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Nº 1.907 (Ano B/Vermelho)                               1 de abril de 2012
                 Domingos de Ramos e da Paixão do Senhor
                            COLETA DA SOLIDARIEDADE

      JESUS, NOSSO COMPANHEIRO NO SOFRIMENTO


                                                   01. MOTIVAÇÃO
                                                   C.1 No Domingo de Ramos e da Paixão
                                                   do Senhor, a Igreja entra no mistério do
                                                   Senhor crucificado, sepultado e ressusci-
                                                   tado que, ao entrar em Jerusalém, prenun-
                                                   ciou a sua majestade. Os cristãos levam
                                                   ramos em sinal do real triunfo que na cruz,
                                                   Cristo alcançou. De acordo com a palavra
                                                   do Apóstolo: "Se com Ele padecemos,
                                                   com Ele também seremos glorificados".

                                                   02. CANTO
                                                   Tu és Rei dos Reis... nº 798

                                                   03. ACOLHIDA E SAUDAÇÃO
                                                   D. Meus irmãos e minhas irmãs, durante
                                                   as cinco semanas da Quaresma prepara-
                                                   mos os nossos corações pela oração, pela
                                                   penitência e pela caridade. Hoje aqui nos
Preparar uma vasilha com água e ramos para
                                                   reunimos e vamos iniciar, com toda a Igre-
aspersão.
- Preparar uma mesinha em um lugar fora da Igre-   ja a celebração da Páscoa de Nosso Se-
ja.                                                nhor. Para realizar o mistério de sua Morte
- Ver mais leitores para ajudar na proclamação     e Ressurreição, Cristo entrou em Jerusa-
do Evangelho. Isso deve ser feito com bastante     lém, sua cidade. Celebrando com fé e pie-
antecedência para possibilitar o treinamento da
                                                   dade a memória desta entrada, sigamos os
leitura do texto e não ler palavras erradas.
- Hoje é o dia da Coleta da Campanha da Solida-    passos de nosso Salvador para que, asso-
riedade. Os que não trouxeram o envelope com       ciados pela graça à sua cruz, participemos
sua oferta, poderão trazer durante a semana.       também de sua Ressurreição e de sua Vida.
(O Dirigente ou alguém do grupo de cantos can-   dar a todos um exemplo de humildade,
ta e o povo repete)                              quisestes que o nosso Salvador se fi-
- Vinde, meu Senhor, vinde me valer (bis)        zesse homem e morresse na cruz.
Vinde e não demoreis em nos socorrer (bis)       Concedei-nos aprender o ensinamento
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espí-      da sua paixão e ressuscitar com Ele em
rito (bis)                                       sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cris-
Glória à Trindade Santa, glória ao Deus          to, Vosso Filho, na unidade do Espírito
bendito (bis)                                    Santo.
- Vinde à oração, vinde com fervor (bis)
Povo de sacerdotes, a Deus o louvor (bis)        PRIMEIRA LEITURA: Is 50, 4-7
- Para mim viver é Cristo Jesus (bis)
Morrer pra mim é lucro, minha glória, a cruz     L.1 Leitura do Livro do Profeta Isaías.
(bis)
                                                 SALMO RESPONSORIAL – 21(22)
04. BÊNÇÃO DOS RAMOS E ASPER-                    Refrão: Meu Deus, meu Deus, por que
SÃO                                              me abandonastes?
(O povo levanta os ramos e canta):
Esses ramos serão abençoados porque              SEGUNDA LEITURA: Fl 2, 6-11
o Senhor derramou o seu amor. (2x)
(Alguém segura a vasilha com água enquanto o     L.2 Leitura da Carta de São Paulo aos
dirigente reza:)                                 Filipenses.
D. Ó Deus de bondade, aumentai a fé
dos que esperam em Vós e ouvi as nos-            CANTO DE ACLAMAÇÃO
sas preces. Apresentando hoje ao Cris-           Jesus Cristo, sendo Deus...nº 799
to vencedor os nossos ramos, possamos
frutificar em boas obras, por Cristo,            EVANGELHO: Mc 14, 1-15, 47
nosso Senhor. (O dirigente asperge o povo e
os ramos).                                       Paixão de Jesus Cristo segundo São
                                                 Marcos.        (Ver folha anexa)
EVANGELHO: Mc 11, 1-10
                                                 07. PARTILHANDO A PALAVRA
Evangelho de Jesus Cristo segundo                Na primeira leitura aparece a figura do "Ser-
Marcos.                                          vo do Senhor". A ele foi confiada uma mis-
                                                 são: transmitir uma mensagem a quem per-
05. PROCISSÃO ATÉ A IGREJA                       deu toda a confiança. É também aquele que,
D. Meus irmãos e minhas irmãs imitando o         numa atitude de discípulo, vive em perma-
povo que aclamou Jesus, comecemos com            nente escuta da Palavra de Deus. Com o
alegria a nossa procissão.                       coração e os ouvidos sempre abertos está
Cantos: escolher os que estão entre os núme-     atento para não perder nada que Deus lhe
ros 801 ao 807 do livro de cantos da diocese.    transmite. O "Servo do Senhor" sabe das
                                                 responsabilidades por ter ouvido a Palavra
06. ORAÇÃO (na igreja)                           de Deus. Por vocação, não pode fugir da
D. Deus eterno e todo-poderoso, para             missão para a qual foi convocado. É aquele
que denuncia as injustiças e sabe das           soldado representa todos os que chegam à
consequências. A história desse "Servo" faz     fé em Cristo; que não se convertem por te-
lembrar a história de todos que queiram pra-    rem assistido a algum milagre, mas por te-
ticar e proclamar a justiça; faz lembrar, in-   rem percebido o sentido de uma vida doa-
clusive, a vida de Jesus.                       da aos irmãos por amor. É dessa desco-
Na segunda leitura Paulo exorta aos             berta que nasce a verdadeira fé e a autênti-
filipenses a respeito da vida de Jesus. Ele     ca adesão a Cristo. Importante lembrar que
existia antes de fazer-se homem (na condi-      na narrativa de Marcos aparece a expres-
ção divina). Encarnado, assume a humani-        são "Abba, Pai" (14,36) em aramaico, sig-
dade decaída pelas fraquezas, humilhações       nifica "papai". O evangelista utiliza a expres-
e desprezos. No entanto, esse caminho que       são para mostrar o abandono e a confiança
Jesus percorre não termina com a sua mor-       do Filho em relação ao Pai em um momen-
te na cruz. Ele foi ressuscitado pelo Pai e     to tão difícil. A nós, cristãos, basta-nos as-
elevado como modelo para todos. Jesus           sumir, a exemplo de Jesus, nossa condição
não teve medo do sofrimento. É o verda-         de filhos e servos do Senhor, respondendo
deiro "Servo Sofredor" que viveu a experi-
                                                fielmente ao chamado de Deus; chamado
ência humana até a morte e foi recompen-
                                                este que requer enfrentamento de dificul-
sado pela sua fidelidade quando Deus o glo-
                                                dades, que nos leva a verdade maior que
rificou e o fez Senhor.
                                                podemos seguir: que é a vontade de Deus.
No Evangelho, Marcos apresenta o lado
                                                Em síntese, podemos dizer que, com Cris-
humano de Jesus; um Jesus que aceita tudo
o que está acontecendo e ainda conclui:         to, nosso companheiro no sofrimento, che-
"isso acontece para que se cumpram as           garemos ao Pai.
Escrituras" (14,49). Jesus é abandonado
pelos discípulos, traído pela multidão,         08. PROFISSÃO DE FÉ
esbofeteado, zombado, humilhado e insul-        D. Professemos nossa fé no Deus que se
tado. Ele se angustia, se vê derrotado a pon-   doou inteiramente por nós. Creio em Deus
to de gritar "Meu Deus, meu Deus porque         Pai...
me abandonastes" (15,44), mas está cer-
to de ter lutado pela causa justa. Marcos,      09. PRECES DA COMUNIDADE
quer mostrar que Jesus não é nenhum super-      D. Irmãos e irmãs, caminhemos com o Deus
homem ou um herói, mas sim, um fraco            justo e bondoso. A Ele apresentemos os
como nós, que passou pela difícil experiên-     nossos pedidos certos de que nos ouvirá. A
cia da obediência ao Pai e é "um dos nos-       cada pedido respondamos:
sos", se levarmos em conta os sofrimentos       Senhor da vida, ouvi-nos e atendei-nos.
da vida. Jesus também manifesta um silên-       1- Senhor, subistes a Jerusalém para sofrer
cio, que não é sinal de falta de coragem,       e assim entrar na glória: conduzi o vosso
mas sinal de fortaleza de espírito; se mostra   povo à Páscoa da Ressurreição! Rezemos...
superior diante da arrogância, do insulto e     2- Fizestes da Cruz a árvore da vida. A to-
da calúnia.                                     dos nós renascidos pelo batismo, dai-nos
Aparece ainda, em Marcos, a profissão de        caminhar como filhos e filhas da luz! Reze-
fé do centurião: "Verdadeiramente este          mos...
homem era Filho de Deus" (15,39). Este          3- Viestes para salvar os pecadores, ajudai-
nos a ser misericordiosos com nossos ir-               a força para seguirmos os seus passos até a
mãos e a dedicar-nos com amor no servi-                vossa casa.
ço do vosso Reino! Rezemos...                          Todos: Amém!
(Concluir com a Oração da CF/2012)                     D. Que o Deus de toda a graça nos firme e
                                                       nos fortaleça no meio dos nossos sofrimen-
10. APRESENTAÇÃO DOS DONS                              tos. A Ele a glória e o poder para sempre.
D. O Pai nos ama gratuitamente. Com este               Todos: Amém!
sentimento de gratuidade apresentemos                  D. Que o Deus Salvador nos dê a sua bên-
diante Dele os nossos dons. Hoje, de modo              ção e sua justiça neste dia e para sempre.
especial, coloquemos no altar do Senhor a              Todos: Amém!
nossa oferta da Campanha da Solidarie-                 D. Abençoe-vos o Deus todo poderoso: Pai
dade. Sejamos generosos.                               e Filho e Espírito Santo. Amém!
Bendito és tu... nº 490                                D. Ide em paz e que o Senhor vos acompa-
                                                       nhe.
11. PAI NOSSO                                          Todos: Graças a Deus!
D. Jesus confiou no Pai até às últimas
consequências. Na oração do Pai Nosso                  15. CANTO
expressemos também nossa confiança e                   Um certo dia, à beira mar...nº 812
fidelidade a Ele que tanto nos ama.
Rezemos juntos: Pai Nosso...

12. ORAÇÃO
D. Saciados pela vossa Palavra, nós
vos pedimos ó Deus, que pela morte
do Vosso Filho nos destes esperar o que
cremos, dai-nos pela sua Ressurreição
alcançar o que buscamos. Por Cristo,
Nosso Senhor. Amém.

13. AVISOS
D. Avisar os horários das celebrações da
Semana Santa.
                                                                    Leituras para a Semana
14. BÊNÇÃO E DESPEDIDA
D. Deus nosso Pai, enviastes Vosso Filho               2ª Is 42, 1-7 / Sl 26(27) / Jo 12, 1-11
Jesus para morar entre nós e ser exemplo               3ª Is 49, 1-6 / Sl 70(71) / Jo 13, 21-33.36-38
de humildade e doação. Dai-nos também                  4ª Is 50, 4-9a / Sl 68(69) / Mt 26, 14-25



 Secretariado Diocesano de Pastoral Av. João XXIII, 410-Centro 29930-420-S. Mateus/ES - Tel: (27) 3763.1177
   Fax 3763.3104 - E-mail: secretariado@diocesedesaomateus.org.br / Site: www.diocesedesaomateus.org.br
                 Rádio Católica da nossa região, é a Kairós FM 94,7. www.radiokairos.com.br
        Associe-se ao Clube do Ouvinte e ajude a manter a rádio. Informações pelo telefone 3767-2000.
DOMINGO DE RAMOS – Folha Anexa nº 1.907 – ANO "B" – 01/04/2012

 Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos - 14,1 - 15,47

N - Faltavam dois dias para a Páscoa e         L3 - "Onde queres que façamos os prepara-
para a festa dos Ázimos. Os sumos sacer-       tivos para comeres a Páscoa?"
dotes e os mestres da Lei procuravam um        N - Jesus enviou então dois dos seus dis-
meio de prender Jesus à traição, para          cípulos e lhes disse:
matá-lo. Eles diziam:                          J - "Ide à cidade. Um homem carregando
L1 - "Não durante a festa, para que não haja   um jarro de água virá ao vosso encontro.
um tumulto no meio do povo".                   Segui-o e dizei ao dono da casa em que ele
N - Jesus estava em Betânia, na casa de        entrar: 'O Mestre manda dizer: onde está a
Simão, o leproso. Quando estava à mesa,        sala em que vou comer a Páscoa com os
veio uma mulher com um vaso de alabastro       meus discípulos?' Então ele vos mostrará, no
cheio de perfume de nardo puro, muito          andar de cima, uma grande sala, arrumada
caro. Ela quebrou o vaso e derramou o          com almofadas. Ali fareis os preparativos para
perfume na cabeça de Jesus. Alguns que         nós!"
estavam ali ficaram indignados e comen-        N - Os discípulos saíram e foram à cida-
tavam:                                         de. Encontraram tudo como Jesus havia
L2 - "Por que este desperdício de perfume?     dito, e prepararam a Páscoa.
Ele poderia ser vendido por mais de trezen-    Ao cair da tarde, Jesus foi com os doze.
tas moedas de prata, que seriam dadas aos      Enquanto estavam à mesa comendo, Je-
pobres".                                       sus disse:
N - E criticavam asperamente a mulher.         J - "Em verdade vos digo, um de vós, que
Mas Jesus lhes disse:                          come comigo, vai me trair".
J - "Deixai-a em paz! Por que aborrecê-la?     N - Os discípulos começaram a ficar tris-
Ela praticou uma boa ação para comigo.         tes e perguntaram a Jesus, um após ou-
Pobres, sempre os tereis convosco e quando     tro:
quiserdes podeis fazer-lhes o bem. Quanto a    L3 - "Acaso serei eu?"
mim não me tereis para sempre. Ela fez o       N - Jesus lhes disse:
que podia: derramou perfume em meu cor-        J - "É um dos doze, que se serve comigo do
po, preparando-o para a sepultura. Em ver-     mesmo prato. O Filho do Homem segue seu
dade vos digo, em qualquer parte que o Evan-   caminho, conforme está escrito sobre ele. Ai,
gelho for pregado, em todo o mundo, será       porém daquele que trair o Filho do Homem!
contado o que ela fez, como lembrança do       Melhor seria que nunca tivesse nascido!"
seu gesto".                                    N - Enquanto comiam, Jesus tomou o pão
N - Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter     e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o
com os sumos sacerdotes para entregar-         e entregou-lhes, dizendo:
lhes Jesus. Eles ficaram muito contentes       J - "Tomai, isto é o meu corpo".
quando ouviram isso, e prometeram dar-         N - Em seguida, tomou o cálice, deu gra-
lhe dinheiro. Então, Judas começou a pro-      ças, entregou-lhes e todos beberam dele.
curar uma boa oportunidade para entre-         Jesus lhes disse:
gar Jesus.                                     J - "Isto é o meu sangue, o sangue da alian-
No primeiro dia dos Ázimos, quando se          ça, que é derramado em favor de muitos. Em
imolava o cordeiro pascal, os discípulos       verdade vos digo, não beberei mais do fruto
disseram a Jesus:                              da videira, até o dia em que beberei o vinho
novo no Reino de Deus".                           ta! Chegou a hora! Eis que o Filho do Ho-
N - Depois de terem cantado hino, foram           mem é entregue nas mãos dos pecadores.
para o Monte das Oliveiras. Então Jesus           Levantai-vos! Vamos! Aquele que vai me trair
disse aos discípulos:                             já está chegando".
J - "Todos vós ficareis desorientados, pois       N - E logo, enquanto Jesus ainda falava,
está escrito: 'Ferirei o pastor e as ovelhas se   chegou Judas, um dos doze, com uma mul-
dispersarão'. Mas, depois de ressuscitar, eu      tidão armada de espadas e paus. Vinha
vos precederei na Galiléia".                      da parte dos sumos sacerdotes, dos mes-
N - Pedro, porém, lhe disse:                      tres da Lei e dos anciãos do povo. O trai-
L4 - "Mesmo que todos fiquem desorienta-          dor tinha combinado com eles um sinal,
dos, eu não ficarei".                             dizendo:
N - Respondeu-lhe Jesus:                          L2 - "É aquele que eu beijar. Prendei-o e
J - "Em verdade te digo, ainda hoje, esta noi-    levai-o com segurança!"
te, antes que o galo cante duas vezes, três       N - Judas logo se aproximou de Jesus, di-
vezes me negarás".                                zendo:
N - Mas Pedro repetiu com veemência:              L2 - "Mestre!",
L4 - "Ainda que tenha de morrer contigo, eu       N - e o beijou. Então lançaram as mãos
não te negarei".                                  sobre ele e o prenderam. Mas um dos pre-
N - E todos diziam o mesmo. Chegados a            sentes puxou a espada e feriu o emprega-
um lugar chamado Getsêmani, disse Je-             do do sumo sacerdote, cortando-lhe a ore-
sus aos discípulos:                               lha. Jesus tomou a palavra e disse:
J - "Sentai-vos aqui, enquanto eu vou rezar!"     J - "Vós saístes com espadas e paus para
N - Levou consigo Pedro, Tiago e João, e          me prender, como se eu fosse um assaltan-
começou a sentir pavor e angústia. Então          te. Todos os dias eu estava convosco, no
Jesus lhes disse:                                 Templo, ensinando, e não me prendestes.
J - "Minha alma está triste até a morte. Ficai    Mas isto acontece para que se cumpram as
aqui e vigiai".                                   Escrituras".
N - Jesus foi um pouco mais adiante e,            N - Então todos o abandonaram e fugi-
prostrando-se por terra, rezava que, se           ram. Um jovem, vestido apenas com um
fosse possível, aquela hora se afastasse          lençol, estava seguindo a Jesus, e eles o
dele. Dizia:                                      prenderam. Mas o jovem largou o lençol
J - "Abbá! Pai! Tudo é possível: afasta de        e fugiu nu. Então levaram Jesus ao Sumo
mim este cálice! Contudo, não seja feito o        Sacerdote, e todos os sumos sacerdotes,
que eu quero, mas sim o que tu queres!"           os anciãos e os mestres da Lei se reuni-
N - Voltando, encontrou os discípulos dor-        ram. Pedro seguiu Jesus de longe, até o
mindo. Então disse a Pedro:                       interior do pátio do Sumo Sacerdote. Sen-
J - "Simão, tu estás dormindo? Não pudeste        tado com os guardas, aquecia-se junto ao
vigiar nem uma hora? Vigiai e orai, para não      fogo. Ora, os sumos sacerdotes e todo o
cairdes em tentação! Pois o espírito está         Sinédrio procuravam um testemunho con-
pronto, mas a carne é fraca".                     tra Jesus, para condená-lo à morte, mas
N - Jesus afastou-se de novo e rezou, re-         não encontravam. Muitos testemunhavam
petindo as mesmas palavras. Voltou outra          falsamente contra ele, mas seus testemu-
vez e os encontrou dormindo, porque seus          nhos não concordavam. Alguns se levan-
olhos estavam pesados de sono e eles não          taram e testemunharam falsamente con-
sabiam o que responder. Ao voltar pela            tra ele, dizendo:
terceira vez, Jesus lhes disse:                   T - "Nós o ouvimos dizer: 'Vou destruir este
J - "Agora podeis dormir e descansar. Bas-        templo feito pelas mãos dos homens, e em
três dias construirei um outro, que não será   N - Aí Pedro começou a maldizer e a ju-
feito por mãos humanas!'"                      rar, dizendo:
N - Mas nem assim o testemunho deles con-      L4 - "Nem conheço esse homem de quem
cordava. Então, o Sumo Sacerdote levan-        estás falando".
tou-se no meio deles e interrogou a Je-        N - E nesse instante um galo cantou pela
sus:                                           segunda vez. Lembrou-se Pedro da pala-
L2 - "Nada tens a responder ao que estes       vra que Jesus lhe havia dito: "Antes que
testemunham contra ti?"                        um galo cante duas vezes, três vezes me
N - Jesus continuou calado, e nada res-        negarás". Caindo em si, ele começou a
pondeu. O Sumo Sacerdote interrogou-o          chorar. Logo pela manhã, os sumos sa-
de novo:                                       cerdotes, com os anciãos, os mestres da
L2 - "Tu és o Messias, o Filho de Deus Ben-    Lei e todo o Sinédrio, reuniram-se e to-
dito?"                                         maram uma decisão.
N - Jesus respondeu:                           Levaram Jesus amarrado e o entregaram
J - "Eu sou. E vereis o Filho do Homem sen-    a Pilatos. E Pilatos o interrogou:
tado à direita do Todo-Poderoso, vindo com     L2 - "Tu és o rei dos judeus?"
as nuvens do céu".                             N - Jesus respondeu:
N - O Sumo Sacerdote rasgou suas vestes        J - "Tu o dizes".
e disse:                                       N - E os sumos sacerdotes faziam muitas
L2 - "Que necessidade temos ainda de tes-      acusações contra Jesus. Pilatos o inter-
temunhas? Vós ouvistes a blasfêmia! Que        rogou novamente:
vos parece?"                                   L2 - "Nada tens a responder? Vê de quanta
N - Então todos o julgaram réu de morte.       coisa te acusam!"
Alguns começaram a cuspir em Jesus. Co-        N - Mas Jesus não respondeu mais nada,
brindo-lhe o rosto, o esbofeteavam e dizi-     de modo que Pilatos ficou admirado. Por
am:                                            ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o pri-
T - "Profetiza!"                               sioneiro que eles pedissem. Havia então
N - Os guardas também davam-lhe bofe-          um preso, chamado Barrabás, entre os
tadas. Pedro estava embaixo, no pátio.         bandidos, que, numa revolta, tinha come-
Veio uma criada do Sumo Sacerdote, e,          tido um assassinato. A multidão subiu a
quando viu Pedro que se aquecia, olhou         Pilatos e começou a pedir que ele fizesse
bem para ele e disse:                          como era costume. Pilatos perguntou:
M - "Tu também estavas com Jesus, o            L2 - "Vós quereis que eu solte o rei dos ju-
Nazareno!"                                     deus?"
N - Mas Pedro negou, dizendo:                  N - Ele bem sabia que os sumos sacerdo-
L4 - "Não sei e nem compreendo o que es-       tes haviam entregado Jesus por inveja. Po-
tás dizendo!"                                  rém, os sumos sacerdotes instigaram a mul-
N - E foi para fora, para a entrada do         tidão para que Pilatos lhes soltasse
pátio. E o galo cantou. A criada viu Pedro,    Barrabás. Pilatos perguntou de novo:
e de novo começou a dizer aos que esta-        L2 - "Que quereis que eu faça com o rei dos
vam perto:                                     judeus?"
M - "Este é um deles".                         N - Mas eles tornaram a gritar:
N - Mas Pedro negou outra vez. Pouco           T - "Crucifica-o!"
depois, os que estavam junto diziam no-        N - Pilatos, querendo satisfazer a multi-
vamente a Pedro:                               dão, soltou Barrabás, mandou flagelar
T - "É claro que tu és um deles, pois és da    Jesus e o entregou para ser crucificado.
Galiléia".                                     Então os soldados o levaram para dentro
do palácio, isto é, o pretório, e convoca-       N - que quer dizer: "Meu Deus, meu Deus,
ram toda a tropa. Vestiram Jesus com um          porque me abandonaste?" Alguns dos que
manto vermelho, teceram uma coroa de es-         estavam ali perto, ouvindo-o, disseram:
pinhos e a puseram em sua cabeça. E co-          T - "Vejam, ele está chamando Elias!"
meçaram a saudá-lo:                              N - Alguém correu e embebeu uma espon-
T - "Salve, rei dos judeus!"                     ja em vinagre, afixou-a na ponta de uma
N - Batiam-lhe na cabeça com uma vara.           vara e lhe deu de beber, dizendo:
Cuspiam nele e, dobrando os joelhos,             L3 - Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo
prostravam-se diante dele. Depois de zom-        da cruz".
barem de Jesus, tiraram-lhe o manto ver-         N - Então Jesus deu um forte grito e expi-
melho, vestiram-no de novo com suas pró-         rou.
prias roupas e o levaram para fora, a fim        (Aqui se faz uma pausa e todos se ajoelham)
de crucificá-lo.                                 N - Neste momento a cortina do santuário
Os soldados obrigaram um certo Simão             rasgou-se de alto a baixo, em duas par-
de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo,           tes. Quando o oficial do exército, que es-
que voltava do campo, a carregar a cruz.         tava bem em frente dele, viu como Jesus
Levaram Jesus para o lugar chamado               havia expirado, disse:
Gólgota, que quer dizer "Calvário".              L3 - "Na verdade, este homem era Filho de
Deram-lhe vinho misturado com mirra,             Deus!"
mas ele não o tomou. Então o crucifica-          N - Estavam ali também algumas mulhe-
ram e repartiram as suas roupas, tirando         res, que olhavam de longe; entre elas,
a sorte, para ver que parte caberia a cada       Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago
um.
                                                 Menor e de Joset, e Salomé. Elas haviam
Eram nove horas da manhã quando o cru-
                                                 acompanhado e servido a Jesus quando
cificaram. E ali estava uma inscrição com
                                                 ele estava na Galiléia. Também muitas
o motivo de sua condenação: "O Rei dos
                                                 outras que tinham ido com Jesus a Jeru-
Judeus". Com Jesus foram crucificados
                                                 salém estavam ali.
dois ladrões, um à direita e outro à es-
                                                 Era o dia da preparação, isto é, véspera
querda.
                                                 do sábado, e já caíra a tarde.
Os que por ali passavam o insultavam, ba-
lançando a cabeça e dizendo:                     Então, José de Arimatéia, membro respei-
T - "Ah! Tu que destróis o Templo e o re-        tável do Conselho, que também esperava
constróis em três dias, salva-te a ti mesmo,     o Reino de Deus, cheio de coragem, veio
descendo da cruz!"                               a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos
N - Do mesmo modo, os sumos sacerdo-             ficou admirado, quando soube que Jesus
tes, com os mestre da Lei, zombavam entre        estava morto. Chamou o oficial do exér-
si, dizendo:                                     cito e perguntou se Jesus tinha morrido
T - "A outros salvou, a si mesmo não pode        há muito tempo. Informado pelo oficial,
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N - Os que foram crucificados com ele            Depois colocou-o num túmulo, escavado
também o insultavam. Quando chegou o             na rocha, e rolou uma pedra à entrada
meio-dia, houve uma escuridão sobre toda         do sepulcro.
a terra, até as três horas da tarde. Pelas       Maria Madalena, e Maria, mãe de Joset,
três da tarde, Jesus gritou com voz forte:       observavam onde Jesus foi posto.
J - "Eloi, Eloi, lamá sabactâni?"                – Palavra da Salvação.

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  • 1. Nº 1.907 (Ano B/Vermelho) 1 de abril de 2012 Domingos de Ramos e da Paixão do Senhor COLETA DA SOLIDARIEDADE JESUS, NOSSO COMPANHEIRO NO SOFRIMENTO 01. MOTIVAÇÃO C.1 No Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério do Senhor crucificado, sepultado e ressusci- tado que, ao entrar em Jerusalém, prenun- ciou a sua majestade. Os cristãos levam ramos em sinal do real triunfo que na cruz, Cristo alcançou. De acordo com a palavra do Apóstolo: "Se com Ele padecemos, com Ele também seremos glorificados". 02. CANTO Tu és Rei dos Reis... nº 798 03. ACOLHIDA E SAUDAÇÃO D. Meus irmãos e minhas irmãs, durante as cinco semanas da Quaresma prepara- mos os nossos corações pela oração, pela penitência e pela caridade. Hoje aqui nos Preparar uma vasilha com água e ramos para reunimos e vamos iniciar, com toda a Igre- aspersão. - Preparar uma mesinha em um lugar fora da Igre- ja a celebração da Páscoa de Nosso Se- ja. nhor. Para realizar o mistério de sua Morte - Ver mais leitores para ajudar na proclamação e Ressurreição, Cristo entrou em Jerusa- do Evangelho. Isso deve ser feito com bastante lém, sua cidade. Celebrando com fé e pie- antecedência para possibilitar o treinamento da dade a memória desta entrada, sigamos os leitura do texto e não ler palavras erradas. - Hoje é o dia da Coleta da Campanha da Solida- passos de nosso Salvador para que, asso- riedade. Os que não trouxeram o envelope com ciados pela graça à sua cruz, participemos sua oferta, poderão trazer durante a semana. também de sua Ressurreição e de sua Vida.
  • 2. (O Dirigente ou alguém do grupo de cantos can- dar a todos um exemplo de humildade, ta e o povo repete) quisestes que o nosso Salvador se fi- - Vinde, meu Senhor, vinde me valer (bis) zesse homem e morresse na cruz. Vinde e não demoreis em nos socorrer (bis) Concedei-nos aprender o ensinamento - Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espí- da sua paixão e ressuscitar com Ele em rito (bis) sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cris- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus to, Vosso Filho, na unidade do Espírito bendito (bis) Santo. - Vinde à oração, vinde com fervor (bis) Povo de sacerdotes, a Deus o louvor (bis) PRIMEIRA LEITURA: Is 50, 4-7 - Para mim viver é Cristo Jesus (bis) Morrer pra mim é lucro, minha glória, a cruz L.1 Leitura do Livro do Profeta Isaías. (bis) SALMO RESPONSORIAL – 21(22) 04. BÊNÇÃO DOS RAMOS E ASPER- Refrão: Meu Deus, meu Deus, por que SÃO me abandonastes? (O povo levanta os ramos e canta): Esses ramos serão abençoados porque SEGUNDA LEITURA: Fl 2, 6-11 o Senhor derramou o seu amor. (2x) (Alguém segura a vasilha com água enquanto o L.2 Leitura da Carta de São Paulo aos dirigente reza:) Filipenses. D. Ó Deus de bondade, aumentai a fé dos que esperam em Vós e ouvi as nos- CANTO DE ACLAMAÇÃO sas preces. Apresentando hoje ao Cris- Jesus Cristo, sendo Deus...nº 799 to vencedor os nossos ramos, possamos frutificar em boas obras, por Cristo, EVANGELHO: Mc 14, 1-15, 47 nosso Senhor. (O dirigente asperge o povo e os ramos). Paixão de Jesus Cristo segundo São Marcos. (Ver folha anexa) EVANGELHO: Mc 11, 1-10 07. PARTILHANDO A PALAVRA Evangelho de Jesus Cristo segundo Na primeira leitura aparece a figura do "Ser- Marcos. vo do Senhor". A ele foi confiada uma mis- são: transmitir uma mensagem a quem per- 05. PROCISSÃO ATÉ A IGREJA deu toda a confiança. É também aquele que, D. Meus irmãos e minhas irmãs imitando o numa atitude de discípulo, vive em perma- povo que aclamou Jesus, comecemos com nente escuta da Palavra de Deus. Com o alegria a nossa procissão. coração e os ouvidos sempre abertos está Cantos: escolher os que estão entre os núme- atento para não perder nada que Deus lhe ros 801 ao 807 do livro de cantos da diocese. transmite. O "Servo do Senhor" sabe das responsabilidades por ter ouvido a Palavra 06. ORAÇÃO (na igreja) de Deus. Por vocação, não pode fugir da D. Deus eterno e todo-poderoso, para missão para a qual foi convocado. É aquele
  • 3. que denuncia as injustiças e sabe das soldado representa todos os que chegam à consequências. A história desse "Servo" faz fé em Cristo; que não se convertem por te- lembrar a história de todos que queiram pra- rem assistido a algum milagre, mas por te- ticar e proclamar a justiça; faz lembrar, in- rem percebido o sentido de uma vida doa- clusive, a vida de Jesus. da aos irmãos por amor. É dessa desco- Na segunda leitura Paulo exorta aos berta que nasce a verdadeira fé e a autênti- filipenses a respeito da vida de Jesus. Ele ca adesão a Cristo. Importante lembrar que existia antes de fazer-se homem (na condi- na narrativa de Marcos aparece a expres- ção divina). Encarnado, assume a humani- são "Abba, Pai" (14,36) em aramaico, sig- dade decaída pelas fraquezas, humilhações nifica "papai". O evangelista utiliza a expres- e desprezos. No entanto, esse caminho que são para mostrar o abandono e a confiança Jesus percorre não termina com a sua mor- do Filho em relação ao Pai em um momen- te na cruz. Ele foi ressuscitado pelo Pai e to tão difícil. A nós, cristãos, basta-nos as- elevado como modelo para todos. Jesus sumir, a exemplo de Jesus, nossa condição não teve medo do sofrimento. É o verda- de filhos e servos do Senhor, respondendo deiro "Servo Sofredor" que viveu a experi- fielmente ao chamado de Deus; chamado ência humana até a morte e foi recompen- este que requer enfrentamento de dificul- sado pela sua fidelidade quando Deus o glo- dades, que nos leva a verdade maior que rificou e o fez Senhor. podemos seguir: que é a vontade de Deus. No Evangelho, Marcos apresenta o lado Em síntese, podemos dizer que, com Cris- humano de Jesus; um Jesus que aceita tudo o que está acontecendo e ainda conclui: to, nosso companheiro no sofrimento, che- "isso acontece para que se cumpram as garemos ao Pai. Escrituras" (14,49). Jesus é abandonado pelos discípulos, traído pela multidão, 08. PROFISSÃO DE FÉ esbofeteado, zombado, humilhado e insul- D. Professemos nossa fé no Deus que se tado. Ele se angustia, se vê derrotado a pon- doou inteiramente por nós. Creio em Deus to de gritar "Meu Deus, meu Deus porque Pai... me abandonastes" (15,44), mas está cer- to de ter lutado pela causa justa. Marcos, 09. PRECES DA COMUNIDADE quer mostrar que Jesus não é nenhum super- D. Irmãos e irmãs, caminhemos com o Deus homem ou um herói, mas sim, um fraco justo e bondoso. A Ele apresentemos os como nós, que passou pela difícil experiên- nossos pedidos certos de que nos ouvirá. A cia da obediência ao Pai e é "um dos nos- cada pedido respondamos: sos", se levarmos em conta os sofrimentos Senhor da vida, ouvi-nos e atendei-nos. da vida. Jesus também manifesta um silên- 1- Senhor, subistes a Jerusalém para sofrer cio, que não é sinal de falta de coragem, e assim entrar na glória: conduzi o vosso mas sinal de fortaleza de espírito; se mostra povo à Páscoa da Ressurreição! Rezemos... superior diante da arrogância, do insulto e 2- Fizestes da Cruz a árvore da vida. A to- da calúnia. dos nós renascidos pelo batismo, dai-nos Aparece ainda, em Marcos, a profissão de caminhar como filhos e filhas da luz! Reze- fé do centurião: "Verdadeiramente este mos... homem era Filho de Deus" (15,39). Este 3- Viestes para salvar os pecadores, ajudai-
  • 4. nos a ser misericordiosos com nossos ir- a força para seguirmos os seus passos até a mãos e a dedicar-nos com amor no servi- vossa casa. ço do vosso Reino! Rezemos... Todos: Amém! (Concluir com a Oração da CF/2012) D. Que o Deus de toda a graça nos firme e nos fortaleça no meio dos nossos sofrimen- 10. APRESENTAÇÃO DOS DONS tos. A Ele a glória e o poder para sempre. D. O Pai nos ama gratuitamente. Com este Todos: Amém! sentimento de gratuidade apresentemos D. Que o Deus Salvador nos dê a sua bên- diante Dele os nossos dons. Hoje, de modo ção e sua justiça neste dia e para sempre. especial, coloquemos no altar do Senhor a Todos: Amém! nossa oferta da Campanha da Solidarie- D. Abençoe-vos o Deus todo poderoso: Pai dade. Sejamos generosos. e Filho e Espírito Santo. Amém! Bendito és tu... nº 490 D. Ide em paz e que o Senhor vos acompa- nhe. 11. PAI NOSSO Todos: Graças a Deus! D. Jesus confiou no Pai até às últimas consequências. Na oração do Pai Nosso 15. CANTO expressemos também nossa confiança e Um certo dia, à beira mar...nº 812 fidelidade a Ele que tanto nos ama. Rezemos juntos: Pai Nosso... 12. ORAÇÃO D. Saciados pela vossa Palavra, nós vos pedimos ó Deus, que pela morte do Vosso Filho nos destes esperar o que cremos, dai-nos pela sua Ressurreição alcançar o que buscamos. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém. 13. AVISOS D. Avisar os horários das celebrações da Semana Santa. Leituras para a Semana 14. BÊNÇÃO E DESPEDIDA D. Deus nosso Pai, enviastes Vosso Filho 2ª Is 42, 1-7 / Sl 26(27) / Jo 12, 1-11 Jesus para morar entre nós e ser exemplo 3ª Is 49, 1-6 / Sl 70(71) / Jo 13, 21-33.36-38 de humildade e doação. Dai-nos também 4ª Is 50, 4-9a / Sl 68(69) / Mt 26, 14-25 Secretariado Diocesano de Pastoral Av. João XXIII, 410-Centro 29930-420-S. Mateus/ES - Tel: (27) 3763.1177 Fax 3763.3104 - E-mail: secretariado@diocesedesaomateus.org.br / Site: www.diocesedesaomateus.org.br Rádio Católica da nossa região, é a Kairós FM 94,7. www.radiokairos.com.br Associe-se ao Clube do Ouvinte e ajude a manter a rádio. Informações pelo telefone 3767-2000.
  • 5. DOMINGO DE RAMOS – Folha Anexa nº 1.907 – ANO "B" – 01/04/2012 Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos - 14,1 - 15,47 N - Faltavam dois dias para a Páscoa e L3 - "Onde queres que façamos os prepara- para a festa dos Ázimos. Os sumos sacer- tivos para comeres a Páscoa?" dotes e os mestres da Lei procuravam um N - Jesus enviou então dois dos seus dis- meio de prender Jesus à traição, para cípulos e lhes disse: matá-lo. Eles diziam: J - "Ide à cidade. Um homem carregando L1 - "Não durante a festa, para que não haja um jarro de água virá ao vosso encontro. um tumulto no meio do povo". Segui-o e dizei ao dono da casa em que ele N - Jesus estava em Betânia, na casa de entrar: 'O Mestre manda dizer: onde está a Simão, o leproso. Quando estava à mesa, sala em que vou comer a Páscoa com os veio uma mulher com um vaso de alabastro meus discípulos?' Então ele vos mostrará, no cheio de perfume de nardo puro, muito andar de cima, uma grande sala, arrumada caro. Ela quebrou o vaso e derramou o com almofadas. Ali fareis os preparativos para perfume na cabeça de Jesus. Alguns que nós!" estavam ali ficaram indignados e comen- N - Os discípulos saíram e foram à cida- tavam: de. Encontraram tudo como Jesus havia L2 - "Por que este desperdício de perfume? dito, e prepararam a Páscoa. Ele poderia ser vendido por mais de trezen- Ao cair da tarde, Jesus foi com os doze. tas moedas de prata, que seriam dadas aos Enquanto estavam à mesa comendo, Je- pobres". sus disse: N - E criticavam asperamente a mulher. J - "Em verdade vos digo, um de vós, que Mas Jesus lhes disse: come comigo, vai me trair". J - "Deixai-a em paz! Por que aborrecê-la? N - Os discípulos começaram a ficar tris- Ela praticou uma boa ação para comigo. tes e perguntaram a Jesus, um após ou- Pobres, sempre os tereis convosco e quando tro: quiserdes podeis fazer-lhes o bem. Quanto a L3 - "Acaso serei eu?" mim não me tereis para sempre. Ela fez o N - Jesus lhes disse: que podia: derramou perfume em meu cor- J - "É um dos doze, que se serve comigo do po, preparando-o para a sepultura. Em ver- mesmo prato. O Filho do Homem segue seu dade vos digo, em qualquer parte que o Evan- caminho, conforme está escrito sobre ele. Ai, gelho for pregado, em todo o mundo, será porém daquele que trair o Filho do Homem! contado o que ela fez, como lembrança do Melhor seria que nunca tivesse nascido!" seu gesto". N - Enquanto comiam, Jesus tomou o pão N - Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o com os sumos sacerdotes para entregar- e entregou-lhes, dizendo: lhes Jesus. Eles ficaram muito contentes J - "Tomai, isto é o meu corpo". quando ouviram isso, e prometeram dar- N - Em seguida, tomou o cálice, deu gra- lhe dinheiro. Então, Judas começou a pro- ças, entregou-lhes e todos beberam dele. curar uma boa oportunidade para entre- Jesus lhes disse: gar Jesus. J - "Isto é o meu sangue, o sangue da alian- No primeiro dia dos Ázimos, quando se ça, que é derramado em favor de muitos. Em imolava o cordeiro pascal, os discípulos verdade vos digo, não beberei mais do fruto disseram a Jesus: da videira, até o dia em que beberei o vinho
  • 6. novo no Reino de Deus". ta! Chegou a hora! Eis que o Filho do Ho- N - Depois de terem cantado hino, foram mem é entregue nas mãos dos pecadores. para o Monte das Oliveiras. Então Jesus Levantai-vos! Vamos! Aquele que vai me trair disse aos discípulos: já está chegando". J - "Todos vós ficareis desorientados, pois N - E logo, enquanto Jesus ainda falava, está escrito: 'Ferirei o pastor e as ovelhas se chegou Judas, um dos doze, com uma mul- dispersarão'. Mas, depois de ressuscitar, eu tidão armada de espadas e paus. Vinha vos precederei na Galiléia". da parte dos sumos sacerdotes, dos mes- N - Pedro, porém, lhe disse: tres da Lei e dos anciãos do povo. O trai- L4 - "Mesmo que todos fiquem desorienta- dor tinha combinado com eles um sinal, dos, eu não ficarei". dizendo: N - Respondeu-lhe Jesus: L2 - "É aquele que eu beijar. Prendei-o e J - "Em verdade te digo, ainda hoje, esta noi- levai-o com segurança!" te, antes que o galo cante duas vezes, três N - Judas logo se aproximou de Jesus, di- vezes me negarás". zendo: N - Mas Pedro repetiu com veemência: L2 - "Mestre!", L4 - "Ainda que tenha de morrer contigo, eu N - e o beijou. Então lançaram as mãos não te negarei". sobre ele e o prenderam. Mas um dos pre- N - E todos diziam o mesmo. Chegados a sentes puxou a espada e feriu o emprega- um lugar chamado Getsêmani, disse Je- do do sumo sacerdote, cortando-lhe a ore- sus aos discípulos: lha. Jesus tomou a palavra e disse: J - "Sentai-vos aqui, enquanto eu vou rezar!" J - "Vós saístes com espadas e paus para N - Levou consigo Pedro, Tiago e João, e me prender, como se eu fosse um assaltan- começou a sentir pavor e angústia. Então te. Todos os dias eu estava convosco, no Jesus lhes disse: Templo, ensinando, e não me prendestes. J - "Minha alma está triste até a morte. Ficai Mas isto acontece para que se cumpram as aqui e vigiai". Escrituras". N - Jesus foi um pouco mais adiante e, N - Então todos o abandonaram e fugi- prostrando-se por terra, rezava que, se ram. Um jovem, vestido apenas com um fosse possível, aquela hora se afastasse lençol, estava seguindo a Jesus, e eles o dele. Dizia: prenderam. Mas o jovem largou o lençol J - "Abbá! Pai! Tudo é possível: afasta de e fugiu nu. Então levaram Jesus ao Sumo mim este cálice! Contudo, não seja feito o Sacerdote, e todos os sumos sacerdotes, que eu quero, mas sim o que tu queres!" os anciãos e os mestres da Lei se reuni- N - Voltando, encontrou os discípulos dor- ram. Pedro seguiu Jesus de longe, até o mindo. Então disse a Pedro: interior do pátio do Sumo Sacerdote. Sen- J - "Simão, tu estás dormindo? Não pudeste tado com os guardas, aquecia-se junto ao vigiar nem uma hora? Vigiai e orai, para não fogo. Ora, os sumos sacerdotes e todo o cairdes em tentação! Pois o espírito está Sinédrio procuravam um testemunho con- pronto, mas a carne é fraca". tra Jesus, para condená-lo à morte, mas N - Jesus afastou-se de novo e rezou, re- não encontravam. Muitos testemunhavam petindo as mesmas palavras. Voltou outra falsamente contra ele, mas seus testemu- vez e os encontrou dormindo, porque seus nhos não concordavam. Alguns se levan- olhos estavam pesados de sono e eles não taram e testemunharam falsamente con- sabiam o que responder. Ao voltar pela tra ele, dizendo: terceira vez, Jesus lhes disse: T - "Nós o ouvimos dizer: 'Vou destruir este J - "Agora podeis dormir e descansar. Bas- templo feito pelas mãos dos homens, e em
  • 7. três dias construirei um outro, que não será N - Aí Pedro começou a maldizer e a ju- feito por mãos humanas!'" rar, dizendo: N - Mas nem assim o testemunho deles con- L4 - "Nem conheço esse homem de quem cordava. Então, o Sumo Sacerdote levan- estás falando". tou-se no meio deles e interrogou a Je- N - E nesse instante um galo cantou pela sus: segunda vez. Lembrou-se Pedro da pala- L2 - "Nada tens a responder ao que estes vra que Jesus lhe havia dito: "Antes que testemunham contra ti?" um galo cante duas vezes, três vezes me N - Jesus continuou calado, e nada res- negarás". Caindo em si, ele começou a pondeu. O Sumo Sacerdote interrogou-o chorar. Logo pela manhã, os sumos sa- de novo: cerdotes, com os anciãos, os mestres da L2 - "Tu és o Messias, o Filho de Deus Ben- Lei e todo o Sinédrio, reuniram-se e to- dito?" maram uma decisão. N - Jesus respondeu: Levaram Jesus amarrado e o entregaram J - "Eu sou. E vereis o Filho do Homem sen- a Pilatos. E Pilatos o interrogou: tado à direita do Todo-Poderoso, vindo com L2 - "Tu és o rei dos judeus?" as nuvens do céu". N - Jesus respondeu: N - O Sumo Sacerdote rasgou suas vestes J - "Tu o dizes". e disse: N - E os sumos sacerdotes faziam muitas L2 - "Que necessidade temos ainda de tes- acusações contra Jesus. Pilatos o inter- temunhas? Vós ouvistes a blasfêmia! Que rogou novamente: vos parece?" L2 - "Nada tens a responder? Vê de quanta N - Então todos o julgaram réu de morte. coisa te acusam!" Alguns começaram a cuspir em Jesus. Co- N - Mas Jesus não respondeu mais nada, brindo-lhe o rosto, o esbofeteavam e dizi- de modo que Pilatos ficou admirado. Por am: ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o pri- T - "Profetiza!" sioneiro que eles pedissem. Havia então N - Os guardas também davam-lhe bofe- um preso, chamado Barrabás, entre os tadas. Pedro estava embaixo, no pátio. bandidos, que, numa revolta, tinha come- Veio uma criada do Sumo Sacerdote, e, tido um assassinato. A multidão subiu a quando viu Pedro que se aquecia, olhou Pilatos e começou a pedir que ele fizesse bem para ele e disse: como era costume. Pilatos perguntou: M - "Tu também estavas com Jesus, o L2 - "Vós quereis que eu solte o rei dos ju- Nazareno!" deus?" N - Mas Pedro negou, dizendo: N - Ele bem sabia que os sumos sacerdo- L4 - "Não sei e nem compreendo o que es- tes haviam entregado Jesus por inveja. Po- tás dizendo!" rém, os sumos sacerdotes instigaram a mul- N - E foi para fora, para a entrada do tidão para que Pilatos lhes soltasse pátio. E o galo cantou. A criada viu Pedro, Barrabás. Pilatos perguntou de novo: e de novo começou a dizer aos que esta- L2 - "Que quereis que eu faça com o rei dos vam perto: judeus?" M - "Este é um deles". N - Mas eles tornaram a gritar: N - Mas Pedro negou outra vez. Pouco T - "Crucifica-o!" depois, os que estavam junto diziam no- N - Pilatos, querendo satisfazer a multi- vamente a Pedro: dão, soltou Barrabás, mandou flagelar T - "É claro que tu és um deles, pois és da Jesus e o entregou para ser crucificado. Galiléia". Então os soldados o levaram para dentro
  • 8. do palácio, isto é, o pretório, e convoca- N - que quer dizer: "Meu Deus, meu Deus, ram toda a tropa. Vestiram Jesus com um porque me abandonaste?" Alguns dos que manto vermelho, teceram uma coroa de es- estavam ali perto, ouvindo-o, disseram: pinhos e a puseram em sua cabeça. E co- T - "Vejam, ele está chamando Elias!" meçaram a saudá-lo: N - Alguém correu e embebeu uma espon- T - "Salve, rei dos judeus!" ja em vinagre, afixou-a na ponta de uma N - Batiam-lhe na cabeça com uma vara. vara e lhe deu de beber, dizendo: Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, L3 - Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo prostravam-se diante dele. Depois de zom- da cruz". barem de Jesus, tiraram-lhe o manto ver- N - Então Jesus deu um forte grito e expi- melho, vestiram-no de novo com suas pró- rou. prias roupas e o levaram para fora, a fim (Aqui se faz uma pausa e todos se ajoelham) de crucificá-lo. N - Neste momento a cortina do santuário Os soldados obrigaram um certo Simão rasgou-se de alto a baixo, em duas par- de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, tes. Quando o oficial do exército, que es- que voltava do campo, a carregar a cruz. tava bem em frente dele, viu como Jesus Levaram Jesus para o lugar chamado havia expirado, disse: Gólgota, que quer dizer "Calvário". L3 - "Na verdade, este homem era Filho de Deram-lhe vinho misturado com mirra, Deus!" mas ele não o tomou. Então o crucifica- N - Estavam ali também algumas mulhe- ram e repartiram as suas roupas, tirando res, que olhavam de longe; entre elas, a sorte, para ver que parte caberia a cada Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago um. Menor e de Joset, e Salomé. Elas haviam Eram nove horas da manhã quando o cru- acompanhado e servido a Jesus quando cificaram. E ali estava uma inscrição com ele estava na Galiléia. Também muitas o motivo de sua condenação: "O Rei dos outras que tinham ido com Jesus a Jeru- Judeus". Com Jesus foram crucificados salém estavam ali. dois ladrões, um à direita e outro à es- Era o dia da preparação, isto é, véspera querda. do sábado, e já caíra a tarde. Os que por ali passavam o insultavam, ba- lançando a cabeça e dizendo: Então, José de Arimatéia, membro respei- T - "Ah! Tu que destróis o Templo e o re- tável do Conselho, que também esperava constróis em três dias, salva-te a ti mesmo, o Reino de Deus, cheio de coragem, veio descendo da cruz!" a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos N - Do mesmo modo, os sumos sacerdo- ficou admirado, quando soube que Jesus tes, com os mestre da Lei, zombavam entre estava morto. Chamou o oficial do exér- si, dizendo: cito e perguntou se Jesus tinha morrido T - "A outros salvou, a si mesmo não pode há muito tempo. Informado pelo oficial, salvar! O Messias, o rei de Israel... que des- Pilatos entregou o corpo a José. ça agora da cruz, para que vejamos e acre- José comprou um lençol de linho, desceu ditemos!" o corpo da cruz e o envolveu no lençol. N - Os que foram crucificados com ele Depois colocou-o num túmulo, escavado também o insultavam. Quando chegou o na rocha, e rolou uma pedra à entrada meio-dia, houve uma escuridão sobre toda do sepulcro. a terra, até as três horas da tarde. Pelas Maria Madalena, e Maria, mãe de Joset, três da tarde, Jesus gritou com voz forte: observavam onde Jesus foi posto. J - "Eloi, Eloi, lamá sabactâni?" – Palavra da Salvação.