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Agropecuária no Brasil
A atividade da agropecuária pertence ao setor primário da economia.
Apesar de não ser mais a atividade de maior importância na economia
brasileira continua se destacando pela significativa participação em nosso
comércio exterior, pelo emprego de aproximadamente 1/5 da PEA, pela
produção de alimentos para uma população numerosa (com uma parcela que,
infelizmente, não possui renda suficiente para um bom padrão alimentar) e
pela produção de matérias-primas para vários setores industriais e
energéticos.
O Brasil possui um extenso território com relativa variedade de climas,
predominantemente quentes, que nos permite o cultivo de quase todos os
produtos em larga escala. Há dificuldades em se obter uma grande produção
de gêneros de climas de temperaturas moderadas com custos aceitáveis.
Enfrentamos problemas de geadas no Sul e Sudeste durante o inverno,
inundações de verão em algumas porções do território nacional e secas
prolongadas especialmente no Sertão. Mas, de uma maneira geral, não temos
grandes problemas climáticos que nos impeça a prática agrícola.
Encontramos vários tipos de solos no país, alguns de grande fertilidade
como a terra-roxa, o massapé e o solo de várzea ou aluvial. Mas, em muitas
áreas do território brasileiro, os solos possuem baixa fertilidade ou problemas
como acidez elevada. Muitos solos do país, para produzirem satisfatoriamente,
necessitam da aplicação de adubos, corretivos químicos e fertilizantes. Alguns
problemas específicos também afetam os solos do Brasil:
*lixiviação – constitui no empobrecimento dos solos em regiões de climas
muito úmidos com chuvas freqüentes que através do escoamento superficial
retiram o material fértil do solo;
*laterização – constitui na formação de uma crosta ferruginosa endurecida
próxima à superfície do solo pela concentração de óxidos de ferro e alumínio.
Ocorre em áreas de clima tropical em que se alternam uma estação chuvosa
(dissolução desses óxidos) e seca (quando esse material se acumula próximo à
superfície e forma a crosta).
*erosão e esgotamento do solo – provoca a destruição física do solo e a
perda de sua qualidade. Quando desprotegido, pela retirada da vegetação,
acentua-se esse processo, retirando-se as partículas que formam o solo, seus
constituintes minerais e orgânicos. Quando em estágio avançado provoca a
formação de sulcos profundos denominados voçorocas. É causado pela ação do
clima, em áreas com chuvas intensas. Mas é agravado pelo uso de técnicas
agropecuárias incorretas, predatórias e prejudiciais ao solo: desmatamento
(especialmente junto às margens dos rios), monocultura sem os cuidados
necessários (reposição do material fértil ao solo), cultivo seguindo a mesma
linha do declive do terreno (sem a aplicação das curvas de nível e/ou
terraceamento), excesso de animais sobre o solo e excesso de peso sobre o
mesmo.
Os solos constituem um importante recurso natural que deve ser
preservado através de técnicas conservacionistas. A recuperação de um solo
pode ser demorada e muito cara. Infelizmente, grandes parcelas de solo são
sistematicamente destruídas em todo o mundo. Em algumas áreas o processo
de desertificação avança sobre áreas que antes produziam alimentos (ex:
sahel, na África).
Sistemas de produção na agricultura
A agricultura pode ser praticada de diversas formas com um conjunto de
características que passamos a apresentar a seguir:
Sistema extensivo
técnicas simples
mão-de-obra desqualificada
abundância de terras
baixa produtividade
rápido esgotamento dos solos
Esse sistema é característico de regiões com grandes extensões de terras
vazias e de menor grau de desenvolvimento. Nele podemos incluir uma
simples roça (como na Amazônia, entre caboclos e indígenas), com
procedimentos muito simples e de caráter itinerante: retira-se uma porção da
mata, realiza-se uma queimada para limpeza do terreno, misturam-se as
cinzas ao solo e se realiza uma monocultura sem maiores cuidados por um
breve período de dois a três anos, quando então o solo se esgota e parte-se
para outra área, realizando-se o mesmo procedimento.
Sistema intensivo
técnicas modernas
mão-de-obra qualificada
terras exíguas
alta produtividade
conservação dos solos
É um sistema característico de regiões de maior desenvolvimento,
geralmente com maior ocupação humana e com o uso de pequenas e médias
propriedades, especialmente produzindo para abastecimento do mercado
interno. São comuns a prática da policultura e pecuária leiteira através desse
sistema.
Plantation
grandes áreas
técnicas modernas
muita mão-de-obra
elevada produtividade
monocultura
agroindústria/exportação
Esse sistema passou a ocupar grandes áreas em países subdesenvolvidos
ocupando seus melhores solos. Está principalmente voltada para o mercado
externo. Aplica a mecanização quando possível (lembre-se que não é todo
cultivo que permite mecanização). Mesmo assim utiliza muita mão-de-obra
(trabalha com propriedades, por vezes, com milhares de hectares de
extensão), principalmente temporária (o bóia-fria ou trabalhador volante), bem
como o serviço de técnicos agrícolas e agrônomos.
Sistemas de produção na pecuária
Podemos também pensar nas características dos sistemas de criação de
animais que lembram muito as características acima citadas.
Sistema Extensivo
grandes propriedades
gado criado a solta
sem cuidados veterinários
raças simples
uso de pastagens naturais
baixa qualidade e produtividade
destinado ao corte
Sistema Intensivo
Pequenas e médias propriedades
Criação confinada em estábulos ou currais
Cuidados veterinários
Raças selecionadas e aprimoradas
Uso de pastagens cultivadas
Rações balanceadas
Alta qualidade e produtividade
Destinado à produção de leite
Evidentemente essa classificação e características são de natureza bem
didática, mas na prática é muito comum que se combinem características dos
dois sistemas e, com a modernização progressiva e exigências cada vez
maiores do mercado, observa-se uma rápida evolução qualitativa nas técnicas
de criação. Os pecuaristas têm se preocupado em acompanhar as tendências
desse mercado muito competitivo.
Formas de exploração da terra
As propriedades agropecuárias podem ser exploradas diretamente pelo
proprietário ou indiretamente pelo:
*parceiro ou meeiro – aquele que utiliza as terras do proprietário e divide com
este a produção obtida;
*arrendatário – aquele que paga um aluguel ao proprietário pelo uso da terra;
*posseiro – aquele que utiliza terras que encontra vazias para uma produção
de subsistência. Ocupa terras que não são suas, é o ocupante;
*grileiro – falsifica títulos de propriedade e vende terras que também não são
suas.
Área dos estabelecimentos na agropecuária - hectare
Brasil - 1996
Condição do produtor
Utilização
Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante
Lavouras
permanentes
7.016.051,919 99.400,857 188.623,190 237.549,625
Lavouras
temporárias
28.045.562,364 3.495.370,390 1.234.322,765 1.477.573,392
Lavouras
temporárias em
descanso
7.777.183,369 168.409,614 78.527,772 285.907,931
Pastagens naturais 73.508.793,097 1.677.417,885 506.930,660 2.355.321,438
Pastagens plantadas 96.483.795,980 1.466.382,015 358.106,727 1.343.723,893
Matas e florestas
naturais
84.274.120,858 925.313,519 490.995,404 3.207.152,635
Matas e florestas
artificiais
4.911.897,685 320.009,375 65.859,828 98.249,042
Terras produtivas
não utilizadas
15.459.393,536 141.992,480 117.568,720 641.130,606
Terras
inaproveitáveis
14.178.091,879 354.699,202 133.591,865 486.217,209
Fonte – Censo Agropecuário
Problemas enfrentados pela
agropecuária no Brasil
*reduzido aproveitamento dos espaços disponíveis – muitas terras no
Brasil não apresentam qualquer forma de utilização. Parte do crescimento de
nossas safras agrícolas tem dependido da incorporação de novos espaços a
esse setor produtivo mas ainda podemos ampliar e muito o espaço agrícola do
país;
*baixo nível de instrução e cultura do agricultor – grande parte dos que
trabalham na terra tem um nível de instrução muito baixo, ou são mesmo
analfabetos. Melhorar o padrão de cultura da população é importante e, no
caso do agricultor é necessário que ele possa evoluir também em seus
conhecimentos técnicos para que deixe de utilizar técnicas antiquadas que
contribuem para a baixa produtividade e desgaste do solo;
*nível de mecanização – o avanço da mecanização na agricultura vem
ocorrendo especialmente no Centro-Sul do país. A mecanização e o uso de
técnicas modernas permite um aumento da produtividade. A sua aplicação
indiscriminada, irracional, traz problemas como um desemprego acelerado no
campo e até mesmo intensificação da erosão do solo. Deve ser introduzida de
maneira planejada e deve ser estimulada como uma forma de permitir ao
produtor a competitividade para sobreviver no mercado;
*crédito rural e preços mínimos – para que o agricultor possa produzir ele
precisa de uma linha de financiamentos, com juros reduzidos, para fazer frente
aos gastos tanto no plantio (sementes, adubos, fertilizantes, equipamentos de
irrigação, ferramentas, mão-de-obra) como na colheita (máquinas,
combustível, mão-de-obra, embalagens, estocagem e transporte).
Historicamente, no Brasil, o volume de recursos à disposição para o agricultor
não tem conseguido atender a todos e muitas vezes foi mal distribuído e
desviado de suas reais finalidades (construção de hotéis-fazenda, piscinas em
mansões rurais...). Na última década o Brasil conseguiu evoluir nessa questão
e além disso tem aumentado o percentual de agricultores capitalizados o
suficiente para bancar seu próprio empreendimento. A adoção de uma política
de preços mínimos, justa, traz segurança e tranqüilidade ao produtor, desde
que não se concentre apenas em uma prática de subsídios que onerem o
Estado e dificulte a capacidade de evolução da competitividade da
agropecuária brasileira (como ocorre em países europeus).
*armazenamento e transporte - a safra agrícola tem conseguido recordes
de produção. Mas ainda permanecem problemas na armazenagem (deficiente
e/ou insuficiente, com falta de silos e armazéns, muitas vezes inapropriados
para guardar a safra) e no transporte inadequado, o que leva a perdas
significativas da colheita e a prejuízos ao agricultor. Caso ele tivesse acesso a
uma capacidade maior de armazenagem, não precisaria escoar toda a sua
produção imediatamente para o mercado e poderia conseguir um melhor preço
posteriormente.
*distribuição de terras – historicamente o modelo econômico adotado pelo
Brasil e as legislações criadas favoreceram a formação de grandes
propriedades através de um processo de concentração de terras. Nas últimas
décadas a continuidade desse processo associado à modernização agrícola
(expansão da mecanização) e à pressão por uma agricultura cada vez mais
capitalizada expulsou muitos trabalhadores do campo que se dirigiram para as
cidades no movimento migratório do êxodo rural. Os que permaneceram no
campo engrossaram movimentos sociais, organizados ou não, multiplicando-se
casos de invasões de propriedades, conflitos e mortes nas áreas rurais. A
grilagem de terras contribuiu para agravar a revolta social no campo brasileiro,
assim como a presença de posseiros preocupados com sua sobrevivência e de
sua família. A formação de grupos armados por fazendeiros para proteção de
suas terras (legais ou griladas) e a expansão das fronteiras agrícolas
brasileiras contribuíram para definir um quadro de violência e ilegalidade nas
áreas rurais, incluindo-se aí a invasão de terras indígenas, muitas vezes
massacrados na luta com os brancos. Juntam-se a todos esses atores alguns
setores progressistas da Igreja e grupos políticos ideologicamente de uma
esquerda mais radical (revolucionários) que também defendem seus pontos de
vista e interferem na questão.
Tamanho das
Propriedades
Nº de
Estab.
%
Área total
(Hectares)
%
Menos de 10 ha
10 a 50 ha
50 a 100 ha
100 a 1.000 ha
1.000 a 10.000 ha
Acima de 10.000 ha
3.099.632
1.728.232
438.192
518.618
47.931
2.174
53,07
29,6
7,5
9,0
0,8
0,03
10.029.780
39.525.515
30.153.422
131.893.957
108.397.132
56.287.168
3,0
10,5
35,0
35,0
28,5
15
Total 5.834.779 100 376.286.577 100
Distribuição das terras rurais 1966 1972 1978 1992
Propriedades com menos de 100 ha
Propriedades com mais de 1000 ha
20,4%
45,1%
16,4%
47,0%
13,5%
53,3%
15,4%
55,2%
Assim, a necessidade pela execução de uma reforma agrária no país foi
se tornando urgente e inadiável. A atuação do INCRA durante os governos
militares preocupou-se mais com a colonização agrícola de áreas vazias do
território nacional (como a Amazônia) do que com a redistribuição de terras,
enquanto se incentivava também a ocupação do cerrado por grandes
propriedades exportadoras (como a produção de soja, por exemplo). Em 1985,
no início de redemocratização do país, o governo de José Sarney cria o
Ministério da Reforma Agrária e a Constituição promulgada em 1988 contempla
um Plano Nacional de Reforma Agrária, de responsabilidade do Estado. A
desapropriação de terras improdutivas que não estejam cumprindo sua função
social está sendo feita, assim como a redistribuição de terras.
1- Superfície territorial total
2 -Área cadastrada pelo Incra
3 -Áreas devolutas nas mãos do Estado
4 -Áreas dos latifúndios
5 -Propriedades acima de 100 mil Ha (264)
6 -Propriedades de empresas estrangeiras
(estimativa)
850 milhões de hectares
600 milhões de hectares
250 milhões de hectares
285 milhões de hectares
32,5 milhões de hectares
30 milhões de hectares
O ritmo dessa reforma é contestado por alguns que a julgam lenta e
tímida. Vale lembrar que existem interesses conflitantes nessa questão e, nem
sempre os recursos suficientes para uma intensificação desse processo. Além
disso, é importante frisar que uma Reforma Agrária não pode parar
simplesmente no ato de redistribuição de terras, mas deve garantir condições
mínimas para que o camponês pobre possa produzir: linhas especiais e
subsidiadas de financiamento, treinamento e qualificação de mão-de-obra,
estímulo à formação de cooperativas e criação de centros de apoio para
armazenagem, transporte e comercialização da produção.
Projetos de Assentamentos Criados 1995/1998
Ano 1995 1996 1997 1998 Total
Projetos
Criados
314 433 644 965 2.356
Hectares Desapropriados 1995/1998
Ano Hectares
1985/1989 4.191.147
1990/1993 2.775.282
1993/1994 1.086.546
1995/1998 7.321.270
Famílias Assentadas 1995/1998
Ano Número de Famílias
1995 42.827
1996 61.674
1997 81.944
1998 101.094
Total 287.539
Ao mesmo tempo em que avança a execução do PNRA (ainda que não
seja a Reforma Agrária desejada por alguns setores da sociedade) avança a
moderna produção agroindustrial, consolidando-se no Centro-Sul do país e
estendendo-se pelo Nordeste e Amazônia. Preocupada com o aumento da
produtividade, com a melhoria da qualidade na produção agropecuária e com
ganhos de competitividade busca expandir seus mercados externos e enfrenta
a prática protecionista de muitos mercados como o europeu e o norte-
americano. Essa moderna agropecuária tem se preocupado com o uso
progressivo de sementes selecionadas, rebanhos melhorados, informatização
no campo, pesquisas agropecuárias, controle rigoroso do rebanho e até mesmo
o polêmico cultivo de trasngênicos.
Principais produtos agrícolas
O Brasil apresenta atualmente uma produção agrícola muito
diversificada. É grande produtor mundial de vários produtos. Observe o mapa
com a produção agrícola e veja alguns destaques:
*milho – é o principal produto de nossa agricultura, de amplo consumo
interno, não só pelas pessoas mas também utilizado como ração
animal. É cultivado em simples roçados e também em grandes
propriedades mecanizadas, com maior produção no Centro-Sul do país;
*soja – o maior produto agrícola de exportação do país. Foi o cultivo
de maior expansão nas últimas décadas do século XX. Grande parte da
produção é exportada no momento de entressafra para os países do
hemisfério norte. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais;
*café – o Brasil continua sendo o maior produtor e exportador mundial
e procura atualmente melhorar a imagem de qualidade do café que
produz e exporta para conquistar novos mercados mais seletivos.
Minas Gerais é o maior produtor nacional. O problema de geadas em
terras paulistas e paranaenses deslocou esse cultivo mais para o
norte, invadindo o Centro-Oeste e até a Amazônia;
*cana – o Brasil também costuma aparecer como o maior produtor
mundial e um grande exportador de açúcar. No entanto, a grande
expansão da cana a partir de meados da década de 1970 se deveu a
criação do Pró-álcool que levou a cana a ocupar grandes extensões no
Estado de São Paulo, o maior produtor nacional;
*arroz – importante alimento para abastecer o mercado interno,
muitas vezes com produção insuficiente para abastece-lo, pode ser
encontrado do sul ao norte do país. As áreas mais recentes de
produção estão no Centro-Oeste e Amazônia. O Brasil chega a ser o
maior produtor ocidental desse gênero agrícola;
Fonte: IBGE
(1999)
Área ocupada
(ha)
Produção (em t.)
Algodão 673.137 1.409.708
Soja 13.038.933 30.912.550
Café 2.213.687 3.218.306
Cana 4.878.406 334.515.317
Laranja 1.046.597 115.237.434(mil frutos)
Feijão 4.240.690 2.937.343
Milho 11.787.791 32.026.479
Arroz 3.824.916 11.727.447
Trigo 1.263.085 2.432.483
*trigo – talvez o maior problema em nossa produção agrícola porque
2/3 do mercado interno continuam sendo abastecidos com o trigo
importado da Argentina e EUA. Novas áreas de produção em climas
mais quentes permitem um aumento da colheita do trigo no país, mas
com uma produtividade menor e a um custo mais elevado;
*algodão – a produção é crescente para um mercado interno também
em expansão, especialmente na indústria têxtil. O Centro-Oeste tem se
tornado a principal área de cultivo, com destaque para o Mato Grosso;
*cacau – com dificuldades para manter posição de destaque no
mercado externo, a principal área de produção é o sul da Bahia, na
região de Ilhéus e Itabuna. Cultura afetada pela praga da vassoura-de-
bruxa que levou produtores do cacau a partirem para outros
empreendimentos;
*laranja – o Brasil disputa com os EUA a liderança mundial e é grande
exportador, especialmente para o próprio mercado norte-americano.
São Paulo é o líder da produção nacional;
*uva – destaca-se a área de produção das Serras Gaúchas, com
destino para a produção de vinho. Estamos apresentando aumento no
total colhido, bem como melhoria de qualidade, indispensável para
vendas externas de vinho.
Além desses produtos podemos lembrar do feijão (MG-SP), importante
alimento para o mercado interno, a mandioca, a banana (Vale do Ribeira) além
da maior produção de frutas tropicais.
Principais rebanhos brasileiros
A pecuária brasileira começa a ser reconhecida como de boa qualidade.
Os investimentos que estão sendo progressivamente realizados para livrar o
rebanho de doenças como a febre aftosa e o comprometimento de rebanhos na
Europa (como o mal da vaca-louca) têm levado a ampliação de alguns e a
conquista de novos mercados de exportação (analistas indicam que o Brasil
deve se tornar o maior fornecedor internacional nos próximos dez a quinze
anos). Os principais rebanhos brasileiros são os de bovinos, suínos, ovinos e
caprinos. Observe o mapa com a distribuição geográfica dos principais
rebanhos no Brasil:
*bovinos – na pecuária de corte destacam-se as regiões dos Pampas
Gaúchos, oeste paulista e Triângulo Mineiro. Pecuaristas de outras
áreas de criação preocupam-se em melhorar a qualidade de seu
rebanho. Na pecuária leiteira podemos destacar Minas Gerais (várias
áreas de criação, especialmente o sul do Estado), São Paulo (Vale do
Paraíba, São João da Boa Vista, Araras, Mococa) e Rio de Janeiro (Vale
do Paraíba e norte do Estado);
*suínos – apresenta significativos ganhos de qualidade e
especialização (mais carne e menos gordura, melhor higienização nos
locais de criação, cuidados veterinários, selecionamento dos animais)
o que tem permitido a busca de um aumento nas exportações dessa
carne;
*ovinos – o Brasil não tem destaque mundial. A maior parte do
rebanho é encontrada no Rio Grande do Sul;
*caprinos – também sem grande destaque mundial é uma criação que
está evoluindo qualitativamente. Boa parte do rebanho, rústico, pode
ser encontrada na Região Nordeste.
Quantidade de animais - unidades
Brasil
Tipo de Rebanho 1999 1998 1997 1996 1995 1994
Bovino 164.621.038 163.154.357 161.416.157 158.288.540 161.227.938 158.243.229
Suíno 30.838.616 30.006.946 29.637.109 29.202.182 36.062.103 35.141.839
Eqüino 5.831.341 5.866.780 5.831.533 5.705.096 6.394.145 6.355.725
Asinino 1.236.401 1.232.750 1.248.507 1.231.893 1.344.155 1.312.698
Muar 1.335.771 1.292.412 1.294.507 1.285.628 1.990.108 1.987.219
Bubalino 1.068.059 1.017.246 977.767 1.046.106 1.641.950 1.571.349
Ovino 14.399.960 14.268.387 14.533.716 14.725.503 18.336.432 18.436.098
Aves 804.575.808 765.222.027 760.621.670 728.086.507 729.531.299 681.088.045
Caprino 8.622.935 8.164.153 7.968.169 7.436.454 11.271.653 10.879.286
Fonte: Pesquisa Pecuária Municipal (PPM)
Podemos também destacar o rebanho de eqüinos, especialmente em
Minas Gerais e bubalinos (Ilha de Marajó, Pantanal e Vale do Ribeira). O Brasil
parece apresentar condições favoráveis para a criação de búfalos e pode se
tornar um grande criador mundial. O Brasil tem um dos maiores rebanhos de
asininos e muares e é um dos maiores criadores de aves no mundo.
Saiba mais na Internet
*Ministério da Agricultura:
www.agricultura.gov.br/
*INCRA:
http://www.incra.gov.br/
*MST:
http://www.mst.org.br/
*Reforma agrária:
http://www.cnbb.org.br/estudos/conflca1.html
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/conexao/
http://www.estadao-
escola.com.br/eescola/jornalismo/artigos/edicoeszap/zap9/09043.htm
http://www.fflch.usp.br/sdi/imprensa/producao/entrev_ariovaldo.html
http://www.uol.com.br/fol/brasil500/report_4.htm
Exercícios
1- (PUC) A laterização é um dos maiores problemas dos solos
tropicais, e a sua formação é explicada pela:
a) desintegração e decomposição das rochas
b) incorporação e decomposição dos microorganismos animais e vegetais
c) concreção ferruginosa e intemperismos que levam à remoção da sílica e
à concentração em ferro e alumínio
d) grande quantidade de partículas retentoras de umidade e a conseqüente
esterilidade
e) transformação das rochas preexistentes em virtude de novas condições
de temperatura e pressão
2- (FUVEST) Nos últimos 20 anos, houve mudança na participação
relativa dos estados brasileiros de maior produção de café. Devido:
a) à opção pelo plantio de cafés finos, à existência de solos favoráveis e
clima com menor risco de geadas, Minas Gerais foi o que mais cresceu
b) à erradicação dos velhos cafezais em 1980 e sua substituição por cafés
finos, o Rio de Janeiro está hoje entre os três maiores produtores
c) ao encarecimento da mão-de-obra e à erosão dos solos das lavouras do
Vale do Paraíba, São Paulo acusou a maior queda
d) à introdução de modernas técnicas de cultivo, o Paraná superou a
produção de todos os estados do Sudeste
e) ao aproveitamento de sua topografia favorável e à chegada de mão-de-
obra abundante e barata, o Espírito Santo registrou o maior crescimento
3- (UFMG) São características da evolução das atividades
agropecuárias da Região Sudeste, exceto:
a) crescimento significativo da mão-de-obra empregada no setor
agropecuário
b) diversificação da produção agrícola com a introdução e a ampliação de
culturas de grande valor no mercado internacional
c) realização de experiências pioneiras de aproveitamento agrícola dos
cerrados
d) expansão, nos estados setentrionais da Região Sudeste, da área
cultivada com o café
e) rápida expansão da pecuária especializada na produção de leite
4- (FUVEST) A pecuária do Brasil coloca-se, atualmente, em posição
destacada no Globo, apresentando, entretanto, problemas
característicos do setor primário que são:
a) criação extensiva, gado estabulado e localização em campos
improdutivos para a agricultura
b) criação intensiva, gado estabulado, localizado em campos esgotados
pela agricultura e campos mais interiores no país
c) criação extensiva, gado criado à solta, localização em terras esgotadas
pela agricultura e campos mais interiores do país
d) criação intensiva, gado solto e localização em campos esgotados pela
agricultura
e) criação extensiva, gado solto e a maior parte do rebanho criado em
áreas especialmente preparadas para essa atividade
5- (FUVEST) Na região Sudeste do Brasil, destacam-se duas áreas
importantes na criação de gado bovino: Triângulo Mineiro e Vale do
Paraíba. Aponte as diferenças existentes entre ambas quanto aos
objetivos da produção, tendo em vista suas localizações.
Respostas
1 – C
2 – A
3 – A
4 – C
5 – O Triângulo Mineiro caracteriza-se por uma pecuária bovina extensiva de
corte facilitada pelas áreas planálticas cobertas por cerrado e proximidade de
frigoríficos no interior de São Paulo. O Vale do Paraíba é uma área de pecuária
bovina intensiva leiteira especialmente devido à proximidade do mercado
consumidor (áreas urbanas) e boa rede de transportes.

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Agropecuária Brasil Setor Primário

  • 1. Agropecuária no Brasil A atividade da agropecuária pertence ao setor primário da economia. Apesar de não ser mais a atividade de maior importância na economia brasileira continua se destacando pela significativa participação em nosso comércio exterior, pelo emprego de aproximadamente 1/5 da PEA, pela produção de alimentos para uma população numerosa (com uma parcela que, infelizmente, não possui renda suficiente para um bom padrão alimentar) e pela produção de matérias-primas para vários setores industriais e energéticos. O Brasil possui um extenso território com relativa variedade de climas, predominantemente quentes, que nos permite o cultivo de quase todos os produtos em larga escala. Há dificuldades em se obter uma grande produção de gêneros de climas de temperaturas moderadas com custos aceitáveis. Enfrentamos problemas de geadas no Sul e Sudeste durante o inverno, inundações de verão em algumas porções do território nacional e secas prolongadas especialmente no Sertão. Mas, de uma maneira geral, não temos grandes problemas climáticos que nos impeça a prática agrícola. Encontramos vários tipos de solos no país, alguns de grande fertilidade como a terra-roxa, o massapé e o solo de várzea ou aluvial. Mas, em muitas áreas do território brasileiro, os solos possuem baixa fertilidade ou problemas como acidez elevada. Muitos solos do país, para produzirem satisfatoriamente, necessitam da aplicação de adubos, corretivos químicos e fertilizantes. Alguns problemas específicos também afetam os solos do Brasil: *lixiviação – constitui no empobrecimento dos solos em regiões de climas muito úmidos com chuvas freqüentes que através do escoamento superficial retiram o material fértil do solo; *laterização – constitui na formação de uma crosta ferruginosa endurecida próxima à superfície do solo pela concentração de óxidos de ferro e alumínio. Ocorre em áreas de clima tropical em que se alternam uma estação chuvosa (dissolução desses óxidos) e seca (quando esse material se acumula próximo à superfície e forma a crosta). *erosão e esgotamento do solo – provoca a destruição física do solo e a perda de sua qualidade. Quando desprotegido, pela retirada da vegetação, acentua-se esse processo, retirando-se as partículas que formam o solo, seus constituintes minerais e orgânicos. Quando em estágio avançado provoca a formação de sulcos profundos denominados voçorocas. É causado pela ação do clima, em áreas com chuvas intensas. Mas é agravado pelo uso de técnicas agropecuárias incorretas, predatórias e prejudiciais ao solo: desmatamento (especialmente junto às margens dos rios), monocultura sem os cuidados necessários (reposição do material fértil ao solo), cultivo seguindo a mesma linha do declive do terreno (sem a aplicação das curvas de nível e/ou terraceamento), excesso de animais sobre o solo e excesso de peso sobre o mesmo.
  • 2. Os solos constituem um importante recurso natural que deve ser preservado através de técnicas conservacionistas. A recuperação de um solo pode ser demorada e muito cara. Infelizmente, grandes parcelas de solo são sistematicamente destruídas em todo o mundo. Em algumas áreas o processo de desertificação avança sobre áreas que antes produziam alimentos (ex: sahel, na África). Sistemas de produção na agricultura A agricultura pode ser praticada de diversas formas com um conjunto de características que passamos a apresentar a seguir: Sistema extensivo técnicas simples mão-de-obra desqualificada abundância de terras baixa produtividade rápido esgotamento dos solos Esse sistema é característico de regiões com grandes extensões de terras vazias e de menor grau de desenvolvimento. Nele podemos incluir uma simples roça (como na Amazônia, entre caboclos e indígenas), com procedimentos muito simples e de caráter itinerante: retira-se uma porção da mata, realiza-se uma queimada para limpeza do terreno, misturam-se as cinzas ao solo e se realiza uma monocultura sem maiores cuidados por um breve período de dois a três anos, quando então o solo se esgota e parte-se para outra área, realizando-se o mesmo procedimento. Sistema intensivo técnicas modernas mão-de-obra qualificada terras exíguas alta produtividade conservação dos solos É um sistema característico de regiões de maior desenvolvimento, geralmente com maior ocupação humana e com o uso de pequenas e médias propriedades, especialmente produzindo para abastecimento do mercado interno. São comuns a prática da policultura e pecuária leiteira através desse sistema. Plantation grandes áreas técnicas modernas muita mão-de-obra elevada produtividade monocultura agroindústria/exportação
  • 3. Esse sistema passou a ocupar grandes áreas em países subdesenvolvidos ocupando seus melhores solos. Está principalmente voltada para o mercado externo. Aplica a mecanização quando possível (lembre-se que não é todo cultivo que permite mecanização). Mesmo assim utiliza muita mão-de-obra (trabalha com propriedades, por vezes, com milhares de hectares de extensão), principalmente temporária (o bóia-fria ou trabalhador volante), bem como o serviço de técnicos agrícolas e agrônomos. Sistemas de produção na pecuária Podemos também pensar nas características dos sistemas de criação de animais que lembram muito as características acima citadas. Sistema Extensivo grandes propriedades gado criado a solta sem cuidados veterinários raças simples uso de pastagens naturais baixa qualidade e produtividade destinado ao corte Sistema Intensivo Pequenas e médias propriedades Criação confinada em estábulos ou currais Cuidados veterinários Raças selecionadas e aprimoradas Uso de pastagens cultivadas Rações balanceadas Alta qualidade e produtividade Destinado à produção de leite Evidentemente essa classificação e características são de natureza bem didática, mas na prática é muito comum que se combinem características dos dois sistemas e, com a modernização progressiva e exigências cada vez maiores do mercado, observa-se uma rápida evolução qualitativa nas técnicas de criação. Os pecuaristas têm se preocupado em acompanhar as tendências desse mercado muito competitivo. Formas de exploração da terra As propriedades agropecuárias podem ser exploradas diretamente pelo proprietário ou indiretamente pelo: *parceiro ou meeiro – aquele que utiliza as terras do proprietário e divide com este a produção obtida; *arrendatário – aquele que paga um aluguel ao proprietário pelo uso da terra;
  • 4. *posseiro – aquele que utiliza terras que encontra vazias para uma produção de subsistência. Ocupa terras que não são suas, é o ocupante; *grileiro – falsifica títulos de propriedade e vende terras que também não são suas. Área dos estabelecimentos na agropecuária - hectare Brasil - 1996 Condição do produtor Utilização Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante Lavouras permanentes 7.016.051,919 99.400,857 188.623,190 237.549,625 Lavouras temporárias 28.045.562,364 3.495.370,390 1.234.322,765 1.477.573,392 Lavouras temporárias em descanso 7.777.183,369 168.409,614 78.527,772 285.907,931 Pastagens naturais 73.508.793,097 1.677.417,885 506.930,660 2.355.321,438 Pastagens plantadas 96.483.795,980 1.466.382,015 358.106,727 1.343.723,893 Matas e florestas naturais 84.274.120,858 925.313,519 490.995,404 3.207.152,635 Matas e florestas artificiais 4.911.897,685 320.009,375 65.859,828 98.249,042 Terras produtivas não utilizadas 15.459.393,536 141.992,480 117.568,720 641.130,606 Terras inaproveitáveis 14.178.091,879 354.699,202 133.591,865 486.217,209 Fonte – Censo Agropecuário Problemas enfrentados pela agropecuária no Brasil *reduzido aproveitamento dos espaços disponíveis – muitas terras no Brasil não apresentam qualquer forma de utilização. Parte do crescimento de nossas safras agrícolas tem dependido da incorporação de novos espaços a esse setor produtivo mas ainda podemos ampliar e muito o espaço agrícola do país; *baixo nível de instrução e cultura do agricultor – grande parte dos que trabalham na terra tem um nível de instrução muito baixo, ou são mesmo analfabetos. Melhorar o padrão de cultura da população é importante e, no caso do agricultor é necessário que ele possa evoluir também em seus conhecimentos técnicos para que deixe de utilizar técnicas antiquadas que contribuem para a baixa produtividade e desgaste do solo; *nível de mecanização – o avanço da mecanização na agricultura vem ocorrendo especialmente no Centro-Sul do país. A mecanização e o uso de técnicas modernas permite um aumento da produtividade. A sua aplicação indiscriminada, irracional, traz problemas como um desemprego acelerado no
  • 5. campo e até mesmo intensificação da erosão do solo. Deve ser introduzida de maneira planejada e deve ser estimulada como uma forma de permitir ao produtor a competitividade para sobreviver no mercado; *crédito rural e preços mínimos – para que o agricultor possa produzir ele precisa de uma linha de financiamentos, com juros reduzidos, para fazer frente aos gastos tanto no plantio (sementes, adubos, fertilizantes, equipamentos de irrigação, ferramentas, mão-de-obra) como na colheita (máquinas, combustível, mão-de-obra, embalagens, estocagem e transporte). Historicamente, no Brasil, o volume de recursos à disposição para o agricultor não tem conseguido atender a todos e muitas vezes foi mal distribuído e desviado de suas reais finalidades (construção de hotéis-fazenda, piscinas em mansões rurais...). Na última década o Brasil conseguiu evoluir nessa questão e além disso tem aumentado o percentual de agricultores capitalizados o suficiente para bancar seu próprio empreendimento. A adoção de uma política de preços mínimos, justa, traz segurança e tranqüilidade ao produtor, desde que não se concentre apenas em uma prática de subsídios que onerem o Estado e dificulte a capacidade de evolução da competitividade da agropecuária brasileira (como ocorre em países europeus). *armazenamento e transporte - a safra agrícola tem conseguido recordes de produção. Mas ainda permanecem problemas na armazenagem (deficiente e/ou insuficiente, com falta de silos e armazéns, muitas vezes inapropriados para guardar a safra) e no transporte inadequado, o que leva a perdas significativas da colheita e a prejuízos ao agricultor. Caso ele tivesse acesso a uma capacidade maior de armazenagem, não precisaria escoar toda a sua produção imediatamente para o mercado e poderia conseguir um melhor preço posteriormente. *distribuição de terras – historicamente o modelo econômico adotado pelo Brasil e as legislações criadas favoreceram a formação de grandes propriedades através de um processo de concentração de terras. Nas últimas décadas a continuidade desse processo associado à modernização agrícola (expansão da mecanização) e à pressão por uma agricultura cada vez mais capitalizada expulsou muitos trabalhadores do campo que se dirigiram para as cidades no movimento migratório do êxodo rural. Os que permaneceram no campo engrossaram movimentos sociais, organizados ou não, multiplicando-se casos de invasões de propriedades, conflitos e mortes nas áreas rurais. A grilagem de terras contribuiu para agravar a revolta social no campo brasileiro, assim como a presença de posseiros preocupados com sua sobrevivência e de sua família. A formação de grupos armados por fazendeiros para proteção de suas terras (legais ou griladas) e a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras contribuíram para definir um quadro de violência e ilegalidade nas áreas rurais, incluindo-se aí a invasão de terras indígenas, muitas vezes massacrados na luta com os brancos. Juntam-se a todos esses atores alguns setores progressistas da Igreja e grupos políticos ideologicamente de uma esquerda mais radical (revolucionários) que também defendem seus pontos de vista e interferem na questão.
  • 6. Tamanho das Propriedades Nº de Estab. % Área total (Hectares) % Menos de 10 ha 10 a 50 ha 50 a 100 ha 100 a 1.000 ha 1.000 a 10.000 ha Acima de 10.000 ha 3.099.632 1.728.232 438.192 518.618 47.931 2.174 53,07 29,6 7,5 9,0 0,8 0,03 10.029.780 39.525.515 30.153.422 131.893.957 108.397.132 56.287.168 3,0 10,5 35,0 35,0 28,5 15 Total 5.834.779 100 376.286.577 100 Distribuição das terras rurais 1966 1972 1978 1992 Propriedades com menos de 100 ha Propriedades com mais de 1000 ha 20,4% 45,1% 16,4% 47,0% 13,5% 53,3% 15,4% 55,2% Assim, a necessidade pela execução de uma reforma agrária no país foi se tornando urgente e inadiável. A atuação do INCRA durante os governos militares preocupou-se mais com a colonização agrícola de áreas vazias do território nacional (como a Amazônia) do que com a redistribuição de terras, enquanto se incentivava também a ocupação do cerrado por grandes propriedades exportadoras (como a produção de soja, por exemplo). Em 1985, no início de redemocratização do país, o governo de José Sarney cria o Ministério da Reforma Agrária e a Constituição promulgada em 1988 contempla um Plano Nacional de Reforma Agrária, de responsabilidade do Estado. A desapropriação de terras improdutivas que não estejam cumprindo sua função social está sendo feita, assim como a redistribuição de terras. 1- Superfície territorial total 2 -Área cadastrada pelo Incra 3 -Áreas devolutas nas mãos do Estado 4 -Áreas dos latifúndios 5 -Propriedades acima de 100 mil Ha (264) 6 -Propriedades de empresas estrangeiras (estimativa) 850 milhões de hectares 600 milhões de hectares 250 milhões de hectares 285 milhões de hectares 32,5 milhões de hectares 30 milhões de hectares O ritmo dessa reforma é contestado por alguns que a julgam lenta e tímida. Vale lembrar que existem interesses conflitantes nessa questão e, nem sempre os recursos suficientes para uma intensificação desse processo. Além disso, é importante frisar que uma Reforma Agrária não pode parar simplesmente no ato de redistribuição de terras, mas deve garantir condições mínimas para que o camponês pobre possa produzir: linhas especiais e subsidiadas de financiamento, treinamento e qualificação de mão-de-obra, estímulo à formação de cooperativas e criação de centros de apoio para armazenagem, transporte e comercialização da produção.
  • 7. Projetos de Assentamentos Criados 1995/1998 Ano 1995 1996 1997 1998 Total Projetos Criados 314 433 644 965 2.356 Hectares Desapropriados 1995/1998 Ano Hectares 1985/1989 4.191.147 1990/1993 2.775.282 1993/1994 1.086.546 1995/1998 7.321.270 Famílias Assentadas 1995/1998 Ano Número de Famílias 1995 42.827 1996 61.674 1997 81.944 1998 101.094 Total 287.539 Ao mesmo tempo em que avança a execução do PNRA (ainda que não seja a Reforma Agrária desejada por alguns setores da sociedade) avança a moderna produção agroindustrial, consolidando-se no Centro-Sul do país e estendendo-se pelo Nordeste e Amazônia. Preocupada com o aumento da produtividade, com a melhoria da qualidade na produção agropecuária e com ganhos de competitividade busca expandir seus mercados externos e enfrenta a prática protecionista de muitos mercados como o europeu e o norte- americano. Essa moderna agropecuária tem se preocupado com o uso progressivo de sementes selecionadas, rebanhos melhorados, informatização no campo, pesquisas agropecuárias, controle rigoroso do rebanho e até mesmo o polêmico cultivo de trasngênicos. Principais produtos agrícolas O Brasil apresenta atualmente uma produção agrícola muito diversificada. É grande produtor mundial de vários produtos. Observe o mapa com a produção agrícola e veja alguns destaques:
  • 8. *milho – é o principal produto de nossa agricultura, de amplo consumo interno, não só pelas pessoas mas também utilizado como ração animal. É cultivado em simples roçados e também em grandes propriedades mecanizadas, com maior produção no Centro-Sul do país; *soja – o maior produto agrícola de exportação do país. Foi o cultivo de maior expansão nas últimas décadas do século XX. Grande parte da produção é exportada no momento de entressafra para os países do hemisfério norte. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais; *café – o Brasil continua sendo o maior produtor e exportador mundial e procura atualmente melhorar a imagem de qualidade do café que produz e exporta para conquistar novos mercados mais seletivos. Minas Gerais é o maior produtor nacional. O problema de geadas em terras paulistas e paranaenses deslocou esse cultivo mais para o norte, invadindo o Centro-Oeste e até a Amazônia; *cana – o Brasil também costuma aparecer como o maior produtor mundial e um grande exportador de açúcar. No entanto, a grande expansão da cana a partir de meados da década de 1970 se deveu a
  • 9. criação do Pró-álcool que levou a cana a ocupar grandes extensões no Estado de São Paulo, o maior produtor nacional; *arroz – importante alimento para abastecer o mercado interno, muitas vezes com produção insuficiente para abastece-lo, pode ser encontrado do sul ao norte do país. As áreas mais recentes de produção estão no Centro-Oeste e Amazônia. O Brasil chega a ser o maior produtor ocidental desse gênero agrícola; Fonte: IBGE (1999) Área ocupada (ha) Produção (em t.) Algodão 673.137 1.409.708 Soja 13.038.933 30.912.550 Café 2.213.687 3.218.306 Cana 4.878.406 334.515.317 Laranja 1.046.597 115.237.434(mil frutos) Feijão 4.240.690 2.937.343 Milho 11.787.791 32.026.479 Arroz 3.824.916 11.727.447 Trigo 1.263.085 2.432.483 *trigo – talvez o maior problema em nossa produção agrícola porque 2/3 do mercado interno continuam sendo abastecidos com o trigo importado da Argentina e EUA. Novas áreas de produção em climas mais quentes permitem um aumento da colheita do trigo no país, mas com uma produtividade menor e a um custo mais elevado; *algodão – a produção é crescente para um mercado interno também em expansão, especialmente na indústria têxtil. O Centro-Oeste tem se tornado a principal área de cultivo, com destaque para o Mato Grosso; *cacau – com dificuldades para manter posição de destaque no mercado externo, a principal área de produção é o sul da Bahia, na região de Ilhéus e Itabuna. Cultura afetada pela praga da vassoura-de- bruxa que levou produtores do cacau a partirem para outros empreendimentos; *laranja – o Brasil disputa com os EUA a liderança mundial e é grande exportador, especialmente para o próprio mercado norte-americano. São Paulo é o líder da produção nacional; *uva – destaca-se a área de produção das Serras Gaúchas, com destino para a produção de vinho. Estamos apresentando aumento no total colhido, bem como melhoria de qualidade, indispensável para vendas externas de vinho.
  • 10. Além desses produtos podemos lembrar do feijão (MG-SP), importante alimento para o mercado interno, a mandioca, a banana (Vale do Ribeira) além da maior produção de frutas tropicais. Principais rebanhos brasileiros A pecuária brasileira começa a ser reconhecida como de boa qualidade. Os investimentos que estão sendo progressivamente realizados para livrar o rebanho de doenças como a febre aftosa e o comprometimento de rebanhos na Europa (como o mal da vaca-louca) têm levado a ampliação de alguns e a conquista de novos mercados de exportação (analistas indicam que o Brasil deve se tornar o maior fornecedor internacional nos próximos dez a quinze anos). Os principais rebanhos brasileiros são os de bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Observe o mapa com a distribuição geográfica dos principais rebanhos no Brasil: *bovinos – na pecuária de corte destacam-se as regiões dos Pampas Gaúchos, oeste paulista e Triângulo Mineiro. Pecuaristas de outras áreas de criação preocupam-se em melhorar a qualidade de seu rebanho. Na pecuária leiteira podemos destacar Minas Gerais (várias áreas de criação, especialmente o sul do Estado), São Paulo (Vale do
  • 11. Paraíba, São João da Boa Vista, Araras, Mococa) e Rio de Janeiro (Vale do Paraíba e norte do Estado); *suínos – apresenta significativos ganhos de qualidade e especialização (mais carne e menos gordura, melhor higienização nos locais de criação, cuidados veterinários, selecionamento dos animais) o que tem permitido a busca de um aumento nas exportações dessa carne; *ovinos – o Brasil não tem destaque mundial. A maior parte do rebanho é encontrada no Rio Grande do Sul; *caprinos – também sem grande destaque mundial é uma criação que está evoluindo qualitativamente. Boa parte do rebanho, rústico, pode ser encontrada na Região Nordeste. Quantidade de animais - unidades Brasil Tipo de Rebanho 1999 1998 1997 1996 1995 1994 Bovino 164.621.038 163.154.357 161.416.157 158.288.540 161.227.938 158.243.229 Suíno 30.838.616 30.006.946 29.637.109 29.202.182 36.062.103 35.141.839 Eqüino 5.831.341 5.866.780 5.831.533 5.705.096 6.394.145 6.355.725 Asinino 1.236.401 1.232.750 1.248.507 1.231.893 1.344.155 1.312.698 Muar 1.335.771 1.292.412 1.294.507 1.285.628 1.990.108 1.987.219 Bubalino 1.068.059 1.017.246 977.767 1.046.106 1.641.950 1.571.349 Ovino 14.399.960 14.268.387 14.533.716 14.725.503 18.336.432 18.436.098 Aves 804.575.808 765.222.027 760.621.670 728.086.507 729.531.299 681.088.045 Caprino 8.622.935 8.164.153 7.968.169 7.436.454 11.271.653 10.879.286 Fonte: Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) Podemos também destacar o rebanho de eqüinos, especialmente em Minas Gerais e bubalinos (Ilha de Marajó, Pantanal e Vale do Ribeira). O Brasil parece apresentar condições favoráveis para a criação de búfalos e pode se tornar um grande criador mundial. O Brasil tem um dos maiores rebanhos de asininos e muares e é um dos maiores criadores de aves no mundo. Saiba mais na Internet *Ministério da Agricultura: www.agricultura.gov.br/ *INCRA: http://www.incra.gov.br/ *MST: http://www.mst.org.br/ *Reforma agrária:
  • 12. http://www.cnbb.org.br/estudos/conflca1.html http://www.terra.com.br/istoedinheiro/conexao/ http://www.estadao- escola.com.br/eescola/jornalismo/artigos/edicoeszap/zap9/09043.htm http://www.fflch.usp.br/sdi/imprensa/producao/entrev_ariovaldo.html http://www.uol.com.br/fol/brasil500/report_4.htm Exercícios 1- (PUC) A laterização é um dos maiores problemas dos solos tropicais, e a sua formação é explicada pela: a) desintegração e decomposição das rochas b) incorporação e decomposição dos microorganismos animais e vegetais c) concreção ferruginosa e intemperismos que levam à remoção da sílica e à concentração em ferro e alumínio d) grande quantidade de partículas retentoras de umidade e a conseqüente esterilidade e) transformação das rochas preexistentes em virtude de novas condições de temperatura e pressão 2- (FUVEST) Nos últimos 20 anos, houve mudança na participação relativa dos estados brasileiros de maior produção de café. Devido: a) à opção pelo plantio de cafés finos, à existência de solos favoráveis e clima com menor risco de geadas, Minas Gerais foi o que mais cresceu b) à erradicação dos velhos cafezais em 1980 e sua substituição por cafés finos, o Rio de Janeiro está hoje entre os três maiores produtores c) ao encarecimento da mão-de-obra e à erosão dos solos das lavouras do Vale do Paraíba, São Paulo acusou a maior queda d) à introdução de modernas técnicas de cultivo, o Paraná superou a produção de todos os estados do Sudeste e) ao aproveitamento de sua topografia favorável e à chegada de mão-de- obra abundante e barata, o Espírito Santo registrou o maior crescimento 3- (UFMG) São características da evolução das atividades agropecuárias da Região Sudeste, exceto: a) crescimento significativo da mão-de-obra empregada no setor agropecuário b) diversificação da produção agrícola com a introdução e a ampliação de culturas de grande valor no mercado internacional c) realização de experiências pioneiras de aproveitamento agrícola dos cerrados d) expansão, nos estados setentrionais da Região Sudeste, da área cultivada com o café e) rápida expansão da pecuária especializada na produção de leite 4- (FUVEST) A pecuária do Brasil coloca-se, atualmente, em posição destacada no Globo, apresentando, entretanto, problemas característicos do setor primário que são:
  • 13. a) criação extensiva, gado estabulado e localização em campos improdutivos para a agricultura b) criação intensiva, gado estabulado, localizado em campos esgotados pela agricultura e campos mais interiores no país c) criação extensiva, gado criado à solta, localização em terras esgotadas pela agricultura e campos mais interiores do país d) criação intensiva, gado solto e localização em campos esgotados pela agricultura e) criação extensiva, gado solto e a maior parte do rebanho criado em áreas especialmente preparadas para essa atividade 5- (FUVEST) Na região Sudeste do Brasil, destacam-se duas áreas importantes na criação de gado bovino: Triângulo Mineiro e Vale do Paraíba. Aponte as diferenças existentes entre ambas quanto aos objetivos da produção, tendo em vista suas localizações. Respostas 1 – C 2 – A 3 – A 4 – C 5 – O Triângulo Mineiro caracteriza-se por uma pecuária bovina extensiva de corte facilitada pelas áreas planálticas cobertas por cerrado e proximidade de frigoríficos no interior de São Paulo. O Vale do Paraíba é uma área de pecuária bovina intensiva leiteira especialmente devido à proximidade do mercado consumidor (áreas urbanas) e boa rede de transportes.