2 teórica projeção - pdf formação - o ensino do ténis
1. O Ensino do Ténis - SIPE
Formador: Igor Fonseca Gomes do Vale
2. Objetivos da Formação
-Familiarização com a modalidade.
-Regras da modalidade.
-Dotar os formandos de conhecimentos e competências técnico táticas fundamentais e
específicas ao ensino do ténis.
-Dominar os fundamentos dos gestos técnicos básicos: direita, esquerda, serviço, volei,
smash, lob.
-Dominar os fundamentos dos gestos técnicos especiais: drive volei, half volei, amortie,
passing shot.
-Análise técnico-tática.
-Dominar os fundamentos dos aspetos táticos: situação de jogo, ciclo da pancada,
movimentação.
-Apresentar metodologias e formas de ensino específicas da modalidade.
-Correta utilização de material adaptado às diferentes faixas etárias.
-Aquisição e aplicação de conhecimentos básicos para lecionar ténis num ambiente
escolar: turmas heterogéneas, turmas com muitos alunos.
-Esclarecer todas as dúvidas dos formandos sobre a modalidade.
-Potenciar a sua intervenção profissional na escola, ampliando o leque de ofertas de
Expressão Motora, da Educação Física e do Desporto Escolar.
-Apresentação de um trabalho de final.
-plano de aula prática para escalão laranja.
-análise e avaliação técnico-tática.
3. Introdução
Existem numerosas modalidades que apresentam um potencial educativo tão
grande como o ténis, mas são raras, na nossa opinião, aquelas que despertam tanto
interesse nas crianças. A classificação do ténis como uma modalidade de elite, aliada a
uma noção ultrapassada que a sua prática comporta elevados encargos financeiros para
o praticante, contribui largamente para o alheamento dos mais jovens em relação a uma
das mais aliciantes modalidades do panorama desportivo. Apesar disso, o ténis
apresenta-se hoje como uma das modalidades desportivas que evidencia maior expansão
no país, justificando o aprofundamento do seu estudo, especialmente no âmbito do
currículo do professor de Educação Física. Os novos programas escolares prevêem a
abordagem do ténis no 2º ciclo do ensino básico, permitindo um primeiro contacto com
esta modalidade, cuja prática não é, de modo algum, mais dispendiosa do que outras
modalidades.
O processo de ensino/aprendizagem deve contemplar todos os alunos de igual
forma e evitar uma visão exclusiva para o sucesso imediato e que, em alguns casos,
poderá levar a um desenvolvimento precoce e a futuros problemas no desenvolvimento
do aluno
Fatores tão importantes como a concentração e o espírito de sacrifício são fundamentais
para a formação dos atletas nesta modalidade.
4. História do Ténis
Há muitas teorias que se referem à origem do ténis, mas existe um consenso que
aponta que a França estabeleceu as bases reais do jogo com o "jeu de paume" (jogo da
palma), no final do século XII e início do século XIII.
No ténis primitivo as raquetas não eram usadas. Os jogadores usavam as mãos
nuas e depois optaram por usar luvas. No século XIV, já havia jogadores que usavam um
utensílio de madeira em forma de pá, conhecido como "battoir" e que mais tarde recebeu
um cabo e também as cordas. Era o nascimento da raqueta, uma invenção italiana.
Com o tempo, o ténis deixou de ser jogado com a bola contra o muro, passando a
ser praticado num retângulo dividido ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o "longue-
paume", que permitia a participação de até seis jogadores de cada lado. Mais tarde,
apareceu o "court-paume", jogo similar, disputado em recinto fechado, mas de técnica
mais complexa e exigindo uma superfície menor para a sua prática.
Muitos reis de França tinham no "jeu de paume" a sua principal diversão, chegando
a ponto de o rei Luís XI decretar "que a bola de ténis teria uma fabricação específica: com
um couro especialmente escolhido, contendo chumaço de lã comprimida, proibindo o
enchimento com areia, giz, cal, cinza, terra ou qualquer espécie de musgo". Para se ter
uma ideia do crescimento da modalidade na França, o rei Luís XII (1498 a 1515) pediu a
um francês de nome Guy Forbert, para codificar as primeiras regras e regulamentos e fez
construir em Orléans, cidade onde tinha o seu palácio, nada menos que 40 campos.
Em plena "Guerra dos Cem Anos", o rei Carlos V condenou o "jeu de paume",
declarando que "todo o jogo que não contribua para o ofício das armas será eliminado".
Com tal proibição, lembrando que o jogo era praticado até aos domingos, pode-se deduzir
que o novo desporto alcançou uma grande popularidade em França.
Com a Revolução Francesa e as guerras napoleónicas, o desporto praticamente
desapareceu, sendo também os campos destruídos. No século XIX, um jogador apelidado
J. Edmond Barre, sagrou-se campeão de França em 1829 e conservou o título por 33
anos, até 1862.
Relativamente ao ténis moderno, pode dizer-se que surgiu em 1873 por ação do
Major Walter Clopton Wingfield, um oficial britânico. Embora Wingfield reivindique o
modelo do jogo, que ele chamou Sphairistiké ("jogos de bola"), muitos acreditam que ele
adaptou os princípios de um jogo popular inglês de ténis de campo. O jogo foi introduzido
em Bermuda em 1873 e, depois, levado para os Estados Unidos (Nova York) por Mary
5. Ewing Outerbridge. O primeiro jogo de ténis nos Estados Unidos foi, provavelmente,
jogado em 1874 em Staten Island Cricket and Baseball Club.
O primeiro campeonato amador mundial foi realizado no All-England Lawn Tennis e
Croquet Club, em Wimbledon, Inglaterra (1877 homens; 1886 mulheres). No final do
século XIX, o ténis foi introduzido em colónias britânicas e outras nações. Em 1881 foi
criada a Associação de Ténis dos Estados Unidos (atual USTA) onde foram padronizadas
as regras do jogo.
Os quatro torneios do Grand Slam são os mais importantes eventos de ténis do
ano, em termos de pontos no ranking mundial, no que respeita à tradição, ao valor dos
prémios em dinheiro e ao nível de audiência. São o Open da Austrália, o torneio de
Roland Garros, Wimbledon e o US Open, que acontecem nesta ordem.
Tanto o Australian Open como o US Open são jogados em piso rápido; o Roland
Garros, em terra batida e o Wimbledon, em relva. O termo Grand Slam é também usado,
no ténis, para denominar o feito notável de vencer todos os quatro torneios de ténis no
mesmo ano.
No início do século XX, os maiores torneios internacionais eram o de Wimbledon e
o campeonato dos Estados Unidos. Recentemente, campeões masculinos de Wimbledon
incluem jogadores como Arthur Gore e os irmãos Reggie e Laurie Doherty. Dorothea
Douglass Lambert Chambers, da Inglaterra, venceu o torneio feminino de Wimbledon por
sete vezes (1903, 1904, 1906, 1910, 1911, 1913, 1914). O campeonato masculino do
Open dos Estados Unidos. foi dominado pelo americano William Larned, que venceu sete
vezes(1901, 1902, 1907-1911). As americanas Elisabeth Moore e Hazel Hotchkiss
Wightman ambas venceram muitas vezes o campeonato feminino dos Estados Unidos no
início de 1900, e Molla Mallory venceu oito vezes (1915-1918, 1920-1922, 1926).
Na década de 1920, jogadores britânicos, americanos e franceses eram os
melhores jogadores internacionais. O americano Bill Tilden dominou o jogo masculino,
venceu Wimbledon três vezes (1920, 1921, 1930) e o campeonato dos Estados Unidos
sete vezes (1920-1925, 1929). Os jogadores franceses Jean Borotra, René Lacoste e
Henri Cochet foram também bem sucedidos, particularmente em Wimbledon. Suzanne
Lenglen, da França, e Helen Wills Moody, dos Estados Unidos, foram as líderes das
jogadoras femininas. Na década de 1930, os melhores jogadores masculinos incluíam
Don Budge e Ellsworth Vines, dos Estados Unidos, e Fred Perry, da Inglaterra. Durante o
mesmo período, Moody continuava o seu sucesso e terminou a sua carreira com oito
títulos em Wimbledon (1927-1930, 1932, 1933, 1935, 1938), sete títulos no campeonato
6. dos Estados Unidos (1923-1925, 1927-1929, 1931), e quatro no campeonato da França
(1928-1930, 1932).
Durante a década seguinte, jogadores como Pancho Gonzales e Jack Kramer
continuaram o seu sucesso. Na década de 1950, a Austrália tornou-se uma força no ténis,
tendo vencido a Taça Davis 15 vezes de 1950 a 1967 (equipa composta por Frank
Sedjman, Ken Rosewall, Lew Hoad, Roy Emerson e Ashley Cooper). Maureen Connolly
dominou o ténis feminino no início da década de 50. Althea Gibson venceu Wimbledon e o
Open dos Estados Unidos em 1957 e 1958, tornando-se a primeira jogadora negra a
vencer aquele torneio. Durante a década de 60, os australianos Rod Laver, Fred Stolle e
John Newcombe continuaram o sucesso do ténis do seu país. E outros grandes jogadores
revelaram-se também: Manuel Santana, de Espanha, e Arthur Ashe e Stan Smith dos
Estados Unidos. Do lado feminino, Maria Bueno, do Brasil, Margaret Smith Court e
Virginia Wade, da Inglaterra, e Billie Jean King, dos Estados Unidos, que venceu
Wimbledon seis vezes (1966-1968, 1972, 1973, 1975), também se notabilizaram.
Na década de 70 Newcombe, Ashe, e Smith continuaram seu sucesso, surgindo
jogadores como Ilie Nastase, da Roménia, e Guillermo Vilas, da Argentina. Jimmy
Connors, cuja carreira se extendeu do início da década de 70 até meados da década de
90, venceu cinco o Open dos Estados Unidos (1974, 1976, 1978, 1982, 1983). Björn Borg,
da Suécia, venceu cinco vezes consecutivas Wimbledon (1976-1980). Borg tinha como
rival o americano John McEnroe. Entre as jogadoras femininas, Court, Wade, e King
continuaram as suas vitórias. Apareceram então Ivan Lendl, Mats Wilander e Stefan
Edberg, da Suécia, e Boris Becker, da Alemanha, que em 1985, aos 17 anos, tornou-se o
mais jovem jogador a vencer Wimbledon. Uma das mais bem-sucedidas jogadoras
femininas foi a checa Martina Navratilova, cuja carreira se estendeu do início da década
de 70 até meados da década de 90. Durante a sua carreira, Navratilova venceu 167
títulos de simples, incluindo nove títulos de Wimbledon (1978, 1979, 1982-1987, 1990). A
americana Chris Evert foi outra jogadora femininaa dominante durante as décadas de 70
e 80, vencendo sete títulos em Roland Garros (1974, 1975, 1979, 1980, 1983, 1985,
1986) e seis do Open dos Estados Unidos (1975-1978, 1980, 1982). A rivalidade entre
Navratilova e Evert foi uma das mais intensas e longas da história do ténis. Em 1988,
Steffi Graf tem um ano fenomenal, ganhando o Grand Slam e a medalha de ouro dos
Jogos Olímpicos. Graf iniciou uma rivalidade com a sérvia Monica Seles, que emergiu
como jogadora em potencial, vencendo os Open dos Estados Unidos, da França e da
Austrália, em 1991 e 1992. Navratilova permaneceu bem posicionada no ranking até à
sua retirada das competições de singulares em 1995. Arantxa Sánchez Vicario, de
7. Espanha, Jennifer Capriati, dos Estados Unidos, e Gabriela Sabatini, da Argentina,
também obtiveram sucesso.
Na década de 90, surgiram jogadores americanos como Pete Sampras, Andre
Agassi, Jim Courier e Michael Chang. Patrick Rafter, Gustavo Kuerten, Andy Roddick,
Lleyton Hewitt, Marat Safin , entre outros, são grandes nomes do ténis também.
Atualmente Rafael Nadal, Novak Djokovic, Andy Murray e Roger Federer lideram o
circuito. Roger Federer é o atleta com maior número de títulos do Grand Slam e eleito por
muitos como o melhor jogador de todos os tempos.
Atletas como Martina Hingis, Lindsay Davenport, Justine Henin, Maria Sharapova,
Azarenka estiveram no top mundial.
As irmãs Williams dominaram o ranking durante alguns anos, tendo proporcionado
encontros extraordinários em finais de Grand Slam. Atualmente, Serena Williams continua
a dominar o circuito feminino, no entanto o ténis feminino evoluiu bastante e muitas
atletas disputam os lugares cimeiros.
O atleta português atualmente mais bem posicionado no ranking ATP é João
Sousa.
O organismo mundial que regula o ténis (ITF-Federação Internacional de Ténis) é
composto por centenas de federações internacionais de ténis. Em 1972 foram fundadas
duas associações: ATP - Association of Tennis Professionals e WTA - Women’s Tennis
Association.
Para além dos Grand Slam já enunciados, hoje em dia o circuito mundial está
organizado com muitos mais torneios, sendo que os mais importantes, por ordem
decrescente e após os Grand Slam, são os seguintes: World Tour Masters 1000, World
Tour Masters 500, World Tour Masters 250, Challengers Series. No final do ano, a Tennis
Masters Cup reúne os 8 tenistas masculinos mais bem classificados da temporada num
local que pode variar, dependendo da escolha da ITF.
8. Regras do Ténis
Ao longo de muitos anos, tal como em todas as modalidades, as regras do ténis
sofreram alterações. Ainda hoje em dia isso acontece e acontecerá, pois a evolução é
contínua.
O Campo
Constituído por um retângulo com 23,77m (78 pés) de comprimento por 10,97 (36
pés) de largura (singulares e pares), ou 8,23m de largura (só singulares).
Será dividido transversalmente ao meio por uma rede suspensa por uma corda ou cabo
metálico com o diâmetro máximo de 0,8cm (1/3 polegada) cujas extremidades estarão
fixas à parte superior de dois postes ou que passarão pela mesma. Estes postes não
deverão medir mais de 15 cm (6 polegadas) de lado, no caso de serem quadrangulares,
ou 15 cm de diâmetro, no caso de serem cilíndricos. A altura dos postes não será superior
a 2,5 cm (1 polegada) acima da parte superior do cabo da rede. Os centros dos postes
estarão a 0,914 m (3 pés) de cada lado ao limite exterior do campo e a sua altura será de
tal forma que a parte superior da corda ou cabo metálico esteja a 1,07 m (3 pés e 6
polegadas) do solo.
Quando for utilizado para um jogo de singulares, num campo marcado para o jogo
de singulares e pares, com uma rede de pares, esta deve ser suportada, a uma altura de
1,07 m (3 pés e 6 polegadas), por dois apoios, denominados "sticks" de singulares, os
quais não deverão ter mais de 7,5 cm (3 polegadas) de lado, no caso de serem
quadrangulares, ou 7,5 cm (3 polegadas) de diâmetro, no caso de serem cilíndricos. Os
centros dos "sticks" de singulares deverão estar distanciados 0,914 m (3 pés) do limite
exterior do campo de singulares, em cada um dos lados.
A rede estará completamente esticada, de modo a que ocupe totalmente o espaço
entre os dois postes. A malha deverá ser suficientemente pequena de modo a impedir a
passagem da bola.
A altura da rede deverá ser de 0.914 m (3 pés) ao centro, onde deverá ser mantida
tensa por uma fita de cor completamente branca, que não poderá ter mais de 5 cm (2
polegadas) de largura. A fita, de cor completamente branca, cobrindo a corda ou o cabo
metálico e a parte superior da rede, não poderá ter menos de 5 cm (2 polegadas) nem
mais de 6,3 cm (2,5 polegadas) de altura, de cada lado.
Não será permitida qualquer publicidade na rede, cinta ou fita ou nos "sticks" de
singulares. As linhas que limitam os extremos e os lados do campo serão chamados,
respetivamente, linhas de fundo e linhas laterais.
9. De cada um dos lados da rede e a uma distância de 6,40 m (21 pés) dela, serão
marcadas, paralelamente, as linhas de serviço. A área limitada pelas linhas de serviço e
pelas linhas laterais será dividida em duas partes iguais pela linha central de serviço
(traçada equidistantemente das linhas laterais e paralela a elas), que deverá ter 5 cm (2
polegadas) de largura.
Cada linha de fundo será dividida ao meio pelo prolongamento imaginário da linha
central de serviço: uma linha de 10 cm (4 polegadas) de comprimento por 5 cm (2
polegadas) de largura, chamada "marca central", desenhada dentro do campo,
perpendicularmente às linhas de fundo e em contacto com elas. Todas as outras linhas
não deverão ter menos de 2,5 cm (1 polegada) ou mais de 5 cm (2 polegadas) de largura,
com exceção das linhas de fundo, que poderão ter 10 cm (4 polegadas) de largura,
devendo todas as medições ser feitas pela parte exterior das linhas. Todas as linhas serão
de cor uniforme.
Se for colocada publicidade ou qualquer outro material nos topos do campo, este
não deverá conter a cor branca ou amarela. Uma cor clara somente pode ser utilizada se
não interferir com a visão dos jogadores.
Se for colocada publicidade nas cadeiras dos juízes de linha, no fundo do campo,
não podem conter a cor branca ou amarela.
Nota: 1. No caso da Taça Davis (exceto grupo mundial) ou de outros campeonatos oficiais
da Federação Internacional de Ténis, deverá existir atrás da linha de fundo um espaço
não inferior a 6,4 m (21 pés) e, para cada um dos lados das linhas laterais, um espaço
não inferior a 3,66 m (12 pés). As cadeiras dos juízes de linha podem ser colocadas no
fundo do campo, num espaço de 6,4m (21 pés), ou nos lados do mesmo num espaço de
3,66 m (12 pés), desde que não entrem nessa área mais de 0,914 m (3 pés).2. A nível de
clube e de recreação, o espaço existente atrás de cada linha de fundo não deverá ser
inferior a 5,5 m (18 pés) e, para cada um dos lados das linhas laterais, um espaço não
inferior a 3,05 m (10 pés).
10. Legenda:
1 - Marca central (comp. 10cm ; larg.
5cm);
2 - Linha de serviço (min. 2,5cm ;
máx. 5cm);
3 - Linha central de serviço (5cm);
4 - Rede;
5 - Posição dos "sticks";
6 - Linhas laterais (min. 2,5cm ; máx.
5cm);
7 - Linha de fundo (min. 2,5cm ;
máx. 10cm).
Figura 1: dimensões court ténis
Nota : Todas as dimensões são referentes à parte exterior das linhas de jogo.
Comprimento total das linhas / marcas: aproximadamente 146m.
11. Figura 2: dimensões da rede
Legenda :
1 - Posição do poste de singulares (altura da rede 1,07m);
2 - Rede;
3 - Distância entre os centros dos postes (12,80m - regras de ténis da ITF)
Objetivos e Pontuação no Ténis
Depois de apresentado o court de ténis, passamos a explicar qual o objetivo da
modalidade: o jogador deve passar a bola por cima da rede, colocando-a no campo
adversário, tentando criar dificuldades na sua devolução, permitindo a conquista direta do
ponto ou o alcance de uma posição de controlo sobre o adversário, que lhe aumente as
probabilidades de finalizar o ponto. A bola só pode ressaltar uma vez no chão, podendo
também ser intercetada no seu primeiro voo (antes do ressalto). Quando qualquer parte
da bola tem o seu ressalto dentro do campo, incluindo as linhas, é considerada dentro.
O sistema de pontuação do ténis divide-se em sets, jogos e pontos. Sucintamente,
um jogo é um conjunto de pontos (15-30-40-game) e um set é um conjunto de jogos (1-2-
3-4-5-set). Caso a pontuação de um jogo alcance os 40-40 (Deuce), vence o jogador que
vencer dois pontos consecutivamente. O conjunto dos sets corresponde ao encontro.
Cada jogo tem um jogador responsável por recolocar a bola em jogo, ou seja, por efetuar
o serviço. Vence o encontro aquele que atingir um número de sets pré-definido -
geralmente 2 sets, sendo de 3 sets para os grandes torneios masculinos.
O set é ganho pelo primeiro jogador/dupla a vencer 6 jogos, com dois jogos, no
mínimo, de diferença para o adversário. Caso haja empate no set de 6-6, será disputado
um tie-break, cujo vencedor é o jogador que vence primeiro 7 pontos, com uma diferença
de dois pontos para o adversário. Em caso de diferença inferior a dois pontos, segue-se o
12. tie-break, até que a diferença seja cumprida. Pode também, em casos especiais pré-
definidos (sempre no último set do jogo), jogar-se um Super Tie-Break, em que o jogador
que atingir 10 pontos, com uma diferença minima de 2 pontos, vence a partida.
Jogo de singulares e de pares
O ténis pode ser praticado por dois jogadores (um contra o outro) ou por quatro
(pares). Nos singulares, são ignorados os corredores de pares que se situam na parte
lateral esquerda e direita do court, ao passo que nos pares esses corredores passam a
fazer parte do campo. Quer numa situação, quer noutra, o serviço tem de ser efetuado
para o quadrado de serviço, sendo igual nas duas situações. O desenrolar do ponto joga-
se em todo o campo: o de singulares e os corredores de pares.
Serviço
O serviço é a pancada que permite ao jogador dar início ao jogo. Imediatamente
antes de começar o movimento do serviço, o servidor deve colocar se com ambos os pés
‐
fixos atrás da linha de fundo e dentro dos prolongamentos imaginários da marca central
de serviço e da linha lateral.
O servidor lançará, então, com a mão, a bola ao ar em qualquer direção e golpeará
a bola com a raqueta antes que esta toque no chão. O movimento do serviço considera‐
se concluído no momento em que a raqueta do jogador bate ou falha a bola. Um jogador
que apenas possa usar um braço, pode utilizar a raqueta para lançar a bola ao ar.
Ao servir num jogo normal, o servidor deverá colocar se alternadamente atrás da
‐
metade direita e esquerda do campo, começando, em cada jogo, pela metade direita.
Num jogo de tie break, o serviço será feito alternadamente atrás da metade direita
‐
e esquerda do campo, sendo o primeiro serviço efetuado na metade direita do campo.
O serviço terá de passar por cima da rede e cair no quadrado de serviço
diagonalmente oposto, antes de ser devolvida pelo recebedor.
Mudança de campo
Os jogadores devem trocar de lado no final do primeiro jogo, terceiro e cada jogo
ímpar subsequente de cada set, a menos que o total de jogos naquele set seja par, caso
em que a troca não é feita até ao fim do primeiro jogo do set seguinte.
Se é cometido um engano e a sequência correta não é seguida, os jogadores
devem tomar a posição correta logo que seja descoberto o erro e seguir a sequência
original.
13. Exigências Técnicas do Ténis
Hoje em dia, o objetivo dos treinadores é preparar os alunos para jogar ténis.
Relativamente aos iniciantes, o objetivo é ensiná-los a servir, trocar bolas e pontuar no
primeiro treino. Nesta fase é importante que o professor seja capaz de motivar os alunos
através de uma boa habilidade de comunicação.
A capacidade de trabalhar com grandes grupos é também um aspeto muito
importante, pretendendo-se assim que os alunos tenham muito contacto com a raquete e
bola.
A raquete poderá, numa fase inicial, apresentar-se como um objeto estranho ao
aluno. O sucesso da relação aluno/raquete reside num sistema biomecânico indissociável.
Esta relação tenderá, ao longo do tempo, a tornar-se instintiva. O grau de interação dos
alunos com a raquete e bola conduzirá ao desenvolvimento do domínio da coordenação
espacio-temporal (trajetórias e ressaltos da bola, momento de impacto, etc.)
Embora o processo de ensino/aprendizagem possa parecer moroso e complexo,
devido à grande carga técnica da modalidade, este encontra-se dependente da
preparação e conhecimentos do professor. Se o professor conseguir criar condições para
que os alunos dominem minimamente os gestos técnicos que permitam a realização do
jogo, a dinâmica própria desta modalidade irá garantir a adesão dos alunos.
Uma das chaves deste processo é então a rapidez com que se chega à situação de
jogo. É preciso ter cuidado para que esta rapidez não nos leve a “saltar” etapas
importantes na aprendizagem dos alunos. Portanto será importante estar atento ao
desenvolvimento e à especificidade anatomofisiológica de cada aluno.
É importante também salientar que o ensino dos gestos técnicos deverá ter em
conta o “dueto” eficiência/eficácia do gesto técnico e não somente o gesto técnico
corretamente executado em si. Uma boa relação aluno/raquete e bola, deverá estar a par
com o ensino da técnica “padrão”. O privilegiar da técnica numa fase inicial, sem que os
alunos obtenham um desempenho eficaz, poderá levar ao insucesso e, consequente, à
desmotivação e desistência da prática da modalidade.
Eficácia e eficiência deverão estar sempre acompanhadas uma da outra, dando
ênfase à trajetória a imprimir à bola. Por vezes, poderemos até encontrar exceções à
regra mas que levarão o aluno a obter o seu melhor desempenho possível (por exemplo:
Fabrice Santoro que tinha uma direita a duas mãos, esquerda a duas mãos, volei a duas
mãos...)
14. Será determinante que o professor domine os aspetos fundamentais dos gestos
técnicos, tendo sempre presente que o objetivo final é o envio da bola para dentro do
campo, com um determinado propósito.
Podemos referir os objetivos do ensino da técnica no ténis:
1-Compreender e assimilar as componentes da trajetória da bola: direção, altura,
distância/profundidade, efeito e velocidade;
2-Dominar os seguintes aspetos fundamentais: o ponto de impacto bola/raquete, a
posição da cabeça da raquete, o movimento da raquete, o posicionamento do corpo,
movimentação de pés e domínio das pegas;
3-Antecipar, com sucesso, qual a posição futura da bola e posicionar-se rapidamente para
uma boa receção;
4-Adaptar os deslocamentos aos diferentes ressaltos, efeitos e mudanças de velocidade
imprimidas à bola.
É determinante, no ténis, procurar desde cedo a consistência e, para tal, é
fundamental garantir condições de sucesso para o aluno que dá os primeiros passos na
modalidade. O trabalho técnico deve ser dirigido em primeiro lugar para a consistência e
para o controlo, ficando o desenvolvimento da potência para uma altura em que estes
aspetos estejam suficientemente consolidados.
15. Controlo da Bola
O aluno deve sempre ter um objetivo em mente quando bate a bola. O
objetivo mais básico é bater a bola, passando a rede e caindo no campo do adversário.
No entanto, existem outros objetivos que variam de acordo com a perícia do aluno, a
situação tática, a posição do jogador no court e a dificuldade da bola recebida. De
qualquer forma, os objetivos das diferentes pancadas no ténis podem ser descritas da
seguinte forma:
• Direcção
• Altura
• Distância/Profundidade
• Efeito
• Velocidade
I. Direcção
A direção em que a bola se desloca é determinada por:
1. Ângulo da face da raqueta no impacto.
2. Direção da bola recebida relativamente à bola enviada.
São 4 as direções básicas que a bola pode receber: esquerda, direita, para cima e para
baixo.
O fator mais determinante para a direção é o ângulo horizontal da face da raqueta no
momento do impacto, que é afetada por:
1. Alterações no ponto de contacto (com o objetivo de cruzar mais a bola).
2. Posicionamento do corpo (open stance/closed stance).
3. Alterações na posição do pulso cotovelo etc
16. Resultado das alterações do ângulo horizontal da face da raquete:
- Pulso virado para a frente, voltando a face da raqueta
para a esquerda.
- Pulso virado ligeiramente para trás voltando a face
da raqueta diretamente para a frente.
- Pulso virado para trás, voltando a face da raqueta para a
direita.
17. II. Altura
A altura da bola é determinada por:
- Ângulo vertical da face da raqueta no impacto.
- Trajetória do movimento da raqueta.
- Velocidade da raqueta no impacto.
- A altura da bola afeta diretamente a sua profundidade
Resultado das alterações do ângulo vertical da face da raquete:
- Face da raqueta aberta. A bola é enviada para cima e transmite um efeito de rotação de
recuo (back spin).
- Face da raqueta fechada. Esta posição envia a bola para baixo e transmite um efeito de
rotação de avanço (top spin).
18. O PONTO DE CONTACTO
O ponto de contacto afeta a direção da bola. As três dimensões a ser consideradas ao
analisar o ponto de contacto são:
1. Altura da bola no contacto – alta/baixa
2. Largura da bola no contacto – perto/longe
3. Profundidade da bola no contacto – cedo/tarde
III. Distância/Profundidade
Depende de:
- Altura da trajetória da bola
- Velocidade da bola; quanto mais rápida for a bola, mais longe irá.
- Rotação da bola; bolas com topspin irão baixar mais cedo do que bolas em slice ou
chapadas, para uma mesma velocidade; os slices deslizam mais fundo.
IV. Rotação ou efeito
O efeito é determinada por:
- Movimento da raqueta – quanto maior a inclinação, mais rotação terá a bola.
- Velocidade da cabeça da raqueta no impacto.
- Ângulo da face da raqueta no impacto
Movimento da raquete para o topspin
19. V. Velocidade
A velocidade da bola depende da velocidade da cabeça da raqueta no momento do
impacto, que por sua vez é influenciada por:
- Distância que a raqueta percorre antes e depois do impacto (amplitude do gesto
técnico).
- Continuidade e velocidade do backswing e do swing (forças angulares) combinado com
a transferência de peso (força linear).
- Coordenação (timming, acertar no centro da raqueta (sweet spot, etc.)
- A velocidade da bola recebida e os materiais da raqueta também afetam a velocidade da
bola a enviar.
20. Pegas
I. Análise das pegas
Eastern de direita
Eastern de esquerda
Continental
Western de direita
SemiWestern de direita
21.
22. II. Descrição das pegas básicas
1. DIREITA
Eastern de direita (“shakehands”)
· Palma atrás do punho
· Extensão natural da mão
· Força máxima exercida sobre a raqueta
· Fácil controlar bolas de diferentes alturas
Semiwestern
· Palma mais atrás do punho que na Eastern
· Fácil controlar bolas acima da cintura
· Pega forte para bolas altas
· Conduz a direitas agressivas
· Necessita de openstance para um impacto bem sucedido e controlo;
· O ponto de impacto é mais à frente que na Eastern
· A potência da Eastern com o topspin da Western
2. ESQUERDA
Eastern de esquerda
· Palma e nó do indicador no topo do punho
· Maior força atrás do punho, com um pouco de flexibilidade; Uma
pega forte mas sensível
3. ESQUERDA A DUAS MÃOS
Pega de direita em ambas as mãos
· Muitos jogadores novos começam com esta pega adicionando a mão livre à raqueta por
conveniência
· É uma pega simples para os principiantes
· Os jogadores devem ser encorajados para mudar progressivamente para uma pega a
duas mãos mais flexível (à medida que evoluem)
· Maior força do que com uma mão
Eastern de direita (mão esquerda) e Eastern de esquerda ou continental (mão
direita)
· Mais facilidade em gerar topspin
23. · Maior força com duas mãos
· Maior flexibilidade/força para controlar o swing
· Maior flexibilidade/força para controlar a face da raqueta
· Ponto de contacto diferente da pega a uma mão
· Permite a utilização da pega a uma mão em emergência
4. SERVIÇO
Continental
· A pega de serviço pode ser encontrada entre a eastern de esquerda e de direita;
· Permite gerar mais velocidade na cabeça da raqueta
· Permite maior variação do serviço (chapado, topspin ou slice com a mesma pega)
Pode-se iniciar o serviço com a pega eastern de direita no principiante, mudando
progressivamente para a continental à medida que se ganha mais confiança.
5. VÓLEI
Volei de direita
Eastern de Direita. Desencorajar a utilização de pegas próximas de western ou
semiwestern
Volei de esquerda
Eastern de Esquerda
À medida que evoluem e a sua confiança aumenta, os jogadores começam
progressivamente a utilizar uma pega de vólei “universal”, a pega continental. Isto
permite poupar tempo na execução e torna os vóleis baixos mais fáceis de controlar.
6. SMASH
· Regra geral utiliza-se a pega de serviço, como a continental. Os principiantes
geralmente começam com eastern de direita e progressivamente vão ajustando à medida
que a confiança aumenta.
7. LOB
Lob de direita: pega da direita.
Lob de Esquerda: pega da esquerda.
25. O drive de direita é executado após o ressalto da bola no chão. Caso este gesto técnico
seja executado sem que a bola ressalte no chão, passa a ser chamado de drive volei de
direita.
1. Pega: Eastern de Direita para principiantes. Pega Semi-Western de Direita para mais
experientes.
2. Posição de atenção
- raquete à frente do corpo com a cabeça da raquete a apontar para frente/meio/cima.
- mão esquerda no coração da raquete ou junto da mão direita.
- distância entre pés corresponde ao dobro da distância entre ombros.
- joelhos semi fletidos.
- corpo relaxado.
3. Preparação e backswing (recuo da raquete)
- rotação dos ombros (“virar” as costas à bola) em simultâneo com recuo da raquete (por
cima da “ponte”) e acompanhamento do braço esquerdo.
- cabeça da raquete atrás e a apontar para cima.
- posição das pernas em neutral stance (no caso de pega eastern de direita) ou open
stance (no caso de pega semiwestern de direita)
- joelhos semifletidos.
4. Swing (avanço da raquete)
- início do movimento com braço esquerdo e consequente rotação dos ombros (“mostrar”
o peito à bola).
- baixar a raquete e avanço da mesma, em simultâneo (por baixo da “ponte”) em direção à
bola.
- movimento de baixo para cima, ao encontrar a bola.
26. 5. Impacto
- cabeça da raquete perpendicular à rede.
- impacto na bola à altura da cintura (idealmente).
- movimento de baixo para cima para imprimir efeito (top spin) na bola.
- aceleração da cabeça da raquete.
6. Follow Trough (finalização)
- continuação do movimento da raquete para trás do corpo.
- cotovelo do braço dominante aponta para o adversário.
- raquete termina o movimento atrás do corpo podendo ser: em cima do ombro
contrário/entre o ombro e a cintura/na zona da cintura. Estas três terminações diferentes
dependerão do tipo de bola que pretendemos enviar para o campo adversário: com mais
ou menos topspin, se estamos muito perto da rede, etc.
- sola do pé direito aponta para trás, para o fundo do court (com a ponta do pé apoiada no
chão).
28. O drive de esquerda é executado após o ressalto da bola no chão. Caso este gesto
técnico seja executado sem que a bola ressalte no chão, passa a ser chamado de drive
volei de esquerda.
1. Pega: eastern de direita ou continental com mão direita e eastern de de direita com
mão esquerda.
2. Posição de atenção
- raquete à frente do corpo com a cabeça da raquete a apontar para frente/meio/cima.
- as duas mãos com as respetivas pegas
- distância entre pés corresponde ao dobro da distância entre ombros.
- joelhos semi fletidos.
- corpo relaxado.
3. Preparação e backswing (recuo da raquete)
- rotação dos ombros (olhar para a bola por cima do ombro direito) em simultâneo com
recuo da raquete (por cima da “ponte”).
- caso não esteja na posição de atenção com a pega da esquerda a duas mãos, haverá
mudança de pega neste momento de rotação dos ombros.
- cabeça da raquete atrás e a apontar para cima.
- posição das pernas em neutral stance.
- joelhos semifletidos.
4. Swing (avanço da raquete)
- rotação dos ombros (rodar o corpo em direção à bola).
- baixar a raquete e avanço da mesma, em simultâneo (por baixo da “ponte”) em direção à
bola.
- movimento de baixo para cima, ao encontrar a bola.
5. Impacto
- cabeça da raquete perpendicular à rede.
- impacto na bola à altura da cintura (idealmente) e mais atrás do que na pancada de
direita.
- movimento de baixo para cima para imprimir efeito (top spin) na bola.
- aceleração da cabeça da raquete.
29. 6. Follow Trough (finalização)
- continuação do movimento da raquete para trás do corpo.
- cotovelo do braço dominante (esquerdo) aponta para o adversário.
- raquete termina o movimento atrás do corpo, em cima do ombro contrário.
- sola do pé esquerdo aponta para trás, para o fundo do court (com a ponta do pé apoiada
no chão).
31. O drive de esquerda é executado após o ressalto da bola no chão. Caso este gesto
técnico seja executado sem que a bola ressalte no chão, passa a ser chamado de drive
volei de esquerda.
1. Pega: eastern de esquerda.
2. Posição de atenção
- raquete à frente do corpo com a cabeça da raquete a apontar para frente/meio/cima.
- mão esquerda no coração da raquete ou junto da mão direita.
- distância entre pés corresponde ao dobro da distância entre ombros.
- joelhos semi fletidos.
- corpo relaxado.
3. Preparação e backswing (recuo da raquete)
- rotação dos ombros (olhar para a bola por cima do ombro direito) em simultâneo com
recuo da raquete (por cima da “ponte”).
- mudança de pega neste momento de rotação dos ombros.
- cabeça da raquete atrás e a apontar para cima.
- posição das pernas em neutral stance.
- joelhos semifletidos.
4. Swing (avanço da raquete)
- rotação dos ombros (rodar o corpo em direção à bola).
- baixar a raquete e avanço da mesma, em simultâneo (por baixo da “ponte”) em direção à
bola.
- movimento de baixo para cima, ao encontrar a bola.
5. Impacto
- cabeça da raquete perpendicular à rede.
- impacto na bola à altura da cintura (idealmente) e mais à frente do que na pancada de
esquerda a duas mãos.
- movimento de baixo para cima para imprimir efeito (top spin) na bola.
- aceleração da cabeça da raquete.
6. Follow Trough (finalização)
- continuação do movimento da raquete para cima e para o lado contrario.
32. - ao mesmo tempo que a raquete continua o movimento, o braço contrário (neste caso o
esquerdo), executa uma abertura para o lado contrário (como se estivéssemos a abrir os
dois braços ao mesmo tempo para dar um abraço a alguém).
- raquete termina o movimento acima do ombro direito.
- sola do pé esquerdo aponta para trás, para o fundo do court (com a ponta do pé apoiada
no chão).
33. Serviço
1. Pega
- Pega continental. Contudo, a pega eastern de direita pode ser usada por alunos
inciantes.
2. Preparação
34. - Corpo alinhaado de lado para a rede com os pés confortavelmente à largura dos
ombros. O pé direito paralelo à linha do fundo e pé esquerdo aponta para o poste direito
da rede.
- A raqueta é segurada à frente do corpo com o pulso e
braço relaxado e mão esquerda com a bola, mais
ou menos na zona do coração da raquete.
Traçando uma linha entre as pontas dos pés, essa
linha deverá “apontar” para o alvo (o retângulo de
serviço do lado contrário).
3. Lançamento e elevação dos braços
- os braços descem ao mesmo tempo e sobem ao mesmo tempo (mas em sentido
contrario um do outro).
- lançamento da bola (com altura suficiente para que o batimento possa ser executado
com o braço direito completamente em extensão: mais ou menos 2 metros de altura)
aquando da subida dos braços. A bola deve ser largada com o braço esquerdo em
extensão e quando este estiver paralelo ao chão (palma da mão voltada para cima).
- braço lançador continua a subir após lançamento até ficar a apontar para a bola que,
neste momento, está, mais ou menos, acima da cabeça e à frente.
4. Posição de “troféu”
- transferência de peso para a perna da frente.
- braço esquerdo a apontar para cima, para a bola.
- braço direito atrás, fletido e com a cabeça da raquete a apontar para cima.
- numa fase mais avançada, deverá haver uma flexão de pernas, com o peso na perna da
frente.
5. Chicote
- início do movimento da raquete atrás do corpo. A cabeça da raquete baixa num
movimento circular e, em seguida, sobe até ao ponto de impacto.
6. Impacto
- braço direito em extensão e impacto no ponto mais alto possível, à frente e um pouco à
direita.
35. - transferência de peso para a frente e sola do pé direito voltada para trás.
- uma linha reta deverá ser traçada do calcanhar esquerdo à ponta da raquete.
- numa fase mais avançada, deverá haver uma extensão de pernas e consequente
impulsão e batimento em suspensão.
7. Finalização
- raquete continua o movimento e termina do lado esquerdo do corpo.
- transferência de peso para a perna da frente.
- numa fase mais avançada (após a impulsão no momento do impacto), o pé esquerdo
“salta” para a frente e a perna direita sobe para trás e a sola do pé direito aponta para trás
(para o fundo do court).
36. Vólei
Volei de direita
No volei, a bola é atingida antes do ressalto no chão.
1. Pega
- pega continental. Pega eastern de direita numa fase inicial.
2. Posição de atenção
- raquete à frente do corpo com a cabeça da raquete a apontar para frente/meio/cima.
- mão esquerda no coração da raquete ou junto da mão direita.
- distância entre pés corresponde ao dobro da distância entre ombros.
- joelhos semi fletidos.
- corpo relaxado.
3. Backswing
- rotação exterior dos ombros para o lado exterior em simultâneo com a raquete.
- a raquete não recua mais do que uma linha imaginária paralela à rede que passa pelo
corpo.
37. - braço esquerdo acompanha o movimento do braço direito (distância entre os braços
igual à distância entre ombros)
4. Avanço
- avanço para a bola com a raquete e o pé esquerdo em simultâneo.
- braço esquerdo acompanha o movimento do braço direito.
5. Impacto
- pancada “seca” na bola à frente do corpo com o braço firme.
- bloquear a posição durante 1 segundo.
Volei de esquerda
1. Pega
- pega continental. Pega eastern de esquerda numa fase inicial.
2. Posição de atenção
- raquete à frente do corpo com a cabeça da raquete a apontar para frente/meio/cima.
- mão esquerda no coração da raquete ou junto da mão direita.
- distância entre pés corresponde ao dobro da distância entre ombros.
- joelhos semi fletidos.
- corpo relaxado.
38. 3. Backswing
- rotação exterior dos ombros para o lado exterior em simultâneo com a raquete.
- a raquete não recua mais do que uma linha imaginária paralela à rede que passa pelo
corpo.
- braço esquerdo acompanha o movimento do braço direito (distância entre os braços
igual à distância entre ombros)
4. Avanço
- avanço para a bola com a raquete e o pé direito em simultâneo.
- braço esquerdo abre para o lado contrário.
5. Impacto
- pancada “seca” na bola à frente do corpo com o braço firme.
- bloquear a posição durante 1 segundo.
40. O smash é um gesto técnico semelhante ao serviço e é executado antes ou após o
ressalto da bola no chão.
Pontos críticos:
- virar o corpo de lado.
- Virar a raquete cedo e colocar-se na posição de “troféu”.
- colocar-se debaixo da bola (mantendo a posição de “troféu”) até que o braço esquerdo
(que está a apontar para cima e para a frente) esteja a apontar para a bola.
- executar o gesto técnico à frente do corpo.
- recuperar a posição no court.
41. Lob
O lob consiste numa bola alta que é executada com o objetivo de passar a bola por
cima do adversário quando este se encontra junto da rede. Pode ser ofensivo
(normalmente em top spin) ou em defensivo.
O gesto técnico é idêntico ao das pacadas de fundo do court (drive de direita e de
esquerda). A diferença é que é executado com a cabeça da raquete aberta, para enviar a
bola para cima.
42. Variações das pancadas
Approach
O approach é qualquer pancada que preceda uma subida à rede.
Normalmente é executado quando o atleta se encontra numa posição favorável para subir
à rede (bola mais lenta, bola mais curta). Após a pancada, o atleta sobe e tenta terminar o
ponto na rede. Portanto, o approach deve ser batido com segurança e não como um
winner (pancada ganhante).
43. Passing Shot
Trata-se da tentativa de passar a bola por um dos lados de um jogador que se encontra
na rede. Quando tentamos passar a bola por cima, chamamos Lob.
O passing shot deve ser executado com:
- precisão na pancada de forma a que o adversário não consiga intersetar a bola.
- ângulo e top spin para o passing cruzado.
- pode também ser executado o passig shot a dois tempos: primeira pancada para
dificultar o volei do adversário e, ao segundo tempo, terminar um pouco com uma bola
mais fácil.
44. Drive Volley
O drive volley é uma pancada em que a bola é intercetada antes do seu ressalto no chão.
A diferença para o volley é que, neste caso, a bola é batida com top spin. Ou seja, o gesto
técnico de direita ou esquerda é executado mas antes da bola ressaltar no nosso lado do
court.
45. Drop Shot (ou Amortie)
O amortie é uma pancada em que se coloca a bola perto da rede, com pouco ressalto,
com o objetivo de:
- chamar o adversário à rede.
- tentar ganhar o ponto quando o adversário está fora de posição (atrasado no ponto)
Não deve ser executado muitas vezes pois o adversário irá adaptar-se. Deverá ser
executado esporadicamente e com algum “disfarce”: não se deve demonstrar que
pretendemos executar o amortie. Deve-se “esconder” o mais possível a intenção de
executá-lo.
Normalmente é executado com através de uma direita ou esquerda em slice.
46. Half Volley
É um gesto que surge quando se bate a bola imediatamente após o seu ressalto no chão.
Acontece junto da rede quando se recebe uma bola muito baixa ou quando se sobe
tardiamente à rede. Nestes casos acontece como uma pancada de recurso (normalmente
defensiva).
No entanto também pode ser usado com o objetivo de retirar tempo ao adversário, visto a
bola ser batida bastante cedo. Neste caso será uma pancada ofensiva.
47. Efeito
Utilização do efeito:
· Para controlar melhor a trajectória da bola
· Para permitir uma maior margem de erro
· Porque as tácticas e estratégias do ténis moderno o exigem (criando
ângulos, passing shots, etc.)
· Equipamento moderno e diferentes superfícies dos courts permitem que
sejam utilizados eficientemente
O que é um efeito?
- Os efeitos alteram a rotação da bola no ar
- Os efeitos alteram a trajectória da bola
- Os efeitos alteram o ressalto da bola
- Os efeitos alteram o voo da bola depois do ressalto
Existem basicamente três tipos de efeitos nas pancadas do fundo:
- Topspip: efeito por cima da bola, de avanço. Movimento da raquete de baixo para cima.
- Backspin: efeito para trás, de recuo. Movimento da raquete de cima para baixo.
- Side spin: efeito lateral na bola.
48. Vantagens do topspin
· Controlo: bola mais alta sobre a rede e consequente maior margem de erro.
· Ritmo: ajudo o atleta a manter um bom ritmo de pancada devido à maior segurança da
mesma.
· Ressalto Alto: maior ressalto de bola no campo adversário e consequente maior
dificuldade para o mesmo executar a pancada de devolução.
· Ressalto Rápido: ressalto mais rápido e, por vezes, aceleração da bola aquando do
contacto com o chão, dificultando a pancada do adversário.
· Timing: dificulta o timig de batida do adversário.
· Profundidade: a bola acelera após o ressalto, obrigando o adversário a bater a bola mais
atrás no court.
49. Limitações do topspin
· Timing: pancadas mais difíceis de temporizar devido ao menor tempo de contacto da
raquete com a bola. Poderão acontecer mais vezes as chamadas “madeiradas” (bola
batida no aro da raquete).
· Bolas Baixas: o gesto técnico é executado de baixo para cima e, com bolas baixas, é
difícil imprimir top spin.
· Potência: quanto maior o top spin, menor a potência.
· Bolas Altas: difícil imprimir top spin em bolas altas.
Grau de topspin
É determinado por:
· A trajetória da raqueta: quanto maior o ângulo de inclinação “desenhado” pela raquete
(de baixo para cima), maior top spin terá a bola.
· A velocidade da cabeça da raqueta no impacto: quanto maior for a velocidade
maior o efeito.
Vantagens do back spin
· Deslize: bolas batidas com pouca altura, deslizam, dificultando a devolução do
adversário.
· Timing: maior facilidade de bater bolas curtas.
· Menor esforço: exige menor esforço físico.
· Bolas baixas: é mais fácil bater bolas baixas em back spin do que em top spin.
· Defesa: numa situação defensiva, é uma bola mais fácil de se executar.
· Bolas altas: é mais fácil bater bolas altas em back spin do que em top spin.
Limitações do back spin
· Ritmo: é difícil bater bolas com ritmo visto a tendência de uma bola em back spin (se
recebermos uma bola potente) é de flutuar e ir fora.
· Ressalto alto e lento: por vezes, quando a bola é batida em back spin e com um ângulo
de saída maior, será mais fácil de devolução por parte do adversário.
· Flutuação: se o adversário estiver na rede, uma bola em back spin é mais fácil de
devolver no volei.
50. Grau de back spin
É determinado por:
· A trajetória da raqueta: quanto maior o ângulo de inclinação “desenhado” pela raquete
(de cima para baixo), maior back spin terá a bola.
· A velocidade da cabeça da raqueta no impacto: quanto maior for a velocidade
maior o efeito.
52. 1. Pega:
- continental.
2. Posição de atenção
- raquete à frente do corpo com a cabeça da raquete a apontar para frente/meio/cima.
- mão esquerda no coração da raquete ou junto da mão direita.
- distância entre pés corresponde ao dobro da distância entre ombros.
- joelhos semi fletidos.
- corpo relaxado.
3. Preparação e backswing (recuo da raquete)
- rotação dos ombros (“virar” as costas à bola) em simultâneo com recuo da raquete.
- cabeça da raquete atrás e a apontar para cima.- posição das pernas
em closed stance.
- joelhos semifletidos.
4. Swing (avanço da raquete)
- início do movimento da raquete de cima para baixo até ao contacto com a bola.
5. Impacto
- cabeça da raquete perpendicular à rede ou com ligeiro inclinação para cima.
- impacto na bola à altura da cintura (idealmente) e à frente.
6. Follow Trough (finalização)
- continuação do movimento da raquete para o lado contrário e para cima.
- ao mesmo tempo que a raquete continua o movimento, o braço contrário (neste caso o
esquerdo), executa uma abertura para o lado contrário (como se estivéssemos a abrir os
dois braços ao mesmo tempo para dar um abraço a alguém)
A direita em back spin
A direita em slice é usada normalmente como pancada de recurso, defensiva e tem uma
execução idêntica à esquerda em back spin.
53. Efeitos no serviço
- Serviço chapado: bola batida sem efeito
- Serviço em top spin: rotação para a frente na bola. Aqui a bola é lançada mais para trás
do corpo, de forma a ser possível bater a bola com top spin.
- Serviço em Slice: rotação lateral e para a frente na bola. Neste caso a bola é lançada
mais à direita de forma a ser possível “escovar” a bola com slice.
54. Situação de Jogo
Durante um encontro de ténis, o posicionamento dos jogadores no court pode variar. Esse
posicionamento poderá depender:
- iniciativa própria.
- iniciativa do adversário.
- Rede X fundo
- Fundo X rede
55. - Fundo X fundo
- Serviço X resposta
- Resposta X serviço
56. Ciclo da Pancada
Durante uma troca de bolas há um conjunto de situações que se repetem desde o
momento em que a bola é batida pela raquete até o ponto terminar.
A bola é batida pela raquete de um jogador e inicia o seu primeiro voo, sobre a
rede, até ressaltar no campo adversário. O segundo voo da bola verifica-se agora desde o
solo onde ressaltou até à raquete do adversário onde será novamente batida. A partir
deste momento repete-se todo o processo.
Note-se que o segundo voo da bola só se realiza se o jogador não executar um
volei.
Neste ciclo da pancada, encontramos 5 momentos cruciais para o sucesso:
- perceção: antecipação. Momento em que observamos o adversário a bater a
bola.
- avaliação: opções. Avaliação de como o adversário bateu a bola (se bateu alta,
baixa, para a direita, para a esquerda, etc.)
- decisão: seleção da pancada. Decisão daquilo que pretendemos fazer (como
bater a bola)
- execução: pancada. Execução da pancada. Execução daquilo que decidimos
fazer.
- feedback: cobertura do court. Adaptação à situação de jogo.
57. Movimentação (jogo de pés)
A movimentação em court é dos aspetos mais importantes num jogo de ténis.
Somente com uma boa colocação do corpo perante a bola que se recebe é que se poderá
enviá-la para o lado oposto da forma mais eficaz possível.
Portanto esta é uma das chaves do êxito num jogo de ténis.
São vários os tipos de deslocamento que devem ser desenvolvidos num jogador de
ténis: split step, deslocamento lateral, para a frente e à retaguarda, cruzado, “limpar os
pés”, duplo deslocamento lateral.
58. Aspetos mentais
Motivação, concentração, auto confiança, controlo emocional, reação ao erro.
Motivação
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo” (Winston Churchill)
73. Play and Stay
O Play & Stay consiste numa nova metodologia de ensino e aprendizagem do ténis
desenvolvida pela Federação Internacional de Ténis (ITF).
É um programa validado internacionalmente, já implementado com sucesso nas
grandes potências do ténis (Bélgica, França, Holanda, Inglaterra, Suiça, Estados Unidos)
e está a ser aplicado em Portugal, desde 2007, pela Federação Portuguesa de Ténis. A
Nuno Marques - Tennis & Sports Events é, desde 2008, o parceiro oficial da FPT para a
implementação do programa no nosso país.
O princípio é simples: aprender enquanto se pratica. Ao contrário do método
tradicional, em que primeiro se aprende a técnica, de forma exaustiva e repetida, e só
depois se joga, com o Play & Stay o essencial é começar a jogar.
A técnica é ensinada enquanto se joga, exigindo do professor uma maior
participação. O essencial é que o aluno se divirta enquanto aprende.
Com material adequado ao nível dos praticantes e aplicando uma metodologia de
ensino inovadora, aprende-se, jogando.
O objetivo é servir, jogar e pontuar desde a 1ª aula, proporcionando um ritmo muito
mais dinâmico.
O grande desafio do Play & Stay é contribuir para o aumento de praticantes e
jogadores de alto nível em Portugal e introduzir uma nova fase na forma de ensinar.
A Federação Portuguesa de Ténis desenvolveu um circuito competitivo direcionado
para crianças com idade inferior a 10 anos: circuito Smashtour.
Apresentamos a seguinte tabela que inclui diferentes faixas etárias em diferentes
grupos:
75. Pedagogia
Métodos de Ensino da Técnica
- Método Global: O movimento (gesto técnico) é aprendido na sua totalidade (mais
indicado para colocar os alunos rapidamente na situação de jogo);
- Método Analítico: O movimento (gesto técnico) é aprendido através da aprendizagem
em separado dos seus elementos constituintes (mais indicado para o aperfeiçoamento de
determinados aspetos).
Problemas na Metodologia do Ensino
1. Ensino demasiado centrado técnica;
2. Demasiada intervenção do professor na aula;
3. Pouca frequência de ações motoras especificas;
4. Dificuldade em lidar com um grande número de alunos.
Podemos referir os seguintes objetivos do ensino da técnica em ténis
1-Compreender e assimilar as componentes da trajetória da bola: altura, direção,
distância e velocidade;
2-Dominar os seguintes aspetos fundamentais: o ponto de impacto bola/raquete, a
posição da cabeça da raquete, o movimento da raquete, o posicionamento do corpo,
movimentação de pés e domínio das pegas;
3-Antecipar com sucesso qual a posição futura da bola e posicionar se rapidamente para
‐
uma boa receção;
4-Adaptar os deslocamentos aos diferentes ressaltos, efeitos e mudanças de velocidade
imprimidas à bola.
Existem três tipos distintos de exercícios, cuja utilização varia consoante a etapa de
desenvolvimento desportivo do atleta ou da altura da época em que se encontra.
Obviamente que as opções do professor/treinador desempenham um papel
preponderante nos exercícios a utilizar nas sessões de treino. Assim temos os exercícios
gerais, que são aqueles que apresentam uma estrutura diferente da competição; os
exercícios específicos, que são os que apresentam elementos da competição mas de
uma forma fracionada; caracterizando se por uma ação seletiva; e, por fim, os
‐ exercícios
76. de competição, os que possuem o mais elevado grau de semelhança com a competição
nos seus gestos e ações.
São três as estratégias básicas para lidar com grandes grupos de alunos em aulas
de ténis em situações de intervenção direta do professor, nomeadamente com a utilização
de cestos, baldes ou carros com bolas:
- Método de estações que pressupõe a divisão dos alunos em vários grupos, ficando
cada grupo perante um situação distinta, mudando de estação para estação ao sinal de
mudança do professor;
- Método da “sombra” onde se coloca um grupo a simular a execução de um
determinado gesto técnico que se encontra ser executado por um colega;
- Método “executante-apanha bolas” em que se divide a turma em dois grupos, um
executa ciclicamente o exercício e o outro grupo apanha as bolas.
Existem obviamente formas mistas de organizar os exercícios, onde uma vez definidos os
objetivos, a imaginação desempenha um papel importante.
Demonstração das pancadas
O ditado “uma imagem vale mais do que mil palavras” é particularmente adequado
para o ensino do ténis. É necessário que o professor seja capaz de providenciar uma
demonstração visual clara de cada gesto técnico. No nível, é necessário ser capaz de
demonstrar a versão clássica do serviço, a direita, a esquerda os voleis e o smash.
Utilizar as seguintes linhas orientadoras para demonstrar os gestos técnicos e
progressões.
Exemplos de vários tipos de exercícios:
https://www.facebook.com/pg/dunakesziteniszklub/videos/?ref=page_internal
https://www.facebook.com/pg/T-K-Tennis-Coaching-Team-Tunisia-
132104896869457/videos/?ref=page_internal
https://www.youtube.com/watch?v=r1WhDtEk3dk&list=PL3BB88799C69AC807
77. Recursos Materiais
Figura 1: Elásticos de posição de espera.
Figura 2: Máquina de lançamento de bolas.
Figura 3: redes de mini ténis.
78. Figura 4: Escada de treino.
Figura 5: Corda.
Figura 6: Bolas do programa play and stay (vermelhas, laranjas, verdes)
79. Figura 7: Cones sinalizadores.
Figura 8: Rolo spin
Figura 9: Bastão serviço
81. Planeamento Bianual
Dia
Mês Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio
Domingo 1
2ª
Criar rotinas de treino: pre
desposição para a atividade
(“aquecimento”)
Toque de bola: exercícios
individuais.
3ª
Situação de Jogo.
Condição Física.
4ª
Treino Tático.
Condição Física.
5ª Situação de Jogo.
Condição Física.
6ª
Sábado 7 4 1 1 5 3
Domingo 8 5 2 2 6 4
Smash Tour Estrela Vigorosa
2ª
Avaliação inicial: técnico-tática
e da condição física.
Treino Técnico.
Condição Física.
Situação de Jogo.
Condição Física.
Treino Técnico-tático.
Condição Física.
Situação de Jogo.
Condição Física.
Treino Técnico-tático.
Condição Física.
3ª
4ª
5ª
6ª
Sábado 14 11 8 8 12 10
Domingo 15 12 9 9
13
11
2ª
Situação de Jogo.
Condição Física.
Treino Tático.
Condição Física.
1ª Avaliação
intermédia: técnico-
tática e da condição
física.
Treino Tático.
Condição Física.
14
Open Páscoa
Laranjas
Treino Técnico-tático.
Condição Física.
3ª
15
Open Páscoa
Verdes
4ª
Treino Técnico.
Condição Física.
5ª
6ª
Sábado
21
18 15 15 19 17
Domingo
22
19 16 16 20
PÁSCOA
18
2ª 23
Treino Técnico-tático.
Condição Física.
Treino Tático.
Condição Física.
Treino Tático.
Condição Física.
Treino Tático.
Condição Física.
2ª Avaliação intermédia: técnico-
tática e da condição física.
3ª 24
4ª 25
NATAL
5ª 26
6ª 27
Sábado
28
Open Natal
Laranjas
25 22 22 26 24
Domingo
29
Open Natal
Verdes
26 23 23 27 25
2ª Treino Tático.
Condição Física.
Treino Tático.
Condição Física.
Treino Técnico-tático.
Condição Física.
Situação de Jogo.
Condição Física.
Situação de Jogo.
Condição Física.
26
3ª 27
4ª 28
5ª 29
6ª 30
Sábado 29 31
Domingo 30
2ª 31
Fins-de-semana
Paragem
Smash Tour
Plano de treino
Torneios internos
82. Planeamento de sessão
Escalão: Laranja Época: Data: / / Semana nº Treino nº Nº Atletas: 4
Treinador: Igor Fonseca Gomes do Vale
Objectivos do Treino: Desenvolver a técnica da direita, esquerda, serviço e volei.
Duração Situações de Aprendizagem Objetivo Específico Organização
Parte
Inicial
5’
- Corrida à volta do recinto com variantes impostas à
ordem do professor, tais como: correr de costas,
deslocamentos laterais, rotação dos membros
superiores, skiping’s, seguindo-se uma volta a passo
realizando depois exercícios de flexibilidade e de
mobilidade articular.
- Predispor o
organismo através
de activação geral,
para as actividades
a executar.
Parte
Principal
5’
- Jogo do Caterpillar: dum lado do court, cada atleta
ocupa um rectângulo de serviço, tentando ganhar o
ponto. A bola tem de ser batida de baixo para cima e é
obrigatório deixar ressaltar a bola uma vez no chão.
- Iniciar a atividade
de uma forma
lúdica, sem rede.
5’ - Mini-ténis: troca de bolas frente a frente.
- Iniciar a troca de
bolas de uma forma
progressiva.
7’
- Troca de bolas do fundo do court (dimensões do court
do grupo laranja: 18 metros)
- Consistência na
troca de bolas.
7’
- Serviço: servir para 4 zonas diferentes. Servem dois
serviços seguidos para cada zona e em seguida trocam
para outra.
- Desenvolver a
colocação de bola
no serviço.
10’
- Exercício Approach e continuação do ponto: bola curta
alimentada pelo professor, atleta bate direita ou esquerda
ao longo da linha e sobe à rede. Outro atleta responde ao
aproach, continuando o ponto a partir daí.
- Desenvolver a
colocação do
approach.
15’
- King: jogam um ponto (com serviço). Atleta “2” serve
para “4” (que é o king) e continuam o ponto. O objetivo é
vencer o ponto e retirar o king do seu lugar. Se vencer o
king, este mantém-se no lugar (no máximo de 4 vezes
consecutivas), trocando o atleta “1” pelo “2”. Se vencer o
adversário do king, entra o atleta “3” e rodam todos:
atleta “4” passaria para a posição do “1”, o “1” para a do
“2” e o “2” para a do “3”.
- Desenvolver a
competição entre
todos os alunos
através de um jogo
lúdico.
Parte
Final
4’
- Jogo do rouba a bola: em círculo, cada atleta coloca a
sua raquete no chão e uma bola em cima. No meio do
círculo está outra raquete com duas bolas. Vence quem
conseguir ter três bolas em cima da sua raquete, sendo
que só pode “roubar” uma bola de cada vez de qualquer
uma das raquetes dos colegas ou da raquete do meio.
- Proporcionar um
jogo lúdico aos
alunos no final da
aula. Aumentar os
índices de
motivação para a
próxima aula.
2’ - Conversa entre alunos e professor sobre a aula.
- Reflexão sobre a
aula com o objetivo
de melhor algum
aspeto para a
próxima.
- Retorno à calma.
83. Duração Situações de Aprendizagem Objetivo Específico Organização
Parte
Inicial
Parte
Principal
Parte
Final
86. Trabalho final
Avaliação técnica de um gesto técnico à escolha do formando:
-execução de um gesto técnico (à escolha) por parte de um dos formandos do grupo.
Gravação vídeo para posterior análise.
-preenchimento da tabela de avaliação técnica disponibilizada pelo formador.
-trabalho de grupo.
87. Bibliografia
- Manual de Treinadores Nível 1, Federação Portuguesa de Ténis.
- Manipulação de uma bola com uma raquete no jogo do Ténis, Federação Portuguesa de
Ténis.
- Programa Nacional de Formação de Treinadores, Perfil Profissional de Treinador Grau 1.
- Regulamento do Circuito Smashtour 2019, Federação Portuguesa de Ténis.
- Regras do Jogo de Ténis, Federação Portuguesa de Ténis.
Links
www.tenis.pt
http://www.itftennis.com/
http://www.sportplan.net/drills/Tennis/index.jsp
www.tennisplayandstay.com