Este documento descreve a riqueza arqueológica do concelho de Vila do Bispo no Algarve, que possui mais de 200 novos sítios arqueológicos identificados. O arqueólogo municipal Ricardo Soares está desenvolvendo um mapeamento de todos os sítios para contar a história do território. Vila do Bispo tem a maior concentração de monumentos megalíticos da Península Ibérica e sítios importantes como Vale Boi e Boca do Rio, mas há muito mais para descobrir.
Escavações arqueológicas na jazida de Vale Boi, no Algarve, estão perto do fim após duas décadas, tendo encontrado artefatos que datam de há mais de 30 mil anos. Os arqueólogos encontraram milhares de ossos e ferramentas de pedra que fornecem informações sobre as primeiras comunidades humanas na região. Embora as escavações devem terminar em breve, os pesquisadores ainda têm material suficiente para estudar por mais 20 anos.
O documento resume o patrimônio pré-colonial de Santa Catarina, com foco no patrimônio arqueológico de Imbituba e Garopaba. Apresenta informações sobre sambaquis, tradições Umbu e Humaitá, artefatos líticos, sepultamentos, oficinas líticas e inscrições rupestres encontradas nestas regiões. Também discute arqueólogos importantes como Guilherme Tiburtius e João Alfredo Rohr.
Lívia Santos Bahia, Débora Cristina Santos, Daniela Veloso Coelho, Franklin Conceição
Gomes, Carlos Alexandre Conceição de Jesus, Nivaldo Oliveira Barbosa, Valter Lúcio da Silva Coutinho,
Valdir Palma de Jesus Souza, Sérgio Luis Silva Santos, Antônio Hélio Silva Santos, Roberto de Lima
Santos
A Região de Turismo do Algarve organizou uma viagem para promover o concelho de Vila do Bispo e seu legado Omíada, levando jornalistas e profissionais do turismo a locais como o Centro de Interpretação, Menir do Padrão, Forte de Santo António de Beliche e Cabo de São Vicente, mostrando a história, paisagens e potencial do destino.
Este itinerário descreve uma viagem pelo Algarve que inclui visitas a locais históricos e paisagísticos na região de Vila do Bispo, como o Menir do Padrão e o Cabo de São Vicente, com almoço no Forte de Santo António de Beliche. Inclui também uma introdução sobre a herança cultural omíada na região.
Boletim do Patrimônio Cultural - Edição 34, 10.06.2015Nina Lima
O documento discute vários eventos culturais e patrimônios históricos no Brasil, incluindo o São João em Campina Grande, o patrimônio cultural dos Jardins de Burle Marx em Pernambuco, e vestígios arqueológicos resgatados em Minas Gerais.
Escavações arqueológicas na jazida de Vale Boi, no Algarve, estão perto do fim após duas décadas, tendo encontrado artefatos que datam de há mais de 30 mil anos. Os arqueólogos encontraram milhares de ossos e ferramentas de pedra que fornecem informações sobre as primeiras comunidades humanas na região. Embora as escavações devem terminar em breve, os pesquisadores ainda têm material suficiente para estudar por mais 20 anos.
O documento resume o patrimônio pré-colonial de Santa Catarina, com foco no patrimônio arqueológico de Imbituba e Garopaba. Apresenta informações sobre sambaquis, tradições Umbu e Humaitá, artefatos líticos, sepultamentos, oficinas líticas e inscrições rupestres encontradas nestas regiões. Também discute arqueólogos importantes como Guilherme Tiburtius e João Alfredo Rohr.
Lívia Santos Bahia, Débora Cristina Santos, Daniela Veloso Coelho, Franklin Conceição
Gomes, Carlos Alexandre Conceição de Jesus, Nivaldo Oliveira Barbosa, Valter Lúcio da Silva Coutinho,
Valdir Palma de Jesus Souza, Sérgio Luis Silva Santos, Antônio Hélio Silva Santos, Roberto de Lima
Santos
A Região de Turismo do Algarve organizou uma viagem para promover o concelho de Vila do Bispo e seu legado Omíada, levando jornalistas e profissionais do turismo a locais como o Centro de Interpretação, Menir do Padrão, Forte de Santo António de Beliche e Cabo de São Vicente, mostrando a história, paisagens e potencial do destino.
Este itinerário descreve uma viagem pelo Algarve que inclui visitas a locais históricos e paisagísticos na região de Vila do Bispo, como o Menir do Padrão e o Cabo de São Vicente, com almoço no Forte de Santo António de Beliche. Inclui também uma introdução sobre a herança cultural omíada na região.
Boletim do Patrimônio Cultural - Edição 34, 10.06.2015Nina Lima
O documento discute vários eventos culturais e patrimônios históricos no Brasil, incluindo o São João em Campina Grande, o patrimônio cultural dos Jardins de Burle Marx em Pernambuco, e vestígios arqueológicos resgatados em Minas Gerais.
Este documento apresenta o prefácio do volume "Património de Gaia no Mundo", que descreve obras de arte e edifícios construídos por artistas gaienses fora do concelho. O presidente da Câmara Municipal de Gaia destaca a importância dos escultores Teixeira Lopes e da fábrica de cerâmica das Devesas para o património cultural local. O projeto pretende mapear e preservar o património histórico e artístico disperso de Gaia.
O sítio arqueológico de Vale de Boi no Algarve, Portugal é o maior sítio do Paleolítico Superior no país. Ocupado entre 25.000-6.000 anos atrás, continha vestígios de comunidades caçadoras-coletoras atraídas por uma lagoa costeira próxima. Achados no local fornecem novas informações sobre as trocas culturais dessas comunidades nesse período.
A colecção “Cadernos do Património” pretende promover e dar a conhecer o património cultural de assinalável valor histórico, arquitectónico, arqueológico e artístico dos Vales do Côa e Águeda e da Raia, numa perspectiva de divulgação, juntando fotografia e textos que contribuam para a valorização desse território de valor único.
O segundo Caderno de Património é , por um lado, um testemunho do 2.º Encontro, organizado pela RIBACVDANA em 2021, em Escarigo, pequena aldeia raiana no Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, e, do outro lado da ribeira de Tourões e do rio Águeda, em Puerto Seguro. E, por outro lado, pretende ser um contributo para uma reflexão sobre o território de Riba Côa, que se estende à volta de Monforte.
O território raiano é uma região sem monumentos grandiosos, como acontece perto dos centros de poder, sabemos no entanto que podemos por lá descobrir património material e não-material de grande valor. Abre-se, portanto, um vasto campo de acção e de estudo, que nos permite acreditar que, no tempo em que as fronteiras se esbatem (se ainda se esbatem?), é essencial registar e estudar esta estreita faixa de terra, que designamos de raia, sempre tão esquecida e, julgamos, ainda mais ignorada. É um território marcado por memórias de muitas e cruentas batalhas, porque era território cobiçado e disputado, como porta de entrada para conquistas maiores. Foi, por isso, local de construção de postos de atalaia e de fortalezas militares, que materializaram primeiro a conquista e depois a defesa de cada reino dos reinos vizinhos.
Captar o imaginário colectivo é um desígnio exigente, a que o ensaio fotográfico, “Fotografar a Raia”, e os dois textos que o acompanham, de Renato Roque e Jorge Velhote, tentam oferecer um segundo olhar, através do sentir estético das múltiplas visões da Raia de um grupo de fotógrafos que participou no Encontro.
O documento descreve três espaços observados: (1) Museu das Culturas Dom Bosco, que preserva a cultura dos povos indígenas da região Centro-Oeste do Brasil; (2) Museu de Zoologia da USP, que abriga uma das maiores coleções zoológicas da América Latina; (3) Casa Museu da Pessoa, que preserva histórias de vida de pessoas comuns para valorizar a diversidade cultural.
O documento discute o patrimônio cultural e as transformações urbanas na região do Porto Maravilha no Rio de Janeiro. Apresenta os antecedentes históricos da preservação do patrimônio cultural na cidade desde 1984 e descreve projetos em andamento para celebrar a herança africana, como o Circuito Histórico e Arqueológico do Valongo.
O documento discute o patrimônio cultural da Vila de São Vicente, local que reproduz a arquitetura e costumes do século XVI para educar visitantes sobre a história da primeira cidade brasileira. Arqueologia na praia do Gonzaguinha também ajuda a reconstruir a história da cidade.
Este documento propõe um tema globalizante para o ano letivo de 2010-2011 nas escolas de Sesimbra e Castelo Poente sobre "Sesimbra e o Mar, um Tesouro a Preservar". O tema abordará subtemas como o Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, as artes piscatórias, a história de Sesimbra no final do século XIX e início do século XX, e terá como trabalho final uma exposição temática e festa de encerramento do ano letivo.
O documento descreve um programa de educação patrimonial na área do Projeto Salobo em Parauapebas, Brasil. O programa visa tornar conhecido o patrimônio arqueológico local entre os moradores e ensinar sobre a importância da preservação desse patrimônio cultural. O programa envolveu a descoberta do potencial artístico dos participantes e o resgate da herança cultural através da cerâmica, incorporando aspectos das peças arqueológicas encontradas na região.
A colecção “Cadernos do Património” pretende promover e dar a conhecer o património cultural de assinalável valor histórico, arquitectónico, arqueológico e artístico dos Vales do Côa e Águeda e da Raia, numa perspectiva de divulgação, juntando fotografia e textos que contribuam para a valorização desse território de valor único.
Este é o seu primeiro número, construído na sequência do "Encontro Transfronteiriço de Património e Poesia" organizado pela RIBACVDANA em 2020. Este Encontro teve como propósito alertar para o foco humanista no uso da cultura, dar relevo aos valores sociais do património e novas formas de pensar e trabalhar que respeitem e apoiem os novos paradigmas culturais e patrimoniais. E, ao mesmo tempo, reflectir sobre a própria natureza e o papel da cultura e do património na sociedade contemporânea.
O projecto “Fotografar a Lenda” integrou o Encontro. Desafiou um grupo de fotógrafos a virem ao Bizarril, uma pequena aldeia do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, para fotografarem as suas lendas e contarem histórias com a fotografia.
O primeiro número de "Cadernos do Património" é, pois, dedicado ao Bizarril, à Capela de Nossa Senhora de Monforte e ao Castelo de Monforte. Conta com os contributos dos fotógrafos: Adelino Marques; António J. Gonçalves; António Martins Teixeira; Augusto Lemos; Conceição Magalhães; Filipe Carneiro; Jorge Pedra; Jorge Velhote; Renato Roque; Rui Campos e Sofia Aroso, dos historiadores Carlos Caetano, Filomena Barata e Tiago Ramos e do poeta Jorge Velhote.
Parecer da técnica do IPHAN sobre os estudos realizados pelos arqueólogos contratados do governo.
O parecer esclarece porque são necessários estudos mais aprofundados.
Este documento descreve as gravuras rupestres encontradas no Vale do Côa, em Portugal. O texto explica que o Vale do Côa contém 28 sítios com arte rupestre ao ar livre datando de entre 20.000-10.000 anos atrás, representando animais como cavalos, bois e cabras. O documento também destaca a importância de preservar este patrimônio arqueológico único que fornece evidências da mais antiga forma de arte do mundo.
Solar condes de Resende e a Vida e Obra de Eça de Queirós - História do porto...Artur Filipe dos Santos
Comprado pela Câmara de Gaia em 1984, esta antiga casa senhorial presta hoje serviços nos domínios da Arqueologia, História, Antropologia Cultural e Património de Gaia e do Vale do Douro. O seu Centro de Documentação inclui o Arquivo Condes de Resende e publicações nacionais e europeias sobre aqueles temas em permanente actualização. Para além da história da casa e dos seus antigos proprietários expõe núcleos diversos de espólio museológico.
Este documento fornece informações sobre as atividades educativas oferecidas pelo Padrão dos Descobrimentos em Lisboa em 2006-2007, incluindo visitas guiadas, jogos, oficinas e conferências sobre a história dos descobrimentos portugueses.
Este documento descreve a pesquisa de um grupo sobre antigos caminhos indígenas e coloniais na região da Baía da Babitonga e Serra do Mar no norte de Santa Catarina, Brasil. O grupo vem estudando os caminhos históricos que ligavam a região da baía ao interior através da serra, incluindo o antigo Caminho do Monte Crista. A exposição fotográfica do grupo pretende demonstrar o potencial histórico e natural da região através de imagens coletadas durante cinco anos de pesquisa
Este documento apresenta a cartilha "Cartilha Bocaiuva" que descreve o patrimônio histórico e cultural da região de Bocaiuva no Mato Grosso. A cartilha descreve os achados arqueológicos na região, incluindo dois sítios arqueológicos encontrados durante pesquisas para a construção de uma hidrelétrica. A cartilha também discute como as mudanças geográficas ao longo do tempo influenciaram os grupos indígenas que habitaram a região no pass
Este documento descreve um programa de gestão do patrimônio arqueológico para obras de revitalização do Porto do Rio de Janeiro. O programa tem como objetivo desenvolver pesquisas científicas sobre o patrimônio cultural em parceria com as comunidades locais. Foram encontrados diversos artefatos históricos durante as escavações arqueológicas no porto, incluindo balas de canhão, cerâmicas, cachimbos e fragmentos de porcelana e vidro.
ACERVO DIGITAL MCR fotografia - VOL 01.pdfGMComunicao
Este documento apresenta o resumo digital de 67 volumes do acervo fotográfico do Museu da Cidade do Recife, contendo 126.070 imagens que documentam a história da cidade do início do século XX até a década de 1980. O projeto digitalizou as imagens e as disponibilizou gratuitamente online para ampliar o acesso público a essa coleção histórica.
1) O documento descreve o projeto de digitalização de 67 volumes da coleção de fotografias do acervo do Museu da Cidade do Recife, tornando-as disponíveis online gratuitamente.
2) A coleção contém aproximadamente 200 mil itens fotográficos que documentam a história da cidade do Recife do início do século XX até a década de 1980.
3) A digitalização permitirá um acesso mais amplo às imagens, estimulando a pesquisa e divulgação da história e memória da cidade.
Apresentação do projeto museológico com os programas de: conservação, museográfico, arquitetônico, educativo e cultural do Museu das Culturas Dom Bosco MCDB/UCDB para Encontro de Museus Salesianos em Turim na Itália
Estação da Biodiversidade da Boca do Rioarqueomike
Este documento apresenta diversas espécies de plantas e animais encontrados na Estação da Biodiversidade de Boca do Rio, fornecendo descrições, fotos e informações sobre épocas de floração.
Este documento apresenta o prefácio do volume "Património de Gaia no Mundo", que descreve obras de arte e edifícios construídos por artistas gaienses fora do concelho. O presidente da Câmara Municipal de Gaia destaca a importância dos escultores Teixeira Lopes e da fábrica de cerâmica das Devesas para o património cultural local. O projeto pretende mapear e preservar o património histórico e artístico disperso de Gaia.
O sítio arqueológico de Vale de Boi no Algarve, Portugal é o maior sítio do Paleolítico Superior no país. Ocupado entre 25.000-6.000 anos atrás, continha vestígios de comunidades caçadoras-coletoras atraídas por uma lagoa costeira próxima. Achados no local fornecem novas informações sobre as trocas culturais dessas comunidades nesse período.
A colecção “Cadernos do Património” pretende promover e dar a conhecer o património cultural de assinalável valor histórico, arquitectónico, arqueológico e artístico dos Vales do Côa e Águeda e da Raia, numa perspectiva de divulgação, juntando fotografia e textos que contribuam para a valorização desse território de valor único.
O segundo Caderno de Património é , por um lado, um testemunho do 2.º Encontro, organizado pela RIBACVDANA em 2021, em Escarigo, pequena aldeia raiana no Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, e, do outro lado da ribeira de Tourões e do rio Águeda, em Puerto Seguro. E, por outro lado, pretende ser um contributo para uma reflexão sobre o território de Riba Côa, que se estende à volta de Monforte.
O território raiano é uma região sem monumentos grandiosos, como acontece perto dos centros de poder, sabemos no entanto que podemos por lá descobrir património material e não-material de grande valor. Abre-se, portanto, um vasto campo de acção e de estudo, que nos permite acreditar que, no tempo em que as fronteiras se esbatem (se ainda se esbatem?), é essencial registar e estudar esta estreita faixa de terra, que designamos de raia, sempre tão esquecida e, julgamos, ainda mais ignorada. É um território marcado por memórias de muitas e cruentas batalhas, porque era território cobiçado e disputado, como porta de entrada para conquistas maiores. Foi, por isso, local de construção de postos de atalaia e de fortalezas militares, que materializaram primeiro a conquista e depois a defesa de cada reino dos reinos vizinhos.
Captar o imaginário colectivo é um desígnio exigente, a que o ensaio fotográfico, “Fotografar a Raia”, e os dois textos que o acompanham, de Renato Roque e Jorge Velhote, tentam oferecer um segundo olhar, através do sentir estético das múltiplas visões da Raia de um grupo de fotógrafos que participou no Encontro.
O documento descreve três espaços observados: (1) Museu das Culturas Dom Bosco, que preserva a cultura dos povos indígenas da região Centro-Oeste do Brasil; (2) Museu de Zoologia da USP, que abriga uma das maiores coleções zoológicas da América Latina; (3) Casa Museu da Pessoa, que preserva histórias de vida de pessoas comuns para valorizar a diversidade cultural.
O documento discute o patrimônio cultural e as transformações urbanas na região do Porto Maravilha no Rio de Janeiro. Apresenta os antecedentes históricos da preservação do patrimônio cultural na cidade desde 1984 e descreve projetos em andamento para celebrar a herança africana, como o Circuito Histórico e Arqueológico do Valongo.
O documento discute o patrimônio cultural da Vila de São Vicente, local que reproduz a arquitetura e costumes do século XVI para educar visitantes sobre a história da primeira cidade brasileira. Arqueologia na praia do Gonzaguinha também ajuda a reconstruir a história da cidade.
Este documento propõe um tema globalizante para o ano letivo de 2010-2011 nas escolas de Sesimbra e Castelo Poente sobre "Sesimbra e o Mar, um Tesouro a Preservar". O tema abordará subtemas como o Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, as artes piscatórias, a história de Sesimbra no final do século XIX e início do século XX, e terá como trabalho final uma exposição temática e festa de encerramento do ano letivo.
O documento descreve um programa de educação patrimonial na área do Projeto Salobo em Parauapebas, Brasil. O programa visa tornar conhecido o patrimônio arqueológico local entre os moradores e ensinar sobre a importância da preservação desse patrimônio cultural. O programa envolveu a descoberta do potencial artístico dos participantes e o resgate da herança cultural através da cerâmica, incorporando aspectos das peças arqueológicas encontradas na região.
A colecção “Cadernos do Património” pretende promover e dar a conhecer o património cultural de assinalável valor histórico, arquitectónico, arqueológico e artístico dos Vales do Côa e Águeda e da Raia, numa perspectiva de divulgação, juntando fotografia e textos que contribuam para a valorização desse território de valor único.
Este é o seu primeiro número, construído na sequência do "Encontro Transfronteiriço de Património e Poesia" organizado pela RIBACVDANA em 2020. Este Encontro teve como propósito alertar para o foco humanista no uso da cultura, dar relevo aos valores sociais do património e novas formas de pensar e trabalhar que respeitem e apoiem os novos paradigmas culturais e patrimoniais. E, ao mesmo tempo, reflectir sobre a própria natureza e o papel da cultura e do património na sociedade contemporânea.
O projecto “Fotografar a Lenda” integrou o Encontro. Desafiou um grupo de fotógrafos a virem ao Bizarril, uma pequena aldeia do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, para fotografarem as suas lendas e contarem histórias com a fotografia.
O primeiro número de "Cadernos do Património" é, pois, dedicado ao Bizarril, à Capela de Nossa Senhora de Monforte e ao Castelo de Monforte. Conta com os contributos dos fotógrafos: Adelino Marques; António J. Gonçalves; António Martins Teixeira; Augusto Lemos; Conceição Magalhães; Filipe Carneiro; Jorge Pedra; Jorge Velhote; Renato Roque; Rui Campos e Sofia Aroso, dos historiadores Carlos Caetano, Filomena Barata e Tiago Ramos e do poeta Jorge Velhote.
Parecer da técnica do IPHAN sobre os estudos realizados pelos arqueólogos contratados do governo.
O parecer esclarece porque são necessários estudos mais aprofundados.
Este documento descreve as gravuras rupestres encontradas no Vale do Côa, em Portugal. O texto explica que o Vale do Côa contém 28 sítios com arte rupestre ao ar livre datando de entre 20.000-10.000 anos atrás, representando animais como cavalos, bois e cabras. O documento também destaca a importância de preservar este patrimônio arqueológico único que fornece evidências da mais antiga forma de arte do mundo.
Solar condes de Resende e a Vida e Obra de Eça de Queirós - História do porto...Artur Filipe dos Santos
Comprado pela Câmara de Gaia em 1984, esta antiga casa senhorial presta hoje serviços nos domínios da Arqueologia, História, Antropologia Cultural e Património de Gaia e do Vale do Douro. O seu Centro de Documentação inclui o Arquivo Condes de Resende e publicações nacionais e europeias sobre aqueles temas em permanente actualização. Para além da história da casa e dos seus antigos proprietários expõe núcleos diversos de espólio museológico.
Este documento fornece informações sobre as atividades educativas oferecidas pelo Padrão dos Descobrimentos em Lisboa em 2006-2007, incluindo visitas guiadas, jogos, oficinas e conferências sobre a história dos descobrimentos portugueses.
Este documento descreve a pesquisa de um grupo sobre antigos caminhos indígenas e coloniais na região da Baía da Babitonga e Serra do Mar no norte de Santa Catarina, Brasil. O grupo vem estudando os caminhos históricos que ligavam a região da baía ao interior através da serra, incluindo o antigo Caminho do Monte Crista. A exposição fotográfica do grupo pretende demonstrar o potencial histórico e natural da região através de imagens coletadas durante cinco anos de pesquisa
Este documento apresenta a cartilha "Cartilha Bocaiuva" que descreve o patrimônio histórico e cultural da região de Bocaiuva no Mato Grosso. A cartilha descreve os achados arqueológicos na região, incluindo dois sítios arqueológicos encontrados durante pesquisas para a construção de uma hidrelétrica. A cartilha também discute como as mudanças geográficas ao longo do tempo influenciaram os grupos indígenas que habitaram a região no pass
Este documento descreve um programa de gestão do patrimônio arqueológico para obras de revitalização do Porto do Rio de Janeiro. O programa tem como objetivo desenvolver pesquisas científicas sobre o patrimônio cultural em parceria com as comunidades locais. Foram encontrados diversos artefatos históricos durante as escavações arqueológicas no porto, incluindo balas de canhão, cerâmicas, cachimbos e fragmentos de porcelana e vidro.
ACERVO DIGITAL MCR fotografia - VOL 01.pdfGMComunicao
Este documento apresenta o resumo digital de 67 volumes do acervo fotográfico do Museu da Cidade do Recife, contendo 126.070 imagens que documentam a história da cidade do início do século XX até a década de 1980. O projeto digitalizou as imagens e as disponibilizou gratuitamente online para ampliar o acesso público a essa coleção histórica.
1) O documento descreve o projeto de digitalização de 67 volumes da coleção de fotografias do acervo do Museu da Cidade do Recife, tornando-as disponíveis online gratuitamente.
2) A coleção contém aproximadamente 200 mil itens fotográficos que documentam a história da cidade do Recife do início do século XX até a década de 1980.
3) A digitalização permitirá um acesso mais amplo às imagens, estimulando a pesquisa e divulgação da história e memória da cidade.
Apresentação do projeto museológico com os programas de: conservação, museográfico, arquitetônico, educativo e cultural do Museu das Culturas Dom Bosco MCDB/UCDB para Encontro de Museus Salesianos em Turim na Itália
Estação da Biodiversidade da Boca do Rioarqueomike
Este documento apresenta diversas espécies de plantas e animais encontrados na Estação da Biodiversidade de Boca do Rio, fornecendo descrições, fotos e informações sobre épocas de floração.
Programa II Seminário Potencialidades de um Concelho - o Mar de Vila do Bispoarqueomike
O documento descreve a programação de um evento sobre os recursos marinhos e atividades náuticas na região de Vila do Bispo, Portugal. O evento inclui quatro painéis sobre esportes náuticos, recursos marinhos, biodiversidade e história do mar, com apresentações de especialistas sobre tópicos como surf, pesca, qualidade da água, percebes, cetáceos e naufrágio de um submarino alemão.
Este documento descreve a Rota dos Omíadas no Algarve, um projeto turístico-cultural que visa promover o património deixado pela dinastia Omíada na região durante o século VIII através da criação de um itinerário que liga 14 localidades entre as mais representativas da cultura algarvia. O projeto integra ações de sensibilização, formação e promoção junto de operadores turísticos para valorizar as paisagens, sítios históricos e tradições da época islâmica no Algarve.
Rocha das Gaivotas, Sagres, Vila do Bispoarqueomike
1) O documento descreve o sítio arqueológico da Rocha das Gaivotas no Algarve, que apresenta vestígios mesolíticos e neolíticos.
2) Foram identificados dois níveis de ocupação distintos - um nível mesolítico mais antigo e um nível neolítico mais recente.
3) A escavação revelou a sequência estratigráfica do local, compreendendo camadas correspondentes à duna moderna, paleossolo e depósitos arenosos assentes nos calcários subjacentes
Percurso Pedestre 'Pelas Encostas da Raposeira' (Vila do Bispo) - folheto (Vi...arqueomike
Este documento descreve um percurso pedestre na região da Raposeira no Algarve, Portugal. O percurso passa por locais históricos como o Barranco do Benaçoitão, onde antigos guerrilheiros se esconderam, e os Menires de Padrão e Milrei. O documento fornece instruções detalhadas sobre o itinerário, pontos de interesse ao longo do caminho e informações úteis para os caminhantes.
Recursos Patrimoniais versus Sustentabilidade: o caso de Vila do Bispo (Ricar...arqueomike
Este artigo discute a gestão do patrimônio cultural e natural no município de Vila do Bispo em Portugal. O autor argumenta que o patrimônio deve ser gerenciado de forma sustentável em vez de ser visto apenas como recurso econômico. Ele também descreve estratégias bem-sucedidas usadas em Vila do Bispo para promover o conhecimento e fruição responsável do patrimônio cultural e natural.
Programa DiVam 2015 - Património Imaterial e Raízes Mediterrânicasarqueomike
1. O documento lista eventos culturais que ocorrerão em vários monumentos históricos da região do Algarve entre março e novembro, incluindo teatro, dança, música e artes visuais.
2. Os eventos são organizados pela Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Loulé e contam com a parceria de várias associações culturais da região.
3. Os principais monumentos que receberão os eventos são a Fortaleza de Sagres, a Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe,
O poema descreve a paisagem e sensações de uma cidade de pedra e cal. A cidade é descrita como branca com campanários, figueiras e labirintos de pedra e cal. O poema também menciona a brancura do sal subindo pelas escadas e a cidade sendo como um tabuleiro de xadrez só com peças brancas de torres e cavalos-marinhos.
Este documento fornece um resumo da Rota de al-Mutamid, uma rota cultural transfronteiriça entre Portugal e a Espanha que segue a história do poeta andaluz al-Mutamid. A rota passa por locais como Aljezur, Sagres, Silves, Tavira e Huelva e destaca aspectos como a paisagem, história, música e gastronomia de cada localidade.
Contribuição para o conhecimento das Indústrias Mirenses de Vila Nova de M...arqueomike
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, processador mais rápido e bateria de maior duração. O dispositivo também possui tela maior e armazenamento expansível. O lançamento está programado para o próximo mês com preço inicial sugerido abaixo do modelo anterior.
BERNARDES, J. P.; MORAIS, R.; VAZ PINTO, I; GUERSCHMAN, J. (2014) - Colmeias ...arqueomike
Este documento apresenta um resumo de vários estudos sobre cerâmicas de imitação na Hispânia durante o Alto Império Romano. Inclui conferências sobre referências literárias antigas a utensílios cerâmicos e sobre tipos de cerâmica africana e suas imitações. Também contém comunicações sobre produção e comércio de cerâmicas de imitação em diversas regiões da Península Ibérica, como a Bética, a Lusitânia e o noroeste da Hispânia.
Sagres - o Promontorium Sacrum: uma petrificada paisagem sagrada (SOARES, R.,...arqueomike
RESUMO: O território do Promontório de Sagres (Sagres, Vila do Bispo) manifesta uma remota, intensa e contínua vocação e exploração mágico-religiosa, desde os primórdios da sua ocupação humana até aos nossos dias, realidade que se pretende aqui aflorar, por via de um discurso partilhado e complementar, entre a investigação arqueológica e a leitura histórica, entre os nossos menires e o culto de São Vicente...
PALAVRAS CHAVE: promontório, sacralização, monumentalização, Megalitismo, Sagres.
ABSTRACT: The territory of Promontory Sagres (Sagres, Vila do Bispo, Portugal) expresses a remote, continuous and intense magical-religious vocation and exploration, operating since the beginning of its human occupation until nowadays, reality we intend to emerge throw a shared and complementary speech, between archaeological research and historical interpretation, among our menhirs and the cult of Saint Vincent...
KEYWORDS: promontory, sacralization, monumentalization, Megalithism, Sagres.
Este documento descreve vários passeios arqueológicos e de natureza em Vila do Bispo, Portugal, incluindo um passeio diurno no Monte dos Amantes e Cerro do Camacho liderado por Ricardo Soares e Carla Cabrita, um passeio noturno nessas mesmas áreas iluminado para revelar decorações nos menires, e um passeio de 4 horas entre Cabranosa, Vale Santo e Ponta do Telheiro cobrindo geologia, arqueologia e história.
O documento descreve a longa história arqueológica do território de Vila do Bispo, com evidências de ocupação humana datando de há 33 mil anos no abrigo rochoso de Vale de Boi. Detalha achados de diferentes períodos como o Mesolítico, Neolítico, Idade do Bronze e Idade do Ferro, incluindo sítios como a Cabranosa e a Ingrina. Também menciona registos históricos desde a época romana até à Idade Média, destacando Vila do Bispo como
Notícia explicativa da Carta Geológica de Vila do Bispo (1979)arqueomike
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração por um preço acessível. O novo aparelho oferece especificações técnicas avançadas para competir com rivais e atender às necessidades dos usuários por um dispositivo de qualidade a um preço justo.
Colmeias e outras produções de cerâmica comum do martinhal (bernardes, mor...arqueomike
O documento descreve a descoberta de duas colmeias de cerâmica completas e outros artefatos cerâmicos durante escavações arqueológicas realizadas em 2011 no sítio produtor cerâmico de Martinhal, no Algarve. As colmeias foram encontradas dentro de um edifício de 42m x 11m usado para montagem e secagem de peças, junto à parede sul. Artefatos similares costumam ser encontrados entre os escombros de estruturas desabadas.
Análises secah colmeias do martinhal (2013)arqueomike
O documento lista diferentes tipos de hidratos de carbono, ácidos orgânicos, aminoácidos e indicadores de queima de biomassa vegetal. Também discute a detecção de vestígios de mel em amostras arqueológicas com resíduos de cera de abelha ou propolis.
A olaria baixo imperial do martinhal, sagres (Bernardes, Morais, Pinto e Dias...arqueomike
Este documento apresenta um resumo de um livro sobre oficinas de produção cerâmica na Hispânia antiga. O livro contém capítulos sobre a historiografia do tema, projetos de pesquisa relevantes e estudos de caso de vários locais de produção cerâmica por toda a Hispânia durante a Pré-história e a época romana.
A olaria baixo imperial do martinhal, sagres (Bernardes, Morais, Pinto e Dias...
Algarve informativo #213
1. ALGARVE INFORMATIVO #213 48
CONCELHO DE VILA DO BISPO
TEM MAIS DE 200 NOVOS
SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS
PARA SE ESTUDAR
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Ricardo Soares/Município de Vila do Bispo
hegou ao fim mais
uma campanha de
escavações na jazida
arqueológica de Vale
Boi, mas muito mais
há para descobrir e
estudar no concelho
de Vila do Bispo, conforme ficamos a saber
durante uma conversa com Ricardo
Soares, arqueólogo ao serviço da
autarquia vila-bispense desde 2014 e
que rumou a este concelho algarvio
precisamente devido ao seu potencial
de investigação. “A arqueologia é,
essencialmente, uma ciência que
estuda o passado humano, civilizações
2. 49 ALGARVE INFORMATIVO #213
extintas, no fundo, uma narrativa que se
produziu ao longo do tempo pelo
homem num determinado território.
Depois, essa informação deve ser
traduzida para a comunidade local, que
são os verdadeiros herdeiros dessa
memória coletiva. Não basta aos
arqueólogos produzir informação
científica, há que passar adiante essa
história da sequência humana”, defende.
Outra tarefa fundamental é a valorização
dos sítios e dos objetos recuperados em
contexto arqueológico, umas vezes no
local, quando tal é possível, outras vezes
em termos museológicos ou, idealmente,
ambas as vertentes em simultâneo. E Vale
Boi é um sítio extremamente significativo
a nível de todo o sul da Península Ibérica,
garantiu o entrevistado. “É a mais extensa
jazida paleolítica do sul peninsular, com
datações de 34 mil anos, mas tem pouca
monumentalidade e visibilidade no
local, pelo que a melhor opção, neste
caso, é tratar-se essa informação num
museu. A maior parte das peças serão
alvo de estudos posteriores, mas
algumas já têm condições para serem
partilhadas com a comunidade”,
refere, recordando que, em 2014, foi
celebrado um protocolo de colaboração
entre o Município de Vila do Bispo e a
Universidade do Algarve e, em 2017, foi
criado um núcleo de investigação em
Budens, onde ficava o antigo jardim-de-
infância desta vila. “No fundo, esse
equipamento, com boas condições de
acolhimento e de laboratório durante
a fase de campanha arqueológica, tem
garantido a continuidade destes
projetos plurianuais que a autarquia
tem em curso. O estudo é sempre feito
pelos investigadores da universidade,
em estreita colaboração com a Câmara
3. ALGARVE INFORMATIVO #213 50
Municipal, e compete-nos a nós criar as
tais condições de partilha sociocultural
em museu”, acrescenta.
Entretanto, cabe ao arqueólogo
municipal juntar as peças deste «puzzle»,
das várias investigações que decorrem sob
contextos e momentos específicos da
história humana, pelo que Ricardo Soares
se encontra a desenvolver, desde 2014,
a Carta Arqueológica do Concelho de
Vila do Bispo, que congrega toda a
informação produzida, até à data, por
diversos arqueólogos. “As prospeções
feitas no campo têm, numa primeira
fase, a missão de localizar sítios
conhecidos desde o final do século
XIX, desde Estácio da Veiga, mas
Nuno Bicho, João Cascalheira e Ricardo Soares em Vale Boi
4. 51 ALGARVE INFORMATIVO #213
também identificar novos sítios. Neste
momento, a Carta Arqueológica tem
averbados mais de 200 novos sítios
arqueológicos que nos permitirão contar
a história deste território desde o seu
princípio até à atualidade”, revela.
Vale Boi e Boca do Rio são, então, apenas
os dois locais mais mediáticos num
território com muito para dar à
arqueologia portuguesa, algo que não
surpreende Ricardo Soares. “Uma das
razões que me fez vir para Vila do
Bispo foi a monumentalidade dos
menires, já que este concelho reúne a
maior concentração, por metro
quadrado, de monumentos
megalíticos pré-históricos de toda a
Península Ibérica e provavelmente
serão também os mais antigos. Talvez
uma primeira pedra de um fenómeno
megalítico que se propagou de sul
para norte, até contextos mais
conhecidos no Alentejo Central, na
Bretanha Francesa ou em Stonehenge,
nas ilhas britânicas”, adianta, embora
admita ter ficado surpreendido com a
densidade de materiais encontrados à
superfície. “Tudo isto tem a ver com a
próprio geografia de Vila do Bispo.
Estamos a falar da Finisterra, o antigo
Promontorium Sacrum – daí a palavra
Sagres – que já vem do Século VI A.C.,
em que geógrafos e historiadores
gregos chegaram a esta finisterra com
a sensação de terem alcançado o fim
do mundo e assim o batizaram como
Hieron akroterion, o Cabo Sagrado.
Esse respeito por um local especial é
bastante antigo”, declara, quase como
se estivéssemos numa sala de aula de
história antiga.
EMPENHO TOTAL
EM CONHECER
A HISTÓRIA DO
TERRITÓRIO
Toda esta riqueza arqueológica foi
salvaguardada porque Vila do Bispo não
foi alvo do turismo de massa que tomou
conta do Algarve Central nas últimas
décadas do século passado, mas que
5. ALGARVE INFORMATIVO #213 52
benefícios concretos podem daí advir para
um território, questionamos. “Nós,
enquanto indivíduos, temos a missão de
preservar o nosso passado. Os
municípios, as entidades públicas, têm
essa obrigação formal. Felizmente
vivemos num território que está
abrangido, desde os anos 90, por um
Parque Natural, o que permitiu preservá-
lo, de certa forma, das grandes
massificações e empreendimentos
turísticos. Ora, este património, se for
bem gerido e de forma estratégica, tem
mais-valias evidentes”, responde Ricardo
Soares, lembrando ainda que Vila do Bispo
coabita com um turismo diferente de
outras zonas do Algarve. “Somos
procurados mais por viajantes do que por
turistas tradicionais, por pessoas
sensibilizadas e que procuram
experiências, cultura, saberes. Tudo
isso nós temos para oferecer de forma
mais pura, com paisagens preservadas
e com uma riqueza imensa de
património cultural”.
Em jeito de brincadeira, Ricardo
Soares reconhece que personagens
como Indiana Jones e Lara Croft
contribuíram para que houvesse um
maior interesse da parte do cidadão
comum pela arqueologia e isso mesmo
se constata nos Dias Abertos que por
vezes são dinamizadas nas jazidas. “A
arqueologia vende, a paleontologia e
os dinossauros vendem, basta saber
fazê-lo de forma sustentada, porque o
património cultural não é finito e
renovável e uma escavação é
irrepetível, embora depois produza
7. ALGARVE INFORMATIVO #213 54
materiais cuja investigação pode ser
inesgotável”, sublinha o técnico da
Câmara Municipal de Vila do Bispo,
esclarecendo ainda que grande parte das
peças descobertas no concelho irão fazer
parte do acervo do futuro «Celeiro da
História». “Este executivo camarário teve
a grande visão de recuperar um edifício
devoluto de muito significado para as
gentes locais – os antigos celeiros dos
produtores de trigo – e assim suprir a
lacuna de um espaço museológico à
altura do concelho. O Centro de
Interpretação de Vila do Bispo tem
cumprido essa missão, mas é
manifestamente insuficiente para a
escala dos materiais e das narrativas que
queremos partilhar com o público”.
Finalizadas as escavações no «Terraço»
de Vale Boi, outras campanhas deverão
arrancar no curto prazo porque, como já se
percebeu, matéria-prima não falta em
Vila do Bispo. “Os meios essenciais
estão reunidos, há protocolos que têm
vindo a ser estabelecidos com
universidades e centros de
investigação, o potencial arqueológico
é imenso e a criação do Centro de
Acolhimento em Budens permite que
investigadores venham para o nosso
concelho com melhores condições das
que teriam noutras realidades. Ainda
agora tivemos 10 investigadores de
universidades norte-americanas em
Vale Boi e, nas férias da Páscoa e em
setembro, temos outras equipas
estrangeiras a trabalhar na Boca do
Rio, naquilo que se pode quase chamar
de «turismo científico»”, sublinha
Ricardo Soares, enaltecendo o empenho
da Câmara Municipal de Vila do Bispo
em descobrir e dar a conhecer a história
deste território. “Claro que nada se
8. 55 ALGARVE INFORMATIVO #213
Placa Solutrense com 24 mil anos descoberta em Vale Boi
pode fazer sem a devida autorização dos
proprietários dos terrenos e são essas
diligências que normalmente consomem
mais tempo”.
Investigações que, conta Ricardo Soares,
não se limitam a terra firme, pois há
projetos para se estudar os fundos dos
mares, com a Universidade Nova de Lisboa
e uma equipa liderada por José
Bettencourt, nomeadamente de contextos
subaquáticos de naufrágios. “A ideia é
dotar também os sítios de melhores
condições para mergulho, para
exploração subaquática, em articulação
com as empresas marítimo-turísticas
locais. Para além disso, queremos
preservar esses locais, porque o saque
subaquático é uma realidade que
preocupa muito esta autarquia”, refere o
arqueólogo da Câmara Municipal de Vila
do Bispo. “Há aqui várias frentes, umas
que encerraram o seu ciclo no terreno
e prosseguem nos laboratórios, outras
que vão começar no terreno, de tal
forma que a taxa de ocupação no
Centro de Acolhimento à Investigação
de Budens já é difícil de gerir. Grande
parte da arqueologia que se faz em
Portugal acontece em contexto de
obras, de caráter de emergência, em
que apenas se faz o registo do que se
encontrou. A investigação académica
em contextos controlados já permite,
para além da abordagem no terreno, o
estudo em laboratório. Neste caso, o
potencial é inesgotável, porque nas
escavações até se costumam deixar
reservas para o arqueólogo do futuro,
que vai ter meios técnicos totalmente
diferentes e que permitem obter
outros resultados” .