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                              Parcerias animais:
                                                                                                                                          22
                                  parasitismo e
                                    cooperação

                                                     D
                                      ona Cleide andava preocupada com a saúde
da família naqueles tempos de cólera. Todos os noticiários de televisão, rádio e
                                                                                                                                         Atenção
jornais viviam afirmando que a bactéria causadora da cólera estava solta. Casos
haviam sido registrados em vários Estados do país, principalmente na região
norte. A cada semana, a doença parecia se aproximar mais rapidamente da
família de dona Cleide, que morava no sul.
    Segundo os noticiários que dona Cleide ouvia, as pessoas com a doença
tinham diarréia e perdiam a água do corpo muito rapidamente. No rádio e na
televisão, especialistas diziam que a bactéria causadora da cólera, chamada
vibrião, era terrível: ela soltava uma toxina que fazia o intestino funcionar ao
contrário. Ou seja: nos doentes com cólera, em vez de o intestino absorver a água
dos alimentos, ia eliminando, por meio da diarréia, a água da pessoa. Se não
fossem rapidamente socorridos, os doentes morriam de desidratação.
    Os mais assustados lembravam-se das epidemias de cólera da Europa, no
século passado. Naquela época, a medicina ainda não sabia como tratar a doença
e desconhecia que ela era causada por uma bactéria. Com isso, muitas mortes
aconteceram. Agora, em pleno século XX, todo mundo pensava que as grandes
infestações de cólera eram coisa do passado! No entanto, a doença estava bem
aqui, no Brasil, ameaçando a família de dona Cleide.


    Após reler o texto com atenção, responda:                                                                                            Mãos à obra
    Por que dona Cleide estava preocupada com a saúde de sua família?
    ..................................................................................................................................
    ..................................................................................................................................


    Quais são os sintomas da cólera?
    ..................................................................................................................................
    ..................................................................................................................................


    Porque a cólera pode matar?
    ..................................................................................................................................
    ..................................................................................................................................
A U L A       No auge da epidemia de cólera que ameaçava o Brasil, todos os meios de
             comunicação alertavam a população sobre os cuidados básicos a tomar com a

   22        higiene dos alimentos. Use o espaço abaixo para dizer quais são esses cuidados.
                  ..................................................................................................................................
                  ..................................................................................................................................
                  ..................................................................................................................................


A voz do          A cólera é uma doença transmitida por alimentos contaminados. Esses
professor    alimentos podem vir do mar e de áreas do litoral (como camarões, peixes e
             caranguejos). Também podem ser frutas e verduras que receberam água conta-
             minada com as bactérias causadoras da doença.
                  Para não pegar cólera, devemos lavar e ferver muito bem os alimentos com
             água não-contaminada.
                  Mas, como a bactéria causadora dessa doença só é visível com o uso de
             microscópios, não sabemos se a água que usamos está contaminada ou não.
                  Daí vem a recomendação de sempre ferver a água antes de utilizá-la, pois a
             fervura mata os seres vivos nocivos (como as bactérias causadoras da cólera) que
             estão na água.
                  Existem outros métodos para matar esses seres microscópicos que vivem na
             água. Um deles é jogar cloro na água (O cloro que é fornecido nos postos de saúde
             e está à venda nas farmácias.
                  As pessoas que moram nas cidades e têm água encanada geralmente não
             precisam se preocupar tanto em ferver ou clorar a água antes de bebê-la, pois
             recebem essa água de estações de tratamento.
                  Nessas estações, uma das etapas do tratamento da água é exatamente a
             colocação de cloro para matar os microorganismos. Várias estações de tratamento
             de água colocam na água, além do cloro, uma substância chamada fluoreto. O
             fluoreto possue flúor, substância muito útil para a prevenção das cáries.
                  Ou seja: assim como o cloro mata os microorganismos da água, o flúor é muito
                                                     eficiente contra as bactérias que atacam os
                                                     nossos dentes e causam a cárie. Você já
                                                     deve ter lido, nas embalagens das pastas de
                                                     dente, os dizeres “Com flúor para prevenir
                                                     as cáries”.
                  Já as pessoas que usam água de poços devem obrigatoriamente tratá-la com
             cloro e fervê-la, para evitar que ela seja um meio transmissor de doenças.



   Atenção        Além da bactéria causadora da cólera, os alimentos e a água podem estar
             contaminados com ovos ou pequenos filhotes de vermes parasitas. Veja abaixo
             a ilustração de um desses vermes. Ela mostra um verme com cerca de quinze
             centímetros, de corpo arredondado como o de uma minhoca, e que pode ser
             encontrado no intestino de animais, inclusive do homem. Esse verme é popu-
             larmente conhecido como lombriga.
                  Já que as lombrigas estão sempre
             no intestino de um ser vivo, dá até
             para imaginar de que elas se alimen-
             tam. Esses vermes se alimentam da
             comida que homens e animais
                                                              Lombriga: um verme parasita
             infectados ingerem.                                 que vive no intestino.
Assim, como esses vermes estão de certa forma “roubando” o nosso alimen-       A U L A
to, ou o alimento do animal em que vivem, dizemos que eles são parasitas. Em
outras palavras, esses vermes vivem às custas de outros seres vivos.
     Costumamos educadamente chamar de “hóspedes” a esses seres vivos que           22
vivem dentro de outros. Já os seres vivos que os abrigam são, por sua vez,
chamados de hospedeiros.
     Com um ou vários parasitas consumindo parte de sua alimentação, geral-
mente os hospedeiros costumam sentir mais fome e precisam ingerir mais
alimentos. Afinal, parte de tudo o que comem não é usada por eles, e sim por seus
“indesejados” hóspedes.
     Mas como é que vermes como esses vão parar no intestino dos seus hospe-
deiros?
     Os vermes que estão no intestino soltam ovos dentro do próprio intestino.
Esses ovos misturam-se com as fezes que são formadas no intestino e, junto com
elas, são eliminados do corpo do hospedeiro.
     As fezes do animal contaminado com vermes vão secar com o tempo. Mas os
ovos que estavam nas fezes são muito resistentes e não secam. Eles ficam lá,
resistem ao calor, ao frio e podem ser levados pela água das chuvas, depositando-
se sobre gramas ou qualquer outra vegetação comestível (como pés de alface em
uma horta, por exemplo).
     Quando um ser vivo - um boi ou um cavalo, por exemplo - come a grama
contaminada, os ovos dos vermes acabam indo parar no seu intestino. Aí
encontram as condições ideais para se desenvolver, e dão origem a pequenos
vermes. Esses vermes minúsculos vão se alimentando e crescendo. Depois de
certo tempo, no intestino daquele animal existirão vários vermes adultos, todos
atuando como parasitas.
     O mesmo pode ocorrer com o homem, ao comer verduras e frutas contami-
nadas. E é exatamente para evitar isso que devemos lavar muito bem esses
alimentos com água e vinagre, ou fervê-los, quando possível. Isso os torna
adequados ao consumo.
                                           vermes no
                                             intestino




                             vermes na
                             traquéia


                                               pulmões



                                              coração


                                          fígado




                 Este esquema mostra o ciclo de desenvolvimento de
                          vermes no "hospedeiro" humano.
Mãos à obra
   A U L A        Após ler o texto com atenção, responda:


    22            Como uma pessoa pode se contaminar com lombrigas?
                  ..................................................................................................................................
                  ..................................................................................................................................

                  Que cuidados devemos tomar para evitar a contaminação por lombrigas?
                  ..................................................................................................................................
                  ..................................................................................................................................


    Atenção       A colaboração entre os seres vivos

                  O parasitismo da lombriga é um tipo de relação entre seres vivos no qual uma
              espécie explora a outra sem, em troca, lhe oferecer qualquer benefício. Entretanto,
              na natureza nem sempre é assim. Muitos seres vivos podem tirar proveito direto
              uns dos outros, explorando-se e trocando benefícios mutuamente. Assim estabe-
              lecem relações de cooperação e, portanto, verdadeiras parcerias.
                  Um exemplo disso pode ser encontrado                                 caranguejo
              nos oceanos, onde vive uma espécie de ca-                                   ermitão
              ranguejo chamado ermitão. Veja como é um
              ermitão na foto ao lado. Talvez você o julgue
              estranho. Afinal, a única coisa que lembra
              um caranguejo nessa foto são as garras.
                  Se você reparar bem, verá que as garras
              e o corpo do caranguejo estão dentro de
              uma concha que parece igual a essas que
              encontramos vazias nas praias. Como você
              viu na aula sobre os mares, dentro da con-
              cha existiam seres vivos. Quando eles mor-
              rem, as conchas ficam vazias e disponíveis
              para quem nelas queira morar.
                  Algumas conchas vazias ficam no fundo dos mares e não chegam às praias.
              Quando um ermitão encontra uma dessas conchas que considere uma boa
              habitação, ele imediatamente sai da concha em que estava e se muda para a
              moradia que julga melhor. Nesses momentos, podemos ver como é o corpo do
              caranguejo fora da concha (ao lado, veja a foto do ermitão “fora de casa”).
                  Nesse caso, o ermitão se aproveita da concha de um ser que já morreu. É
              evidente, portanto, que aí não existe uma troca de favores ou uma cooperação
              mútua - afinal de contas, o primeiro “dono” da concha está morto.
                                                        Mas, olhando bem a foto, veremos sobre a
                                                   concha do ermitão algumas estruturas que
                                                   parecem flores. Essas estruturas são seres vi-
                                                   vos, parentes dos corais e das águas-vivas.
                                                   Eles são chamados de anêmonas. Veja, ao
                                                   lado, a foto de uma anêmona. A anêmona
                                                   possui uma boca e tentáculos à sua volta.
                                                   Pequenos seres vivos que passam por entre os
                                                   tentáculos são “queimados” e comidos pela
                                                   anêmona. Também dá para reparar, pela foto,
                                                   que a anêmona não tem patas ou nadadeiras.
              anêmona
                                                   Ou seja: ela vive fixa sobre algum lugar.
Se um animal vive fixo sempre no mesmo lugar, como a anêmona, só pode            A U L A
se alimentar dos seres móveis que ficam ao seu alcance. Portanto, as anêmonas
se beneficiam muito quando estão “acopladas” às habitações dos ermitões. Como
os ermitões andam pelo fundo do mar, a anêmona acoplada acaba ganhando                22
mobilidade, deslocando-se de um lugar para outro e encontrando mais comida.
     E quanto ao ermitão? Que “favor” que ele recebe em troca da anêmona?
     Já sabemos que as anêmonas possuem tentáculos com substâncias que
“queimam”. Assim, quando algum animal - um polvo, por exemplo - ataca o
ermitão, imediatamente é queimado pelas anêmonas que ele carrega. Isso é tão
importante para o ermitão que, quando ele encontra uma anêmona pelo caminho,
logo a arranca do local onde ela se fixa e a prende na sua concha. Assim, o ermitão
pode ter várias anêmonas em suas costas.
     Além das relações de parasitismo e cooperação entre seres vivos, que
estudamos nesta aula, na natureza há outros tipos de relação entre seres vivos.
Existem espécies que se alimentam de outras e as caçam. E existem os seres que
são caçados. Esse tipo de relação entre as presas e os predadores que as caçam é
o assunto da aula seguinte.


·   Alimentos contaminados podem transmitir cólera e verminoses.                      Resumo
·   A fervura e a adição de cloro à água matam os seres vivos nocivos que nela
    existem.

·   Seres vivos, como as lombrigas, são parasitas que vivem no intestino de
    outros seres vivos.

·   Os vermes que vivem dentro do intestino se reproduzem; seus ovos são
    eliminados junto com as fezes do hospedeiro.

·   Seres vivos de espécies diferentes podem viver em parceria proveitosa para
    ambas as espécies.


Exercício 1
   Como uma pessoa adquire lombriga?
                                                                                      Exercícios
Exercício 2
   Como podemos evitar verminoses e doenças como a cólera?

Exercício 3
   O que é parasitismo?

Exercício 4
   O que é relação de cooperação?

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  • 1. A UU AL A L A 22 Parcerias animais: 22 parasitismo e cooperação D ona Cleide andava preocupada com a saúde da família naqueles tempos de cólera. Todos os noticiários de televisão, rádio e Atenção jornais viviam afirmando que a bactéria causadora da cólera estava solta. Casos haviam sido registrados em vários Estados do país, principalmente na região norte. A cada semana, a doença parecia se aproximar mais rapidamente da família de dona Cleide, que morava no sul. Segundo os noticiários que dona Cleide ouvia, as pessoas com a doença tinham diarréia e perdiam a água do corpo muito rapidamente. No rádio e na televisão, especialistas diziam que a bactéria causadora da cólera, chamada vibrião, era terrível: ela soltava uma toxina que fazia o intestino funcionar ao contrário. Ou seja: nos doentes com cólera, em vez de o intestino absorver a água dos alimentos, ia eliminando, por meio da diarréia, a água da pessoa. Se não fossem rapidamente socorridos, os doentes morriam de desidratação. Os mais assustados lembravam-se das epidemias de cólera da Europa, no século passado. Naquela época, a medicina ainda não sabia como tratar a doença e desconhecia que ela era causada por uma bactéria. Com isso, muitas mortes aconteceram. Agora, em pleno século XX, todo mundo pensava que as grandes infestações de cólera eram coisa do passado! No entanto, a doença estava bem aqui, no Brasil, ameaçando a família de dona Cleide. Após reler o texto com atenção, responda: Mãos à obra Por que dona Cleide estava preocupada com a saúde de sua família? .................................................................................................................................. .................................................................................................................................. Quais são os sintomas da cólera? .................................................................................................................................. .................................................................................................................................. Porque a cólera pode matar? .................................................................................................................................. ..................................................................................................................................
  • 2. A U L A No auge da epidemia de cólera que ameaçava o Brasil, todos os meios de comunicação alertavam a população sobre os cuidados básicos a tomar com a 22 higiene dos alimentos. Use o espaço abaixo para dizer quais são esses cuidados. .................................................................................................................................. .................................................................................................................................. .................................................................................................................................. A voz do A cólera é uma doença transmitida por alimentos contaminados. Esses professor alimentos podem vir do mar e de áreas do litoral (como camarões, peixes e caranguejos). Também podem ser frutas e verduras que receberam água conta- minada com as bactérias causadoras da doença. Para não pegar cólera, devemos lavar e ferver muito bem os alimentos com água não-contaminada. Mas, como a bactéria causadora dessa doença só é visível com o uso de microscópios, não sabemos se a água que usamos está contaminada ou não. Daí vem a recomendação de sempre ferver a água antes de utilizá-la, pois a fervura mata os seres vivos nocivos (como as bactérias causadoras da cólera) que estão na água. Existem outros métodos para matar esses seres microscópicos que vivem na água. Um deles é jogar cloro na água (O cloro que é fornecido nos postos de saúde e está à venda nas farmácias. As pessoas que moram nas cidades e têm água encanada geralmente não precisam se preocupar tanto em ferver ou clorar a água antes de bebê-la, pois recebem essa água de estações de tratamento. Nessas estações, uma das etapas do tratamento da água é exatamente a colocação de cloro para matar os microorganismos. Várias estações de tratamento de água colocam na água, além do cloro, uma substância chamada fluoreto. O fluoreto possue flúor, substância muito útil para a prevenção das cáries. Ou seja: assim como o cloro mata os microorganismos da água, o flúor é muito eficiente contra as bactérias que atacam os nossos dentes e causam a cárie. Você já deve ter lido, nas embalagens das pastas de dente, os dizeres “Com flúor para prevenir as cáries”. Já as pessoas que usam água de poços devem obrigatoriamente tratá-la com cloro e fervê-la, para evitar que ela seja um meio transmissor de doenças. Atenção Além da bactéria causadora da cólera, os alimentos e a água podem estar contaminados com ovos ou pequenos filhotes de vermes parasitas. Veja abaixo a ilustração de um desses vermes. Ela mostra um verme com cerca de quinze centímetros, de corpo arredondado como o de uma minhoca, e que pode ser encontrado no intestino de animais, inclusive do homem. Esse verme é popu- larmente conhecido como lombriga. Já que as lombrigas estão sempre no intestino de um ser vivo, dá até para imaginar de que elas se alimen- tam. Esses vermes se alimentam da comida que homens e animais Lombriga: um verme parasita infectados ingerem. que vive no intestino.
  • 3. Assim, como esses vermes estão de certa forma “roubando” o nosso alimen- A U L A to, ou o alimento do animal em que vivem, dizemos que eles são parasitas. Em outras palavras, esses vermes vivem às custas de outros seres vivos. Costumamos educadamente chamar de “hóspedes” a esses seres vivos que 22 vivem dentro de outros. Já os seres vivos que os abrigam são, por sua vez, chamados de hospedeiros. Com um ou vários parasitas consumindo parte de sua alimentação, geral- mente os hospedeiros costumam sentir mais fome e precisam ingerir mais alimentos. Afinal, parte de tudo o que comem não é usada por eles, e sim por seus “indesejados” hóspedes. Mas como é que vermes como esses vão parar no intestino dos seus hospe- deiros? Os vermes que estão no intestino soltam ovos dentro do próprio intestino. Esses ovos misturam-se com as fezes que são formadas no intestino e, junto com elas, são eliminados do corpo do hospedeiro. As fezes do animal contaminado com vermes vão secar com o tempo. Mas os ovos que estavam nas fezes são muito resistentes e não secam. Eles ficam lá, resistem ao calor, ao frio e podem ser levados pela água das chuvas, depositando- se sobre gramas ou qualquer outra vegetação comestível (como pés de alface em uma horta, por exemplo). Quando um ser vivo - um boi ou um cavalo, por exemplo - come a grama contaminada, os ovos dos vermes acabam indo parar no seu intestino. Aí encontram as condições ideais para se desenvolver, e dão origem a pequenos vermes. Esses vermes minúsculos vão se alimentando e crescendo. Depois de certo tempo, no intestino daquele animal existirão vários vermes adultos, todos atuando como parasitas. O mesmo pode ocorrer com o homem, ao comer verduras e frutas contami- nadas. E é exatamente para evitar isso que devemos lavar muito bem esses alimentos com água e vinagre, ou fervê-los, quando possível. Isso os torna adequados ao consumo. vermes no intestino vermes na traquéia pulmões coração fígado Este esquema mostra o ciclo de desenvolvimento de vermes no "hospedeiro" humano.
  • 4. Mãos à obra A U L A Após ler o texto com atenção, responda: 22 Como uma pessoa pode se contaminar com lombrigas? .................................................................................................................................. .................................................................................................................................. Que cuidados devemos tomar para evitar a contaminação por lombrigas? .................................................................................................................................. .................................................................................................................................. Atenção A colaboração entre os seres vivos O parasitismo da lombriga é um tipo de relação entre seres vivos no qual uma espécie explora a outra sem, em troca, lhe oferecer qualquer benefício. Entretanto, na natureza nem sempre é assim. Muitos seres vivos podem tirar proveito direto uns dos outros, explorando-se e trocando benefícios mutuamente. Assim estabe- lecem relações de cooperação e, portanto, verdadeiras parcerias. Um exemplo disso pode ser encontrado caranguejo nos oceanos, onde vive uma espécie de ca- ermitão ranguejo chamado ermitão. Veja como é um ermitão na foto ao lado. Talvez você o julgue estranho. Afinal, a única coisa que lembra um caranguejo nessa foto são as garras. Se você reparar bem, verá que as garras e o corpo do caranguejo estão dentro de uma concha que parece igual a essas que encontramos vazias nas praias. Como você viu na aula sobre os mares, dentro da con- cha existiam seres vivos. Quando eles mor- rem, as conchas ficam vazias e disponíveis para quem nelas queira morar. Algumas conchas vazias ficam no fundo dos mares e não chegam às praias. Quando um ermitão encontra uma dessas conchas que considere uma boa habitação, ele imediatamente sai da concha em que estava e se muda para a moradia que julga melhor. Nesses momentos, podemos ver como é o corpo do caranguejo fora da concha (ao lado, veja a foto do ermitão “fora de casa”). Nesse caso, o ermitão se aproveita da concha de um ser que já morreu. É evidente, portanto, que aí não existe uma troca de favores ou uma cooperação mútua - afinal de contas, o primeiro “dono” da concha está morto. Mas, olhando bem a foto, veremos sobre a concha do ermitão algumas estruturas que parecem flores. Essas estruturas são seres vi- vos, parentes dos corais e das águas-vivas. Eles são chamados de anêmonas. Veja, ao lado, a foto de uma anêmona. A anêmona possui uma boca e tentáculos à sua volta. Pequenos seres vivos que passam por entre os tentáculos são “queimados” e comidos pela anêmona. Também dá para reparar, pela foto, que a anêmona não tem patas ou nadadeiras. anêmona Ou seja: ela vive fixa sobre algum lugar.
  • 5. Se um animal vive fixo sempre no mesmo lugar, como a anêmona, só pode A U L A se alimentar dos seres móveis que ficam ao seu alcance. Portanto, as anêmonas se beneficiam muito quando estão “acopladas” às habitações dos ermitões. Como os ermitões andam pelo fundo do mar, a anêmona acoplada acaba ganhando 22 mobilidade, deslocando-se de um lugar para outro e encontrando mais comida. E quanto ao ermitão? Que “favor” que ele recebe em troca da anêmona? Já sabemos que as anêmonas possuem tentáculos com substâncias que “queimam”. Assim, quando algum animal - um polvo, por exemplo - ataca o ermitão, imediatamente é queimado pelas anêmonas que ele carrega. Isso é tão importante para o ermitão que, quando ele encontra uma anêmona pelo caminho, logo a arranca do local onde ela se fixa e a prende na sua concha. Assim, o ermitão pode ter várias anêmonas em suas costas. Além das relações de parasitismo e cooperação entre seres vivos, que estudamos nesta aula, na natureza há outros tipos de relação entre seres vivos. Existem espécies que se alimentam de outras e as caçam. E existem os seres que são caçados. Esse tipo de relação entre as presas e os predadores que as caçam é o assunto da aula seguinte. · Alimentos contaminados podem transmitir cólera e verminoses. Resumo · A fervura e a adição de cloro à água matam os seres vivos nocivos que nela existem. · Seres vivos, como as lombrigas, são parasitas que vivem no intestino de outros seres vivos. · Os vermes que vivem dentro do intestino se reproduzem; seus ovos são eliminados junto com as fezes do hospedeiro. · Seres vivos de espécies diferentes podem viver em parceria proveitosa para ambas as espécies. Exercício 1 Como uma pessoa adquire lombriga? Exercícios Exercício 2 Como podemos evitar verminoses e doenças como a cólera? Exercício 3 O que é parasitismo? Exercício 4 O que é relação de cooperação?