SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Questões de ética relacionadas
com o DNA recombinante
Trabalho realizado por:
André Cordeiro nº 32332
Inna Ulyakina nº 32348
Genética Molecular
5 de Dezembro de 2006
Esquematização do trabalho
• Um pouco de história
• A caminho de Asilomar
• Conferência de Asilomar
• Alimentos transgénicos ( exemplo de aplicação da técnica de DNA
recombinante)
• Debate
• Curiosidades
• Bibliografia
Um pouco de história
• 1871: Descoberta de DNA no esperma de truta;
• 1943: Isolamento do DNA polimerase I
• 1967: Isolamento do DNA ligase
• 1970: Isolamento de enzimas de restrição
• 1971: Ficaram conhecidas as experiências de Paul Berg e
Janet Mertz utilizando o SV40 (simian vírus) como veículo de
introdução de genes estranhos em células animais, numa
reunião em Cold Spring Harbor Laboratory
• 1972: Sintetizadas primeiras moléculas de DNA recombinante
(Universidade de Stanford)
• 1973: Inserção de novos fragmentos de DNA nos plasmídeos,
observando-se funcionalidade no hospedeiro
• 1973: Primeiras publicações sobre DNA recombinante, visto
como uma técnica de síntese de novos microorganismos
potencialmente perigosos
• 1974: Primeiras exigências a nível mundial do moratório de
certas experiências em DNA recombinante
• 1975: Governo do Reino Unido apela a precauções especiais
na manipulação do DNA recombinante
Um pouco de história
• 1975: Conferência internacional em Asilomar, Califórnia
• 1976: Instituto Nacional de Saúde publica protocolos,
proibindo algumas experiências com DNA recombinante;
publicação de artigos com pedidos de proibição de
atribuição de prémios Nobel nas investigações de DNA
recombinante, no The New York Times Magazine
• 1977: Aparecimento das primeiras empresas de engenharia
genética, com intuito de utilizar a técnica de DNA
recombinante para sintetizar drogas
• 1977: Síntese de primeiras moléculas de DNA recombinante
contendo DNA de mamífero; descoberta de “genes split”
Um pouco de história
• 1977: Desenvolvimento de processos de sequenciação
rápidos, de longas cadeias de DNA (Sanger e Maxam-Gilbert)
• 1978: Prémio Nobel da medicina atribuído pela descoberta e
utilização de enzimas de restrição (Werner Arber, Daniel
Nathans, Hamilton O. Smith)
• 1978: Produção da primeira hormona humana
somatostatina usando DNA recombinante
• 1980: Início dos trabalhos de síntese de insulina usando
técnicas de DNA recombinante
• 1980: Prémio Nobel da química atribuído por clonagem de
primeiras moléculas de DNA recombinante e
desenvolvimento de métodos eficazes para a sequenciação
de DNA (Paul Berg, Walter Gilbert, Frederick Sanger)
Um pouco de história
Entre 1971 e 1973 muitos cientistas interessaram-se
por vírus tumorais
Falta de experiência
Grande número de
animais infectados
Apercebem-se dos riscos para
a saúde publica
A caminho de Asilomar
SV40 como veículo de introdução de genes estranhos nas
células de E.coli (bactéria ubíqua)
Reunião em Cold Spring Harbor Laboratory
No ano de 1971 foi apresentada a
experiência de Paul Berg e Janet
Mertz
Muitos animais infectados com vírus tumorais
Suspensão das experiências
Paul Berg Janet Mertz
A caminho de Asilomar
A caminho de Asilomar
1ª conferência de Asilomar
Objectivo: discutir os riscos biológicos no trabalho com os vírus
animais e em particular com os vírus tumorais
Janeiro de 1973
“Biohazards in Biological Research” by Cold Spring Harbor
Laboratory
Devido à ausência da imprensa apenas existe um único
registo
A caminho de Asilomar
“Tenho receio que o Instituto Nacional do Cancro evite enfrentar a
sua responsabilidade quer moral, quer legal, declarando que
quase todos os vírus com que trabalhamos não apresentam um
perigo suficiente a longo prazo para requerer equipamento de
máxima segurança de modo a garantir um controlo absoluto.”
J. D. Watson
“As experiências de Berg assustam muita gente, incluindo ele
próprio.”
Wallace Rowe
A caminho de Asilomar
“Estamos numa situação pré-Hiroshima. Seria um verdadeiro
desastre se um dos agentes agora utilizados na pesquisa fosse de
facto um agente cancerígeno humano.”
Robert Pollack
“Não tenho dúvidas de que se fornecermos alguns destes agentes a
uma pessoa susceptível ela pode ficar com um tumor. É uma
incógnita mas a minha opinião é que isso é notavelmente menos
perigoso que fumar dois maços de tabaco por dia.”
George J. Todaro
A caminho de Asilomar
Realizada em Junho de 1973
Conferência Gordon
Dedicada a um novo método de DNA recombinante com a
utilização de enzimas de restrição
Resultam duas cartas escritas pelos doutores
Maxine Singer e Dieter Söll
Dieter Söll Maxine Singer
130 participantes
A caminho de Asilomar
Cartas
Presidente da Academia
Nacional de Ciências dos
Estados Unidos para iniciar um
processo de investigação
sobre as técnicas de DNA
recombinante
Jornal Science com o
objectivo de anunciar
publicamente os receios
dos vários biólogos
moleculares
78 votos a favor dos 90
participantes
48 votos contra 42
Conferência Gordon
para para
A caminho de Asilomar
Publicada em Julho de 1974 pelo
Comité de Aconselhamento para DNA
recombinante (RAC) nas revistas
Science e Nature.
Carta de Berg ou Moratório
As experiências descritas nesta conferência despertaram o interesse
da imprensa
Conferência Gordon
Carta de Berg ou Moratório
A caminho de Asilomar
Objectivos:
1)1) Alertar para os riscos biológicos do manuseamento de
moléculas de DNA recombinante;
2)2) Ligação de fragmentos de moléculas de DNA de animais a
moléculas de DNA de plasmídeos bacterianos ou de
bacteriófagos devem ser continuamente avaliadas;
3)3) Moratório de experiências que envolvem:
Construção de novos plasmídeos bacterianos auto-replicativos
que possuem os genes resistentes a antibióticos
Ligações entre fragmentos de DNA de organismos oncogénicos
ou virais e, elementos de DNA auto-replicativos (plasmídeos
bacterianos ou outros DNA’s virais).
• supervisionar um programa experimental para avaliar os
potenciais perigos biológicos e ecológicos dos tipos das
moléculas de DNA recombinantes;
• desenvolvimento de procedimentos que minimizem a dispersão
de moléculas de DNA recombinante potencialmente perigosas;
• elaboração de protocolos a serem seguidos pelos
investigadores que trabalham com estas moléculas.
A caminho de Asilomar
4)4) estabelecimento de um Comité de Aconselhamento,
encarregue de:
Conferência de Asilomar
Objectivo
Reavaliar o progresso científico na investigação sobre as
moléculas de DNA recombinante;
Discutir as formas adequadas para lidar com os potenciais riscos
de natureza biológica, que estes trabalhos podem provocar
Fevereiro de 1975, Pacific Grove, California
140 cientistas Norte-Americanos e estrangeiros
Conferência de Asilomar
Decisões :
•Os trabalhos que estavam em moratório deviam prosseguir,
mas melhorando as condições nos quais as experiências
decorriam.
•Nas experiências mais perigosas deviam ser criadas duas
barreiras:
as bactérias utilizadas
como hospedeiras para
inserção de moléculas de
DNA recombinante devem
ser incapazes de
sobreviver nas condições
naturais
os vectores (plasmídeos,
bacteriófagos ou outros vírus)
devem crescer nos
hospedeiros específicos
Conferência de Asilomar
•As experiências foram divididas pelo Comité de
aconselhamento para DNA recombinante (RAC) em 4 tipos, de
acordo com os riscos.
1) Risco mínimo
-experiências com procariotas, bacteriófagos e plasmídeos
bacterianos que mudam a sua informação genética
naturalmente.
Regras:
• Não comer, beber ou fumar no laboratório.
• Uso de bata na área de trabalho.
• Uso de pipetas com pompete ou filtros de algodão.
• Rápida desinfecção do material contaminado.
Conferência de Asilomar
2) Risco baixo
- experiências com procariotas, bacteriófagos e plasmídeos
bacterianos que naturalmente não mudam a sua informação
genética, gerando novos tipos biológicos
Regras:
• Proibição de pipetagem com a boca.
• Acesso limitado ao pessoal de laboratório.
• Uso de hottes de segurança biológica para procedimentos
capazes de produzir aerossóis.
• Vectores e hospedeiros mais seguros devem ser adoptados à
medida que se tornam disponíveis.
Conferência de Asilomar
3) Risco moderado
- experiências nas quais existe uma probabilidade de gerar
um agente com um potencial significativo para a
patogenia (algumas exepriências com procariotas,
bacteriófagos e plasmídeos bacterianos e com vírus
animais e eucariotas).
Regras:
• Operações de transferência devem ser levadas a cabo em
hottes de segurança biológica.
• Uso de luvas durante o manuseamento de material infeccioso.
• Protecção das linhas de vácuo por filtros.
• Pressão inferior à pressão atmosférica nos laboratórios de
acesso limitado.
• Uso de vectores e hospedeiros incapazes de se multiplicar fora
do laboratório.
Conferência de Asilomar
4) Risco elevado
- experiências nas quais o potencial de disrupção ecológico
ou patogénico do organismo modificado, poderia ser
elevado e, assim, constituir um perigo biológico considerável
para os investigadores e público em geral.
Regras:
• Isolamento relativamente a outras áreas por bloqueio do ar.
• Ambiente com pressões inferiores às atmosféricas.
• Duches e mudas de roupa protectora à entrada e saída do
laboratório.
• Laboratórios equipados com sistemas de tratamento para inactivar
ou remover agentes biológicos - possíveis contaminantes.
• Manuseamento de agentes deve ser feito em hottes de segurança
biológica nas quais o ar removido é incinerado ou passado em filtros
de Hepa.
• Uso de vectores e hospedeiros rigorosamente testados, cujo
crescimento pode ser confinado ao laboratório.
Alimentos transgénicos
- Resultam de transferência de genes que são retirados de
uma espécie animal ou vegetal e incorporados noutra
alteração do DNA
provoca
produz tipos diferentes de
substâncias
o local de inserção do gene
não pode ser controlado
completamente
a descendência herda todas as
características do progenitor
Com a ajuda de um “canhão
de partículas”, bombardeiam-se
minúsculas particulas de
tungusténio revestidas de DNA
sobre as células vegetais a
modificar. O gene de interesse
insere-se de modo aleatório no
património genético de algumas
células.
Minúsculas partículas
de tungusténio
Extracção do
plasmídeo
modificado
Colónias de E.coli modificadas
são seguidamente colocadas
em cultura. Depois os
pesquisadores podem optar por
duas técnicas: pela técnica de
canhão de partículas ou pela
técnica em que se utiliza a
Agrobacterium tumefaciens
para transferir o plasmídeo
modificado.
Agrobacterium
tumefaciens
O plasmídeo
modificado é transferido
da E.coli para
Agrobacterium
turnefaciens.
Cultura de A. tumefaciens com
células vegetais
O tecido vegetal
modificado é colocado em
cultura
As bactérias A. tumefaciens
modificadas são colocadas com as
células vegetais. O gene de interesse
é transferido para o núcleo da célula
e integra-se no genoma.
Alimentos transgénicos
• riscos • benefícios
• riscos de contaminação
genética da biodiversidade
•competição no mercado
mundial de produtos
agrícolas
• riscos à saúde humana e animal
• aumento da resistência a
antibióticos, aparecendo novos vírus
• aumento de alergias
• aumento da produção
de alimentos a baixo
custo
Debate
!!!
???
…
***
Patenteamento de genes
• As células humanas contêm cerca de 24 mil genes
• 4.382 dos 23.688 genes (≈ 20% do genona humano)
patenteado por empresas privadas, universidades e agências
do governo Science, 14/10/2005
Como é que alguém pode patentear os meus genes?
O que acontece com a liberdade da pesquisa científica quando
metade de todos os genes responsáveis pelo cancro está patenteada?
Isso significa que os cientistas passarão mais tempo nos tribunais do
que no laboratório à procura de uma cura?
Curiosidades
Declaração Universal sobre o genoma Humano e os direitos do
Homem
Patenteamento de genes
11 de Novembro de 1997
O genoma humano constitui a base da unidade
fundamental de todos os membros da família humana,
assim como do reconhecimento de sua inerente
dignidade e diversidade. No sentido simbólico, é o
património da humanidade.
Artigo 1:
O genoma humano no seu estado natural não deve levar
a lucro financeiro
Artigo 4:
Questões de ética na
genética molecular humana
• Clonagem: correcto ou errado?
• Será que é correcto fazer as experiências com os embriões?
• Quem vai defender os direitos dos embriões?
• E os direitos dos animais?
• Terapia génica? Limites?
• Será que é correcto transferir os genes humanos para os
animais e plantas?
• Quais são as consequências que podem trazer os alimentos
transgênicos?
• Será que é correcto alterar o genoma por razões estéticas?
Bibliografia
• WATSON, J. D., TOOZE, J., The DNA Story: a Documentary History of
Gene Cloning, 1981, W. H. Freeman and Company, San Francisco.
• http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_academies/acdlife/docum
• http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material10.htm
• http://www.ufrgs.br/bioetica/asilomar.htm
• http://www2.uol.com.br/sciam/conteudo/materia/materia_92.html
• http://www.unav.es/cdb/dbcapo19f.html
• http://nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/1980/berg-
cv.html
• http://portal.unesco.org/en/ev.php-
URL_ID=29008&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html
• http://conselho.saude.gov.br/docs/doc_ref_eticapesq/GENOMA_DI
REITOS_HUMANOS.doc
• http://www.bionetonline.org/portugues/Content/sc_cont1.htm
• http://www.jardimdeflores.com.br/ECOLOGIA/A09transgeni1.htm

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular Safia Naser
 
Fundamentos de Engenharia Genética
Fundamentos de Engenharia GenéticaFundamentos de Engenharia Genética
Fundamentos de Engenharia GenéticaPedro Veiga
 
Aula Engenharia Genetica
Aula  Engenharia GeneticaAula  Engenharia Genetica
Aula Engenharia Geneticalidypvh
 
Seminário genética forense
Seminário  genética forense Seminário  genética forense
Seminário genética forense Nínive Calazans
 
Sequenciamento de ultima geracao na identificacao de inversoes e translocacoes
Sequenciamento de ultima geracao na identificacao de inversoes e translocacoesSequenciamento de ultima geracao na identificacao de inversoes e translocacoes
Sequenciamento de ultima geracao na identificacao de inversoes e translocacoesRinaldo Pereira
 
Biotecnologia e engenharia genética
Biotecnologia e engenharia genéticaBiotecnologia e engenharia genética
Biotecnologia e engenharia genéticaThiago Fellipe
 
Marcadores Moleculares para Características Físicas
Marcadores Moleculares para Características FísicasMarcadores Moleculares para Características Físicas
Marcadores Moleculares para Características FísicasRinaldo Pereira
 
Minicurso Técnicas de Sequenciamento e suas Aplicações
Minicurso Técnicas de Sequenciamento e suas AplicaçõesMinicurso Técnicas de Sequenciamento e suas Aplicações
Minicurso Técnicas de Sequenciamento e suas AplicaçõesAna Paula Mendes Silva
 
11 - biotecnologia e engenharia genética
11 - biotecnologia e engenharia genética11 - biotecnologia e engenharia genética
11 - biotecnologia e engenharia genéticaMarcus Magarinho
 
Aula Fundamentos Engenharia Genetica
Aula Fundamentos Engenharia GeneticaAula Fundamentos Engenharia Genetica
Aula Fundamentos Engenharia Geneticalidypvh
 
Aula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNA
Aula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNAAula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNA
Aula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNAJaqueline Almeida
 
Aula Engenharia Genetica
Aula  Engenharia GeneticaAula  Engenharia Genetica
Aula Engenharia Geneticalidypvh
 
Projeto Genoma Humano
Projeto Genoma Humano Projeto Genoma Humano
Projeto Genoma Humano Carol Olimpio
 

Mais procurados (20)

Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
 
Genetica forense
Genetica forense Genetica forense
Genetica forense
 
01_Pereira_RW_SBG
01_Pereira_RW_SBG01_Pereira_RW_SBG
01_Pereira_RW_SBG
 
Fundamentos de Engenharia Genética
Fundamentos de Engenharia GenéticaFundamentos de Engenharia Genética
Fundamentos de Engenharia Genética
 
Aula Engenharia Genetica
Aula  Engenharia GeneticaAula  Engenharia Genetica
Aula Engenharia Genetica
 
Seminário genética forense
Seminário  genética forense Seminário  genética forense
Seminário genética forense
 
Engenharia Genética
Engenharia GenéticaEngenharia Genética
Engenharia Genética
 
Sequenciamento de ultima geracao na identificacao de inversoes e translocacoes
Sequenciamento de ultima geracao na identificacao de inversoes e translocacoesSequenciamento de ultima geracao na identificacao de inversoes e translocacoes
Sequenciamento de ultima geracao na identificacao de inversoes e translocacoes
 
Aula6 pcr
Aula6  pcrAula6  pcr
Aula6 pcr
 
Engenharia genética
Engenharia genéticaEngenharia genética
Engenharia genética
 
Biotecnologia e engenharia genética
Biotecnologia e engenharia genéticaBiotecnologia e engenharia genética
Biotecnologia e engenharia genética
 
Marcadores Moleculares para Características Físicas
Marcadores Moleculares para Características FísicasMarcadores Moleculares para Características Físicas
Marcadores Moleculares para Características Físicas
 
Minicurso Técnicas de Sequenciamento e suas Aplicações
Minicurso Técnicas de Sequenciamento e suas AplicaçõesMinicurso Técnicas de Sequenciamento e suas Aplicações
Minicurso Técnicas de Sequenciamento e suas Aplicações
 
ENGENHARIA GENÉTICA
ENGENHARIA GENÉTICAENGENHARIA GENÉTICA
ENGENHARIA GENÉTICA
 
11 - biotecnologia e engenharia genética
11 - biotecnologia e engenharia genética11 - biotecnologia e engenharia genética
11 - biotecnologia e engenharia genética
 
Aula Fundamentos Engenharia Genetica
Aula Fundamentos Engenharia GeneticaAula Fundamentos Engenharia Genetica
Aula Fundamentos Engenharia Genetica
 
Aula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNA
Aula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNAAula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNA
Aula de Clonagem e Vetores e bibliotecas de DNA
 
Aula Engenharia Genetica
Aula  Engenharia GeneticaAula  Engenharia Genetica
Aula Engenharia Genetica
 
Projeto Genoma Humano
Projeto Genoma Humano Projeto Genoma Humano
Projeto Genoma Humano
 
DNA fingerprint
DNA fingerprintDNA fingerprint
DNA fingerprint
 

Destaque (13)

Testimonial from McDonalds Australia
Testimonial from McDonalds AustraliaTestimonial from McDonalds Australia
Testimonial from McDonalds Australia
 
Innovation
InnovationInnovation
Innovation
 
NIX Report2015-2016-unedited
NIX Report2015-2016-uneditedNIX Report2015-2016-unedited
NIX Report2015-2016-unedited
 
INS Jaume Callis 1rESOC 7
INS Jaume Callis 1rESOC 7INS Jaume Callis 1rESOC 7
INS Jaume Callis 1rESOC 7
 
เรื่อง Social network วิชาคอม ครูสุนทรีย์
เรื่อง   Social  network   วิชาคอม  ครูสุนทรีย์เรื่อง   Social  network   วิชาคอม  ครูสุนทรีย์
เรื่อง Social network วิชาคอม ครูสุนทรีย์
 
7º Ano Saulo
7º Ano Saulo7º Ano Saulo
7º Ano Saulo
 
Cateq pt 55
Cateq pt 55Cateq pt 55
Cateq pt 55
 
Cateq pt 53
Cateq pt 53Cateq pt 53
Cateq pt 53
 
Recursos Energéticos
Recursos EnergéticosRecursos Energéticos
Recursos Energéticos
 
Child Consumerism
Child ConsumerismChild Consumerism
Child Consumerism
 
Dinamika Rotasi
Dinamika RotasiDinamika Rotasi
Dinamika Rotasi
 
Estimacion estadistica
Estimacion estadisticaEstimacion estadistica
Estimacion estadistica
 
PERCEPTION AND INDIVIDUAL DECISION MAKING
PERCEPTION AND INDIVIDUAL DECISION MAKINGPERCEPTION AND INDIVIDUAL DECISION MAKING
PERCEPTION AND INDIVIDUAL DECISION MAKING
 

Semelhante a 1686

Semelhante a 1686 (20)

12366415 etica saude
12366415 etica saude12366415 etica saude
12366415 etica saude
 
História do DNA
História do DNAHistória do DNA
História do DNA
 
Aula 1 fundamentos de genética
Aula 1   fundamentos de genética  Aula 1   fundamentos de genética
Aula 1 fundamentos de genética
 
Manipulação do dna & clonagem
Manipulação do dna & clonagemManipulação do dna & clonagem
Manipulação do dna & clonagem
 
3S_ extenso_ Biologia Forense
3S_ extenso_ Biologia Forense3S_ extenso_ Biologia Forense
3S_ extenso_ Biologia Forense
 
Biotecnologia Final Final
Biotecnologia Final FinalBiotecnologia Final Final
Biotecnologia Final Final
 
Biotecnologia Final Final2
Biotecnologia Final Final2Biotecnologia Final Final2
Biotecnologia Final Final2
 
Biotecnologia Final Final
Biotecnologia Final FinalBiotecnologia Final Final
Biotecnologia Final Final
 
Biotecnologia Final Final
Biotecnologia Final FinalBiotecnologia Final Final
Biotecnologia Final Final
 
Biotecnologia 2 B
Biotecnologia 2 BBiotecnologia 2 B
Biotecnologia 2 B
 
A caixa de ferramentas para editar genes ganhou duas novas tesouras
A caixa de ferramentas para editar genes ganhou duas novas tesourasA caixa de ferramentas para editar genes ganhou duas novas tesouras
A caixa de ferramentas para editar genes ganhou duas novas tesouras
 
1- Ácidos nucleicos ALUNOS.pptx
1- Ácidos nucleicos ALUNOS.pptx1- Ácidos nucleicos ALUNOS.pptx
1- Ácidos nucleicos ALUNOS.pptx
 
Nanotech
NanotechNanotech
Nanotech
 
Nanotech
NanotechNanotech
Nanotech
 
Efa dna
Efa dnaEfa dna
Efa dna
 
Avanços da biotecnologia 2 A
Avanços da biotecnologia 2 AAvanços da biotecnologia 2 A
Avanços da biotecnologia 2 A
 
Dna forense
Dna forenseDna forense
Dna forense
 
Biocomputadores e Biochips
Biocomputadores e BiochipsBiocomputadores e Biochips
Biocomputadores e Biochips
 
Principios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecularPrincipios basicos-de-biologia-molecular
Principios basicos-de-biologia-molecular
 
Seminário Projeto Genoma Humano - 2014
Seminário Projeto Genoma Humano - 2014Seminário Projeto Genoma Humano - 2014
Seminário Projeto Genoma Humano - 2014
 

Mais de Pelo Siro

Mais de Pelo Siro (20)

1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas
 
11955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 111955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 1
 
1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros
 
1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais
 
119625756 motsser2
119625756 motsser2119625756 motsser2
119625756 motsser2
 
119999888 revisoes
119999888 revisoes119999888 revisoes
119999888 revisoes
 
119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos
 
2146
21462146
2146
 
2079
20792079
2079
 
2080
20802080
2080
 
2064
20642064
2064
 
2061
20612061
2061
 
2060
20602060
2060
 
2032
20322032
2032
 
2031
20312031
2031
 
2019
20192019
2019
 
2018
20182018
2018
 
2017
20172017
2017
 
2015
20152015
2015
 
2014
20142014
2014
 

1686

  • 1. Questões de ética relacionadas com o DNA recombinante Trabalho realizado por: André Cordeiro nº 32332 Inna Ulyakina nº 32348 Genética Molecular 5 de Dezembro de 2006
  • 2. Esquematização do trabalho • Um pouco de história • A caminho de Asilomar • Conferência de Asilomar • Alimentos transgénicos ( exemplo de aplicação da técnica de DNA recombinante) • Debate • Curiosidades • Bibliografia
  • 3. Um pouco de história • 1871: Descoberta de DNA no esperma de truta; • 1943: Isolamento do DNA polimerase I • 1967: Isolamento do DNA ligase • 1970: Isolamento de enzimas de restrição • 1971: Ficaram conhecidas as experiências de Paul Berg e Janet Mertz utilizando o SV40 (simian vírus) como veículo de introdução de genes estranhos em células animais, numa reunião em Cold Spring Harbor Laboratory
  • 4. • 1972: Sintetizadas primeiras moléculas de DNA recombinante (Universidade de Stanford) • 1973: Inserção de novos fragmentos de DNA nos plasmídeos, observando-se funcionalidade no hospedeiro • 1973: Primeiras publicações sobre DNA recombinante, visto como uma técnica de síntese de novos microorganismos potencialmente perigosos • 1974: Primeiras exigências a nível mundial do moratório de certas experiências em DNA recombinante • 1975: Governo do Reino Unido apela a precauções especiais na manipulação do DNA recombinante Um pouco de história
  • 5. • 1975: Conferência internacional em Asilomar, Califórnia • 1976: Instituto Nacional de Saúde publica protocolos, proibindo algumas experiências com DNA recombinante; publicação de artigos com pedidos de proibição de atribuição de prémios Nobel nas investigações de DNA recombinante, no The New York Times Magazine • 1977: Aparecimento das primeiras empresas de engenharia genética, com intuito de utilizar a técnica de DNA recombinante para sintetizar drogas • 1977: Síntese de primeiras moléculas de DNA recombinante contendo DNA de mamífero; descoberta de “genes split” Um pouco de história
  • 6. • 1977: Desenvolvimento de processos de sequenciação rápidos, de longas cadeias de DNA (Sanger e Maxam-Gilbert) • 1978: Prémio Nobel da medicina atribuído pela descoberta e utilização de enzimas de restrição (Werner Arber, Daniel Nathans, Hamilton O. Smith) • 1978: Produção da primeira hormona humana somatostatina usando DNA recombinante • 1980: Início dos trabalhos de síntese de insulina usando técnicas de DNA recombinante • 1980: Prémio Nobel da química atribuído por clonagem de primeiras moléculas de DNA recombinante e desenvolvimento de métodos eficazes para a sequenciação de DNA (Paul Berg, Walter Gilbert, Frederick Sanger) Um pouco de história
  • 7.
  • 8. Entre 1971 e 1973 muitos cientistas interessaram-se por vírus tumorais Falta de experiência Grande número de animais infectados Apercebem-se dos riscos para a saúde publica A caminho de Asilomar
  • 9. SV40 como veículo de introdução de genes estranhos nas células de E.coli (bactéria ubíqua) Reunião em Cold Spring Harbor Laboratory No ano de 1971 foi apresentada a experiência de Paul Berg e Janet Mertz Muitos animais infectados com vírus tumorais Suspensão das experiências Paul Berg Janet Mertz A caminho de Asilomar
  • 10. A caminho de Asilomar 1ª conferência de Asilomar Objectivo: discutir os riscos biológicos no trabalho com os vírus animais e em particular com os vírus tumorais Janeiro de 1973 “Biohazards in Biological Research” by Cold Spring Harbor Laboratory Devido à ausência da imprensa apenas existe um único registo
  • 11. A caminho de Asilomar “Tenho receio que o Instituto Nacional do Cancro evite enfrentar a sua responsabilidade quer moral, quer legal, declarando que quase todos os vírus com que trabalhamos não apresentam um perigo suficiente a longo prazo para requerer equipamento de máxima segurança de modo a garantir um controlo absoluto.” J. D. Watson “As experiências de Berg assustam muita gente, incluindo ele próprio.” Wallace Rowe
  • 12. A caminho de Asilomar “Estamos numa situação pré-Hiroshima. Seria um verdadeiro desastre se um dos agentes agora utilizados na pesquisa fosse de facto um agente cancerígeno humano.” Robert Pollack “Não tenho dúvidas de que se fornecermos alguns destes agentes a uma pessoa susceptível ela pode ficar com um tumor. É uma incógnita mas a minha opinião é que isso é notavelmente menos perigoso que fumar dois maços de tabaco por dia.” George J. Todaro
  • 13. A caminho de Asilomar Realizada em Junho de 1973 Conferência Gordon Dedicada a um novo método de DNA recombinante com a utilização de enzimas de restrição Resultam duas cartas escritas pelos doutores Maxine Singer e Dieter Söll Dieter Söll Maxine Singer 130 participantes
  • 14. A caminho de Asilomar Cartas Presidente da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos para iniciar um processo de investigação sobre as técnicas de DNA recombinante Jornal Science com o objectivo de anunciar publicamente os receios dos vários biólogos moleculares 78 votos a favor dos 90 participantes 48 votos contra 42 Conferência Gordon para para
  • 15. A caminho de Asilomar Publicada em Julho de 1974 pelo Comité de Aconselhamento para DNA recombinante (RAC) nas revistas Science e Nature. Carta de Berg ou Moratório As experiências descritas nesta conferência despertaram o interesse da imprensa Conferência Gordon
  • 16. Carta de Berg ou Moratório A caminho de Asilomar Objectivos: 1)1) Alertar para os riscos biológicos do manuseamento de moléculas de DNA recombinante; 2)2) Ligação de fragmentos de moléculas de DNA de animais a moléculas de DNA de plasmídeos bacterianos ou de bacteriófagos devem ser continuamente avaliadas; 3)3) Moratório de experiências que envolvem: Construção de novos plasmídeos bacterianos auto-replicativos que possuem os genes resistentes a antibióticos Ligações entre fragmentos de DNA de organismos oncogénicos ou virais e, elementos de DNA auto-replicativos (plasmídeos bacterianos ou outros DNA’s virais).
  • 17. • supervisionar um programa experimental para avaliar os potenciais perigos biológicos e ecológicos dos tipos das moléculas de DNA recombinantes; • desenvolvimento de procedimentos que minimizem a dispersão de moléculas de DNA recombinante potencialmente perigosas; • elaboração de protocolos a serem seguidos pelos investigadores que trabalham com estas moléculas. A caminho de Asilomar 4)4) estabelecimento de um Comité de Aconselhamento, encarregue de:
  • 18. Conferência de Asilomar Objectivo Reavaliar o progresso científico na investigação sobre as moléculas de DNA recombinante; Discutir as formas adequadas para lidar com os potenciais riscos de natureza biológica, que estes trabalhos podem provocar Fevereiro de 1975, Pacific Grove, California 140 cientistas Norte-Americanos e estrangeiros
  • 19.
  • 20. Conferência de Asilomar Decisões : •Os trabalhos que estavam em moratório deviam prosseguir, mas melhorando as condições nos quais as experiências decorriam. •Nas experiências mais perigosas deviam ser criadas duas barreiras: as bactérias utilizadas como hospedeiras para inserção de moléculas de DNA recombinante devem ser incapazes de sobreviver nas condições naturais os vectores (plasmídeos, bacteriófagos ou outros vírus) devem crescer nos hospedeiros específicos
  • 21.
  • 22. Conferência de Asilomar •As experiências foram divididas pelo Comité de aconselhamento para DNA recombinante (RAC) em 4 tipos, de acordo com os riscos. 1) Risco mínimo -experiências com procariotas, bacteriófagos e plasmídeos bacterianos que mudam a sua informação genética naturalmente. Regras: • Não comer, beber ou fumar no laboratório. • Uso de bata na área de trabalho. • Uso de pipetas com pompete ou filtros de algodão. • Rápida desinfecção do material contaminado.
  • 23. Conferência de Asilomar 2) Risco baixo - experiências com procariotas, bacteriófagos e plasmídeos bacterianos que naturalmente não mudam a sua informação genética, gerando novos tipos biológicos Regras: • Proibição de pipetagem com a boca. • Acesso limitado ao pessoal de laboratório. • Uso de hottes de segurança biológica para procedimentos capazes de produzir aerossóis. • Vectores e hospedeiros mais seguros devem ser adoptados à medida que se tornam disponíveis.
  • 24. Conferência de Asilomar 3) Risco moderado - experiências nas quais existe uma probabilidade de gerar um agente com um potencial significativo para a patogenia (algumas exepriências com procariotas, bacteriófagos e plasmídeos bacterianos e com vírus animais e eucariotas). Regras: • Operações de transferência devem ser levadas a cabo em hottes de segurança biológica. • Uso de luvas durante o manuseamento de material infeccioso. • Protecção das linhas de vácuo por filtros. • Pressão inferior à pressão atmosférica nos laboratórios de acesso limitado. • Uso de vectores e hospedeiros incapazes de se multiplicar fora do laboratório.
  • 25. Conferência de Asilomar 4) Risco elevado - experiências nas quais o potencial de disrupção ecológico ou patogénico do organismo modificado, poderia ser elevado e, assim, constituir um perigo biológico considerável para os investigadores e público em geral. Regras: • Isolamento relativamente a outras áreas por bloqueio do ar. • Ambiente com pressões inferiores às atmosféricas. • Duches e mudas de roupa protectora à entrada e saída do laboratório. • Laboratórios equipados com sistemas de tratamento para inactivar ou remover agentes biológicos - possíveis contaminantes. • Manuseamento de agentes deve ser feito em hottes de segurança biológica nas quais o ar removido é incinerado ou passado em filtros de Hepa. • Uso de vectores e hospedeiros rigorosamente testados, cujo crescimento pode ser confinado ao laboratório.
  • 26. Alimentos transgénicos - Resultam de transferência de genes que são retirados de uma espécie animal ou vegetal e incorporados noutra alteração do DNA provoca produz tipos diferentes de substâncias o local de inserção do gene não pode ser controlado completamente a descendência herda todas as características do progenitor
  • 27. Com a ajuda de um “canhão de partículas”, bombardeiam-se minúsculas particulas de tungusténio revestidas de DNA sobre as células vegetais a modificar. O gene de interesse insere-se de modo aleatório no património genético de algumas células. Minúsculas partículas de tungusténio Extracção do plasmídeo modificado Colónias de E.coli modificadas são seguidamente colocadas em cultura. Depois os pesquisadores podem optar por duas técnicas: pela técnica de canhão de partículas ou pela técnica em que se utiliza a Agrobacterium tumefaciens para transferir o plasmídeo modificado. Agrobacterium tumefaciens O plasmídeo modificado é transferido da E.coli para Agrobacterium turnefaciens. Cultura de A. tumefaciens com células vegetais O tecido vegetal modificado é colocado em cultura As bactérias A. tumefaciens modificadas são colocadas com as células vegetais. O gene de interesse é transferido para o núcleo da célula e integra-se no genoma.
  • 28. Alimentos transgénicos • riscos • benefícios • riscos de contaminação genética da biodiversidade •competição no mercado mundial de produtos agrícolas • riscos à saúde humana e animal • aumento da resistência a antibióticos, aparecendo novos vírus • aumento de alergias • aumento da produção de alimentos a baixo custo
  • 30. Patenteamento de genes • As células humanas contêm cerca de 24 mil genes • 4.382 dos 23.688 genes (≈ 20% do genona humano) patenteado por empresas privadas, universidades e agências do governo Science, 14/10/2005 Como é que alguém pode patentear os meus genes? O que acontece com a liberdade da pesquisa científica quando metade de todos os genes responsáveis pelo cancro está patenteada? Isso significa que os cientistas passarão mais tempo nos tribunais do que no laboratório à procura de uma cura? Curiosidades
  • 31. Declaração Universal sobre o genoma Humano e os direitos do Homem Patenteamento de genes 11 de Novembro de 1997 O genoma humano constitui a base da unidade fundamental de todos os membros da família humana, assim como do reconhecimento de sua inerente dignidade e diversidade. No sentido simbólico, é o património da humanidade. Artigo 1: O genoma humano no seu estado natural não deve levar a lucro financeiro Artigo 4:
  • 32. Questões de ética na genética molecular humana • Clonagem: correcto ou errado? • Será que é correcto fazer as experiências com os embriões? • Quem vai defender os direitos dos embriões? • E os direitos dos animais? • Terapia génica? Limites? • Será que é correcto transferir os genes humanos para os animais e plantas? • Quais são as consequências que podem trazer os alimentos transgênicos? • Será que é correcto alterar o genoma por razões estéticas?
  • 33. Bibliografia • WATSON, J. D., TOOZE, J., The DNA Story: a Documentary History of Gene Cloning, 1981, W. H. Freeman and Company, San Francisco. • http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_academies/acdlife/docum • http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material10.htm • http://www.ufrgs.br/bioetica/asilomar.htm • http://www2.uol.com.br/sciam/conteudo/materia/materia_92.html • http://www.unav.es/cdb/dbcapo19f.html • http://nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/1980/berg- cv.html • http://portal.unesco.org/en/ev.php- URL_ID=29008&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html • http://conselho.saude.gov.br/docs/doc_ref_eticapesq/GENOMA_DI REITOS_HUMANOS.doc • http://www.bionetonline.org/portugues/Content/sc_cont1.htm • http://www.jardimdeflores.com.br/ECOLOGIA/A09transgeni1.htm