1) A cabaça tem ampla utilização nos ritos do Candomblé, sendo cortada e usada de diferentes formas como cuia, prato, vasilha e instrumento musical.
2) No Candomblé, cada dia da semana é dedicado a um Orixá regente associado a uma tarefa como sabedoria, trabalho e descanso. O primeiro dia é dedicado à consulta divinatória com Òrúnmìlà.
3) Diferentes partes da cabaça são usadas nos rituais para Omolu, Èsù, em obrigações
1. O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá, deidade da adivinhação na religião iorubá.
2. O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito em detalhes, incluindo suas características, prescrições e sacrifícios associados.
3. O texto fornece informações sobre a interpretação e práticas religiosas do Odu Ejiogbe de acordo com as tradições de Ifá.
Esu é a pedra primordial criada por Olodumare para dar início à criação. Conhecido por muitos nomes dependendo de sua função, Esu é a figura fundamental que liga os deuses aos seres humanos e executa as ordens de Olodumare. A pedra e Esu estão no cerne da cosmologia iorubá e dos rituais associados aos orixás.
1) O documento discute o papel central das folhas no culto dos orixás, sendo um requisito essencial para realizar rituais e cerimônias.
2) São descritas várias folhas específicas, como suas propriedades, qual orixá pertencem e suas rezas e orikis.
3) O documento ressalta a importância do culto do orixá Osoiyn, patrono das folhas, e do cargo de Babalosoiyn, responsável por conhecer e utilizar corretamente as folhas nos ritua
1) O documento apresenta os segredos do oráculo de Ifá e busca desvendar esses segredos para todos os interessados no culto.
2) O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito, incluindo suas características, sacrifícios associados e itans.
3) Informações importantes sobre a interpretação de Ejiogbe e condutas a serem seguidas por quem recebe esse Odu são fornecidas.
1) O documento descreve a criação do mundo segundo a mitologia iorubá, onde Olóòrun criou o universo, a terra e os humanos. 2) Obatalá foi encarregado de criar a terra, mas desobedeceu as instruções de fazer sacrifícios e acabou embriagado, deixando Elegbara roubar a cabaça da existência. 3) Odduduwa conseguiu cumprir a tarefa com sucesso após fazer os sacrifícios corretamente.
1) O documento resume o livro "Ewé - O Uso das Plantas na Sociedade Iorubá" de Pierre Fatumbi Verger, destacando sua importância para a religião e cultura Yorubá.
2) Questiona se o livro fornece instruções claras e completas sobre o uso correto das plantas para fins mágicos e medicinais, conforme exigido de um Babalao.
3) Argumenta que a falta de explicações pode tornar o livro perigoso se usado incorretamente, em vez de apenas mostrar a cult
Hermoso libro que cuenta la historia de la formación de la tierra y relata las personalidades de cada orixa haciendo de este libro algo muy interesante desde el principio al fin
Ifá é um sistema de adivinhação originário da África Ocidental entre os povos Yorubá. O sistema é conduzido pelos babalawos e utiliza métodos como o Opele-Ifá, Ikins e Merindilogun para interpretar os Odús e fornecer respostas aos consultantes. Ifá é considerado o porta-voz do Orixá Orunmilá.
1. O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá, deidade da adivinhação na religião iorubá.
2. O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito em detalhes, incluindo suas características, prescrições e sacrifícios associados.
3. O texto fornece informações sobre a interpretação e práticas religiosas do Odu Ejiogbe de acordo com as tradições de Ifá.
Esu é a pedra primordial criada por Olodumare para dar início à criação. Conhecido por muitos nomes dependendo de sua função, Esu é a figura fundamental que liga os deuses aos seres humanos e executa as ordens de Olodumare. A pedra e Esu estão no cerne da cosmologia iorubá e dos rituais associados aos orixás.
1) O documento discute o papel central das folhas no culto dos orixás, sendo um requisito essencial para realizar rituais e cerimônias.
2) São descritas várias folhas específicas, como suas propriedades, qual orixá pertencem e suas rezas e orikis.
3) O documento ressalta a importância do culto do orixá Osoiyn, patrono das folhas, e do cargo de Babalosoiyn, responsável por conhecer e utilizar corretamente as folhas nos ritua
1) O documento apresenta os segredos do oráculo de Ifá e busca desvendar esses segredos para todos os interessados no culto.
2) O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito, incluindo suas características, sacrifícios associados e itans.
3) Informações importantes sobre a interpretação de Ejiogbe e condutas a serem seguidas por quem recebe esse Odu são fornecidas.
1) O documento descreve a criação do mundo segundo a mitologia iorubá, onde Olóòrun criou o universo, a terra e os humanos. 2) Obatalá foi encarregado de criar a terra, mas desobedeceu as instruções de fazer sacrifícios e acabou embriagado, deixando Elegbara roubar a cabaça da existência. 3) Odduduwa conseguiu cumprir a tarefa com sucesso após fazer os sacrifícios corretamente.
1) O documento resume o livro "Ewé - O Uso das Plantas na Sociedade Iorubá" de Pierre Fatumbi Verger, destacando sua importância para a religião e cultura Yorubá.
2) Questiona se o livro fornece instruções claras e completas sobre o uso correto das plantas para fins mágicos e medicinais, conforme exigido de um Babalao.
3) Argumenta que a falta de explicações pode tornar o livro perigoso se usado incorretamente, em vez de apenas mostrar a cult
Hermoso libro que cuenta la historia de la formación de la tierra y relata las personalidades de cada orixa haciendo de este libro algo muy interesante desde el principio al fin
Ifá é um sistema de adivinhação originário da África Ocidental entre os povos Yorubá. O sistema é conduzido pelos babalawos e utiliza métodos como o Opele-Ifá, Ikins e Merindilogun para interpretar os Odús e fornecer respostas aos consultantes. Ifá é considerado o porta-voz do Orixá Orunmilá.
Este documento contém 10 orins (cânticos sagrados) dedicados a Obatalá, o orixá da criação e da paz. As orins celebram Obatalá como o pai e criador de toda a humanidade, enfatizando sua importância e pedindo suas bênçãos.
O documento descreve os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça espiritual), èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça no òrun). Cada elemento tem uma representação material no corpo e uma contraparte espiritual no òrun. O Ìpòrí determina o Òrìsà a ser cultuado e estabelece as possibilidades, escolhas e proibições de cada indivíduo.
Obàtálá, o Òrìsà da criação, foi encarregado por Olódùmarè de criar o mundo com seu poder de sugerir e realizar. O mito da criação do mundo pelo Òrìsà Obàtálá é fundamental na religião ioruba e será resgatado neste trabalho através da reconstrução do poema sagrado Òrìsà Dídá Ayé.
O documento apresenta as previsões dos orixás Ogum, Popo e Oxum para o ano de 2015 de acordo com o babalawo Ibualam Agbé Ilê Asé. Também discute a formação de babalawos e iyanifás, os rituais de iniciação, e os principais orixás cultuados no Candomblé como Xangô, Oxum e Oxossi.
Este documento apresenta o resumo do Odu Ejiogbe do sistema divinatório Ifá. Descreve a reza, significados e orientações associadas a este Odu, incluindo sacrifícios, oferendas e regras de conduta para aqueles regidos por ele.
Este documento descreve a experiência do autor sendo iniciado no culto de Ifá no Benim. Ele viajou para a África em busca de conhecimento sobre esta religião e realizou uma longa pesquisa de campo. Após consultar o oráculo de Ifá, foi levado à floresta sagrada de Ifá, onde passou por rituais de iniciação durante três noites. O autor passou a compreender a importância cultural do culto de Ifá para os povos africanos.
O documento descreve a tradição religiosa Yorubá, incluindo sua cosmogonia, divindades principais como Olodumare e Orunmilá, e mitos da criação da Terra. A religião envolve a manipulação de três tipos de "sangue" (axé) - vermelho, branco e negro - que representam forças vitais encontradas na natureza. Orunmilá é o orixá da sabedoria que entregou o sistema de adivinhação Ifá para guiar a humanidade após seu retorno ao mundo espiritual O
Este documento fornece uma lista extensa de termos e expressões relacionados à religião Candomblé e à cultura africana. Inclui palavras da língua iorubá e outras influências linguísticas africanas, descrevendo orixás, títulos sacerdotais, comidas, rituais e objetos utilizados no culto. A lista é apresentada em ordem alfabética e contém explicações curtas de significado para muitos termos.
Os autores descrevem os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça), Èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça). Cada elemento tem uma representação física e espiritual, e origina-se de entidades como Olórún, os ancestrais ou mitos. O Ìpòrí estabelece as relações entre o indivíduo e sua origem mítica, determinando aspectos como o orixá a ser cultuado e as
Este documento descreve a experiência do autor iniciando-se no culto de Ifá na República do Benim, na África. Ele viajou para lá em busca de conhecimento sobre os mistérios de Ifá e, após realizar um jogo de Ifá com um babalorixa local, recebeu a mensagem de que deveria seguir esse caminho cultural. Nos dias seguintes, ele visitou vários babalawos em diferentes locais para aprender mais sobre os segredos de Ifá.
O documento descreve os principais toques de atabaque do Candomblé, incluindo toques para saudação de visitantes, chamada de orixás e ritmos específicos para cada orixá. Também lista comidas rituais tradicionais oferecidas aos orixás no Candomblé.
O documento descreve a mitologia do povo Iorubá da Nigéria, incluindo:
1) A criação do mundo por Olorum e a criação do homem por Oxalá usando lama fornecida por Nanã;
2) Os orixás criados por Olorum para representar seus domínios, como Exu, Oxalá e Iemanjá;
3) A sincretização dos orixás com santos católicos para driblar a vigilância religiosa durante a escravidão.
1. O documento apresenta um tratado de Ifá destinado ao uso exclusivo de Babalawos. 2. Ele contém informações sobre diversas cerimônias de Ifá que um Babalawo deve conhecer para seu aprendizado no primeiro ano. 3. O autor espera que o guia de estudos ajude novos sacerdotes de Ifá e contribua para a organização da religião, transmitindo os conhecimentos através de gerações de forma escrita.
Este documento apresenta um resumo sobre o sistema de divinação Ifá encontrado entre o povo Yoruba da Nigéria. A introdução discute a mitologia de Ifá e seu papel central na religião e cultura Yoruba. O documento também apresenta 64 poemas do Ifá traduzidos para português, cobrindo os 16 principais odus ou categorias da poesia divinatória Ifá.
(1) O documento discute vários processos de cura tradicionais, incluindo o uso de ervas medicinais. (2) Ele também descreve vários procedimentos rituais que envolvem o uso de folhas para propósitos tanto benéficos quanto maléficos. (3) As folhas podem ser usadas para tratar doenças, proteger contra a morte, aumentar a fertilidade e a sorte, ou até mesmo amaldiçoar ou matar alguém.
Ifá ensina sobre a adivinhação de Ifá e sua importância na vida e cultura Yoruba. O documento descreve a jornada do autor em aprender sobre Ifá diretamente de mestres na Nigéria, começando com crianças e evoluindo ao longo dos anos. Ele compartilha os primeiros dezesseis versos do Odu Ifá para ajudar outros estudantes.
O documento discute o conceito de Abiku na tradição iorubá. Abiku são crianças que nascem para morrer, podendo renascer várias vezes na mesma mãe. Rituais como o Sara são realizados para agradar o orixá Aragbo e afastar a morte dessas crianças. O documento também aborda a relação entre Ori, Ifá e o destino individual de acordo com a tradição iorubá.
O documento apresenta um curso gratuito de introdução ao idioma iorubá ministrado por Vanderson Nogueira, professor e empreendedor da área linguística e cultural afro-brasileira. O curso contém lições básicas sobre o alfabeto, pronúncia, saudações, dias da semana e números em iorubá. O objetivo é despertar o interesse dos alunos e apresentar uma amostra do que é possível aprender sobre a língua e cultura iorubanas.
Este documento descreve os 16 resultados possíveis de um jogo de búzios no método da nação do Ketu, indicando o orixá responsável por cada resultado e os significados associados. Os resultados variam de mensagens positivas sobre saúde, felicidade e sucesso a alertas sobre possíveis problemas, doenças e até mesmo a morte.
IORUBÁS E BANTOS: cultura afro-brasileira- Prof. Elvis JohnElvisJohnR
Os slides trabalham as característica gerais dos reinos africanos iorubás e bantos (economia, costumes, formas de governo).
Também retrata suas práticas religiosas que deram origem, no Brasil, à Umbanda, ao Candomblé e ao Tambor de Mina.
Para contatos:
@ELVISHISTORIA
Canal no You Tube: https://www.youtube.com/channel/UCj46dbDuCUR8V0vR9amskjA
Humanas Mais
VÍDEOS SOBRE O TEMA:
https://youtu.be/SjLPbLfLF-E
https://youtu.be/Fpcb5OYaNp8
O documento descreve o Candomblé, uma religião de origem africana trazida pelos escravos para o Brasil. Detalha a estrutura do culto, incluindo os Orixás como forças da natureza, os papéis do Babalorixá e do Axé. Explica também a crença nos mundos físico e espiritual, e a importância dos rituais para manter o equilíbrio entre eles.
O documento fornece instruções sobre ebós (oferecimentos) no Candomblé, incluindo o Ebó Iku para afastar a morte, o Ebó Egum para afastar espíritos sofredores e o Bori, um ritual de limpeza espiritual. Ele lista os ingredientes e procedimentos para realizar esses rituais, como cantigas e a ordem de colocar os ingredientes no corpo.
Este documento contém 10 orins (cânticos sagrados) dedicados a Obatalá, o orixá da criação e da paz. As orins celebram Obatalá como o pai e criador de toda a humanidade, enfatizando sua importância e pedindo suas bênçãos.
O documento descreve os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça espiritual), èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça no òrun). Cada elemento tem uma representação material no corpo e uma contraparte espiritual no òrun. O Ìpòrí determina o Òrìsà a ser cultuado e estabelece as possibilidades, escolhas e proibições de cada indivíduo.
Obàtálá, o Òrìsà da criação, foi encarregado por Olódùmarè de criar o mundo com seu poder de sugerir e realizar. O mito da criação do mundo pelo Òrìsà Obàtálá é fundamental na religião ioruba e será resgatado neste trabalho através da reconstrução do poema sagrado Òrìsà Dídá Ayé.
O documento apresenta as previsões dos orixás Ogum, Popo e Oxum para o ano de 2015 de acordo com o babalawo Ibualam Agbé Ilê Asé. Também discute a formação de babalawos e iyanifás, os rituais de iniciação, e os principais orixás cultuados no Candomblé como Xangô, Oxum e Oxossi.
Este documento apresenta o resumo do Odu Ejiogbe do sistema divinatório Ifá. Descreve a reza, significados e orientações associadas a este Odu, incluindo sacrifícios, oferendas e regras de conduta para aqueles regidos por ele.
Este documento descreve a experiência do autor sendo iniciado no culto de Ifá no Benim. Ele viajou para a África em busca de conhecimento sobre esta religião e realizou uma longa pesquisa de campo. Após consultar o oráculo de Ifá, foi levado à floresta sagrada de Ifá, onde passou por rituais de iniciação durante três noites. O autor passou a compreender a importância cultural do culto de Ifá para os povos africanos.
O documento descreve a tradição religiosa Yorubá, incluindo sua cosmogonia, divindades principais como Olodumare e Orunmilá, e mitos da criação da Terra. A religião envolve a manipulação de três tipos de "sangue" (axé) - vermelho, branco e negro - que representam forças vitais encontradas na natureza. Orunmilá é o orixá da sabedoria que entregou o sistema de adivinhação Ifá para guiar a humanidade após seu retorno ao mundo espiritual O
Este documento fornece uma lista extensa de termos e expressões relacionados à religião Candomblé e à cultura africana. Inclui palavras da língua iorubá e outras influências linguísticas africanas, descrevendo orixás, títulos sacerdotais, comidas, rituais e objetos utilizados no culto. A lista é apresentada em ordem alfabética e contém explicações curtas de significado para muitos termos.
Os autores descrevem os principais componentes da personalidade no sistema religioso Nagô, incluindo Orí (a cabeça), Èmí (o princípio da existência), e Ìpòrí (a matéria original que molda cada cabeça). Cada elemento tem uma representação física e espiritual, e origina-se de entidades como Olórún, os ancestrais ou mitos. O Ìpòrí estabelece as relações entre o indivíduo e sua origem mítica, determinando aspectos como o orixá a ser cultuado e as
Este documento descreve a experiência do autor iniciando-se no culto de Ifá na República do Benim, na África. Ele viajou para lá em busca de conhecimento sobre os mistérios de Ifá e, após realizar um jogo de Ifá com um babalorixa local, recebeu a mensagem de que deveria seguir esse caminho cultural. Nos dias seguintes, ele visitou vários babalawos em diferentes locais para aprender mais sobre os segredos de Ifá.
O documento descreve os principais toques de atabaque do Candomblé, incluindo toques para saudação de visitantes, chamada de orixás e ritmos específicos para cada orixá. Também lista comidas rituais tradicionais oferecidas aos orixás no Candomblé.
O documento descreve a mitologia do povo Iorubá da Nigéria, incluindo:
1) A criação do mundo por Olorum e a criação do homem por Oxalá usando lama fornecida por Nanã;
2) Os orixás criados por Olorum para representar seus domínios, como Exu, Oxalá e Iemanjá;
3) A sincretização dos orixás com santos católicos para driblar a vigilância religiosa durante a escravidão.
1. O documento apresenta um tratado de Ifá destinado ao uso exclusivo de Babalawos. 2. Ele contém informações sobre diversas cerimônias de Ifá que um Babalawo deve conhecer para seu aprendizado no primeiro ano. 3. O autor espera que o guia de estudos ajude novos sacerdotes de Ifá e contribua para a organização da religião, transmitindo os conhecimentos através de gerações de forma escrita.
Este documento apresenta um resumo sobre o sistema de divinação Ifá encontrado entre o povo Yoruba da Nigéria. A introdução discute a mitologia de Ifá e seu papel central na religião e cultura Yoruba. O documento também apresenta 64 poemas do Ifá traduzidos para português, cobrindo os 16 principais odus ou categorias da poesia divinatória Ifá.
(1) O documento discute vários processos de cura tradicionais, incluindo o uso de ervas medicinais. (2) Ele também descreve vários procedimentos rituais que envolvem o uso de folhas para propósitos tanto benéficos quanto maléficos. (3) As folhas podem ser usadas para tratar doenças, proteger contra a morte, aumentar a fertilidade e a sorte, ou até mesmo amaldiçoar ou matar alguém.
Ifá ensina sobre a adivinhação de Ifá e sua importância na vida e cultura Yoruba. O documento descreve a jornada do autor em aprender sobre Ifá diretamente de mestres na Nigéria, começando com crianças e evoluindo ao longo dos anos. Ele compartilha os primeiros dezesseis versos do Odu Ifá para ajudar outros estudantes.
O documento discute o conceito de Abiku na tradição iorubá. Abiku são crianças que nascem para morrer, podendo renascer várias vezes na mesma mãe. Rituais como o Sara são realizados para agradar o orixá Aragbo e afastar a morte dessas crianças. O documento também aborda a relação entre Ori, Ifá e o destino individual de acordo com a tradição iorubá.
O documento apresenta um curso gratuito de introdução ao idioma iorubá ministrado por Vanderson Nogueira, professor e empreendedor da área linguística e cultural afro-brasileira. O curso contém lições básicas sobre o alfabeto, pronúncia, saudações, dias da semana e números em iorubá. O objetivo é despertar o interesse dos alunos e apresentar uma amostra do que é possível aprender sobre a língua e cultura iorubanas.
Este documento descreve os 16 resultados possíveis de um jogo de búzios no método da nação do Ketu, indicando o orixá responsável por cada resultado e os significados associados. Os resultados variam de mensagens positivas sobre saúde, felicidade e sucesso a alertas sobre possíveis problemas, doenças e até mesmo a morte.
IORUBÁS E BANTOS: cultura afro-brasileira- Prof. Elvis JohnElvisJohnR
Os slides trabalham as característica gerais dos reinos africanos iorubás e bantos (economia, costumes, formas de governo).
Também retrata suas práticas religiosas que deram origem, no Brasil, à Umbanda, ao Candomblé e ao Tambor de Mina.
Para contatos:
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Humanas Mais
VÍDEOS SOBRE O TEMA:
https://youtu.be/SjLPbLfLF-E
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O documento descreve o Candomblé, uma religião de origem africana trazida pelos escravos para o Brasil. Detalha a estrutura do culto, incluindo os Orixás como forças da natureza, os papéis do Babalorixá e do Axé. Explica também a crença nos mundos físico e espiritual, e a importância dos rituais para manter o equilíbrio entre eles.
O documento fornece instruções sobre ebós (oferecimentos) no Candomblé, incluindo o Ebó Iku para afastar a morte, o Ebó Egum para afastar espíritos sofredores e o Bori, um ritual de limpeza espiritual. Ele lista os ingredientes e procedimentos para realizar esses rituais, como cantigas e a ordem de colocar os ingredientes no corpo.
O documento descreve a história e as características dos principais cultos afro-brasileiros. Começa com a proibição das práticas religiosas dos escravos e o sincretismo com o catolicismo. Detalha os principais cultos como candomblé, xangô, tambor-de-mina, umbanda e outros, descrevendo suas origens, rituais, músicas e instrumentos. Explica também o sincretismo entre esses cultos e outras religiões no Brasil ao longo do tempo.
O documento descreve os ritos afro-brasileiros, incluindo o Candomblé e a Umbanda. O Candomblé tem origem nos cultos dos orixás dos negros sudaneses e envolve a adoração de divindades como Oxalá e Iemanjá. A Umbanda surgiu da mistura dos ritos bantus com o espiritismo e foca no curandeirismo, evocando espíritos como os Pretos-velhos. Ambas as religiões sofreram influência do Catolicismo durante a escravidão e do sincretismo
1) Algumas crianças nascidas em países iorubás são consideradas abikús, seres que nascem para morrer várias vezes, indo e vindo do céu para a terra.
2) Histórias de Ifá, sistema de adivinhação iorubá, falam sobre sociedades de abikús no céu e rituais para reter os abikús na terra através de oferendas.
3) Plantas sagradas, roupas e objetos oferecidos nos rituais simbolizam pactos feitos pelos abikús e pode
Este capítulo descreve o corpo humano como o santuário do espírito encarnado, formado de matéria densa para permitir que o espírito exerça suas atividades no mundo físico enquanto permanece ligado ao mundo espiritual. O corpo é constituído de tecidos e órgãos especializados que funcionam de forma integrada para permitir a interação do espírito com o meio ambiente por meio dos sentidos.
O documento discute a linguagem utilizada nas comunidades religiosas afro-brasileiras, analisando as línguas africanas incorporadas no português brasileiro e observando o léxico nos candomblés. O autor realizou pesquisa etnológica e linguística sobre três principais grupos linguísticos: Banto, Iorubá e Éwe.
Este documento descreve a estrutura e os rituais do candomblé paulista, incluindo:
1) A iniciação de novos membros envolve rituais privados como "bolar", quando o orixá incorpora a pessoa, e o "orô" de assentamento do orixá na cabeça do iniciado.
2) As cerimônias públicas chamadas "toques" usam música ritual para incorporar os orixás.
3) O candomblé paulista se desenvolveu a partir de influências de outras regiões, criando
1) A culinária do Candomblé é importante para oferecer comidas sagradas aos Orixás. 2) As comidas oferecidas simbolizam as preferências alimentares dos Orixás quando habitavam a terra. 3) As oferendas de comida transmitem pedidos aos Orixás e ao serem devolvidas à natureza reciclam a energia Axé.
1) O documento lista receitas e comidas rituais associadas a vários orixás do candomblé, incluindo acarajé, amalá, e comidas para Exu, Ogum, Iansã e outros.
2) São fornecidos ingredientes e instruções de preparo detalhadas para pratos como farofa de feijão, manjar branco e farofa de carne seca.
3) As comidas rituais são consideradas oferendas aos orixás e acredita-se que absorvam o "axé" depois de preparadas e
1) O documento descreve a vinda dos escravos africanos para o Brasil e como trouxeram suas religiões e culturas, mas tiveram que praticá-las secretamente sob o disfarce de santos católicos.
2) Dois exemplos de religiões africanas que surgiram no Brasil são o Candomblé e a Umbanda, que misturam elementos das religiões africanas com o catolicismo.
3) Outros elementos culturais africanos, como a capoeira, o jongo, o samba e pr
Este dicionário fornece definições de termos importantes relacionados ao Candomblé e aos Orixás da religião Yorubá. Algumas palavras definidas incluem "Abadá" (veste branca usada pelos Yorubás), "Abará" (bolo feito com massa de feijão e cozido em folhas de bananeira), e "Axé" (força vital presente em objetos e seres sagrados).
Olódumaré é visto como a base estrutural do Universo e o centro nervoso das forças cósmicas. Entretanto, é difícil explicar sua essência, que está ligada à fragmentação e expansão do princípio cosmológico. Olódumaré permanece um grande mistério para o ser humano, que tenta entendê-Lo através de várias perspectivas filosóficas e religiosas.
75363296 apostila-de-conhecimentos-de-candomble-um-130211132255-phpapp011-140...Silva Da Silva
O documento fornece instruções sobre como realizar diferentes ebós (oferendas) no Candomblé, incluindo Ebó Iku para afastar a morte, Ebó Egum para afastar espíritos sofredores e um Ebó Branco genérico. Detalha os materiais necessários, a sequência de passos e cantigas para cada ebó.
O documento discute as concepções de tempo nas religiões afro-brasileiras, especialmente no Candomblé. Ele explica que essas religiões têm uma noção de tempo circular e não linear, onde as atividades e eventos determinam o tempo em vez de horários fixos. O documento também descreve como os novos adeptos precisam se adaptar a essa concepção diferente de tempo.
O documento discute o conceito de Abiku na tradição religiosa africana. Abiku são crianças que nascem para morrer, podendo renascer várias vezes na mesma mãe. Rituais como o Sara são realizados para agradar o orixá Aragbo e afastar a morte dessas crianças. O documento também aborda a relação entre Ori, Ifá e o destino de cada pessoa.
Este documento discute a cozinha nos terreiros de candomblé como um espaço sagrado. A cozinha é onde as oferendas para os orixás são preparadas através de rituais e preceitos específicos. Ela é vista como um laboratório onde o fogo permite a transformação dos alimentos e a comunicação com os orixás. A cozinha também representa o papel central das mulheres na religião como nutridoras da comunidade.
Este documento é um minidicionário de Africanismos na Língua Portuguesa produzido por alunos de 8o ano como projeto escolar. O documento contém definições concisas de palavras de origem africana incorporadas ao português falado no Brasil, juntamente com um pequeno poema sobre a África.
Este documento é um dicionário de vocábulos africanos na língua portuguesa produzido por alunos sob a orientação de suas professoras. Contém definições concisas de termos relacionados à cultura yorubá e aos orixás com letras que vão de A a D. Fornece informações sobre deuses, rituais e conceitos importantes da herança cultural africana no Brasil.
O documento apresenta os conceitos fundamentais da Umbanda, incluindo suas origens, entidades espirituais, funcionamento de um terreiro e papéis de guias como Exus, Caboclos, Pretos-Velhos e Boiadeiros. Explica como essas entidades se comunicam através de assobios, brados e estalos de dedos, e o significado espiritual desses atos. Também descreve as casas e pontos de força de um terreiro típico.
O documento descreve as origens e principais atributos do orixá Èsú na mitologia iorubá. Resume que Èsú foi a primeira criatura criada por Olorun a partir da lama, antes de Obatala e Oduduwa. Também explica que Èsú se multiplicou em 16 aspectos ligados aos odus de Ifá e desempenha um papel fundamental como mensageiro entre os orixás e Olorun.
O documento apresenta uma introdução a um dicionário da Umbanda, explicando que contém termos de origem africana, tupi-guarani e outras línguas, e que futuras edições trarão aportuguesamento de termos. Também destaca que é o primeiro dicionário da religião e que, como todo dicionário, sempre há o que melhorar.
Este documento apresenta o prefácio e as primeiras entradas de um dicionário da Umbanda, explicando termos e conceitos utilizados na religião. O autor destaca que é o primeiro dicionário do tipo e que futuras edições poderão conter mais entradas e correções. A introdução explica a motivação para a criação do dicionário e a importância de esclarecer termos de origem africana, tupi e guarani utilizados na Umbanda.
O documento discute o conceito de ÈLA na tradição iorubá. ÈLA é descrito como o princípio primordial da ordem e equilíbrio no mundo, que está presente desde a criação e ajuda Orumilá a manter a harmonia. Apesar de ser essencial, ÈLA não recebeu o devido reconhecimento historicamente. Histórias e versos são citados para ilustrar o papel de ÈLA em corrigir desequilíbrios e restaurar a ordem no mundo.
O documento descreve a origem dos orixás na mitologia iorubá. Conta que Olorun criou o mundo e entregou a Oxalá o saco da criação. Embriagado, Oxalá adormeceu e Odùduà roubou o saco, criando a terra e os primeiros seres. Oxalá teve dois aspectos, Ufan e Guian. Também fala sobre as histórias e nomes de Oxalá em diferentes aldeias africanas e como alguns orixás são representados por santos católicos na Umbanda.
1) O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá e busca desvendar seus significados para que possam ser compreendidos por todos.
2) Muitos sacerdotes mantinham os conhecimentos secretos de Ifá por insegurança, o que levou à perda de fundamentos religiosos ao longo dos séculos.
3) O objetivo é transmitir os ensinamentos de forma escrita para que não se percam com novas gerações e estejam acessíveis a todos interessados.
As crianças Abiku nascem para morrer repetidamente, causando sofrimento às suas famílias. Elas fazem um pacto para retornar ao mundo espiritual, Orun, após certos eventos. Rituais como oferendas e marcações no corpo podem quebrar o pacto e manter a criança viva na terra.
1) A divinação com dezesseis cawris é uma forma de adivinhação praticada pelos povos Yoruba na Nigéria e em países do Novo Mundo.
2) Ela é mais simples que a divinação Ifá, mas mais popular nas Américas, possivelmente devido à sua simplicidade e associação com divindades populares como Xangô e Iemanjá.
3) O documento apresenta as dezessete figuras dos cawris, suas associações mitológicas e o número de versos para cada uma, base
1) Abikù refere-se a crianças que nascem para morrer, de acordo com um pacto feito com deuses no mundo espiritual de Orun. 2) Quando uma criança Abikù nasce, seu companheiro espiritual pode atormentá-la para que retorne a Orun. 3) Rituais espirituais como oferendas e nomes especiais podem quebrar o pacto e manter a criança viva na Terra.
1. O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá, deidade da adivinhação na religião iorubá.
2. O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito em detalhes, incluindo suas características, prescrições e sacrifícios associados.
3. O documento fornece informações sobre a interpretação e práticas religiosas de acordo com o Odu Ejiogbe de Ifá.
1. O documento apresenta os segredos do Oráculo de Ifá, deidade da adivinhação na religião iorubá.
2. O primeiro Odu de Ifá, chamado Ejiogbe, é descrito em detalhes, incluindo suas características, prescrições e sacrifícios associados.
3. Informações importantes sobre a prática religiosa de Ifá e os deveres de seus sacerdotes, chamados Babalawos, são fornecidos.
O documento resume os ensinamentos da Casa de Caridade e Irmãos de Fé Pai Oxalá e Mãe Oxum sobre o batismo e outros sacramentos da religião. Inclui definições de batismo, seus elementos e significado, assim como os papéis dos padrinhos. Também discute os sete Orixás que representam as sete principais forças espirituais e vibrações.
O documento resume as origens, nações, crenças, orixás, tradições e personalidades importantes do Candomblé. Ele descreve os principais elementos do Candomblé, incluindo o terreiro, a mãe/pai de santo, os principais orixás cultuados e suas características, e alguns dos terreiros e líderes mais influentes do Candomblé.
O culto de Egun visa materializar os espíritos dos ancestrais através de rituais e invocação dos Ojé usando o bastão ixan. Os Eguns se apresentam cobertos por ricas vestes de panos coloridos e falam com vozes estranhas. Existem hierarquias entre os Eguns como os mais antigos Babá-Egun e os mais jovens Apaaraká. O contato com as vestes dos Eguns é evitado pois acredita-se que pode causar doença.
O documento descreve as origens e características principais do Candomblé no Brasil. Apresenta os nomes das principais nações, os orixás cultuados, os instrumentos musicais e as crenças associadas a cada orixá.
O documento descreve as origens e características principais do Candomblé no Brasil. Apresenta os nomes das principais nações, os orixás cultuados, os instrumentos musicais e as crenças associadas a cada orixá.
1. O documento descreve cargos importantes da corte real de Oyó e sua correspondência com a hierarquia do candomblé de Nação Nagô, listando os cargos e suas funções na corte e no candomblé.
2. É apresentada uma lista detalhada dos cargos dos Obás de Xangô no candomblé e sua origem nos cargos da corte de Oyó.
3. O texto discute costumes e tradições iorubás e suas semelhanças com os rituais do candomblé de Ketu no Bras
Eu comecei a ter vida intelectual em 1985, vejam que coincidência, um ano após o título deste livro, e neste ano de 1985 me converti a Cristo e passei a estudar o comunismo e como os cristãos na União Soviética estavam sofrendo. Acompanhava tudo através de dois periódicos cristãos chamados: Missão Portas Abertas e “A voz dos mártires.” Neste contexto eu e o Eguinaldo Helio de Souza, que éramos novos convertidos tomamos conhecimento das obras de George Orwell, como a Revolução dos Bichos e este livro chamado “1984”. Ao longo dos últimos anos eu assino muitas obras como DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ e Eguinaldo Helio se tornou um conferencista e escritor reconhecido em todo território nacional por expor os perigos do Marxismo Cultural. Naquela época de 1985-88 eu tinha entre 15 a 17 anos e agora tenho 54 anos e o que aprendi lendo este livro naquela época se tornou tão enraizado em mim que sempre oriento as pessoas do meu círculo de amizade ou grupos de whatsapp que para entender política a primeira coisa que a pessoa precisa fazer é ler estas duas obras de George Orwell. O comunismo, o socialismo e toda forma de tirania e dominação do Estado sobre o cidadão deve ser rejeitado desde cedo pelo cidadão que tem consciência política. Só lembrando que em 2011 foi criado no Brasil a Comissão da Verdade, para reescrever a história do período do terrorismo comunista no Brasil e ao concluir os estudos, a “Comissão da Verdade” colocou os heróis como vilões e os vilões como heróis.
Resguardada as devidas proporções, a minha felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a Bíblia e consequentemente acabamos por estudar também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento da nação de Israel tem relação com a imigração dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois temos a história do Êxodo com Moisés e quando pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia, ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na hora e até printei este momento único. Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo, eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei uma vida inteira por este momento. Neste livro vou pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu sempre posando do lado destas peças que por tantos anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com noções do que verá lá.
Este livro faz parte de um coleção de 4 livros sobre Belém em que publiquei fotos e coletei informações sobre os lugares sagrados de Belém. Um dos livros é exclusivo sobre a Basílica da Natividade e este aqui é focado em Jerônimo. Este doutor da Igreja jamais imaginaria sua importância para a história. Jerônimo foi o primeiro a traduzir a Bíblia inteira das línguas originais [hebraico e grego] para outro idioma, no caso, o latim. Jerônimo não foi um homem perfeito, tinha um temperamento agressivo, defendia algumas ideias erradas, mas era uma pessoa que amava Deus demais. Jerônimo deixou os prazeres da vida, para viver como pobre, se dedicando a estudar a Bíblia como poucos. Também amava as pessoas, dedicando sua vida também em receber as caravanas de peregrinos em Belém da Judeia. A Igreja de Santa Catarina em Belém faz parte do complexo da Basílica da Natividade. Debaixo desta igreja se encontra a gruta onde Jerônimo viveu por 34 anos. O grande teólogo é considerado um santo e um exemplo de vida.
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxCelso Napoleon
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
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Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxCelso Napoleon
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Renovados na Graça
Eu tomei conhecimento do livro DIDÁTICA MAGNA quando estava fazendo licenciatura em História e tínhamos que adquirir conhecimentos sobre métodos de ensinos. Não adianta conhecer história e não ter métodos didáticos para transmitir estes conhecimentos aos alunos. Neste contexto conheci Comenius e fiquei encantado com este livro. Estamos falando de um livro de séculos atrás e que revolucionou a metodologia escolar. Imagine que a educação era algo somente destinada a poucas pessoas, em geral homens, ricos, e os privilegiados. Comenius ficaria famoso e lembrado para sempre como aquele educador que tinha como lema: “ensinar tudo, para todos.” Sua missão neste mundo foi fantástica: Ele entrou em contato com vários príncipes protestantes da Europa e passou a criar um novo modelo de escola que depois se alastrou para o mundo inteiro. Comenius é um orgulho do cristianismo, porque ele era um fervoroso pastor protestante da Morávia e sua missão principal era anunciar Jesus ao mundo e ele sabia que patrocinar a educação a todas as pessoas iria levar a humanidade a outro patamar. Quem estuda a história da educação, vai se defrontar com as ideias de Comenius e como nós chegamos no século XXI em que boa parte da humanidade sabe ler e escrever graças em parte a um trabalho feito por Comenius há vários séculos atrás. Até hoje sua influencia pedagógica é grande e eu tenho a honra de republicar seu livro DIDÁTICA MAGNA com comentários. Comenius ainda foi um dos líderes do movimento enciclopédico que tentava sintetizar todo o conhecimento humano em Enciclopédias. Hoje as enciclopédias é uma realidade.
Este livro é uma obra antiguíssima, datado de aproximadamente o ano 300 dC. E provavelmente escrito na Síria onde o cristianismo crescia de forma pujante nos primeiros séculos da Era Cristã. O livro também é uma obra pseudo-epígrafa porque tem a pretensão de ter sido escrita pelos apóstolos para orientar a igreja na sua administração. Todavia é um livro que tem grande valor histórico porque revela como era a igreja nos primeiros séculos. Vemos que algumas coisas são bem enfática naqueles dias como o fato que só havia dois cargos na igreja [bispo ou presbítero e diácono], que uma boa parte do dinheiro coletado na igreja era usado para sustentar as viúvas e se pagava salário para os dirigentes das igrejas. Havia grupos dissidentes com enfoque na guarda da Lei de Moisés. Outra coisa que vamos percebendo ao ler esta obra era a preocupação dos cristãos em viverem uma vida santa e não havia tanta preocupação com a teologia. Ainda que vemos conceitos teológicos claros como a triunidade de Deus e o inferno eterno para os condenados. Este livro Didascalia não deve ser confundido com o DIDAQUÊ, este último é a mais antiga literatura cristã, sendo datado do ano 100 dC e o Didascalia é do ano 300. O Didascalia contem muito mais conteúdo do que o Diddaquê. Mas ambos seguem o mesmo princípio de ideias. As viúvas são tratadas no Didascalia quase como um cargo eclesiástico. Vemos em Atos 6 que o cargo de diácono foi criado para cuidar das viúvas. O cuidado social da igreja primitiva aos seus membros era patente.
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresNilson Almeida
Conteúdo recomendado aos cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material publicado gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
Este livro contém três sermões de Charles Spurgeon que viveu no século XIX e é considerado um dos heróis do cristianismo, também chamado pelos seus admiradores em todo o mundo de PRÍNCIPE DOS PREGADORES ou O ULTIMO DOS PURITANOS. A vida de Charles Spurgeon é um exemplo de vida cristã e sua missão como pregador Batista fez com que seu nome fosse respeitado por todas as linhas de pensamento do cristianismo. Jesus Cristo é o nosso Salvador. Este é o tema central das pregações de Spurgeon. Nesta obra contém três sermões, são eles:
1 – Cristo e eu
2 – Perguntas e respostas desde a Cruz
3 – Boas vindas para todos que vem a Cristo
Estes sermões foram proferidos a cerca de 150 anos e quando você lê estas mensagens antigas, parece que você esta sentado em um banco, em uma igreja na Inglaterra e está ouvindo o Espírito Santo falando com você. Em CRISTO E EU vemos a necessidade de salvação, em PERGUNTAS E RESPOSTAS DESDE A CRUZ iremos entender porque Deus deixou Jesus sofrer na cruz. BOAS VINDA PARA TODOS QUE VEM A CRISTO é uma exposição clara que só podemos ser salvos por Jesus, esqueça outros deuses, santos, Maria, praticas de rituais ou boas obras. Seja sensato e venha a Cristo se quiser ser salvo.
1. CANDOMBLÉ O RITUAL
ÌGBÁ A UTILIZAÇÃO DA CABAÇA RITUALÍSTICA
A cabaça é um fruto vegetal com larga utilização no Candomblé1.Éo
fruto da cabaceira. Inteira, é denominada cabaça; cortada, é cuia ou coité; e as maioria
s
são denominadas cumbucas.
Nos ritos do Candomblé, sua utilização é ampla, tomando nomes
diferentes de acordo com o seu uso, ou pela forma como é cortada. A cabaça inteira é
denominada Àkèrègbè2, e a cortada em forma de cuia toma o nome de Ìgbá3 .
Cortada em forma de prato é o Ìgbáje4, ou seja, o recipiente para a
comida. Cortada acima do meio, forma uma vasilha com tampa, tomando o nome deÌgbas
e5, ou cuia do Àse6, e é utilizada para colocar os símbolos do poder após a
obrigação de sete anos de uma Ìyàwó7, como a tesoura, navalha, búzios, contas, folhas,
etc. que permitirão à pessoa ter o seu próprio Candomblé.
1 CANDOMBLÉ é uma estrutura de culto às forças da natureza, à um hino, à vida como Eterno
imento, que se manifesta nas danças, nas cores dos ORIXÁS, nos elementos sacramentai
s.
Ritual comunitário de cantos, danças e alimentos sagrados na sua forma pública, o Cand
omblé é
sacramentado pelo Pai ou Mãe de Santo, pelos Filhos de Santo, pelos tocadores de a
tabaque
(OGAN), que entoam os cantos sagra dos possibilitando a vinda do, com a particip
ação dacomunidade dos mais velhos às criancinhas. Todos cantam e saúdam os ORIXÁS, executa
m a dança
sagrada, num hino à Alegria, Amor e Partilha. A palavra Candomblé possui dois signif
icados entre
os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de "Candonbé", um tipo de ataba
que
usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de "Candonbidé", que quer dizer "ato
de louvar,
pedir por alguém ou por alguma coisa".
2 ÀKÈRÈGBÈ pronúncia correta ÁKÊRÊBÊ ? nome com o qual se chama a cabaça inteira.
3 ÌGBÁ pronúncia correta IBÁ cabaça cortada em forma de cuia. ÌGBÀ = assentamento de
Orixá; panela onde se guardam os objetos sagrados dos deuses e se faz o sacrifício.
4 ÌGBÁJE pronúncia correta IBAJÉ cabaça cortada em forma de prato. Recipiente para a
comida.
5 ÌGBASE pronúncia correta IBAXÉ Cabaça cortada acima do meio, formando uma vasilha
com tampa; por isso recebe o nome de Ìgbase, ou cuia do Àse, e é utilizada para coloca
r os símbolosdo poder após a obrigação de sete anos de uma Ìyàwó, como a tesoura, navalha,
s, contas,
folhas, etc. que permitirão à pessoa ter o seu próprio Candomblé.
6 ÀSE pronúncia correta AXÉ é a força vital e sagrada que está presente em todas as coi
que a natureza produz; grande frente de poder que é mantida, ampliada e renovada p
or meio dos
ritos que se processam nos Candomblés. Axé significa que assim seja , ou que Deus permit
a que
isto aconteça . É uma palavra sagrada tão importante quanto Amém, Assim Seja, Aleluia e ta
ntas
outras.
7 ÌYÀWÓ pronúncia correta IAÔ adepto do Candomblé que ainda não completou os 7 anos
de iniciação. Iniciada, Iniciado.
2. Cabaças minúsculas são colocadas no Sàsàrà8 de Omolu9 , como
depósito de seus remédios. No Ógó10 de Èsù11, uma representação do fato masculino, as
cabaças representam os testículos. Usa-se uma das partes da cabaça cortada ao meio, e
colocada na cabeça das pessoas a serem iniciadas e que não podem ser raspadas por
serem Àbìkú12, para nela serem feitas as obrigações necessárias.
Com o corte ao comprido, torna-se uma vasilha com um cabo,
chamada de cuia do Ìpàdé13 e serve para colher o material de oferecimento ou para
colher as águas do banho de folhas maceradas. Inteira e revestida de uma rede de m
alha
será o Agbè14, instrumento musical usado pelos Ogans15, durante os toques e cânticos.
Uma cabaça com o pescoço comprido em forma de chocalho é agitada
com as suas sementes, fazendo assim o som do Séré16, forma reduzida de Sèkèrè,
instrumento por excelência de Sàngó17. A cabaça inteira em tamanho grande substitui
8 SÀSÀRÀ pronúncia correta XAXARÁ cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e
mal.
9 OMOLU pronúncia correta OMÓLÚ Omolu é uma flexão dos termos: Omo= filho; Oluwô=
senhor. Omolu quer dizer "filho e senhor .
10 ÓGÓ pronúncia correta ÓGÓ um pênis de madeira, com búzios pendurados simbolizando
o sêmen. Outros dizem que o ÓGÓ é um bastão com cabaças, representando o sexo masculino.
11 ÈSÙ pronúncia correta ÊXÚ o primeiro Orixá a ser cultuado em qualquer ocasião.
12 ÀBÌKÚ outros escrevem como sendo do original ABÍKÚ pronúncia correta ABÍKÚ é
uma forma de espírito especial que nasce e morre. É claro que isto ocorre com qualqu
er um. Nocaso de Àbìkú, significa que ele traz consigo o dia e a hora em que vai retor
nar, sem viver uma vida
plena. O que se faz é quebrar as kizilas para ele esquecer a data. Costuma-se usar
um Sáworo (ou
Sàworo) no tornozelo para afastar os espíritos de Àbìkú que tentam buscá-lo, lembrando-lhe
datade sua volta. Existe uma relação entre os Àbìkú e os Ibéji; um não quer ficar no mundo
outrovem em forma dupla. Quem é Àbìkú não pode ser raspado e nem raspar ninguém. Não joga
em
coloca as mãos nos búzios. aquele que nasce para morrer. Pessoas que sobreviveram a
situações
perigosas no nascimento, como os nascidos com o cordão umbilical em volta do pescoço
, os que
nasceram com os pés, os abandonados recém-nascidos e os que ficaram órfãos ao nascer, et
c. São
duas as interpretações: a criança que, ao nascer a mãe morre; a criança que morre ao nasce
r em
partos sucessivos. O ideal iorubá do renascimento é às vezes tão extremamente exagerado,
que
alguns espíritos nascem e em seguida morrem somente pelo prazer de rapidamente pod
er nascer de
novo. São os chamados ABICUS (literalmente, nascido para morrer).
Segundo alguns, o Sáworo (ou Sàworo) é um trançado de palha-da-costa com guizos, usado n
o
tornozelo, símbolo de Omolu (grifo nosso).
13 ÌPÀDÉ pronúncia correta IPÁDÊ cerimônia de Èsù.
14 AGBÈ pronúncia correta ABÉ Cabaça inteira e revestida de uma rede de malha, usada
como instrumento musical usado pelos Ogans, durante os toques e cânticos.
15 OGAN do original ÒGÁ pronúncia correta OGÃ (deveria ser OGÁ, grifo nosso) homem
que não entra em transe, iniciado para tocar os atabaques, fazer sacrifícios ou cuid
ar dos
assentamentos rituais dos Orixás; grande autoridade dentro do terreiro. O Ogan é uma
pessoaescolhida diretamente pelo Òrìsà para exercer a função. Após ser iniciado é denomina
3. Ogan confirmado , passando a ter direito à sua cadeira. A palavra vem do yorubá Ògá, signif
cando
mestre e senhor.
16 SÉRÉ pronúncia correta XÉRÉ forma reduzida de Sèkèrè pronúncia correta XÉKÉRÉ
chocalho feito de cabaça alongada, que ao ser agitado com as sementes da cabaça lemb
ra o som
da chuva caindo. Instrumento por excelência de Sàngó.
17 SÀNGÓ pronúncia correta XANGÔ Orixá da justiça, do poder e do trovão. Rei de Oió.
Xangô significa aquele que se destaca pela força e revela seus segredos .
4. nos ritos de Àsèsè18, a cabeça de uma pessoa que morreu e que por alguns fatores não é
possível realizar as obrigações de tirar o Òsu19. Por fim, pode ser lembrado que a cabaça
cortada em forma de vasilha com tampa é conhecida como Ìgbádù20 , a cabaça da
existência e contém os símbolos dos quatro principais Odù21: Éjì, Ogbè, Òyekú Méjì,
Ìwòri Méjì e Òdí Méjì.
A SEMANA NUMA CASA DE CANDOMBLÉ
A semana para o povo Yorubá22 era composta de 4 dias, pois foi neste
espaço de tempo que o mundo foi criado. Segundo as narrativas tradicionais o quint
o
dia foi reservado para reverenciar o Ser Supremo, Olórun23, e para descansar.
Para cada dia da semana Ojó òsè24 é designado um Òrìsà25
regente, identificado com a tarefa a ser exercida pela humanidade:
1º Dia Ojó Awo.
Consagrado ao exercício da sabedoria pelo poder de Òrúnmìlà26, na
revelação dos fatos pertinentes ao destino das pessoas, suas aflições, desejos e condução
18 ÀSÈSÈ pronúncia correta AXÊXÊ ritual fúnebre.
19 ÒSU pronúncia correta ÔXÚ é uma massa feita de diversos elementos, tem um formato
cônico e é colocado no alto e centro da cabeça, exatamente onde foi feito o pequeno co
rte (OGBÉRÉ) no momento do feitio do santo. A partir daí, a iniciada(o) poderá ser chama
da(o) ADÓSU.
20 ÌGBÁDÙ pronúncia correta IBÁDÚ cabaça cortada em forma de vasilha com tampa e éconhe
a cabaça da existência e contém os símbolos dos quatro principais Odù: Éjì, Ogbè,
Òyekú Méjì, Ìwòri Méjì e Òdí Méjì.
21 ODÙ pronúncia correta ÔDÚ caminho, destino.
22 YORUBÁ ou IORUBÁ do original YORÙBÁ etnia predominante na região da Nigéria.
23 OLORUN pronúncia ÓLÓRUN o Deus Supremo. O mesmo que Olódùmarè. segundo
dizem é um título conferido a Olodumaré e que quer dizer O Rei do Céu Sua habitação é o
como majestade única e incomparável .
24 OJÓ ÒSÈ pronúncia correta ÓJÓ ÓSSÉ dia da semana.
25 ÒRÌSÀ pronúncia correta ÔRIXÁ deuses Iorubás na África e no Novo Mundo seriam
ancestrais míticos encantados e metamorfoseados nas forças da natureza. Os deuses do
Candomblé.
A palavra Orixá vem do sânscrito e é composta de OR ou ORI que significa luz e em Iorubá
cabeça ; XA que significa senhor, chefe, dono . São pois, as forças criativas da natureza
o
Candomblé significa, dono da cabeça. A palavra Orixá significa, em iorubá Ministro de
Olorum . Segundo outros autores, Oxalá é considerado o pai de todos os Orixás; e foi ele
que os
denominou Orixá. Este título de pai , neste caso, sugere a sua relação com as outras divin
ades no
caso de muitas delas terem sido emanadas dele. A fragmentação do de seu corpo, e pos
teriorrecolhimento de todos os seus pedaços espalhados pela Terra, fez surgir a pala
vra Òrìsà, uma
contração da expressão OHUN TI A RI SÀ , o que foi achado e juntado, fazendo, assim, surgi
asdemais divindades que foram denominadas Òrìsà.
26 ÒRÚNMÌLÀ pronúncia correta ÓRUNMILÁ deus criador do oráculo de Ifá.
5. de vida com retidão. Para isso, o primeiro dia é sempre destinado à prática da consulta
divinatória Awo27 por meio dos búzios ou do Ifá28 .
2º Dia Ojó Ògún.
Dedicado à tarefa da luta pela sobrevivência e conquista de posiçõesconsagradas pela soc
iedade. É o trabalho diário para o sustento familiar, desbravando as
batalhas que a vida apresenta, superando-as com dignidade na busca das realizações
que lhes foram destinadas.
3º Dia Ojó Jàkúta.
O terceiro dia exalta a justiça a que todos estão sujeitos quando
infringem as lei do Ser Supremo. Jàkúta29 é a denominação de um antigo Òrìsà,
anterior a Sàngó, cujo nome significa o atirador de pedras , numa alusão aos
meteoritos que caem do espaço atingindo pessoas, casas e comunidades, como forma d
e
punição divina por erros cometidos. Por isso é cognominado o Justiceiro de
Olódùmarè30 .
4º Dia Ojó Obàtálá.
Reverencia Òsàlá31, a quem foi incumbida a criação da Terra. Neste
dia é reverenciado o princípio criador e formalizador das idéias. Determina um
comportamento digno, boa conduta e caráter íntegro das pessoas.
O primeiro dia após o quarto dia da semana Yorubá é denominado de
Ojó Ojà Ifé dia do mercado de Ifé32 .
O contato cultural entre negros e brancos exigiu uma revisão na
ordenação dos dias da semana, sendo aceito o sistema ocidental de sete dias. Foram
designadas divindades tutelares para cada dia a fim de definir o tempo sagrado:
Segunda-feira Èsù, Omolu
27 AWO pronúncia correta AUÓ ? segredo, mistério sagrado.
28 IFÁ deus de todos os oráculos. Segundo dizem alguns, é uma qualidade de Oxalá, consid
erado
o Espírito Santo .
29 JÀKÚTA pronúncia correta JÁKUTÁ ? é a denominação de um antigo Òrìsà, anterior a
Sàngó, cujo nome significa o atirador de pedras , numa alusão aos meteoritos que caem do
espaço
atingindo pessoas, casas e comunidades, como forma de punição divina por erros comet
idos. Por
isso é cognominado o Justiceiro de Olódùmarè.
30 OLÓDÙMARÈ pronúncia correta OLODUMARÊ o Deus Supremo.
31 ÒSÀLÁ pronúncia correta OXALÁ v. Oxalufã (do original Òsàlùfón = qualidade de Oxalá,
o mais velho que carrega um cajado Òpá Sóró para ajudá-lo a caminhar).
32 IFÉ pronúncia correta IFÉ a primeira cidade da Nigéria, berço da civilização iorubá
resto do mundo. Terra de Ogum. Cidade de Obatalá. Alguns dizem que é Cidade de Ogum;
outros,
dizem que é a cidade de Obatalá. Dizem que a Cidade de Ogum é Èkìti.
6. Terça-feira Nàná33 , Òsùmàrè34
Quarta-feira Sàngó, Yánsàn35
Quinta-feira Òsóòsì36 , Ògún37
Sexta-feira Òsàlá
Sábado Yemojá38 , Òsun39
Domingo Todas.
Os dias específicos para determinados rituais foram convencionados
como variações de acordo com a natureza de certas divindades e as tradições seguidas
por determinadas Casas:
Segunda-feira obrigação para Èsù na maioria dos casos, com
trabalhos de sacudimento e outros serviços espirituais.
Quarta-feira oferecimento do Àmàlà40 e oferendas votivas; ritos
de Bori41 ; nos ritos de iniciação, determina a entrada para as obrigações, a fim de que
os 16 ou 17 dias de recolhimento tenham o seu término num Sábado, para a festa
pública do Nome de Ìyàwó. Em alguns casos, não há esta obrigatoriedade de o nome ser
dado num Sábado.
33
NÀNÁ pronúncia correta NANÃ (vogal precedida de N) Entre os jeje, Nanã significa
Mãe . Orixá mais antigo do Candomblé que domina a vida, a morte e o renascimento. Senhora
do
portal da vida e da morte.
34
ÒSÙMÀRÈ pronúncia correta OXUMARÊ Orixá do arco-íris e dos ciclos. Oxumaré
significa aquele que se desloca com a chuva e retém o fogo os seus punhos .
35 YÁNSÀN pronúncia correta IANSÃ Orixá das tempestades. Rainha dos raios, ciclones,
furacões, tufões e vendavais. Orixá do fogo.
36 ÒSÓÒSÍ pronúncia correta OXÓSSI Oxóssi vem de Oxo: caçador; Ossi: noturno). Orixá
da caça e da alimentação, o rei de Kêtu.
37
ÒGÚN Gum: guerra pronúncia correta ÔGUM Orixá guerreiro da tecnologia e da
metalurgia. Também nome de um rio que cruza Abeokutá, no Novo Mundo e que segundo a
lenda,
é o rio da Deusa Yemanjá.
38
YEMOJÁ ou YEMANJÁ ou IEMANJÁ pronúncia correta YEMANJÁ (deveria ser
YEMONJÁ vogal precedida de M grifo nosso) Orixá do mar. O nome Iemanjá, ou seja,
Yemojá deriva de Yèyé omo ejá que vem de iya: "mãe"; omo: "filho"; eja: "peixe" e que quer
dizer"Mãe cujos filhos são peixes". Na África Iemanjá é a Rainha dos Rios; daí é o Orixá q
terra
yorubá é patrona de dois rios: o rio Yemonja e o rio Ògún não confundir com o Orixá Ògún,
Deus do ferro. Daí Yemonja estar associada à expressão Odò Iyá, ou seja, "Mãe dos Rios".
39
ÒSUN pronúncia correta OXUM deusa das águas doces e cristalinas, do amor e da
fertilidade das mulheres.
7. 40 ÀMÀLÀ pronúncia correta AMALÁ é a comida mais elaborada do Candomblé. É a comida
predileta de Xangô e representa a dignidade e o poder de Xangô, e a própria organização do
reino
de Oió.
41 BORI pronúncia correta BÓRÍ ou BÔRÍ ? A palavra vem de bo + ori: adorar a cabeça;
cerimônia através da qual a pessoa passa a ser consagrada aos Orixás. Oferenda à cabeça. R
itual
no qual é cultuado o ori (cabeça), o princípio da individualidade, considerado por mui
tos sacerdotes
como a grande iniciação. Bori significa alimentar o Orí , é uma cerimônia onde nós
homenageamos (alimentamos) um dos mais importantes Orixás. O Bori é feito em muitas
situações,
tais como: antes de qualquer grande oferenda ao nosso Orixá (incluindo iniciação), qua
ndo nos
sentimos enfraquecidos sem poder de concentração, confusos, quando os búzios nos dizem
para
que o façamos, etc.
8. Sexta-feira neste dia, o Candomblé paralisa suas atividades, por
ser consagrado à Òsàlà. Resquícios do sincretismo pelo fato de Jesus ter morrido neste
dia da semana, daí a expressão Sexta-feira Santa. Nos Candomblés jeje42, uma pessoa
recolhida para iniciação fica virada sempre, só desvirando às sextas-feiras.
Sábado de madrugada, ritos de sacrifício, e à noite, as festas
públicas.
CALENDÁRIO ANUAL DAS FESTIVIDADES
As datas que determinam as festas aos Òrìsà seguem um calendário
tradicional preestabelecido, mas não deixando de ser influenciado pelas datas fest
ivas
dos santos da Igreja.
Nas Casas mais tradicionais, há um calendário próprio que se inicia apartir das Águas de
Òsàlà, em agosto, em Salvador, e em setembro, no Rio. São três
domingos sucessivos, e a partir daí seguem as festas para Ògún, Òsóòsì, Olubaje43 ,
Àyaba44 , Ìpètè45 de Òsun e Sàngó. Àyaba significa a festa das rainhas, que engloba todos
os Òrìsà femininos. Em outros casos, as festas são assim determinadas:
Òsóòsì No dia de Corpus Christi e São Jorge, 23 de abril.
Sàngó São Pedro, 29 de junho, e que se estende por 12 dias.
Òsun Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro.
Yánsàn Santa Bárbara, 4 de dezembro.
Omolu São Bento, 16 de abril, São Roque, 16 de agosto, São
Lázaro, 17 de dezembro.
Ògún Santo Antônio, 13 de junho, na Bahia.
42 JEJE etnia predominante no ex-Daomé; o mesmo que ewé=fon.
43 OLUBAJÉ do original ÓLÙGBAJÉ pronúncia correta ÔLUBAJÉ banquete dedicado a
Obaluaiê. Festa da família de Omolu, onde Olu="senhor" e Baje= "comer junto". Portan
to,
Ólùgbajé quer dizer "comer junto". Esta festa consiste em se oferecer várias comidas não só
a este
Orixá, mas a vários Orixás que se farão presentes.
44 AYABÁ do original ÀYABÁ pronúncia correta IABÁ ou AIABÁ ? designação genérica
dos Orixás femininos. Também conhecidas como As Rainhas do Candomblé . ÀYABÁ é um título
conferido a Iemanjá e quer dizer Rainha .
45 ÌPÈTÈ pronúncia correta IPÉTÉ denominação da comida oferecida a Oxum e que dá nome
à festividade. Faz parte do ciclo final da festa das Àyaba. Festa de Oxum.
9. Yemoja Nossa Senhora, 2 de fevereiro e 15 de agosto.
A data de 2 de fevereiro é conhecida como o presente à Yemoja,e
revive o mito Yorubá no qual ela oferece 16 Àkàsà46 para Òsàlá. O mito revela que
Òsàlá vai fazer uma viagem visitando várias cidades. Em todas elas, são preparadas
comidas especiais para ele. Èsù, entretanto, fingindo ser Òsàlá vai na frente e come
tudo. Quando Òsàlá chega nas cidades não encontra comida para ele. Èsù havia comido
tudo. Acontece que Yemoja, ciente de tudo, havia guardado para ele 16 àkàsà
escondidos dentro de uma talha. Por isso ela é considerada a dona da talha. E assi
m
cantam:
Ìyá le mi Mãe da minha casa
Károdò que movimenta as águas do rio
Là bùre fazendoo correr
Károdò dando-nos bênçãos e sorte.
CERIMÔNIAS QUE ANTECEDEM UMA FESTA DE
CANDOMBLÉ:
Ela pode ser assim dividida:
1) Jogo de búzios consultas para saber o desejo do Òrìsà.
2) Obrigações aos ancestrais.
3) Èsù oferendas e sacrifícios.
4) Bori dar comida à cabeça.
5) Òrìsà sacrifícios.
6) Preparo das oferendas.
47
7) Ìpàdé.
8) Ìyànlé48 oferecimento aos Òrìsà das oferendas preparadas.
9) Siré Òrìsà49 toque festivo.
46 ÀKÀSÀ pronúncia correta ACAÇÁ o mesmo que Ekó; massa de farinha de milho branco
enrolada em folha de bananeira.
47 ÌPÀDÉ pronúncia correta IPÁDÊ cerimônia de Èsù.
48 ÌYÀNLÉ pronúncia correta IANLÊ ? oferecimento aos Òrìsà das oferendas preparadas.
SIRÉ ÒRÌSÀ pronúncia correta XIRÊ ÔRIXÁ toque festivo. Festa; o momento do
Candomblé em que os filhos-de-santo dançam em homenagem aos Orixás. SIRÉ se , fazer; eré
brincadeira: literalmente, os cânticos alegres dos Òrìsà.
10. 10)Léhìn50 posterior repasto comunitário.
11)Eru pin51 carrego das obrigações feitas.
Em todas as etapas do ritual, há o acompanhamento de outras
modalidades de jogo, como o do Obì52 e do Orógbó53 , a fim de se verificar se o
andamento está fiel ao que foi predeterminado, ou se há necessidade de acrescer algu
ma
coisa.
Depois dos ancestrais, Èsù é o primeiro Òrìsà a ser homenageado a
fim de abrir os caminhos e conduzir as oferendas. Todo o seu ritual é feito em sua
Casa,
sendo o animal apresentado com algumas palavras informando a finalidade do
oferecimento,, juntamente com pedidos. Inicialmente é saudado com palmas, batidas
com as costas das mãos. Com a água da quartinha derrama-se um pouco d água no chão
em três lugares diferentes. Bate-se três vezes a palma da mão direita sobre o punho
esquerdo, depois de tocar os dedos da mão direita cada vez nos lugares com água,
chamando o Èsù que será homenageado.
A seqüência de preceitos segue as mesas regras dos demais Òrìsà.
Algumas Casas54 não utilizam o sal no tempero, e a cantiga do dendê é modificada.
Se o sacrifício foi de um animal de quatro patas, obrigatoriamente será
realizada a cerimônia do Ìpàdé, na tarde do mesmo dia em que será realizada a festa.
Quando o sacrifício é de um animal de duas patas, não será necessário realizar o Ìpàdé.
Neste caso, o ritual é feito no mesmo dia da festa. Coloca-se uma quartinha com água
no meio do Barracão e canta-se para Èsù. Em seguida a Ìya morò55 despacha a quartinha
sob outro cântico.
Para a festa de um Òrìsà, podemos tomar como modelo Òsóòsì, que se
realiza sempre na data católica de Corpus Christi.
Na Quarta-feira à noite, colocam-se todos os assentamentos de Òsóòsí
no chão, em frente ao Pèpélé56, prateleiras onde são acomodadas as vasilhas.
Também se dá comida ao Ìbo57 , definido como local onde estão
assentados os ancestrais, representados por tiras de panos brancos e louças. Acend
e-se
uma vela, e diante de cada um é feito o jogo do Obì, com saudações e citações de seus
nomes.
50 LÉHÌN pronúncia correta LÉRRIN Ritual do Candomblé onde as partes dos animais que
são cozinhadas são postas aos pés do Òrìsà, para que no dia seguinte sejam divididas entre
s
membros do Candomblé. Sentados no chão, sobre esteiras, e em silêncio, absorvem a ener
gia do
Òrìsà, que passa para todos. LÉHÌN significa o que vem depois . Posterior repasto comunitá
51 ERU PIN pronúncia correta ÉRÚ PIN carrego das obrigações feitas. ERU = carrego.
52 OBÌ pronúncia correta ÔBÍ noz de cola; fruto africano tão importante para o Candombl
quanto a hóstia para a Igreja Católica.
53 ORÓGBÓ pronúncia correta ÔRÔBÔ fruto africano consagrado a Xangô.
54 A ausência do sal é alegada para não batizar Èsù e ele se tornar mais poderoso do que é.
55 ÌYA MORÒ pronúncia correta IÁ MÔRÔ ou MÔNRRÔ (vogal precedida por M) ? Cargo
no Camdomblé, daquela que é responsável pela cuia do Ìpàdé.
56 PÈPÉLÉ pronúncia correta PÉPÉLÉ ? prateleiras onde são acomodadas as vasilhas.......
57 ÌBO pronúncia correta IBÓ adoração. Também significa o local onde estão assentados o
ancestrais, representados por tiras de panos brancos e louças.
11.
12. Na madrugada de Quinta-feira, às 4 horas da manhã, todos se
levantam e vão ao quarto de Òsóòsí. Ajoelhados, saúdam o Òrìsà utilizando os Oge58 ,
um par de chifres que se batem um no outro, falando os nomes de pessoas ilustres
. E é
feita a reza de Òsóòsí.
Mais tarde, é feito o sacrifício a Èsù, sendo que o bicho de pena, um
galo, é passado pelo corpo de todos. Todos os rituais de sacrifícios têm a
responsabilidade do Àsògún59 e seus auxiliares.
A seguir os sacrifícios ao Òrìsà: um porco lhe é oferecido, sendo
apresentado num passeio amarrado a uma corda, com um Ogan simulando atirar flech
as
no animal. Como complemento, o Ìbosè60 são os bichos de pena, galinha d angola, pato,
etc. Os animais mortos ficam do lado de dentro, as cabeças ficam do lado de fora,
por
ser kizila61 .
Este é um momento em que o Òrìsà tem que assistir ao que é feito.
Para isto se manifesta em seus filhos e é levado até o Barracão, com toques para a sua
dança ritual, sendo-lhes prestada uma rápida homenagem.
Outro oferecimento a seguir é o de uma cabeça de boi juntamente com
todos os miúdos do animal, que não é sacrificado no terreiro (ritual particular de
algumas Casas).
A seguir, com o animal de quatro patas devidamente limpo e
destrinchado, é retornado num alguidar com as partes separadas, uma a uma, com
exceção da cabeça, mostrando que ninguém se cortou e estão todos inteiros. A película
Aso Rere62, cobre tudo, num ritual denominado de Sorò Jinjin Sorò63 .
58 OGE pronúncia correta ÔGUÊ ? um par de chifres que se batem um no outro, falando os
nomes de pessoas ilustres. Ou, em outros casos, u par de chifres que se batem um
no outro para
invocar Oxóssi,; pois, o Oge é um símbolo de Oxóssi.
59 ASÒGUN pronúncia correta AXÔGUN título conferido ao Ogan confirmado que tem a
função de sacrificar os animais nos rituais de sacrifício, literalmente, aquele a quem
foi outorgado oÀse de Ògún.
60 ÌBOSÈ pronúncia correta IBÔSSÉ ? bichos de pena. Ou será ÌBÒSÈ pronúncia correta
IBÔSSÉ ?). ÌBÒSÈ significa cobrir os pés, ou seja, calçar as patas do animal. São sacrifíci
os
de aves para cobrir cada pata do animal de quatro patas.
61 KIZILA coisa proibida. Proibição, regra, preceito; o mesmo que quizila. Tudo aqui
lo que
provoca uma reação contrária ao axé, dá-se o nome de kizila ou èwò, ou seja, são as energia
contrárias a energia positiva do Orixá. Estas energias negativas podem estar em alim
entos, cores,
situações, animais e até mesmo na própria natureza.
62 ASO RERE pronúncia correta AXÓ RÊRÊ ? película tirada do animal de quatro patas
para cobrir tudo, ou seja, todas as partes do animal, devidamente limpo e destri
nchado, e que
retorna num alguidar com as partes separadas, uma a uma, com exceção da cabeça, mostra
ndo que
ninguém se cortou e estão todos inteiros. Essa película cobre tudo, num ritual denomin
ado de Sorò
Jinjin Sorò. ASO significa roupa .
13. 63 SORÒ JINJIN SORÒ pronúncia correta XÔRÔ JINJIN XORÔ ? ritual onde uma cabeça
de boi juntamente com todos os miúdos do animal, que não é sacrificado no terreiro (ri
tual
particular de algumas Casas), devidamente limpo e destrinchado, retorna num algu
idar com as
partes separadas, uma a uma, com exceção da cabeça, mostrando que ninguém se cortou e es
tão
todos inteiros Tudo isso é coberto por uma película chamada Aso Rere, num ritual den
ominado de
Sorò Jinjin Sorò.
14. A partir deste momento, as atividades se intensificarão, com o preparo
das comidas secas e dos animais, para o oferecimento ao Òrìsà. As partes do animal
consideradas Àse são separadas, e as demais farão parte da comida a ser servida a todo
s
os integrantes da Casa e aos visitantes, num repasto comunitário de integração homem-
divindade, pois essa é a representatividade dos ritos do sacrifício, quando todos
celebram a vida através da alimentação comunitária.
A próxima atividade, já às 3 horas da tarde, é o ritual do Ìpàdé, ou
Pàdé64, que significa o encontro, e onde são reverenciados Èsù, os Ésà65, ancestrais, os
Òrìsà, Egúngún66, e as Ìyámi67. É uma cerimônia muito importante, por isso presidida
sempre pela própria dirigente, com a presença obrigatória de todos dentro do Barracão.
Ao final é dado o toque de Òsóòsí,o Agèrè68, com todos tomando bênçãos uns aos
outros.
Na seqüência dos trabalhos, são apresentadas as comidas votivas a
Òsóòsí pela Ìyábàsè69, a responsável pela cozinha e suas auxiliares, e depositadas no
quarto devidamente preparado com flores e tudo muito bem arrumado. Lá elas ficarão
até o dia seguinte, quando serão despachadas no carrego.
OS RITUAIS DE CANDOMBLÉ
Algumas divindades são festejadas, em grande parte, de forma
conjunta, ou por se relacionarem através dos mesmos atributos, ou por possuírem um
enredo que lhes dá afinidade e fundamentos que não se chocam. Eles poderiam ser
assim relacionados:
Divindades Caçadoras: Òsóòsì, Inlé, Otin e Lógun Ède;
64
PADÊ do original PADÉ comida de Exu, significa reunião; encontro. O ÌPÀDÉ
pronúncia correta IPÁDÊ cerimônia de Èsù.
65 ÉSÀ pronúncia correta ÊSSÁ culto aos ancestrais. Os ancestrais.
66
EGÚNGÚN pronúncia correta ~EGÚNGÚN ancestral que volta à vida embaixo de uma
grande máscara sob a qual, dizem, só há o espírito do falecido. Ancestrais masculinos.
67
ÌYÁMI v. Iyá-Mi Oxorongá do original Ìyá-mi Òsòròngà pronúncia correta Iá-Min
Oxorongá? (ancestrais femininos cultuados coletivamente; é a representação do poder femi
nino
expresso na possibilidade de gerar filhos). As temíveis feiticeiras. As Grandes Mães
. As Iyá-Mi são a
representação das mulheres ancestrais. Todas as Grandes Mães que passaram pela terra
integram o corpo das Ìyá-Mi.
68 AGÈRÈ pronúncia correta AGUÉRÉ ? toque para Oxóssi; ou seja, ritmo dedicado ao Orixá
Oxóssi.
69 IYÁ BASÉ do original ÌYÁBÀSÈ OU ÌYÁ GBÀSÈ OU ÌYÁ AGBÀSÈ pronúncia corretaIABASSÊ d
significa a senhora respeitável que cozinha .
Título recebido pela pessoa que já completou a sua obrigação de 7 anos e que especifica
uma funçãodentro do Candomblé que é a responsável pela cozinha, de SÈ = cozinhar .
15. Divindades Familiares: Omolu, Nàná e Òsùmàrè; Sàngó, Baàyànni,
Ìyámase70 .
Divindades Brancas: Òsó, Òs71àlúfnàgiyán, Odùdúwà;
Divindades Femininas: Associadas à festa das Àyaba;
Todas as Divindades: Ritual de Lórogún.
Outros rituais são específicos, como o Ìpàdé,o Bori e a Saída de
Ìyàwó, este último sem definição no calendário religioso, por ser a iniciação um fato
imprevisível.
ÌPÈTÈ
O Ìpètè é a denominação da comida oferecida a Òsun e que dá nome à
festividade. Faz parte do ciclo final da festa das Àyaba, quando foram festejadas
todas
as divindades femininas, com exceção de Nàná(n), que come com Oo. Ele só pode mluocorrer s
e antes tiver sido feita, pelo terreiro, a festa das Águas de Òs.àláNão há
sacrifício e por conseguinte não há o Ìpàdé, pois esta é a sua característica, a de
diminuir a rotina cansativa dos sacrifícios, dando uma seqüência mais suave nesta fase
do calendário religioso. Depois do S72 iréde abertura, os Òrìsmanifestados vêm à à
frente e mais atrás as pessoas do terreiro, trazendo as panelas na cabeça com o
OS RITUAIS DE SACRIFÍCIO
O culto demanda sacrifício de sangue animal, oferta de alimentos e
vários ingredientes. A carne dos animais abatidos nos sacrifícios votivos é comida pel
os
membros da comunidade religiosa, enquanto o sangue e certas partes dos animais,
como
patas e cabeça, órgãos internos e costelas, são oferecidas aos Òrìsà. Somente iniciados
têm acesso a estas cerimônias, conduzidas em espaços privativos denominados quartos-
de-santo. Uma vez que o aprendizado religioso sempre se dá longe dos olhos do
público, a religião acaba por se recobrir de uma aura de sombras e mistérios, embora
todas as danças, que são o ponto alto das celebrações, ocorram sempre no barracão, que
é o espaço aberto ao público.
70 ÌYÁMASE pronúncia correta IAMASSÉ mãe de Xangô, no aspecto divinizado. Nos relatos
tradicionais, a mãe de Xangô é conhecida pelo nome de Torosi ou Torosi Yagbodo, filha
do rei
Tápà. Qualidade de Iemanjá que é a mãe de Xangô.
ÒSÀGIYÁN pronúncia correta OXAGUIÃ Orixá funfun (do branco) guerreiro; rei da
cidade de Ejigbó. Qualidade de Oxalá. Jovem, guerreiro. Oxaguiã é o nascer do Sol. É o don
o do
pilão e do inhame.
72 SIRÉ se , fazer; eré = brincadeira: literalmente, os cânticos alegres dos Òrìsà.
16. Os ritos de sacrifício animal são destinados aos Òrìsà e outras formas
de espíritos. Olórun73 ou Olódùmarè74, o Ser Supremo, não solicita sacrifício com
derramamento de sangue nem oferenda, pois Ele está acima das contingências por ser o
Senhor das Essências, sem figurações, porque Infinito não pode ser traçado. A
comunicação Homem-Deus é feita por pensamento e a palavra por excelência é Àse, que
significa que assim seja , ou que Deus permita que isto aconteça , da qual os
Òrìsà são seus intermediários e encaminhadores dos pedidos.
Os reinos animal, vegetal e mineral está à disposição do ser humano.
Eles liberam energias que são dirigidas ao destino especificado, segundo os desejo
s e
objetivos. Este processo que os menos esclarecidos costumam chamar de feitiçaria, é
denominado magia. Cada Òrìsà possui um determinado animal, vegetal, mineral ecomidas,
e tudo libera energia. É uma alquimia que depende de muita habilidade, como
a do Asògún75, que sabe exatamente como segurar uma faca, como a Ìyá gbàsè76, que
conhece os ingredientes do prato, e a Ìyálórìsà77, que sabe o Orò78 determinado, que
conhece as regiões do corpo humano onde estão localizados os centros de força em que
atuam os Òrìsà e o que eles representam por ocasião dos oferecimentos. Convém
lembrar que certas partes do corpo humano são tocadas e utilizadas por ocasião de
determinados ritos: o Bori, por exemplo.
Todo ser humano possui um corpo físico, o Ara79 , e um corpo
metafísico, denominado Enikéjì80, literalmente a 2ª pessoa. A magia dos trabalhos que
se realizam no corpo físico tem por objetivo penetrar o mundo metafísico, alcançar a
matriz para modificar ou restabelecer o equilíbrio da cópia, através das energias
mineral, vegetal e animal. Orientado pela intenção, o desejo atinge o alvo, liberand
o as
propriedades necessárias:
Kò má ìkú nada de morte
Kò má run nada de doenças
Kò má sè jó nada de problemas
Kò má èpè nada de maldades
À arin dede wa entre todos nós.
73 OLÓRUN pronúncia ÓLÓRUN o Deus Supremo. O mesmo que OLÓDÙMARÈ.
74
OLÓDÙMARÈ pronúncia correta ÔLÔDUMARÊ o Deus Supremo. O mesmo que
OLÓRUN.
75 ÀSÒGÚN pronúncia correta AXÓGUN título conferido ao Ogan confirmado que tem a
função de sacrificar os animais , literalmente, aquele a quem foi outorgado o Axé de Ogu
m.
Geralmente, é filho de Ogum.
76 ÌYÁ GBÀSÈ OU ÌYÁBÀSÈ OU ÌYÁ AGBÀSÈ pronúncia correta IABASSÊ deriva da
expressão Iyá Agbá Sé, que significa a senhora respeitável que cozinha .
77 ÌYÁLÓRÌSÀ pronúncia correta IÁLÔRIXÁ sacerdotisa do Candomblé; mãe (no culto de)
Orixá. Dirigente Feminina.
78 ORÒ pronúncia correta ÔRÔ consagração, sacrifício, ritual.
79 ARA pronúncia correta ARÁ ? corpo; ou seja, corpo físico. ARA ÈNIA(N) (pronúnciacorr
ARÁ ÊNIAN ?) = forma física do homem.
80 ENIKÉJÌ pronúncia correta ÉNÍKÊJÍ ou ÉNÍNKÊJÍ (vogal I precedida de N ?) Corpo
metafísico. Literalmente a 2ª pessoa.
17. O sangue é o elemento considerado indispensável, pois se a vida do
animal está no sangue, por essa razão é o primeiro elemento a ser oferecido às
divindades, sendo colocado em cima dos assentamentos, que representam o próprioÒrìsà. Re
cebendo a vida, preservam a da pessoa, estabelecendo uma troca. Os animais
são selecionados pela sua natureza, pela sua tranqüilidade e o calor do seu corpo, d
e
acordo com a necessidade do momento.81
A cabeça do animal é oferecida em troca da cabeça da pessoa. Trata-
se, portanto, de um ritual de troca.
Orí eran e gbá, e máse gba orìì mi .
Receba a cabeça do animal, deixe a minha em paz.
Após o sacrifício, a cabeça do animal é colocada, desamarrada, em
cima do assentamento.
É o jogo que diz o que o Òrìsà deseja, os animais e os oferecimentos.
Para todo animal de quatro patas são feitos sacrifícios de aves para
cada pata do animal; a isso se dá o nome de Ìbòsè82, que significa cobrir os pés, ou seja,
calçar as patas do animal. Determinado o número de animais, estabelece-se a ordem do
s
oferecimentos:
1º Animal de quatro patas
2º Calçar o animal de quatro patas
3º Oferecimentos de galinha ou galo/
4º Pato
5º Galinha d angola
6º Pombo
7º Ìgbín83 (Caramujo)
Além do sangue, da cabeça e das patas, outras partes dos animais são
tratadas de forma especial: Èdò84, o fígado; Fúkùfúkù85, pulmões; Iwe86, a moela;
Okán87 , coração; Iwe Inú88 , rins. São consideradas partes vitais e oferecidas às
divindades num ritual denominado de Ìyanlé89. As partes restantes, dependendo do tip
o
de sacrifício, são preparadas para serem servidas aos praticantes, numa manifestação
comunitária em que a vida é celebrada em ritual de festa e confraternização.
81 O pombo é o animal com o sangue mais quente, e os animais de quatro patas, com
o sangue mais
frio. O pato representa a água, a galinha d angola, o fogo, o galo, a terra, e o pom
bo, o ar.
82 ÌBÒSÈ pronúncia correta IBÔSSÉ ?). ÌBÒSÈ significa cobrir os pés, ou seja, calçar as p
do animal. São sacrifícios feitos de aves para cobrir cada pata do animal de quatro
patas. Ou será
ÌBOSÈ pronúncia correta IBÔSSÉ ? bichos de pena.
83 ÌGBÍN pronúncia correta IBÍN ? Caramujo.
84 ÈDÒ pronúncia correta ÉDÓ o fígado.
85 FÚKÙFÚKÙ pronúncia correta FÚKÚFÚKÚ os pulmões do animal.
86 IWE pronúncia correta IUÊ ? a moela do animal.
87 OKÁN pronúncia correta ÓKÁN ? o coração do animal.
88 IWE INÚ pronúncia correta IUÊ INÚ ? os rins do animal.
89 ÌYANLÉ pronúncia correta IANLÊ ? ritual de oferecimento às divindades das partes
consideradas vitais do animal sacrificado, como o fígado, o s pulmões, a moela e o c
oração.
18.
19. MÚSICA E DANÇA OS OGANS
Toque de Candomblé é o mesmo que festa, pois se refere às batidas
dos atabaques, que possuem uma variedade significativa de ritmos identificados c
om a
necessidade do momento. São mais de 15 ritmos diferentes, acompanhados de cântico
ou não. Esses toques têm o poder de entrar em sintonia com o Òrìsà, pois fornecem
elementos como gestos e movimentos do corpo que entram em afinidade de forma
irresistível.
As celebrações de barracão, os toques, consistem numa seqüência de
danças, em que, um por um, são honrados todos os Òrìsà, cada um se manifestando no
corpo de seus filhos e filhas, sendo vestidos com roupas de cores específicas, usa
ndo
nas mãos ferramentas e objetos particulares a cada um deles, expressando-se em ges
tos
e passos que reproduzem simbolicamente cenas de suas biografias míticas. Essa
seqüência de música e dança, sempre ao som dos tambores (chamados rum, rumpi e lé)
é designada sirè90 , que em iorubá91 significa "vamos dançar". O lado público do
candomblé é sempre festivo, bonito, esplendoroso, esteticamente exagerado para os
padrões europeus e extrovertido.
Para a realização da festa, que será movimentada por cânticos e
danças, são necessárias as presenças dos Ogans, que tocarão os instrumentos musicais,
os quais, de marcarem o ritmo, são os responsáveis pela vinda dos Òrìsà com cânticos
apropriados. Nos Candomblés existem os cânticos que são entoados com os Òrìsà
manifestados e outros não.
Os atabaques são tocados por Ogans confirmados da Casa ou por
visitantes importantes, merecedores de homenagens especiais.
Os atabaques são instrumentos sagrados que passam por rituais de
iniciação e recebem obrigações como verdadeiras divindades.92 São devidamente
paramentados com Òjà93 da cor do Òrìsà homenageado ou na cor branca. São em
número de 3, e, de acordo com a nação seguida pelo Candomblé, tomam nomes
diferentes, do maior para o de menor tamanho, cada um com som diferenciado, de
acordo com o tipo de toque ou com o tipo de som que queiram dar, percutidos com
as
mãos ou com varetas de madeira:
90 SIRÈ ou SIRÉ pronúncia correta XIRÊ toque festivo. Festa; o momento do Candomblé
em que os filhos-de-santo dançam em homenagem aos Orixás.
91 IORUBÁ ou YORUBÁ do original YORÙBÁ etnia predominante na região da Nigéria.
92 Geralmente, quando a Ìyálórìsà entra para obrigações, são feitas oferendas para os ataba
Da mesma forma que a cuia do Ìpàdé representa a cabeça de todos os participantes, e a ca
baça em
que se tocam os ritmos do Àsèsè representa a cabeça do morto, há uma relação entre o Orí da
Ìyálórìsà e os atabaques.
93 ÒJÀ pronúncia correta OJÁ ???
20. Nação de Candomblé: Kétu Jeje
Atabaque maior
Atabaque médio
Atabaque menor
Ìlù
Ìlú Òtún
Ìlù òsì
Hun
Humpi94
Le (V. 91)
Varetas Àtòri Agidavi
Campânula de metal Àgògo Gán95
O maior dos três atabaques utilizados é o mais destacado, não só pelo
seu tamanho, mas pelo que ele realiza. Ele é o solista, marcando os passos da dança
com
repiques e floreios. Só os mais experientes podem tocá-lo, e, na escala do aprendiza
do,
ele é o último a ser percutido por quem deseja aprender a tocar, porque devem conhec
er
os momentos para os repiques que irão permitir que o Òrìsà, dançando, realize as
variações nos movimentos que lembrarão as ondulações das águas de Òsun, as lutas e
agilidade de Ògún e Sàngó, o ato da caça de Òsóòsì, o ninar da criança de Nàná,a
extensão e beleza do arco-íris de Òsùmàrè, o baçançar das folhas ao dançar com uma
perna só por Òsányín96 ou o pilar do inhame por Òsàgiyán. Os atributos míticos dos
Òrìsà são revelados desta forma.
É ele, ainda, que dobra o couro , avisando da chegada de visitantes
ilustres, mudando o ritmo do momento, para um bater descompassado. Os dois, oint
ermediário e o menor, fazem o fundo sem variações maiores. É por eles que se
começa o aprendizado e o desenvolvimentos do dom natural de tocar e memorizar.
OGAN SUSPENSO E CONFIRMADO
Durante uma festa é possível que uma pessoa venha a ser escolhida
para ser Ogan ou Ekedi, dois cargos de pessoas que não viram com qualquer divindad
e
e que somente galgam um posto no Candomblé mediante a escolha direta de um Òrìsà
manifestado. Se o Òrìsà for Yánsà, ele será um Ogan de Yánsà, independente do Òrìsà
que possua. Yánsàn o pegará pelo braço e dará um breve passeio pelo salão,
apresentando-o a todos, com os cânticos:
Ji Olóyè lóloyè suspendemos o titular
A ta taròde aquele que terá
94 Humpi e Le são, respectivamente, as formas reduzidas de Humpevi e Omele.
95 Gán significa ferro.
96 ÒSÁNYÌN pronúncia correta OSSAIN Orixá das folhas. O deus das ervas, dono das matas,
da medicina, da cura, da convalescença.
21. A ta taròde a riqueza do título
A ta taròde.
Uma cadeirinha será formada com os braços por dois Ogans mais
velhos, que o conduzirá a uma outra cadeira, e ele será ali depositado após três
tentativas obrigatórias. A partir daí será considerado um Ogan suspenso, merecedor de
honrarias, até que seja iniciado e tenha o seu Òrìsà assentado. Se for Ògún, fará as
obrigações juntamente com as obrigações do Òrìsà que o apontou.
Tanto uma Ekedi97 como um Ogan passam pelo ritual de Bólóna98(n),
para verificar a sua condição de ter apenas o santo assentado, ou se houver alguma
reação, ser recolhido como Adósù99. Em outras palavras, a intenção é contrária ao ritual
feito para as pessoas que são Adósù, ou seja, provar que não se manifestam com Òrìsà
em nenhuma hipótese. Como não há manifestação, os Ogans não necessitam das
mesmas obrigações que uma Ìyàwó, por exemplo, não precisam cortar os cabelos e
raspar a cabeça.
Sob o ponto de vista iniciático, os Ogans se tornam fiéis à Casa que os
iniciou, pelo fato de não poderem mais sair dela, ou seja, não poderem ser novamente
confirmados em outra Casa, no caso de insatisfação. Trata-se de uma situação contrária
à dos Adósù, que têm a liberdade de mudar de Candomblé diante de alguma divergência
e fazer suas obrigações com outros zeladores-de-santo, conforme seu desejo. Aos
Ogans é dado apenas o direito de se afastar diante de alguma discordância ou de sere
m
homenageados por outros Candomblés.
Seu recolhimento tem uma duração menor do que o de uma Ìyàwó,o
que requer ritos menos complexos. Em sua apresentação pública, virá usando uma faixa
com a definição de Ogan de Yánsàn . Será conduzido pelo próprio Òrìsà que o
escolheu, que dirá o seu novo nome, pelo qual passará a ser conhecido. Terá sua cadeir
a
exclusiva, será chamado de Pai e todos lhe tomarão a bênção. Passará a usar um boné
97 EKEDI pronúncia correta ÉKÉDI auxiliar.
98
BÓLÓNAN do original BÓLÓNA pronúncia correta BÓLÓNAN é a primeira
manifestação de um Orixá numa pessoa, e que ocorre geralmente de forma bruta e sem qua
lquer
previsão. Pode ser durante uma festa ao se cantar para um determinado Orixá; a pesso
a é vítima de
tremores e sobressaltos, caindo no chão inconsciente. BOLAR vem de EMBOLAR, e é uma
formaalterada do Yorubá BÓLÓNA(N), BÓ + LÓNA (N), no caminho.
99
ADÓSÙ pronúncia correta ADÔXÚ, porém alguns pronunciam ADOCHO, grifo nosso
pessoas que serão raspadas. O OSÙ é o axé com o qual se firma o Orixá no alto da cabeça. É
rca que distingue o iniciado. Na África, para determinados Orixás, ele é simplesmente
um tufo
de cabelos deixado no alto da cabeça raspada. Aqui, compõe-se de elementos diversos
que podemser alterados de acordo com o Orixá, como aridan, pichulin, préa e pós divers
os. É moldado com aságuas das folhas da Ìyàwó em formato cônico, constituindo-se em um frag
ento do Axé coletivo da
Casa. Ou seja, o OSÙ é uma massa feita de diversos elementos, tem um formato cônico e é
colocadono alto e centro da cabeça, exatamente onde foi feito o pequeno corte (O G
BÉRÉ no momento do
22. feitio do santo. A partir daí, a iniciada poderá ser chamada ADÓSU. O Adósù é o equivalente
Ìyàwó, por ela usar o Osù e ser raspada. Há casos, porém, na iniciação de um Ogan, de ele u
Osù, o que amplia a relação, ao nosso ver. Ele é usado na feitura e nas obrigações de três
ete anos
e na morte, quando simbolicamente ele é retirado do corpo morto, através de um ritua
l muito
reservado. Quando a morte se dá por um acidente difícil de se usar o corpo, os prece
itos são feitos
numa cabaça, que representará a cabeça do falecido.
23. branco, Fìlà100 ou Àketè101, símbolo de sua posição, embora muitos não tenham o hábito
de usá-lo. Terá um Oyé102 especificando sua real função. Relacionamos alguns desses
títulos que definem suas reais funções:
Alágbè103
Asògún
Ojú104 Oba105
Apokan106
Apótun107
Elèmòsó108
Bàbá Egbé109
Sobalojú110
Aràmefà111
Àjímúdà112
100 FILÁ do original FÌLÀ capuz que cobre o corpo de Omolu para esconder suas doenças d
pele; ou seja, cobertura feita de Ìko, a palha-da-costa que cobre o rosto de Omolu
. Tambémchama-se FÌLÀ o boné branco usado pelos Ogans confirmados, símbolo de sua posição.
bémchamado de Àketè. Essa cobertura (ou capuz) também é chamado de AZE, nos Candomblés Jeje
.
101 ÀKETÈ pronúncia correta AKÉTÉ boné branco usado pelos Ogans confirmados, símbolo
de sua posição. Também chamado de Fìlà.
102 OYÈ pronúncia correta ÔYÊ título dado à pessoa que já completou a sua obrigação de
anos. Esse título qualificará suas funções no Candomblé. Ele pode ser uma função restrita a
Orixá, ou pertinente aos atos da sociedade, de um modo geral.
103 ALÁGBÈ pronúncia correta ALÁBÊ título conferido ao Ogan confirmado que tem afunção
r de atabaques. O ALÁGBÈ é também o solista do grupo. A parte cantada é feitapor ele. ALÁGB
em de ALÁ = dono, AGBÈ = cabaça.
104 OJÚ pronúncia correta ÔJÚ olhar.
105 OJÚ OBA pronúncia correta ÔJÚ OBÁ título conferido ao Ogan confirmado e que tem afu
?? OJÚ = olhar.
106 APOKAN outros dizem que a escrita correta é APOKAN pronúncia correta APÓKAN ouAPÔKA
? título recebido pela pessoa que já completou a sua obrigação de 7 anos e que
especifica uma função dentro do Candomblé que é um posto no quarto de Omolu . Também, um
título conferido ao Ogan confirmado e com as mesmas funções.
107 APÓTUN pronúncia correta APÓTUN título conferido ao Ogan confirmado e que tem a
função de ???
108 ELÉMÒSÓ pronúncia correta ELÉMÓXÓ título recebido pela pessoa que já completou a
sua obrigação de 7 anos e que especifica uma função dentro do Candomblé que é um posto no
quarto de Oxaguiã . Também, um título conferido ao Ogan confirmado e com as mesmas funções.
109 BÀBÁ EGBÉ pronúncia correta BÁBÁ EBÉ título conferido ao Ogan confirmado e que
tem as funções de ???
110 SOBALÓJU pronúncia correta SÓBÁLÔJÚ título recebido pela pessoa que já completou a
sua obrigação de 7 anos e que especifica uma função dentro do Candomblé que é um posto no
quarto de Xangô . Também, um título conferido ao Ogan confirmado e com as mesmas funções.
111 ARÀMEFÀ pronúncia correta ARÁMÉFÁ título conferido ao Ogan confirmado que tem
as funções de ???
112 ÀJÍMÚDÀ pronúncia correta AJÍMÚDÁ título recebido pela pessoa que já completou a
sua obrigação de 7 anos e que especifica uma função dentro do Candomblé que é um posto no
quarto de Omolu . Também, um título conferido ao Ogan confirmado e com as mesmas funções.
24. Àfikode113
Sárépègbé114
Asógbá115
Ojú Ode116
Balógun117
Balè118
O grupo dos tocadores de atabaque é dirigido pelo Alágbè, que se
ocupa de tocar o maior de todos, comandando o ritmo e impondo uma variedade enor
me
de toques e efeitos como um autêntico regente. Os outros acompanham suas
determinações, com o Àgògo fazendo a marcação. A ele compete homenagear o Òrìsà,
quando ele se manifesta. No Candomblé se diz que o Ogan vai dar rum ao santo , ou
seja, homenageá-lo com cantigas que ressaltam seus atributos. A expressão vem do
yorubá Dáhùn119, responder com cânticos pela presença do Òrìsà. É uma possível
expressão dos Candomblés Jeje, em razão dos próprios Voduns120 cantarem seus
cânticos junto aos atabaques. Quando isso acontece, os Ogans respondem com outros
cânticos. Este ato de responder justificou a expressão Dáhùn.
Os cânticos possuem a parte cantada pelo Alágbè, que é o solista, e a
parte cantada pelo coro composto das pessoas que dançam na roda. Para os Òrìsà se
canta para chamá-los, para reverenciá-los, e canta-se também para subir, ou seja, para
sua despedida.
Alguns toques feitos nos Candomblés têm seus nomes sugeridos pelo
próprio ritmo e podem ser assim definidos:
Àgèrè121 toque para Òsóòsì e Lógun122. É cadenciado e exige uma
certa elegância na condução dos passos;
113 ÀFIKODE outros dizem que o original é AFIKODE pronúncia correta AFÍKÓDÉ título
recebido pela pessoa que já completou a sua obrigação de 7 anos e que especifica uma f
unção
dentro do Candomblé que é um posto no quarto de Oxóssi . Também, um título conferido ao
Ogan confirmado e com as mesmas funções.
114
SÁRÉPÈGBÉ outros dizem que a escrita original é SÁREPÉGBÉ pronúncia corretaSÁRÊPÉBÉ ou
la pessoa que já completou a sua obrigação de 7
anos e que especifica uma função dentro do Candomblé e que tem a função de levar os convit
es aoutros Candomblés, de SÁRE = correr, PÈ = convidar, ÉGBÉ = sociedade. Também, um título
conferido ao Ogan confirmado e com as mesmas funções.
115 ASÓGBÁ pronúncia correta ASÓBÁ título conferido ao Ogan confirmado e que tem as
funções de ???
116 OJÚ ODE pronúncia correta ÔJÚ ODÉ título conferido ao Ogan confirmado e que tem asf
??? OJÚ = olhar.
117 BALÓGUN pronúncia correta BÁLÔGUN título recebido pela pessoa que já completou a
sua obrigação de 7 anos e que especifica uma função dentro do Candomblé que é um posto no
quarto de Ogum . Também, um título conferido ao Ogan confirmado e com as mesmas funções.
118 BALÈ pronúncia correta BÁLÉ Seria o mesmo que ÌGBÀLÈ ? (grifo nosso) = título
conferido ao Ogan confirmado que significa um posto no quarto de Iansã .
119 DÁHÙN pronúncia correta DARRUM significa homenagear o Santo, o Orixá . É o ato
em que os Ogans respondem com cânticos aos cânticos dos Orixás.
120 VODUN divindade dos jeje; o mesmo que os Orixás entre os nagôs.
25.
26. Opanije123 toque para Omolu, Nàná e Yemojá. Movimento das
mãos para um lado e para o outro, com uma pequena pausa.
Ìjèsà124 é tocado com as mãos diretamente no couro, um ritmo
calmo e balanceado. Pega grande parte dos Òrìsà, e em especial, Òsun.
Àlúja125 toque característico para Sàngó, que exige movimentosenérgicos e rápidos. É o to
mais exige variações do atabaque maior
Ìlù126 específico para Yánsàn. Um dos toques mais rápidos do
Candomblé, em que todos os três atabaques trabalham com muita atenção, pela
velocidade das batidas.
Ìgbìn127 toque de Òsàlá, e um dos mais lentos do Candomblé, pela
própria natureza do Òrìsà.
Os demais são assim denominados:
Tonibobe
Bàtá
Jìká
Adahun
Agabi
Sato
Ego
Vamunha
Bravum
Adere
121 ÀGÈRÈ toque para Òsóòsì e Lógun. É cadenciado e exige uma certa elegância na condução
dos passos.
122 LÓGUN ou LÓGUN ÈDE ou LÓGUNÈDE pronúncia correta LOGUM EDÉ Orixá das
águas doces e da floresta; filho de Oxum e Oxóssi.
123
OPANIJE pronúncia correta ÔPANIJÉ toque para Omolu ou ritmo de sua dança etambém o nome
sua dança. Segundo alguns, Opanijé significa ele mata qualquer um e come . É
o toque para Omolu, Nàná e Yemojá. No atabaque é: Movimento das mãos para um lado e para o
outro, com uma pequena pausa.
124 IJEXÁ do original ÌJÈSÀ cidade de Oxum. Ritmo de sua dança; toque de Candomblé: é
tocado com as mãos diretamente no couro, um ritmo calmo e balanceado. Ijexá não é uma nação
olítica. Ijexá é o nome dado às pessoas que nascem ou vivem na região de Ilexá. ILEXÁ: cida
de
Logum Edé.
125 ÀLÚJA pronúncia correta ALUJÁ ritmo da dança de Xangô. Toque característico paraXan
ige movimentos enérgicos e rápidos. É o toque que mais exige variações do atabaque
maior.
126 ÌLÙ pronúncia correta ILÚ ritmo da dança de Iansã. É um toque específico para Iansã
um dos toques mais rápidos do Candomblé, em que todos os três atabaques trabalham com
muita
atenção, pela velocidade das batidas.
127 ÌGBÌN pronúncia correta IBIN ritmo da dança de Oxalá; toque de Oxalá, e um dos mais
lentos do Candomblé, pela própria natureza do Orixá. Também IGBIN OU ÌGBÍN: caracol
comestível oferecido em sacrifício a Oxalá.
27. O COMPORTAMENTO DOS VISITANTES
O traje para se freqüentar um Candomblé no dia de festa é informal.
Vestidos simples e leves para as mulheres, devido ao calor do local, e para os h
omens
esporte simples, mas nunca bermuda. A cor das roupas devem ser de preferência bran
ca,
evitando-se as cores preta, marrom e roxa.
Durante a cerimônia, alguns movimentos são efetuados por todos, mas
o assistente eventual não tem compromisso de proceder como todos, embora em certos
momentos seja necessário. Por exemplo: o senta-levanta , que ocorre quando a
Ìyálórìsà entra no salão para iniciar a festa, quando se ergue da cadeira por qualquer
motivo, quando dança, e o mais importante, quando se canta para o Òrìsà patrono da
Casa ou para o próprio Òrìsà da pessoa. Em todos esses momentos, a pessoa deve se
levantar, assim como quando os Òrìsà retornam paramentados, em sinal de respeito.
A CONDUTA DOS INTEGRANTES DO CANDOMBLÉ
Um terreiro tem a responsabilidade direta e incontestável da Ìyálórìsà, também
conhecida como Ìyáláse128 ou zeladora. O respeito a ela é absoluto. Toda pessoa
iniciada, não importando sua hierarquia, é denominada de adósù, ou seja, é aquela que
levou o Osù129 , a marca que distingue uma pessoa iniciada no Candomblé kétu. É uma
pequena massa cônica colocada no alto da cabeça raspada, composta de elementos
diversos, utilizados na iniciação: folhas, sangue, comidas, etc. Quando a pessoa mor
re,
há o ritual de tirada de Osù, um ato simbólico e de muito fundamento. No Candomblé
Jeje, não é usado o Osù, por isso, quando morrem, não é feito exatamente este ritual.
Ìyàwó é a denominação de uma pessoa iniciada. É o primeiro grau de um caminho de
promoções. Perderá este título e ganhará outro a partir da obrigação de sete anos, que
poderá ser feita a qualquer tempo. Mas sempre sete anos após a feitura.
Ao entrar para o Candomblé, a pessoa deve ter a consciência de quefará parte de uma no
va família com regras de conduta. É a família-de-santo, Arailé
Òrìsà130 , que se diferencia da família biológica, pois há uma interferência dos Òrìsà,
ÌYÁLÁSE pronúncia correta IALAXÉ o mesmo que Ìyálórìsà. Zeladora do Àse. Título
recebido pela pessoa que já completou a sua obrigação de 7 anos e que especifica uma f
unção
dentro do Candomblé que é a de zeladora do Axé ou Ialorixá .
129 OSÙ pronúncia correta ÔXÚ ou OXO massa feita de diversos elementos, tem um formato
cônico e é colocado no alto e centro da cabeça, exatamente onde foi feito o pequeno co
rte, no
momento da feitura do santo. Ou seja, cone preparado com obi mascado e outros in
gredientes e
fixado no coro cabeludo sobre incisões rituais.
130 ARAILÉ ÒRÌSÀ pronúncia correta ARAILÊ ÔRIXÁ significa a Família-de-Santo .
28. que, pela sua natureza, determinam posições, cargos, alimentação, conduta, o que fazer,
as chamadas proibições e kizilas.
O que um terreiro faz poderá não ser feito em outro.
Todas as determinações de conduta devem ser seguidas. Vamos
enumerar algumas dessas regras, não constituindo a seqüência numerada como grau de
importância:
1 Ao chegar no terreiro, não conversar com ninguém, tomar banho
de folhas, que geralmente já está preparado, tocar de roupa e ir ao quarto do Òrìsà
patrono do terreiro e bater a cabeça. Em seguida, ir bater cabeça para o seu Òrìsà. Se for
um Òrìsà Okùnrín131, masculino, fazer o Dòbálè132; se for Obìnrin133, feminino, fazer o
Yinká134. Em seguida tomar a bênção à Ìyálórìsà, descobrindo antes a cabeça. Depois
tomar a bênção aos demais mais velhos. Para não constranger as pessoas, ao chegar e
não podendo conversar com ninguém, caminhar ligeiramente curvado para que saibam
que você está numa tarefa especial.
2 Durante a roda de Candomblé, ao ouvir o cântico do seu Òrìsà,
descobrir a cabeça e ir tomar a bênção à Ìyálórìsà, à Mãe Pequena e à sua Mãe
Criadeira. Os mais velhos na frente, podendo usar botas e sandálias de salto. Não se
usa
o Òjà 135 na cintura, mas sim, à altura do peito.
3 Iniciadas com menos de sete anos sentam em esteira nos ritos de
Ìpàdé; antes da obrigação de três anos, andar descalça; Ogan não se ajoelha no Ìpàdé e,
no Borí, todos devem permanecer de pé, sendo as danças individuais. Contas
atravessadas em homem indicam que ele tem um Òrìsà masculino ou é Ogan.
4 A Ekedi pode se vestir com roupas civis, ou usar saia e bata.
5 Manter a cabeça coberta: nos ritos de Àsèsè, no Ìpàdé, servindo
o Olubajé136, ao dançar na roda do Candomblé, na procisão de Ìyámase e nos trabalhos
internos do Candomblé. Descobrir a cabeça: ao tomar a bênção à Ìyálórìsà, na roda de
Sàngó, e ao trazer a comida do Ìpètè na cabeça.
131 ÒRÌSÀ OKÙNRÍN pronúncia correta ÔRIXÁ ÓKÚRÍN ? Orixás masculinos.
132 DÒBÁLÈ pronúncia correta DÔBÁLÉ bater a cabeça para o Orixá. Quem faz o Dòbálè é
aquele que possui um Orixás masculino na cabeça. O Dòbálè é deitar no chão e apenas bater a
cabeça.
133 ÒRÌSÀ OBÌNRIN pronúncia correta ÔRIXÁ ÔBÍNRIN ? Orixás femininos.
YINKÁ pronúncia correta INKÁ ? bater a cabeça para o Orixá. Quem faz o Yinká é
aquele que possui Orixá feminino na cabeça. O Yinká é deitar no chão, bater a cabeça, virar
de um
lado e do outro.
135 ÒJÀ pronúncia correta ÓJÁ ????
136 OLUBAJÉ do original ÓLÙGBAJÉ pronúncia correta ÔLUBAJÉ banquete dedicado a
Obaluaiê. Festa da família de Omolu, onde Olu="senhor" e Baje= "comer junto". Portan
to,
Ólùgbajé quer dizer "comer junto". Esta festa consiste em se oferecer várias comidas não só
a este
Orixá, mas a vários Orixás que se farão presentes.
29. 6 Nas cerimônias públicas no Barracão, é feita uma seqüência de
cânticos e danças denominada Siré. O pano-da-costa, Aso Oke137, é fundamental parauma pe
ssoa dançar na roda do Candomblé, se assim o desejar, ou se a Casa o permitir. É
uma peça eminentemente feminina.
7 As danças tomam um caráter profundo quando os Òrìsà já estão
se aproximando na cabeça das pessoas da roda. Ao chegarem, ocorrendo a
manifestação, algumas medidas são tomadas: descobrir a cabeça, amarrar um pano-dacosta
no peito; para os homens, tirar os sapatos e meias, jóias e, às vezes, a camisa,
substituída por um Òjà amarrado no peito e preso por trás. São medidas prévias como
primeiras homenagens para depois serem conduzidos a uma dependência interna onde
vestirão suas roupas de gala, com as cores que lhes são identificadas.
8 As roupas dos Òrìsà são usadas de forma que respeitem a
condição masculina. Por exemplo: Òrìsà feminino em homem, usa bombacha,
Sòkòtò138 . Òjà de peito com laço atrás é para Òrìsà masculino; na frente é para Òrìsà
feminino.
9 Nos rituais de sacrifício ou comidas oferecidas aos Òrìsà, só se
pode comer depois dos oferecimentos, ou depois do Òsè139. Se vai receber Àse, ou seja,
o sangue de um oferecimento animal, comer antes quebra a força.
10 A intervenção das pessoas nos rituais se processa através dos
cargos que possuem, e do Òrìsà que carregam, sob diferentes maneiras:
Yánsàn é a dona da esteira, é ela quem arruma a cama do Borí,
carrega o estandarte de Òsàlá nas Águas e participa, indiretamente, dos ritos dos
ancestrais e Egúngún;
Yemojá e Nàná trazem a cabra e seguram os bichos de pena nas
festas de Òsàlá;
Oya e Òsun trazem o animal nas festas de Sàngó.
Nas Casas já estruturadas pelo tempo de vivência, certos cargos são de
responsabilidade de filhos de determinados Òrìsà, cujos atributos se identificam com o
que se pretende. O critério para a escolha se baseia neste princípio, embora não seja
regra geral adotada por todos:
Ìyá Efun140 filhos de Òsàlá.
137 ASO OKE pronúncia correta AXÔ ÓKÊ ? pano-da-costa.
138 SÒKÒTÒ pronúncia correta XÔKÔTÔ calçolão.
139 ÒSÈ pronúncia correta ÓSSÉ ????
140 ÌYÁ EFUN pronúncia correta IYÁ EFUN título recebido pela pessoa que já completou a
sua obrigação de 7 anos e que especifica uma função dentro do Candomblé que é a mãe de bra
a responsável pela pintura .
30. Ìyá Mórò141 filhos de Omólu.
Asògún filhos de Ògún.
Para determinados despachos filhos de Ògún.
Trabalhos de Èsù filhos de Ògún, Obalúwáiyé142 e Ode143 .
11 No Candomblé, a precedência e o respeito são mais visíveis e
determinantes pela idade de iniciação do que pelo status que possui.
12 No Candomblé se aprende praticando.
13 No Candomblé não se faz barulho e não se fala alto. Anda-se
em silêncio.
14 A obrigação de sete anos, denominada de Odúje144, faz da Ìyàwó
uma Ègbónmí145, que é um cargo que indica precisamente isto, o tempo de feitura,
independente de um Oyè146 que venha a ter.
15 Quando uma pessoa se inicia no Candomblé, passa a ter a marca
do seu terreiro, a marca do seu Àse, na medida em que se aprofunda e participa de
suas
atividades. Não é, porém, um fato determinante, isto é, não quer dizer que o que
aprendeu não possa ser modificado.
RELAÇÕES DE SEXO E CASAMENTO
Considerando que todos os membros de um Candomblé sejam filhos-
de-santo; isto é, sejam iniciados, eles poderão ser:
1 Irmãos-de-Santo são todos aqueles que foram iniciados pela
mesma Ìyálórìsà;
141 ÌYÁ MÓRÒ pronúncia correta IÁ MÔRÔ título recebido pela pessoa que já completou a
sua obrigação de 7 anos e que especifica uma função dentro do Candomblé que é a responsáve
pela cuia do Ìpàdé, de MÚ = pegar, ORÒ = obrigação. Geralmente, é filha de Omolu.
142 OBALÚWÁIYÉ ou OBÀLÚWÀIYÉ pronúncia correta ÓBALUAIÊ Orixá das doenças
epidêmicas e de suas curas. Obaluaiê é uma flexão dos termos Obá (rei) -Oluwô (senhor) -Ayi
(terra), quer dizer "rei, senhor da terra .
143 ODE pronúncia correta ODÉ o caçador.
144 ODÚJE pronúncia correta ÓDUJÊ ? nome dado à obrigação de sete anos, que faz da
Ìyàwó uma Ègbónmí, que é um cargo que indica precisamente isto, o tempo de feitura,
independente de um Oyè que venha a ter.
145 ÈGBÓNMÍ pronúncia correta ÊBÔNMÍ ? iniciada com mais de 7 anos no Candomblé.
146 OYÈ pronúncia correta ÔYÉ ???
31. 2 Irmãos de Àse à todos aqueles que foram iniciados num
mesmo Candomblé, mas por Ìyálórìsà diferentes. E isto ocorre quando a Ìyálórìsà
falece e é substituída por outra. Os filhos da primeira serão irmãos-de-Àse dos filhos a
serem iniciados pela segunda. Ou então, quando a Ìyálórìsà esteja impedida de inciar
pessoas que sejam parentes próximos, como irmãos carnais, marido e mulher, pais e
filhos;
3 Irmãos-de-Esteira são os iniciados com Òrìsà de fundamento
similares, e que por força disto podem ser recolhidos juntos, excetuando os sexos
diferentes;
4 Irmãos-de-Barco são os que fazem parte de um mesmo grupo
de iniciados.
Esta questão de legitimidade, de poder ou não poder fazer, determina
normas à Ìyálórìsà. Ela não pode iniciar seus pais, seus irmãos, o marido e filhos, como
também não pode torná-los irmãos-de-santo, segundo o critério da maioria dos
Candomblés. Poderão ser iniciados na Casa, porém, pelas mãos de uma outra pessoa.
Este recurso também se aplica para mãe e filho carnais e entre homossexuais, para qu
e
não se perca o critério do respeito e da seriedade.
O INÍCIO DE UMA FESTA DE CANDOMBLÉ
A festa tem início com a entrada da Ìyálórìsà, que senta em sua
cadeira juntamente com as pessoas que têm cargos na Casa e os convidados de honra.
Forma-se a roda, obedecendo-se a hierarquia: os mais velhos na frente. No chão são
espalhadas folhas de aroeira ou são gonçalinho, a critério da Casa, ou outra também
apropriada. O toque se inicia com Ògún, quando então todos vão salvar a porta, tomar a
bênção à Ìyálórìsà e salvar os atabaques, mensageiros da vinda dos Òrìsà.
A partir daí segue um conjunto de cantigas, um mínimo de três,
máximo de sete, para cada Òrìsà, numa ordenação predefinida de Ògún a Òsàlá.
A seqüência de cantigas ao Òrìsà é denominada de Siré no Brasil. Tem
a finalidade de homenagear as divindades e invoca-las. A chegada de cada uma del
as é
feita em meio a saudações e palmas.
Os toques e cânticos tomam novos ritmos, sendo cada um
reverenciado com alguns cânticos e em seguida conduzidos para os aposentos interno
s
pelas Ekedis, e devidamente vestidos com suas roupas de gala, com cores e insígnia
sque indicam o seu poder e domínio junto à natureza. É neste intervalo que os visitant
es
ilustres são devidamente recepcionados, com comidas que variam de acordo com as
preferências e os tabus do Òrìsà homenageado.
32. A apresentação dos Òrìsà num dia de festa é o momento de gala,
quando todos são recebidos de pé e trazem em suas mãos a representação de seus
atributos e temperamentos. O cântico que os traz ao Barracão diz bem como será feita a
homenagem individual para cada um.
Nesse momento faz-se uma seqüência de cânticos.
A partir daí todos os Òrìsà que estão em terra são saudados
individualmente, com cânticos e danças que representam narrativas de seus feitos
mitológicos e as glórias de seus triunfos. Alguns são seres primordiais, outros são vist
os
como ancestrais divinizados dos clãs africanos. Eles estão longe de se parecerem com
os
santos católicos que um sincretismo arcaico insiste em manter. Ao contrário, eles
revelam características humanas, como emoções, vontades e tendências diversas que os
aproximam bastante das pessoas que os têm como patronos.