O documento descreve a Segunda Revolução Industrial no final do século XIX e início do século XX, marcada por novas fontes de energia como petróleo e eletricidade. Também surgiram novas tecnologias como o motor a combustão, dínamo e meios de comunicação como o telégrafo e telefone. O capitalismo monopolista levou ao surgimento de grandes empresas e o imperialismo resultou na divisão colonial da África e Ásia entre as potências européias.
2. • SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (2ª metade
do XIX e início do XX):
a) Novas fontes de energia: petróleo e eletricidade
3. SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (2ª metade do XIX e início do XX):
b) Novas tecnologias: motor de combustão interna (carro, navios e trens), dínamo (converte
energia mecânica em elétrica), telégrafo (mensagem de longa distância por sinais elétricos) e telefone
(o som é transformado em impulso elétrico, transmitido por cabos e depois reconvertido em som);
4. Essa rua de Paris estava realmente vazia?
Nesta época, para que a imagem fosse captada, o objeto fotografado deveria ficar parado por
aproximadamente 13 minutos. Caso contrário, a imagem poderia sair borrada ou simplesmente não aparecer.
5. SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (2ª metade do XIX e início do XX):
c) Principal matéria prima: aço (ferro fundido com ar frio – maior resistência à
deformação)
6. • CAPITALISMO MONOPOLISTA
a) o domínio da indústria pelas inversões bancárias
(financiamento);
b) a formação das grandes reservas de capitais;
c) a distinção entre a propriedade particular dos dirigentes da
empresa e o patrimônio da empresa;
d) a responsabilidade econômica da organização.
e) crise do capitalismo de superprodução e subconsumo.
f) expansão Imperialista e surgimento das empresas gigantes.
7. [EMPRESAS GIGANTES]
TRUSTE: é quando as empresas do mesmo ramo se
fundem para controlar o preço, a produção e o
mercado, tendo o monopólio sobre a produção.
8. [EMPRESAS GIGANTES]
CARTEL: é quando empresas independentes fazem acordos com
o objetivo de dividir o mercado e combater concorrentes.
Uma das estratégias utilizadas é o preço combinado, mais ou
menos semelhantes, para obrigarem os consumidores a
pagarem o valor que elas querem.
9. [EMPRESAS GIGANTES]
HOLDING: é quando uma empresa controla uma série de
outras empresas do mesmo ramo, ou de setores
diferentes, com o objetivo de controlar o mercado.
11. [EMPRESAS GIGANTES]
SOCIEDADES ANÔNIMAS (S/A):
Empresa constituída, por
inúmeros proprietários,
através da compra de ações.
A direção das S/A é
escolhida por uma minoria de
acionistas que tem a maioria
das ações com direito a voto.
13. CONCEITO DE IMPERIALISMO
O Imperialismo foi o processo de submissão das nações
periféricas agroexportadoras e pouco industrializadas as
nações centrais industrializadas através de diversas formas de
domínio (econômico, político e cultural) após a Segunda
Revolução Industrial.
Obs:
• Bloco Central: Países altamente industrializados, com tecnologia
avançada e capitais excedentes. (Inglaterra, França, Bélgica e Holanda.
Itália e Alemanha. Estados Unidos e Japão);
• Bloco Periférico: Nações de economia tradicional, agrário-
exportadoras, sem tecnologia ou capital excedente para investir. (Ex.
Continente Africano, Ásia, Oceania, América Latina).
14.
15. OBJETIVOS DO IMPERIALISMO
(A) Obter matéria prima barata para vencer a concorrência.
(B) Escoar o excedente de produção para evitar uma crise econômica
(encalhe de mercadoria) e manter o equilíbrio político e democrático
(afastar revoltas sociais).
(C) Exportar capital através de investimentos e empréstimos para
multiplicar os lucros.
(D) Explorar mão de obra dois países periféricos pagando baixos salários.
(E) Minimizar as tensões sociais internas (migração da população
europeia excedente para as colônias).
16. Formas de domínio imperialista:
a) administração direta (protetorado): quando um país imperialista
controla o governo colonial, cabendo à população colonial os cargos
subalternos, isto é, quando há a intervenção na administração local
pela potência imperialista.
b) administração indireta: quando a elite local (nativa) se aliava às
potências imperialistas, isto é, a elite local controla o governo que é
submetido a uma potência imperialista.
17. Justificativa ideológicas do dominador
Toda forma de poder é a
acompanhada de um discurso para
justificar “moralmente” a
dominação. No caso da África e da
Ásia as justificativas eram as
seguintes:
Ver vídeo: Darwinismo Social [BBC] (iniciar exibição:20min): http://youtu.be/wYQr5P46vek
18. Justificativa ideológicas do dominador
(A) Darwinismo social
(evolucionismo): é a tentativa de
se aplicar o darwinismo (teoria da
evolução das espécies)nas
sociedades humanas. Ele pregava
a superioridade da raça branca
sobre as outras.
IMPORTANTE:
Darwin era contra os maus
tratos a outros seres humanos
justificadas pela teoria evolucionista
(como escravidão, por exemplo) .
19. Justificativa ideológicas do dominador
(B) Ação civilizatória: o colonialismo era uma benfeitoria a evolução
civilizatória dos países periféricos tidos como “atrasados”. “fardo” do
homem branco (poema de Kipling)
20. Justificativa ideológicas do dominador
(D) Cristianização dos nativos:
catequese da fé cristã (Colônias
francesas e portuguesas:
catolicismo. Colônias britânicas:
protestantes, especialmente,
batistas.)
IMAGEM:
Primeira Associação Cristã de Moços (ACM/
YMCA) na China, 1900. A instituição surgiu na
Inglaterra em 1844 com o objetivo de incentivar
a prática dos princípios cristãos, através de
estudos bíblicos e orações. Atualmente a ACM
adota uma abordagem multidisciplinar, visando o
desenvolvimento espiritual, físico e
intelectual .
21. Conferência de Berlim
O interesse das potências
industrializadas pela África gerou
rivalidades. Para evitar maiores
conflitos, foi criada a CONFERÊNCIA
DE BERLIM (Nov. 1884 – Fev.1885).
OBJETIVOS:
a) Regulamentar a ocupação do
território africano (o território foi
dividido entre: Grã-Bretanha*, França,
Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e
Espanha).
b) Estabelecer regras para o comércio na
bacia do Rio Congo.
22. Justificativa ideológicas do dominador
C)Teoria Populacional Malthusiana: A teoria diz que a população cresce mais
que a produção de alimentos, e por isso justificaria a transferência de parte da
população branca para as colônias para evitar uma crise.
23. c) Aprovação da “política do
interior”, ou seja, toda a nação
estabelecida no litoral deveria
expandir a sua fronteira em
direção ao interior, o máximo
possível.
d) Extinguir a escravidão e levar a
“civilização”* aos povos por meio
da educação e da catequese.
*Civilizar: estabelecer regras de conduta,
hábitos, costumes e até controle dos
corpos, de acordo com o padrão cultural
europeu.
Conferência de Berlim
24. Resistência ao imperialismo na África (exemplos)
a) Revolta Maji-Maji (1905-1907): o povo nativo de Maji-Maji (atual Tanzânia)
organizaram um movimento contra a dominação alemã. O movimento foi
duramente reprimido, mas o governo alemão foi obrigado a realizar reformas na
estrutura colonial, abandonando, por exemplo, a cultura algodoeira.
b) Rebelião Ashanti (1890-1900): os ingleses derrubaram os chefes Ashanti
(Costa do Ouro, atual Gana) e exigiam que a nova liderança branca fosse tratada
com a mesma legitimidade (rito do trono de ouro). A população se revoltou
contra a dominação, mas foi brutalmente reprimidas em 1900.
26. A COLONIZAÇÃO INGLESA
O império Britânico era o maior império do século XIX.
África: dominou o Canal de Suez (entre o Mar Mediterrâneo e o
Mar Vermelho), parte do vale do rio Nilo.
•Modelo de colonização: “dividir para dominar”.
Alianças com chefes tribais locais
Incentivo ao conflito entre tribos rivais (colônias de
enquadramento).
A exploração comercial era realizada por empresas privadas
com o apoio da coroa.
27. A COLONIZAÇÃO INGLESA
[GUERRA DOS BÔERES, África do Sul]:
Os colonos conhecidos como Bôeres (colonizadores de origem holandesa–
1652) descobriram diamante e ouro na região (1867-1886).
Os ingleses interessados nas riquezas da região travaram duas batalhas
contra os colonizadores holandeses (Segunda Guerra dos Bôeres) e
dominaram a região (1899-1902). Durante a guerra, foram criados centros de
retenção e confinamento de presos militares e civis chamados campos de
concentração. Lá a população era submetida a péssimas condições de vida e
obrigados a trabalharem.
28. A COLONIZAÇÃO INGLESA NA ÍNDIA
Os ingleses dominaram a Índia (atuais: Índia, Paquistão, Sri Lanka,
Bangladesh, Birmânia/Miannamar) entre meados do séc. XIX até 1947.
Dominação direta: acordos entre a elite local indiana e a elite branca
europeia. A Grã-Bretanha estimulou o estudo da elite indiana na
metrópole, como forma de moldar seus hábitos de acordo com os
valores ocidentais, gerando um preconceito da elite indiana contra
restante da população. Vale lembrar que a discriminação social na Índia
já era muito forte por conta do “sistema de castas”.
OBS.:
os BRÂMANES (sacerdotes e letrados) nasceram
da cabeça de Brahma).
os XÁTRIAS (guerreiros) nasceram dos braços de
Brahma);
os VAIXÁS (comerciantes) nasceram das pernas
de Brahma) ;
os SUDRAS (servos: camponeses, artesãos e
operários) nasceram dos pés de Brahma.
DALIT: poeira debaixo do pé de Brahma.
Imagem: Jogadores de Cricket.
29. A COLONIZAÇÃO INGLESA NA ÍNDIA
Os ingleses impuseram um sistema de administração civil e jurídica, sistemas
de pesos e medidas, uma moeda única (rúpia), o inglês como idioma oficial,
separaram comunidades e mesclaram povos rivais.
A Índia fornecia matéria prima (algodão, tintura, carvão) para a indústria
inglesa e consumia produtos industrializados. Isso prejudicou a produção
artesanal na Índia.
Rei Jorge V e Rainha
Maria em Deli, 1911.
30. A COLONIZAÇÃO INGLESA NA ÍNDIA
[Revolta dos Cipaios, 1857/59 - Índia]: os Cipaios era soldados
indianos treinados nos moldes militares europeus. Eles realizaram um
movimento nacionalista contra a dominação britânica e seu monopólio
comercial (Cia. das Índias Orientais) que mantinham manufatura têxtil
britânica com preços mais baratos.
31. RESISTÊNCIA À COLONIZAÇÃO INGLESA NA CHINA
[GUERRA DO ÓPIO – CHINA, 1830-1842/ 1856-1860]: Os ingleses
mantinham com a China forte relações comerciais (seda, chá, etc). Porém,
para aumentar os seus lucros, os ingleses passaram a estimular o consumo
de ópio (droga fabricada a partir da semente de papoula). O governo chinês
reagiu e destruiu o carregamento de ópio. Começa o conflito armado
chamada Guerra do ópio. Os ingleses venceram o confronto e obrigaram o
governo a assinar tratados (Tratado de Nanquim) que davam privilégios
comerciais e políticos, além de exigirem o território de Hong Kong.
IMAGEM:
A xilogravura chinesa mostra
um viciado em ópio
vendendo a esposa para
sustentar seu vício.
32. RESISTÊNCIA À COLONIZAÇÃO INGLESA NA CHINA
[GUERRA DOS BOXERS - CHINA,
1899-1900]: Os boxers eram
camponeses miseráveis que fundaram
um grupo secreto nacionalista
(Sociedade dos Punhos Harmoniosos
e Justiceiros) para enfrentar o
imperialismo na China. Táticas
usadas: sabotagem e cartazes
xenofóbicos. Em junho de 1900, os
Boxers dominaram as embaixadas
ocidentais em Pequim. A imperatriz
Cixi apoiou o movimento e declarou
guerra aos colonizadores. No entanto,
em 1901, Grã-Bretanha, Japão,
Rússia, França, Alemanha e Estados
Unidos uniram-se e derrotaram o
movimento.
IMAGEM: prisioneiros Boxers, 1901.
33. A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA
- Após a independência do Brasil, Portugal concentrou seu
interesse colonial na África para explorar produtos de gêneros
tropicais. Portugal mantinha boas relações diplomáticas com a
Inglaterra para ter apoio militar. As colônias portuguesas foram as
últimas a se tornarem independentes.
Modelo de colonização: fixação de colonos europeus nas
colônias para dominar a população local (colônia de enraizamento)
34. A COLONIZAÇÃO FRANCESA
A França possuía o segundo
maior império do mundo (África, Ásia
e Oceania). Na Ásia, cultivavam arroz,
chá, café, seringueira (látex/borracha)
e carvão.
-Modelo de colonização: assimilação
cultural, ou seja, os nativos deveriam
abandonar seus próprios hábitos e
adotar a cultura francesa para que
fossem considerados cidadãos
franceses. Os franceses alimentavam
rivalidades e elegiam colaboradores
para dominar seus compatriotas em
nome da França.
35. ERA MEIJI (Governo Esclarecido) - JAPÃO
-O Japão era uma economia fechada
até meados do séc. XIX, quando os EUA
pressionaram pela a abertura de seus
portos.
-A entrada de novas mercadorias gerou
uma crise no sistema feudal (Xogum-
líder político pertencente às grandes
famílias proprietárias de terras).
- Em 1868, o imperador Mitsuhito
(Menji) sobe ao trono, acaba com o
sistema de Xogunato e inicia uma série
de reformas incentivando a
industrialização, o intercâmbio
educacional, a centralização política e a
modernização das forças armadas.
36. ERA MEIJI - JAPÃO
- Surgem os ZAIBATSUS (grande
grupo econômico com as atividades
financeiras e industriais controlado
por uma família poderosa aliada
aos interesses do governo japonês.
Ex.: Mitsubishi)
- Entre o final do séc.XIX e o
começo do XX, o Japão já disputava
territórios e mercados na Ásia e
obteve o domínio de Taiwan e da
Manchúria.
- O Japão foi uma grande potência
imperialista até o fim da Segunda
Guerra Mundial (1945)
37. Consequências do imperialismo
As elites locais colonizadas foram privilegiadas frente a população
subjulgada.
Empobrecimento da maior parte da população colonizada (fome,
guerra civil, doenças, dependência econômica, segregação racial,
“apartheid” na África do Sul, países subdesenvolvidos).
Enriquecimento das potências imperialistas europeias, como
Inglaterra e França.
Eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918): disputas por
colônias entre as grandes potências e principalmente, dos novos
emergentes países, a Alemanha e Itália, tardiamente unificados.