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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Cuidados elementares com crianças
Cuidados Com as Crianças
Trata-se dos cuidados imprescindíveis que os auxiliares de creche devem
ter com as crianças.
• Nunca deixe as crianças desacompanhadas, pois acidentes podem
ocorrer em menos de um segundo;
• Fique sempre atento para detectar qualquer possibilidade de
eventos adversos como quedas, mordidas, febres e etc;
• Observe se as roupas e calçados das crianças estão de acordo com
o clima do dia;
• Observe as condições que as crianças chegam à creche e passam o
dia para detectar possíveis anormalidades e, se for o caso, fazer o
registro junto ao educador;
• Registre nas agendas/diários quaisquer situações diferentes que
aconteça com as crianças;
• Sempre peça licença para tocar no corpo da criança e converse ou
avise o que será feito, seja dar banho, trocar fralda ou afins;
• Quando for fazer a higiene nasal das crianças, seja cuidadoso, use
lenços descartáveis e aproveite para ensiná-las a cuidar da melhor
forma desse tipo de higiene, incluindo a lavagem das mãos após a
ação;
• Marque os itens de cada criança com seus nomes para evitar trocas
indevidas de materiais de uso exclusivamente individual como
mamadeiras, escovas de dente e chupetas;
• Oriente a criança para que ela tenha hábitos de alimentação
saudáveis como comer sentado na cadeirinha e à mesa, comer
alimentos nutritivos, não partilhar talheres nem copos, mastigar de
boca fechada e outros;
• Verifique a temperatura dos alimentos para evitar acidentes;
• Não assopre caso o alimento esteja muito quente, apenas o reserve
até que esteja na temperatura ideal (isso evita a disseminação de
doenças e microrganismos);
• Não postergue a troca das fraldas;
• Entregue a criança aos responsáveis apenas após a verificação da
fralda, dos dentes, da roupa e do material;
• Quando for higienizar as crianças, durante o cuidado com as partes
íntimas, se certifique de limpar da frente para trás para evitar
contaminações.
302
Pode parecer uma infinidade de cuidados, porém, uma vez que eles são
postos em prática repetidamente durante a rotina nas creches, eles se
tornam praticamente naturais. E quanto mais dedicação, afeto e atenção
se coloca em cada um deles, mais acertado é o exercício da função.
Alimentação e nutrição infantil
Uma boa alimentação é necessária em todas as idades, mas quando
falamos em alimentação para crianças sabemos que isso corresponde a
um grande desafio e podemos confirmar isso por meio do número de
pesquisas na internet de frases como: “O que fazer para o meu filho
comer?” ou “Meu filho não come”. Estas dúvidas surgem porque nesta fase
os hábitos alimentares das crianças ainda estão sendo estabelecidos e ao
mesmo tempo a criança já possui preferências alimentares e também
recusas significativas que acabam preocupando os responsáveis.
Além disso, a mudança dos hábitos alimentares é mais difícil na infância,
pois as crianças ainda não entendem os danos que a má alimentação pode
causar sobre a saúde e ainda, necessitam da disponibilidade de pais ou
responsáveis para realizar suas refeições, daí a importância que os
cuidadores exercem sobre a alimentação das crianças, que deve
considerar outros aspectos além do nutricional, como o afetivo, cultural,
econômico, social e a fase de desenvolvimento atual da criança.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde é importante
termos uma atenção redobrada a saúde dos pequenos, isso porque 15,9%
das crianças brasileiras com idades menores de 5 anos e cerca de 29,3%
das crianças entre 5 e 9 anos estão com excesso de peso.
Os alimentos servem para saciar a fome e agem como um combustível que
proporciona bem-estar e disposição. Na composição dos alimentos temos
os chamados “nutrientes”, que são substâncias que o organismo precisa
para viver e executar suas atividades diárias, onde a ausência deles
durante a infância está relacionada com agravos a saúde, como o
surgimento de complicações imediatas ou a longo prazo.
Quais nutrientes são mais importantes para as crianças?
Vitamina A
Vegetais folhosos verde-escuro, vegetais e frutas amarelo-
alaranjadas, brócolis, couve, abacate, beterraba, cenoura,
laranja, figo, ervilhas
Vitamina C
Pimentão amarelo, mamão papaia, brócolis, frutas cítricas
como laranja, limão, acerola, morango
Zinco Ovos, carnes vermelhas, nozes e leguminosas
303
Vitamina D Peixes como salmão, ovos, leite e derivados
Complexo
B
Peixes, castanhas, amendoins, gema de ovo, abacate, couve,
espinafre
Confira 9 hábitos básicos importantes para a manutenção da saúde
das crianças
1. Busque incentivar a criança a experimentar frutas e verduras;
2. Ensine a criança a fazer escolhas adequadas para a criação de
hábitos alimentares saudáveis ao decorrer da vida;
3. Atenção a quantidade de sal excessivo nos alimentos, muito utilizado
em alguns temperos prontos;
4. Estimule a atividade física, como andar de bicicleta, pular corda e
outros;
5. Procure não oferecer refrigerantes e doces como recompensa para a
criança;
6. Evite oferecer salgadinhos, biscoitos recheados e outros alimentos
prejudiciais a saúde e procure ofertar frutas, sucos, iogurtes e
alimentos mais saudáveis (não esqueça de ler os ingredientes dos
alimentos);
7. Incentive refeições com a família, sem a interferência de eletrônicos;
8. Procure realizar as refeições em locais sossegados;
9. Não esqueça, procure auxilio de um profissional de saúde habilitado
para introduzir a alimentação complementar.
Portanto, é certo dizer que a nutrição infantil tem um papel importante tanto
no crescimento físico da criança quanto no desenvolvimento
neuropsicológico e no combate a diversos tipos de patologias que atingem,
principalmente, as crianças. Caso tenha dúvidas, procure um profissional
de saúde habilitado para uma orientação individualizada.
Conhecimentos básicos sobre primeiros socorros
Primeiros socorros nos primeiros anos de vida do bebê
O processo de descoberta do mundo à sua volta é uma aventura incrível
nos primeiros anos de uma criança. Mas, certamente para os pais, essa
fase causa temores quase impossíveis de serem evitados. Natural, pois
para os pequenos a noção de perigo é zero, uma percepção inexistente,
cabendo aos pais a missão de permanecerem atentos o tempo todo.
Listar os perigos que cercam a criança não é tarefa difícil, pois tudo pode
oferecer riscos, seja dentro de casa, no parquinho, na escola, na praia ou
no campo; enfim, em todo lugar. Criança é “ligada no 220W”. Aliás,
tomadas, fios e cabos elétricos devem ser isolados. Janelas e escadas,
304
evitadas. Objetos e utensílios pontiagudos e cortantes, e ainda produtos
químicos e remédios que muitas vezes vêm em cores alegres e atraentes,
geralmente são alvos para uma criança. É preciso focar nos riscos e o que
é necessário fazer em casos de emergência.
Para o pediatra da Rede D’Or São Luiz, Dr. Carlos José
Rodrigues, “Basicamente os acidentes até o primeiro ano de vida estão
divididos em 3 grandes categorias (não exclusivas): queda, acidentes
domésticos quando a criança começa a explorar o ambiente, e engasgo.
Os acidentes se dividem por períodos no primeiro ano de vida, mas
podemos notar nos últimos anos que alguns destes acidentes aconteciam
em períodos diferentes, devido a uma maturação cada vez mais precoce
dos bebês, e isso significa que os bebês estão conseguindo se movimentar
cada vez mais cedo.”
Portanto, se os bebês estão se desenvolvendo mais rápido do que
podemos imaginar, então, mais do que nunca, os adultos à sua volta
devem se desdobrar em manter os olhos na criança, e também ao seu
redor, pois esse mundo novo para o bebê tem muitas armadilhas que
precisam ser observadas. E às vezes, são lugares ou momentos onde
quase nunca percebemos um perigo. “Próximo ao sexto mês, o bebê
começa a ficar sentado, e já começam os riscos, por exemplo, quando se
usa alguns tipos de cadeirões. E da mesma forma, conforme o
desenvolvimento da criança, quando ela começa a se levantar sozinha,
aumentando as chances de quedas. ”, alerta Dr. Carlos José.
Prevenção é importante. Conhecimento e preparo também.
Sem nenhuma sombra de dúvidas o que mais causa temor nos pais são os
primeiros dias e meses de vida. Afinal, um bebê é frágil e não tem a mínima
condição de sinalizar se alguma coisa está errada. Conhecer os sinais de
que alguma coisa não vai bem será fundamental e pode, dependendo do
caso, salvar a vida do pequenino. Um grande risco que pode causar óbito
é a interrupção das vias aéreas, provocando insuficiência respiratória
grave, normalmente ocasionada ao engasgar com alimentos, líquidos e até
pequenos objetos, bloqueando a passagem do ar para os pulmões.
Esse acidente impede o movimento da epiglote – uma espécie de porta no
início da laringe, por trás da língua, cujo movimento permite a passagem
do ar para os pulmões e dos alimentos para o esôfago. Com o bloqueio
dessa via acontece o sufocamento. Outro fator que provoca essa
ocorrência é o refluxo de leite quando o bebê não arrota logo depois de
mamar. Por isso, a necessidade básica de manter o bebê na posição
recomendada para o arroto por até 10 minutos.
No caso do bebê já ingerir alimentos mais sólidos, é importante cortá-los
no menor tamanho possível para que sejam engolidos sem maiores
dificuldades. Mas o mais importante aqui é o que fazer nesses casos. Os
primeiros-socorros são cruciais nesse momento por se tratar de um bebê.
305
“Mesmo com todos os cuidados, se ocorrer um imprevisto, a melhor forma
de dar os primeiros socorros é colocar a criança de bruços e realizar
´esfregões nas costas´ até ocorrer a parada do engasgo. Não é
recomendado colocar o dedo dentro da boca, pois o engasgo pode ter sido
devido a ingestão de objeto, e ao fazer isso pode-se empurrar o objeto para
dentro; também não é recomendado sugar o nariz ou boca, porque você
corre o risco de empurrar durante as paradas da sucção aquilo que está
ocasionando o engasgo.”, Recomenda Dr. Carlos.
Esta ação emergencial é simples. Para aprender, basta procurar orientação
e treinamento com especialistas em resgate ou profissionais de saúde. É
bom salientar que casos de engasgamento são comuns e quase difíceis de
evitar. O pronto atendimento é que fará realmente a diferença. Outra
questão levantada pelo Dr. Carlos José tem a ver com um ambiente
protegido para a criança.
“Para evitar muitos tipos de acidente, é preciso uma rigorosa organização
da casa, além de proteção do ambiente. Acidentes com produtos de
limpeza em suas embalagens, ou mesmo no vaso sanitário, não apenas
são possíveis, como acontecem com frequência. Nesses casos, oriento
levar a criança para avaliação médica, pois trata-se de produto químico ou
ingestão de conteúdo contaminado”.
Sabemos que manter a casa organizada com criança pequena é tarefa das
mais difíceis. Mas o cuidado tem que existir. Por isso, é preciso observar
os detalhes e imaginar que para uma criança pequena não existe limites.
Na medida em que crescem, aumentam os perigos
“Frente às quedas, é importante saber se a criança bateu a parte posterior
da cabeça. Nesse caso, é necessário levar a criança para avaliação
médica. Se a criança não bateu a parte posterior da cabeça e não tem
alteração do comportamento, é possível manter a criança em observação
por volta de 12 horas, avaliando se o bebê tem vômito, alteração da
consciência, sonolência fora do horário normal do bebê. Caso estes
sintomas apareçam, é indicado levar a criança para avaliação médica”.
Na medida em que os bebês começam a engatinhar ou andar, são movidos
pelo instinto de querer se locomover e desenvolver demais habilidades
motoras, como querer tocar e pegar. Essa fase, talvez, ofereça mais
facilidade para controlar o bebê, mas será a partir dos 2 anos que os
cuidados deverão ser intensificados pelo fato de apresentarem mais
independência de movimentos e nenhuma ideia de perigo. A vigilância tem
que ser constante, pois, sendo imprevisíveis, poderão correr para alguma
escada, entrando em qualquer lugar em que caiba, como armários, ou
qualquer eletrodoméstico, como geladeira ou um fogão.
Por falar em fogão, queimaduras são, infelizmente, os acidentes que
acontecem com mais frequência nessa idade.
306
“Próximo do 1º ano, quando o bebê começa a engatinhar e começa a se
levantar para tentar andar, existe uma sequência de riscos: ingerir coisas
inadequadas que estão no chão, como brinquedos e produtos de limpeza.
Outro acidente frequente é colocar o dedo na tomada e poder receber uma
descarga de energia. Costumamos ver também queda de objetos sobre os
bebês. Essa situação ocorre quando o bebê enrosca em fios de
equipamentos e puxa fazendo com que o equipamento caia em cima dele.
Neste período, o bebê também consegue alcançar as gavetas e pegar
objetos dentro delas. Acidentes com o forno, quando a criança começa a
se apoiar para levantar e a porta está quente, podendo causar queimadura,
ou também quando consegue abrir a tampa do forno e subir em cima,
podendo ocorrer a quebra da tampa.” Reforça o especialista.
Ocorrências de queimaduras não são provocadas apenas na cozinha.
Além de apresentarem níveis de gravidade que vão do primeiro ao terceiro
grau, podem também ser provocadas por produtos químicos, objetos
quentes, corrente elétrica e até alguns animais e plantas. O primeiro
atendimento deverá acontecer com lavagem do local com água corrente
fria durante algum tempo até baixar a temperatura e, em seguida,
compressas de gelo deverão ser feitas.
No caso de queimaduras mais graves, aquelas que apresentam bolhas e
pele carbonizada, a área deverá ser envolta em compressa úmida e a
criança encaminhada ao hospital mais próximo com urgência. Os primeiros
socorros, nesse caso, incluem procedimentos que jamais devem ser
executados, como tentar limpar o local ou mesmo tocá-lo, mesmo que
exista algum corpo estranho sobre a pele. E jamais furar bolhas nem tentar
retirar a roupa grudada à pele queimada. E o mais comum, jamais colocar
produtos como pó de café, manteiga ou creme dental. Repetindo: deve-se
buscar ajuda capacitada imediatamente, pois só assim o atendimento de
emergência será feito por alguém treinado.
Segurança: fazer o básico é fundamental
Acidentes podem acontecer. A atenção dos pais e demais adultos em torno
da criança pode significar a vida dela. Portanto, todos os cuidados devem
ser observados, até mesmos os mais simples, como evitar brinquedos com
partes móveis e pequenas que podem caber na boca. E jamais deixar a
criança, ou deixar o acesso a lugares altos, como cama, pia, cadeiras,
sofás, e principalmente janelas e terraços, sem nenhuma proteção. Uma
queda nessas circunstâncias pode ser fatal.
Cuidados com o berço devem ser tomados. Limitar acessos a outros
lugares da casa que ofereçam perigo, gradear janelas e portas, proteger
tomadas, manter medicamentos e outros produtos em local alto, evitar
brincadeiras com cães e gatos com temperamento imprevisível e, no caso
307

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Cuidados com Crianças em

  • 1. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Cuidados elementares com crianças Cuidados Com as Crianças Trata-se dos cuidados imprescindíveis que os auxiliares de creche devem ter com as crianças. • Nunca deixe as crianças desacompanhadas, pois acidentes podem ocorrer em menos de um segundo; • Fique sempre atento para detectar qualquer possibilidade de eventos adversos como quedas, mordidas, febres e etc; • Observe se as roupas e calçados das crianças estão de acordo com o clima do dia; • Observe as condições que as crianças chegam à creche e passam o dia para detectar possíveis anormalidades e, se for o caso, fazer o registro junto ao educador; • Registre nas agendas/diários quaisquer situações diferentes que aconteça com as crianças; • Sempre peça licença para tocar no corpo da criança e converse ou avise o que será feito, seja dar banho, trocar fralda ou afins; • Quando for fazer a higiene nasal das crianças, seja cuidadoso, use lenços descartáveis e aproveite para ensiná-las a cuidar da melhor forma desse tipo de higiene, incluindo a lavagem das mãos após a ação; • Marque os itens de cada criança com seus nomes para evitar trocas indevidas de materiais de uso exclusivamente individual como mamadeiras, escovas de dente e chupetas; • Oriente a criança para que ela tenha hábitos de alimentação saudáveis como comer sentado na cadeirinha e à mesa, comer alimentos nutritivos, não partilhar talheres nem copos, mastigar de boca fechada e outros; • Verifique a temperatura dos alimentos para evitar acidentes; • Não assopre caso o alimento esteja muito quente, apenas o reserve até que esteja na temperatura ideal (isso evita a disseminação de doenças e microrganismos); • Não postergue a troca das fraldas; • Entregue a criança aos responsáveis apenas após a verificação da fralda, dos dentes, da roupa e do material; • Quando for higienizar as crianças, durante o cuidado com as partes íntimas, se certifique de limpar da frente para trás para evitar contaminações. 302
  • 2. Pode parecer uma infinidade de cuidados, porém, uma vez que eles são postos em prática repetidamente durante a rotina nas creches, eles se tornam praticamente naturais. E quanto mais dedicação, afeto e atenção se coloca em cada um deles, mais acertado é o exercício da função. Alimentação e nutrição infantil Uma boa alimentação é necessária em todas as idades, mas quando falamos em alimentação para crianças sabemos que isso corresponde a um grande desafio e podemos confirmar isso por meio do número de pesquisas na internet de frases como: “O que fazer para o meu filho comer?” ou “Meu filho não come”. Estas dúvidas surgem porque nesta fase os hábitos alimentares das crianças ainda estão sendo estabelecidos e ao mesmo tempo a criança já possui preferências alimentares e também recusas significativas que acabam preocupando os responsáveis. Além disso, a mudança dos hábitos alimentares é mais difícil na infância, pois as crianças ainda não entendem os danos que a má alimentação pode causar sobre a saúde e ainda, necessitam da disponibilidade de pais ou responsáveis para realizar suas refeições, daí a importância que os cuidadores exercem sobre a alimentação das crianças, que deve considerar outros aspectos além do nutricional, como o afetivo, cultural, econômico, social e a fase de desenvolvimento atual da criança. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde é importante termos uma atenção redobrada a saúde dos pequenos, isso porque 15,9% das crianças brasileiras com idades menores de 5 anos e cerca de 29,3% das crianças entre 5 e 9 anos estão com excesso de peso. Os alimentos servem para saciar a fome e agem como um combustível que proporciona bem-estar e disposição. Na composição dos alimentos temos os chamados “nutrientes”, que são substâncias que o organismo precisa para viver e executar suas atividades diárias, onde a ausência deles durante a infância está relacionada com agravos a saúde, como o surgimento de complicações imediatas ou a longo prazo. Quais nutrientes são mais importantes para as crianças? Vitamina A Vegetais folhosos verde-escuro, vegetais e frutas amarelo- alaranjadas, brócolis, couve, abacate, beterraba, cenoura, laranja, figo, ervilhas Vitamina C Pimentão amarelo, mamão papaia, brócolis, frutas cítricas como laranja, limão, acerola, morango Zinco Ovos, carnes vermelhas, nozes e leguminosas 303
  • 3. Vitamina D Peixes como salmão, ovos, leite e derivados Complexo B Peixes, castanhas, amendoins, gema de ovo, abacate, couve, espinafre Confira 9 hábitos básicos importantes para a manutenção da saúde das crianças 1. Busque incentivar a criança a experimentar frutas e verduras; 2. Ensine a criança a fazer escolhas adequadas para a criação de hábitos alimentares saudáveis ao decorrer da vida; 3. Atenção a quantidade de sal excessivo nos alimentos, muito utilizado em alguns temperos prontos; 4. Estimule a atividade física, como andar de bicicleta, pular corda e outros; 5. Procure não oferecer refrigerantes e doces como recompensa para a criança; 6. Evite oferecer salgadinhos, biscoitos recheados e outros alimentos prejudiciais a saúde e procure ofertar frutas, sucos, iogurtes e alimentos mais saudáveis (não esqueça de ler os ingredientes dos alimentos); 7. Incentive refeições com a família, sem a interferência de eletrônicos; 8. Procure realizar as refeições em locais sossegados; 9. Não esqueça, procure auxilio de um profissional de saúde habilitado para introduzir a alimentação complementar. Portanto, é certo dizer que a nutrição infantil tem um papel importante tanto no crescimento físico da criança quanto no desenvolvimento neuropsicológico e no combate a diversos tipos de patologias que atingem, principalmente, as crianças. Caso tenha dúvidas, procure um profissional de saúde habilitado para uma orientação individualizada. Conhecimentos básicos sobre primeiros socorros Primeiros socorros nos primeiros anos de vida do bebê O processo de descoberta do mundo à sua volta é uma aventura incrível nos primeiros anos de uma criança. Mas, certamente para os pais, essa fase causa temores quase impossíveis de serem evitados. Natural, pois para os pequenos a noção de perigo é zero, uma percepção inexistente, cabendo aos pais a missão de permanecerem atentos o tempo todo. Listar os perigos que cercam a criança não é tarefa difícil, pois tudo pode oferecer riscos, seja dentro de casa, no parquinho, na escola, na praia ou no campo; enfim, em todo lugar. Criança é “ligada no 220W”. Aliás, tomadas, fios e cabos elétricos devem ser isolados. Janelas e escadas, 304
  • 4. evitadas. Objetos e utensílios pontiagudos e cortantes, e ainda produtos químicos e remédios que muitas vezes vêm em cores alegres e atraentes, geralmente são alvos para uma criança. É preciso focar nos riscos e o que é necessário fazer em casos de emergência. Para o pediatra da Rede D’Or São Luiz, Dr. Carlos José Rodrigues, “Basicamente os acidentes até o primeiro ano de vida estão divididos em 3 grandes categorias (não exclusivas): queda, acidentes domésticos quando a criança começa a explorar o ambiente, e engasgo. Os acidentes se dividem por períodos no primeiro ano de vida, mas podemos notar nos últimos anos que alguns destes acidentes aconteciam em períodos diferentes, devido a uma maturação cada vez mais precoce dos bebês, e isso significa que os bebês estão conseguindo se movimentar cada vez mais cedo.” Portanto, se os bebês estão se desenvolvendo mais rápido do que podemos imaginar, então, mais do que nunca, os adultos à sua volta devem se desdobrar em manter os olhos na criança, e também ao seu redor, pois esse mundo novo para o bebê tem muitas armadilhas que precisam ser observadas. E às vezes, são lugares ou momentos onde quase nunca percebemos um perigo. “Próximo ao sexto mês, o bebê começa a ficar sentado, e já começam os riscos, por exemplo, quando se usa alguns tipos de cadeirões. E da mesma forma, conforme o desenvolvimento da criança, quando ela começa a se levantar sozinha, aumentando as chances de quedas. ”, alerta Dr. Carlos José. Prevenção é importante. Conhecimento e preparo também. Sem nenhuma sombra de dúvidas o que mais causa temor nos pais são os primeiros dias e meses de vida. Afinal, um bebê é frágil e não tem a mínima condição de sinalizar se alguma coisa está errada. Conhecer os sinais de que alguma coisa não vai bem será fundamental e pode, dependendo do caso, salvar a vida do pequenino. Um grande risco que pode causar óbito é a interrupção das vias aéreas, provocando insuficiência respiratória grave, normalmente ocasionada ao engasgar com alimentos, líquidos e até pequenos objetos, bloqueando a passagem do ar para os pulmões. Esse acidente impede o movimento da epiglote – uma espécie de porta no início da laringe, por trás da língua, cujo movimento permite a passagem do ar para os pulmões e dos alimentos para o esôfago. Com o bloqueio dessa via acontece o sufocamento. Outro fator que provoca essa ocorrência é o refluxo de leite quando o bebê não arrota logo depois de mamar. Por isso, a necessidade básica de manter o bebê na posição recomendada para o arroto por até 10 minutos. No caso do bebê já ingerir alimentos mais sólidos, é importante cortá-los no menor tamanho possível para que sejam engolidos sem maiores dificuldades. Mas o mais importante aqui é o que fazer nesses casos. Os primeiros-socorros são cruciais nesse momento por se tratar de um bebê. 305
  • 5. “Mesmo com todos os cuidados, se ocorrer um imprevisto, a melhor forma de dar os primeiros socorros é colocar a criança de bruços e realizar ´esfregões nas costas´ até ocorrer a parada do engasgo. Não é recomendado colocar o dedo dentro da boca, pois o engasgo pode ter sido devido a ingestão de objeto, e ao fazer isso pode-se empurrar o objeto para dentro; também não é recomendado sugar o nariz ou boca, porque você corre o risco de empurrar durante as paradas da sucção aquilo que está ocasionando o engasgo.”, Recomenda Dr. Carlos. Esta ação emergencial é simples. Para aprender, basta procurar orientação e treinamento com especialistas em resgate ou profissionais de saúde. É bom salientar que casos de engasgamento são comuns e quase difíceis de evitar. O pronto atendimento é que fará realmente a diferença. Outra questão levantada pelo Dr. Carlos José tem a ver com um ambiente protegido para a criança. “Para evitar muitos tipos de acidente, é preciso uma rigorosa organização da casa, além de proteção do ambiente. Acidentes com produtos de limpeza em suas embalagens, ou mesmo no vaso sanitário, não apenas são possíveis, como acontecem com frequência. Nesses casos, oriento levar a criança para avaliação médica, pois trata-se de produto químico ou ingestão de conteúdo contaminado”. Sabemos que manter a casa organizada com criança pequena é tarefa das mais difíceis. Mas o cuidado tem que existir. Por isso, é preciso observar os detalhes e imaginar que para uma criança pequena não existe limites. Na medida em que crescem, aumentam os perigos “Frente às quedas, é importante saber se a criança bateu a parte posterior da cabeça. Nesse caso, é necessário levar a criança para avaliação médica. Se a criança não bateu a parte posterior da cabeça e não tem alteração do comportamento, é possível manter a criança em observação por volta de 12 horas, avaliando se o bebê tem vômito, alteração da consciência, sonolência fora do horário normal do bebê. Caso estes sintomas apareçam, é indicado levar a criança para avaliação médica”. Na medida em que os bebês começam a engatinhar ou andar, são movidos pelo instinto de querer se locomover e desenvolver demais habilidades motoras, como querer tocar e pegar. Essa fase, talvez, ofereça mais facilidade para controlar o bebê, mas será a partir dos 2 anos que os cuidados deverão ser intensificados pelo fato de apresentarem mais independência de movimentos e nenhuma ideia de perigo. A vigilância tem que ser constante, pois, sendo imprevisíveis, poderão correr para alguma escada, entrando em qualquer lugar em que caiba, como armários, ou qualquer eletrodoméstico, como geladeira ou um fogão. Por falar em fogão, queimaduras são, infelizmente, os acidentes que acontecem com mais frequência nessa idade. 306
  • 6. “Próximo do 1º ano, quando o bebê começa a engatinhar e começa a se levantar para tentar andar, existe uma sequência de riscos: ingerir coisas inadequadas que estão no chão, como brinquedos e produtos de limpeza. Outro acidente frequente é colocar o dedo na tomada e poder receber uma descarga de energia. Costumamos ver também queda de objetos sobre os bebês. Essa situação ocorre quando o bebê enrosca em fios de equipamentos e puxa fazendo com que o equipamento caia em cima dele. Neste período, o bebê também consegue alcançar as gavetas e pegar objetos dentro delas. Acidentes com o forno, quando a criança começa a se apoiar para levantar e a porta está quente, podendo causar queimadura, ou também quando consegue abrir a tampa do forno e subir em cima, podendo ocorrer a quebra da tampa.” Reforça o especialista. Ocorrências de queimaduras não são provocadas apenas na cozinha. Além de apresentarem níveis de gravidade que vão do primeiro ao terceiro grau, podem também ser provocadas por produtos químicos, objetos quentes, corrente elétrica e até alguns animais e plantas. O primeiro atendimento deverá acontecer com lavagem do local com água corrente fria durante algum tempo até baixar a temperatura e, em seguida, compressas de gelo deverão ser feitas. No caso de queimaduras mais graves, aquelas que apresentam bolhas e pele carbonizada, a área deverá ser envolta em compressa úmida e a criança encaminhada ao hospital mais próximo com urgência. Os primeiros socorros, nesse caso, incluem procedimentos que jamais devem ser executados, como tentar limpar o local ou mesmo tocá-lo, mesmo que exista algum corpo estranho sobre a pele. E jamais furar bolhas nem tentar retirar a roupa grudada à pele queimada. E o mais comum, jamais colocar produtos como pó de café, manteiga ou creme dental. Repetindo: deve-se buscar ajuda capacitada imediatamente, pois só assim o atendimento de emergência será feito por alguém treinado. Segurança: fazer o básico é fundamental Acidentes podem acontecer. A atenção dos pais e demais adultos em torno da criança pode significar a vida dela. Portanto, todos os cuidados devem ser observados, até mesmos os mais simples, como evitar brinquedos com partes móveis e pequenas que podem caber na boca. E jamais deixar a criança, ou deixar o acesso a lugares altos, como cama, pia, cadeiras, sofás, e principalmente janelas e terraços, sem nenhuma proteção. Uma queda nessas circunstâncias pode ser fatal. Cuidados com o berço devem ser tomados. Limitar acessos a outros lugares da casa que ofereçam perigo, gradear janelas e portas, proteger tomadas, manter medicamentos e outros produtos em local alto, evitar brincadeiras com cães e gatos com temperamento imprevisível e, no caso 307