Este estudo avaliou a prevalência de vaginose bacteriana em mulheres menopausadas e inférteis. A prevalência foi similar nos dois grupos, com cerca de 14% nas mulheres menopausadas e 17% nas inférteis. Todos os métodos diagnósticos, incluindo exame clínico, pH vaginal, teste do amônia e teste do Gram, devem ser usados para estabelecer o diagnóstico corretamente e evitar sub ou superdiagnóstico.
Este estudo prospectivo avaliou 179 pacientes com suspeita clínica de candidíase vulvovaginal em São Paulo, Brasil. Os sinais e sintomas clínicos mais comuns foram prurido e corrimento, independentemente do agente etiológico. Candida albicans foi a espécie mais frequentemente isolada nas pacientes e seus parceiros sexuais, sugerindo que estes podem ser importantes reservatórios da infecção e contribuir para sua manutenção.
O documento discute úlceras genitais infecciosas, definindo-as como lesões na vulva ou vagina que causam perda da integridade dos tecidos superficiais. Ele lista as principais doenças sexualmente transmissíveis que podem causar úlceras genitais e descreve os sinais e sintomas de cada uma, incluindo sífilis, herpes, cancro mole, linfogranuloma venéreo e donovanose. O documento também discute o diagnóstico e tratamento dessas condições.
O estudo avaliou 21 crianças infectadas pelo HIV e encontrou manifestações orofaciais em 71,4% delas. A candidíase pseudomembranosa foi a lesão mais comum (60%) entre as crianças com imunodepressão grave. Houve correlação significativa entre a presença de lesões bucais e o grau de imunossupressão.
Tuberculose - Aula 02 - Tratamento e Controle dos ContatosFlávia Salame
O documento fornece diretrizes sobre o tratamento e controle da tuberculose, incluindo esquemas terapêuticos, avaliação e tratamento de contatos, tratamento de infecção latente e casos de falência do tratamento.
Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...Safia Naser
O documento compara a detecção do genoma do HPV em pacientes com câncer de laringe usando PCR convencional e em tempo real. A PCR em tempo real detectou o genoma do HPV em 46,7% das amostras, enquanto a PCR convencional detectou em 30%, mostrando que a PCR em tempo real é mais sensível na detecção do HPV. O estudo contribui para o entendimento do papel do HPV na carcinogênese de tumores de laringe.
Este documento resume as evidências atuais sobre diagnóstico e tratamento de infecção do trato urinário em crianças. A coleta de amostras de urina por punção supra-púbica ou cateterização uretral fornece os melhores resultados para diagnóstico. Contagem bacteriana ao microscópio em urina não centrifugada é o teste mais sensível e específico. Recorrência de infecção é comum e pode causar danos renais.
Infecção do Trato Urinário e Icterícia em Recém- Nascidosblogped1
CLUBE DE ARTIGO - Infecção do trato urinário em recém nascidos com Ictericia nas duas primeiras semanas de vida - Artigo Cientifico apresentado durante o Internato em Pediatria I (PED I) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal - Brasil.
O documento discute o diagnóstico e tratamento de úlceras genitais infecciosas. Apresenta os principais tipos de úlceras genitais de acordo com a idade, sintomas e características. Fornece detalhes sobre o diagnóstico e tratamento de doenças como herpes genital, sífilis, cancro mole, linfogranuloma venéreo e outras. Enfatiza a importância do diagnóstico correto e tratamento adequado dessas infecções.
Este estudo prospectivo avaliou 179 pacientes com suspeita clínica de candidíase vulvovaginal em São Paulo, Brasil. Os sinais e sintomas clínicos mais comuns foram prurido e corrimento, independentemente do agente etiológico. Candida albicans foi a espécie mais frequentemente isolada nas pacientes e seus parceiros sexuais, sugerindo que estes podem ser importantes reservatórios da infecção e contribuir para sua manutenção.
O documento discute úlceras genitais infecciosas, definindo-as como lesões na vulva ou vagina que causam perda da integridade dos tecidos superficiais. Ele lista as principais doenças sexualmente transmissíveis que podem causar úlceras genitais e descreve os sinais e sintomas de cada uma, incluindo sífilis, herpes, cancro mole, linfogranuloma venéreo e donovanose. O documento também discute o diagnóstico e tratamento dessas condições.
O estudo avaliou 21 crianças infectadas pelo HIV e encontrou manifestações orofaciais em 71,4% delas. A candidíase pseudomembranosa foi a lesão mais comum (60%) entre as crianças com imunodepressão grave. Houve correlação significativa entre a presença de lesões bucais e o grau de imunossupressão.
Tuberculose - Aula 02 - Tratamento e Controle dos ContatosFlávia Salame
O documento fornece diretrizes sobre o tratamento e controle da tuberculose, incluindo esquemas terapêuticos, avaliação e tratamento de contatos, tratamento de infecção latente e casos de falência do tratamento.
Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...Safia Naser
O documento compara a detecção do genoma do HPV em pacientes com câncer de laringe usando PCR convencional e em tempo real. A PCR em tempo real detectou o genoma do HPV em 46,7% das amostras, enquanto a PCR convencional detectou em 30%, mostrando que a PCR em tempo real é mais sensível na detecção do HPV. O estudo contribui para o entendimento do papel do HPV na carcinogênese de tumores de laringe.
Este documento resume as evidências atuais sobre diagnóstico e tratamento de infecção do trato urinário em crianças. A coleta de amostras de urina por punção supra-púbica ou cateterização uretral fornece os melhores resultados para diagnóstico. Contagem bacteriana ao microscópio em urina não centrifugada é o teste mais sensível e específico. Recorrência de infecção é comum e pode causar danos renais.
Infecção do Trato Urinário e Icterícia em Recém- Nascidosblogped1
CLUBE DE ARTIGO - Infecção do trato urinário em recém nascidos com Ictericia nas duas primeiras semanas de vida - Artigo Cientifico apresentado durante o Internato em Pediatria I (PED I) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal - Brasil.
O documento discute o diagnóstico e tratamento de úlceras genitais infecciosas. Apresenta os principais tipos de úlceras genitais de acordo com a idade, sintomas e características. Fornece detalhes sobre o diagnóstico e tratamento de doenças como herpes genital, sífilis, cancro mole, linfogranuloma venéreo e outras. Enfatiza a importância do diagnóstico correto e tratamento adequado dessas infecções.
O documento apresenta um estudo sobre a contaminação bacteriana de jalecos brancos usados por médicos em hospitais na Nigéria. Os resultados mostraram que a maioria dos jalecos testados continham bactérias potencialmente patogênicas, com taxas discretamente maiores nos jalecos das mulheres. O estudo conclui que os jalecos podem servir como reservatório para agentes causadores de infecções hospitalares, mas não estabelece associação direta entre o uso dos jalecos e a aquisição de infecções
1. O documento apresenta uma dissertação de mestrado que avalia a concordância entre duas técnicas de quantificação da carga viral do HBV (HBVDNA) e associações com fibrose hepática em pacientes portadores de infecção crônica pelo HBV HBeAg negativos.
2. Foram estudados 54 pacientes quanto a características clínicas, laboratoriais, ecográficas e histológicas, além da quantificação da carga viral por dois métodos (Amplicor e Taqman).
3. A
O documento discute abordagens cirúrgicas para lesões pré-cancerosas e câncer de colo uterino. Ele descreve os estágios do câncer de colo uterino de acordo com a FIGO e as opções de tratamento cirúrgico e radioterápico para cada estágio, incluindo a sobrevida em 5 anos.
Este documento discute várias infecções que podem ser transmitidas de mãe para filho, incluindo bactérias, vírus, protozoários e outros agentes infecciosos. Ele fornece detalhes sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento de cada infecção, bem como estratégias de prevenção da transmissão vertical.
Detecção de câncer de próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...Urovideo.org
Este estudo avaliou 31 homens com diagnóstico inicial de proliferação acinar pequena atípica (ASAP) em biópsias de próstata. Após biópsias subsequentes, 17 pacientes (55%) receberam diagnóstico de adenocarcinoma. A maioria dos tumores tinha escore de Gleason 7. O estudo conclui que uma segunda biópsia é necessária após diagnóstico inicial de ASAP, já que isso prediz alto risco de adenocarcinoma ser encontrado em biópsias futuras.
1) O documento faz uma revisão da prevalência e consequências da infecção por Trichomonas vaginalis, um parasita que causa vulvovaginite.
2) A infecção pode ser assintomática em 1/3 dos casos, mas geralmente causa descarga e inflamação vaginal.
3) A infecção está associada a um maior risco de outras DSTs como HIV devido à inflamação e mobilização de células imunes na vagina.
O documento discute o tratamento da tuberculose, incluindo as características do Mycobacterium tuberculosis que tornam o tratamento desafiador, como seu crescimento lento e alta taxa de mutação. Também descreve as mudanças recentes no tratamento, incluindo a adição do etambutol e a combinação dos quatro medicamentos em uma única pílula durante a fase intensiva.
O documento discute a Gardnerella, uma infecção bacteriana comum nas mulheres sexualmente ativas. A Gardnerella é causada pela bactéria Gardnerella vaginalis e pode causar corrimento amarelado de odor forte e coceira. Embora muitas mulheres sejam assintomáticas, a infecção aumenta o risco de outras DSTs e complicações na gravidez como parto prematuro. O diagnóstico é feito por exames e o tratamento é realizado com antibióticos como metronidazol.
A vaginose bacteriana é uma alteração na flora vaginal causada pela bactéria Gardnerella vaginalis, que causa corrimento de odor desagradável e pode aumentar riscos de parto prematuro. Seu diagnóstico é feito por exame preventivo e teste do pH vaginal, e é tratada com antibióticos como metronidazol. Sua prevenção envolve não usar duchas vaginais e usar preservativo.
1) A herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível comum que pode infectar grávidas e causar complicações no parto.
2) O tratamento com aciclovir é seguro para grávidas e reduz os riscos de transmissão neonatal.
3) Grávidas com lesões ativas no parto devem fazer cesárea e receber profilaxia para evitar surtos e proteger o bebê.
Comparação entre citologia e hibridização in situRoberta
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a incidência do Poliomavírus BK (BKV) na citologia urinária de pacientes transplantados renais. O estudo comparou a citologia urinária com a técnica de hibridização in situ para diagnosticar infecções por BKV. Os resultados indicaram que a identificação de células decoy na citologia urinária pode ajudar no diagnóstico, embora possa levar a falsos positivos. A hibridização in situ mostrou alta correlação com a citologia e permite distinguir
Tuberculose Pulmonar - Prevençao de contaminação e Mecanismos de ResistênciaFlávia Salame
O documento discute medidas para reduzir a transmissão e desenvolvimento de resistência à tuberculose, incluindo políticas para controle em serviços de saúde e longa permanência, medidas administrativas, de controle ambiental e proteção individual. Também aborda classificação e tratamento de resistência à tuberculose.
1) O documento discute diagnóstico, tratamento e escolha de antimicrobianos para pneumonia associada à ventilação mecânica.
2) Apresenta critérios clínicos e laboratoriais para diagnóstico e score de infecção pulmonar.
3) Debate fatores de risco para óbito, tempo de início de terapia antimicrobiana adequada e escolha entre monoterapia ou terapia combinada.
Este documento aborda o conceito e a abordagem sindrômica das DSTs, incluindo sintomas comuns, exames necessários e protocolos de tratamento para diferentes síndromes clínicas como úlcera genital, corrimento vaginal, dor pélvica e verrugas genitais.
1) O documento discute o manejo da infecção pelo vírus herpes simplex na gestação, incluindo epidemiologia, diagnóstico, tratamento e prevenção da transmissão vertical.
2) É importante orientar gestantes e parceiros sobre o risco de infecção neonatal e medidas para reduzi-lo, como abstinência sexual no terceiro trimestre em alguns casos.
3) O tratamento com antivirais é eficaz para aliviar sintomas e reduzir a duração dos surtos e o risco de transmissão.
Este documento discute a abordagem racional dos corrimentos vaginais. A infecção vaginal é a principal causa dos corrimentos, decorrente frequentemente de candidíase, vaginose bacteriana ou tricomoníase. O diagnóstico correto depende de aspectos clínicos, pH, exame a fresco e cultura. O tratamento deve ser baseado no diagnóstico e inclui antifúngicos tópicos para candidíase, metronidazol para vaginose e tricomoníase.
Este documento trata da vaginose bacteriana, uma condição comum que afeta muitas mulheres. Os autores descrevem a história da nomenclatura da vaginose bacteriana, aspectos epidemiológicos, definição, fisiopatologia, critérios de diagnóstico clínico e laboratorial, e discutem tópicos atuais como a manose ligadora de lecitina e o receptor semelhante a pedágio tipo 4 e sua relação com a condição. O objetivo é fornecer uma visão abrangente e prática deste des
Este documento resume um estudo sobre a prevalência da vaginose bacteriana em mulheres grávidas atendidas em um centro de saúde em Moçambique. O estudo analisou amostras de 87 mulheres grávidas para identificar casos de vaginose bacteriana usando o método de Nugent. A prevalência encontrada foi de 17% e fatores de risco identificados incluíram idade entre 15-24 anos e uso inconsistente de preservativos.
Detecção sorológica de anti hpv 16 e 18 e o papanicolaou em jovens e adolesce...Thaís Braga
Este artigo descreve um estudo que avaliou a prevalência de anticorpos anti-HPV 16 e 18 e sua associação com os achados do Papanicolau em 541 mulheres jovens e saudáveis entre 15-25 anos. Os resultados mostraram que 27,7% das mulheres tinham anticorpos anti-HPV, porém não houve evidência de associação entre os resultados anormais do Papanicolau e a positividade da sorologia. O estudo indica uma alta prevalência de sorologia positiva para HPV 16 e 18 nestas mulheres sem relação
O documento fornece informações sobre o exame de Papanicolaou (PCCU), incluindo sua definição, objetivo de prevenir câncer de colo uterino, grupos que devem realizá-lo, fatores de risco, procedimento, resultados possíveis e significados, achados bacteriológicos comuns e anormais, e detalhes sobre células cervicais anormais e o papel do HPV no desenvolvimento de câncer de colo uterino.
Este estudo avaliou a influência da frequência de relações sexuais e do uso de duchas vaginais na microbiota vaginal de mulheres profissionais do sexo e não profissionais do sexo. A vaginose bacteriana e a flora vaginal anormal foram mais comuns em profissionais do sexo com sete ou mais relações semanais. O uso de duchas não alterou a microbiota vaginal.
Este estudo avaliou o perfil clínico e microbiológico de 277 mulheres com vaginose bacteriana no Brasil. Os sintomas mais comuns foram corrimento genital e odor de peixe. Os critérios clínicos de diagnóstico mais observados foram a presença de clue-cells, teste de Whiff positivo e pH vaginal acima de 4,5. Culturas identificaram Gardnerella vaginalis em 96,8% dos casos e Mobiluncus em 53,1%. Lactobacillus esteve presente em apenas 32,1% das amostras.
O documento apresenta um estudo sobre a contaminação bacteriana de jalecos brancos usados por médicos em hospitais na Nigéria. Os resultados mostraram que a maioria dos jalecos testados continham bactérias potencialmente patogênicas, com taxas discretamente maiores nos jalecos das mulheres. O estudo conclui que os jalecos podem servir como reservatório para agentes causadores de infecções hospitalares, mas não estabelece associação direta entre o uso dos jalecos e a aquisição de infecções
1. O documento apresenta uma dissertação de mestrado que avalia a concordância entre duas técnicas de quantificação da carga viral do HBV (HBVDNA) e associações com fibrose hepática em pacientes portadores de infecção crônica pelo HBV HBeAg negativos.
2. Foram estudados 54 pacientes quanto a características clínicas, laboratoriais, ecográficas e histológicas, além da quantificação da carga viral por dois métodos (Amplicor e Taqman).
3. A
O documento discute abordagens cirúrgicas para lesões pré-cancerosas e câncer de colo uterino. Ele descreve os estágios do câncer de colo uterino de acordo com a FIGO e as opções de tratamento cirúrgico e radioterápico para cada estágio, incluindo a sobrevida em 5 anos.
Este documento discute várias infecções que podem ser transmitidas de mãe para filho, incluindo bactérias, vírus, protozoários e outros agentes infecciosos. Ele fornece detalhes sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento de cada infecção, bem como estratégias de prevenção da transmissão vertical.
Detecção de câncer de próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...Urovideo.org
Este estudo avaliou 31 homens com diagnóstico inicial de proliferação acinar pequena atípica (ASAP) em biópsias de próstata. Após biópsias subsequentes, 17 pacientes (55%) receberam diagnóstico de adenocarcinoma. A maioria dos tumores tinha escore de Gleason 7. O estudo conclui que uma segunda biópsia é necessária após diagnóstico inicial de ASAP, já que isso prediz alto risco de adenocarcinoma ser encontrado em biópsias futuras.
1) O documento faz uma revisão da prevalência e consequências da infecção por Trichomonas vaginalis, um parasita que causa vulvovaginite.
2) A infecção pode ser assintomática em 1/3 dos casos, mas geralmente causa descarga e inflamação vaginal.
3) A infecção está associada a um maior risco de outras DSTs como HIV devido à inflamação e mobilização de células imunes na vagina.
O documento discute o tratamento da tuberculose, incluindo as características do Mycobacterium tuberculosis que tornam o tratamento desafiador, como seu crescimento lento e alta taxa de mutação. Também descreve as mudanças recentes no tratamento, incluindo a adição do etambutol e a combinação dos quatro medicamentos em uma única pílula durante a fase intensiva.
O documento discute a Gardnerella, uma infecção bacteriana comum nas mulheres sexualmente ativas. A Gardnerella é causada pela bactéria Gardnerella vaginalis e pode causar corrimento amarelado de odor forte e coceira. Embora muitas mulheres sejam assintomáticas, a infecção aumenta o risco de outras DSTs e complicações na gravidez como parto prematuro. O diagnóstico é feito por exames e o tratamento é realizado com antibióticos como metronidazol.
A vaginose bacteriana é uma alteração na flora vaginal causada pela bactéria Gardnerella vaginalis, que causa corrimento de odor desagradável e pode aumentar riscos de parto prematuro. Seu diagnóstico é feito por exame preventivo e teste do pH vaginal, e é tratada com antibióticos como metronidazol. Sua prevenção envolve não usar duchas vaginais e usar preservativo.
1) A herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível comum que pode infectar grávidas e causar complicações no parto.
2) O tratamento com aciclovir é seguro para grávidas e reduz os riscos de transmissão neonatal.
3) Grávidas com lesões ativas no parto devem fazer cesárea e receber profilaxia para evitar surtos e proteger o bebê.
Comparação entre citologia e hibridização in situRoberta
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a incidência do Poliomavírus BK (BKV) na citologia urinária de pacientes transplantados renais. O estudo comparou a citologia urinária com a técnica de hibridização in situ para diagnosticar infecções por BKV. Os resultados indicaram que a identificação de células decoy na citologia urinária pode ajudar no diagnóstico, embora possa levar a falsos positivos. A hibridização in situ mostrou alta correlação com a citologia e permite distinguir
Tuberculose Pulmonar - Prevençao de contaminação e Mecanismos de ResistênciaFlávia Salame
O documento discute medidas para reduzir a transmissão e desenvolvimento de resistência à tuberculose, incluindo políticas para controle em serviços de saúde e longa permanência, medidas administrativas, de controle ambiental e proteção individual. Também aborda classificação e tratamento de resistência à tuberculose.
1) O documento discute diagnóstico, tratamento e escolha de antimicrobianos para pneumonia associada à ventilação mecânica.
2) Apresenta critérios clínicos e laboratoriais para diagnóstico e score de infecção pulmonar.
3) Debate fatores de risco para óbito, tempo de início de terapia antimicrobiana adequada e escolha entre monoterapia ou terapia combinada.
Este documento aborda o conceito e a abordagem sindrômica das DSTs, incluindo sintomas comuns, exames necessários e protocolos de tratamento para diferentes síndromes clínicas como úlcera genital, corrimento vaginal, dor pélvica e verrugas genitais.
1) O documento discute o manejo da infecção pelo vírus herpes simplex na gestação, incluindo epidemiologia, diagnóstico, tratamento e prevenção da transmissão vertical.
2) É importante orientar gestantes e parceiros sobre o risco de infecção neonatal e medidas para reduzi-lo, como abstinência sexual no terceiro trimestre em alguns casos.
3) O tratamento com antivirais é eficaz para aliviar sintomas e reduzir a duração dos surtos e o risco de transmissão.
Este documento discute a abordagem racional dos corrimentos vaginais. A infecção vaginal é a principal causa dos corrimentos, decorrente frequentemente de candidíase, vaginose bacteriana ou tricomoníase. O diagnóstico correto depende de aspectos clínicos, pH, exame a fresco e cultura. O tratamento deve ser baseado no diagnóstico e inclui antifúngicos tópicos para candidíase, metronidazol para vaginose e tricomoníase.
Este documento trata da vaginose bacteriana, uma condição comum que afeta muitas mulheres. Os autores descrevem a história da nomenclatura da vaginose bacteriana, aspectos epidemiológicos, definição, fisiopatologia, critérios de diagnóstico clínico e laboratorial, e discutem tópicos atuais como a manose ligadora de lecitina e o receptor semelhante a pedágio tipo 4 e sua relação com a condição. O objetivo é fornecer uma visão abrangente e prática deste des
Este documento resume um estudo sobre a prevalência da vaginose bacteriana em mulheres grávidas atendidas em um centro de saúde em Moçambique. O estudo analisou amostras de 87 mulheres grávidas para identificar casos de vaginose bacteriana usando o método de Nugent. A prevalência encontrada foi de 17% e fatores de risco identificados incluíram idade entre 15-24 anos e uso inconsistente de preservativos.
Detecção sorológica de anti hpv 16 e 18 e o papanicolaou em jovens e adolesce...Thaís Braga
Este artigo descreve um estudo que avaliou a prevalência de anticorpos anti-HPV 16 e 18 e sua associação com os achados do Papanicolau em 541 mulheres jovens e saudáveis entre 15-25 anos. Os resultados mostraram que 27,7% das mulheres tinham anticorpos anti-HPV, porém não houve evidência de associação entre os resultados anormais do Papanicolau e a positividade da sorologia. O estudo indica uma alta prevalência de sorologia positiva para HPV 16 e 18 nestas mulheres sem relação
O documento fornece informações sobre o exame de Papanicolaou (PCCU), incluindo sua definição, objetivo de prevenir câncer de colo uterino, grupos que devem realizá-lo, fatores de risco, procedimento, resultados possíveis e significados, achados bacteriológicos comuns e anormais, e detalhes sobre células cervicais anormais e o papel do HPV no desenvolvimento de câncer de colo uterino.
Este estudo avaliou a influência da frequência de relações sexuais e do uso de duchas vaginais na microbiota vaginal de mulheres profissionais do sexo e não profissionais do sexo. A vaginose bacteriana e a flora vaginal anormal foram mais comuns em profissionais do sexo com sete ou mais relações semanais. O uso de duchas não alterou a microbiota vaginal.
Este estudo avaliou o perfil clínico e microbiológico de 277 mulheres com vaginose bacteriana no Brasil. Os sintomas mais comuns foram corrimento genital e odor de peixe. Os critérios clínicos de diagnóstico mais observados foram a presença de clue-cells, teste de Whiff positivo e pH vaginal acima de 4,5. Culturas identificaram Gardnerella vaginalis em 96,8% dos casos e Mobiluncus em 53,1%. Lactobacillus esteve presente em apenas 32,1% das amostras.
Este estudo avaliou o perfil clínico e microbiológico de 277 mulheres com vaginose bacteriana no Brasil. Os sintomas mais comuns foram corrimento genital e odor de peixe. Os critérios clínicos de diagnóstico mais observados foram a presença de clue-cells, teste de Whiff positivo e pH vaginal ≥4,5. Culturas identificaram Gardnerella vaginalis em 96,8% dos casos e Mobiluncus em 53,1%. Lactobacillus esteve presente em apenas 32,1% das amostras.
O documento descreve um estudo que avaliou a prevalência de alterações na flora vaginal de 289 gestantes de baixo risco atendidas em serviço público de saúde em Botucatu, SP, entre 2006-2008. A prevalência total de alteração da flora vaginal foi de 49,5%, sendo as mais comuns vaginose bacteriana (20,7%), candidíase vaginal (11,8%) e flora intermediária (11,1%). As alterações da flora vaginal tiveram pouca associação com sintomas, mas estavam associadas a achados
Este estudo avaliou a prevalência e fatores de risco da colonização materna por estreptococo do grupo B em 203 gestantes com trabalho de parto prematuro ou ruptura prematura de membranas. A taxa de colonização materna foi de 27,6% e a presença de infecção urinária foi o único fator de risco significativo. A taxa de detecção do estreptococo foi maior com o uso de meio seletivo e coleta de amostras anais e vaginais. A taxa de colonização neonatal foi de 3,1% e houve dois casos
Este documento apresenta um estudo sobre a prevalência de infecções por Candida sp, Trichomonas vaginalis e Gardnerella vaginalis em exames de citologia cérvico-vaginal realizados em Dourados-MS. O estudo analisou 2.854 amostras coletadas entre maio de 2006 e abril de 2007, das quais 10,4% apresentaram infecção. A vaginose bacteriana por Gardnerella vaginalis foi a mais frequente (52,2% dos casos positivos), seguida pela candidíase (46,8% dos casos). A tricomon
Perfil epidemiológico da vaginose bacteriana em São PauloGabriela Montargil
1) O documento descreve o perfil epidemiológico de mulheres com vaginose bacteriana atendidas em um ambulatório de DST em São Paulo.
2) A prevalência encontrada foi de 29% e os casos ocorreram com maior frequência em jovens de 10-19 anos, negras, com dois ou mais parceiros sexuais.
3) A associação com outras DST foi encontrada em 31,9% dos casos, e a distribuição dos casos foi semelhante aos dados da literatura.
O documento discute a infecção do trato urinário durante a gestação, abordando três tipos: (1) bacteriúria assintomática, (2) infecção do trato urinário baixo (cistite) e (3) infecção do trato urinário alto (pielonefrite). Ele fornece diretrizes sobre o diagnóstico, tratamento e manejo de cada tipo de infecção para melhorar os resultados maternos e fetais.
Este documento discute vários tipos de corrimentos vaginais, incluindo vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal e tricomoníase. Ele fornece definições, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento para cada condição. Além disso, discute aspectos anatômicos e exames que podem ajudar no diagnóstico, como pH vaginal e exame microscópico.
[1] O documento discute as diferenças entre parto normal e cesárea, incluindo riscos e benefícios de cada via de parto.
[2] É apresentada a Classificação de Robson, que classifica todas as mulheres admitidas para parto em 10 grupos para avaliar, monitorar e comparar taxas de cesárea.
[3] As indicações de cesárea são detalhadas e incluem anomalias fetais, complicações maternas ou do feto que possam colocar em risco a saúde da mãe ou do bebê
O documento relata o caso de uma criança diagnosticada com citomegalovírus congênito após apresentar ganho de peso insuficiente. Após exames, foi detectada presença do vírus na urina da paciente, que recebeu tratamento com ganciclovir. O caso levanta a questão da importância de rastreio neonatal para detecção precoce e tratamento, já que a maioria dos casos é assintomática.
1) O estudo comparou um método alternativo para detecção de coliformes totais em leite humano ordenhado com o método tradicional do número mais provável.
2) Coliformes foram detectados em 31,2% das amostras analisadas, variando de 3,0 x 100 a 1,1 x 104 coliformes totais/mL.
3) Os resultados dos dois métodos foram semelhantes na detecção de coliformes, e o método alternativo pode ser usado como substituto mais barato no controle de qualidade dos bancos de leite
O documento discute o exame de Papanicolaou, que é o método mais difundido para rastreamento de células cancerosas no colo do útero. O exame detecta doenças pré-cancerosas e é o único exame preventivo para câncer de colo do útero. Embora detecte várias alterações ginecológicas, sua maior relevância é na prevenção deste tipo de câncer.
O documento discute colpites e cervicites, incluindo causas, sintomas e tratamentos. As colpites podem ser causadas por candidíase, vaginose bacteriana ou tricomoníase. A candidíase causa prurido e corrimento branco. A vaginose bacteriana causa odor fétido. A tricomoníase causa ardência. As cervicites podem ser causadas por Chlamydia ou gonorreia, causando corrimento e dor."
O documento discute o papel dos testes moleculares para detecção do HPV no rastreamento do câncer de colo uterino, comparando-os com a citologia convencional. Os testes moleculares, como PCR e Captura Híbrida, fornecem maior sensibilidade na detecção do HPV e podem ser usados para triagem de mulheres com ASCUS ou rastreamento combinado com citologia. O rastreamento organizado é essencial para aumentar a cobertura e qualidade do diagnóstico precoce do câncer de colo.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DA SÍNDROME DE FOURNIER: REVIS...Gabriela Montargil
1) O documento apresenta uma revisão de literatura sobre a Síndrome de Fournier e a importância da assistência de enfermagem aos pacientes acometidos por esta condição.
2) A Síndrome de Fournier é uma infecção polimicrobiana grave que acomete principalmente a região genital, perianal e perineal, podendo evoluir rapidamente para sepse e óbito se não tratada adequadamente.
3) O tratamento envolve medidas cirúrgicas, antibióticos e cuidados de enfermagem especial
HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA: A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEMGabriela Montargil
1. O documento discute a humanização do atendimento de emergência realizado por profissionais de enfermagem de acordo com a Política Nacional de Humanização.
2. Ele analisa como a enfermagem deve prestar atendimento humanizado nas emergências considerando a dimensão biopsicossocial do paciente.
3. Também discute os desafios da humanização no contexto estressante das emergências e a importância de respeitar a dignidade do paciente.
Assistência de enfermagem ao paciente portador da síndrome de fournier revisã...Gabriela Montargil
Este artigo tem como objetivo principal compreender a importância da assistência de enfermagem ao portador da Síndrome de Fournier, a partir de uma revisão de literatura acerca da temática tendo como objetivo específico reconhecer a importância da assistência de enfermagem no controle e disseminação desta infecção. A Síndrome de Fournier é uma infecção poli microbiana causada por bactérias aeróbias e anaeróbias, que induzem o paciente ao desenvolvimento de uma fasceíte necrotizante abrangendo a região genital, perianal e perineal. Nestes termos, a atuação do enfermeiro é direcionada ao acompanhamento e tratamento das lesões, tendo como estratégia principal o bloqueio ou a redução da proliferação bacteriana.
Este documento descreve uma nova técnica desenvolvida por um médico português para tratar a hiperplasia benigna da próstata chamada embolização das artérias prostáticas. A técnica envolve bloquear os vasos sanguíneos que fornecem sangue à próstata, levando-a a diminuir de tamanho e aliviando os sintomas sem os riscos da cirurgia. Os primeiros resultados mostraram uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes.
Drogas de maior utilização em idosos e suas reações adversasGabriela Montargil
Este documento descreve os principais medicamentos utilizados no cuidado ao idoso e suas possíveis reações adversas. Menciona medicamentos para hipertensão, insuficiência cardíaca e bronquite crônica, listando efeitos colaterais como náusea, vômitos, erupções cutâneas, entre outros.
O documento descreve diferentes classes de fármacos gastrointestinais, incluindo seus mecanismos de ação, usos clínicos, farmacocinética e efeitos colaterais. É fornecida informação detalhada sobre inibidores de bomba de prótons, anti-eméticos, laxantes e enzimas digestivas.
Livro de Medicamentos, NR 32 para Enfermeiros, Biossegurança e Manual de Enfe...Gabriela Montargil
Este documento fornece as informações sobre o Plenário 2008-2011 do Conselho Editorial, incluindo a lista de presidentes, vice-presidentes, secretários, tesoureiros e conselheiros. A NR-32 é uma legislação que estabelece medidas de proteção à saúde e segurança dos trabalhadores da área da saúde contra riscos biológicos, químicos, físicos e ergonômicos presentes no ambiente de trabalho.
O documento lista diferentes antibióticos e suas propriedades, incluindo amoxicilina, ampicilina, sulfametoxazol + trimetoprima, ciprofloxacino e cefalexina. Também lista analgésicos e anti-inflamatórios como ácido acetilsalicílico, dexametazona, paracetamol, prednisona e diclofenaco, descrevendo como cada um age.
O documento discute medidas de biossegurança em ações de enfermagem, incluindo: 1) medidas gerais de prevenção e controle de infecção hospitalar como lavagem de mãos e equipamentos de proteção individual; 2) prevenção de infecções em profissionais de saúde através de avaliações médicas, educação e programas de vacinação; 3) equipamentos de proteção individual como protetores faciais, óculos e máscaras.
Este manual apresenta conceitos básicos e técnicas de enfermagem, incluindo procedimentos como higiene oral, banho no leito, restrição, curativos, lavagem intestinal, administração de medicação, exames físicos, diagnósticos de enfermagem e terminologias. O foco é fornecer informações essenciais para estudantes de enfermagem aprenderem procedimentos nursing.
Lipoinjerto laminar: un tratamiento prometedor con factores vasculares estrom...Gabriela Montargil
Este documento describe un caso exitoso de tratamiento de vulvo-vaginitis crónicas recurrentes mediante lipoinjerto laminar conservando la fracción vascular estromal. Se aspiró grasa de las caderas de la paciente y se injertó en los labios mayores y submucosa vaginal posterior para inducir neoangiogénesis y mejorar la defensa inmunológica. Tras 9 meses de seguimiento, la paciente no ha tenido recidivas de infecciones y su vida sexual es normal, resolviendo su problema crónico. Los autores concluyen que
El estudio encontró que las infecciones vaginales más prevalentes fueron la vaginosis bacteriana, seguida de la candidiasis vaginal y la trichomoniasis vaginal. El grupo de edad con mayor prevalencia de estas infecciones fue el de 28-37 años. El uso del kit de diagnóstico Newvagin C-Kure permitió un diagnóstico rápido de estas infecciones vaginales comunes.
Comunicação terapêutica em enfermagem: instrumento essencial do cuidadoGabriela Montargil
Este estudo analisou o processo de comunicação terapêutica entre enfermeiros e pacientes em um hospital público no Ceará, Brasil com base na teoria de Peplau. Os resultados mostraram que a comunicação ocorre desde a admissão até a alta, porém nem sempre de forma ideal devido à falta de tempo dos enfermeiros para visitar os pacientes. Pacientes têm dificuldade em distinguir enfermeiros de outros profissionais de saúde, dificultando o desenvolvimento de uma comunicação terapêutica efetiva.
Este documento descreve a evolução do conceito e objetivos da educação em saúde no Brasil. A educação em saúde tradicional era autoritária e culpabilizava os indivíduos, mas modelos mais recentes como a educação popular e dialógica enfatizam o diálogo e empoderamento da comunidade. O documento também discute como as mudanças no sistema de saúde brasileiro levaram a novas abordagens de educação em saúde.
O documento discute as perspectivas filosóficas das tecnologias de cuidado em saúde e enfermagem. Ele apresenta uma reflexão sobre como a tecnologia acompanha a evolução humana e seu papel crescente nas relações entre pessoas e no ambiente. O texto destaca a responsabilidade ética dos profissionais de saúde no uso das tecnologias e a necessidade de refletir sobre como as tecnologias podem apoiar o cuidado de forma a preservar sua dimensão humana.
1. O estudo avaliou a prevalência de corrimento vaginal patológico auto-relatado entre gestantes no Rio Grande do Sul, Brasil.
2. A prevalência foi de 40%, sendo maior entre adolescentes, mulheres com menos anos de escolaridade e histórico de infecção urinária.
3. Fatores como cor da pele, idade, escolaridade e infecções prévias aumentaram o risco de corrimento vaginal na análise ajustada.
O documento discute fatores determinantes da prevalência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em profissionais do sexo de um município no Piauí. O estudo analisou a presença de DSTs nestas mulheres através de questionários e exames, revelando percentuais baixos de doenças. No entanto, a diversidade de parceiros sexuais e falta de uso de preservativos indicam risco contínuo de infecção. O trabalho contribuiu para o diagnóstico e tratamento de DSTs nesta popula
1. RBGO 23 (10): 641-646, 2001
Trabalhos Originais
Vaginose Bacteriana em Mulheres com Infertilidade e
em Menopausadas
Bacterial Vaginosis In Menopausal Women and in Women with Infertility
Miriam da Silva Wanderley, Carlos Roberto de Resende Miranda, Marcelo Jorge Carneiro de Freitas
André Ricardo Sousa Pessoa, Alexandre Lauand, Rony Mafra Lima
RESUMO
Objetivo: analisar a prevalência de vaginose bacteriana (VB) em mulheres inférteis e em
menopausadas e os métodos mais comumente usados na prática clínica para o seu diagnóstico.
Métodos: foram avaliadas retrospectivamente 104 pacientes na menopausa e 86 inférteis. A
presença de corrimento vaginal característico, pH vaginal >4,5, teste das aminas (whiff test)
positivo e achado de vaginose bacteriana à coloração da secreção pelo Gram foram
considerados positivos. Foi estabelecido diagnóstico de VB quando 3 dos 4 critérios acima
fossem satisfeitos.
Resultados: analisando os métodos diagnósticos separadamente observamos, entre as
menopausadas, 29 pacientes com corrimento vaginal característico (28,1%), 10 (9,6%) com
whiff test positivo, 68 (65,4%) com pH vaginal >4,5 e 34 (32,7%) com teste do Gram positivo.
Nas mulheres inférteis os resultados foram 20 (23,2%), 13 (15,1%), 61 (70,9%) e 26 (30,2%),
respectivamente. Ao analisarmos todos os critérios em conjunto, em 14 pacientes na
menopausa (13,5%) e em 15 inférteis (17,4%) foi diagnosticada VB.
Conclusão: a prevalência de VB foi similar nos 2 grupos de pacientes. Além disso, todos os
métodos diagnósticos devem ser utilizados a fim de não se sub ou super-diagnosticar essa
patologia.
PALAVRAS-CHAVE: Corrimento vaginal. Infertilidade. Menopausa. Vaginose bacteriana.
Introdução Staphylococcus spp e Streptococcus spp tem sido,
junto com a Gardnerella, altamente associada com
esta condição5,6.
A vaginose bacteriana (VB) é considerada, De etiologia não definida2, a VB é conceitua-
atualmente, a infecção vaginal de maior preva- da hoje como uma alteração da flora vaginal em
lência em mulheres em idade reprodutiva1-3. Foi que os lactobacilos, normalmente predominantes,
originalmente descrita por Gardner e Dukes 19554 são substituídos por uma flora complexa abundan-
como uma vaginite não específica caracterizada te, dominada por bactérias anaeróbias estritas e
por secreção vaginal acinzentada, de odor fétido, facultativas6,7, podendo também ser observados
com pH mais elevado que o normal, e com míni- padrões intermediários de flora vaginal em que
ma inflamação local, tendo como agente causal a os microrganismos anaeróbios e lactobacilos co-
Gardnerella vaginalis. Desde então, a presença de existem 3.
organismos anaeróbicos como Bacteroides spp, O estudo de Priestley et al.8 levanta dúvidas
Mobiluncus spp, Mycoplasma hominis, sobre o que deveria ser considerado flora vaginal
Área de Ginecologia e Obstetrícia, Faculdade de Medicina normal, já que torna-se difícil interpretar o acha-
da Universidade de Brasília. do de VB em mulheres assintomáticas ou o acha-
Correspodência: do de flora normal em mulheres sintomáticas.
Miriam da Silva Wanderley
Área de Ginecologia e Obstetrícia Também Caillouette et al.9 questionam se estas
Universidade de Brasília mulheres sem sintomas deveriam ser sempre tra-
Caixa Postal: 4360 tadas, pois observaram, em seu trabalho, que a
70919-970 – Brasília – DF
Telefone: (61) 273-3907/307-2535 presença da Gardnerella na secreção vaginal an-
e-mail: miriamsw@unb.br tecedeu o achado de VB.
RBGO - v. 23, nº 10, 2001 641
2. Wanderley et al Vaginose bacteriana
No entanto, a associação da VB com corio- antibiótica, tópica ou sistêmica, nos seis meses
amnionite, abortamento tardio, doença inflama- que antecederam o estudo, que pudesse alterar
tória pélvica pós-aborto, parto pré-termo, endome- os resultados obtidos. Todas as pacientes deram
trite pós-cesárea10 e mais recentemente como seu consentimento informado para a realização
fator de risco para infecção do trato genital supe- dos exames, que seguem a rotina diagnóstica pre-
rior11 sugere que todas as pacientes deveriam ser viamente estabelecida em nosso serviço. O traba-
tratadas, apesar de ainda não se ter certeza de lho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
que isso resultaria em menos casos de infecção em Seres Humanos da Faculdade de Medicina da
ou de complicações ginecológicas 11 , ou se a Universidade de Brasília.
erradicação da Gardnerella reduziria o número de Todas as pacientes foram avaliadas clinica-
mulheres que apresentam VB9. mente por meio de exame ginecológico padrão,
Sua prevalência é bastante variável, poden- constando de inspeção externa e exame especu-
do ser desde 10% em mulheres em idade repro- lar. O achado de secreção vaginal acinzentada, ho-
dutiva na população geral12, até 50% em popula- mogênea, de odor fétido e a ausência concomitante
ções de alto risco para uma doença sexualmente de sinais inflamatórios foram considerados posi-
transmissível (DST)1. No entanto, estima-se que tivos para VB.
praticamente a metade das mulheres com esta Durante o exame especular a aferição do pH
condição sejam assintomáticas7, podendo apre- vaginal foi realizada aplicando-se a fita apropria-
sentar início e resolução espontâneas3, o que a da, do Laboratório Merck-Sharp-Dome, com
tornaria tanto mais comum quanto subdiagnos- gradação de 3,8 a 5,4, diretamente na parede la-
ticada5. Em mulheres na menopausa, nas quais teral da vagina, no seu terço superior. Conside-
há elevação natural do pH vaginal devido ao hipo- rou-se positivo quando o pH foi maior que 4,5.
estrogenismo, a prevalência de VB ainda é mais Ainda durante o exame especular foi cole-
controvertida. tada secreção vaginal do fundo de saco posterior,
Dada a grande variedade na prevalência da com haste flexível com ponta de algodão, e reali-
VB tanto em mulheres em idade reprodutiva como
zados três esfregaços longitudinais unidire-
na menopausa e as controvérsias quanto a esta
cionais em lâmina de vidro para microscopia,
condição estar ou não relacionada à atividade se-
sobre a qual foi feito o whiff test, o qual consiste
xual ou “status” hormonal das pacientes, este tra-
em adicionar uma gota de KOH 10% ao fluido va-
balho tem por objetivo analisar a prevalência de
ginal obtido. O desprendimento de odor de peixe
VB em mulheres menopausadas e em mulheres
podre caracteriza o teste positivo. Outra lâmina
inférteis devido ao fator tubário e os métodos diag-
com a secreção obtida foi reservada para realizar
nósticos correntemente utilizados na prática clí-
análise do Gram.
nica para diagnosticá-la.
Os esfregaços da secreção vaginal corada
pelo Gram foram examinados em microscópio
óptico com a objetiva de 100X de imersão, inician-
Pacientes e Métodos do-se a leitura onde havia maior celularidade, e
avaliados de acordo com a classificação de Nugent
Este estudo foi conduzido de forma retros- et al.13 (Figura 1). Considerou-se positivo quando
pectiva com obtenção de informações em 190 a secreção obtida foi compatível com os graus 2 e
prontuários de pacientes que procuraram o Hos- 3 desta classificação8,14.
pital Universitário de Brasília (HUB), pela pri-
meira vez, no período de janeiro de 1999 a no-
vembro de 2000. Foram avaliadas 104 pacientes Grau 1- Padrão normal Predomínio de lactobacilos e poucos
do Ambulatório de Climatério do HUB (Grupo I) outros morfotipos bacterianos
que estavam há, no mínimo, 1 ano em amenor- identificáveis (Gardnerella vaginalis,
réia e cujos níveis de estradiol plasmático eram anaeróbios, flora Gram negativa,
≤20 pg/mL (radioimunoensaio). No Grupo II ava- cocos Gram positivos)
liaram-se 86 pacientes do Ambulatório de Re-
produção Humana do HUB em investigação para Grau 2- Padrão intermediário Redução de lactobacilos e aumento
o fator tubário de infertilidade. O fator masculi- de outros morfotipos
no e todos os outros fatores femininos para in- Grau 3- Vaginose bacteriana Ausência de lactobacilos e grande
fertilidade já haviam sido previamente investi- aumento no número dos outros
gados e descartados. morfotipos
Nenhuma das 190 pacientes avaliadas es- Figura 1 - Classificação da flora vaginal de acordo com os critérios de Nugent et al.13
tava em uso de qualquer medicação hormonal ou (simplificado).
642 RBGO - v. 23, nº 10, 2001
3. Wanderley et al Vaginose bacteriana
O diagnóstico final de VB foi estabelecido avaliamos todos os critérios diagnósticos em
quando 3 dos 4 critérios acima foram satisfeitos15. conjunto, observamos efetivamente VB em 14
A comparação da prevalência de VB entre pacientes (13,5%).
os dois grupos de pacientes foi feita por meio do Nas mulheres com infertilidade por fator
teste do χ2. Considerou-se significativo quando tubário o diagnóstico de VB foi estabelecido em
p<0,05. 15 delas (17,4%). A idade média destas pacien-
tes foi de 30,5 anos, sendo que 80 eram casa-
das e 6 referiam união estável há mais de 2
Resultados anos. Oito pacientes referiam DST previamen-
te, 7 não souberam referir se haviam tido ou
não uma DST, mas haviam feito algum tipo
Em 14 pacientes menopausadas (13,5%) foi
de tratamento por recomendação do médico de
estabelecido o diagnóstico de VB. A média de ida-
seu parceiro, e 71 negavam ou desconheci-
de dessas pacientes foi de 52 anos, sendo que 78
am qualquer doença de transmissão sexual
eram casadas e referiam relações sexuais em
(Tabela 1).
intervalos que variavam de 1 vez por semana até
Quanto aos critérios diagnósticos para VB
bastante esporádicas. Todas referiam parceiro
no Grupo II, 31 pacientes (36%) apresentaram
único há mais de 10 anos. As outras 26 pacien-
queixa clínica de corrimento vaginal, mas so-
tes, viúvas ou solteiras, negavam relacionamen-
mente em 23,2% delas foi observada a secreção
tos sexuais há mais de 2 anos, em média. Todas
vaginal característica. O whiff test revelou-se po-
as pacientes com VB eram casadas e somente
sitivo em 15,1% e o pH vaginal foi maior que 4,5
duas referiam ter sido tratadas por recomendação
em 70,9% das pacientes. A coloração das lâmi-
do médico do parceiro, mas desconheciam o diag-
nas pelo Gram foi positiva em 26 casos (30,2%).
nóstico (Tabela 1).
Avaliando-se os 4 critérios juntos, diagnosticou-
se VB em 17,4% das pacientes inférteis por fa-
tor tubário.
Tabela 1 - Características clínicas das pacientes estudadas nos dois grupos.
Não observamos diferença estatisticamen-
Menopausadas Inférteis te significativa entre a prevalência de VB em
Número de Pacientes 104 86 mulheres menopausadas (13,5%) e com inferti-
lidade por fator tubário (17,4%) (p>0,05; χ2) (Ta-
Idade média 52 anos 30,5
bela 2; Figura 2).
Estado civil
casada 78 80
viúva 10 -
união estável - 6 80
solteira 16 - 70
Freqüência das desde 1 vez/semana 3-4vezes/semana 60
relações sexuais até esporádicas 50
Nº de parceiros sexuais nos 1 2,1 40
últimos 5 anos (média) 30
DST 20
prévia conhecida e tratada - 8 10
0
trattada sem diagnóstico 2 7 corrimento pH vaginal >4,5 whiff test teste do gram *vaginose
desconheciam ou negavam 102 71 vaginal positivo positivo bacteriana
característico
Pacientes menopausadas Pacientes Inférteis por fator tubário
No grupo I, apesar de 38 (36,5%) pacien- * p>0,05, χ2 para o diagnóstico final de vaginose bacteriana.
tes referirem corrimento vaginal à consulta gi- Figura 2 - Critérios diagnósticos e diagnóstico final de vaginose bacteriana em mulheres
necológica, somente 28,1% delas o apresenta- menopausadas e inférteis.
vam com as características clínicas de VB. O
pH vaginal foi maior que 4,5 em 65,4% das pa-
cientes e o whiff test revelou-se positivo em
9,6% delas. O teste do Gram apresentou resul-
tado positivo em 32,7% das pacientes. Quando
RBGO - v. 23, nº 10, 2001 643
4. Wanderley et al Vaginose bacteriana
Tabela 2 - Critérios diagnósticos e diagnóstico final de vaginose bacteriana em mulheres menopausadas (grupo I) e inférteis (grupo II).
Grupo I (Menopausadas) Grupo II (Inférteis)
Critérios diagnósticos n % n %
Corrimento vaginal típico 29 28,1 20 23,2
pH vaginal > 4,5 68 65,4 61 70,9
Whiff test 10 9,6 13 15,1
Teste do Gram 34 32,7 26 30,2
Vaginose bacteriana 14 3,5* 15 17,4*
(Diagnóstico final)
* p>0,05, χ2 para o diagnóstico de vaginose bacteriana.
Discussão blema metabólico subjacente17, e não sempre se-
cundário a uma DST ou a promiscuidade sexual,
apesar de nenhuma das pacientes menopausadas,
A vaginose bacteriana é caracterizada que não tinham mais relações sexuais, terem
microbiologicamente por uma mudança na flora apresentado VB.
vaginal, na qual flora dominante composta por A falta de entendimento sobre o início da VB,
lactobacilos é substituída por outra, mista, que sobre uma possível resolução espontânea, das
inclui Gardnerella vaginalis, Bacteroides spp, Mobi- recorrências sintomáticas24, do achado de que al-
luncus spp e Mycoplasma hominis5,6. Sua prevalên- gumas mulheres parecem ter VB de forma mais
cia é bastante variável, podendo ser de 11%16 na ou menos constante, ao passo que outras pare-
população geral até 63% em clínicas de DST1. E a cem ser resistentes a esta condição10, da presen-
sua conotação exclusivamente sexual tem sido ça da Gardnerella na secreção vaginal de mulhe-
questionada por alguns autores17, já que a presen- res assintomáticas14, fazem com que o manejo clí-
ça de VB tem sido observada em mulheres nico dessas pacientes nem sempre seja adequado
assintomáticas18, lésbicas19 e em adolescentes e o tratamento efetivo.
virgens20. A primeira técnica padronizada para diagnos-
Em nosso trabalho observamos uma preva- ticar VB foi proposta por Amsel et al.15 e é baseada
lência de VB de 13,5% em mulheres na menopau- em um conjunto de critérios clínicos, já que esta
sa e de 17,4% em pacientes inférteis, diferença não é causada por um único agente, mas uma con-
essa não significativa, apesar de estas referirem dição polimicrobiana1,13. Schwebke et al.1 afirmam
relações sexuais desprotegidas com muito maior que a natureza subjetiva inerente na avaliação dos
freqüência que aquelas. No entanto, ambos os gru- critérios clínicos pode resultar em significativo
pos referiram estar com o mesmo parceiro há, no subdiagnóstico da VB em alguns centros. Apesar
mínimo, 2 anos. Lactobacilos e bactérias associa- da baixa prevalência observada em nosso estudo,
das à VB são menos comumente parte da microflora esta foi semelhante à encontrada em trabalhos
vaginal em mulheres na pós-menopausa do que na literatura12,16. O fato de termos utilizado a as-
em mulheres em idade reprodutiva21, o que pode- sociação de métodos diagnósticos para VB confor-
ria explicar a menor prevalência de VB que obser- me proposição de Amsel et al.15 e não um único
vamos no Grupo I, mais do que a freqüência de método isolado afasta a possibilidade de
relações sexuais desprotegidas ou o número de par- subdiagnóstico e reforça a acurácia dos nossos
ceiros que as pacientes referiram. resultados.
O fato de diversos autores3,22 terem obser- Um conceito amplamente divulgado é que a
vado modificação no microambiente vaginal na vaginose é uma condição bastante comum, que
fase proliferativa do ciclo, e conseqüentemente causa um corrimento vaginal com típico odor de
maior predisposição à VB recorrente nessa fase, peixe24. Sendo assim, seria de esperar que todas
sugere que a perda da barreira cervical durante a as pacientes apresentassem essas características
menstruação ou modificações cíclicas hormo- clínicas ao exame, o que não observamos em nos-
nais22 poderiam estar ligadas à patogênese da VB. so trabalho. Apesar de mais de um quarto das paci-
Apesar de Nilsson et al.23 terem observado que a entes, de ambos os grupos, terem referido corri-
VB está associada com comportamento sexual de mento vaginal sugestivo de VB, a observação clíni-
risco, similar ao encontrado na infecção por ca confirmou o diagnóstico em 28,1% das pacien-
clamídia, nossos resultados suportam a visão de tes do Grupo I e 23,2% do Grupo II. No entanto, a
que a VB também pode ser secundária a um pro- presença objetiva do corrimento típico, observado
644 RBGO - v. 23, nº 10, 2001
5. Wanderley et al Vaginose bacteriana
pelo médico, esteve sempre associado com o diag- Dessa forma, podemos concluir que, apesar
nóstico final de VB, semelhante ao estudo de Hay24. de termos observado maior prevalência de VB em
Quanto ao whiff test, foi positivo em 10 (9,6%) mulheres em idade reprodutiva, essa não foi sig-
mulheres menopausadas e em 13 (15,1%) inférteis. nificativamente mais elevada do que em mulhe-
Segundo Blackwell et al.25, parece que o componen- res na menopausa, o que nos leva a especular que
te anaeróbico, mais do que a Gardnerella, é respon- outras condições externas tais como duchas vagi-
sável pelo teste das aminas positivo, teste este que nais e irritantes locais, o meio ambiente vaginal,
depende do volume da secreção vaginal e da con- variável de paciente para paciente, resistência
centração das aminas nesta secreção5. Assim, os individual às modificações da microflora local e
resultados falso-negativos que observamos em nos- alterações metabólicas outras tenham influência
so estudo poderiam ser explicados pela presença mais significativa e decisiva sobre o aparecimen-
de um corrimento profuso com baixa concentração to da VB do que a transmissão sexual desta condi-
de aminas ou vice-versa. ção em si. Além disso, todos os critérios clínicos
Os estudos da literatura9,10 indicam que um deveriam ser utilizados no diagnóstico da VB, a
pH vaginal menor que 4,5 é boa indicação de que fim de se evitar sub ou superdiagnosticar essa
a paciente não tem VB e de que mantém bons ní- doença.
veis estrogênicos. O achado de pH vaginal elevado
(5,0-6,5) em pacientes normalmente estrogeniza-
das está quase sempre associado à VB26. A vagina
na pré-puberdade e na pós-menopausa possui
epitélio atrófico com pH normal de superfície de
6,0-8,09. Dessa forma, não é surpresa que a por- SUMMARY
centagem de resultados falso-positivos nas pacien-
tes menopausadas tenha sido elevada, especial- Purpose: to evaluate the prevalence of bacterial vaginosis
mente porque nenhuma delas estava em uso de (BV) in menopausal and in infertile outpatients and to
terapia de reposição hormonal. Já as inférteis, analyze the current clinical diagnostic methods.
Methods: we evaluated retrospectively 104 menopausal
com ciclos regulares, também apresentaram pH
women and 86 with infertility. Characteristic vaginal
elevado em uma porcentagem anormalmente alta discharge on gynecological examination, pH >4.5, positive
(70,9%) de casos, que não poderiam ser atribuídos KOH whiff test, and bacterial vaginosis by Gram test were
a uma deficiência estrogênica, nem a uma infec- considered positive. BV was established when at least 3 out
ção concomitante por tricomoníase, que também of 4 criteria were found.
poderia elevar o pH, mas outras causas como in- Results: among the menopausal women, 29 patients (28.1%)
fecções não-anaeróbicas, irritantes ou alergenos were clinically positive for BV, 10 (9.6%) had positive whiff
locais e problemas dermatológicos deveriam ser test, 68 (65.4%) vaginal pH >4.5, and 34 (32.7%) positive
considerados27. No entanto, não observamos ne- Gram test. For the infertile patients the figures were 20
nhum resultado falso-negativo em ambos os gru- (23.2%), 13 (15.1%), 61 (70.9%) and 26 (30.2%),
respectively. According to our established criteria, BV was
pos, o que reforça o fato de o pH vaginal ser um
diagnosed in 14 menopausal (13.5%) and 15 infertile
método diagnóstico útil, além de simples e barato, (17.4%) women.
concordando com diversos trabalhos na literatu- Conclusion: bacterial vaginosis prevalence was similar in
ra9,28. both groups of patients. In addition, all diagnostic criteria
A importância do diagnóstico de VB tem sido should be followed in order to avoid underdiagnosing this
enfatizada pela observação da associação desta pathology or treating an otherwise normal vaginal flora.
com vários problemas obstétricos e seqüelas gi-
necológicas5,23. Paavonen et al.29 e Eschenbach KEY WORDS: Vaginal discharge. Infertility. Menopause.
et al.30 observaram aumento no diagnóstico clí- Bacterial vaginosis.
nico de doença inflamatória pélvica em mulhe-
res com VB. Contudo, Peipert et al.11 não conse-
guiram estabelecer relação temporal efetiva en-
tre ambas as condições, permanecendo a dúvida
se o tratamento indiscriminado da VB, em mu-
lheres sintomáticas e assintomáticas, resulta- Referências
ria em menor porcentagem de seqüelas
reprodutivas subseqüentes. Em nosso estudo, em 1. Schwebke JR, Hillier SL, Sobel JD, McGregor JA,
que somente 15 das 86 pacientes com infertili- Sweet RL. Validity of the vaginal gram stain for
dade de causa tubária tiveram VB, não foi possí- the diagnosis of bacterial vaginosis. Obstet
vel estabelecer uma associação causa-efeito en- Gynecol 1996; 88:573-6.
tre essas duas condições.
RBGO - v. 23, nº 10, 2001 645
6. Wanderley et al Vaginose bacteriana
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646 RBGO - v. 23, nº 10, 2001