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CAMPISMO
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NÃO DEITAR
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PROIBIDO
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AMOSTRAS
GEOLÓGICAS
PROIBIDO
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GR 11
E9
Para informações sobre outros percursos disponíveis, contacte :
Este troço da costa, arriba rochosa baixa e praias de areia, apresenta uma forte
identidade ligada à ocorrência de fenómenos geológicos naturais raros, à
prática de desportos aquáticos - o Guincho é mundialmente conhecido pelas
condições excepcionais para a prática de surf e windsurf - e revela-nos uma
vista panorâmica sobre o Cabo da Roca a Serra de Sintra e o Atlântico.
Ponto de Partida: Farol do Raso • Ponto de Chegada: Forte do Abano
Localização: Concelho de Cascais • Extensão aproximada: 4 km
• Duração aproximada: 1 hora
• Grau de dificuldade: Fácil • Motivos de interesse: História, Geologia,
Sistema dunar do Guincho/Oitavos, Vegetação dunar, Observação de aves
marinhas • Melhor época: Março/Abril e Setembro/Outubro
Tipo de circuito: Linear • Estruturas de apoio: Sede do PNSC, painéis
informativos • Acesso de carro: EN 247 entre Cascais e o Guincho.
• Ligações: PR C4 Litoral do Guincho, PR C2 Rota do Cabo Raso
Material Aconselhado:
Mapa • Bússola • Binóculos • Máquina fotográfica • Guias de campo de fauna e flora •
Caderno de notas • Roupa e calçado confortáveis.
Cuidados a ter:
Não realize percursos pedestres sozinho. (Se o fizer use roupa garrida) • Utilize apenas
os caminhos sinalizados • Circule com o seu veículo apenas em zonas autorizadas • Água
e alimentos são sempre indispensáveis • Evite o ruído e a perturbação da fauna,
sobretudo na época da reprodução.
Este troço do GR11 E9 foi traçado pelo PNSC e pela Câmara Municipal de
Cascais. Foi marcado segundo as normas da Federação de Campismo e
Caravanismo de Portugal, pela CMC.
As marcas em branco e vermelho visíveis ao longo do percurso são as
seguintes:
Parque Natural de Sintra Cascais
Sede : Rua Gago Coutinho, 1
2710-566 SINTRA
Tel.: 21 924 72 00 • Fax.: 21 924 72 27
e-mail: pnsc@icn.pt
www.icn.pt
Câmara Municipal de Cascais
Praça 5 de Outubro
2754-501 CASCAIS
Tel.: 21 482 50 00
www.cm-cascais.pt
ESTABELECIMEN-
TOS
HOTELEIROS
PESCARESTAURANTE
Tem início junto ao Forte de S. Braz de Sanxete, actualmente utilizado como
farol, mandado construir por ordem de D. João IV, no ponto de inflexão da
Península de Lisboa: o cabo Raso, da forma achatada da plataforma de abrasão
onde se insere. Designa-se por campo de lapiás costeiro ao relevo circundante,
formado pela erosão não uniforme dos calcários por acção das chuvas e do
vento. A vegetação, de valor excepcional no âmbito do PNSC, caracteriza-se pela
presença de sabina-da-praia Juniperus turbinata - dunas litorais com
Juniperus - em depósitos de areia eólica no topo das arribas. Nestas ocorre uma
vegetação esparsa: o funcho-marítimo (Crithmum maritimum), a raiz-divina
(Armeria welwitschii), alguns limónios (Limonium sp), erva-coentrinha (Daucus
carota), Herniaria marítima,constituindo habitat escasso no contexto nacional ou
europeu - falésias com vegetação das costas mediterrânicas com
Limonium spp. endémicas -. Embora a presença humana afaste grande parte da
fauna, são importantes locais para nidificação da avifauna. O cabo Raso é um dos
locais mais propícios para a observação de aves marinhas em todo o território
nacional, particularmente durante a época da migração (Março, Abril e
Setembro, Outubro): o corvo-marinho-de-crista (Phalacrocorax aristotelis) e
outros que nidificam nas arribas, ao contrário do corvo-marinho-de-faces-
brancas (Phalacrocorax carbo) do pato-negro (Melanitta nigra) ou do ganso-patola
(Morus bassanus), que quando é chegada a Primavera se agrupam em grandes
bandos, e dão início à migração. Ao longo da linha de costa ergue-se um conjunto
de fortificações marítimas, dos séculos XVII e XVIII, que constituíram a linha
defensiva ocidental da barra de Lisboa. Mantiveram peças de artilharia até ao
século XIX. Cruzavam fogo entre si, defendendo desta forma os areais, possíveis
locais de desembarque das armadas inimigas. A Bateria do Guincho: Crismina
(em ruínas), Ponta Alta (perto do hotel do Guincho) e Galé (estalagem
Muchaxo) tinha como objectivo defender o trecho costeiro junto à praia do
Guincho cruzando fogo com o forte do Guincho a norte e S. Brás de Sanchete a
sul. Para o interior, as plataformas de calcários lapiezados desaparecem sob as
areias ou uma camada de terra de espessura irregular. A vegetação rasteira
apresenta-se deformada pelos ventos marítimos carregados de sal e de alguma
areia: a sabina ou zimbro-da-praia, salgadeira (Atriplex halimus), raiz-divina
contrasta com a diversidade da vegetação dunar e fauna associada, no sistema
dunar do Guincho-Oitavos, a este da ciclovia. A areia depositada pelo mar
entra pelas praias do Guincho e Crismina a norte, por acção dos ventos
predominantes de noroeste e retoma o mar entre Oitavos e a Guia a sul.
Sistema eco-geológico muito frágil, cada vez mais fragmentado e ameaçado pela
invasão por espécies exóticas (acácias, háquias, chorão), pelo pisoteio e
alterações à dinâmica das areias. Só neste sistema dunar estão presentes
vários habitats de elevado valor: as dunas com florestas de Pinus pinea
e/ou Pinus pinaster, suportam populações importantes de espécies com
estatuto de ameaça como verbasco-de-flores-grossas (Verbascum litigiosum)
ou miosótis-das-praias (Omphalodes kuzinskyanae) e resultam de antigas
sementeiras, na tentativa de fixar as areias; as dunas litorais com Juniperus,
colonizam depressões e declives dunares, encontram-se em risco de
desaparecer na UE; as dunas com vegetação esclerófila da Cisto-
-Lavenduletaria, matos instalados sobre dunas estabilizadas, associado aos
anteriores em situação de maior interioridade e/ou estabilidade. Aqui se
encontravam a lagartixa-das-areias (Achantodactylus erythrurus) e o sapo-de-unha-
-preta (Pelobates cultripes) provavelmente extintos. A presença da ameaçada
verbasco-de-flores-grossas e do endemismo lusitano raiz-divina conferem
importância a este habitat. Na parte superior do areal da praia do Guincho as
dunas móveis embrionárias, instáveis, apresentam os primeiros estados de
vegetação dunar com feno-das-areias (Elymus farctus), maleiteira-das-areias
(Euphorbia peplis), cordeiros-da-praia (Otanthus maritimus), cardo-rolador
(Eryngium maritimum), narciso-das-areias (Pancratium maritimum), correspondem
à zona de transição da zona de praia para as dunas revestidas com estorno,
-dunas móveis do cordão litoral com Ammophila arenaria “dunas
brancas” - resultantes da acumulação de areias barradas pelos tufos de estorno,
a melhor estabilizadora natural dos ecossistemas dunares. Os rizomas de
crescimento contínuo e as raízes activas a vários metros de profundidade
permitem que a acumulação de areia atinja alguns metros em altura. Têm como
plantas indicadoras, estorno, cordeiros-da-praia, cardo-rolador, morganheira-
-das-praias (Euphorbia paralias). As dunas fixas com vegetação herbácea
“dunas cinzentas” desenvolvem-se em solos estabilizados, com arrelvados e
abundantes tapetes de musgos e líquenes. Como indicadores deste habitat
temos Aira sp.,Anacamptis pyramidalis,Carex arenaria, granza-da-praia (Crucianella
marítima) e narciso-das-areias, em risco de desaparecimento no território
europeu, desempenhando um papel importante na estabilização do sistema
dunar. O coberto vegetal destas áreas apresenta características que lhe
permitem fazer face às condições adversas que a proximidade do mar impõe:
soterramento, perda excessiva de água, resistência aos ventos. Ao sistema dunar
encontra-se associada uma fauna variada, destacando-se, insectos, aves,
pequenos répteis e roedores. O afloramento basáltico exposto na maré baixa -
extremidade da chaminé vulcânica da praia do Guincho - corresponde à
instalação de rochas do complexo vulcânico de Lisboa. Na arriba a norte da praia
do Guincho atravessa afloramentos calcários que evidenciam a poderosa força
geológica que os deslocou. Salpicos salgados, transportados por ventos fortes, e
solos pobres condicionam a flora das áreas junto ao oceano: matos esparsos,
bem conservados, com carrasco (Quercus coccifera), esteva (Cistus ladanifer),
estevinha (Cistus salvifolius), sargaço (Cistus monspeliensis), rosmaninho (Lavandula
luisieri), o miosótis-das-praias desponta por entre o solo arenoso, acompanhado
pela cocleária-menor (Ionopsidium acaule). Um cartaxo (Saxicola torquata), bandos
de pintarroxos (Acanthis cannabina) e os movimentos saltitantes das pequenas
felosas-do-mato (Sylvia undata) animam este habitat de valor excepcional no
âmbito do PNSC: dunas litorais com Juniperus. O forte do Guincho marca o
fim deste troço. Lá ao longe, para o interior, destaca-se um penedo, em cujo topo
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FALÉSIAWINDSURF PARQUE
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6
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13
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14
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12
5
15
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Acácia Carrasco
Raíz-divina
Pinheiro-manso
Corvo-marinho-de-faces
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Estorno
Ganso-patola
Sabina-da-praia
Corvo-marinho-de-crista
Cabo Raso
10
Águia-de-asa-redonda
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Pato-preto
11
Coelho-bravo
Salgadeira
PERCURSO RASO / ABANO
CABO RASO
CABO DA ROCA
MALVEIRA DA SERRA
PENINHA
PRAIA GRANDE
SINTRA
OCEANOATLÃNTICO
ESTORIL
CASCAIS
PRAIA DO MAGOITO
GUINCHO
PARQUE NATURAL DE SINTRA - CASCAIS
FICHA TÉCNICA: TEXTO: PNSC - ILUSTRAÇÕES: ALFREDO DA CONCEIÇÃO, FERNANDO CORREIA, MARCO CORREIA, MARCOS
OLIVEIRA, NUNO FARINHA - FOTOS : EDUARDO GAMEIRO, JOSÉ ROMÃO, MANUELA MARCELINO e JUNTA DE TURISMO
DA COSTA DO ESTORIL
PARQUE NATURAL DE SINTRA - CASCAIS
7
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8
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11
12
13
1
ALGUMAS ESPÉCIES OBSERVÁVEIS NO
PERCURSO
ANIMAÇÃO AMBIENTAL
Entidades Licenciadas no Parque Natural
de Sintra - Cascais em 2005
BTTOUR
Tel.: 919 43 10 10
bttour@bttour.com
CABRA MONTÊZ
Tel.: 917 446 668 / 919 943 840
geral@cabramontez.com
www.cabramontez.com
EXTREMO AMBIENTE
Tel.: 214 526 065 - Fax.: 214 526 064
extremoambiente@netcabo.pt
www.extremoambiente.pt
INVENTURA
Tel.: 919 800 155
inventuramail@yahoo.com
MARGENS
Tel: 234 648 571 / 932 177 255
margens@margens.pt
NÓMADAS
Tel: 219 821 128 / 968 297 047
geral@nomadas.pt
PAPA-LÉGUAS
Tel: 218 452 689/90
papaleguas@mail.telepac.pt
GRUPO ECOLÓGICO DE CASCAIS
Tel.: 214 847 136 - Fax.: 214 847 178
geral@gec.pt / www.gec.pt
TUPER
Tel: 213 511 750/917 538 477
tuper@esoterica.pt
TRILHOS DO OCIDENTE
Tel.: 214 820 101- 820 101
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Percurso Raso-Abano: belezas naturais do Cabo Raso

  • 1. w w w . v i s i t e e s t o r i l . c o mO P E R C U R S O O P E R C U R S O Sinta a NaturezaSinta a Natureza TROÇO RASO - ABANO CAMINHO DO ATLÂNTICOMUDANÇA DE DIRECÇÃOPara a EsquerdaCaminho Certo Caminho Errado Para a Direita Em caso de Incêndio peça ajuda através do número 117 ANTES DE COMEÇAR NÃO ARRANCAR PLANTAS OU INCOMODAR ANIMAIS LUGAR DE INTERESSE PANORÂMICA TRILHO PEDESTRE CABOS PENINSULA PARQUE DE CAMPISMO SURFFORTALEZA CARAVANISMO NÃO DEITAR LIXO PROIBIDO ACAMPAR NÃO PASSAR TRILHO PROIBIDO CIRCULAR DE AUTOMÓVEL , MOTOCICLO E MOTO 4 NÃO FAZER LUME NÃO UTILIZAR ARMAS DE FOGO PROIBIDO RECOLHER AMOSTRAS GEOLÓGICAS PROIBIDO ESCALAR GR 11 E9 Para informações sobre outros percursos disponíveis, contacte : Este troço da costa, arriba rochosa baixa e praias de areia, apresenta uma forte identidade ligada à ocorrência de fenómenos geológicos naturais raros, à prática de desportos aquáticos - o Guincho é mundialmente conhecido pelas condições excepcionais para a prática de surf e windsurf - e revela-nos uma vista panorâmica sobre o Cabo da Roca a Serra de Sintra e o Atlântico. Ponto de Partida: Farol do Raso • Ponto de Chegada: Forte do Abano Localização: Concelho de Cascais • Extensão aproximada: 4 km • Duração aproximada: 1 hora • Grau de dificuldade: Fácil • Motivos de interesse: História, Geologia, Sistema dunar do Guincho/Oitavos, Vegetação dunar, Observação de aves marinhas • Melhor época: Março/Abril e Setembro/Outubro Tipo de circuito: Linear • Estruturas de apoio: Sede do PNSC, painéis informativos • Acesso de carro: EN 247 entre Cascais e o Guincho. • Ligações: PR C4 Litoral do Guincho, PR C2 Rota do Cabo Raso Material Aconselhado: Mapa • Bússola • Binóculos • Máquina fotográfica • Guias de campo de fauna e flora • Caderno de notas • Roupa e calçado confortáveis. Cuidados a ter: Não realize percursos pedestres sozinho. (Se o fizer use roupa garrida) • Utilize apenas os caminhos sinalizados • Circule com o seu veículo apenas em zonas autorizadas • Água e alimentos são sempre indispensáveis • Evite o ruído e a perturbação da fauna, sobretudo na época da reprodução. Este troço do GR11 E9 foi traçado pelo PNSC e pela Câmara Municipal de Cascais. Foi marcado segundo as normas da Federação de Campismo e Caravanismo de Portugal, pela CMC. As marcas em branco e vermelho visíveis ao longo do percurso são as seguintes: Parque Natural de Sintra Cascais Sede : Rua Gago Coutinho, 1 2710-566 SINTRA Tel.: 21 924 72 00 • Fax.: 21 924 72 27 e-mail: pnsc@icn.pt www.icn.pt Câmara Municipal de Cascais Praça 5 de Outubro 2754-501 CASCAIS Tel.: 21 482 50 00 www.cm-cascais.pt ESTABELECIMEN- TOS HOTELEIROS PESCARESTAURANTE Tem início junto ao Forte de S. Braz de Sanxete, actualmente utilizado como farol, mandado construir por ordem de D. João IV, no ponto de inflexão da Península de Lisboa: o cabo Raso, da forma achatada da plataforma de abrasão onde se insere. Designa-se por campo de lapiás costeiro ao relevo circundante, formado pela erosão não uniforme dos calcários por acção das chuvas e do vento. A vegetação, de valor excepcional no âmbito do PNSC, caracteriza-se pela presença de sabina-da-praia Juniperus turbinata - dunas litorais com Juniperus - em depósitos de areia eólica no topo das arribas. Nestas ocorre uma vegetação esparsa: o funcho-marítimo (Crithmum maritimum), a raiz-divina (Armeria welwitschii), alguns limónios (Limonium sp), erva-coentrinha (Daucus carota), Herniaria marítima,constituindo habitat escasso no contexto nacional ou europeu - falésias com vegetação das costas mediterrânicas com Limonium spp. endémicas -. Embora a presença humana afaste grande parte da fauna, são importantes locais para nidificação da avifauna. O cabo Raso é um dos locais mais propícios para a observação de aves marinhas em todo o território nacional, particularmente durante a época da migração (Março, Abril e Setembro, Outubro): o corvo-marinho-de-crista (Phalacrocorax aristotelis) e outros que nidificam nas arribas, ao contrário do corvo-marinho-de-faces- brancas (Phalacrocorax carbo) do pato-negro (Melanitta nigra) ou do ganso-patola (Morus bassanus), que quando é chegada a Primavera se agrupam em grandes bandos, e dão início à migração. Ao longo da linha de costa ergue-se um conjunto de fortificações marítimas, dos séculos XVII e XVIII, que constituíram a linha defensiva ocidental da barra de Lisboa. Mantiveram peças de artilharia até ao século XIX. Cruzavam fogo entre si, defendendo desta forma os areais, possíveis locais de desembarque das armadas inimigas. A Bateria do Guincho: Crismina (em ruínas), Ponta Alta (perto do hotel do Guincho) e Galé (estalagem Muchaxo) tinha como objectivo defender o trecho costeiro junto à praia do Guincho cruzando fogo com o forte do Guincho a norte e S. Brás de Sanchete a sul. Para o interior, as plataformas de calcários lapiezados desaparecem sob as areias ou uma camada de terra de espessura irregular. A vegetação rasteira apresenta-se deformada pelos ventos marítimos carregados de sal e de alguma areia: a sabina ou zimbro-da-praia, salgadeira (Atriplex halimus), raiz-divina contrasta com a diversidade da vegetação dunar e fauna associada, no sistema dunar do Guincho-Oitavos, a este da ciclovia. A areia depositada pelo mar entra pelas praias do Guincho e Crismina a norte, por acção dos ventos predominantes de noroeste e retoma o mar entre Oitavos e a Guia a sul. Sistema eco-geológico muito frágil, cada vez mais fragmentado e ameaçado pela invasão por espécies exóticas (acácias, háquias, chorão), pelo pisoteio e alterações à dinâmica das areias. Só neste sistema dunar estão presentes vários habitats de elevado valor: as dunas com florestas de Pinus pinea e/ou Pinus pinaster, suportam populações importantes de espécies com estatuto de ameaça como verbasco-de-flores-grossas (Verbascum litigiosum) ou miosótis-das-praias (Omphalodes kuzinskyanae) e resultam de antigas sementeiras, na tentativa de fixar as areias; as dunas litorais com Juniperus, colonizam depressões e declives dunares, encontram-se em risco de desaparecer na UE; as dunas com vegetação esclerófila da Cisto- -Lavenduletaria, matos instalados sobre dunas estabilizadas, associado aos anteriores em situação de maior interioridade e/ou estabilidade. Aqui se encontravam a lagartixa-das-areias (Achantodactylus erythrurus) e o sapo-de-unha- -preta (Pelobates cultripes) provavelmente extintos. A presença da ameaçada verbasco-de-flores-grossas e do endemismo lusitano raiz-divina conferem importância a este habitat. Na parte superior do areal da praia do Guincho as dunas móveis embrionárias, instáveis, apresentam os primeiros estados de vegetação dunar com feno-das-areias (Elymus farctus), maleiteira-das-areias (Euphorbia peplis), cordeiros-da-praia (Otanthus maritimus), cardo-rolador (Eryngium maritimum), narciso-das-areias (Pancratium maritimum), correspondem à zona de transição da zona de praia para as dunas revestidas com estorno, -dunas móveis do cordão litoral com Ammophila arenaria “dunas brancas” - resultantes da acumulação de areias barradas pelos tufos de estorno, a melhor estabilizadora natural dos ecossistemas dunares. Os rizomas de crescimento contínuo e as raízes activas a vários metros de profundidade permitem que a acumulação de areia atinja alguns metros em altura. Têm como plantas indicadoras, estorno, cordeiros-da-praia, cardo-rolador, morganheira- -das-praias (Euphorbia paralias). As dunas fixas com vegetação herbácea “dunas cinzentas” desenvolvem-se em solos estabilizados, com arrelvados e abundantes tapetes de musgos e líquenes. Como indicadores deste habitat temos Aira sp.,Anacamptis pyramidalis,Carex arenaria, granza-da-praia (Crucianella marítima) e narciso-das-areias, em risco de desaparecimento no território europeu, desempenhando um papel importante na estabilização do sistema dunar. O coberto vegetal destas áreas apresenta características que lhe permitem fazer face às condições adversas que a proximidade do mar impõe: soterramento, perda excessiva de água, resistência aos ventos. Ao sistema dunar encontra-se associada uma fauna variada, destacando-se, insectos, aves, pequenos répteis e roedores. O afloramento basáltico exposto na maré baixa - extremidade da chaminé vulcânica da praia do Guincho - corresponde à instalação de rochas do complexo vulcânico de Lisboa. Na arriba a norte da praia do Guincho atravessa afloramentos calcários que evidenciam a poderosa força geológica que os deslocou. Salpicos salgados, transportados por ventos fortes, e solos pobres condicionam a flora das áreas junto ao oceano: matos esparsos, bem conservados, com carrasco (Quercus coccifera), esteva (Cistus ladanifer), estevinha (Cistus salvifolius), sargaço (Cistus monspeliensis), rosmaninho (Lavandula luisieri), o miosótis-das-praias desponta por entre o solo arenoso, acompanhado pela cocleária-menor (Ionopsidium acaule). Um cartaxo (Saxicola torquata), bandos de pintarroxos (Acanthis cannabina) e os movimentos saltitantes das pequenas felosas-do-mato (Sylvia undata) animam este habitat de valor excepcional no âmbito do PNSC: dunas litorais com Juniperus. O forte do Guincho marca o fim deste troço. Lá ao longe, para o interior, destaca-se um penedo, em cujo topo se vislumbra uma capela branca: a Peninha. Narciso-das-areias Lapiás LimónioMiosótis-das-praias FALÉSIAWINDSURF PARQUE ESTACIONAMENTO DEITAR LIXO NO LIXO PONTO DE INTERESSE GEOLÓGICO ZONA BALNEAR PARAGEM AUTOCARRO
  • 2. 1 3 6 7 13 2 4 14 8 12 5 15 9 Acácia Carrasco Raíz-divina Pinheiro-manso Corvo-marinho-de-faces -brancas Cardo-marítimo Estorno Ganso-patola Sabina-da-praia Corvo-marinho-de-crista Cabo Raso 10 Águia-de-asa-redonda Miosótis-das-praias Pato-preto 11 Coelho-bravo Salgadeira PERCURSO RASO / ABANO CABO RASO CABO DA ROCA MALVEIRA DA SERRA PENINHA PRAIA GRANDE SINTRA OCEANOATLÃNTICO ESTORIL CASCAIS PRAIA DO MAGOITO GUINCHO PARQUE NATURAL DE SINTRA - CASCAIS FICHA TÉCNICA: TEXTO: PNSC - ILUSTRAÇÕES: ALFREDO DA CONCEIÇÃO, FERNANDO CORREIA, MARCO CORREIA, MARCOS OLIVEIRA, NUNO FARINHA - FOTOS : EDUARDO GAMEIRO, JOSÉ ROMÃO, MANUELA MARCELINO e JUNTA DE TURISMO DA COSTA DO ESTORIL PARQUE NATURAL DE SINTRA - CASCAIS 7 14 15 2 3 4 5 6 6 8 8 9 10 11 12 13 1 ALGUMAS ESPÉCIES OBSERVÁVEIS NO PERCURSO ANIMAÇÃO AMBIENTAL Entidades Licenciadas no Parque Natural de Sintra - Cascais em 2005 BTTOUR Tel.: 919 43 10 10 bttour@bttour.com CABRA MONTÊZ Tel.: 917 446 668 / 919 943 840 geral@cabramontez.com www.cabramontez.com EXTREMO AMBIENTE Tel.: 214 526 065 - Fax.: 214 526 064 extremoambiente@netcabo.pt www.extremoambiente.pt INVENTURA Tel.: 919 800 155 inventuramail@yahoo.com MARGENS Tel: 234 648 571 / 932 177 255 margens@margens.pt NÓMADAS Tel: 219 821 128 / 968 297 047 geral@nomadas.pt PAPA-LÉGUAS Tel: 218 452 689/90 papaleguas@mail.telepac.pt GRUPO ECOLÓGICO DE CASCAIS Tel.: 214 847 136 - Fax.: 214 847 178 geral@gec.pt / www.gec.pt TUPER Tel: 213 511 750/917 538 477 tuper@esoterica.pt TRILHOS DO OCIDENTE Tel.: 214 820 101- 820 101 OZONO MAIS Tel.: 219 61 99 27 mail@azonomais.com.pt Fax.: 214 trilhosocidente@sapo.pt