustiças sociais causadas pelo capitalismo e defendeu uma revolução proletária. Marx acreditava que as relações econômicas de uma sociedade determinam sua estrutura política e social.
Este slide irá falar sobre a filosofia contemporânea que trouxe uma série de desenvolvimentos teóricos contrários em relação ao que se refere à validade do conhecimento através de conceitos e abstrações absolutas, isto é, afirmações universais ou leis gerais.
Apresentação sobre alguns dos filósofos da existência: Sören Kierkegaard, Friedrich Nietzsche e Jean-Paul Sartre, que influenciaram diretamente o pensamento existencialista.
Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial.
www.ex-isto.com
www.fb.com/existocom
www.youtube.com/existo
www.instagram.com/existocom
2016
Émile Durkheim foi um dos fundadores da sociologia moderna. Nascido na França no século XIX, ele defendia o método científico para o estudo da sociedade e acreditava que fenômenos como a religião tinham origem social. Durkheim estudou na Escola Normal Superior e se tornou professor universitário, onde iniciou seus estudos pioneiros em sociologia e publicou importantes obras sobre a divisão do trabalho social e outros temas.
O documento apresenta um resumo da introdução à sociologia, descrevendo a ciência como o estudo do comportamento humano em sociedade. Detalha os principais marcos históricos do surgimento da sociologia como disciplina, incluindo as revoluções francesa e industrial, e apresenta pensadores fundamentais como Comte, Durkheim e Weber, além das principais correntes sociológicas.
A filosofia questiona a realidade de forma crítica e reflexiva, sem respostas definitivas. A filosofia do direito estuda os fundamentos e valores do sistema jurídico de forma sistemática, buscando adequar a lei aos ideais éticos da sociedade.
O documento descreve o surgimento da pedagogia científica e experimental na segunda metade do século XIX. A pedagogia passou a se separar da filosofia e política para se tornar uma ciência baseada em evidências empíricas. Figuras como Durkheim contribuíram para desenvolver uma teoria da educação como socialização. No fim do século, houve tensões entre visões positivistas e novas abordagens inspiradas por Nietzsche, Dilthey, Bergson e Sorel.
O documento compara o conhecimento científico e o conhecimento de senso comum, descrevendo-os como: 1) o conhecimento científico é objetivo, sistemático e metódico, enquanto o senso comum é subjetivo, espontâneo e errático; 2) o conhecimento científico é crítico e verificável, ao contrário do senso comum que é ingênuo e dogmático.
1) O documento resume os principais conceitos do pensamento de Karl Marx, como a teoria da alienação no trabalho, a luta de classes, e o materialismo histórico.
2) Marx via a história como resultado da luta de classes entre proprietários e não-proprietários dos meios de produção.
3) Sua teoria do materialismo histórico explica a sociedade em termos das estruturas econômicas e suas contradições internas que impulsionam mudanças históricas.
O documento discute as teorias do sociólogo Émile Durkheim sobre fatos sociais, solidariedade e suicídio. Apresenta os conceitos de solidariedade mecânica versus orgânica e discute como Durkheim usou investigações sobre taxas de suicídio para ilustrar diferentes tipos de integração social. Também resume hipóteses sobre fatores que influenciam taxas de suicídio em diferentes países e regiões.
O documento apresenta os principais temas e filósofos da filosofia existencialista do século XX, incluindo a visão de que a existência humana é marcada por incertezas, liberdade e responsabilidade. Aborda pensadores como Kierkegaard, Nietzsche, Sartre e Camus e conceitos como angústia, niilismo e a ideia de que a existência precede a essência.
John Dewey foi um filósofo americano que influenciou a educação progressiva defendendo uma educação baseada na experiência e na democracia. Sua filosofia enfatizava a aprendizagem por meio da resolução de problemas reais e da cooperação entre estudantes. No Brasil, inspirou o movimento da Escola Nova liderado por Anísio Teixeira.
O documento discute o conceito de dogmatismo em três sentidos: como parte do realismo, confiança absoluta e submissão total. Também aborda o dogmatismo filosófico, crítico e ingênuo, e jurídico, explicando-os como a possibilidade de conhecer a verdade, crença nas capacidades cognitivas humanas e observância do Direito com base em valores.
O documento resume a vida e filosofia do filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard, considerado o fundador do existencialismo. Kierkegaard se concentrou na subjetividade individual e experiência pessoal em vez de conceitos abstratos. Ele explorou emoções como angústia e desespero existencial que surgem quando as pessoas enfrentam escolhas de vida sem uma determinação prévia. Kierkegaard influenciou muitos filósofos existencialistas posteriores.
Durkheim foi um dos maiores sociólogos da história e fundador da sociologia moderna. Sua teoria defendia que a educação tinha como objetivo socializar os indivíduos e transmitir os valores da sociedade. Ele via a escola como um órgão social responsável por manter a coesão social através da inculcação de disciplina, vinculação aos grupos e autonomia. Suas ideias influenciaram grandemente as políticas educacionais na Europa e Brasil.
O documento discute o conceito de ideologia, definindo-a como um conjunto de ideias ou pensamentos de um grupo. Explora suas definições ao longo da história e como foi usada por filósofos como Destutt de Tracy e Karl Marx. Também resume as variações de ideologias no século XX e como o discurso pode ter uma dimensão ideológica.
O documento discute as visões de Bauman, Hall, Augé e Lipovetsky sobre a modernidade líquida e a condição do indivíduo na sociedade contemporânea. Eles descrevem uma transição da modernidade sólida, caracterizada por rigidez e tradição, para a modernidade líquida, marcada por fluidez, presentismo e liberdade de escolha individual. Na modernidade líquida, os indivíduos experienciam perda de referenciais sólidos e aumento da responsabilidade por si mesmos.
As Ciências Sociais enfrentam desafios em estabelecer um método científico devido à natureza complexa dos fenômenos humanos e sociais. Embora haja debates sobre a adoção de modelos das Ciências Naturais, existem critérios que podem orientar pesquisas rigorosas nas Ciências Sociais, como relevância do tema, coerência teórica e triangulação de métodos.
Zygmunt Bauman foi um sociólogo polonês que analisou os efeitos da modernidade e do consumismo pós-moderno. Ele se mudou para vários países após sofrer censura na Polônia e lecionou na Universidade de Leeds. Seus temas abordavam a vida cotidiana e como a globalização e sociedade de consumo afetam homens e mulheres comuns.
O documento discute as características e diferenças entre as ciências sociais e naturais. As ciências sociais, como antropologia, ciência política e sociologia, estudam fenômenos complexos como relações humanas e cultura, enquanto as ciências naturais estudam fatos isoláveis. As ciências sociais lidam com interpretações e significados sociais, tornando mais difícil a objetividade. Seus métodos diferem por tratarem de objetos dinâmicos em vez de estáticos.
1) Há críticas à noção de universalidade da ciência contemporânea devido à sua ligação com fatores sociais e culturais.
2) A ciência pode ser vista sob três dimensões: como trabalho intelectual, atividade social e parte do sistema ciência-tecnologia.
3) A relação ciência-tecnologia é específica da ciência moderna e levanta questões sobre a dominação ocidental dos conhecimentos.
O documento introduz os conceitos fundamentais do existencialismo, incluindo a noção de que cada pessoa é responsável por se fazer a si mesma através de escolhas livres, e que a existência humana é singular, concreta e em constante transformação através de relações com os outros.
Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo, economista e sociólogo alemão que desenvolveu teorias sobre o socialismo e o capitalismo. Suas principais obras incluem O Manifesto Comunista e O Capital, onde criticou as injustiças sociais causadas pelo capitalismo e defendeu uma revolução proletária. Marx acreditava que as relações econômicas de uma sociedade determinam sua estrutura política e social.
Este slide irá falar sobre a filosofia contemporânea que trouxe uma série de desenvolvimentos teóricos contrários em relação ao que se refere à validade do conhecimento através de conceitos e abstrações absolutas, isto é, afirmações universais ou leis gerais.
Apresentação sobre alguns dos filósofos da existência: Sören Kierkegaard, Friedrich Nietzsche e Jean-Paul Sartre, que influenciaram diretamente o pensamento existencialista.
Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial.
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2016
Émile Durkheim foi um dos fundadores da sociologia moderna. Nascido na França no século XIX, ele defendia o método científico para o estudo da sociedade e acreditava que fenômenos como a religião tinham origem social. Durkheim estudou na Escola Normal Superior e se tornou professor universitário, onde iniciou seus estudos pioneiros em sociologia e publicou importantes obras sobre a divisão do trabalho social e outros temas.
O documento apresenta um resumo da introdução à sociologia, descrevendo a ciência como o estudo do comportamento humano em sociedade. Detalha os principais marcos históricos do surgimento da sociologia como disciplina, incluindo as revoluções francesa e industrial, e apresenta pensadores fundamentais como Comte, Durkheim e Weber, além das principais correntes sociológicas.
A filosofia questiona a realidade de forma crítica e reflexiva, sem respostas definitivas. A filosofia do direito estuda os fundamentos e valores do sistema jurídico de forma sistemática, buscando adequar a lei aos ideais éticos da sociedade.
O documento descreve o surgimento da pedagogia científica e experimental na segunda metade do século XIX. A pedagogia passou a se separar da filosofia e política para se tornar uma ciência baseada em evidências empíricas. Figuras como Durkheim contribuíram para desenvolver uma teoria da educação como socialização. No fim do século, houve tensões entre visões positivistas e novas abordagens inspiradas por Nietzsche, Dilthey, Bergson e Sorel.
O documento compara o conhecimento científico e o conhecimento de senso comum, descrevendo-os como: 1) o conhecimento científico é objetivo, sistemático e metódico, enquanto o senso comum é subjetivo, espontâneo e errático; 2) o conhecimento científico é crítico e verificável, ao contrário do senso comum que é ingênuo e dogmático.
1) O documento resume os principais conceitos do pensamento de Karl Marx, como a teoria da alienação no trabalho, a luta de classes, e o materialismo histórico.
2) Marx via a história como resultado da luta de classes entre proprietários e não-proprietários dos meios de produção.
3) Sua teoria do materialismo histórico explica a sociedade em termos das estruturas econômicas e suas contradições internas que impulsionam mudanças históricas.
O documento discute as teorias do sociólogo Émile Durkheim sobre fatos sociais, solidariedade e suicídio. Apresenta os conceitos de solidariedade mecânica versus orgânica e discute como Durkheim usou investigações sobre taxas de suicídio para ilustrar diferentes tipos de integração social. Também resume hipóteses sobre fatores que influenciam taxas de suicídio em diferentes países e regiões.
O documento apresenta os principais temas e filósofos da filosofia existencialista do século XX, incluindo a visão de que a existência humana é marcada por incertezas, liberdade e responsabilidade. Aborda pensadores como Kierkegaard, Nietzsche, Sartre e Camus e conceitos como angústia, niilismo e a ideia de que a existência precede a essência.
John Dewey foi um filósofo americano que influenciou a educação progressiva defendendo uma educação baseada na experiência e na democracia. Sua filosofia enfatizava a aprendizagem por meio da resolução de problemas reais e da cooperação entre estudantes. No Brasil, inspirou o movimento da Escola Nova liderado por Anísio Teixeira.
O documento discute o conceito de dogmatismo em três sentidos: como parte do realismo, confiança absoluta e submissão total. Também aborda o dogmatismo filosófico, crítico e ingênuo, e jurídico, explicando-os como a possibilidade de conhecer a verdade, crença nas capacidades cognitivas humanas e observância do Direito com base em valores.
O documento resume a vida e filosofia do filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard, considerado o fundador do existencialismo. Kierkegaard se concentrou na subjetividade individual e experiência pessoal em vez de conceitos abstratos. Ele explorou emoções como angústia e desespero existencial que surgem quando as pessoas enfrentam escolhas de vida sem uma determinação prévia. Kierkegaard influenciou muitos filósofos existencialistas posteriores.
Durkheim foi um dos maiores sociólogos da história e fundador da sociologia moderna. Sua teoria defendia que a educação tinha como objetivo socializar os indivíduos e transmitir os valores da sociedade. Ele via a escola como um órgão social responsável por manter a coesão social através da inculcação de disciplina, vinculação aos grupos e autonomia. Suas ideias influenciaram grandemente as políticas educacionais na Europa e Brasil.
O documento discute o conceito de ideologia, definindo-a como um conjunto de ideias ou pensamentos de um grupo. Explora suas definições ao longo da história e como foi usada por filósofos como Destutt de Tracy e Karl Marx. Também resume as variações de ideologias no século XX e como o discurso pode ter uma dimensão ideológica.
O documento discute as visões de Bauman, Hall, Augé e Lipovetsky sobre a modernidade líquida e a condição do indivíduo na sociedade contemporânea. Eles descrevem uma transição da modernidade sólida, caracterizada por rigidez e tradição, para a modernidade líquida, marcada por fluidez, presentismo e liberdade de escolha individual. Na modernidade líquida, os indivíduos experienciam perda de referenciais sólidos e aumento da responsabilidade por si mesmos.
As Ciências Sociais enfrentam desafios em estabelecer um método científico devido à natureza complexa dos fenômenos humanos e sociais. Embora haja debates sobre a adoção de modelos das Ciências Naturais, existem critérios que podem orientar pesquisas rigorosas nas Ciências Sociais, como relevância do tema, coerência teórica e triangulação de métodos.
Zygmunt Bauman foi um sociólogo polonês que analisou os efeitos da modernidade e do consumismo pós-moderno. Ele se mudou para vários países após sofrer censura na Polônia e lecionou na Universidade de Leeds. Seus temas abordavam a vida cotidiana e como a globalização e sociedade de consumo afetam homens e mulheres comuns.
O documento discute as características e diferenças entre as ciências sociais e naturais. As ciências sociais, como antropologia, ciência política e sociologia, estudam fenômenos complexos como relações humanas e cultura, enquanto as ciências naturais estudam fatos isoláveis. As ciências sociais lidam com interpretações e significados sociais, tornando mais difícil a objetividade. Seus métodos diferem por tratarem de objetos dinâmicos em vez de estáticos.
1) Há críticas à noção de universalidade da ciência contemporânea devido à sua ligação com fatores sociais e culturais.
2) A ciência pode ser vista sob três dimensões: como trabalho intelectual, atividade social e parte do sistema ciência-tecnologia.
3) A relação ciência-tecnologia é específica da ciência moderna e levanta questões sobre a dominação ocidental dos conhecimentos.
O QUE É SOCIOLOGIA? A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, materializado da seguinte maneira:
Para uns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes.
Para outros trata-se de uma teoria dos movimentos revolucionários.
A sociologia surgiu no século XIX como uma resposta acadêmica para entender as mudanças sociais da modernidade e prevenir a desintegração social. Estuda os grupos, instituições e interações sociais usando métodos quantitativos e qualitativos. Seus fundadores como Comte e Durkheim se preocupavam com a ordem social em meio às transformações políticas e econômicas da época.
O documento descreve a disciplina de Sociologia Geral, incluindo sua definição, objeto de estudo, contexto histórico e importância. Apresenta também a estrutura de avaliação da disciplina com diferentes atividades e pesos.
O documento apresenta um resumo sobre a disciplina de Sociologia para o ensino médio, abordando: 1) a origem e definições da palavra sociologia; 2) os principais conceitos, objetivo, objeto de estudo e importância da sociologia; 3) a relação da sociologia com outras ciências sociais; 4) a história do pensamento sociológico e fatores que influenciaram o surgimento da sociologia; 5) as principais correntes sociológicas.
Este documento discute a evolução da ciência política como disciplina, desde suas origens na Grécia Antiga até os dias atuais. Primeiro, aborda como Maquiavel e Hobbes ajudaram a definir seu objeto de estudo como a ação humana intencional na história. Em seguida, contrasta as visões racionalistas de Hobbes versus a visão baseada em costumes de Hume. Por fim, discute como a ciência política passou a se envolver com engenharia institucional ao estudar formas de governo representativo.
1) O documento discute as relações entre as ciências humanas e a filosofia, argumentando que as ciências humanas devem ser filosóficas para serem científicas.
2) Defende que a história e a sociologia estudam os mesmos fenômenos sociais e que uma visão completa requer uma abordagem sociológica histórica.
3) Discutem o fundamento ontológico da história como o estudo das relações entre os seres humanos e da noção de comunidade.
Lallement, Michel - Historia das Ideias Sociologicas v1.pdfCarinaSilva626903
Este livro oferece aos estudantes e professores de sociologia uma visão panorâmica da evolução do pensamento sociológico desde a Antiguidade até Max Weber. O livro apresenta os principais marcos teóricos e textos que moldaram o desenvolvimento da sociologia ao longo da história.
[1] O documento discute a evolução da Sociologia como ciência, desde seus fundadores como Comte e Durkheim até teóricos contemporâneos como Wallerstein. [2] Apresenta as principais abordagens teóricas da Sociologia, como o funcionalismo de Comte e Durkheim, a compreensão de Weber e o materialismo dialético de Marx. [3] Destaca a teoria do sistema-mundo de Wallerstein, que propõe analisar a sociedade globalmente ao invés de apenas os Estados-nação.
O documento resume uma aula introdutória sobre métodos de investigação e escrita científica. Apresenta conceitos como conhecimento, áreas do conhecimento, metodologia de pesquisa em ciências humanas. Fornece também o cronograma da disciplina e tarefas como escolher um fenômeno para analisar.
Apostila de sociologia - Volume 1 (1° ano do EM)Matheus Alves
O documento apresenta uma introdução à sociologia, definindo-a como o estudo científico da sociedade. Discorre sobre a origem do termo, conceitos da disciplina, objetivo, objeto de estudo, importância e relação com outras ciências sociais. Também aborda brevemente a história do pensamento sociológico e fatores históricos que contribuíram para o surgimento da sociologia.
O documento discute o conceito de sociologia desde sua origem com Auguste Comte. A sociologia nasceu com o objetivo de estudar a sociedade de forma objetiva e empírica, como as ciências naturais. No entanto, desde o início o positivismo sociológico apresentava limitações como a renúncia à possibilidade de transformação social e a separação entre teoria e prática. Ao longo do tempo, surgiram críticas a essa abordagem como a perda da função crítica e a busca por purismo metodológico em detrimento
A Sociologia estuda as sociedades humanas e as transformações que ocorrem nelas, buscando entender como as pessoas interagem e constroem a realidade social. Ela fornece conceitos e ferramentas para analisar questões sociais de forma sistemática, ajudando a compreender temas como normas, cultura, poder e desigualdades. A Sociologia também revela aspectos ocultos da sociedade que incomodam certos grupos, mas seu objetivo é formar cidadãos autônomos capazes de pensar criticamente.
A instalação de ditaduras militares representou um período obscuro na história da América Latina no século XX, quando governos autoritários reprimiram movimentos sociais e perseguiram opositores políticos com tortura e censura, com apoio dos Estados Unidos, em um contexto da Guerra Fria.
Este documento discute conceitos fundamentais para a disciplina, como conhecimento, ciências humanas, metodologia de pesquisa e ideologia. Apresenta também o cronograma das aulas com os temas a serem abordados e uma tarefa sobre a definição de um fenômeno a ser investigado.
Este documento discute conceitos fundamentais para a disciplina, como conhecimento, ciências humanas, metodologia de pesquisa e ideologia. Apresenta também o cronograma das aulas com os temas a serem abordados e uma tarefa sobre a definição de um fenômeno a ser investigado.
Métodos de Investigação e Escrita Científicaviviprof
Este documento discute conceitos fundamentais para a disciplina, como conhecimento, ciências humanas, metodologia de pesquisa e ideologia. Apresenta ainda o cronograma das aulas com os temas a serem abordados e uma tarefa sobre a definição de um fenômeno a ser investigado.
Este documento apresenta um resumo da história do pensamento antropológico e das principais tendências contemporâneas da antropologia. Começa discutindo as origens da antropologia no século XVIII e seu desenvolvimento ao longo dos séculos XIX e XX, quando estabeleceu seu objeto de estudo nas sociedades ditas "primitivas". Explora as crises de identidade da antropologia quando percebeu que seu objeto inicial estava desaparecendo e as respostas possíveis a isso, incluindo a busca por novos objetos de pesqu
Este documento apresenta um resumo da história do pensamento antropológico desde suas origens até as principais tendências contemporâneas. Começa discutindo as figuras do "bom selvagem" e do "mau selvagem" na pré-história da antropologia e como a disciplina se desenvolveu nos séculos XVIII e XIX. Apresenta então os principais fundadores da etnografia como Boas e Malinowski e as primeiras teorias antropológicas. Por fim, descreve as cinco principais tendências contemporâneas da antrop
Semelhante a A herança intelectual da sociologia (20)
1. A herança intelectual da
Sociologia
FERNANDES, Florestan. In: FORACCHI, Marialice Mencarini;
MARTINS, José de Souza (Org.). Sociologia e Sociedade:
leituras de introdução à sociologia. Rio de Janeiro; São
Paulo: Livros Técnicos e Científicos Editora.
2. Sociologia como ciência e sociologia como preocupação
com o homem
p. 11
[...], ao se falar do homem, como objeto de indagações específicas do
pensamento, é impossível fixar, com exatidão, onde tais indagações
se iniciam e quais são os seus limites. Pode-se, no máximo, dizer que
essas indagações começam a adquirir consistência científica no
mundo moderno, graças à extensão dos princípios e do método da
ciência à investigação das condições de existência social dos seres
humanos. Sob outros aspectos, já se disse que o homem sempre foi
o principal objeto da curiosidade humana.
3. Sociologia como ciência e sociologia como preocupação
com o homem
p. 11
[...], ao se falar do homem, como objeto de indagações específicas do
pensamento, é impossível fixar, com exatidão, onde tais indagações
se iniciam e quais são os seus limites. Pode-se, no máximo, dizer que
essas indagações começam a adquirir consistência científica no
mundo moderno, graças à extensão dos princípios e do método da
ciência à investigação das condições de existência social dos seres
humanos. Sob outros aspectos, já se disse que o homem sempre foi
o principal objeto da curiosidade humana.
4. Sociologia como ciência e sociologia como preocupação
com o homem
p. 11
[...], ao se falar do homem, como objeto de indagações específicas do
pensamento, é impossível fixar, com exatidão, onde tais indagações
se iniciam e quais são os seus limites. Pode-se, no máximo, dizer que
essas indagações começam a adquirir consistência científica no
mundo moderno, graças à extensão dos princípios e do método da
ciência à investigação das condições de existência social dos seres
humanos. Sob outros aspectos, já se disse que o homem sempre foi
o principal objeto da curiosidade humana.
5. Sociologia como ciência e sociologia como preocupação
com o homem
p. 11
[...], ao se falar do homem, como objeto de indagações específicas do
pensamento, é impossível fixar, com exatidão, onde tais indagações
se iniciam e quais são os seus limites. Pode-se, no máximo, dizer que
essas indagações começam a adquirir consistência científica no
mundo moderno, graças à extensão dos princípios e do método da
ciência à investigação das condições de existência social dos seres
humanos. Sob outros aspectos, já se disse que o homem sempre foi
o principal objeto da curiosidade humana.
6. Sociologia como resultado das condições históricas em
que ela surge
p. 11
[...], seria vão e improfícuo separar a Sociologia das condições
histórico-sociais de existência, nas quais ela se tornou
intelectualmente possível e necessária. [...]. Ela nasce e se
desenvolve como um dos florescimentos intelectuais mais
complicados das situações de existência nas modernas sociedades
industriais e de classes. E seu progresso, lento mas contínuo, no
sentido do saber científico-positivo, também se faz sob a pressão das
exigências dessas situações de existência, que impuseram tanto ao
pensamento prático, quanto ao pensamento teórico, tarefas
demasiado complexas para as formas pré-científicas de
conhecimento.
7. Sociologia como resultado das condições históricas em
que ela surge
p. 11
[...], seria vão e improfícuo separar a Sociologia das condições
histórico-sociais de existência, nas quais ela se tornou
intelectualmente possível e necessária. [...]. Ela nasce e se
desenvolve como um dos florescimentos intelectuais mais
complicados das situações de existência nas modernas sociedades
industriais e de classes. E seu progresso, lento mas contínuo, no
sentido do saber científico-positivo, também se faz sob a pressão das
exigências dessas situações de existência, que impuseram tanto ao
pensamento prático, quanto ao pensamento teórico, tarefas
demasiado complexas para as formas pré-científicas de
conhecimento.
8. Sociologia como resultado das condições históricas em
que ela surge
p. 11
Os pioneiros e fundadores dessa disciplina se caracterizam menos
pelo exercício de atividades intelectuais socialmente diferenciadas,
que pela participação mais ou menos ativa das grandes correntes de
opinião dominantes na época, seja no terreno da reflexão ou da
propagação de ideias, seja no terreno da ação. As ambições
intelectuais de autores como Saint-Simon, Comte, Proudhon e Le
Play, ou de Howard, Malthus e Owen, ou de von Stein, Marx e Riehl
iam além do conhecimento positivo da realidade social.
Conservadores, reformistas ou revolucionários, aspiravam fazer do
conhecimento sociológico um instrumento de ação.
9. Sociologia como resultado das condições históricas em
que ela surge
p. 11
Os pioneiros e fundadores dessa disciplina se caracterizam menos
pelo exercício de atividades intelectuais socialmente diferenciadas,
que pela participação mais ou menos ativa das grandes correntes de
opinião dominantes na época, seja no terreno da reflexão ou da
propagação de ideias, seja no terreno da ação. As ambições
intelectuais de autores como Saint-Simon, Comte, Proudhon e Le
Play, ou de Howard, Malthus e Owen, ou de von Stein, Marx e Riehl
iam além do conhecimento positivo da realidade social.
Conservadores, reformistas ou revolucionários, aspiravam fazer do
conhecimento sociológico um instrumento de ação.
10. Sociologia como resultado das condições históricas em
que ela surge
p. 11
Os pioneiros e fundadores dessa disciplina se caracterizam menos
pelo exercício de atividades intelectuais socialmente diferenciadas,
que pela participação mais ou menos ativa das grandes correntes de
opinião dominantes na época, seja no terreno da reflexão ou da
propagação de ideias, seja no terreno da ação. As ambições
intelectuais de autores como Saint-Simon, Comte, Proudhon e Le
Play, ou de Howard, Malthus e Owen, ou de von Stein, Marx e Riehl
iam além do conhecimento positivo da realidade social.
Conservadores, reformistas ou revolucionários, aspiravam fazer do
conhecimento sociológico um instrumento de ação.
11. Sociologia como resultado das condições históricas em
que ela surge
p. 12
Existe, portanto, fundamento razoável para a interpretação segundo
a qual a Sociologia constitui um produto cultural das fermentações
intelectuais provocadas pelas revoluções industriais e político-sociais,
que abalaram o mundo ocidental moderno. De fato, a Sociologia não
se impôs em virtude de necessidades lógicas, pressentidas ou
formuladas a partir da evolução interna do sistema das ciências.
12. As duas ordens de fatores sobre os quais se coloca a
ciência
p. 12
...o desenvolvimento do sistema das ciências se tem processado sob
o influxo de duas ordens de fatores. Uma, de natureza
especificamente positivo-racional, ligada com as exigências da
própria marcha das investigações científicas. Outra, de natureza
ultracientífica, constituída pelo conjunto de necessidades práticas
(econômicas, culturais e sociais), que podem ou precisam ser
satisfeitas, de modo direto ou indireto, mediante a descoberta ou a
utilização de conhecimentos científicos. [...], ...a Sociologia, nasceram
da conjugação dos efeitos das crises sociais com os da revolução da
mentalidade, produzida pelo advento do pensamento científico
13. Efeitos positivo e negativo da vinculação da Sociologia
com as condições socio-históricas
p. 12
[...], é certo que ela contribuiu para ajustar rapidamente o modelo da
análise científica à natureza dos fenômenos sociais humanos, que ela
favoreceu a adoção de padrões de comunicação científica
relativamente exotéricos e que a ela se associa uma nova
compreensão do objeto e das funções da ciência aplicada
14. Efeitos positivo e negativo da vinculação da Sociologia
com as condições socio-históricas
p. 12
[...], é certo que ela contribuiu para ajustar rapidamente o modelo da
análise científica à natureza dos fenômenos sociais humanos, que ela
favoreceu a adoção de padrões de comunicação científica
relativamente exotéricos e que a ela se associa uma nova
compreensão do objeto e das funções da ciência aplicada
15. Efeitos positivo e negativo da vinculação da Sociologia
com as condições socio-históricas
p. 12
[...], nessa vinculação também se encontram as raízes dos principais
obstáculos ao desenvolvimento posterior da Sociologia. [...], ...nela
se inspirou a identificação, ainda hoje corrente, da Sociologia com a
Filosofia da “Questão Social” – o que acabava por reduzi-la às
proporções de uma Filosofia Política. [...] ...podia conduzir ao
empobrecimento do campo de investigação da Sociologia,
especialmente quando a supervalorização da chamada “Sociologia
Histórica” se processava em combinação com “intuitos práticos” mal
definidos.
16. Como entender a herança intelectual da sociologia, legado
do século XIX
p. 13
[...], seria conveniente considerar: 1º) as relações da emergência da
Sociologia com os efeitos intelectuais dos processos de secularização
dos modos de conceber e de explicar o mundo; 2º) as repercussões
das tendências de racionalização e dos movimentos sociais na
delimitação do horizonte intelectual dos pioneiros ou dos fundadores
da Sociologia; 3º) a natureza dos motivos e das ambições
intelectuais, inerentes às primeiras tentativas de aproveitar os
princípios do conhecimento científico na explicação da vida humana
em sociedade
17. Relações da emergência da Sociologia com os efeitos
intelectuais dos processos de secularização...
p. 13-5
A explicação sociológica exige, [...], um estado de espírito que
permita entender a vida em sociedade como estando submetida a
uma ordem, produzida pelo próprio concurso das condições, fatores
e produtos da vida social. Por isso, tal estado de espírito não só é
anterior ao aparecimento da Sociologia, como representa uma etapa
necessária à sua elaboração. No mundo moderno, [...], ele se
constitui graças à desagregação da sociedade feudal e à evolução do
sistema capitalista de produção, com sua economia de mercado e a
correspondente expansão das atividades urbanas.
18. Processo pelo qual se deu a secularização dos modos de
conhecer no plano intelectual
p. 13-5
[...], a secularização dos modos de conceber e de explicar o mundo está
relacionada com transformações radicais da mentalidade média. O efeito
mais notável e característico dessas transformações consiste no
alargamento do âmbito da percepção social além dos limites do que era
sancionado pela tradição, pela Religião ou pela Metafísica. [...]. Nas
condições de inquietação e de instabilidade, ligadas à desagregação da
sociedade medieval e à formação do mundo moderno, as inconsistências
daquelas categorias absolutas e estáticas do pensamento se fizeram sentir
com rapidez. Contudo, como se estava em uma era de revolução social [...],
elas não foram simplesmente impugnadas e rejeitadas: as formas de saber
de que elas derivavam e que pareciam viciar, de diversas maneiras e sob
diferentes fundamentos, o uso da razão, é que foram condenadas e
substituídas. Seja no plano prático, seja no plano teórico, impunham-se
tarefas que pressupunham novos padrões de apreciação axiológica, mais
ou menos livres dos influxos da tradição ou de concepções
providencialistas.
19. Processo pelo qual se deu a secularização dos modos de
conhecer no plano intelectual
p. 13-5
Portanto, o que se poderia designar como consciência realista das
condições de existência emerge e progride através de exigências de
novas situações de vida, mais complexas e instáveis. Daí o
enriquecimento dos conteúdos e o alargamento dos níveis de
percepção social do sujeito, exposto a um cosmos moral em que a
capacidade de julgar, de decidir e de agir, passa a depender, de modo
crescente, do grau de consciência por ele alcançado sobre os móveis
das ações dos outros ou os efeitos das possíveis alterações da
estrutura e funcionamento das instituições.
20. As consequencias no âmbito do senso comum
p. 14
As modificações porque passou o conhecimento do senso comum têm sido
subestimadas, em particular devido às inclinações intelectualistas dos
autores que estudam a história do pensamento do mundo moderno. Mas,
elas possuem uma significação excepcional, pois foi por meio delas que se
projetaram na vida prática as diversas noções que fizeram da atividade
humana, individual ou coletiva, o próprio cerne de todo progresso
econômico, político ou cultural. [...], foi o conhecimento do senso comum
que se expôs e teve de enfrentar as exigências mais profundas e imediatas
das novas situações de existência social. Por isso ele acabou servindo como
verdadeiro foco de formação e cristalização das categorias de pensamento,
historicamente adequadas àquelas situações. Tome-se como exemplo a
história da Economia: noções que serviram, primordialmente, para definir
o significado de ações, de obrigações ou de relações econômicas, na
linguagem cotidiana foram ordenadas com base na experiência de
atividades econômicas concretas e “generalizadas”, tudo dentro do âmbito
do conhecimento do senso comum.
21. As consequencias no âmbito do pensamento racional
sistemático
p. 14
...coube ao pensamento racional sistemático seja ordenar e dar
expressão lógica às elaborações realmente significativas do
conhecimento do senso comum, seja estender os critérios de
explicação secular do mundo a objetos e a temas que não caem
dentro dos limites da reflexão prática. Graças a estas duas funções, a
Filosofia moderna ofereceu os meios intelectuais através dos quais se
esboçaram as primeiras tentativas de explicação realista sistemáticas
das condições e efeitos da vida humana em sociedade.
22. Efeitos do processo de secularização e a emergência da
Sociologia
p. 14
Em suma, aos efeitos do processo de secularização da cultura na
modificação da mentalidade média, o conhecimento do senso
comum e do pensamento racional sistemático devem-se a formação
do ponto de vista sociológico, a noção de que a vida humana em
sociedade está sujeita a uma ordem social, e as primeiras tentativas
de explicação realista dos fenômenos de convivência humana.
23. Efeitos do processo de secularização e a emergência da
Sociologia
p. 14-5
Em suma, aos efeitos do processo de secularização da cultura na
modificação da mentalidade média, o conhecimento do senso comum e do
pensamento racional sistemático devem-se a formação do ponto de vista
sociológico, a noção de que a vida humana em sociedade está sujeita a
uma ordem social, e as primeiras tentativas de explicação realista dos
fenômenos de convivência humana. A constituição da Sociologia,
entretanto, altera sua relação com os produtos intelectuais e com as
tendências desse processo. Parece óbvio que as influências intelectuais
descritas concorreram para produzir efeitos similares porque as questões
que se passaram a colocar, a respeito das formas e natureza da ordem
social, se tornaram demasiado variadas e complexas a ponto de exigirem o
recurso contínuo à investigação sistemática e a formação de uma disciplina
intelectual específica. Tome-se Auguste Comte como referência. Suas
indagações correspondiam a questões que não poderiam ser formuladas e
respondidas no âmbito do conhecimento do senso comum ou da Filosofia
pré-científica.
24. Repercussões das tendências de racionalização e dos
movimentos sociais...
p. 15
No plano teórico, elas levaram à convicção, [...], de que as
regularidades de coexistência e de sucessão, que permitem entender
e explicar a ordem dos fenômenos nas manifestações da vida social,
não possuem uma natureza rígida e mecânica. É certo que tal ordem
foi descrita como algo que exclui tanto os influxos da providência,
quanto o arbítrio de indivíduos ou grupos de indivíduos.
25. Repercussões das tendências de racionalização e dos
movimentos sociais...
p. 15
No plano teórico, elas levaram à convicção, [...], de que as regularidades de
coexistência e de sucessão, que permitem entender e explicar a ordem dos
fenômenos nas manifestações da vida social, não possuem uma natureza
rígida e mecânica. É certo que tal ordem foi descrita como algo que exclui
tanto os influxos da providência, quanto o arbítrio de indivíduos ou grupos
de indivíduos. Mas isso não impedia que se procurasse conhecer os
processos sociais com o intuito de colocar ao alcance da atividade humana
meios eficazes de intervenção nas condições de existência social. Estava-se
na grande era do pensamento inventivo e do humanitarismo. [...]. Daí a
construção de elaborações interpretativas que perseguiam dois fins: 1º) o
de descrever a ordem social como um sistema dotado de organização
estrutural e funcional própria, ...]; 2º) o de descobrir as condições dentro
das quais a atividade humana poderia tirar determinados proveitos da
plasticidade relativa da ordem social, mediante o aproveitamento dos
conhecimentos fornecidos pela análise dos referidos mecanismos de
mudança do sistema social.
26. Repercussões das tendências de racionalização e dos
movimentos sociais...
p. 15
No plano prático, os ideais de racionalização concorreram para
alimentar a aspiração de inventar técnicas de manipulação ou de
controle das situações de existência social, modeladas segundo os
padrões do conhecimento positivo-racional. Em incentivos dessa
espécie repousam, desde o início, as preocupações sociológicas
sobre as possibilidades e as funções do planejamento no mundo
moderno.
27. Repercussões das tendências de racionalização e dos
movimentos sociais...
p. 15-6
No plano prático, os ideais de racionalização concorreram para alimentar a
aspiração de inventar técnicas de manipulação ou de controle das situações de
existência social, modeladas segundo os padrões do conhecimento positivo-racional.
Em incentivos dessa espécie repousam, desde o início, as preocupações
sociológicas sobre as possibilidades e as funções do planejamento no mundo
moderno. As impulsões coletivas imanentes aos movimentos sociais eram, por
sua vez, demasiado poderosas para serem subestimadas no pensamento
sociológico. Por isso, as acomodações intelectuais se revelam antes na inclinação a
aumentar ou diminuir o intervalo ideal nas relações da teoria com a prática, que
na negação de sua existência e importância. Os que pretendiam aproveitar os
conhecimentos sociológicos em manipulações conservadoras ou reformistas, [...],
julgavam indispensável a escolha de intervalos mais ou menos consideráveis. Os
que aspiravam colocar aqueles conhecimentos a serviço da revolução social, ao
contrário, tendiam a recomendar um intervalo mínimo, [...], com amplas
perspectivas para o mútuo aprofundamento da teoria e da prática. Do ponto de
vista formal, o resultado seria o mesmo: o nascimento de uma concepção de
ciência aplicada e da significação construtiva da prática para a teoria que não
encontrava símile nem fundamento nas ciências naturais.
28. Natureza dos motivos e das ambições intelectuais das
primeiras interpretações sociológicas
p. 16
O que se costuma chamar de ciências sociais, com referência aos
Enciclopedistas, ou de Sociologia, em face de autores como Comte,
Stuart Mill ou Spencer, é, propriamente falando, uma Filosofia da
Ação Humana – compreendendo reflexões que se aplicam a
caracteres ou atributos universais da natureza humana e indagações
em que essa natureza é explicada através de elementos variáveis das
condições de existência social.
29. Encadeamento e direção que as reflexões acabaram
tomando
p. 16
O encadeamento se revela na fragmentação da Filosofia da Ação
Humana, desdobrada em três níveis diferentes de consideração da
realidade. Ela se apresenta como uma Filosofia da História, quando
procura associar o presente ao passado e descobrir as “leis” do
desenvolvimento do espírito humano. Ela se torna uma Filosofia
Social, quando pretende evidenciar as funções “civilizadoras” da vida
em sociedade, estabelecendo as primeiras vinculações dinâmicas, de
sentido universal, da natureza humana com as situações de
convivência social; e quando se volta para a questão social, de cuja
análise retira o caráter de Filosofia das condições atuais de existência
humana e do seu devir. Ela assume as proporções de uma Filosofia
Política, quando liga, por meio da análise e da crítica dos sistemas
políticos modernos, os resultados dos tipos de reflexão e de
indagações filosóficas, a que poderiam conduzir a Filosofia da
História e a Filosofia Social.
30. Efeitos sobre o pensamento filosófico moderno
p. 16
Em virtude mesmo de semelhantes vinculações, o pensamento
filosófico moderno se encaminhou da reflexão abstrata para a
indagação empírica e para a análise indutiva. A acumulação de dados
e sua manipulação intelectual se impunham tanto nas elaborações da
Filosofia da História e da Filosofia Social, quanto nas contribuições da
Filosofia Política. O exemplo de Comte, [...], demonstra que a
Filosofia Política, além de aproveitar os resultados das outras duas,
precisava resolver problemas empíricos específicos, nascidos do
exame das origens sociais ou da significação ideológica e pragmática
dos sistemas políticos coexistentes em luta pelo poder.
31. Importância desse movimento filosófico para a
constituição das ciências sociais
p. 17
Primeiro, naquilo que se tem descrito como sendo a revolução
copernicana, que proporcionou o advento das ciências sociais: a
transição do “ponto de vista normativo” para o “ponto de vista
positivo” na interpretação dos fenômenos sociais. [...]. No que
concerne à explicação da natureza humana e de suas relações com as
situações sociais de existência, [...], ela se processou,
intelectualmente, pela transformação da antiga Metafísica em
Filosofia da Ação Humana. E foi no seio desta que surgiu e se
desenvolveu a tendência a considerar as situações sociais de
existência através de instâncias empíricas, pelo recurso à análise
indutiva e um sério esforço para conter influências perceptíveis dos
sentimentos, de ideias preconcebidas ou de valorizações
etnocêntricas nas atividades cognitivas.
32. Importância desse movimento filosófico para a
constituição das ciências sociais
p. 17
Segundo, a natureza humana só poderia ser conhecida e interpretada
sociologicamente como parte de um sistema de relações com
sentido, pois o comportamento dos seres humanos, individual ou
coletivamente, é regulado por normas, valores e instituições sociais.
Em consequência, a observação, a descrição e a interpretação da vida
social humana exigiam categorias de pensamento especiais, que não
podiam ser tomadas ao conhecimento físico do mundo exterior,
voltado para um sistema de relações destituídas de sentido. [...]. Isso
equivalia a admitir, [...], o princípio segundo o qual os conceitos e a
explicação científica das atividades sociais humanas são delimitados,
formalmente, pelo universo empírico de sentido a que se referem
[...]. Portanto, é evidente que, sem os recursos conceptuais legados
pela Filosofia da Ação Humana, a Sociologia estaria privada de
categorias de pensamento plenamente adequadas à realidade social.
33. Obsolescência da “Sociologia Filosófica”
p. 18
A caracterização material do objeto da Sociologia encontrava, [...],
sérias dificuldades. De um lado, por causa da escassez de
conhecimentos sociológicos positivos sobre um número
suficientemente variado e extenso de situações possíveis de
existência social. De outro, em virtude da tendência a confinar os
problemas substantivos da análise sociológica às sociedades
europeias modernas ou a fazer delas o fulcro do pensamento
sociológico. Em tais circunstâncias, não é de estranhar o recurso a
analogias, que permitiam dividir o campo da Sociologia de acordo
com paradigmas tomados a outras ciências.
34. Conclusão da discussão
p. 20
Com base nos resultados da presente digressão, é legítimo concluir que a
Sociologia recebeu uma herança intelectual comparável a uma faca de dois
gumes. De um lado, ela era bastante rica e plástica para encaminhar e
permitir a solução de muitas questões fundamentais , ligadas com a
caracterização do ponto de vista sociológico, com a definição do objeto da
Sociologia, com a seleção e o aproveitamento de categorias de
pensamento adequadas à natureza dos fenômenos sociais humanos, com a
exploração de critérios de análise aplicáveis à descrição e à interpretação
dos processos sociais, com os alvos práticos inerentes aos conhecimentos
sociológicos ou decorrentes das funções da ciência no mundo moderno.
Mas, de outro, ela se revelou pobre e obstrutiva. Escaparam-lhe os
objetivos que dão sentido específico à investigação científica e, com eles, a
significação e a importância da pesquisa empírica sistemática, tanto para o
desenvolvimento do aparato conceptual e metodológico da Sociologia,
quanto para o progresso da teoria e das indagações de interesse prático.