Este documento fornece diretrizes para guias de boas práticas nutricionais para serviços de alimentação no Brasil, com foco na redução de açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio. Ele discute a importância dessas medidas para melhorar a saúde pública e combater problemas como obesidade e doenças crônicas. Além disso, fornece recomendações sobre como identificar alimentos-chave e etapas críticas de preparação para reduzir esses nutrientes de preocupação.
As iniciativas de Nutrição no Local de Trabalho (NLT) têm o objectivo de contribuir para melhorar a saúde e nutrição da força de trabalho nas empresas, através de acções junto dos trabalhadores. A longo prazo, um dos benefícios para as empresas em ter uma força de trabalho mais saudável é a maior produtividade e, consequentemente, maiores ganhos financeiros. Igualmente importante, também irá contribuir para que as empresas tenham uma maior visibilidade social.
GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Promovendo a Alimentação SaudávelLidiane Martins
GUIA ALIMENTAR
PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
Promovendo a Alimentação Saudável
fonte: Ministério da Saúde
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política
de Alimentação e Nutrição.
Guia alimentar para a população brasileira : Promovendo a alimentação saudável /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de
Alimentação e Nutrição – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
236p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
1. Alimentação. 2. Conduta na alimentação. 3. Métodos de alimentação.
4. Política de nutrição. I. Título. II. Série.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Política Nacional de Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.
84 p. : il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)
ISBN 978-85-334-1911-7
1. Política de Nutrição. 2. Política de Saúde. I. Título. II. Série.
CDU 613.2
O Ministério da Saúde lançou o novo
Guia Alimentar para a População Brasileira.
A atualização da publicação relata quais cuidados e caminhos são recomendados para se alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada.
A nova edição, ao invés de trabalhar com grupos alimentares e porções recomendadas, indica que a alimentação tenha como base alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar os ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes).
A intenção do Guia Alimentar é promover a saúde e a boa alimentação, combatendo a desnutrição, em forte declínio em todo o País, e prevenindo enfermidades em ascensão, como a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas, como AVC, infarto e câncer.
Além de orientar sobre qual tipo de alimento comer, a publicação traz informações de como comer e preparar a refeição, e sugestões para enfrentar os obstáculos do cotidiano para manter um padrão alimentar saudável, como falta de tempo e inabilidade culinária.
“A carga de doença associada à obesidade é imensa. Para sair da agenda da doença, precisamos trabalhar pela melhoria da alimentação e incentivar a prática de hábitos saudáveis. Não estamos proibindo nada, mas temos recomendações claras de qual alimento priorizar”, destaca o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Dados da pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indicam que atualmente 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e 17,5% são obesos. Os percentuais são 19% e 48% superiores que os registrados em 2006 - quando a proporção de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.
INTRODUÇÃO
Apesar de não existir controvérsia sobre o fato de que um balanço energético negativo causado por uma redução na ingestão
calórica resulte em diminuição da massa corporal, há muita divergência sobre a melhor maneira de se reduzir esta ingestão....
Autoria: Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia
As iniciativas de Nutrição no Local de Trabalho (NLT) têm o objectivo de contribuir para melhorar a saúde e nutrição da força de trabalho nas empresas, através de acções junto dos trabalhadores. A longo prazo, um dos benefícios para as empresas em ter uma força de trabalho mais saudável é a maior produtividade e, consequentemente, maiores ganhos financeiros. Igualmente importante, também irá contribuir para que as empresas tenham uma maior visibilidade social.
GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Promovendo a Alimentação SaudávelLidiane Martins
GUIA ALIMENTAR
PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
Promovendo a Alimentação Saudável
fonte: Ministério da Saúde
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política
de Alimentação e Nutrição.
Guia alimentar para a população brasileira : Promovendo a alimentação saudável /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de
Alimentação e Nutrição – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
236p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
1. Alimentação. 2. Conduta na alimentação. 3. Métodos de alimentação.
4. Política de nutrição. I. Título. II. Série.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Política Nacional de Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.
84 p. : il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)
ISBN 978-85-334-1911-7
1. Política de Nutrição. 2. Política de Saúde. I. Título. II. Série.
CDU 613.2
O Ministério da Saúde lançou o novo
Guia Alimentar para a População Brasileira.
A atualização da publicação relata quais cuidados e caminhos são recomendados para se alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada.
A nova edição, ao invés de trabalhar com grupos alimentares e porções recomendadas, indica que a alimentação tenha como base alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar os ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes).
A intenção do Guia Alimentar é promover a saúde e a boa alimentação, combatendo a desnutrição, em forte declínio em todo o País, e prevenindo enfermidades em ascensão, como a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas, como AVC, infarto e câncer.
Além de orientar sobre qual tipo de alimento comer, a publicação traz informações de como comer e preparar a refeição, e sugestões para enfrentar os obstáculos do cotidiano para manter um padrão alimentar saudável, como falta de tempo e inabilidade culinária.
“A carga de doença associada à obesidade é imensa. Para sair da agenda da doença, precisamos trabalhar pela melhoria da alimentação e incentivar a prática de hábitos saudáveis. Não estamos proibindo nada, mas temos recomendações claras de qual alimento priorizar”, destaca o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Dados da pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indicam que atualmente 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e 17,5% são obesos. Os percentuais são 19% e 48% superiores que os registrados em 2006 - quando a proporção de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.
INTRODUÇÃO
Apesar de não existir controvérsia sobre o fato de que um balanço energético negativo causado por uma redução na ingestão
calórica resulte em diminuição da massa corporal, há muita divergência sobre a melhor maneira de se reduzir esta ingestão....
Autoria: Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia
Rotulagem Nutricional Obrigatória
Manual de Orientação aos Consumidores
Este manual vai ajudar você a entender e utilizar as informações nutricionais contidas nos rótulos dos alimentos. Esses dados são a chave para que você escolha bem os produtos que consome diariamente com sua família.
MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETESCreche Segura
A Contagem de Carboidratos é baseada na proposta da alimentação saudável, na qual devem ser
utilizados todos os grupos de alimentos. O segredo está na relação entre a quantidade adequada
do alimento e sua associação com o tratamento medicamentoso. Sendo assim, é fundamental o
trabalho do profissional Nutricionista na equipe multiprofissional, especificamente para a individualização
do plano alimentar, de acordo com as necessidades nutricionais do indivíduo.
Dica do SEQUIPE.COM.BR:
O site Giro na Medicina lança a Revista Simples Olhar mostra como cuidar da alimentação durante o tratamento do câncer de mama estimula a recuperação da autoestima e a importância dos cuidados com a pele.
Documento da ANVISA
O presente documento visa fornecer orientações sobre as informações para fundamentar as petições, submetidas à ANVISA, que requeiram comprovação da segurança de uso. O guia contempla as informações consideradas relevantes para condução do processo de comprovação da segurança de uso, trazendo recomendações sobre a forma de apresentação do relatório técnico-científico (RTC), bem como do seu conteúdo. Também são fornecidos esclarecimentos sobre os procedimentos administrativos disponíveis, que devem ser observados pelos interessados, para solicitar a comprovação da segurança de uso de alimentos e ingredientes.
O Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região (CRN-3), preocupado com os hábitos alimentares das pessoas que realizam suas refeições fora do lar, assim como as constantes contaminações alimentares que vem ocorrendo, elaborou esta cartilha com dicas sobre alimentação e escolhas mais saudáveis, além de cuidados sobre higiene dos alimentos consumidos fora de casa, com o objetivo de promover a saúde e o bem estar da população. O Brasil é o quinto país do mundo no qual as pessoas realizam pelo menos uma refeição ao dia fora do lar
O Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região (CRN-3), preocupado com os hábitos alimentares das pessoas que realizam suas refeições fora do lar, assim como as constantes contaminações alimentares que vem ocorrendo, elaborou esta cartilha com dicas sobre alimentação e escolhas mais saudáveis, além de cuidados sobre higiene dos alimentos consumidos fora de casa, com o objetivo de promover a saúde e o bem estar da população. O Brasil é o quinto país do mundo no qual as pessoas realizam pelo menos uma refeição ao dia fora do lar.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Vigitel Brasil 2011: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Ministério
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
132 p.: il. – (Série G. Estatística e Informação em Saúde)
Doença crônica. 2. Fatores de risco. 3. Vigilância. I. Título. II. Série.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Manual das cantinas escolares saudáveis : promovendo a alimentação saudável / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.
56 p. : il. color. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)
ISBN
1. Alimentação escolar. 2. Alimentação saudável. 3. Alimentação e nutrição. I. Título. II. Série.
CDU 613.2
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010.
158 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
ISBN 978-85-334-1718-2
1. Intoxicação alimentar. 2. Alimentos. 3. Vigilância epidemiológica. I. Título. II. Série.
CDU 613.2.099
Alimento seguro e o papel do consumidor / coordenação de Gilma Lucazechi Sturion. -- Piracicaba: GESEA, 2012.
62 p. : il. (Série GESEA, n. 1)
Bibliografia.
1. Alimentos 2. Consumidor 3. Segurança alimentar I. Sturion, G. L. coord. II. Série
III. Título
CDD 614.31
S935a
http://www.esalq.usp.br/gesea/index.html
FONTE : MAPA
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Produtos orgânicos : o olho do consumidor / Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de
Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. – Brasília :
MAPA/ACS, 2009.
34 p. ; 20 cm.
ISBN 978-85-99851-56-2
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Mecanismos de controle para a garantia da qualidade orgânica /
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Coordenação de
Agroecologia. – Brasília : Mapa/ACS, 2008.
56 p.
ISBN: 978-85-99851-48-7
1. Produção orgânica. 2. Certificação de produto I. Coordenação de
Agroecologia. II. Título.
Brasil e Reino Unido lançam publicação em parceria
Iniciativa da Embaixada Britânica, relatório sobre sustentabilidade traz dados e pesquisas a respeito da mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na agricultura
Marcos Giesteira
Uma parceria entre os governos do Brasil e do Reino Unido na área de agricultura de baixo carbono resultou na publicação intitulada “Semeando Sustentabilidade”. O conteúdo foi produzido a partir de uma rodada de encontros entre especialistas, produtores e tomadores de decisão dos dois países, que ocorreu entre os dias 21 e 25 de fevereiro deste ano, no Reino Unido.
Participaram da missão brasileira representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Embrapa, Banco do Brasil, Senado Federal, Instituto Agronegócio Responsável (Ares) e Universidade de Campinas (Unicamp).
O grupo visitou propriedades rurais em Hampshire, no sudeste da Inglaterra, e reuniu-se com membros de duas das principais cadeias varejistas do Reino Unido (Tesco e John Lewis/Waitrose). Os brasileiros também participaram de um debate com executivos da consultoria Carbon Trust, uma das maiores prestadoras de serviço no ramo de inventários de emissões e certificação de cadeias produtivas.
Segundo o chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, o modelo produtivo sustentável da Fazenda Leckford e o contato com um programa de computador que quantifica o fluxo de carbono proporcionaram novos conhecimentos aos integrantes da missão.
“A Inglaterra está à frente na questão do pagamento por serviços ambientais, em ações efetivas de motivação da sociedade, no monitoramento e quantificação da pegada de carbono”, explica Dossa. A expressão "pegada de carbono" corresponde à quantidade de dióxido de carbono (CO²) e outros gases de efeito estufa emitidos como resultado direto ou indireto de uma atividade. “Os ingleses demonstraram que podem nos ajudar a avançar no controle de emissões, respeitando-se as diferenças e características de cada país”, ressalta o chefe da assessoria do ministério.
A publicação foi lançada nesta terça-feira, 16 de agosto, durante a primeira oficina para nivelamento dos profissionais que serão responsáveis pela capacitação de multiplicadores do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O encontro vai até 18 de agosto na sede da Embrapa Estudos e Capacitação, em Brasília. O material está disponível no site do Ministério da Agricultura no endereço:
1. DOCUMENTO DE REFERÊNCIA PARA GUIAS DE BOAS
PRÁTICAS NUTRICIONAIS
1. Introdução
As Boas Práticas Nutricionais constituem-se um importante instrumento para a
modificação progressiva da composição nutricional dos alimentos. São
medidas que visam orientar os serviços de alimentação na preparação de
alimentos com menores teores de açúcar, gordura saturada, gordura trans e
sódio, contribuindo para uma alimentação mais saudável e para a melhoria da
saúde da população brasileira.
Esse conceito surgiu a partir da necessidade de melhoria no perfil nutricional
dos alimentos, principalmente em relação aos nutrientes que contribuem para o
aparecimento e o agravo do excesso de peso e das Doenças Crônicas não
Transmissíveis (DCNT), como a pressão alta, o diabetes, a obesidade e as
doenças do coração que, atualmente, são os principais problemas de saúde
pública do Brasil.
A sua adoção é voluntária e é importante que os serviços de alimentação
participem desse processo e, assim, contribuam para uma população brasileira
mais saudável.
NOTA: Serviço de alimentação é o estabelecimento onde o alimento é
manipulado, preparado, armazenado e ou exposto à venda, podendo ou
não ser consumido no local, tais como: cantinas, bufês, comissarias,
confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, delicatéssens,
lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias e
congêneres.
Os dados mais recentes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF
2008/2009) indicaram prevalências de obesidade de 12,5% entre os homens e
16,9% entre as mulheres. O excesso de peso (sobrepeso e obesidade)
acontece quase na metade dos adultos brasileiros.
No período de 20 anos (de 1989 a 2009), as prevalências de obesidade em
crianças de 5 a 9 anos, foram multiplicadas por quatro entre os meninos (de
4,1% para 16,6%) e, aproximadamente por cinco, entre as meninas (de 2,4%
para 11,8%).
Em torno de 6% dos adolescentes do sexo masculino e 4% do sexo feminino
foram classificados como obesos.
2. 2. Principais nutrientes
De acordo com os resultados da POF 2008/2009, o consumo regular de grãos
integrais, leguminosas, oleaginosas, frutas e hortaliças, carnes, aves e
pescados está associado a um padrão de alimentação adequado do ponto de
vista nutricional.
Notou-se também que o arroz e o feijão ainda são os alimentos mais
frequentes na dieta do brasileiro, principalmente entre os residentes em zona
rural e os de menor renda, o que é um fator positivo. Por outro lado, há um
consumo excessivo de alimentos com baixo teor de nutrientes e alto conteúdo
energético que são considerados marcadores negativos da dieta.
Portanto, os principais nutrientes a serem considerados na elaboração das
Boas Práticas Nutricionais são: açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio
por estarem associados ao excesso de peso e às DCNT.
O açúcar fornece energia ao organismo, no entanto, segundo a POF
2008/2009 há grandes prevalências de consumo excessivo de açúcares pela
população brasileira (61%) devido ao consumo de sucos, refrigerantes e
refrescos, adicionados de açúcares, aliado ao baixo consumo de frutas e
hortaliças.
No Brasil, o consumo de frutas e de outros vegetais ainda não atingiu a
quantidade mínima de 400g, considerada adequada pela Organização Mundial
da Saúde.
VOCÊ SABIA?
Deve-se evitar o consumo excessivo de açúcar e não deve ser estimulada
a substituição deste ingrediente por edulcorantes (adoçantes).
As gorduras classificam-se em saturadas e insaturadas, de acordo com as
suas características e propriedades.
As principais fontes de gorduras saturadas são alimentos de origem animal
(manteiga, banha, toucinho e carnes e seus derivados, leite e laticínios
integrais). Já as gorduras insaturadas são encontradas em maior quantidade
nos óleos vegetais.
É recomendável o consumo de alimentos com pouca gordura.
VOCÊ SABIA?
A gordura saturada aumenta o risco de doenças cardíacas, por isso o seu
consumo deve ser moderado.
A gordura trans (hidrogenada) é um tipo de gordura obtida principalmente do
processo de industrialização de alimentos, a partir da hidrogenação, que
3. converte os óleos vegetais líquidos em gorduras sólidas e mais estáveis à
temperatura ambiente. É utilizada como ingrediente, geralmente, nos biscoitos,
recheados ou não, nos bolos e pães industrializados, e em outros tipos de
massas, margarinas e creme vegetais.
VOCÊ SABIA?
A gordura trans é prejudicial à saúde e por isso deve ser evitada.
O sódio é um mineral que compõe quase a metade (40%) do sal. As principais
fontes de consumo de sódio são: o sal e os alimentos prontos para o consumo
(que possuem sal adicionado e aditivos contendo sódio).
O consumo diário de sódio recomendado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) é de 2000 mg, o que equivale a 5 g de sal por dia (1 colher de chá),
enquanto no Brasil o consumo de sal é de aproximadamente 12 gramas per
capita ao dia
O excesso de sal pode causar vários problemas de saúde como pressão alta,
doenças nos rins e no coração.
VOCÊ SABIA?
Uma forma de reduzir o sódio é diminuir a quantidade de sal
acrescentada aos alimentos.
3. Meta de redução do teor dos nutrientes
Os serviços de alimentação devem fazer um esforço conjunto com vistas a
disponibilizar à população um alimento com quantidades menores de açúcar,
gordura saturada, gordura trans e sódio no produto final. Assim, é importante
ter clareza do percentual de redução do nutriente desejado em determinado
alimento.
4. Boas Práticas Nutricionais
O princípio para a elaboração das Boas Práticas Nutricionais tem como
referência as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Ressalta-se que as BPF são
de atendimento obrigatório pelos estabelecimentos pertinentes à área de
alimentos, incluindo os serviços de alimentação, de acordo com o disposto na
legislação brasileira.
É importante definir as etapas críticas do preparo do alimento a serem
controladas sob o ponto de vista nutricional.
4. 4.1. Identificação dos alimentos
Para identificar os alimentos nos quais é desejável modificar a quantidade dos
nutrientes serão utilizados os seguintes critérios:
a) alimentos que mais contribuem para o consumo de açúcar, gordura
saturada, gordura trans e sódio, seja pelo consumo frequente ou pela
quantidade elevada desses nutrientes na sua composição;
b) dados de monitoramentos que identifiquem alimentos com quantidades
elevadas desses nutrientes.
Também será considerada a população para a qual o alimento é destinado,
pois grupos como crianças, gestantes e idosos possuem necessidades
diferenciadas.
Com base nesses critérios serão elaborados guias específicos para produtos
ou estabelecimentos pertinentes à área de alimentos, incluindo os serviços de
alimentos que tem o potencial de contribuir para uma alimentação saudável.
4.2.Composição nutricional
É necessário avaliar a composição nutricional de cada um dos ingredientes
usados na preparação do alimento, de forma a identificar aqueles que mais
contribuem para o teor de açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio no
produto final.
4.3.Identificação dos ingredientes e de suas funções
Com base na receita, contendo os ingredientes a serem utilizados no preparo
do alimento ou na lista de ingredientes declarada no rótulo dos produtos devem
ser verificadas as possibilidades de alteração da quantidade dos nutrientes,
sem prejudicar as características do alimento
Devem ser levadas em consideração as funções tecnológicas dos ingredientes
na modificação do teor dos nutrientes.
5. 4.4.Etapas de preparo
Devem ser observadas nas operações de preparo dos alimentos, as etapas
críticas a serem controladas para reduzir o teor dos nutrientes preocupantes do
ponto de vista de saúde pública.
Por exemplo, no caso do Guia de Boas Práticas Nutricionais para o Pão
Francês, as etapas de Seleção de Ingredientes e de Pesagem são
consideradas pontos críticos do processo de preparo do pão, pois devem ser
realizadas com atenção para que se possa optar por ingredientes que possuem
menor teor de sódio.
5. Referência
1. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde.
Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia Alimentar
para a População Brasileira. Promovendo a Alimentação Saudável. Primeira
edição. Primeira Reimpressão. Edição Especial. Série A. Normas e Manuais
Técnicos. Brasília – DF. 2008.
2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não
Transmissíveis (DNCT) no Brasil 2011-2022. Série B. Textos Básicos de
Saúde. Brasília-DF. 2011. 160p.
3.INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE).
Pesquisa de orçamentos familiares, 2008-2009.Despesas, Rendimentos e
Condições de Vida. Rio de Janeiro. 2010.
4. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Alimentação – NEPA. Tabela Brasileira de Composição de
Alimentos – TACO. Versão 2 – Segunda Edição. Campinas – SP. 2008
5. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO– USP. .Estimativa de Consumo de
Sódio pela população Brasileira, 2002-2003. Sarno Flávio et al. Revista de
Saúde Pública.