O documento analisa a descendência dos Orishas na cultura iorubá e sua sobrevivência na iniciação do Batuque do RS, mostrando que os ritos podem ter sido fundados por descendentes reais dos Orishas. Segundo fontes tradicionais iorubás, os Orishas eram ancestrais poderosos que após a morte passaram a ser cultuados como divindades, e sua descendência poderia reencarnar dentro da mesma linhagem familiar real. Isso explicaria a origem dos ritos de iniciação do Batuque do RS.
Este documento apresenta o Sabeísmo e a Religião Iorubana. Resume que o Sabeísmo surgiu por volta de 4000 a.C na Caldéia e se espalhou para a África, influenciando a formação da Religião Iorubana na figura de Odudúwa. Apresenta também os principais Orixás da religião Iorubana e explica que ambas as religiões cultuam um único Deus Criador.
1) O documento descreve as principais divindades cultuadas na religião iorubá, incluindo Olódùmarè como o deus supremo, e divindades como Èsù, Obàtálá, Yemoja e Orunmila.
2) Muitas divindades estão relacionadas a elementos naturais como a terra, rios e oceanos, e são cultuadas para trazer prosperidade, saúde e equilíbrio.
3) Algumas divindades como Sàngó e Oya também estão relacionadas a aspectos como tro
1) A geomancia pode ter sido uma das bases para a formação do oráculo de Ifá na África Ocidental. A geomancia já era praticada por muitas etnias africanas com sinais divinatórios semelhantes.
2) O culto aos orixás já existia na região iorubá antes da introdução da geomancia e de Ifá. Os orixás tinham seu próprio oráculo e mitologia.
3) Ifá agregou os nomes dos signos divinatórios da geomancia aos odus que registram a cultura
Obàtálá, o Òrìsà da criação, foi encarregado por Olódùmarè de criar o mundo com seu poder de sugerir e realizar. O mito da criação do mundo pelo Òrìsà Obàtálá é fundamental na religião ioruba e será resgatado neste trabalho através da reconstrução do poema sagrado Òrìsà Dídá Ayé.
Este documento descreve a experiência do autor sendo iniciado no culto de Ifá no Benim. Ele viajou para a África em busca de conhecimento sobre esta religião e realizou uma longa pesquisa de campo. Após consultar o oráculo de Ifá, foi levado à floresta sagrada de Ifá, onde passou por rituais de iniciação durante três noites. O autor passou a compreender a importância cultural do culto de Ifá para os povos africanos.
O documento descreve os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça espiritual), èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça no òrun). Cada elemento tem uma representação material no corpo e uma contraparte espiritual no òrun. O Ìpòrí determina o Òrìsà a ser cultuado e estabelece as possibilidades, escolhas e proibições de cada indivíduo.
1) A divinação com dezesseis cawris é uma forma de adivinhação praticada pelos povos Yoruba na Nigéria e em países do Novo Mundo.
2) Ela é mais simples que a divinação Ifá, mas mais popular nas Américas, possivelmente devido à sua simplicidade e associação com divindades populares como Xangô e Iemanjá.
3) O documento apresenta as dezessete figuras dos cawris, suas associações mitológicas e o número de versos para cada uma, base
De acordo com a concepção iorubá da alma, cada pessoa possui pelo menos três partes separadas: a respiração, a sombra e o guardião ancestral. A respiração dá vida e é responsável pelos sonhos, enquanto a sombra segue o corpo sem função. O guardião ancestral reside na cabeça e está ligado ao destino individual e à crença na reencarnação. Após a morte, essas partes normalmente se separam do corpo físico e viajam para o paraíso.
Este documento apresenta o Sabeísmo e a Religião Iorubana. Resume que o Sabeísmo surgiu por volta de 4000 a.C na Caldéia e se espalhou para a África, influenciando a formação da Religião Iorubana na figura de Odudúwa. Apresenta também os principais Orixás da religião Iorubana e explica que ambas as religiões cultuam um único Deus Criador.
1) O documento descreve as principais divindades cultuadas na religião iorubá, incluindo Olódùmarè como o deus supremo, e divindades como Èsù, Obàtálá, Yemoja e Orunmila.
2) Muitas divindades estão relacionadas a elementos naturais como a terra, rios e oceanos, e são cultuadas para trazer prosperidade, saúde e equilíbrio.
3) Algumas divindades como Sàngó e Oya também estão relacionadas a aspectos como tro
1) A geomancia pode ter sido uma das bases para a formação do oráculo de Ifá na África Ocidental. A geomancia já era praticada por muitas etnias africanas com sinais divinatórios semelhantes.
2) O culto aos orixás já existia na região iorubá antes da introdução da geomancia e de Ifá. Os orixás tinham seu próprio oráculo e mitologia.
3) Ifá agregou os nomes dos signos divinatórios da geomancia aos odus que registram a cultura
Obàtálá, o Òrìsà da criação, foi encarregado por Olódùmarè de criar o mundo com seu poder de sugerir e realizar. O mito da criação do mundo pelo Òrìsà Obàtálá é fundamental na religião ioruba e será resgatado neste trabalho através da reconstrução do poema sagrado Òrìsà Dídá Ayé.
Este documento descreve a experiência do autor sendo iniciado no culto de Ifá no Benim. Ele viajou para a África em busca de conhecimento sobre esta religião e realizou uma longa pesquisa de campo. Após consultar o oráculo de Ifá, foi levado à floresta sagrada de Ifá, onde passou por rituais de iniciação durante três noites. O autor passou a compreender a importância cultural do culto de Ifá para os povos africanos.
O documento descreve os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça espiritual), èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça no òrun). Cada elemento tem uma representação material no corpo e uma contraparte espiritual no òrun. O Ìpòrí determina o Òrìsà a ser cultuado e estabelece as possibilidades, escolhas e proibições de cada indivíduo.
1) A divinação com dezesseis cawris é uma forma de adivinhação praticada pelos povos Yoruba na Nigéria e em países do Novo Mundo.
2) Ela é mais simples que a divinação Ifá, mas mais popular nas Américas, possivelmente devido à sua simplicidade e associação com divindades populares como Xangô e Iemanjá.
3) O documento apresenta as dezessete figuras dos cawris, suas associações mitológicas e o número de versos para cada uma, base
De acordo com a concepção iorubá da alma, cada pessoa possui pelo menos três partes separadas: a respiração, a sombra e o guardião ancestral. A respiração dá vida e é responsável pelos sonhos, enquanto a sombra segue o corpo sem função. O guardião ancestral reside na cabeça e está ligado ao destino individual e à crença na reencarnação. Após a morte, essas partes normalmente se separam do corpo físico e viajam para o paraíso.
Ifá é um sistema de adivinhação originário da África Ocidental entre os povos Yorubá. O sistema é conduzido pelos babalawos e utiliza métodos como o Opele-Ifá, Ikins e Merindilogun para interpretar os Odús e fornecer respostas aos consultantes. Ifá é considerado o porta-voz do Orixá Orunmilá.
O documento descreve as principais religiões afro-brasileiras, Candomblé e Umbanda, e seus elementos constituintes, incluindo nações, orixás e a estrutura dos terreiros.
Os autores descrevem os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça), Èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça). Cada elemento tem uma representação física e espiritual, e origina-se de entidades como Olórún, os ancestrais ou mitos. O Ìpòrí estabelece as relações entre o indivíduo e sua origem mítica, determinando aspectos como o orixá a ser cultuado e as
Este documento apresenta o resumo do Odu Ejiogbe do sistema divinatório Ifá. Descreve a reza, significados e orientações associadas a este Odu, incluindo sacrifícios, oferendas e regras de conduta para aqueles regidos por ele.
1) O documento discute a divinação básica usando Obi Abata, uma noz de cola de quatro lóbulos usada na religião iorubá.
2) Explica a anatomia do Obi Abata, identificando os segmentos masculinos e femininos.
3) Detalha as cinco combinações básicas de segmentos abertos e fechados usadas na divinação e o que cada uma representa.
Este documento descreve a experiência do autor iniciando-se no culto de Ifá na República do Benim, na África. Ele viajou para lá em busca de conhecimento sobre os mistérios de Ifá e, após realizar um jogo de Ifá com um babalorixa local, recebeu a mensagem de que deveria seguir esse caminho cultural. Nos dias seguintes, ele visitou vários babalawos em diferentes locais para aprender mais sobre os segredos de Ifá.
1) O livro "Èsù" da autora Juana Elbein publica em português, inglês e ioruba os principais mitos sobre Èsù, incluindo textos inéditos. 2) A obra traz uma revisão conceitual importante corrigindo um equívoco sobre qual orixá é a décima sétima pessoa dos irunmalés. 3) Apesar disso, o texto continua apresentando problemas de tradução que afetam a compreensão da teogonia ioruba na diáspora.
1) O documento fornece informações sobre um centro de orientação afro-brasileira dedicado ao culto aos orixás no Brasil, incluindo endereço, contatos e informações sobre ensinamentos e rituais como jogo de búzios e oferendas.
2) É descrito que Ifá é um sistema de adivinhação originado na África Ocidental que não é uma divindade em si, mas sim o porta-voz de Orunmilá e outros orixás.
3) Dois sistemas religiosos da Nigéria,
1. O documento descreve cargos importantes da corte real de Oyó e sua correspondência com a hierarquia do candomblé de Nação Nagô, listando os cargos e suas funções na corte e no candomblé.
2. É apresentada uma lista detalhada dos cargos dos Obás de Xangô no candomblé e sua origem nos cargos da corte de Oyó.
3. O texto discute costumes e tradições iorubás e suas semelhanças com os rituais do candomblé de Ketu no Bras
1) O documento apresenta os segredos do oráculo de Ifá e busca desvendar esses segredos para todos os interessados no culto.
2) O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito, incluindo suas características, sacrifícios associados e itans.
3) Informações importantes sobre a interpretação de Ejiogbe e condutas a serem seguidas por quem recebe esse Odu são fornecidas.
1) O documento descreve a criação do mundo segundo a mitologia iorubá, onde Olóòrun criou o universo, a terra e os humanos. 2) Obatalá foi encarregado de criar a terra, mas desobedeceu as instruções de fazer sacrifícios e acabou embriagado, deixando Elegbara roubar a cabaça da existência. 3) Odduduwa conseguiu cumprir a tarefa com sucesso após fazer os sacrifícios corretamente.
1. O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá, deidade da adivinhação na religião iorubá.
2. O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito em detalhes, incluindo suas características, prescrições e sacrifícios associados.
3. O texto fornece informações sobre a interpretação e práticas religiosas do Odu Ejiogbe de acordo com as tradições de Ifá.
O documento apresenta as previsões dos orixás Ogum, Popo e Oxum para o ano de 2015 de acordo com o babalawo Ibualam Agbé Ilê Asé. Também discute a formação de babalawos e iyanifás, os rituais de iniciação, e os principais orixás cultuados no Candomblé como Xangô, Oxum e Oxossi.
Ifá ensina sobre a adivinhação de Ifá e sua importância na vida e cultura Yoruba. O documento descreve a jornada do autor em aprender sobre Ifá diretamente de mestres na Nigéria, começando com crianças e evoluindo ao longo dos anos. Ele compartilha os primeiros dezesseis versos do Odu Ifá para ajudar outros estudantes.
Este documento fornece um resumo do conceito de adivinhação Ifa e do processo de jogar Odu. Explica que Ifa é um antigo sistema de adivinhação usado na África e na Diáspora Africana para preservar sabedoria e conhecimento através de versos poéticos e símbolos. Também descreve que existem variações regionais no método de consulta do oráculo, mas que a base comum é necessária para facilitar a comunicação entre membros da comunidade.
1) A cabaça tem ampla utilização nos ritos do Candomblé, sendo cortada e usada de diferentes formas como cuia, prato, vasilha e instrumento musical.
2) No Candomblé, cada dia da semana é dedicado a um Orixá regente associado a uma tarefa como sabedoria, trabalho e descanso. O primeiro dia é dedicado à consulta divinatória com Òrúnmìlà.
3) Diferentes partes da cabaça são usadas nos rituais para Omolu, Èsù, em obrigações
- O documento discute o mito da criação Obàtálà e Odùdúwà na cosmologia iorubá e seu significado psicológico e humano.
- Apresenta uma introdução sobre a importância dos mitos para o desenvolvimento pessoal e crescimento espiritual.
- Fornece um resumo da estrutura e conteúdo do documento, incluindo capítulos sobre a criação, concepção, síntese e o homem.
The document consists of 63 numbered pages without any other distinguishing content. It appears to be a long document such as a book or manual broken into pages but without any other contextual information provided.
This document appears to be gibberish without any coherent information that could be summarized in 3 sentences or less. It contains random letters, symbols and formatting that do not convey a clear meaning or topic that could be succinctly summarized.
Este documento presenta una secuencia de actividades matemáticas de dos horas para alumnos de 3er ciclo de primaria. Se proponen varias tareas en grupos pequeños centradas en conceptos como oficios, animales de granja, hortalizas y entorno natural para mostrar la utilidad práctica de las matemáticas y fomentar la cooperación entre los estudiantes.
La Unión Europea ha acordado un embargo petrolero contra Rusia en respuesta a la invasión de Ucrania. El embargo prohibirá las importaciones marítimas de petróleo ruso a la UE y pondrá fin a las entregas a través de oleoductos dentro de seis meses. Esta medida forma parte de un sexto paquete de sanciones de la UE destinadas a aumentar la presión económica sobre Moscú y privar al Kremlin de fondos para financiar su guerra.
Ifá é um sistema de adivinhação originário da África Ocidental entre os povos Yorubá. O sistema é conduzido pelos babalawos e utiliza métodos como o Opele-Ifá, Ikins e Merindilogun para interpretar os Odús e fornecer respostas aos consultantes. Ifá é considerado o porta-voz do Orixá Orunmilá.
O documento descreve as principais religiões afro-brasileiras, Candomblé e Umbanda, e seus elementos constituintes, incluindo nações, orixás e a estrutura dos terreiros.
Os autores descrevem os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça), Èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça). Cada elemento tem uma representação física e espiritual, e origina-se de entidades como Olórún, os ancestrais ou mitos. O Ìpòrí estabelece as relações entre o indivíduo e sua origem mítica, determinando aspectos como o orixá a ser cultuado e as
Este documento apresenta o resumo do Odu Ejiogbe do sistema divinatório Ifá. Descreve a reza, significados e orientações associadas a este Odu, incluindo sacrifícios, oferendas e regras de conduta para aqueles regidos por ele.
1) O documento discute a divinação básica usando Obi Abata, uma noz de cola de quatro lóbulos usada na religião iorubá.
2) Explica a anatomia do Obi Abata, identificando os segmentos masculinos e femininos.
3) Detalha as cinco combinações básicas de segmentos abertos e fechados usadas na divinação e o que cada uma representa.
Este documento descreve a experiência do autor iniciando-se no culto de Ifá na República do Benim, na África. Ele viajou para lá em busca de conhecimento sobre os mistérios de Ifá e, após realizar um jogo de Ifá com um babalorixa local, recebeu a mensagem de que deveria seguir esse caminho cultural. Nos dias seguintes, ele visitou vários babalawos em diferentes locais para aprender mais sobre os segredos de Ifá.
1) O livro "Èsù" da autora Juana Elbein publica em português, inglês e ioruba os principais mitos sobre Èsù, incluindo textos inéditos. 2) A obra traz uma revisão conceitual importante corrigindo um equívoco sobre qual orixá é a décima sétima pessoa dos irunmalés. 3) Apesar disso, o texto continua apresentando problemas de tradução que afetam a compreensão da teogonia ioruba na diáspora.
1) O documento fornece informações sobre um centro de orientação afro-brasileira dedicado ao culto aos orixás no Brasil, incluindo endereço, contatos e informações sobre ensinamentos e rituais como jogo de búzios e oferendas.
2) É descrito que Ifá é um sistema de adivinhação originado na África Ocidental que não é uma divindade em si, mas sim o porta-voz de Orunmilá e outros orixás.
3) Dois sistemas religiosos da Nigéria,
1. O documento descreve cargos importantes da corte real de Oyó e sua correspondência com a hierarquia do candomblé de Nação Nagô, listando os cargos e suas funções na corte e no candomblé.
2. É apresentada uma lista detalhada dos cargos dos Obás de Xangô no candomblé e sua origem nos cargos da corte de Oyó.
3. O texto discute costumes e tradições iorubás e suas semelhanças com os rituais do candomblé de Ketu no Bras
1) O documento apresenta os segredos do oráculo de Ifá e busca desvendar esses segredos para todos os interessados no culto.
2) O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito, incluindo suas características, sacrifícios associados e itans.
3) Informações importantes sobre a interpretação de Ejiogbe e condutas a serem seguidas por quem recebe esse Odu são fornecidas.
1) O documento descreve a criação do mundo segundo a mitologia iorubá, onde Olóòrun criou o universo, a terra e os humanos. 2) Obatalá foi encarregado de criar a terra, mas desobedeceu as instruções de fazer sacrifícios e acabou embriagado, deixando Elegbara roubar a cabaça da existência. 3) Odduduwa conseguiu cumprir a tarefa com sucesso após fazer os sacrifícios corretamente.
1. O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá, deidade da adivinhação na religião iorubá.
2. O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito em detalhes, incluindo suas características, prescrições e sacrifícios associados.
3. O texto fornece informações sobre a interpretação e práticas religiosas do Odu Ejiogbe de acordo com as tradições de Ifá.
O documento apresenta as previsões dos orixás Ogum, Popo e Oxum para o ano de 2015 de acordo com o babalawo Ibualam Agbé Ilê Asé. Também discute a formação de babalawos e iyanifás, os rituais de iniciação, e os principais orixás cultuados no Candomblé como Xangô, Oxum e Oxossi.
Ifá ensina sobre a adivinhação de Ifá e sua importância na vida e cultura Yoruba. O documento descreve a jornada do autor em aprender sobre Ifá diretamente de mestres na Nigéria, começando com crianças e evoluindo ao longo dos anos. Ele compartilha os primeiros dezesseis versos do Odu Ifá para ajudar outros estudantes.
Este documento fornece um resumo do conceito de adivinhação Ifa e do processo de jogar Odu. Explica que Ifa é um antigo sistema de adivinhação usado na África e na Diáspora Africana para preservar sabedoria e conhecimento através de versos poéticos e símbolos. Também descreve que existem variações regionais no método de consulta do oráculo, mas que a base comum é necessária para facilitar a comunicação entre membros da comunidade.
1) A cabaça tem ampla utilização nos ritos do Candomblé, sendo cortada e usada de diferentes formas como cuia, prato, vasilha e instrumento musical.
2) No Candomblé, cada dia da semana é dedicado a um Orixá regente associado a uma tarefa como sabedoria, trabalho e descanso. O primeiro dia é dedicado à consulta divinatória com Òrúnmìlà.
3) Diferentes partes da cabaça são usadas nos rituais para Omolu, Èsù, em obrigações
- O documento discute o mito da criação Obàtálà e Odùdúwà na cosmologia iorubá e seu significado psicológico e humano.
- Apresenta uma introdução sobre a importância dos mitos para o desenvolvimento pessoal e crescimento espiritual.
- Fornece um resumo da estrutura e conteúdo do documento, incluindo capítulos sobre a criação, concepção, síntese e o homem.
The document consists of 63 numbered pages without any other distinguishing content. It appears to be a long document such as a book or manual broken into pages but without any other contextual information provided.
This document appears to be gibberish without any coherent information that could be summarized in 3 sentences or less. It contains random letters, symbols and formatting that do not convey a clear meaning or topic that could be succinctly summarized.
Este documento presenta una secuencia de actividades matemáticas de dos horas para alumnos de 3er ciclo de primaria. Se proponen varias tareas en grupos pequeños centradas en conceptos como oficios, animales de granja, hortalizas y entorno natural para mostrar la utilidad práctica de las matemáticas y fomentar la cooperación entre los estudiantes.
La Unión Europea ha acordado un embargo petrolero contra Rusia en respuesta a la invasión de Ucrania. El embargo prohibirá las importaciones marítimas de petróleo ruso a la UE y pondrá fin a las entregas a través de oleoductos dentro de seis meses. Esta medida forma parte de un sexto paquete de sanciones de la UE destinadas a aumentar la presión económica sobre Moscú y privar al Kremlin de fondos para financiar su guerra.
Jean-Baptiste Lamarck foi um biólogo francês do século XVIII que desenvolveu uma das primeiras teorias da evolução, conhecida como teoria da herança de características adquiridas. Ele acreditava que girafas desenvolveram pescoços mais longos ao longo de gerações por esticarem seus pescoços para alcançar folhas em árvores altas, e transmitiram esses pescoços alongados para sua prole. O documento discute a história do evolucionismo de Lamarck e Darwin.
1) Los arreglos son colecciones de variables del mismo tipo que se referencian con un nombre común y pueden tener una o más dimensiones.
2) Para acceder a un elemento de un arreglo unidimensional se usa un índice, y para arreglos multidimensionales se especifican los índices de fila y columna.
3) Los documentos proporcionan ejemplos de cómo declarar, llenar y acceder arreglos unidimensionales y bidimensionales (matrices) en C, así como resumir los elementos de una matriz.
El documento repite varias veces que las personas tienen el derecho de recibir atención médica de calidad y oportuna cuando lo requieran, y el deber de tratar con respeto al personal que brinda los servicios en la institución.
1) O filho mais novo pede sua parte da herança ao pai e parte para outra terra, onde gasta todo o dinheiro vivendo de forma dissoluta. 2) Quando uma fome atinge a terra, ele passa necessidade e começa a cuidar de porcos. 3) Arrependido, ele decide voltar para casa do pai para pedir perdão.
El documento trata sobre una conversación entre dos personas donde una persona dice que no habla con personas negras aunque dice que ella no es negra sino morena. La otra persona se siente ofendida y lastimada por los comentarios. Más tarde la primera persona dice que estaba bromeando y que no quería lastimar a la otra, pidiendo perdón entre lágrimas al final.
dicas para uma melhor apresentaçao powerpoint Laura Pinho
Este documento fornece dicas para melhorar apresentações em PowerPoint, incluindo: não usar frases longas para manter a atenção; preparar a apresentação com antecedência para se sentir confiante; e usar técnicas como olhar para a audiência para não ficar nervoso.
Tiago e Gabriela estão em um relacionamento sério em Nova York. Marcia tem um desejo de vingança contra eles porque o pai de Gabriela matou a família de Marcia durante a Segunda Guerra Mundial. Cinco dias antes do casamento de Tiago e Gabriela, eles descobrem que Gabriela tem câncer, mas decidem se casar de qualquer maneira.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, tela maior e bateria de longa duração por um preço acessível. O dispositivo tem como objetivo atrair mais consumidores em mercados emergentes com suas especificações equilibradas e preço baixo. Analistas esperam que as melhorias e o preço baixo impulsionem as vendas do novo aparelho.
Este documento enumera diferentes categorías de autos destacados en el mundo, incluyendo el auto más rápido, caro, bacano, deportivo, que se vende más rápido, viejo y nuevo.
Este proyecto busca promover a los artistas y artesanos de cuatro municipios del Aljarafe (Albaida del Aljarafe, Salteras, Villanueva del Ariscal y Olivares) a través de la creación de perfiles en redes sociales y la organización de eventos. El proyecto tiene como objetivos fomentar la actividad comercial de este sector, difundir el arte y la artesanía de la región más allá de la comarca, y dar a conocer oportunidades laborales a los jóvenes en estas áreas.
A descendencia-do-orisa-130430184042-phpapp01Victor Lopes
O documento analisa a descendência dos Orishas e sua sobrevivência nos rituais de iniciação do Batuque do RS, mostrando que esses rituais podem ter sido fundados por descendentes reais dos Orishas, com base nas informações fornecidas por um babalawô reconhecido.
A posicao da mulher no culto a ancestralidade iorubaPublicitário
1) O documento discute a posição da mulher no culto à ancestralidade Yoruba, argumentando que ela é mal compreendida e foi distorcida ao longo do tempo.
2) Tradicionalmente, o culto Egungun venera tanto ancestrais masculinos quanto femininos individualmente, não apenas coletivamente como acreditavam alguns estudiosos.
3) Cultuar os ancestrais, tanto homens quanto mulheres, é essencial para a cultura Yoruba por manter viva a ancestralidade e guiar os vivos de forma digna.
O documento discute a natureza complexa dos Orixás na religião iorubá. Apresenta variações regionais no panteão dos Orixás e como seu papel está ligado à história local. Também descreve como os Orixás eram ancestrais divinizados que podiam encarnar em seus descendentes durante rituais.
Os reinos Iorubás floresceram entre os séculos VI e IX na região sudoeste da atual Nigéria. Sua cultura teve origem na cidade sagrada de Ifé e se expandiu através das dinastias estabelecidas pelos filhos do ancestral fundador Oduduwa. Até hoje, Ifé continua sendo o centro espiritual dos Iorubás.
Bangboşé Obitiko foi um importante líder religioso Yorubá que veio para o Brasil por volta de 1830 e foi responsável por estabelecer as bases do Candomblé fora da África, criando o Xirê e o jogo de 16 búzios e os primeiros terreiros de Orixás. Sua linhagem continuou influente no Candomblé de Salvador por gerações.
Os reinos Iorubás floresceram entre os séculos VI e IX na região sudoeste da atual Nigéria. Sua cultura tem origens em uma antiga população indígena com centro na cidade sagrada de Ifé. Ifé alcançou seu auge entre os séculos XII e XIV e continua sendo um importante centro religioso Iorubá.
1) O documento descreve a religião indígena iorubá, originária da Nigéria, que influenciou religiões como o candomblé no Brasil. 2) Ela explica os principais orixás cultuados e seus respectivos dias na semana sagrada iorubá, além de detalhar o jogo de búzios usado para divinação. 3) A religião iorubá prega a existência de um deus supremo e várias divindades que governam a terra e a humanidade sob sua orientação.
O documento discute o conceito de ÈLA na tradição iorubá. ÈLA é descrito como o princípio primordial da ordem e equilíbrio no mundo, que está presente desde a criação e ajuda Orumilá a manter a harmonia. Apesar de ser essencial, ÈLA não recebeu o devido reconhecimento historicamente. Histórias e versos são citados para ilustrar o papel de ÈLA em corrigir desequilíbrios e restaurar a ordem no mundo.
Este documento apresenta um resumo sobre o sistema de divinação Ifá encontrado entre o povo Yoruba da Nigéria. A introdução discute a mitologia de Ifá e seu papel central na religião e cultura Yoruba. O documento também apresenta 64 poemas do Ifá traduzidos para português, cobrindo os 16 principais odus ou categorias da poesia divinatória Ifá.
O documento resume um exercício realizado por estudantes sobre a divisão da família dos orixás nas religiões de matriz africana do Brasil. O texto analisa como cada orixá influencia os indivíduos de acordo com suas personalidades através do filme "Mensageiro entre Dois Mundos" e do artigo "Inventando a Natureza". O documento também resume os principais aspectos de seis orixás como Iemanjá, Iansã, Oxum, Orixalá, Xangô e Ogum.
O documento descreve a origem da nação iorubá e a entronação do Aláààfin, o líder supremo. Conta que Odùduwà unificou grupos antigos em Ilé-Ife, dando origem à nação iorubá. Descreve também os rituais complexos da entronação do Aláààfin, como sacrifícios e noites em casas de nobres, antes da ascensão formal ao trono como líder máximo.
O documento descreve a origem da nação iorubá e a entronação do Aláààfin, o líder supremo. Conta que Odùduwà unificou grupos antigos em Ilé-Ife, dando origem à nação iorubá. Descreve também os rituais complexos da entronação do Aláààfin, como sacrifícios e noites passadas na casa de parentes antes da ascensão ao trono.
O documento descreve as origens e principais características do Candomblé Queto, uma religião afro-brasileira de origem iorubá. Teve início em Salvador na Bahia por princesas escravizadas de Oió e Queto. Destaca os orixás Oxóssi e Exu como identificadores da nação Queto. A hierarquia é liderada pela Ialorixá ou Babalorixá.
Esu é a pedra primordial criada por Olodumare para dar início à criação. Conhecido por muitos nomes dependendo de sua função, Esu é a figura fundamental que liga os deuses aos seres humanos e executa as ordens de Olodumare. A pedra e Esu estão no cerne da cosmologia iorubá e dos rituais associados aos orixás.
Esu é a pedra primordial criada por Olodumare para dar início à criação. Conhecido por muitos nomes dependendo de sua função, Esu é a figura fundamental que liga os deuses aos seres humanos e executa as ordens de Olodumare. A pedra e Esu estão no cerne da cosmologia iorubá e dos rituais associados aos orixás.
O documento descreve as origens e principais atributos do orixá Èsú na mitologia iorubá. Resume que Èsú foi a primeira criatura criada por Olorun a partir da lama, antes de Obatala e Oduduwa. Também explica que Èsú se multiplicou em 16 aspectos ligados aos odus de Ifá e desempenha um papel fundamental como mensageiro entre os orixás e Olorun.
1) O documento resume o livro "Ewé - O Uso das Plantas na Sociedade Iorubá" de Pierre Fatumbi Verger, destacando sua importância para a religião e cultura Yorubá.
2) Questiona se o livro fornece instruções claras e completas sobre o uso correto das plantas para fins mágicos e medicinais, conforme exigido de um Babalao.
3) Argumenta que a falta de explicações pode tornar o livro perigoso se usado incorretamente, em vez de apenas mostrar a cult
Este documento descreve o grupo religioso conhecido como "Os Obás de Xangô" no terreiro de candomblé Opô Afonjá em Salvador, Bahia. A ialorixá Eugênia Ana dos Santos instituiu formalmente o grupo em 1937 com doze membros que receberam nomes inspirados na história iorubá para zelar pelo culto de Xangô. O babalaô Martiniano do Bonfim influenciou a organização do grupo com base em suas leituras sobre tradições iorubás.
Os Iorubás são o segundo maior grupo étnico na Nigéria e vivem principalmente no sudoeste do país. Sua história urbana data de 500 d.C. e cidades importantes incluem Lagos e Ibadan. Ifé é considerada a cidade sagrada dos Iorubás e onde teria começado a formação da terra segundo suas crenças.
O documento descreve as principais religiões afro-brasileiras, Candomblé e Umbanda, e seus elementos constituintes, incluindo nações, orixás e a estrutura dos terreiros.
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresNilson Almeida
Conteúdo recomendado aos cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material publicado gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxCelso Napoleon
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
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Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxCelso Napoleon
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
Este livro é uma obra antiguíssima, datado de aproximadamente o ano 300 dC. E provavelmente escrito na Síria onde o cristianismo crescia de forma pujante nos primeiros séculos da Era Cristã. O livro também é uma obra pseudo-epígrafa porque tem a pretensão de ter sido escrita pelos apóstolos para orientar a igreja na sua administração. Todavia é um livro que tem grande valor histórico porque revela como era a igreja nos primeiros séculos. Vemos que algumas coisas são bem enfática naqueles dias como o fato que só havia dois cargos na igreja [bispo ou presbítero e diácono], que uma boa parte do dinheiro coletado na igreja era usado para sustentar as viúvas e se pagava salário para os dirigentes das igrejas. Havia grupos dissidentes com enfoque na guarda da Lei de Moisés. Outra coisa que vamos percebendo ao ler esta obra era a preocupação dos cristãos em viverem uma vida santa e não havia tanta preocupação com a teologia. Ainda que vemos conceitos teológicos claros como a triunidade de Deus e o inferno eterno para os condenados. Este livro Didascalia não deve ser confundido com o DIDAQUÊ, este último é a mais antiga literatura cristã, sendo datado do ano 100 dC e o Didascalia é do ano 300. O Didascalia contem muito mais conteúdo do que o Diddaquê. Mas ambos seguem o mesmo princípio de ideias. As viúvas são tratadas no Didascalia quase como um cargo eclesiástico. Vemos em Atos 6 que o cargo de diácono foi criado para cuidar das viúvas. O cuidado social da igreja primitiva aos seus membros era patente.
Eu tomei conhecimento do livro DIDÁTICA MAGNA quando estava fazendo licenciatura em História e tínhamos que adquirir conhecimentos sobre métodos de ensinos. Não adianta conhecer história e não ter métodos didáticos para transmitir estes conhecimentos aos alunos. Neste contexto conheci Comenius e fiquei encantado com este livro. Estamos falando de um livro de séculos atrás e que revolucionou a metodologia escolar. Imagine que a educação era algo somente destinada a poucas pessoas, em geral homens, ricos, e os privilegiados. Comenius ficaria famoso e lembrado para sempre como aquele educador que tinha como lema: “ensinar tudo, para todos.” Sua missão neste mundo foi fantástica: Ele entrou em contato com vários príncipes protestantes da Europa e passou a criar um novo modelo de escola que depois se alastrou para o mundo inteiro. Comenius é um orgulho do cristianismo, porque ele era um fervoroso pastor protestante da Morávia e sua missão principal era anunciar Jesus ao mundo e ele sabia que patrocinar a educação a todas as pessoas iria levar a humanidade a outro patamar. Quem estuda a história da educação, vai se defrontar com as ideias de Comenius e como nós chegamos no século XXI em que boa parte da humanidade sabe ler e escrever graças em parte a um trabalho feito por Comenius há vários séculos atrás. Até hoje sua influencia pedagógica é grande e eu tenho a honra de republicar seu livro DIDÁTICA MAGNA com comentários. Comenius ainda foi um dos líderes do movimento enciclopédico que tentava sintetizar todo o conhecimento humano em Enciclopédias. Hoje as enciclopédias é uma realidade.
Resguardada as devidas proporções, a minha felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a Bíblia e consequentemente acabamos por estudar também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento da nação de Israel tem relação com a imigração dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois temos a história do Êxodo com Moisés e quando pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia, ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na hora e até printei este momento único. Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo, eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei uma vida inteira por este momento. Neste livro vou pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu sempre posando do lado destas peças que por tantos anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com noções do que verá lá.
Eu comecei a ter vida intelectual em 1985, vejam que coincidência, um ano após o título deste livro, e neste ano de 1985 me converti a Cristo e passei a estudar o comunismo e como os cristãos na União Soviética estavam sofrendo. Acompanhava tudo através de dois periódicos cristãos chamados: Missão Portas Abertas e “A voz dos mártires.” Neste contexto eu e o Eguinaldo Helio de Souza, que éramos novos convertidos tomamos conhecimento das obras de George Orwell, como a Revolução dos Bichos e este livro chamado “1984”. Ao longo dos últimos anos eu assino muitas obras como DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ e Eguinaldo Helio se tornou um conferencista e escritor reconhecido em todo território nacional por expor os perigos do Marxismo Cultural. Naquela época de 1985-88 eu tinha entre 15 a 17 anos e agora tenho 54 anos e o que aprendi lendo este livro naquela época se tornou tão enraizado em mim que sempre oriento as pessoas do meu círculo de amizade ou grupos de whatsapp que para entender política a primeira coisa que a pessoa precisa fazer é ler estas duas obras de George Orwell. O comunismo, o socialismo e toda forma de tirania e dominação do Estado sobre o cidadão deve ser rejeitado desde cedo pelo cidadão que tem consciência política. Só lembrando que em 2011 foi criado no Brasil a Comissão da Verdade, para reescrever a história do período do terrorismo comunista no Brasil e ao concluir os estudos, a “Comissão da Verdade” colocou os heróis como vilões e os vilões como heróis.
Este livro faz parte de um coleção de 4 livros sobre Belém em que publiquei fotos e coletei informações sobre os lugares sagrados de Belém. Um dos livros é exclusivo sobre a Basílica da Natividade e este aqui é focado em Jerônimo. Este doutor da Igreja jamais imaginaria sua importância para a história. Jerônimo foi o primeiro a traduzir a Bíblia inteira das línguas originais [hebraico e grego] para outro idioma, no caso, o latim. Jerônimo não foi um homem perfeito, tinha um temperamento agressivo, defendia algumas ideias erradas, mas era uma pessoa que amava Deus demais. Jerônimo deixou os prazeres da vida, para viver como pobre, se dedicando a estudar a Bíblia como poucos. Também amava as pessoas, dedicando sua vida também em receber as caravanas de peregrinos em Belém da Judeia. A Igreja de Santa Catarina em Belém faz parte do complexo da Basílica da Natividade. Debaixo desta igreja se encontra a gruta onde Jerônimo viveu por 34 anos. O grande teólogo é considerado um santo e um exemplo de vida.
Este livro contém três sermões de Charles Spurgeon que viveu no século XIX e é considerado um dos heróis do cristianismo, também chamado pelos seus admiradores em todo o mundo de PRÍNCIPE DOS PREGADORES ou O ULTIMO DOS PURITANOS. A vida de Charles Spurgeon é um exemplo de vida cristã e sua missão como pregador Batista fez com que seu nome fosse respeitado por todas as linhas de pensamento do cristianismo. Jesus Cristo é o nosso Salvador. Este é o tema central das pregações de Spurgeon. Nesta obra contém três sermões, são eles:
1 – Cristo e eu
2 – Perguntas e respostas desde a Cruz
3 – Boas vindas para todos que vem a Cristo
Estes sermões foram proferidos a cerca de 150 anos e quando você lê estas mensagens antigas, parece que você esta sentado em um banco, em uma igreja na Inglaterra e está ouvindo o Espírito Santo falando com você. Em CRISTO E EU vemos a necessidade de salvação, em PERGUNTAS E RESPOSTAS DESDE A CRUZ iremos entender porque Deus deixou Jesus sofrer na cruz. BOAS VINDA PARA TODOS QUE VEM A CRISTO é uma exposição clara que só podemos ser salvos por Jesus, esqueça outros deuses, santos, Maria, praticas de rituais ou boas obras. Seja sensato e venha a Cristo se quiser ser salvo.
1. A DESCENDÊNCIA DO ÒRÌSÀ
E SUA SOBREVIVÊNCIA NA INICIAÇÃO NO BATUQUE DO RS
Rudinei Borba
& Erick Wolff
Pesquisadores independentes e
Autodidatas
Novembro / 2012
RESUMO
O propósito deste texto é analisarmos a descendência do Òrìsà, e sua
sobrevivência no rito de iniciação do Batuque do R.S., mostrando a possibilidade de tais
ritos terem sido fundados por descendentes reais da linhagem dos Òrìsà, utilizando
como base para o estudo as informações fornecidas pelo bàbáláwo Chief Aikulola
Fawehinmi, sacerdote reconhecido no culto tradicional yorùbá, tanto em Osogbo quanto
em Òyó.
PALAVRAS CHAVES: òrìsà, ancestralidade africana, religiões africanas, religiões
afro-brasileiras, Batuque.
ABSTRACT
The purpose of this paper is to analyze the progeny of Orisha, and their survival
in the initiation rite of Batuque R.S., showing the possibility of such rites have been
founded for descendants of royal lineage of Orisha, using as a basis for studying the
information provided by Babalawó Aikulola Chief Fawehinmi, priest recognized in
traditional Yoruba worship, both in Osogbo as in Oyo.
KEYWORDS: orisha, african ancestry, african religions, african-brazilian religions,
batuque.
2. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
2
INTRODUÇÃO
Dentro da cultura tradicional yorùbá não aculturada existe a crença onde a
reencarnação está presente dentro do mesmo âmbito familiar e que a forma que
diferencia uma reencarnação de um personagem importante no culto e descendência do
Òrìsà (ìran-òrìsà, ìran-òòsà) se dá apenas pelo fato do mesmo ter ou não sangue real,
ou seja, descender de uma linhagem nobre da família real de um rei yorùbá. Este fato
não é muito difícil de entendermos, partindo do entendimento de um sistema
monárquico onde impera o rei e ou a rainha e que vem sido cultuado pelos povos
yorùbá através dos séculos, tendo sua origem através de Odùduwà, o progenitor da
nação yorùbá.
Segundo Abímbólá (1997, pg. 69) “para um Òrìsà receber seu status como
“divindade”, eles tiveram que vir ao mundo em forma humana para após completar
sua etapa terrestre, ser lembrado como personagens importantes dentro da cultura
religiosa yorùbá” (a tradução é nossa).
Através da fala de Abímbólá, pensamos que, após a morte de um personagem
importante yorùbá, que não tem sangue real, ele passa integrar o culto Egúngún, culto
aos ancestrais, e poderá através dos séculos se tornar um “caminho de Òrìsà”, pois tem
sangue real e descendem diretamente de uma linhagem que liga um ancestral Real
direto, como nos casos de Sàngó em Òyó, Obatàlá em Ifè, Òsóòsí em Kétu, etc.
Podemos citar outro exemplo: no culto de Òsun, não se rende homenagem
apenas ao rio que leva seu nome, em Osogbo, mas a mulher que um dia, transformou-se
em Òrìsà devido a sua importância na sociedade da qual vivia. Cultuar Sàngó não se
resume apenas em invocar e venerar o raio ou o trovão, e sim em honrá-lo pelo homem
que fora, capaz de empregar esses recursos naturais, por ter sido o grande àlàáfin de
Òyó e um grande monarca que é lembrado até os dias de hoje.
A associação de alguns Òrìsà com elementos da natureza, não é porque o crente
venere essa energia, mas antes, a memória deles enquanto homens que viveram no ayé
(terra) em tempos remotos. O fato de um yorùbá olhar um raio e saudar o imortal rei
Sàngó, faz apenas com que nunca se esqueça do mesmo.
3. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
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Abímbólá (1997, pg. 69) também relata que “após a morte dos Oba (reis)
yorùbá, eles passam da etapa de Éégún para Òrìsà, [...] nem todos os reis são
recordados, mas teoricamente tiveram oportunidade de transformar-se em um Òrìsà e
de serem lembrados pelos seus atos[...] nos dias atuais existem pessoas canonizadas
que se converteram em Òrìsà em Ilé-Ifè”. Assim ocorreu com Sàngó, Aganjú, Kori,
Oya, etc., como veremos adiante.
Entendemos que é dever de um rei (Oba) tentar ficar conhecido após seu
desempenho positivo em seu reinado. Acreditamos que assim ocorrerá com o atual Oni
de Ilé-Ifè, a excelência Oba Okunadé Sijuwàdéi, que é o descendente direto de
Odùduwà na terra.
Novamente Abímbóla1
(1971, pg. 03-04) nos fornece claramente essa noção de
Òrìsà e Éégún, como segue:
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1. Wándé Abimbólá recebeu da maioria dos Bàbáláwo o título Àwíse Àgbàiyé – Porta voz mundial da
cultura yorùbá no mundo.
2. São os Ajogun: Òfò – Prejuízos, Ègbà – Paralisia, Èjò – Problemas, Èpè – Maldição, Èwòn – Prisão,
Èse – qualquer outro malefício que possa afetar os seres humanos, entre outras energias maléficas.
(Nota dos autores)
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4
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A DESCENDÊNCIA
Lendo Abímbólá compreendemos o papel importante de um ancestral para sua
família religiosa, bem como, na forma cultuada dos mesmos, presente junto ao culto dos
Òrìsà, ajudando os homens e os conduzindo, dando assistências nas suas vidas no
mundo visível e que nos dá o entendimento de um Éégún importante possa vir a ser uma
divindade para seu povo. Percebemos também que o mesmo menciona a vinda dos
Òrìsà na terra, como também acreditamos ao escrever este ensaio. Talvez seja pelo
costume buscar-se na natureza a pedra de assentamento (ota) que o afrodescendente
acredita que o Òrìsà seja apenas uma energia da natureza.
Marins (2010, p. 66) nos mostra um antigo costume yorùbá chamado Didota que
era feito para eternizar em pedra uma pessoa poderosa:
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A partir desse antigo costume de imortalizar um personagem importante através
de uma pedra, acreditamos ter originado o culto através do ota como assentamento da
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divindade, mas não o caracteriza como sendo uma energia da natureza apenas, e sim um
ancestral que após longos anos de vida tornou-se uma pedra.
Chief Aikulola Fawehinmi3
publicou importante texto4
, que será de suma
importância para nosso entendimento sobre a descendência de Òrìsà, como segue:
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Lendo o relato do Bàbáláwo, ficou evidente a crença na descendência de Òrìsà
dentro da cultura yorùbá, ao relatar que em diferentes momentos de existência, Obatàlá
teve algumas de suas descendências em diferentes lugares e povos. Entendemos também
que esse fato é fácil de observar, uma vez que os descendentes diretos de Obatàlá foram
se tornando reis em locais conquistados.
Outro bàbáláwo, Ifáyemí Elébuìbon (1989, pg. 07) atual Arabá de Osogbo
confirma nosso pensamento quando escreve que “[...] galinhas brancas são as
oferendas favoritas de Obàtálá, e dos outros Òrìsà que são seus descendentes, como
Ogiyan, Òrìsàirowu, Òrìsà Oluofin, Òrìsà Popo… etc.” (a tradução é nossa)
Da mesma maneira fez Odùduwà em épocas remotas ao colocar seus
descendentes em locais diferentes como reis yorùbá, conforme Aulo Barretti descreve
de forma clara e objetiva:
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3. Chefe Aikulola Fawehinmi Nathan Lugo é um sacerdote de Ifá, Obatàlá e sacerdote do culto
Egúngún, sendo seu mestre, o sacerdote chefe Fakayode Faniyi. Ele é o Awo Gbawoniyi de Osogbo,
um título de grande prestígio em Ifá. Membro do templo Idinleke Ifá de Osogbo e também da
sociedade Obatàlá de Òyó.
4. Disponível em:< www.gbawoniyi.com >
6. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
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Para entendermos melhor esse assunto de reencarnações, temos primeiro ter em
mente que a cultura yorùbá é toda baseada na reencarnação e se tem a crença que esse
fato ocorre dentro do mesmo âmbito familiar, o que difere do pensamento kardecista
atual, onde a reencarnação pode ocorrer em qualquer família no mundo. Assim como as
pessoas yorùbá reencarnam no mesmo âmbito familiar, os grandes monarcas também
tinham que ter filhos para herdar o trono, e assim ocorreu também durante o reinado de
Aganjú em Òyó, onde sucedeu o trono de Àjaká, como relata Johnson (1921-1960, pg.
155) a seguir:
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5. Disponível em: < http://aulobarretti.wordpress.com/revista-ebano-ile-ife/ile-ife/ >
7. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
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O relato de Johnson nos mostra que, somente após longo tempo um descendente
poderia assumir o trono de seu reino, diferente das mitologias empregadas na cultura
Afro-brasileira, as quais afirmam que os Òrìsà possuem “caminhos” e ou “qualidades”
como caso de Aganjú e Agodo, que seriam qualidades Sàngó, entre outros.
Outra parte interessante é a questão que Kori seria um descendente sanguíneo de
Aganjú, ou seja, sua reencarnação novamente na terra, pois seria como se Aganjú
retornasse dentro do mesmo âmbito familiar através de seu neto. Entendemos também
que ao rezarem diante sua tumba, nos faz entender que Aganjú foi um homem que
viveu, mostrou seu poder, e ficou conhecido, isentando o que muito se escuta na cultura
afrodescendente aculturada que Òrìsà é uma centelha de luz ou uma energia da
natureza.
Não seria possível acreditar que uma energia da natureza ou uma faixa de luz
manifestasse em uma pessoa, pois seria o mesmo que personificar um elemento que não
possui consciência e acreditar que pudesse baixar em um ser humano, contradizendo
toda a estrutura religiosa que se baseia na ancestralidade e personificação das
divindades cultuadas, assim como acreditar na manifestação do próprio Ifá.
CAMINHOS DE ÒRÌSÀ DENTRO DA CULTURAAFRO-BRASILEIRA
Acreditamos que houve uma grande perda de conceitos tradicionais dentro da
cultura afro-brasileira, devido a não sobrevivência da mitologia tradicional. Materiais
escritos por pessoas pouco conhecedoras da cultura yorùbá tradicional acumularam
8. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
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mitologias através de gerações, causando até mesmo um desprestígio. Um destes mitos
é o que Aganjú teria até se casado com sua mãe Yemoja, desacreditando totalmente a
religião dos Òrìsà. É importante comentarmos esse fato mesmo não sendo o foco do
nosso trabalho, para que possamos ter um melhor entendimento do tema.
Altair T’Ògún (in memorian), quando ainda em vida, manteve em seu site6
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relevantes informações, um deles, o problema de “qualidades”:
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6. Disponível em: < http://www.altair.togun.nom.br/arquivo/cultura01.htm >
9. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
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Percebemos que não somos os primeiros a não concordar com a expressão
“qualidades” que foram empregadas na nossa cultura para explicar os diversos
caminhos ou descendências dos Òrìsà.
Acreditamos que a palavra “caminho” seria melhor empregada no tema
proposto, pois ficar mais evidente e de fácil entendimento, pois se traçarmos uma linha
na nossa frente, por exemplo, enchergamos o que? Um caminho! Certo? Se pensarmos
em uma linha a frente dos pés do grande imperador Sàngó, o que veremos? Acreditamos
que vemos suas “encarnações”, ou seja, sua descendência tanto real quanto seus
“caminhos de Òrìsà”, pois ele é o progenitor.
Quando falamos em seus “caminhos reais”, fica evidente que estaríamos falando
de pessoas ligadas a sua descendência sanguinea, como caso de Aganjú, Kori, seguindo
até o atual Aláàfin de Òyó, que por terem sangue real poderão se tornar um Òrìsà para
seu povo, podendo ser lembrados com passar dos tempos ou não.
Quando falamos em “caminhos de Òrìsà” muda um pouco, pois estaríamos nos
referindo a um Éégún ancestral que em vida foi iniciado no culto de Sàngó como
exemplo, e que após tempos de prestígios poderia vir manifestado em algum iniciado
como caminho de Sàngó, fato este sendo visível na tradição não aculturada yorùbá,
onde são efetuadas roupas para o Éégún nas cores e emplementos do Òrìsà ao qual
ancestral pertencia.
Usando um exemplo prático da tradição do Batuque, onde temos nomes dos
Òrìsà, como segue:
Sàngó Èdùnbadéyí: se analisarmos a expressão Sàngó, seria o imperador e Òrìsà
que veio ao mundo mostrar seu poder.
Èdùnbadéyí seria o ancestral que foi iniciado no culto de Sàngó e que após ser
cultuado como Éégún ganhou a dádiva de poder vir ajudar usando um caminho de
Sàngó. E assim sucessivamente com os demais Òrìsà do culto. Entendemos também
que para esse ancestral tornar-se um “caminho” de seu Òrìsà, levaria muitos anos e até
séculos de culto, e que talvez seja por isso que não temos tantos “caminhos” de algumas
divindades.
Analisando outro exemplo, percebemos que o culto dos Òrìsà Funfun dentro do
Batuque, é cultuado Òòsàálá como o Òrìsà, e a exemplo, Óbokún e Jóbokún seriam
10. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
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seus caminhos, ou seja, o culto de Óbokún e Jóbokún dentro do de Òòsàálá, onde talvez
explicasse o porquê se sacrifica galinhas para Òòsàálá no Batuque, e em alguns casos,
galos para Óbokún na tradição do Candomblé. Daria também o entendimento de quando
é mencionado que o iniciado é filho de Òòsàálá Óbokún e não como o próprio Òrìsà
Óbokún, sendo um caminho do mesmo. Aikulola ainda menciona:
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Na fala do Bàbáláwo, entendemos que as descendências do Òrìsà podem ser
tanto masculinas, quanto femininas. Chief Aikulola Fawehinmi relata:
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E%0 :3 F :3 (a tradução é nossa).
Nota-se claramente que o Bàbáláwo fala sobre os demais descendentes de
Obatàlá serem filhos dos mesmos e viverem em outras regiões, e que na religião
afrodescendente acredita-se que, por exemplo, Oke é uma qualidade de Obatàlá, assim
como outros Òrìsà Funfun sendo cultuados como “Caminho” de Obatàlá e descreve
que: “[...] Alguns caminhos de Obatàlá em terras Yorùbá: Òòsà Olufon, Òòsà Oluofin,
Òòsà Popo, Òòsà Ogiyan, Òòsà Rowu, Òòsà Alajo, Òòsà Ikire, Òòsà Irele, Òòsà
Ajagemo, Òòsà Ajaguna, Òòsà Ojuna, Òòsà Obanimoro, Òòsà Obaso [...]”
Se acreditarmos na descendência do Òrìsà, bem como em seus “caminhos”,
entendemos por que no culto do Batuque se oferece galinhas para os “caminhos” de
11. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
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Òòsàálá e também talvez possamos entender os demais nomes dos diferentes caminhos
das demais divindades, como: Bikín, Birín, Lajiki, Bikúyìí, Funmilayo, Bí-Omi, Deyìí,
Nikè, Bòmáaté, Olóbomi, Elefón, Odomaìyá, entre tantos outros cultuados no Batuque
Afro-Sul.
Verger (1997, pg. 18) também registrou a ancestralidade divinizada do Òrìsà,
onde efetuaremos comentários das partes retiradas de seu trabalho:
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Verger nos faz entender que, ressalvadas as diferenças ritualísticas, existe uma
semelhança filosófica no culto de Òrìsà e de Eégún quando praticados dentro do mesmo
âmbito familiar, podendo futuramente ganhar uma expansão de culto ou não, pois
mostraram seu poder quando em suas vidas terrenas. Em outro parágrafo (pg. 19)
informa:
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O autor novamente menciona que o Òrìsà “retorna” a terra para saudar e receber
honras de seus “descendentes”. Em seguida, informando sobre o culto de uma divindade
cultuada numa família em uma aldeia, conforme relata:
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12. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
12
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O autor menciona uma homenagem feita a um “caminho” de Sapatá que era
cultuado pela sua própria família, da qual o descendia, numa aldeia em Tètèpa.
Acreditamos que o “caminho” familiar do Sapatá mencionado por Verger seria
“Megban”, conforme relatou no texto e que explicaria nosso propósito de estudo.
Finalizamos a análise deste texto de Verger (pg. 19) comparando-o com outra
parte de seu relato já anteriormente citado. Não efetuaremos comentários, e deixaremos
como reflexão apenas.
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A INICIAÇÃO NO BATUQUE
Ao abordarmos o assunto sobre “caminhos” dos Òrìsà e suas descendências,
preparamos a fala para o tema proposto, que é iniciação no Batuque do R.S., pelo fato
13. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
13
dela diferenciar-se profundamente de outros segmentos religiosos afrodescendentes.
Assim, faremos um relato resumido das duas iniciações realizadas dentro do culto, para
que possamos dar sequencia no nosso estudo.
Na iniciação no Batuque não é praticado o ato da raspagem dos cabelos do novo
adepto e também não pratica o ritual do adósù7
realizado por outras religiões afro-
brasileiras. O primeiro ato iniciático se resume em lavar a cabeça do noviço com banho
de folhas8
seguido pelo oríbibo9
ou eborí10
.
Pensamos que apesar do iniciado ter passado pelo ritual de eborí, não o faz
iniciado ainda no culto de Òrìsà. Para os yorùbá, a oferenda de um quadrúpede ao Orí,
não tem nenhuma relação com a iniciação em Òrìsà. São ritos completamente
separados.
Para a segunda parte ritual, ou seja, a iniciação do adepto ao culto do Òrìsà, o
sacerdote já fez uma consulta prévia ao oráculo dos búzios na presença do mesmo,
sabendo assim, qual o dia apropriado para consagração das feituras, bem como, quais
serão os Òrìsà responsáveis pelo auxílio do cumprimento de seu destino.
Não havendo a necessidade de se raspar os cabelos, o corpo é marcado com
manteiga vegetal (òrí) no alto da cabeça, e em algumas partes vitais, sobre os quais
serão efetuados os sacrifícios prescritos.
Após ter a resposta afirmativa de quais os Òrìsà que regerão sua vida, são
escolhidos na natureza os ota (pedras) que carregam aparência ou tem alguma
particularidade ligada ao Òrìsà, caso seja necessária a sua utilização, pois nem todos são
cultuados em ota, podendo ser utilizados ou não. Dependendo da raiz religiosa praticada
dentro do Batuque, o Òrìsà também pode ser feito apenas em uma estatueta, esta
7. Um amalgama de vários elementos de origem vegetal, mineral e animal que são colocados na cabeça
do neófito durante a iniciação, sacralizando-o ao Òrìsà.
8. Estes banhos podem ser: omièrò (apaziguador; no batuque feito com folhas cheirosas.), ou omiàse
(composto com vários tipos de fôlhas). O sacerdote saberá utilizar as folhas adequadas a cada caso.
9. Ato de reverenciar Orí através de oferendas, seguido de um ritual que é composto do sacrifício de
dois pombos, o èjè deve cair apena na cabeça, sem necessidade de colocar quartinha ou qualquer
outro utensílio sagrado.
10. Ato de reverenciar Orí através de oferendas. Neste momento pode ser montada (ou não) a cremeira, e
os búzios que simbolizarão a cabeça devem ser colocados sobre a mesma, para receber o èjè.
Algumas casas montam a cremeira com os búzios, mantendo tudo vasilha, no chão, ato totalmente
desprovido de significado, pois se Orí é tudo que está acima, como poder ser montado no chão?
14. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
14
conhecida por “vulto”, e em alguns casos é utilizado apenas implementos
confeccionados em ferro, como no caso do Òrìsà Ògún. Em outros lados religiosos
também são usados o ota na companhia também do vulto.
Após ter a disposição dos objetos de culto do Òrìsà, é feito uma segunda
consulta oracular para saber qual o “caminho” dos Òrìsà que serão consagrados para o
iniciado, assim sabendo suas particularidades de culto e também suas quizilas.
Acreditamos que os caminhos11
dos Òrìsà em questão, devem ser informados ao noviço
no momento dessa consulta e nunca algum tempo depois, como vem ocorrendo
atualmente no quadro do Batuque, entregando-se os nomes dos caminhos dos mesmos
somente quando o religioso passa a sua categoria de sacerdócio.
Tendo a posse de todos os materiais que serão utilizados na feitura do Òrìsà no
novo adepto, estes objetos recebem do sacerdote um banho purificatório com as ervas
específicas, em seguida o iniciado é preparado para o momento do sacrifício dos
animais, estando já devidamente limpo através de banhos rituais, ebós e etc.
O mesmo é colocado sentado no chão de frente para o quarto de santo, tendo em
seu colo a vasilha que contem os materiais pertinentes ao culto do Òrìsà em questão,
bem como, sua moringa (quartinha). O sacerdote efetua o ato propiciatório, deixando
cair o èjè12
sobre os objetos de culto, que estão no colo do adepto, carregando-o até o
alto da cabeça do mesmo, sem a necessidade da mesma estar raspada para a ocasião
ritual, nem ter sido utilizado o adósù.
Entendemos que o fato do èjè consagrar “primeiro” os objetos que servirão de
culto do Òrìsà, e posteriormente levados à cabeça do adepto, é para despertar seu
ancestral mais “remoto”, o Òrìsà em questão, dando assim a explicação que o adepto
seria a descendência do Òrìsà, por estar recebendo esta ligação.
O àse do èjè é fixado onde cai à primeira gota (òsòòrò èkíní), assim, são os
objetos de adoração que a recebem primeiro, durante o ato de feitura do Òrìsà na
pessoa. Este é o processo inverso do primeiro ato, o do eborí, onde é a cabeça que
recebe a primeira gota e posteriormente o objeto de culto, a cremeira13
pessoal, trazendo
11. Ver exemplo de “caminhos” na (pg. 09).
12. Sangue.
13. Uma manteigueira que contém os elementos que formam o objeto de adoração de Orí.
15. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
15
assim Orí para os objetos de culto. Já na segunda parte ritualística, a do Òrìsà, é seu àse
que é levado e consagrado na pessoa. Ao final o iniciado é recolhido ao ilé14
por tempo
determinado pela divindade através do oráculo, permanecendo isolado e deitado no
chão.
Queremos enfatizar que o culto do Batuque em momento algum utilizou ota no
assentamento de orí, não raspou a cabeça e não efetua o ritual de adósù no noviço do
culto, tal qual tradicionalmente fazem os descendentes de Òrìsà na Iorubalandia, como
veremos na fala do Awo Aikulola, na entrevista a seguir:
ENTREVISTA15
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14. Casa.
15. A entrevista completa pode ser verificada na Biblioteca Orixás
<http://culturayoruba.wordpress.com/biblioteca-orixas/> pasta geral. Para o propósito deste texto foi
utilizado um resumo.
16. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
16
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Conforme podemos claramente perceber na fala do Awo Aikulola, os
descendentes de Òrìsà, por possuírem geneticamente o hereditário ìpìn sagrado em seus
corpos, não tem, segundo o bàbáláwo, a necessidade de rasparem a cabeça, nem passar
pelo ritual do adósù.
Esta informação do bàbáláwo, conforme coletada pelo entrevistador, motivou-
nos a trabalhar neste texto a hipótese de que o Batuque, até mesmo antes do Príncipe
Custódio, tenha sido fundamentado por descendentes reais não registrados
etnograficamente, que naturalmente, ao aplicarem em si mesmos o costume tradicional
de sua terra natal yorùbá, isto é, de não raspar e não usar o adósù por serem
descendentes do Òrìsà, teria instituídos em terras afro-gaúchas um costume que deveria
pertencer apenas à família real descendente da divindade, mas que por circunstâncias
várias, estendeu-se a todos, talvez como forma de sobrevivência.
Em seu site, o bàbáláwo Aikulola reafirma que, para aqueles considerados
descendentes do Òrìsà, não há não necessidade de raspar e adoxar:
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17. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
17
" % F K^ (a tradução é nossa)
Assim, de acordo com o exposto, não podemos descartar essa hipótese do
Batuque ter seus fundamentos originados por um ou mais descendentes diretos do
Òrìsà, pertencente à nobreza tradicional yorùbá, como veremos a seguir.
A NOBREZA YORÙBÁ NA FORMAÇÃO DO BATUQUE DO R.S.
Pierre Verger (1985, pg. 153-154), corroborando nossa hipótese, documentou
sobre a Na Agontimé17
que foi reconhecida pela Unesco por pertencer à família real do
Dahomey (atual Rep. Pop. do Benin), fundando a Casas das Minas, no Maranhão.
Isto abre margem para um estudo nessa direção, de que o Batuque também pode
ter sido introduzido no Rio Grande do Sul por membros de famílias reais dos yorùbá,
que não tinham em suas iniciações religiosas a necessidade de raspar os cabelos, nem
usar o adósù, por serem, como disse Aikulola, descendentes do Òrìsà.
Nesse sentido, conforme texto de Eduardo Cezimbra (Pai Tita de Xangô) há relatos
da passagem de pessoas vindas da realeza de Òyó18
:
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* 4 . 1$ B" 4 . %6, 4 .
16. Disponível em: <http://www.gbawoniyi.com/Articles.html>
17. Verger documentou que a mãe do Imperador Daomeano Guezo e esposa do Rei Agonglo, foi enviada
por Adandozan como escrava para São Luis do Maranhão no Brasil, antes de seu filho Guezo assumir
o trono em 1818. Acreditando que a mesma teria recebido o nome de Andressa, passando a fundar a
casa dos Vodúns por cultuar um Vodún que somente era cultuado pela família real que permanecia
ainda no Dahomey (atual Rep. Pop. do Benin).
18. Internet. Disponível em < http://www.xangosol.com/nacoes.htm >
18. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
18
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Ao analisarmos as partes extraídas do texto escrito por Eduardo Cezimbra, nota-
se que tivemos uma sacerdotisa que descendia de uma família nobre na áfrica. O autor
informa que seu nome seria Emília Fontes de Araújo, a qual teria introduzido os rituais
de raiz Òyó no nosso Estado, e que esta era iniciada no Òrìsà Oya, e que o seu caminho
seria Lájà19
. É informado também no relato que havia nativos africanos convivendo
juntamente com pessoas desse lado religioso no Batuque.
Pai Carlos de Aganjú registra também em seu texto intitulado20
“História do
Batuque / Nação” a possível nobreza de Mãe Emília, quando relata que ela era uma
princesa, como segue:
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Segundo Jean de Yemoja21
, “Ìyá Cezária ti Sàngó - Oba Leri era irmã de Mãe
Emília de Oya. Informando-nos que a Nação Òyó no Rio Grande do Sul teve suas
origens nas cidades de Rio Grande e Pelotas (RS) e que Ìyá Cezária ti Sàngó - Oba Leri
é tida como a matriarca do povo de Òyó vindo de Pelotas. Jean diz que os seguidores
da nação Òyó presentes em Porto Alegre (pouquíssimos em tempos atuais), tem sua
matriarca a pessoa de Mãe Emília de Oya - Oya Lájà e que segundo relatos orais, as
duas eram irmãs de santo, iniciadas pela mesma Ìyálòrìsà, a Senhora Bibica de Ògún.
Jean informa também que muito escutou dos antigos que ambas seriam vindas de Òyó e
que as sacerdotisas teriam algum tipo de nobreza sanguínea”. (informação pessoal)
Acreditamos que assim como ocorreu com caso de Na Agontimé registrado por
19. Ler: Ládja, podendo ser “aquela que vence a guerra”.
20. Disponível em Internet:<http://www.iledeaganju.com/HIST%C3%93RICO.php>
21. Descende do Òyó herdado de Mãe Emília de Oya, onde atualmente mora e trabalha como professor
de história em Curitiba (PR).
19. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
19
Verger, poderiam também ter vindo para o Rio Grande do Sul, nativos yorùbá de
descendência real, mantendo em solo afro-gaúcho o culto que aprendera ainda em solo
africano.
Se trabalharmos com a hipótese de Mãe Emília de Oya Lájà ter descendência
real africana, os fundadores do Batuque carregariam o ìpìn do Òrìsà em seus corpos, tal
como descreve o Bàbáláwo Aikulola, mantendo assim no culto do Batuque um costume
tradicional da realeza iorubá. Isto explicaria por que no Batuque, por herança cultural
dos fundamentos religiosos implantados e outorgados pelos descendentes diretos do
Òrìsà, o iniciado não tem a necessidade de raspar a cabeça, nem utilizar o adósù, tal
qual ocorre em outros segmentos religiosos afrodescendentes.
O OTA E O IGBÁ-ORÍ (Cremeira)
Este tema nada tem a ver com o objetivo deste texto, e já recebeu a devida
atenção em outro trabalho, mas como está citado na entrevista, faremos um breve
comentário. Caso o leitor deseje, poderá encontrá-lo melhor desenvolvido nos endereços
20. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
20
que constam na nota de rodapé. 22
Conforme a entrevista citada, o entrevistador pergunta ao Bàbáláwo Aikulola
sobre o uso do ota (pedra) no assentamento de orí (cabeça). A pergunta tem sua razão de
ser, porque na internet circulam alguns textos falando que o assentamento de Orí tem
ota.
O Ilé-Orí ou Igbá-Orí, chamada no Batuque de “cremeira ou manteigueira”,
além de simbolizar a cabeça, está indiretamente ligado à ancestralidade, que é
simbolizada pelo uso, no Batuque, da moringa, elemento constituído de barro, sempre
cheia de água. Ela não é “símbolo da cabeça”, como pensam alguns, apenas por que tem
forma esférica. Todo o conjunto da cremeira é um elemento transitório, que deixa de
existir quando seu possuidor volta ao òrun, diferente de alguns Òrìsà que podem ser
herdados e continuarem a ser cultuados mesmo após o desenlace do iniciado.
De acordo com a fala do bàbáláwo, o Ilé-Orí tradicional yorùbá não usa ota, e
no Batuque tradicional conservou-se também este fundamento de não utilizar ota no
assentamento de Orí.
Conforme vimos, o antigo costume yorùbá de “Didota” tem a finalidade de
“eternizar” alguém em um busto de pedra (ota), pois dentro do conceito de “Noção de
Pessoa” a pedra simboliza eternidade, láilái em yorùbá.
Assim compreendido, não faz nenhum sentido o uso do ota em assentamentos de
Orí, pois, para que se utilizaria de um símbolo de eternidade como base para algo que é
transitório e finito?
Entretanto, esta nossa fala refere-se ao Batuque, e não tem a intenção de
conflitar com outros segmentos religiosos afro-brasileiros. Por exemplo, é sabido que o
segmento do candomblé reafricanizado “resgatou” o uso do Igbá-Orí que o candomblé
tradicional perdeu, e nesse trabalho de reafricanização, convencionou-se o uso de uma
pedra.
Conforme os informantes consultados, o uso desta pedra no Igbá-Orí do
22. Internet, ver in: Revista Olorun <http://www.olorun.com.br> e Cultura Iorubá,
<http://culturayoruba.wordpress.com/o-ile-ori-e-a-cremeira-a-nocao-de-pessoa-no-batuque-do-r-
s/>
21. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
21
candomblé reafricanizado não tem a finalidade de ser um “ota” de assentamento de Orí,
mas sim, apenas “um dos elementos” que formarão o jogo de búzios do futuro
sacerdote, não tendo nenhuma conotação de assentamento. 23
Assim, a resposta do bàbáláwo Aikulola atendeu perfeitamente à finalidade da
pergunta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tivemos grande prazer ao abordarmos os temas de descendência e caminhos de
Òrìsà dentro do nosso culto afrodescendente, o qual muito aculturado ao longo dos
tempos, e que podemos através deste ensaio visualizar outros ângulos de raciocínios e
de pontos de vista.
Entendemos que o Batuque conseguiu preservar costumes tradicionais dos
yorùbá, surgindo uma grande possibilidade de, a partir da informação da entrevista do
Bàbáláwo Aikulola, compreendemos que o Batuque, ao conservar no seu rito religioso
de iniciação o costume de não raspar os cabelos e não usar adosù culminou por
preservar um costume da nobreza yorùbá, colocando-o assim muito próximo das raízes
tradicionais dos yorùbá.
Assim, a formação, fundamentação e a forma de iniciação do Batuque no Estado
do Rio Grande do Sul deixa em evidência a herança cultural de descendentes reais do
Òrìsà em África, que sobreviveram no nosso Estado.
Outro rito conservado seria a cremeira, que não usa ota, tal qual o Igbá-Orí dos
yorùbá, novamente segundo Aikulola.
Não tivemos em nenhum momento a intenção de darmos à famosa “verdade
absoluta” dos fatos, uma vez que podemos sim entender “todos juntos” um pouco mais
de nossas tradições religiosas.
Convidamos o povo de santo do Batuque a analisar com carinho o objeto deste
estudo.
23. Informação pessoal de Luiz L. Marins, conforme ouviu do Babalorixá Aulo Barretti, de Òsóòsí, no
candomblé kêtu reafricanizado.
22. A descendência do Òrìsà e sua sobrevivência na Iniciação no Batuque do RS
Rudinei Borba & Erick Wolff
22
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