1. O projeto teve como objetivo promover o uso sustentável da caatinga e gerar renda para comunidades rurais em Caroalina, Pernambuco.
2. Foram implementados planos de manejo florestal e silvopastoril, melhorias na produção de carvão vegetal e atividades produtivas com plantas nativas.
3. Os resultados incluíram planos de manejo em execução, fornos melhorados, horta-viveiro e unidade de beneficiamento de caroá implantados, além de ganhos na capac
Este documento descreve um projeto de elaboração de diagnóstico de propriedades rurais na sub-bacia do Ribeirão Carioca em Itabirito, MG, com o objetivo de subsidiar o pagamento por serviços ambientais aos proprietários. O projeto inclui atividades como cadastro e questionários com proprietários, eventos de educação ambiental e capacitação, e recomendações individuais para cada propriedade. O diagnóstico tem como objetivo conhecer os sistemas produtivos e identificar ações para melhorar a disponibilidade de
Este documento apresenta um manual sobre hortas comunitárias. Resume os seguintes pontos:
1) O programa de hortas comunitárias foi criado em 1986 para atender escolas e creches e expandiu para áreas comunitárias, atendendo 325 locais em 1996.
2) A produção das hortas é destinada ao consumo da própria comunidade e escolas e, eventualmente, à venda do excedente.
3) O manual fornece orientações sobre implantação, preparo do solo, cultivo, colheita e escolha de espécies para pequ
Este documento resume uma avaliação financeira de oito iniciativas de manejo florestal comunitário na Amazônia brasileira. As iniciativas variam em escala, desde produção artesanal até produção em grande escala, e abrangem diferentes modelos técnicos e sistemas de organização. O estudo analisou os modelos adotados, investimentos necessários, produtividades alcançadas e rentabilidades obtidas para avaliar a viabilidade financeira destas experiências e subsidiar o desenvolvimento de políticas para o manejo florestal comunitário.
O documento discute:
1) A abertura da 6a edição da feira Agrobrasília na próxima terça-feira, que espera receber 80 mil visitantes.
2) O espaço da Emater-DF na feira, com 13 rotas temáticas sobre sistemas de produção e toda a cadeia produtiva.
3) O destaque para a rota de piscicultura neste ano.
O documento descreve o programa Agricultura Limpa da Prefeitura de São Paulo, que visa incentivar a produção agrícola sustentável na cidade por meio da conversão para agricultura orgânica, garantindo o abastecimento de alimentos saudáveis e a proteção dos recursos naturais. O programa oferece assistência técnica, capacitação e incentivos para agricultores aderirem a práticas agroecológicas, promovendo o desenvolvimento rural e a manutenção do caráter verde da cidade.
O documento relata sobre uma campanha de limpeza do Córrego Taquara realizada por alunos e professores com apoio da Emater-DF e Corpo de Bombeiros. A ação retirou diversos itens poluentes e os alunos conheceram mais sobre a importância da preservação da água. A campanha anual busca promover a saúde e o meio ambiente.
O documento resume vários eventos e iniciativas do Governo do Distrito Federal para promover o desenvolvimento rural e apoiar agricultores familiares, incluindo um dia de campo para demonstrar equipamentos, entrega de equipamentos para transporte e armazenamento de alimentos, e inauguração de um ponto de encontro comunitário e entrega de máquinas agrícolas.
Programa Dendê: Caderno de Indicadores de Sustentabilidade. Programa de Agric...institutopeabiru
Este documento apresenta o Caderno de Indicadores de Sustentabilidade do Programa de Agricultura Familiar da Agropalma. Foi elaborado pelas 150 famílias de agricultores envolvidas no programa, com apoio do Instituto Peabiru, e contém 31 indicadores sobre qualidade de vida, desenvolvimento e meio ambiente criados pelos próprios agricultores para avaliar o programa. O caderno será usado pelas famílias para avaliar continuamente suas condições e compartilhar aprendizados com outros agricultores.
Este documento descreve um projeto de elaboração de diagnóstico de propriedades rurais na sub-bacia do Ribeirão Carioca em Itabirito, MG, com o objetivo de subsidiar o pagamento por serviços ambientais aos proprietários. O projeto inclui atividades como cadastro e questionários com proprietários, eventos de educação ambiental e capacitação, e recomendações individuais para cada propriedade. O diagnóstico tem como objetivo conhecer os sistemas produtivos e identificar ações para melhorar a disponibilidade de
Este documento apresenta um manual sobre hortas comunitárias. Resume os seguintes pontos:
1) O programa de hortas comunitárias foi criado em 1986 para atender escolas e creches e expandiu para áreas comunitárias, atendendo 325 locais em 1996.
2) A produção das hortas é destinada ao consumo da própria comunidade e escolas e, eventualmente, à venda do excedente.
3) O manual fornece orientações sobre implantação, preparo do solo, cultivo, colheita e escolha de espécies para pequ
Este documento resume uma avaliação financeira de oito iniciativas de manejo florestal comunitário na Amazônia brasileira. As iniciativas variam em escala, desde produção artesanal até produção em grande escala, e abrangem diferentes modelos técnicos e sistemas de organização. O estudo analisou os modelos adotados, investimentos necessários, produtividades alcançadas e rentabilidades obtidas para avaliar a viabilidade financeira destas experiências e subsidiar o desenvolvimento de políticas para o manejo florestal comunitário.
O documento discute:
1) A abertura da 6a edição da feira Agrobrasília na próxima terça-feira, que espera receber 80 mil visitantes.
2) O espaço da Emater-DF na feira, com 13 rotas temáticas sobre sistemas de produção e toda a cadeia produtiva.
3) O destaque para a rota de piscicultura neste ano.
O documento descreve o programa Agricultura Limpa da Prefeitura de São Paulo, que visa incentivar a produção agrícola sustentável na cidade por meio da conversão para agricultura orgânica, garantindo o abastecimento de alimentos saudáveis e a proteção dos recursos naturais. O programa oferece assistência técnica, capacitação e incentivos para agricultores aderirem a práticas agroecológicas, promovendo o desenvolvimento rural e a manutenção do caráter verde da cidade.
O documento relata sobre uma campanha de limpeza do Córrego Taquara realizada por alunos e professores com apoio da Emater-DF e Corpo de Bombeiros. A ação retirou diversos itens poluentes e os alunos conheceram mais sobre a importância da preservação da água. A campanha anual busca promover a saúde e o meio ambiente.
O documento resume vários eventos e iniciativas do Governo do Distrito Federal para promover o desenvolvimento rural e apoiar agricultores familiares, incluindo um dia de campo para demonstrar equipamentos, entrega de equipamentos para transporte e armazenamento de alimentos, e inauguração de um ponto de encontro comunitário e entrega de máquinas agrícolas.
Programa Dendê: Caderno de Indicadores de Sustentabilidade. Programa de Agric...institutopeabiru
Este documento apresenta o Caderno de Indicadores de Sustentabilidade do Programa de Agricultura Familiar da Agropalma. Foi elaborado pelas 150 famílias de agricultores envolvidas no programa, com apoio do Instituto Peabiru, e contém 31 indicadores sobre qualidade de vida, desenvolvimento e meio ambiente criados pelos próprios agricultores para avaliar o programa. O caderno será usado pelas famílias para avaliar continuamente suas condições e compartilhar aprendizados com outros agricultores.
O documento descreve um evento realizado para conscientizar sobre a importância da conservação do solo e da água. O evento apresentou as ações de preservação implementadas no Distrito Federal através do Projeto Produtor de Água no Pipiripau, incluindo o plantio de árvores, construção de bacias de coleta de água e melhorias em estradas e terras para evitar degradação do solo. O projeto viabilizou o plantio de 240 mil mudas e construção de 200 bacias e outros trabalhos de preservação.
1) A Fábrica de Florestas tem como objetivo produzir mudas de espécies nativas da Mata Atlântica para reflorestar o Anel Florestal e consolidar o Corredor Ecológico Costa dos Coqueiros no Litoral Norte da Bahia.
2) Em 2009, a meta é produzir 500 mil mudas e plantar 100 mil no Anel Florestal e outras áreas, com o apoio do Horto Florestal de Camaçari.
3) O projeto conta com o apoio de empresas, governos, comunidades e instit
Conservação de solo e suplementação de bovinos de corte a pasto são temas de ...Autônomo
Pecuaristas e técnicos do Vale do Paraíba participaram, no último dia 9 de outubro, do Dia de Campo sobre “Suplementação de bovinos de corte a pasto”, cuja programação ressaltou a necessidade de formação e recuperação de pastagens em consonância com técnicas de conservação e fertilidade do solo. O evento foi realizado na Fazenda Pinheirinho, propriedade do sr. Paulo Cézar de Oliveira Pontes, no município de Lorena, por meio das Casas da Agricultura de Cachoeira Paulista e de Silveiras, com apoio da CATI Regional Guaratinguetá e de suas demais Casas da Agricultura.
O documento descreve um projeto de geração de renda para comunidades tradicionais do Pantanal, que inclui a construção de poços, telhados, viveiros, oficinas e cursos de piloto, beneficiando mais de 300 pessoas com acesso à água e 127 famílias com novos telhados.
1. O documento descreve o processo de beneficiamento e comercialização do feijão realizado pela Coopercontestado em Santa Catarina, desde a colheita até a certificação e destino final.
2. A Coopercontestado compra o feijão dos produtores rurais e realiza os processos de secagem, limpeza, classificação, embalagem e armazenamento para posterior comercialização.
3. O feijão beneficiado é vendido para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e para a Companhia Nacional de Abastec
O secretário de Agricultura se reuniu com produtores rurais para avaliar o Programa de Patrulhas de Mecanização Agrícola. Mais de mil famílias foram beneficiadas e os nove conjuntos de mecanização ultrapassaram 5 mil horas de trabalho. Também foi discutida a ampliação dos implementos disponibilizados aos agricultores.
O documento descreve como a Prefeitura de Campanha, MG implementou com sucesso a lei que exige que 30% dos recursos da merenda escolar sejam gastos com agricultura familiar. Eles conscientizaram produtores e merendeiras, ofereceram apoio técnico aos produtores e substituíram produtos industrializados na merenda por alimentos naturais de qualidade produzidos localmente. Em resultado, melhoraram muito a qualidade da alimentação das crianças e aumentaram a renda de pequenos produtores rurais.
O documento descreve um projeto do governo do Distrito Federal para promover a preservação ambiental e a produção de água na bacia do Ribeirão Pipiripau, beneficiando produtores rurais e a população. Um evento será realizado para apresentar o projeto a novos produtores e mostrar modelos de preservação. Atualmente 50 produtores participam do projeto, que investirá R$40 milhões em ações de recuperação ambiental na bacia.
1) O documento descreve projetos sociais relacionados à agricultura familiar, incluindo um projeto de disponibilização de tecnologias para pequenas propriedades leiteiras em vários estados brasileiros e um projeto de identificação da eficiência de carrapaticidas para bovinos de leite. 2) O projeto de tecnologias para propriedades leiteiras capacitou técnicos e produtores rurais em cinco estados visando ampliar a transferência de tecnologias. 3) O projeto de carrapaticidas ofereceu teste gratuito
1. A Micro Empresa Leopoldo Vasques Dos Anjos Sacaúnha oferece serviços de produção e venda de plantas, composto orgânico, capacitação e consultoria em agricultura sustentável.
2. A empresa trabalha com ONGs, governos e produtores rurais na difusão de técnicas como agricultura de conservação e produção rápida de composto orgânico usando biomassa local.
3. Seus objetivos são melhorar as capacidades técnicas agrícolas sustentáveis, capacitar equipes em aproveit
Ações da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Agropecuária de Pompéu-MGFernando Alan Machado
A Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Agropecuária de Pompéu apoiou o desenvolvimento industrial e rural até 2010 através de (1) acessoria técnica e busca por financiamento para empresas, (2) aquisição de área para distrito industrial, (3) qualificação profissional, e (4) incentivos à produção florestal, agricultura familiar e cooperativas.
1) O governo do Distrito Federal entregou as primeiras 10 casas do Programa Nacional de Habitação Rural para famílias do assentamento Fazenda Larga.
2) Mais de 400 famílias serão beneficiadas pelo programa, que tem investimento total de R$12 milhões.
3) O núcleo rural Rio Preto, em Planaltina, promove sua 16a Semana da Tecnologia, com palestras, exposições e atividades sobre produção agrícola.
O documento descreve o I Circuito Mineiro de Ovinocaprinocultura, um evento que visa promover a ovinocultura e caprinocultura em Minas Gerais através de workshops, cursos, simpósios e outras atividades. O evento é organizado pelo Núcleo de Criadores de Caprinos e Ovinos das Regiões dos Campos das Vertentes e Zona da Mata e conta com o apoio de várias instituições públicas e privadas. O objetivo é integrar produtores, capacitá-los e auxiliar no desenvolvimento sust
O projeto tem como objetivo promover a geração de renda e melhorar as condições de vida de 6 comunidades tradicionais do Pantanal de Paiaguás através da produção, transformação e comercialização de produtos locais e do acompanhamento nas áreas de habitação, agricultura, geração de renda e organização comunitária. O projeto já beneficiou famílias com novos telhados e está construindo poços para garantir o acesso à água. Algumas famílias também buscaram o Ministério P
café, CDPE, CDPC, Funcafé, CNC, cafeicultores Femagri, Cooxupé, sistema cooperativo, Minas Gerais, Ocemg, Ronaldo Scucato, importação de café, Brasil, Vietnã, Espírito Santo, pragas, doenças, estoque de café, Conab, Blairo Maggi, arábica, BM&FBovespa, Semana Internacional do Café, SIC 2017, Belo Horizonte, café e saúde, problemas cardíacos
1. O documento relata as atividades do primeiro semestre de 2014 do Programa de Cicloturismo Rural Ecológico "Roteiros Agroecológicos de Cicloturismo da Serra dos Tapes".
2. Foram realizadas 3 visitas a propriedades rurais que praticam a agroecologia para apresentar o programa e promover o cicloturismo na região.
3. O relatório avalia os impactos positivos das atividades em promover o desenvolvimento sustentável local através do turismo baseado na agroecologia e cult
O documento descreve um projeto financiado pelo Programa Petrobras Ambiental que tem como objetivo promover o uso e conservação dos recursos hídricos nos municípios de Coari e Manacapuru através da gestão compartilhada. O projeto envolve 143 famílias em 24 comunidades e inclui atividades como diagnósticos participativos, capacitações, apoio à organização comunitária e iniciativas de produção local sustentável.
Desfrute da mini informcao para reduzir a importacao de adubos inorganicos e tecnologias que possamos produzir nas ilhas arquipelagos e mesmos casas privadas para o aproveitamento integral dos espacos vagos.Esta tecnica incita o aproveitamento integral da Biomassa para o amumento da producao e produtividade agricola e dada aos rendimentos ob tidos com uso desta tecnologia reduz apresssao da Biodiversidade e recursos naturais pelo dada a alternativa da sobrevivencia que nos traz.
O documento discute soluções sustentáveis para a agricultura irrigada familiar apresentadas no Workshop "Soluções Sustentáveis Para o Agronegócio Familiar". O Grupo de Estudos e Soluções para Agricultura Irrigada (GESAI) da UFV desenvolveu planilhas e softwares como o IrriSimples e IrriPlus para auxiliar na gestão da irrigação, considerando fatores como solo, água, clima e planta. A mudança para uma agricultura irrigada sustentável requer capacitação dos produtores rurais em mane
As primeiras dez casas do Programa Nacional de Habitação Rural serão entregues para famílias do Assentamento Fazenda Larga. Mais de 400 famílias serão beneficiadas pelo programa, com investimento total de R$ 12 milhões. Produtores rurais de Samambaia recebem conjuntos de mecanização agrícola da Emater-DF, compostos por trator e seis implementos.
Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da caatinga_MMAPaulo Corrêa
Este documento apresenta um resumo sobre o uso sustentável e conservação dos recursos florestais da Caatinga no Nordeste brasileiro. Ele discute a importância da Caatinga para a economia regional, fornecendo energia e produtos florestais para famílias. Também destaca experimentos sobre o manejo florestal sustentável na Caatinga e seus resultados, demonstrando que o manejo sustentável é uma possibilidade real para explorar os recursos da Caatinga de forma a promover o desenvolvimento econômico e social da região sem prejudicar o me
Este projeto tem como objetivo conhecer melhor o Nordeste brasileiro e sua região da Caatinga, buscando conscientizar os alunos sobre a seca e a necessidade de alternativas de sobrevivência. O projeto inclui palestras, vídeos, pesquisas na internet, seminários e uma apresentação para a comunidade sobre desenvolvimento sustentável e políticas de enfrentamento à seca. A avaliação será baseada na participação dos alunos.
O documento descreve um evento realizado para conscientizar sobre a importância da conservação do solo e da água. O evento apresentou as ações de preservação implementadas no Distrito Federal através do Projeto Produtor de Água no Pipiripau, incluindo o plantio de árvores, construção de bacias de coleta de água e melhorias em estradas e terras para evitar degradação do solo. O projeto viabilizou o plantio de 240 mil mudas e construção de 200 bacias e outros trabalhos de preservação.
1) A Fábrica de Florestas tem como objetivo produzir mudas de espécies nativas da Mata Atlântica para reflorestar o Anel Florestal e consolidar o Corredor Ecológico Costa dos Coqueiros no Litoral Norte da Bahia.
2) Em 2009, a meta é produzir 500 mil mudas e plantar 100 mil no Anel Florestal e outras áreas, com o apoio do Horto Florestal de Camaçari.
3) O projeto conta com o apoio de empresas, governos, comunidades e instit
Conservação de solo e suplementação de bovinos de corte a pasto são temas de ...Autônomo
Pecuaristas e técnicos do Vale do Paraíba participaram, no último dia 9 de outubro, do Dia de Campo sobre “Suplementação de bovinos de corte a pasto”, cuja programação ressaltou a necessidade de formação e recuperação de pastagens em consonância com técnicas de conservação e fertilidade do solo. O evento foi realizado na Fazenda Pinheirinho, propriedade do sr. Paulo Cézar de Oliveira Pontes, no município de Lorena, por meio das Casas da Agricultura de Cachoeira Paulista e de Silveiras, com apoio da CATI Regional Guaratinguetá e de suas demais Casas da Agricultura.
O documento descreve um projeto de geração de renda para comunidades tradicionais do Pantanal, que inclui a construção de poços, telhados, viveiros, oficinas e cursos de piloto, beneficiando mais de 300 pessoas com acesso à água e 127 famílias com novos telhados.
1. O documento descreve o processo de beneficiamento e comercialização do feijão realizado pela Coopercontestado em Santa Catarina, desde a colheita até a certificação e destino final.
2. A Coopercontestado compra o feijão dos produtores rurais e realiza os processos de secagem, limpeza, classificação, embalagem e armazenamento para posterior comercialização.
3. O feijão beneficiado é vendido para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e para a Companhia Nacional de Abastec
O secretário de Agricultura se reuniu com produtores rurais para avaliar o Programa de Patrulhas de Mecanização Agrícola. Mais de mil famílias foram beneficiadas e os nove conjuntos de mecanização ultrapassaram 5 mil horas de trabalho. Também foi discutida a ampliação dos implementos disponibilizados aos agricultores.
O documento descreve como a Prefeitura de Campanha, MG implementou com sucesso a lei que exige que 30% dos recursos da merenda escolar sejam gastos com agricultura familiar. Eles conscientizaram produtores e merendeiras, ofereceram apoio técnico aos produtores e substituíram produtos industrializados na merenda por alimentos naturais de qualidade produzidos localmente. Em resultado, melhoraram muito a qualidade da alimentação das crianças e aumentaram a renda de pequenos produtores rurais.
O documento descreve um projeto do governo do Distrito Federal para promover a preservação ambiental e a produção de água na bacia do Ribeirão Pipiripau, beneficiando produtores rurais e a população. Um evento será realizado para apresentar o projeto a novos produtores e mostrar modelos de preservação. Atualmente 50 produtores participam do projeto, que investirá R$40 milhões em ações de recuperação ambiental na bacia.
1) O documento descreve projetos sociais relacionados à agricultura familiar, incluindo um projeto de disponibilização de tecnologias para pequenas propriedades leiteiras em vários estados brasileiros e um projeto de identificação da eficiência de carrapaticidas para bovinos de leite. 2) O projeto de tecnologias para propriedades leiteiras capacitou técnicos e produtores rurais em cinco estados visando ampliar a transferência de tecnologias. 3) O projeto de carrapaticidas ofereceu teste gratuito
1. A Micro Empresa Leopoldo Vasques Dos Anjos Sacaúnha oferece serviços de produção e venda de plantas, composto orgânico, capacitação e consultoria em agricultura sustentável.
2. A empresa trabalha com ONGs, governos e produtores rurais na difusão de técnicas como agricultura de conservação e produção rápida de composto orgânico usando biomassa local.
3. Seus objetivos são melhorar as capacidades técnicas agrícolas sustentáveis, capacitar equipes em aproveit
Ações da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Agropecuária de Pompéu-MGFernando Alan Machado
A Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Agropecuária de Pompéu apoiou o desenvolvimento industrial e rural até 2010 através de (1) acessoria técnica e busca por financiamento para empresas, (2) aquisição de área para distrito industrial, (3) qualificação profissional, e (4) incentivos à produção florestal, agricultura familiar e cooperativas.
1) O governo do Distrito Federal entregou as primeiras 10 casas do Programa Nacional de Habitação Rural para famílias do assentamento Fazenda Larga.
2) Mais de 400 famílias serão beneficiadas pelo programa, que tem investimento total de R$12 milhões.
3) O núcleo rural Rio Preto, em Planaltina, promove sua 16a Semana da Tecnologia, com palestras, exposições e atividades sobre produção agrícola.
O documento descreve o I Circuito Mineiro de Ovinocaprinocultura, um evento que visa promover a ovinocultura e caprinocultura em Minas Gerais através de workshops, cursos, simpósios e outras atividades. O evento é organizado pelo Núcleo de Criadores de Caprinos e Ovinos das Regiões dos Campos das Vertentes e Zona da Mata e conta com o apoio de várias instituições públicas e privadas. O objetivo é integrar produtores, capacitá-los e auxiliar no desenvolvimento sust
O projeto tem como objetivo promover a geração de renda e melhorar as condições de vida de 6 comunidades tradicionais do Pantanal de Paiaguás através da produção, transformação e comercialização de produtos locais e do acompanhamento nas áreas de habitação, agricultura, geração de renda e organização comunitária. O projeto já beneficiou famílias com novos telhados e está construindo poços para garantir o acesso à água. Algumas famílias também buscaram o Ministério P
café, CDPE, CDPC, Funcafé, CNC, cafeicultores Femagri, Cooxupé, sistema cooperativo, Minas Gerais, Ocemg, Ronaldo Scucato, importação de café, Brasil, Vietnã, Espírito Santo, pragas, doenças, estoque de café, Conab, Blairo Maggi, arábica, BM&FBovespa, Semana Internacional do Café, SIC 2017, Belo Horizonte, café e saúde, problemas cardíacos
1. O documento relata as atividades do primeiro semestre de 2014 do Programa de Cicloturismo Rural Ecológico "Roteiros Agroecológicos de Cicloturismo da Serra dos Tapes".
2. Foram realizadas 3 visitas a propriedades rurais que praticam a agroecologia para apresentar o programa e promover o cicloturismo na região.
3. O relatório avalia os impactos positivos das atividades em promover o desenvolvimento sustentável local através do turismo baseado na agroecologia e cult
O documento descreve um projeto financiado pelo Programa Petrobras Ambiental que tem como objetivo promover o uso e conservação dos recursos hídricos nos municípios de Coari e Manacapuru através da gestão compartilhada. O projeto envolve 143 famílias em 24 comunidades e inclui atividades como diagnósticos participativos, capacitações, apoio à organização comunitária e iniciativas de produção local sustentável.
Desfrute da mini informcao para reduzir a importacao de adubos inorganicos e tecnologias que possamos produzir nas ilhas arquipelagos e mesmos casas privadas para o aproveitamento integral dos espacos vagos.Esta tecnica incita o aproveitamento integral da Biomassa para o amumento da producao e produtividade agricola e dada aos rendimentos ob tidos com uso desta tecnologia reduz apresssao da Biodiversidade e recursos naturais pelo dada a alternativa da sobrevivencia que nos traz.
O documento discute soluções sustentáveis para a agricultura irrigada familiar apresentadas no Workshop "Soluções Sustentáveis Para o Agronegócio Familiar". O Grupo de Estudos e Soluções para Agricultura Irrigada (GESAI) da UFV desenvolveu planilhas e softwares como o IrriSimples e IrriPlus para auxiliar na gestão da irrigação, considerando fatores como solo, água, clima e planta. A mudança para uma agricultura irrigada sustentável requer capacitação dos produtores rurais em mane
As primeiras dez casas do Programa Nacional de Habitação Rural serão entregues para famílias do Assentamento Fazenda Larga. Mais de 400 famílias serão beneficiadas pelo programa, com investimento total de R$ 12 milhões. Produtores rurais de Samambaia recebem conjuntos de mecanização agrícola da Emater-DF, compostos por trator e seis implementos.
Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da caatinga_MMAPaulo Corrêa
Este documento apresenta um resumo sobre o uso sustentável e conservação dos recursos florestais da Caatinga no Nordeste brasileiro. Ele discute a importância da Caatinga para a economia regional, fornecendo energia e produtos florestais para famílias. Também destaca experimentos sobre o manejo florestal sustentável na Caatinga e seus resultados, demonstrando que o manejo sustentável é uma possibilidade real para explorar os recursos da Caatinga de forma a promover o desenvolvimento econômico e social da região sem prejudicar o me
Este projeto tem como objetivo conhecer melhor o Nordeste brasileiro e sua região da Caatinga, buscando conscientizar os alunos sobre a seca e a necessidade de alternativas de sobrevivência. O projeto inclui palestras, vídeos, pesquisas na internet, seminários e uma apresentação para a comunidade sobre desenvolvimento sustentável e políticas de enfrentamento à seca. A avaliação será baseada na participação dos alunos.
O documento discute a conservação da biodiversidade do bioma Caatinga, identificando suas principais espécies vegetais e animais e como fatores ambientais e atividades humanas afetam a região. Ele propõe estratégias como reflorestamento com espécies nativas e sensibilização da sociedade para preservar a Caatinga.
A caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver. A caatinga tem um imenso potencial para a conservação de serviços ambientais, uso sustentável e bioprospecção que, se bem explorado, será decisivo para o desenvolvimento da região e do país. A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, principalmente nos últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura. Frente ao avançado desmatamento que chega a 46% da área do bioma, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o governo busca concretizar uma agenda de criação de mais unidades de conservação federais e estaduais no bioma, além de promover alternativas para o uso sustentável da sua biodiversidade...
O documento descreve a fauna e flora da Caatinga brasileira, incluindo 143 espécies de mamíferos, 510 espécies de aves, e 240 espécies de peixes. Detalha também a ameaça de desmatamento ao bioma, com mais de 43% de sua área desmatada até 2009, e a necessidade de mais unidades de conservação para proteger a biodiversidade remanescente.
A caatinga é um ecossistema único encontrado no nordeste brasileiro, caracterizado por árvores pequenas e espaçadas adaptadas ao clima semi-árido. Plantas comuns incluem o cacto, juazeiro e aroeira. Muitas plantas armazenam água para sobreviver à seca.
O documento descreve o Programa Eco Recicla da OSCIP Ecolmeia, que tem como objetivo valorizar a atividade dos catadores de materiais recicláveis. O programa fornecerá treinamento, equipamentos de proteção individual, saúde e seguro, uniformes e participação na renda de anúncios em carrinhos elétricos para coleta de recicláveis. O projeto piloto desenvolveu protótipos de carrinhos elétricos testados com catadores para substituir a tração humana e melhorar suas condições de trabalho.
Ecos Programa de Sustentabilidade CNC-SESC-SENACSistema CNC
Maron Emile Abi-Abib, diretor geral do SESC Nacional, fala sobre o ECOS, o programa de sustentabilidade do Sistema CNC-SESC-SENAC, no Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio
O documento descreve o programa de sustentabilidade do SESC-SENAC, que inclui a criação de reservas naturais como a Estância Ecológica SESC Pantanal, projetos de pesquisa ambiental e educação, e iniciativas de desenvolvimento sustentável junto às comunidades locais.
Livro praticas restauracao_mata_ciliar-copiarmeliscamargo
O documento discute práticas para a restauração de matas ciliares. Ele apresenta a importância ecológica e socioeconômica das matas ciliares, o código florestal brasileiro e sua proteção dessas áreas. Também aborda fundamentos para a restauração, técnicas como plantio e monitoramento, além da produção de mudas.
O documento fornece diretrizes para a restauração de matas cilares no Rio Grande do Sul, Brasil. Ele discute a importância ecológica e socioeconômica das matas cilias, as leis de proteção, técnicas de restauração e monitoramento. O projeto descrito reflorestou matas cilias e recuperou margens do Rio Maquiné com a participação da comunidade local.
O documento descreve vários projetos e políticas da Universidade Federal de Goiás (UFG) relacionados à inclusão social, interação com a comunidade, inovação tecnológica e pesquisas científicas aplicadas. Entre eles estão: 1) Programas de inclusão de estudantes de escola pública e cursos especiais; 2) Incubadora Social para promover a inserção sócio-econômica de pessoas em vulnerabilidade; 3) Pesquisas sobre melhoramento genético, materiais regionais para pavimentação e espécies nativas do
Este documento apresenta o programa de sustentabilidade da Souza Cruz na cadeia de valor do tabaco. O programa inclui iniciativas para produtores rurais como diversificação de culturas, capacitação, combate ao trabalho infantil, reflorestamento e redução do uso de agrotóxicos. A Souza Cruz também comunica suas ações de sustentabilidade e recebe reconhecimento por seu compromisso com a sociedade e o meio ambiente.
O titulo “Empresa Amiga da Mata Atlântica” é a marca que identifica as empresas que contribuem para a conservação e o uso sustentável da Mata Atlântica, por meio de ações próprias e do apoio às ações da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica-RBMA, vinculada ao Programa MaB (Man and the Biosphere) da UNESCO.
O documento apresenta o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Pilhas, Baterias e Lâmpadas – PGIRPBL para orientar os municípios mineiros. O plano define os tipos de pilhas, baterias e lâmpadas, sua classificação e implicações ambientais. Ele propõe a criação de pontos de coleta seletiva, transporte adequado e destinação final ambientalmente correta desses resíduos, além de sugestões para monitoramento e fontes de financiamento.
O documento apresenta o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Pilhas, Baterias e Lâmpadas – PGIRPBL para orientar os municípios mineiros. O plano define os tipos de pilhas, baterias e lâmpadas, sua classificação e implicações ambientais. Ele propõe a coleta seletiva desses resíduos nos municípios, seu acondicionamento, transporte e destinação final adequada, além de sugestões de monitoramento e fontes de financiamento.
plantios de espécies florestais nativas para conservação e recuperamanejo florestal: plantios de espécies florestais nativas para conservação e recuperação de áreas degradadas ou convertidas, inclusive Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais, e manejo florestal sustentá vel de ár eas nativas.recuperção de áreas degradadas ou convertidas, inclusive Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais, e manejo florestal sustentável de áreas nativas.
Este documento fornece informações sobre um projeto de educação ambiental desenvolvido no Pólo Regional Centro Norte da Apta em São Paulo. O projeto oferece capacitação para educadores, visitas monitoradas à unidade e sugestões de atividades pedagógicas sobre bacias hidrográficas e preservação de recursos hídricos.
O documento propõe o projeto "Desafio Sustentável" para tornar a UNICENTRO mais sustentável através de três grupos de trabalho: educação sócio-ambiental, programas ambientais e desenvolvimento tecnológico sustentável. O objetivo é beneficiar a comunidade promovendo justiça social, economia e preservação ambiental.
1. O documento discute a atividade suinícola no oeste catarinense e os desafios para um desenvolvimento sustentável da mesma.
2. Um dos principais problemas é o alto custo dos sistemas de tratamento de dejetos, restringindo sua adoção a poucos produtores.
3. É necessária uma política que incentive financeiramente os produtores e controle a poluição, garantindo o desenvolvimento sustentável da suinocultura na região.
OSSO PROJETO VISA ALCANÇAR UMA SÓLIDA MUDANÇA NA FORMA DE PRODUÇÃO RURAL , OMDE TE,,OS UMA TÉCNICA DE PRODUÇAO FLORESTAL EXTRATIVISTA E AGROFLORESTAIL.
O documento fornece um resumo das atividades e iniciativas da Petrobras relacionadas à segurança, meio ambiente e saúde (SMS). A Petrobras busca a excelência em SMS através da implementação de diretrizes e programas que visam a gestão integrada de SMS, eco-eficiência, prevenção de acidentes, saúde dos trabalhadores e prontidão para emergências. O projeto estratégico Excelência em SMS tem como objetivo consolidar a SMS como um valor na companhia através do comprometimento da lider
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O documento apresenta técnicas de bioconstrução sustentável, descrevendo o que é bioconstrução, a importância de se utilizar materiais locais e de tratar resíduos como recursos para fechar o ciclo. Também destaca a autonomia que comunidades podem alcançar ao dominar técnicas construtivas tradicionais com baixo impacto ambiental.
Está cartilha é o produto final do curso de Pós Graduação “Educação Ambiental com Ênfases em Espaços Educadores Sustentáveis, oferecido pela Unifesp Diadema.
O projeto educacional "Guerreiros do Verde" visa promover a educação ambiental na cidade de Bragança, Pará, através de atividades como reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, conservação de florestas, consumo consciente e eficiência energética, beneficiando direta e indiretamente 113.863 habitantes locais ao longo de 24 meses. A equipe multidisciplinar, liderada por uma engenheira ambiental, conta com o apoio de parceiros como Petrobras, Caixa Econômica Federal e
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
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Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
1. Experiências de
Desenvolvimento Sustentável
no Bioma Caatinga
Fundo Nacional do Meio Ambiente FNMA
Associação de Apoio às Comunidades do Campo do Rio Grande do Norte - AACC/RN
Projeto de Apoio às Iniciativas Locais de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
2.
3. Experiências de
Desenvolvimento Sustentável
no Bioma Caatinga
Fundo Nacional do Meio Ambiente FNMA
Associação de Apoio às Comunidades do Campo do Rio Grande do Norte - AACC/RN
Projeto de Apoio às Iniciativas Locais de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
Natal, março de 2006
4. Direitos autorais - 2006 - Associação de Apoio às Comunidades do Campo do Rio Grande do Norte - AACC/RN
Permitida a reprodução desde que citada a fonte.
FICHA TÉCNICA:
Texto base:
Geraldo Barboza
Hildemar Peixoto
Organização:
Antonia Geane Costa Bezerra
Projeto Gráfico e Editoração:
Ciranda Comunicação
Jornalista responsável: Cida Ramos RN00793JP
Ilustrações: Tiago Vicente
Associação de Apoio às Comunidades do Campo do Rio Grande do Norte - AACC/RN
ESCRITÓRIOS
Natal
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5. Experiências de
Desenvolvimento Sustentável
no Bioma Caatinga
Fundo Nacional do Meio Ambiente FNMA
Associação de Apoio às Comunidades do Campo do Rio Grande do Norte - AACC/RN
Projeto de Apoio às Iniciativas Locais de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
Natal, março de 2006
6.
7. SUMÁRIO
1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2 Relação dos projetos desenvolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3 Apresentação detalhada de cada projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1 Projeto 1 - Uso sustentável da Caatinga em Caroalina. . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2 Projeto 2 - Adoção do Sistema Agrossilvipastoril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.3 Projeto 3 - Papéis Alternativos da Carnaúba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.4 Projeto 4 - Rio, Educação e Floresta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.5 Projeto 5 - Manejo Sustentável da Caatinga e Preservação Ambiental . . . . 31
3.6 Projeto 6 - Plantas Nativas para Geração de Renda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.7 Projeto 7 - Meliponicultura e Manejo da Caatinga. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.8 Projeto 8 - Educação, Meio ambiente e geração de renda. . . . . . . . . . . . . . 45
3.9 Projeto 9 - Rede de Cooperação dos Extrativistas de Carnaúba de Miraíma. . 48
3.10 Projeto 10 -Uso de tecnologias alternativas para o suprimento de água e
energia na produção de base familiar no semi-árido pernambucano . . . . . . . . 51
4 Considerações finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Contatos das entidades gestoras dos projetos apresentados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.
9. sta cartilha trata de apresentar as experiências propostas e
Eimplementadas no âmbito do Projeto de Apoio às Iniciativas
Locais Sustentáveis do Bioma Caatinga, chamando a atenção para sua
descrição, antecedentes e resultados alcançados.
É fruto de uma parceria celebrada entre o Fundo Nacional do Meio
Ambiente - FNMA e a Associação de Apoio às Comunidades do Campo -
AACC, que teve como objeto “Fomentar experiências-piloto de auto-
gestão e co-gestão dos recursos naturais do bioma caatinga, capazes de
elucidar alternativas recriáveis para a convivência com o semi-árido
APRESENTAÇÃO
1
10. nordestino e para a geração de capacidades locais que possam gestar a preservação, a
melhoria e a ampliação da vida a partir das potencialidades de seu próprio lugar”.
Sua estrutura conta com a apresentação do conjunto dos projetos
desenvolvidos e na seqüência, entra-se no cerne do relatório, quando se expõe, de
forma detalhada, cada projeto – desde a sua descrição, passando pelo seu
desenvolvimento, até os resultados alcançados. É importante, esclarecer que o
conteúdo da descrição das experiências foi extraído do relatório de uma consultoria
externa de avaliação, realizada em todos os projetos.
Com isso pretende-se fornecer um instrumento para que as organizações que
atuam no bioma Caatinga possam conhecer experiências que apresentam relevantes
estratégias de convivência com o semi-árido, estratégias viáveis de serem adaptadas,
reproduzidas ou recriadas, com potencial para promover a agregação de valor aos
produtos naturais, a elevação do nível de aproveitamento dos recursos naturais, a
conscientização ambiental, a mobilização social e a mitigação de práticas impactantes,
contribuindo acima de tudo para uma sociedade sustentável.
10 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
APRESENTAÇÃO
11. Relação dos projetos
desenvolvidos
2
oram dez os projetos selecionados e contratados pelo Projeto de
FApoio às Iniciativas Locais Sustentáveis – AACC/FNMA,
conforme quadro 1 abaixo – Relação dos projetos contratados, com
descrição do título do projeto, localização e entidade executora.
A Coordenação da AACC decidiu sistematizar e publicar uma síntese
de todas as experiências, sem medida de julgamento do alcance dos
resultados tanto em termos de quantidade como de qualidade.
A análise das informações levantadas nos relatórios parciais das
instituições e da leitura do relatório de avaliação levou a concluir que todas
12. RELAÇÃO
DOS
PROJETOS
DESENVOLVIDOS
em maior ou menor grau alcançaram resultados valiosos e merecedores de
publicidade, considerando os critérios descritos no Roteiro para Elaboração de
Projetos, como os que seguem abaixo:
n
Capacidade de continuidade independente do financiamento do projeto
pelo FNMA;
n
Capacidade de agregação de parceiros potencializando e dando suporte ao
projeto;
n
Projetos que tinham fortes antecedentes ligados ao projeto apresentado,
advindos da maturidade organizacional da instituição executora e da
identidade desta com os grupos sociais de atuação do projeto implementado;
n
Apresentaram produtos e resultados sociais, econômicos e ambientais
decorrentes da execução do projeto em sua área de influência e adjacências,
com destaque para a contribuição do projeto para a proteção e conservação do
bioma caatinga.
Quadro 1 Relação dos Projetos Contratados
Projeto Localização Instituição
Executora
Uso Sustentável da Caatinga em Caroalina Sertânia, PE APNE
Adoção do sistema agrossilvipastoril. Quixeramobim, CE Fundação Chapéu
de Couro
Papéis alternativos da carnaúba. Pendências, RN Fundação Félix
Rodrigues
Rio, educação e floresta Sobral, CE Instituto de Ecologia
Social Carnaúba
Manejo sustentável da caatinga e Campo Grande, RN Cooperativa Sertão
preservação ambiental. Verde
Plantas Nativas para Geração de Renda Mirandiba, PE CECOR/CONVIVER
Meliponicultura e Manejo da Caatinga Soledade e Puxinanã, PB PATAC
Educação, Meio Ambiente e Geração Lagoa Salgada, Lagoa GRUPO COLMÉIAS
de Renda de Velhos, Ielmo Marinho
e João Câmara, RN
Rede de cooperação dos extrativistas Miraíma, CE Instituto Sertão
de carnaúba
Irrigação à Energia Solar para Afogados e São José Naper Solar
Agricultura Familiar do Egito – PE
12 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
14. 3.1 PROJETO 1 - USO SUSTENTÁVEL DA CAATINGA EM CAROALINA
3.1.1 Descrição do Projeto 1, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto:
O projeto teve como título “Uso sustentável da Caatinga em Caroalina” e foi
desenvolvido no município de Sertânia, estado de Pernambuco, através de uma ação
que teve como proponente a APNE - Associação Plantas do Nordeste.
b) Objetivo:
Contribuir para a adoção de técnicas de uso sustentável da Caatinga, promovendo
a geração de renda e buscando melhorar a qualidade de vida das comunidades rurais
no distrito de Caroalina – Sertânia, PE.
1. Introdução e desenvolvimento do manejo florestal e silvopastoril da Caatinga, em
propriedades pilotos;
2. Melhoria da produção de carvão vegetal, através de fornos melhorados e maior
controle do processo produtivo;
3. Desenvolvimento de atividades produtivas a partir de plantas nativas, medicinais
e do caroá.
c) Metas:
1. Implementar o manejo florestal e silvopastoril da Caatinga em seis propriedades
rurais de pequeno porte (de base familiar) até o final do projeto, visando a
produção sustentável de lenha e/ou carvão vegetal e o aumento da capacidade de
suporte animal, respectivamente.
2. Avaliar o desempenho dos fornos tradicionais e melhorados no primeiro semestre
a partir da operacionalização do Projeto, e implementar tecnologia melhorada de
produção de carvão desde o processo de exploração da lenha até a
comercialização em, no mínimo, 9 unidades de produção nos últimos dois
semestres do desenvolvimento do Projeto.
3. Implementar, de forma permanente, uma horta-viveiro comunitária para a produção
de plantas medicinais, frutíferas e forrageiras nativas na comunidade de Caroalina.
4. Implementar uma unidade piloto comunitária de beneficiamento e produção
artesanal de caroá, funcional até o final do Projeto.
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
14 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
15. d) Resultados esperados:
- Resultados operacionais:
· 6 planos de manejo florestal e/ou silvopastoril simplificados em execução;
· 9 fornos de carvoejamento melhorados implantados e operacionais;
· 1 horta-viveiro permanente implantada e operacional;
· 1 unidade piloto de beneficiamento de caroá implementada e operacional;
· Envolvimento concreto da escola nas ações da comunidade;
· Comunidade com significativo ganho de capacidade organizacional.
e) Orçamento:
AACC-RN: R$ 34.852,50
Contrapartida: R$ 26.846,00
Custo total do Projeto: R$ 61.698,50
f) N° de beneficiários: 20 famílias
3.1.2 Análise do Projeto 1
a) Contextualização:
A Associação Plantas do Nordeste – APNE, proponente do projeto, já tinha uma
relação de trabalho com as comunidades de Caroalina. Isso porque desde 2001 vem
trabalhando nestas comunidades através do “Projeto Madeiras” de “manejo
sustentado da vegetação lenhosa da caatinga, com ênfase à produção de lenha para
uso doméstico das comunidades do nordeste do Brasil”, que “consiste em um projeto
de pesquisa básica e aplicada sobre as melhores técnicas de produção de lenha (e,
portanto, carvão) para as principais espécies da Caatinga”.
A APNE tem base em Recife, é bastante articulada e tem rico histórico de parcerias e
ações junto aos organismos públicos, como a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio
Ambiente de Pernambuco – SECTMA, o Instituto de Pesquisa Agropecuária de
Pernambuco – IPA, o próprio FNMA e o Ministério do Meio Ambiente. Todo esse
capital social e técnico acumulado foi trazido pela APNE para dentro do Projeto “Uso
Sustentável da Caatinga em Carolina”.
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 15
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
16. b) Desenvolvimento das ações:
As atividades e metas foram sendo adaptadas de acordo com as condições da
comunidade e o desenvolvimento do projeto ficou integrado aos passos e resultados
do Projeto Madeiras.
Toda a proposta do projeto se deu no sentido de estudar e testar alternativas de
convivência e de produção na caatinga que questionam a cultura econômica e social
vigente. Sensibilizar as comunidades e fazê-las enxergar que a forma como suas
famílias ganham a vida precisa mudar não é fácil. Mobilizá-las para fazer experiências
com outros modelos mais sustentáveis depende da comprovação de resultados
objetivos e rápidos.
Os resultados específicos do projeto demoraram. Foi aí que a APNE, usando suas
redes de articulações institucionais, conseguiu alocar recursos de outros parceiros para
incrementar a capacidade de respostas do projeto. Trouxe parceiros como o SEBRAE e
a PETROBRAS - FOME ZERO para colaborarem em ações estratégicas e
complementares.
A partir daí os resultados começaram a aparecer em toda a comunidade de
Caroalina, não só para as famílias diretamente envolvidas. Em termos de atividades
associativas o destaque foi para o desenvolvimento do grupo de mulheres e suas
produções de viveiro de mudas de plantas medicinais, de farmácia popular de
medicamentos caseiros e de papel do caroá. Já com relação às capacitações foram
realizados cursos sobre construção e utilização de fornos, coleta de materiais na mata,
produção de medicamentos caseiros (pomadas, xaropes e outros produtos),
elaboração de papel de caroá, além de intercâmbios para conhecimento dos grupos
de outras experiências, como aproveitamento do caroá, por exemplo.
As 4 metas foram implementadas com determinadas mudanças advindas da
interação com as condições locais. O viveiro previsto inicialmente para plantas nativas
de reflorestamento e fruteiras, foi convertido para viveiro de plantas medicinais. E a
unidade piloto para beneficiamento do caroá acabou abrigando também uma
unidade de produção de medicamentos caseiros (farmácia viva).
As metas 1 e 2 envolveram, principalmente, os homens, porque a prioridade dos
fornos era das pessoas envolvidas também com o manejo. O público envolveu doze
famílias. Nove delas participaram da construção dos fornos e de seis a oito se
envolveram com o manejo sustentável.
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
16 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
17. O grupo de mulheres, que teve início com a participação que variava de 10 a 12
mulheres, foi reduzido a um grupo um pouco menor com 8 mulheres participando.
Esse público esteve contemplado pelas metas 3 e 4 com as atividades de formação
do viveiro comunitário para a produção de plantas nativas e medicinais
(fitoterápicos), xaropes, pomadas, artesanato a partir do caroá, papel de caroá e
material de fibra. A experiência desenvolvida pelas mulheres está consolidada com a
manutenção do viveiro e a produção do artesanato.
Inicialmente o projeto não resultou em um aumento efetivo de renda para seus
participantes. Isso gerou insatisfações e baixas nos grupos participantes.
“Quem faz mais dinheiro num mês faz R$ 60,00”
“Várias mulheres deixaram o grupo. Agora tem outras querendo entrar”
“Os maridos e filhos no começo não entendiam e nem davam valor. A
comunidade mesmo via a gente atravessado. Agora tão aceitando mais...”
“O trabalho aqui é muito divertido e prazeroso. Bem diferente do
trabalho com a lenha e o carvão”
A APNE buscou alternativas de resultados mais apropriados às expectativas da
comunidade através de outros projetos complementares. A instituição conseguiu
alavancar benefícios comunitários da ordem de R$ 500,000 junto ao SEBRAE, à
PETROBRAS - FOME ZERO e a uma entidade de cooperação da Bélgica. Também
construiu parcerias com a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente
para as atividades de formação em fornos; o IPA – Instituto Agronômico de
Pernambuco nas capacitações para coleta de materiais, produções de xaropes e
pomadas; a UFPE – Universidade Federal de Pernambuco no apoio à produção de
papéis de caroá; a Prefeitura local e produtores que não estavam inseridos no projeto,
mas doaram áreas para construção do viveiro, por exemplo.
Assim, o projeto, indiretamente, contribuiu com a urbanização da vila de casas do
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 17
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
18. distrito de Caroalina. Foram construídas praças, todas as casas foram pintadas, a Igreja
e a escola foram reformadas, o viveiro do projeto foi integrado a uma área de lazer e
aulas práticas ao lado da escola etc. O impacto social do projeto acabou sendo muito
maior que o impacto econômico-produtivo pretendido. Essa foi a forma de
sensibililzar e atrair a atenção e o envolvimento da comunidade.
c) Resultados alcançados:
A proposta do Projeto “Uso Sustentável da Caatinga em Caroalina” se apresentou
muito bem montada tecnicamente e mostrou grande capacidade de articulações e
relações externas. Conseguiu com isso aportar um significativo volume de recursos e
promoveu grandes melhorias para o dia-a-dia dos comunitários de Caroalina. Como
bem disse um comunitário: “a comunidade agora é outra, tem outra cara...”.
Foram bem projetados e executados os objetivos e metas de estudos das madeiras e
forrageiras da caatinga. O projeto deu respostas significativas do ponto de vista social
e ambiental. Por outro lado, faltaram as respostas econômicas para fechar o tripé da
sustentabilidade. A capacidade de empoderamento foi forte. Hoje os homens
percebem e respeitam as ações das mulheres porque vêem que conseguem trabalhar e
ter a geração de renda.
A qualidade do papel produzido hoje em dia é muito melhor do que o produzido na
etapa inicial, pois a experiência foi melhorando a qualidade do material do caroá, que
passou a ser usado na produção de outros produtos como bijuterias e produtos em fibra.
A participação e o envolvimento da escola local nas ações da comunidade foram
outros resultados alcançados. Os/as alunos/as participaram de ações mantidas pelas
mulheres no viveiro. Era comum participarem de formações e atividades
desenvolvidas pelo grupo das mulheres.
“Acreditávamos em toda a iniciativa e até hoje a gente continua agindo no local.
Hoje é uma referência o nosso trabalho com o projeto. O grupo de mulheres é um
outro exemplo do desempenho atingido.” (técnico da APNE)
“O Projeto deu vida nova para toda comunidade”
“É gratificante. A gente se sente importante, respeitada pelas pessoas que vem aqui
visitar e comprar os medicamentos e artesanatos”
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
18 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
19. 3.2 PROJETO 2: ADOÇÃO DO SISTEMA AGROSSILVIPASTORIL
3.2.1 Descrição do Projeto 2, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto:
O projeto teve como título “Adoção do Sistema Agrossilvipastoril” e foi
desenvolvido no município de Quixeramobim, estado do Ceará, com o apoio da
Fundação Chapéu de Couro.
b) Objetivo:
Implantação do sistema agrossilvipastoril, como uma opção para o semi-árido
nordestino, em especial, quixeramobinense, como forma de desenvolvimento
sustentável para o município.
Pretende-se propor um modelo baseado no manejo agrossilvipastoril
desenvolvido pela EMBRAPA Caprinos, Sobral, Ceará, que em 1997 implantou um
experimento sobre o sistema de produção, cujos objetivos são:
· Fixação da agricultura;
· Adequação do manejo pastoril;
· Racionalização da extração madeireira;
· Forte integração destas três atividades.
c) Metas:
1. Manejar uma área de 12ha de caatinga, dentro da escola agrícola, dividida em três
parcelas: agrícola, pastoril e silvipastoril, com início previsto para julho de 2002.
2. Capacitação de 150 produtores e técnicos, em 5 cursos de 40 horas, totalizando
200 horas, distribuídas entre junho e dezembro de 2003.
3. Consultorias a produtores rurais para implantação do sistema de produção em 75
propriedades, realizadas em quatro horas/beneficiário, totalizando 300 horas,
com realização prevista para julho a dezembro de 2003.
d) Resultados esperados:
1. Eliminar o uso do fogo no preparo do solo destes produtores rurais;
2. Reduzir o desmatamento de suas propriedades, sem haver perdas de produção e
produtividade das culturas;
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 19
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
20. 3. Melhorar a fertilidade dos solos, mediante a incorporação de maiores teores de
matéria orgânica;
4. Proporcionar um uso do suporte forrageiro compatível com a sua real capacidade;
5. Aumentar o ganho de peso dos bovinos, ovinos e/ou caprinos;
6. Evitar o uso de agrotóxicos;
7. Propiciar um melhor aproveitamento das espécies vegetais nativas, seja como
pasto apícola, seja como madeira de uso doméstico, ou com fins medicinais;
8. Contribuir para uma consciência ecológica dos produtores rurais.
e) Beneficiários: 75 famílias
f) Orçamento:
AACC/RN: R$ 23.387,00
Contrapartida: R$ 11.400,00
Custo total do projeto: R$ 34.787,00
3.2.2 Análise do Projeto 2
a) Contextualização:
A Fundação Chapéu de Couro é uma instituição que tem uma missão diretamente
relacionada com o conceito de bem-estar social no semi-árido. Tem também uma
visão interdisciplinar e objetiva com relação a atuação desta instituição na construção
de parcerias com outros segmentos da sociedade local. Por fim, a inclusão de uma
perspectiva acadêmica na elaboração do projeto, primando na sua metodologia por
atitudes de experimentação e análise das ações executadas.
A idéia do projeto era propor um modelo baseado no manejo agrossilvipastoril
desenvolvido pela EMBRAPA Caprinos, Sobral, Ceará, que em 1997 implantou um
experimento sobre o sistema de produção. Assim, a proposta inclui não só a pesquisa
na estação experimental, como também sua validação em unidades de produção
familiar (pequenas propriedades rurais, onde a mão-de-obra predominante é da
própria família). O cerne do sistema é a divisão da área em três parcelas de iguais
dimensões, uma das quais é destinada à exploração agrícola, outra à atividade pastoril
e uma terceira à produção madeireira.
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
20 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
21. b) Desenvolvimento das ações:
O projeto de adoção do sistema agrossilvipastoril em Quixeramobim, ao longo de
sua execução, realizou várias ações que foram bases para o êxito deste.
Em relação ao assentamento, foram trabalhados 10 hectares e deixados 2,5 hectares
para reserva. Os cursos, oficinas e consultorias prestados aos assentados resultaram
numa mudança de atitude em relação ao meio ambiente e houve uma replicabilidade
do programa de manejo agrossilvipastoril implantado na área da escola.
A escola foi plenamente envolvida no projeto através da atuação de seus alunos e
de mudanças na grade curricular e na própria estrutura da escola, que se adaptou ao
projeto. A escola passou a ser um campo de experiências-piloto em relação ao manejo
agrossilvipastoril, agregando profissionais da EMBRAPA; o que deu vida nova a
escola, que adotou a discussão sobre agroecologia em seu cotidiano. 186 alunos foram
integrados no projeto e a escola que funciona com ensino agrícola em nível
fundamental implementou uma horta orgânica.
A sociedade civil e os poderes públicos também foram envolvidos nas ações do
projeto. Uma parceria deste com a prefeitura e o Sebrae garantiu a execução de
diversas ações que resultaram numa maior visibilidade das ações.
Com relação aos assentamentos, basta dizer que foram ministrados cursos e
consultorias para os mesmos. Especificamente, no assentamento Nova Ladeira houve
uma replicação do manejo agrossilvipastoril. Muito importante foi a visita de campo
que os agricultores realizaram em Sobral em uma área de manejo da caatinga.
O último aspecto diz respeito a visibilidade e alcance deste projeto no município. A
partir das ações deste projeto foi instituído o Dia do Campo em Quixeramobim com a
participação da Prefeitura Municipal e do Sebrae. Este último ampliou, a partir do
projeto, sua discussão sobre agricultura orgânica para a região.
O projeto teve um alcance além da área geográfica do município de
Quixeramobim e foi apresentado em outros municípios constituindo um exemplo de
êxito na convivência com o semi-árido.
c) Resultados alcançados:
O projeto Adoção do Sistema Agrossilvipastoril executado pelo Instituto Chapéu
de Couro é de uma importância peculiar. A inter-relação estabelecida entre a
produção do conhecimento através da escola agrícola e a implementação de uma
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 21
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
22. alternativa de convivência com o semi-árido é o grande ganho de causa.
No Projeto de Assentamento as observações dos agricultores são claras. Eles dizem
que a aplicação do manejo melhorou o “sequeiro” e facilitou a criação do gado. A
manutenção de árvores e a não queimada do solo mostraram vantagens absorvidas.
“O curso de manejo aqui no assentamento foi muito importante para nós. Hoje
nós vemos que é possível criar gado no sequeiro; desde que este seja
melhorado. E isso, nós aprendemos a fazer. Antes a gente mudava a
natureza para pior. Hoje é o contrário. A natureza está melhorada depois
que a gente entendeu que é preciso e possível melhorar o sequeiro para o
gado. A gente viu que o gado, como a gente, gosta de sombra. Agora
sempre tem verde na área do gado.” (Agricultor)
Por fim, basta o reconhecimento da ação desenvolvida pelo Instituto Chapéu de
Couro com uma parceria de maior significação a escola agrícola. O projeto de
manejo sustentável da caatinga desenvolvido pelo Instituto tem todas as
recomendações necessárias para a sua implementação com maiores recursos em
outros municípios.
“Este projeto foi muito feliz. Desde à sua concepção até a execução final.
Conseguimos resultados além do que esperávamos. Toda a escola foi
participativa em relação a este. A sociedade local também. No
assentamento Nova Ladeira, o projeto foi aplicado e é visto, hoje, o
resultado do que nós acreditamos. Uma agricultura feita para a região do
semi-árido, valorizando as nossas características. Sem esse olhar de
passividade em relação ao nosso meio ambiente. A escola mudou com o
projeto. Aqui temos alunos que moram em assentamentos e na zona rural.
Isso foi um fator importante. Estes discutiam com os pais as inovações que
estávamos propondo. Na prática, a visão de agroecologia saiu do papel e
foi para a vida dos agricultores.” (técnico do Instituto)
APRESENTAÇÃO
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CADA
PROJETO
22 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
23. 3.3 PROJETO 3 - PAPÉIS ALTERNATIVOS DA CARNAÚBA
3.3.1 Descrição do Projeto 3, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto:
O projeto teve como título “Papéis Alternativos da Carnaúba” e foi desenvolvido
no município de Pendências, microrregião do Vale do Açu, Estado do Rio Grande do
Norte, através da entidade proponente Fundação Félix Rodrigues.
b) Objetivo:
Buscar novas alternativas de utilização da carnaúba, criando oportunidades de
ocupação e geração de renda com a produção do papel artesanal a partir de sua fibra e
contribuindo para a sua preservação enquanto planta característica da micro-região
do Vale do Açu.
c) Metas:
1. Realização de 4 oficinas sobre a produção do papel de carnaúba e suas aplicações,
com 60 horas/aula cada, atendendo um total de 60 alunos;
2. Formação do Núcleo de Produção do Papel da Carnaúba com a participação de 12
artesãos, selecionados entre os que mais se destacaram nas oficinas, para a
consolidação do trabalho de transferência da tecnologia de produção do papel e
do seu aperfeiçoamento e aplicações durante 12 meses.
d) Resultados esperados:
1. Sessenta pessoas capacitadas em produção de papel de carnaúba e suas aplicações
2. Formação de 12 artesãos multiplicadores da tecnologia de produção de papel e do
seu aperfeiçoamento
3. Consolidação do trabalho de transferência da tecnologia de produção de papel
4. Criação de oportunidade de ocupação e geração de renda a partir de novas
alternativas de utilização da carnaúba.
e) Beneficiários: 60 pessoas
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 23
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PROJETO
24. f) Orçamento:
AACC: R$ 35.000,00
Contrapartida: R$ 10.200,00
Total: R$ 45.200,00
3.3.2 Análise do Projeto 3
a) Contextualização:
Os fundamentos do Projeto estão vinculados ao Projeto TECENDO O FUTURO,
desenvolvido pela Fundação Félix Rodrigues desde o ano 2000 em convênio com a
Secretaria do Trabalho, da Justiça e da Cidadania e SINE-RN, integrando-se desde
aquele ano ao Programa Estadual de Qualificação do trabalhador no Rio Grande do
Norte.
O papel da carnaúba pode ser uma alternativa econômica para pequenos
produtores da região do Vale do Açu. Visto dessa forma, a iniciativa vinha sendo
objeto de discussão e investigação por setores da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (UFRN) preocupados com o desmatamento indiscriminado do carnaubal
naquela região, destacando-se dentre estes o Núcleo Temático da Seca, coordenado
pela Profa. Terezinha de Queiroz Aranha, agregando professores de várias disciplinas.
Com a parceria estabelecida entre o SINE-RN e a Fundação Félix Rodrigues, é
viabilizada a transferência de tecnologia da produção do papel a partir de sua
sistematização, desenvolvida no Laboratório de Tecnologia de Tenso ativos do
Departamento de Química e repassada a artesãos da cidade de Pendências através de
cursos de qualificação profissional ministrados nos anos 2000 e 2001. Para o ano
2002, a Fundação Félix Rodrigues apresentou a proposta de novos cursos nessa área,
tendo sido aprovada pelas instâncias competentes, responsáveis pelo PEQ-RN 2002.
b) Desenvolvimento das ações:
A Fundação Félix Rodrigues, durante o período de 12 meses, investiu com um
retorno considerável em pesquisas sobre tecnologias relacionadas à fabricação de
papel a partir da carnaúba e outras plantas. Houve oficinas de capacitação técnica
com artesãos vindo de outros estados. O grupo surpreendeu pela sua capacidade de
agregar valores aos materiais descobertos. Foram fabricados papéis com folha da
carnaúba, da bananeira, da coroa do abacaxi, da folha do croatá, e está em
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PROJETO
24 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
25. experimentação um papel criado a partir das folhas e da casca do maracujá. Foram
agregadas novas tecnologias a partir do papel fabricado.
Com relação à criação de ocupação e geração de renda, o grupo não teve o êxito
esperado. Inicialmente, as pessoas estavam integradas e individualmente satisfeitas
pela bolsa-salário. Havia a segurança financeira e a assistência técnica ao grupo
oferecida pela Fundação Félix Rodrigues, o que possibilitou participações em feiras e
eventos, assim como produções de artigos para artistas e órgãos públicos e privados.
Contudo, com o término da bolsa, o grupo ainda não havia adquirido maturidade
como grupo de cooperados. Ao que tudo indica, as capacitações na área de gestão
social e financeira do grupo, foram insuficientes.
“Eu já fazia artesanato de tecido. Fazia fuxico, bordado e resolvi aprender a fazer
papel reciclado. Foi muito bom para mim que vivo em casa e às vezes não tenho
muito que fazer. Não foi muito bom porque, quando acabou a bolsa acabou,
também, o dinheiro. Eu acho que o problema é que falta apoio da prefeitura e
aqui em Açu não tem como a gente vender o que produz”. (artesã)
O grupo criou diversos produtos a partir do papel como pastas-fichários,
encadernação de livros, bolsas e abajur. Neste aspecto, a Fundação Félix Rodrigues
teve um êxito além do esperado. O grupo soube explorar seu potencial criativo na
descoberta de novos materiais a partir das experiências com a carnaúba.
As atividades previstas foram realizadas e as metas traçadas foram alcançadas. As
oficinas para a produção de papel de fibras diversificadas foram cumpridas,
provocando uma nova visão para as pessoas; também foram realizados cursos sobre
gestão, associativismo, produção e mercado.
No entanto, o grupo continuou com dificuldade para saber o preço de custo dos
produtos elaborados e não consegue realizar cálculos de custo para venda local e
externa.
O Grupo de Artesãos constituídos por jovens e mulheres apresenta limitações
estruturais e operacionais. O grupo depende da utilização do espaço físico da
Fundação para realização de suas atividades e ao mesmo tempo passa por uma
dificuldade de manter um grupo de atividades permanentes. Vários fatores
contribuem para isso como, por exemplo, a abertura de novas oportunidades de
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 25
APRESENTAÇÃO
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26. trabalho proporcionado pela expansão da atividade de carcinocultura no município.
“Não existe mercado local para vender os nossos produtos. Estou tentando
me manter no grupo, mas é difícil, porque não temos condições de sair para
vender nossos produtos fora. Que é onde a gente pode vender e as pessoas
sabem dar mais valor ao que nós fazemos. Aqui hoje, quem quer ganhar
dinheiro vai para trabalhar com o camarão.”(artesão)
c) Resultados alcançados:
O projeto foi da maior importância por descobrir e treinar talentos locais para uma
atividade ecologicamente correta. Com relação ao conhecimento técnico da
produção de papel a partir da carnaúba, o grupo adquiriu uma capacidade criativa
além do esperado. Também houve uma superação de expectativas com relação à
diversificação de objetos a partir do papel, como blocos de anotações, luminárias,
embalagens e cestos.
A participação do grupo em diversas oficinas e exposições possibilitou a criação de
um banco de informações que foram processadas e articuladas com o potencial
humano e ambiental local. Os artesãos criaram outras variedades de papel com outros
materiais como a folha de bananeira, a coroa do abacaxi e a folha do Croatá. Além
disso, souberam agregar valores de produção com a criação de produtos de
decoração a partir do papel reciclado como lustres, quadros e capa para fichário.
“Nós conseguimos muitas coisas com este projeto, para fortalecer o grupo:
temos hoje peças artesanais em hotéis de Ponta Negra e Pipa. Nós fomos
convidados para participar de uma Feira da Banana em Assu. Lá vamos
mostrar o papel que fizemos da folha da banana.”(técnica da Fundação)
APRESENTAÇÃO
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PROJETO
26 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
27. 3.4 PROJETO 4 - RIO, EDUCAÇÃO E FLORESTA
3.4.1 Descrição do Projeto 4, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto
O projeto teve como título “Rio, Educação e Floresta” e foi executado nos
municípios de Sobral, Cariré e Groaíras no estado do Ceará, tendo como proponente
o Instituto de Ecologia Social Carnaúba.
b) Objetivos:
1. Recuperar a mata ciliar de riachos e do rio Acaraú dentro de 25 propriedades,
através do reflorestamento das áreas selecionadas às margens do Rio Acaraú;
2. Introduzir práticas de produção, considerando a realidade sociocultural da
unidade familiar e as condições naturais do meio ambiente sem o uso de insumos
agrícolas que criem artificialidade na produção;
3. Realizar manejo agroflorestal nas áreas, contemplando plantio de fruteiras e de
essências florestais nativas e adaptadas, tendo como fio condutor a recuperação do
solo, aumentando a biodiversidade (fauna e flora) dos remanescentes da caatinga,
segurança alimentar para a unidade familiar camponesa, práticas para a diminuição da
mortalidade das árvores nativas e controle de erosão/assoreamento;
4. Trabalhar a cadeia produtiva dos produtos da agrofloresta, no caso, as fruteiras e essên-
cias florestais nativas, estimulando o surgimento das agroindústrias familiares, agregando
valores a produção, e construindo assim alternativas de renda para as famílias;
5. Capacitar os produtores e seus filhos em agroecologia, dando-lhes a possibilidades
da construção de uma consciência crítica da realidade para que possam reagir a
modelos de sociedades degradadoras da natureza;
6. Inserir os agricultores(as) familiares no mercado justo e solidário. Pretende-se
trabalhar as agroindústrias familiares formando a consciência de agregação de
valores nos produtos produzidos pela Unidade Produtiva Familiar, gerando um
maior poder aquisitivo dos agricultores(as), fazendo com que eles se tornem auto-
suficientes participando de todos os elos da cadeia produtiva, na produção dos
insumos utilizados em suas propriedades até na participação da feira livre dos
agricultores familiares se relacionando diretamente com o consumidor final;
7. Construir junto aos produtores e suas organizações momentos de discussões sobre
a marca do produto da agricultura familiar – marca do mercado justo e solidário -,
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 27
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
28. bem como o uso do selo de produtos ecológicos, já que a sociedade está
avançando nesta perspectiva do consumo de produtos limpos ecológicos e
socialmente justos, sem o uso de agroquímicos e sem a exploração social.
c) Metas:
1. Produzir/distribuir 25.000 mudas de fruteiras e essências nativas e adaptadas ao
ecossistema;
2. Realização de assessoria e acompanhamento técnico em manejo agroecológico e
beneficiamento de produtos agroflorestais a 25 propriedades familiares à serem
trabalhadas pelo Projeto;
3. Realizar 5 cursos sobre agroecologia e beneficiamento de produtos agroflorestais
com 20 participantes (produtor/filhos) cada, perfazendo um total de 100 pessoas
capacitadas, com uma carga horária de 16 h/a;
4. Realização de um seminário, para discutir sobre o desenvolvimento e
planejamento das ações do projeto com a participação de 50 produtores(as) das
áreas selecionadas à serem contempladas no projeto.
d) Resultados Esperados:
1. Sensibilizar e capacitar as famílias de agricultores para uma consciência crítica em
relação a modelos de sociedade degradadoras da natureza;
2. Reflorestamento com plantio de fruteiras e essências florestais nativas e adaptadas;
3. Geração de renda a partir do manejo agroecológico, beneficiamento de produtos
agroflorestais e inserção dos produtos no mercado justo e solidário.
e) Beneficiários: 25 famílias
f) Orçamento:
AACC: R$ 18.848,76
Contrapartida: R$ 7.590,00
Total: 26.438,76
3.4.2 Análise do Projeto 4
a) Contextualização:
O Instituto Carnaúba tem uma trajetória política de ações relacionadas à preservação
ambiental no vale do Acaraú. O projeto em questão surgiu como mais uma oportunidade
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
28 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
29. de se levar aos agricultores locais uma visão de convivência com o semi-árido.
Após 15 anos de prática em projetos com agricultores locais, o Instituto Carnaúba
observa que existe uma colaboração passiva dos agricultores em relação às
capacitações realizadas, ou seja, aceitam, mas não processam na prática essas
informações. O projeto veio no sentido de poder proporcionar uma aplicação de
práticas direcionadas à agroecologia, além do fato deste, pela sua importância, servir
para elencar parceiros de peso maior.
b) Desenvolvimento das ações:
O projeto se realizou continuamente através de parcerias locais. Foram realizadas
várias capacitações em espaços diversos, como comunidades rurais, assentamentos e
instituições locais. A parte concernente à aplicabilidade foi executada com êxito,
como a preparação e o plantio de mudas. Entretanto, a inundação do rio Acaraú
comprometeu uma parte do projeto. Isto não tirou, porém, o seu mérito.
O projeto tem seu grande mérito justamente na parte de capacitação. Foi realizado um
curso para formação de multiplicadores em agroecologia, através da execução de 6
módulos no período de dezembro de 2003 até março de 2004. Os temas trabalhados
foram os seguintes: história da agricultura e estudo dos ecossistemas; estudo e prática de
manejo do solo; manejo de pragas e doenças – trofobiose; o papel do multiplicador em
agroecologia; e gestão e mercado.
De uma maneira geral o curso de formação de multiplicadores em agroecologia veio
preencher, com êxito, uma lacuna deixada pela inundação da área de experimentação.
O projeto agregou também parcerias com a Fundação Konrad Adenauer, da
Alemanha, com o SEBRAE e com a Secretaria Municipal de Agricultura de Sobral.
A resistência cultural dos agricultores que praticam, ainda com muita freqüência, a
queimada, fez com que somente um proprietário local (Sabino Cassiano Feijão, ex-
funcionário do Banco do Nordeste do Brasil-BNB) fosse quase um agente único do
projeto. Suas terras são modelos de ambientes recuperados. Nesta propriedade, o rio
local foi recuperado com a implantação de mata ciliar e com a limpeza do leito do rio
Groaíras, afluente do rio Acaraú. Lá também existem consórcios agrossilvopastoris,
não são feitas queimadas, pratica-se uma agricultura orgânica e implantado um banco
de leucenas. Os objetivos e as metas foram alcançados com êxito nessa área que agora
serve de exemplo para outros produtores locais.
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 29
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PROJETO
30. c) Resultados alcançados:
O projeto Rio, Educação e Floresta desenvolvido pelo Instituto Carnaúba teve um
alcance além do esperado em se tratando de visibilidade e interferência nas políticas
públicas e na sociedade civil organizada. O Instituto conseguiu agregar valores
positivos às suas experiências com este projeto. A cidade foi envolvida em diversos
setores. Aumentou a gestão da informação sobre a questão ambiental local, tendo
como viés as questões referentes ao rio Acaraú.
O projeto teve seu êxito garantido pelo envolvimento de grande parte da
sociedade local em um assunto comum: a gestão da água no vale do Acaraú. Um dos
grandes momentos do projeto foi o engajamento da Universidade Vale do Acaraú
com a criação do Laboratório de Idéias, de um núcleo de estudos para salvar o rio
Acaraú e de um curso de especialização em desenvolvimento sustentável e meio
ambiente. Outro ponto forte foi o curso de formação de multiplicadores em
agroecologia com uma grade temática muito bem elaborada e aplicada.
Também muito importante, como resultado do projeto, foi a criação do Comitê da
Bacia (do rio Acaraú) e da Rede SAFRA (Sistemas Agro florestais).
“O projeto pode ser visto sob dois aspectos extremos: um é a visibilidade e a
inserção das idéias deste na realidade local. Assim, tivemos parcerias
importantes e o reconhecimento de instituições de peso maior, como a
Fundação Konrad Adenauer, da Alemanha, o FNMA e a Universidade Vale
do Acaraú. Entretanto, tivemos um entrave estrutural: a cheia do rio Acaraú,
em janeiro de 2004, que inundou a cidade e, também, as áreas de
experimentação que estavam nas margens deste. Mas, o importante é que a
idéia ficou e foi expandida para outros municípios.” (técnico)
“O projeto do Instituto Carnaúba, com o apoio do FNMA, teve um grande
saldo positivo aqui na cidade; mas posso dizer que também foi na região
circunvizinha. Ele proporcionou a recuperação do rio Groaíras, afluente do
rio Acaraú, através do plantio de uma mata ciliar para a recuperação das
margens. Este projeto veio coroar a maioria das minhas idéias. Antes, eu era
visto como um visionário; por não concordar com as queimadas e outras
práticas predatórias, que somente desgastam o solo. Hoje, eu tenho um
apoio logístico e instrumental para o que eu faço aqui na minha terra. O
resultado pode ser visto aqui na minha área. Eu faço plantio consorciado e
obtenho ótimos resultados.”(Agricultor)
APRESENTAÇÃO
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PROJETO
30 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
31. 3.5 PROJETO 5 - MANEJO SUSTENTÁVEL DA CAATINGA E PRESERVAÇÃO
AMBIENTAL
3.5.1 Descrição do Projeto 5, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto:
O projeto teve como título “Manejo Sustentável da Caatinga e Preservação
Ambiental”, sendo desenvolvido no Projeto de Assentamento Bom Futuro no
município de Campo Grande, Rio Grande do Norte, através da assessoria da
Cooperativa Sertão Verde.
b) Objetivos:
1. Implantar mudas de leguminosas nativas (sabiá) nas regiões ribeirinhas
(recuperação da mata ciliar) e em outras áreas como geração de renda;
2. Utilizar-se de algumas técnicas de manejo, tais como o raleamento seguido de enrique-
cimento com introdução de espécies nativas forrageiras que servirão de suporte ali-
mentício para os animais que inclusive apresentam hábitos de se alimentarem desses tipos
de forrageiras (Projeto de Caprinocultura já implantado), além de proteger o solo;
3. Fomentar a questão ambiental, estimulando a necessidade de preservação do meio
ambiente e traçar planos de trabalho para a implantação de novas tecnologias de
preservação ambiental adaptadas ao semi-árido do nordeste brasileiro.
c) Metas:
1. Capacitar 35 famílias no processo de conscientização e preservação do meio
ambiente e técnicas de manejo agroflorestal através de dois cursos de capacitação,
dois seminários e 110 visitas técnicas, com o objetivo de no final da execução do
projeto seja consolidado um plano de desenvolvimento sustentável pautado em
questões de preservação do meio ambiente;
2. Recuperar, através de rebaixamento, raleamento e enriquecimento, e fazer a
introdução de 7.480 mudas de sabiá em 4ha de área degradada.
d) Resultados esperados:
1. 35 famílias capacitadas em gestão ambiental
2. Recuperação de 4ha de área degradada
3. 15 jovens capacitados como multiplicadores sobre preservação ambiental
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32. e) Beneficiários: 35 famílias
f) Orçamento:
AACC/RN: R$ 31.269,00
Contrapartida: R$ 3.250,00
Total: R$ 34.519,00
3.5.2 Análise do Projeto 5
a) Contextualização:
A área do Assentamento Bom Futuro, com 1.000ha, encontra-se num crescente
processo de degradação ambiental. As suas características edafoclimáticas, próprias do
sertão semi-árido, vem ao longo dos anos perdendo o seu valor de suporte aos
habitantes do local, o que pode ser observado pelo depauperamento do solo;
crescente processo erosivo, conseqüência da falta de cobertura vegetal e manejo
adequado; assoreamento de regiões ribeirinhas do rio que corta o Assentamento,
onde se percebe a total ausência de mata ciliar; freqüentes queimadas utilizadas pelos
seus moradores, o que vem justificar a necessidade de formação de um processo de
Educação Ambiental aos assentados.
O uso inadequado e sem técnicas das forrageiras nativas tem contribuído bastante
para a falta de alimentação dos animais em épocas de secas, o que tem provocado
prejuízos significativos aos criadores do Assentamento.
Os Associados apresentam um alto potencial para ações coletivas, o que já foi
demonstrado através das ações realizadas pelas 35 famílias assentadas, e que tiveram
um bom desempenho nos Projetos já implantados, destacando o Projeto Padre Pedro,
que construiu 35 cisternas de placas, cujo projeto foi executado em regime de mutirão
por parte dos assentados e o Projeto de Caprinocultura, conquistado através do
Programa de Combate a Pobreza Rural.
A comunidade mantém um discurso e práticas avançadas em relação às questões
ambientais. Como exemplo, cito a convivência harmônica com uma manada, mais de
200 jumentos, que já estava na área quando os agricultores foram assentados. Em
termos gerais, isso mostra a capacidade da comunidade em buscar soluções onde
usualmente existem problemas.
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PROJETO
32 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
33. b) Desenvolvimento das ações:
O projeto teve uma visibilidade na área do assentamento que é claramente o
resultado da participação dos assentados (homens, mulheres e jovens) nas atividades
relacionadas ao projeto; desde a sua concepção e possíveis dificuldades inerentes à sua
implementação até a sua execução.
O projeto fortaleceu as atividades que já eram desenvolvidas com grupos
diferentes dentro do assentamento. Os homens agricultores participam de uma
experiência de trabalho comunitário de forma voluntária (nas terças-feiras todos os
agricultores realizam trabalhos de interesse comum no assentamento). As mulheres se
constituíram enquanto coletivo e se organizam para se tornar um grupo de
horticultoras. Os jovens, ao que tudo indica, foram os que tiveram o maior
aproveitamento do projeto: fazem parte ativa nas decisões coletivas e pretendem
manter um empreendimento relacionado à recuperação e implementação das áreas
coletivas.
Com relação à execução técnica do projeto, podemos concluir que os objetivos e
metas foram alcançados. A comunidade foi orientada por dois técnicos ao longo do
projeto, que teve continuidade porque a instituição optou por continuar trabalhando
com a comunidade, integrando-a ao o programa ATES – Assessoria Técnica Social e
Ambiental do INCRA. Esta facilidade fez com que o projeto, na parte técnica, rendesse
além do esperado. As mudas de sabiá foram plantadas acrescidas de outras espécies, e
a área inicial de 4ha foi ampliada para 8ha por iniciativa da própria comunidade.
“No começo o povo estranhou. Mas hoje, todo mudo compreende. Aprendi a fazer
mudas. E descobri que a natureza depende de nossa colaboração.” (agricultor)
“Este projeto, para mim, foi de grande importância. Sempre tive a idéia de
trabalhar educação ambiental com jovens. Este fator foi preponderante para
combater a resistência às queimadas, por exemplo. Com os jovens houve
uma participação que contagiou a comunidade e todos participaram
ativamente. O projeto de manejo foi direcionado à necessidade de se
fortalecer e garantir a alimentação dos animais. A forma participativa no
planejamento e na execução foi o que garantiu a implantação de um modelo
agrossilvipastoril na comunidade.” (técnico da Cooperativa)
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 33
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PROJETO
34. c) Resultados alcançados:
De uma maneira geral este projeto teve êxito. A área originalmente preparada para
o manejo da caatinga foi ampliada para o dobro do seu tamanho original, como
reconhecimento das vantagens na criação e manutenção de pasto para o gado. Foi
feito um plantio de espécies nativas com sucesso. E, com relação à educação
ambiental, o assentamento, onde ocorrem poucas queimadas, é modelo no que diz
respeito à jovens integrados com novas tecnologias de plantio, à participação das
mulheres nas decisões coletivas, e à uma política de acesso e tratamento da água que a
comunidade dispõe. Um discurso local de adaptação constante ao meio ambiente.
A população do assentamento reconhece a importância do projeto por dados
visíveis em seu cotidiano através da observação da engorda do gado como
conseqüência do projeto. Depois, os assentados foram capacitados na produção de
mudas de árvores nativas adaptadas para o alimento do gado.
“Hoje, as pessoas do nosso assentamento reconhecem a importância desse projeto.
Porque antes a gente via a dificuldade de se conseguir pasto para o gado.
Com o projeto, isso foi resolvido. Na nossa área de manejo, nós temos pasto
durante o ano todo. E na área vizinha, que não foi mexida, a gente vê que só
tem planta seca...Hoje estamos pensando em ampliar para outras áreas do
assentamento. Para se ter uma idéia, o nosso projeto era de 4 hectares e nós
resolvemos ampliar para 8 hectares e deu certo. O projeto foi uma grande
vitória para o nosso assentamento.” (agricultor)
“O gado engordou mesmo com a seca. Isso eu nunca tinha visto. A gente agora
pode ter gado e não ter medo.” (agricultor)
“Nós aprendemos a importância sobre a água na nossa vida. Elaboramos textos sobre
a qualidade da água. E colocamos em prática quando fizemos horta e plantamos
mais nos quintais. As mulheres nos ajudaram nessa tarefa.” (jovem)
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
34 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
35. 3.6 PROJETO 6 - Plantas Nativas para Geração de Renda
3.6.1 Descrição do Projeto 6, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto:
O projeto teve como título “Plantas Nativas para Geração de Renda” e foi
desenvolvido no município de Mirandiba, estado de Pernambuco, tendo o CECOR -
Centro de Educação Comunitária Rural do Pólo Sertão Central, como proponente.
b) Objetivo:
Promover o beneficiamento e a comercialização de produtos da caatinga para
gerar renda em comunidades rurais no município de Mirandiba.
Subprojeto Fabricação de Polpa de Umbu
- Gerar renda para famílias envolvidas com a cata do umbu;
- Facilitar a comercialização através da compra da produção pela prefeitura
municipal;
- Buscar novas oportunidades de comercialização para a polpa;
- Buscar novas receitas baseadas no umbu;
- Melhorar a alimentação dos alunos de escolas municipais;
- Valorizar o trabalho de mulheres;
- Valorizar os umbuzeiros e contribuir assim para sua preservação.
Subprojeto Fabricação de Peças Artesanais a Partir da Fibra do Caroá
- Gerar novas oportunidades de renda;
- Melhorar a convivência com a seca, através da diversificação das atividades
econômicas;
- Identificar oportunidades de negócios;
- Promover a participação de mulheres na exploração do caroá;
- Aumentar a autoestima nas comunidades rurais.
Subprojeto Implantação de Áreas Agroflorestais Integrando o Umbuzeiro, o Caroá e
Outras Espécies
- Racionalizar a produção a longo prazo e tornar as atividades econômicas mais
competitivas;
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 35
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
36. - Potencializar uma demanda crescente dos produtos da caatinga considerados
neste projeto;
- Aumentar a população das espécies nativas;
- Difundir material genético local e introduzido de umbuzeiros com frutas de
qualidade superior;
- Difundir material genético local, introduzido de plantas de caroá com fibras de
qualidade melhor e detectar, eventualmente, variedades de plantas sem
espinhos;
- Diminuir a pressão sobre a caatinga;
- Formar um sistema produtivo sustentável envolvendo aspectos econômicos,
ecológicos e sociais.
c) Metas:
Subprojeto: Polpa do Umbu
- Capacitação de 20 famílias em todo o processo envolvendo a safra, o
beneficiamento e a comercialização do produto;
- Produzir 6.000kg de polpa durante o período da safra do umbuzeiro;
- Gerar uma renda bruta de R$ 10.800,00 para as 20 famílias, através da
comercialização com a prefeitura municipal;
- Identificar novas oportunidades de comercialização para envolver mais 80
famílias num prazo de 2 anos.
Subprojeto: Fibra do Caroá
- Capacitar 15 famílias para o manejo sustentável, o processamento e a
confecção de peças com o caroá;
- Desenvolver novos designs de bolsas;
- Adaptar um tear convencional pertencente à prefeitura municipal para usar na
tecelagem do caroá;
- Aumentar a produtividade da confecção de peças de 3/dia a 6/dia;
- Produzir 3.600 bolsas (15 famílias x 12 meses x 20 bolsas);
- Organizar a comercialização coletiva das 3.600 bolsas a um preço de R$ 3,00;
- Desenvolver novos produtos com caraterísticas específicas da fibra;
- Levantar novas oportunidades de mercado.
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
36 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
37. Subprojeto: Implantação de Áreas Agroflorestais Integrando o Umbuzeiro, o Caroá e
Outras Espécies
- Implantação de uma área de 5ha de um sistema agroflorestal (baseado no
umbuzeiro, caroá e outras espécies para agricultura familiar).
- Produção de:
· 2.000 kg de milho e 1000 kg de feijão no primeiro ano
· 10.000 folhas de caroá a partir do terceiro ano
· 5.000 kg de umbu a partir do quinto ano
d) Resultados esperados
1. Gerar renda para famílias, a partir da cata do umbu e da fabricação de artesanato de
fibra do caroá.
2. Melhorar a convivência com a seca, através da diversificação das atividades
econômicas.
3. Aumentar a população das espécies nativas e diminuir a pressão sobre a caatinga.
e) Beneficiários: 35 famílias
f) Orçamento:
AACC: 20.960,00
Contrapartida: 8.670,00
Total: 29.630,00
3.6.2 Análise do Projeto 6
a) Contextualização:
As entidades proponentes do projeto já tinham uma antiga relação de trabalho
com as comunidades. O CECOR há tempos trabalhava com caprinos e a CONVIVER
foi criada por técnicos e produtores como fruto de anos de trabalho da AS-PTA no
município, que desenvolveu de 1995 a 2002 um significativo programa de recursos
hídricos.
Assim, percebe-se que a CONVIVER já nasce com uma forte articulação junto a
entidades regionais como o CECOR, a qual, inclusive, viabilizou este contrato com
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 37
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
38. FNMA/AACC, e com um canal aberto com redes de ONG's e colaboradores
internacionais. As pessoas que dão assessoria são dali, moram ali, vivem e sobrevivem
daquilo, mas estão conectadas com o mundo. Esse arranjo de organização social local
só se conquista com muito trabalho e com o tempo. O projeto chegou no tempo
certo, quando a capacidade local de análise e solução sobre a realidade já estava à
altura dos desafios de estruturação de uma agroindústria.
b) Desenvolvimento das ações:
Não obstante, uma primeira olhada no texto do projeto dava conta de que ele
teria sido superestimado em sua capacidade de execução e subestimado em sua
necessidade de recursos financeiros. Era muita, mas muita coisa para apenas 20 mil
reais de aporte externo (FNMA/AACC). Depois de vê-lo de perto fica claro que só o
cumprimento das metas da fabricação do umbu já representaram uma ótima
utilização dos recursos.
Tiveram dificuldades e não conseguiram implementar a contento dois dos três sub-
projetos: peças artesanais do caroá e áreas agroflorestais com umbu e caroá. Algumas
peças chegaram a ser produzidas com o caroá, mas a falta de equipamentos
adequados, pessoal especializado e de maiores informações de mercado logo fizeram
ver que ainda não era o momento de se obter respostas satisfatórias com esta
atividade. Houve ainda o plantio de uma área de 1ha como início de um sistema de
agrofloresta, mas sem maiores desdobramentos.
Enquanto isso, os objetivos e metas traçados para o outro eixo, fabricação de polpa
do umbu, foram significativamente conquistadas e extrapoladas. O grande diferencial
do projeto foi sua capacidade de dar respostas imediatas e satisfatórias aos
produtores. Isso só foi possível por causa da conquista do mercado institucional
inicial: fornecer para a merenda das escolas do município. A coisa ganhou a confiança
e a adesão das famílias, por isso cresceu tanto. De 3 mil quilos no primeiro ano a
produção pulou para 20 mil quilos no segundo ano.
Com a polpa do umbu eles projetaram auferir uma “renda bruta” de
R$ 10.800,00. Em setembro de 2005, durante nossa visita, eles já tinham um
faturamento anual parcial de 40 mil reais. Queriam produzir 6.000 quilos de polpa. Já
estavam com 15 mil quilos produzidos até aquele momento e tinham contrato com a
CONAB (Programa Compra Direta) para entregar mais outros 40 mil quilos a
merenda escolar da rede pública local.
APRESENTAÇÃO
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CADA
PROJETO
38 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
39. Planejaram iniciar com 20 famílias produtoras/catadoras de umbu e chegar a 80
famílias em dois anos. Já tinham conseguido selecionar e cadastrar 82 famílias e 60
destas já estavam entregando sistematicamente suas frutas para o projeto. Isso
mesmo, várias frutas, e não só o umbu como pensado inicialmente. A coisa cresceu.
Em média, cada família já recebe cerca de 200 reais por mês, só com o beneficiamento
e a comercialização das frutas.
c) Resultados alcançados:
Essa proposta foi extremamente lúcida desde o seu nascedouro, o projeto. A
começar pelo título, “Plantas Nativas para Geração de Renda”, que já esboça o senso
de síntese e de praticidade constatado na visita in-loco desta avaliação. O resumo do
projeto é o seu próprio título, mais fiel impossível. O resumo da avaliação é: eles
conseguiram tirar renda de planta. Presenciamos um gratificante sucesso da
Agricultura Familiar, uma demonstração inconteste do poder do associativismo.
Na realidade, o projeto foi responsável por um impacto socioeconômico muito
relevante. Melhorou sensivelmente a qualidade de vida e de trabalho das famílias
diretamente envolvidas e de centenas de crianças, professores e funcionários das
escolas públicas. Recuperou a auto-estima, promoveu o reconhecimento da
sociedade local e, efetivamente, gerou um significativo nível de renda. Um resumo da
natureza e do impacto do projeto está em duas falas:
“A gente mesmo entrega as polpas nas escolas, nas do Estado e nas do
Município. Eu mesmo entrego na escola do meu filho...”
“Meus seis irmãos antes iam daqui a 6 km para trabalhar alugado, um dia
todinho por R$ 5,00. Agora, cada um, tira trabalhando no que é seu com
sua família (dentro de casa pode dizer), pelo menos R$ 200,00/mês só das
frutas que vende para a fábrica aqui do Projeto. Isso, fora as 6 bancas que a
gente tem na feira vendendo só produtos orgânicos: frutas, verduras, etc.”
Quanto aos impactos ambientais positivos, eles não têm uma medida, mas
percebem uma diminuição da pressão sob as batatas (cafofas, raízes) dos umbuzeiros.
Antes era forte a tendência de se cortar as raízes para fazer e vender o doce. Confiam
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 39
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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CADA
PROJETO
40. mais na renda que venha da polpa do umbu e, para tanto, precisam preservar e
aumentar os umbuzeiros.
“O pessoal agora já não arranca tanto a batata do umbuzeiro para
fazer o doce e vender. Sabem que é mais negócio produzir o umbu e vender
para o Projeto.” (agricultor)
Deixamos para abordar por último o fator que consideramos o mais importante: o
capital social local. O projeto se deu como uma conseqüência natural da história de
organização social construída anteriormente. Expressa o acúmulo de experiências,
capacidades e relações sociopolíticas e técnicas de um grupo de produtores e técnicos
locais que criaram uma ONG para dar corpo institucional a uma ação de intervenção
social e econômica sobre a realidade da Agricultura Familiar do seu município, como
podemos observar nos depoimentos dos agricultores abaixo:
“Esse projeto veio mostrar o valor e a capacidade de nossa comunidade de
negros e agricultores. Trouxe dignidade. Todo mundo agora vê a gente de
outro jeito... dá orgulho”
“Recuperou a confiança e o poder de produção dos agricultores daqui”
“Sem o pequeno projeto de polpa do umbu não teria como a gente ter
conseguido tudo isso que a gente tem hoje”
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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CADA
PROJETO
40 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
41. 3.7 PROJETO 7 - MELIPONICULTURA E MANEJO DA CAATINGA
3.7.1 Descrição do Projeto 7, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto:
O projeto teve como título “Meliponicultura e Manejo da Caatinga”, sendo
implementado nos municípios de Soledade e Puxinanã, estado da Paraíba, tendo
como proponente o PATAC – Programa de Aplicação de Tecnologias Apropriadas às
Comunidades.
b) Objetivos:
1. Difundir a criação de abelhas nativas, assegurando aos produtores um
enriquecimento da sua dieta alimentar e o aumento da sua renda mediante
comercialização de mel.
2. Contribuir para a luta a favor da diversificação e reposição da biodiversidade,
mediante incentivo ao plantio de espécies nativas (necessárias à criação das
abelhas) e manejo adequado da caatinga.
c) Metas:
1. Realizar 4 pesquisas;
2. Elaborar um documento referência de confronto entre o saber popular e científico;
3. Realizar 1 treinamento;
4. 10 visitas de intercâmbio;
5. Implantar práticas de experimentação pelo primeiro grupo;
6. Elaborar um folder e um vídeo de divulgação sobre as práticas de manejo e a
relação com a preservação do meio ambiente;
7. Realizar 32 visitas de motivação;
8. Organizar e realizar 16 oficinas;
9. Realizar 2 seminários
d) Resultados esperados:
1. Diversificação e reposição da biodiversidade da Caatinga, mediante plantio de
espécies nativas.
2. Enriquecimento da dieta alimentar e incremento da renda familiar, através da
produção e comercialização de mel.
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 41
APRESENTAÇÃO
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PROJETO
42. e) Beneficiários: 32 produtores
f) Orçamento:
AACC: R$ 30.562,00
Contrapartida: R$ 2.626,00
Total: 33.188,00
3.7.2 Análise do Projeto 7
a) Contextualização:
O PATAC já trabalha nos dois municípios do projeto há muitos anos. Desenvolve
programas de convivência com o semi-árido na área de recursos hídricos, criação
animal e apicultura. É interessante observar que a entidade já trabalhava com o
incentivo à apicultura e fazia parte da Rede Abelha há anos, mas nunca antes havia
trabalhado a meliponicultura, o que veio a se concretizar a partir desse projeto.
b) Desenvolvimento das ações:
O projeto não foi implementado conforme a metodologia e as estratégias
propostas inicialmente. Várias dificuldades concorreram para que a execução sofresse
adaptações durante o percurso.
Primeiro tiveram dificuldades para identificar agricultores que já criassem ou até
mesmo conhecessem as espécies nativas. A atividade praticamente não existia na
região, ninguém demonstrava interesse, mas ainda assim foi realizada a pesquisa
prevista sobre o conhecimento dos agricultores locais sobre as abelhas nativas.
Por não conseguirem a participação esperada de um professor da
UFPB/Bananeiras, a equipe do projeto decidiu rever a metodologia da sua
implementação, estimulando mais a troca de práticas e experiências entre os próprios
produtores, sem priorizar o confronto com o saber acadêmico logo de saída.
Realizaram as visitas de intercâmbio a produtores do seridó potiguar e à Universidade
de Areia, e realizaram os treinamentos de capacitação de produtores e interessados
em produzir.
Nas capacitações foram dadas ênfase à produção de mudas de plantas nativas e
exóticas como: aroeira, angico, sabiá, nim, moringa, leucena etc. Tudo visando a
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
42 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
43. obtenção de uma boa “florada” para as abelhas e a recomposição da biodiversidade
da caatinga. Foi realizada uma campanha para os agricultores coletarem sementes
para iniciar os viveiros de mudas. Elas foram identificadas e distribuídas de acordo
com as espécies de abelhas nativas desejadas por cada meliponicultor iniciante.
Foram compradas e distribuídas 130 caixas para colméias. Hoje elas já são cerca de
190 caixas, sendo que 100 delas estão povoadas e produzindo sob os cuidados de 8
meliponicultores devidamente capacitados como produtores e multiplicadores da
tecnologia. Cada colméia produz cerca de 2 litros de mel por ano, o que rende até 100
reais de receita para o meliponicultor por colméia.
Durante este projeto a meliponicultura foi priorizada como uma estratégia de
preservação do bioma caatinga e não como fator de geração de renda. Não obstante,
fica claro que a partir de certo volume de colméias por produtor (15 a 20) a renda
obtida já poderá chegar a uma média de R$ 100,00 por mês. Para os 8
meliponicultores deste projeto esta marca já está bem próxima (a média hoje é de 12
colméias produtivas para cada um deles).
A implementação do projeto se deu de forma muito integrada às demais ações de
desenvolvimento local e convivência com o semi-árido já praticadas pelo PATAC.
Seguiu a mesma lógica de trabalho de capacitação e acompanhamento direto ao
produtor experimentador e multiplicador de novas tecnologias apropriadas ao
ecossistema local/regional.
c) Resultados alcançados:
Destaca-se, por exemplo, a simplicidade acompanhada de robusta consistência
com a qual os produtores entrevistados explicam e defendem as vantagens de uma
tecnologia como a meliponicultura para a mata nativa. É impressionante como eles
integraram os novos ensinamentos e subsídios (de mudas de plantas nativas e exóticas
e de abelhas nativas) com os equipamentos e práticas já assimiladas. As mudas já
foram plantadas no terreno da vazante da barragem subterrânea, onde próximo já foi
instalado o meliponário... e por aí vai.
O projeto tem todos os elementos para replicação em todo o semi-árido: baixo
nível de investimento inicial, pouca exigência quanto a recurso humano, tecnologia
simplificada, acessível e de fácil transferência. Precisa, no entanto ser sistematizada a
experiência e expandidos seus resultados. A abrangência em termos de número de
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 43
APRESENTAÇÃO
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PROJETO
44. produtores que aderiram à meliponicultura ainda é muito pequena para um processo
que já dura 3 anos.
É um projeto muito importante com potencial para recriação de processos locais de
recomposição da caatinga e preservação do seu ecossistema, e ainda com significativo
potencial de enriquecimento alimentar e de geração de renda complementar,
conforme fica claro em alguns depoimentos.
“Eu nem sabia que aqueles 'mosquitos' faziam mel. Quando a gente via um
punhado deles queria logo botar fogo. Sempre tive medo de abelha”
“Hoje eu sei que essas abelhinhas são importantes demais para o mato, (para
reproduzir) as plantas”
“Esse projeto foi responsável por trazer à tona o tema e a importância da
meliponicultura. E irradiou isso para a ASA-PB e para a Rede Abelha”
“Muito mais importante do que a renda, que essas colméias só vão me dar daqui
um tempo, é saber que elas ajudam a mata a se reproduzir. Se o benefício
fosse só esse já valeria à pena... Afinal de contas o trabalho que elas dão é
tão pouco!”
APRESENTAÇÃO
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PROJETO
40 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
45. 3.8 PROJETO 8 - EDUCAÇÃO, MEIO AMBIENTE E GERAÇÃO DE RENDA
3.8.1 Descrição do Projeto 8, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto:
O projeto teve como título “Educação, Meio ambiente e geração de renda”, sendo
desenvolvido nos municípios de Lagoa Salgada, Ielmo Marinho, Bento Fernandes e
João Câmara no Rio Grande do Norte, pela entidade Colméias.
b) Objetivo:
Realizar a transferência de tecnologia alternativa de extração, armazenagem e
comercialização dos produtos apícolas, para integrantes das associações apícolas das
comunidades tradicionais/extrativistas, visando o aprimoramento da cadeia
produtiva da apicultura a partir de uma visão de caráter ecológico e de geração de
renda.
c) Metas:
1. Capacitar 100 apicultores das comunidades tradicionais na utilização de tecnologia
de apicultura racional;
2. Montar 5 unidades produtivas com equipamentos apícolas, beneficiando 50
apicultores com kit de equipamentos apícolas;
3. Incentivar o cultivo de plantas melíferas e poliníferas;
4. Promover 5 seminários de intercâmbios entre produtores, suas organizações, o
poder público e o mercado local, visando a divulgação e inserção dos produtos
apícolas na merenda escolar e no mercado.
d) Resultados esperados:
1 . 100 apicultores capacitados para utilização de tecnologias de apicultura racional;
2. Geração de renda para 50 agricultores;
3. Ampliação do cultivo de plantas melíferas e poliníferas.
e) Beneficiários: 100 apicultores
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 45
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PROJETO
46. f) Orçamento:
AACC: R$ 34.536,00
Contrapartida: R$ 24.152,00
Total: 58.688,00
3.8.2 Análise do Projeto 8
a) Contextualização:
O Grupo Colméias, entidade proponente deste projeto, já contratou outros
projeto com o FNMA: rede de sementes nativas e Agenda 21 de Natal. A entidade
também já tem alguns anos de trabalho com as comunidades participantes deste
projeto, também trabalhando com assessoria e apoio às atividades de apicultura.
b) Desenvolvimento das ações:
Temos claro que o projeto promoveu conseqüências positivas no seu entorno. O
projeto foi o ponto de partida para a instalação de uma nova atividade para os
agricultores do município: a apicultura. A partir das colméias distribuídas começou a
se “criar abelha”, o que era visto antes como coisa de vagabundo ou de doido.
“Antes desse projeto ninguém por aqui criava abelha. Quem falasse num
negócio desse era tido por doido.”
Apesar de ainda não haver indícios de algum apicultor que tenha conseguido
auferir renda significativa da atividade, alguns novos apicultores têm aderido à idéia
de criar abelhas. Organizados e influentes no município e a partir da iniciação
proporcionada pelo Projeto com a AACC/FNMA, conseguiram conquistar outro
projeto junto ao Programa de Combate à Pobreza Rural e ampliaram o número de
colméias.
Segundo os entrevistados, deve existir hoje no município cerca de 100 colméias
ativas. A melhor notícia é que recentemente começaram a fornecer mel para a
prefeitura, via o programa do compra direta do governo federal. Percebemos
esperança quando falaram dessa venda para a prefeitura.
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
46 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
47. c) Resultados alcançados:
É interessante observar que o projeto acaba confirmando a atratividade que a
apicultura representa hoje para a agricultura familiar e oferecendo uma alternativa de
renda para grupos que, até então, desconheciam a atividade. O projeto demonstrou a
capacidade de multiplicar os recursos com outras fontes e já conquistou um canal de
mercado institucional. O maior dos resultados do projeto é mostrar a atividade
apícola como uma promissora alternativa para o desenvolvimento da agricultura
familiar e a sustentabilidade do bioma caatinga.
“É uma atividade muito boa. Praticamente não dá trabalho.”
“Pra falar a verdade, ganhar dinheiro mesmo a gente ainda não ganhou não.
Mas tem aí agora uma venda de mel para a prefeitura que começou agora...
acho que agora vai dar um dinheirinho pra nós”
“A esperança que a gente tem no grupo dos jovens é que as abelhas sejam
uma solução para o desemprego dos jovens que é grande no município.”
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 47
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PROJETO
48. 3.9 PROJETO 9 - REDE DE COOPERAÇÃO DOS EXTRATIVISTAS DE
CARNAÚBA DE MIRAÍMA
3.9.1 Descrição do Projeto 9, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto:
O projeto teve como título “Rede de Cooperação dos Extrativistas de Carnaúba de
Miraíma” e foi desenvolvido no município de Miraíma, Ceará, tendo como entidade
proponente o Instituto Sertão.
b) Objetivo:
Promover a melhoria da renda familiar de extrativistas da carnaúba dos
assentamentos rurais de Miraíma e a conservação das florestas de carnaubais, através
da criação de uma rede de cooperação entre os assentamentos para a melhoria do
manejo ecológico, beneficiamento, valor agregado, crédito e comercialização da
produção de pó cerífero de carnaúba.
1. Melhorar o manejo ecológico dos carnaubais e beneficiamento da palha de carnaúba;
2. Viabilizar crédito para o custeio da extração de palhas de carnaúba;
3. Aumentar o preço pago pelo produto através da comercialização direta da produção.
c) Metas:
1. Criar uma rede de cooperação com a participação de 95 extrativistas de carnaúba de 8
áreas de assentamento rural de Miraíma;
2. Elaborar uma cartilha com os extrativistas reunindo um conjunto de recomendações
para a melhoria do manejo ecológico dos carnaubais;
3. Viabilizar a autonomia dos produtores no beneficiamento das palhas de carnaúba,
reduzindo em 60% o custo atual e aumentando a qualidade do pó cerífero produzido;
4. Formar um fundo rotativo para financiar o custeio da extração das palhas de carnaúba
com recursos do projeto, associações dos assentamentos e extrativistas;
5. Comercializar a produção de pó cerífero diretamente para produtores de cera de carnaúba sem
a interferência de atravessadores, aumentando em R$ 0,20 por preço pago pelo produto
d) Resultados esperados:
1. Criação da rede de cooperação, visando a realização de negócios no âmbito coletivo;
2. Agregação de valores à produção, através da redução do custo de produção do pó
cerífero em 60% e da valorização do produto em R$ 0,20;
3. Ampliação da autonomia dos produtores, através da redução dos atravessadores na
comercialização da produção;
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
48 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
49. 4. Divulgação de recomendações para a melhoria do manejo ecológico dos carnaubais.
e) Beneficiários: 95 extrativistas
f) Orçamento:
AACC: R$ 34.966,00
Contrapartida: R$ 29.000,00
Total: 63.966,00
3.9.2 Análise do Projeto 9
a) Contextualização:
Com uma estrutura fundiária altamente concentrada até a década de 90, o
município passou por um processo de reforma agrária que resultou na criação de 10
áreas de assentamento rural, organizadas em associações e articuladas através do
Fórum dos Assentamentos de Miraíma.
A organização dos assentamentos tem conquistado melhorias nas condições de
vida dos produtores, no entanto existem potenciais que poderiam ser mais bem
aproveitados no sentido de viabilizar um aumento da renda familiar.
As instituições que participaram diretamente da elaboração e execução do projeto
como o Instituto Sertão e a Fundação SESIMAR têm uma trajetória de trabalho
consolidada através de ações de assessoria aos trabalhadores rurais na região. O
envolvimento do sindicato de trabalhadores rurais e a prefeitura foi conseqüência de
uma articulação bem elaborada. O resultado foi um comprometimento que se refletiu
na execução do projeto e obtenção dos resultados alcançados. Uma marca maior que
antecedeu o projeto foi o compromisso das partes envolvidas com a questão dos
trabalhadores rurais. Um olhar comum era de que os atravessadores não deixavam
dinheiro no município. Os assentamentos não garantiam a ocupação da mão-de-obra
local na atividade de extração do pó da carnaúba.
b) Desenvolvimento das ações:
O desenvolvimento do projeto Rede de Extrativistas de Carnaúba de Miraíma se
caracterizou, ao longo de sua execução, pela construção de parcerias comprometidas
com os seus objetivos e metas. Fundamental, nesse sentido, foram as atitudes do
sindicato, da prefeitura, do Instituto Sertão, da Fundação Sesimar e, principalmente,
dos assentados. Este compromisso marcou os resultados obtidos.
A compra da máquina de bater palha de Carnaúba e a doação, pela prefeitura, de
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 49
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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CADA
PROJETO
50. um caminhão foi o passo inicial. Isto possibilitou a circulação da máquina por 8 dos 10
assentamentos do município.
A idéia de aumentar em R$0,20 o preço do kilograma do pó de Carnaúba, foi
surpreendida pelo aumento em R$1,20 sobre a mesma quantidade.
Foram realizadas oficinas de manejo da área de carnaúba. A idéia era de que nos
dias de folga, essa atividade fosse realizada nos assentamentos. Entretanto, somente
um assentamento fez o manejo. A resistência é resultado da ausência desta prática e a
crença de que a palha existe em quantidade inesgotável.
O projeto favoreceu o uso da mão-de-obra local. Isto não ocorria na atividade
organizada pelo atravessador. Este chegava à área com sua equipe vinda de fora.
Apenas comprava a produção ainda nas árvores.
A máquina dos assentados produziu um pó mais fino e de qualidade superior. Pena
que isto não beneficiou muito os produtores, porque o mercado não absorveu esta
idéia. O costume local é de se extrair um pó mais grosso, de qualidade inferior, que
pesa mais e rende mais dinheiro.
c) Resultados alcançados:
O projeto alterou as relações de trabalho local. Com a compra de um motor para
moer a palha de carnaúba e a doação de um caminhão pela Prefeitura Municipal de
Miraíma, os assentados passaram a realizar eles mesmo a extração da palha que, por
sua vez, gerou um aumento na renda das famílias. Desta forma foi gerado um processo
de autonomia na atividade de extrativismo da carnaúba entre os assentados.
O projeto conseguiu ainda realizar, entre os assentados e a sociedade civil local, a
discussão sobre território. Eliminar o atravessador e gerar mais autonomia na
economia local, alterando, assim, as relações de trabalho. Na prática isto gerou um
processo de autonomia na atividade de extrativismo entre os assentados.
“Com essa máquina nós baixamos o lucro de atravessador de 20% para
17%, com a nossa concorrência. Agora, nós vamos cobrar 15% para
concorremos mais ainda com o atravessador. Essa máquina é a nossa força.”
(Francisco, assentado e operador da máquina de bater pó).
“Este projeto é a historia de uma luta sem precedente. Os assentados
conseguiram mostrar para eles mesmo do que são capazes, desde que unidos.”
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
50 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
51. 3.10 PROJETO 10 - Uso de tecnologias alternativas para o suprimento de água
e energia na produção de base familiar no semi-árido pernambucano
3.10.1 Descrição do Projeto 10, segundo o texto do projeto:
a) Identificação do projeto:
O projeto teve como título “Uso de tecnologias alternativas para o suprimento de água
e energia na produção de base familiar no semi-árido pernambucano” e foi desenvolvido
no município de Afogados da Ingazeira e Ibimirim, estado de Pernambuco, tendo como
proponente o Centro de Estudos e Projetos de Energias Renováveis – Naper Solar.
b) Objetivo:
Utilização sustentável de tecnologias alternativas como a produção de eletricidade
solar, a captação, o armazenamento e o manejo adequado da água, para a produção
irrigada de culturas alimentares, visando a melhoria da segurança alimentar e a
geração de renda para os agricultores familiares.
c) Metas:
1. Implantar a tecnologia de geração descentralizada de energia elétrica utilizando um
recurso natural e abundante na região, o sol;
2. Implantar a tecnologia de captação, armazenamento e uso eficiente da água das
chuvas, para atender as necessidades domésticas;
3. Capacitar os beneficiários das tecnologias na gestão técnica, administrativa e
financeira do sistema produtivo, além de pessoas com habilidades manuais, em
técnicas de construção de cisternas e os “eletricistas solares”;
4. Divulgar as tecnologias e ampliar o número destas instalações na região,
possibilitando que mais produtores rurais familiares utilizem as tecnologias
descritas e o método participativo proposto.
d) Resultados Esperados:
1. Segurança alimentar, através da produção de alimentos para uma família durante
todo o ano
2. Aumento da renda familiar, através da produção de excedente;
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 51
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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CADA
PROJETO
52. 3 .Aumento da expectativa de vida, pela diminuição da mortandade infantil, e da
melhoria da saúde em geral dos beneficiários;
4. Elevação dos níveis de instrução, através da circulação de informações, dos cursos
de formação em técnicas e práticas de convivência com o semi-árido e da
assistência técnica contínua.
e) Beneficiários: 2 famílias
f) Orçamento
AACC: R$ 32.286,00
Contrapartida: 3.260,00
Total: 35.546,00
3.10.2 Análise do Projeto 10
a) Contextualização:
O projeto foi idealizado pelo Naper Solar em parceria com a Diaconia. O Naper já
tinha experiência de projetos com outras comunidades e agricultores, também em
parceria com a Diaconia. O objeto era o mesmo: bombeamento de água para
irrigação por gotejamento de pequenas áreas de agricultura familiar.
b) Desenvolvimento das ações:
As atividades do projeto aconteceram dentro do previsto. As dificuldades ficaram
sempre por conta das questões tecnológicas. Desde o alto custo dos equipamentos até
o difícil acesso às suas peças de reposição.
Infelizmente, toda a tecnologia de bombas para irrigação à energia solar, segundo
nos informou o coordenador do Naper, ainda é de domínio exclusivo dos Estados
Unidos. Os equipamentos e suas peças de reposição têm que ser importados, o que
encarece e torna morosa qualquer manutenção mais séria. Durante o projeto uma das
bombas teve que esperar meses para ser consertada.
O projeto foi implementado em efetiva integração com outras ações da Diaconia e
outros parceiros locais/regionais. Foi o caso da comercialização dos produtos das
experiências através das bancas do produtor na feira livre e no espaço das mulheres,
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
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PROJETO
52 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
53. no centro da cidade de Afogados, por exemplo. O que gerou uma renda significativa
ao produtor-experimentador do projeto naquele município.
As metas foram devidamente cumpridas: 2 sistemas de irrigação por gotejamento a
energia solar estão em funcionamento. As dificuldades ficaram mesmo por conta da
falta de domínio da tecnologia. Aliás, esse é o único e grande fator de risco desse tipo
de projeto. Em qualquer projeto a necessidade de um fundo para manutenção é
recomendável. Nesse caso aqui a lição é mais exigente. Onde a tecnologia é
importada e cara, o fundo de manutenção se torna absolutamente imprescindível. E
mais ainda, é preciso criar uma cultura e uma capacidade local de manutenção
preventiva, que reduza ao mínimo as quebras no sistema.
Como bem disse o coordenador do Naper, o desafio agora é dominar a tecnologia
do bombeamento a energia solar e disseminar a experiência. De imediato, enquanto
não se tem uma tecnologia nacional, uma implantação desses sistemas em certa escala
poderá oferecer alternativas mais viáveis de aquisição e manutenção dos
equipamentos junto aos importadores e fabricantes.
c) Resultados alcançados:
Presenciamos outro gratificante sucesso da agricultura familiar em meio ao semi-
árido. A experiência do Naper Solar/ Diaconia é para ser sistematizada e replicada em
escala Nordeste à fora. É claro que não se aplica a qualquer realidade de solos e
contexto geo-hidrológico.
Trata-se de uma excelente alternativa para áreas de baixio, vales, riachos secos,
margens de rio, enfim, para áreas com disponibilidade de água superficial ou em
lençóis rasos (que permitam acesso via poços rasos manuais ou poços amazonas).
Excelente na sua capacidade de dar respostas rápidas e significativas aos agricultores e
no fato de assim motivá-los e estruturá-los para ações de médio e longo prazos como
a recomposição, preservação e o manejo adequado da caatinga para as atividades
tradicionais de sequeiro: a agricultura e as criações.
O projeto apresentou resultados excelentes no que diz respeito à geração de renda
e à segurança alimentar. Chegou a proporcionar receitas brutas de até 400 reais por
mês. Tanto o produtor-experimentador de São José do Egito, quanto o outro de
Afogados, ambos foram enfáticos ao afirmar isso, como podemos ver nas falas dos
agricultores:
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 53
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
54. “Eu antes não conhecia essa forma de irrigação: o 'xique-xique'. É uma
maravilha, quase não gasta água... e com a energia do sol... Eu não tenho despesa
nenhuma aqui, só o meu trabalho. Produto químico a gente não usa...”
“Isso aqui me deu minha segunda vida. Toda semana eu levo uma carroça
cheia de produtos para vender na feira, fica a 16 km daqui do sítio. A carroça
e o animal eu já comprei com dinheiro que ganhei daqui”
“Com esse projeto eu já ganhei dinheiro pra comprar uma geladeira, uma
novilha e fiz uma reformazinha na casa e um banheiro”
“Contando assim ninguém acredita. Mas vocês tão vendo. Nesse pedacinho
de terreno (0,5 ha) eu planto de tudo, até um capinzinho pro gado. E ainda
faço aqui umas mudas de planta da mata que depois vão servir de forragem”
“Antes desse projeto eu ia pra feira toda semana precisando comprar de tudo
e quase sem dinheiro pra nada. Agora... agora eu já saio deixando minha
casa toda abastecida e vou cheio de fruta, macaxeira, batata-doce... e até
umas verdurinhas. Vendo tudo, apuro uns 100 reais toda semana.
Praticamente só compro na feira agora a carne.”
“Antes eu só ia comprar na feira, hoje eu sou comerciante. Ganho uns 60
reais toda semana e gasto uns 30 a 40 reais com minha feira e ainda volto
com um troco. Tô muito contente!”
APRESENTAÇÃO
DETALHADA
DE
CADA
PROJETO
54 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
56. O Projeto de Apoio às Iniciativas Locais Sustentáveis constituiu-se em uma
experiência ímpar por envolver 10 instituições em projetos de convivência com o
bioma caatinga. A ótica observada de estabelecer uma relação sustentável do
produtor rural com o bioma caatinga torna o projeto de uma importância vital para a
região semi-árida brasileira.
Alguns fatores podem ser observados como fortes e positivos: a atuação de
instituições com uma trajetória dentro da região do semi-árido; a ousadia de se fazer
projetos com poucos e limitados recursos é um fator que mostra o comprometimento
dessas instituições com as causas sociais localizadas; e, o caráter inovador destes
projetos. Todos de uma maneira geral objetivam criar condições que possam gerar
autonomia para o produtor rural da região do semi-árido.
Muito nos impressionou a capacidade dos proponentes de realização e
multiplicação dos recursos a partir de um financiamento inicial tão pequeno,
possibilitado possível pela otimização e combinação dos recursos deste projeto com
outros pré-existentes. Tal alavancagem de parcerias e mobilização de recursos é prova
de credibilidade e demonstra um novo e promissor papel para o FNMA: ser um
catalisador de processos locais de sustentabilidade para a caatinga e o povo do semi-
árido.
A iniciativa do FNMA e das instituições executoras deve ser louvada e vista como
exitosa em sua plenitude. As falhas apontadas devem ser em parte, sublimadas e
creditadas aos poucos recursos e a conseqüente dificuldade de se elaborar e conceber
projetos desta complexidade. A idéia do projeto de descentralização e especificação
das ações do FNMA visando o Semi-árido demonstrou-se amplamente exitosa. Numa
palavra: FRUTÍFERA!
Recomendamos, portanto, que projetos desta natureza tenham continuidade, e
que para seu aperfeiçoamento sejam garantidos maiores recursos, permitindo
melhores condições de desenvolvimento dos projetos, bem como de seu
acompanhamento permanente e possibilitando efetivamente a recriação de
alternativas de convivência com o semi-árido nordestino, capazes de gestar a
preservação e a ampliação da vida no bioma caatinga.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
56 | Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga
57. APNE - ASSOCIAÇÃO PLANTAS DO INSTITUTO DE ECOLOGIA SOCIAL
NORDESTE CARNAÚBA
Av. Gal San Martin, 1371 Rua: Maestro José Pedro, 76 Bloco 2
Bl. 07 - sala 5 - Bonji/PE Sala 12 - Centro – Sobral/CE
Cep 50.761-000 Cep: 62.011 260
Fone/fax: 81.3446.1486 Fone: (088) 3611 8124
Correio eletrônico:pne@netpe.com.br Correio eletrônico:
carnauba@sobralnet.com.br
CECOR carnauba@carnauba.org
Rua Comandante Superior, 1349 web: www.carnauba.org.br
Centro, Serra Talhada/PE
Cep: 56.903-492 INSTITUTO SERTÃO
Fone/fax: (87) 3831.2385 Rua Castro e Silva, 121 sala 602
Correio eletrônico: Centro - Fortaleza/CE
cecor@netcdl.com.br Cep 60.030-010
Fone: (85) 3253-2422
FUNDAÇÃO CHAPÉU DE COURO Fax: (85) 3253-4728
Projeto em Quixeramobim/CE Correio eletrônico:sertao@sertao.org.br
Fone: 88 3441 1264 ( SEBRAE)
NAPER SOLAR
FUNDAÇÃO FÉLIX RODRIGUES Rua da Aurora, 555 - Santo Amaro,
Praça Luiz Gonzaga, 76 Recife/PE - Cep: 50050-000
Centro - Pendências/RN Telefone: 81 3274-3766
Cep: 59.504-000 Correio eletrônico:nsolar@terra.com.br
Fone/fax: (84) 3522-2310
Correio eletrônico: PATAC
www.felixrodrigues.org.br Rua Duque de Caxias, 483, Prata
Campina Grande/PB - Cep: 58.108-641
GRUPO COLMÉIAS Fone: (83) 3322 4975
Rua Princesa Isabel, 626 Fax: (83) 3380 1127
Cidade Alta – Natal/RN Correio eletrônico: patac@uol.com.br
Cep: 59.025-971
Cx postal 2731 SERTÃO VERDE
Fone: (84) 3231-7783 Rua Prof. Basílio, 43 - Centro, Campo
Fax: (84) 3201-9001 Grande/RN - Cep: 59.680-000
Correio eletrônico: Fone: (84) 3362 2204
colmeias@digi.com.br Correio eletrônico:
www.colmeias.org.br sertãoverde21@yahoo.com.br
Contatos das entidades gestoras
dos projetos apresentados
Experiências de Desenvolvimento Sustentável no Bioma Caatinga | 57
58. Esta publicação foi composta nas
fontes Swiss e Maiandra, impresso na
Offset Gráfica em papel reciclato 145
na capa e reciclato 115 no miolo, em
março de 2006.