Portugal tem solos de baixa qualidade, com 58% pobre em matéria orgânica e alto risco de erosão. A maioria dos solos (72%) são impróprios para agricultura, mas são sobreutilizados para isso, resultando em baixos rendimentos. Apesar de apenas 26% dos solos serem adequados para agricultura, 46,7% da área é usada para isso. A maioria dos solos (59,4%) é mais adequada para florestas, mas estas ocupam apenas 38,9% da área.
2. Portugal é o país da Europa com piores recursos em solo –
58% da SAU é pobre em matéria orgânica e com elevado
risco de erosão (69% do território).
3. 85% dos solos portugueses são fracos, sendo mesmo 72%
totalmente impróprios para a agricultura, correndo graves
riscos de degradação pelo mau uso agrícola. A destruição
da cobertura vegetal que protege os solos pobres e
instáveis, expõe-nos à erosão e desencadeia alterações
negativas na estabilidade e continuidade dos solos.
4. Muitas atividades agrícolas são desenvolvidas em solos
pouco aptos para a agricultura. Mais de metade dos solos
tem aptidão para floresta. Os solos são sobreutilizados
para a agricultura, traduzindo-se em baixos níveis de
rendimento.
6. Apesar de somente 26% ser do território ser apto para a
agricultura, a área agrícola ocupa efectivamente 46,7 do
total. Grande parte dos solos tem aptidão potencial para
usos florestais (59,4%). Contudo, somente 38,9% da
superfície é ocupada por florestas.
7. As atividades agropecuárias intensivas (sobretudo
suiniculturas) e os sistemas agrícolas intensivos muito
modernizados que recorrem aos sistemas de rega e de
fertilizantes contribuem para aumentar a fragilidade dos
solos através da contaminação, acidificação, salinização e
excesso de nutrientes. Outros exemplos de mau uso do
solo são a ocupação urbanística e industrial de solos com
aptidão agrícola.
8. Os problemas ao nível de gestão e utilização do solo
arável podem traduzir-se:
a)Desajustamento entre a superfície efectivamente
utilizada e a superfície com real aptidão agrícola;
b)Desadequação entre as características e químicas do
solo e a ocupação das culturas, implica baixo rendimento e
baixa produtividade.
9. • Utilização
de um sistema intensivo, a rotação de
culturas e pousio absoluto provocam a degradação do
solo por erosão
• Utilização de fertilizantes químicos, contribui para o
empobrecimento do solo.
10. Perante estes problemas como a redução da qualidade
dos solos e a sua incorreta utilização, o ordenamento do
território deve ser aplicado de modo a impedir a
ocupação dos solos com aptidão agrícola para construção
urbana e industrial.
11. As florestas portuguesas representam cerca de 35% do
território nacional.
85% da floresta portuguesa está em propriedade privada e
têm uma média de 5 ha.
3% pertence ao Estado
12% são baldios
220 000 ha da floresta está sob gestão das indústrias por
compra ou arrendamento
12. Espécies
Área x1000 ha
%
Pinheiro bravo
976
30
Sobreiro
713
22
Eucalipto
672
21
Azinheira
462
14
Carvalhos
131
4
Pinheiro manso
78
2
Castanheiro
41
1
Outras folhosas
102
3
Outras resinosas
27
1
13. •
•
•
•
•
Papel e publicações – 36%
Madeira e resinosas – 33%
Silvicultura e caça – 23%
Cortiça – 8%
Outros ( cogumelos; mel; resina; frutos silvestres)
14. • Factores naturais
temperaturas do ar;
–
baixa
humidade
do
ar;
• Factores antrópicos – ausência de vigilância; falta de
limpeza da mata; fraca acessibilidade e mão criminosa
15. As importações agrícolas e alimentares contribuem
significativamente para o deficit da nossa balança
comercial. As exportações de produtos agrícolas são
pouco significativas (vinhos; concentrado de tomate;
azeite; preparados de cereais e lacticínios), enquanto que
as importações de carnes (bovino); horto frutícolas; cereais
e oleaginosas são significativas. Por sua vez, a balança
comercial é positiva com exportação que tem vindo a
aumentar, nomeadamente a cortiça (20%), seguida da
pasta de papel (16%) e madeiras (12%.