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BERLENGAS
Flora da Berlengas Quem visita as Berlengas na Primavera, encontra uma paisagem surpreendente incendiada de cor com o período seco e á rido do Verão.
As cercas de 100 espécies de plantas existentes florescem entre Fevereiro e Maio, formada associações interessantes em resultado da exposição e características do solo.
As cercas de 100 espécies de plantas existentes florescem entre Fevereiro e Maio, formada associações interessantes em resultado da exposição e características do solo.
Árvores, existe apenas uma figueira, na praia do Carreiro do Mosteiro, ai plantada sabe-se lá como, se por um banhista que comia figos, se por sementes trazidas por correntes ou aves e que ali foram depositadas.
Por vias dos mesmos constrangimentos ambientais, associados a um solo escasso, as plantas sofreram um processo evolutivo em tudo semelhante ao dos animais, onde o jogo adaptação.
Assim, é possível observar na Berlenga espécies de distribuição restrita a locais da Marconésia, bem como alguns endemismos, assumido a América berlengensis papel de destaque, pois é sem dúvida a mais vistosa na Primavera, atigindo no Ingueiro da Quebrada uma densidade a extensão  únicas para o Génaro. A evolução apenas permitiu a sobrevivência daquelas espécies que, pelo seu porte, apresentavam menos resistência aos ventos carregados de salsugem, pelo que todo o coberto é rasteiro, herbáceo ou arbustivo mas sempre de pequeno porte.
Nos últimos anos tem-se assistido a uma regressão desta área , que hoje aparece manchada por exemplares seculares secos, sendo as causas mal conhecidas mas, certamente ligadas ao excessivo número de gaivotas que gostam de utilizar aos tufos de Armeria para nidificarem e cujos dejectos nitrificam os solos. Durante a última glaciação, o fato da Berlenga ter sido poupada á presença de gelos, fez com que esta pertença, conjuntamente com outras ilhas como os Açores, a Madeira, as Canáriase o Cabo Verde, para além dos pontos continentais próximos mais elevados, a em grupo de biótopos que hoje designamos por Macaronésia.
Condicionado o sucesso das comunidades vegetais e permitindo um crescimento de espécies expontânegaunófilas, como a papoila e a urtiga.
Também noutros locais da ilha, como no planalto da ilha Velha, é possível constatar invasão, com consequente empobrecimento do coberto vegetal.
Os ratos e os coelhos, sem predadores na ilha, são também responsáveis pelo declíneo do coberto vegetal, pois exercem uma forte pressão trófica sobre as plantas.
Os ratos e os coelhos, sem predadores na ilha, são também responsáveis pelo declíneo do coberto vegetal, pois exercem uma forte pressão trófica sobre as plantas.
Principalmente sobre aquelas espécies que subsistem nos períodos dearidez do Verão.
No Ilhéu de Inês, onde a presença destes mamíferos não se faz sentir, ainda é possível observar Lavatera arbórea, espécie que na ilha dificilmente se observa.
Também os líquenes merecem destaque, tal a sua exuberância nas encostas mais abrigadas.
Armeria Berlengesis A floração ocorre nos meses se Abril e Maio.  Encontra-se nas encostas da ilha. Nome vulgar igual a nome latino dum género de  fam, das plumbagináceas. Algumas espécies ou variedades têm um habitat muito particular e uma área de dispersão muito limitada. Outras habitam nas grandes altitudes como na Serra da Estrela e no Gerês. O género armeria tem por sinónimo Polyanthemum correspondendo-lhe cerca de 70 espécies da região mediterrânea, Ásia Menor, Armérias Central e do Norte. As Armérias são de fácil cultura, propagando-se pelos rebentos ou por sementes, encontram-se com cesta frequência nos jardins
Pequeno arbusto muitos ramoso denso e com forma de coxim.  Tem cerca de 40 cm de udiâmetro.  Flores rosa pálidas, pequenas e agrupadas em inflorescências sobre um pedicélio comprido.
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Flora Berlengas Primavera

  • 2. Flora da Berlengas Quem visita as Berlengas na Primavera, encontra uma paisagem surpreendente incendiada de cor com o período seco e á rido do Verão.
  • 3. As cercas de 100 espécies de plantas existentes florescem entre Fevereiro e Maio, formada associações interessantes em resultado da exposição e características do solo.
  • 4. As cercas de 100 espécies de plantas existentes florescem entre Fevereiro e Maio, formada associações interessantes em resultado da exposição e características do solo.
  • 5. Árvores, existe apenas uma figueira, na praia do Carreiro do Mosteiro, ai plantada sabe-se lá como, se por um banhista que comia figos, se por sementes trazidas por correntes ou aves e que ali foram depositadas.
  • 6. Por vias dos mesmos constrangimentos ambientais, associados a um solo escasso, as plantas sofreram um processo evolutivo em tudo semelhante ao dos animais, onde o jogo adaptação.
  • 7. Assim, é possível observar na Berlenga espécies de distribuição restrita a locais da Marconésia, bem como alguns endemismos, assumido a América berlengensis papel de destaque, pois é sem dúvida a mais vistosa na Primavera, atigindo no Ingueiro da Quebrada uma densidade a extensão únicas para o Génaro. A evolução apenas permitiu a sobrevivência daquelas espécies que, pelo seu porte, apresentavam menos resistência aos ventos carregados de salsugem, pelo que todo o coberto é rasteiro, herbáceo ou arbustivo mas sempre de pequeno porte.
  • 8. Nos últimos anos tem-se assistido a uma regressão desta área , que hoje aparece manchada por exemplares seculares secos, sendo as causas mal conhecidas mas, certamente ligadas ao excessivo número de gaivotas que gostam de utilizar aos tufos de Armeria para nidificarem e cujos dejectos nitrificam os solos. Durante a última glaciação, o fato da Berlenga ter sido poupada á presença de gelos, fez com que esta pertença, conjuntamente com outras ilhas como os Açores, a Madeira, as Canáriase o Cabo Verde, para além dos pontos continentais próximos mais elevados, a em grupo de biótopos que hoje designamos por Macaronésia.
  • 9. Condicionado o sucesso das comunidades vegetais e permitindo um crescimento de espécies expontânegaunófilas, como a papoila e a urtiga.
  • 10. Também noutros locais da ilha, como no planalto da ilha Velha, é possível constatar invasão, com consequente empobrecimento do coberto vegetal.
  • 11. Os ratos e os coelhos, sem predadores na ilha, são também responsáveis pelo declíneo do coberto vegetal, pois exercem uma forte pressão trófica sobre as plantas.
  • 12. Os ratos e os coelhos, sem predadores na ilha, são também responsáveis pelo declíneo do coberto vegetal, pois exercem uma forte pressão trófica sobre as plantas.
  • 13. Principalmente sobre aquelas espécies que subsistem nos períodos dearidez do Verão.
  • 14. No Ilhéu de Inês, onde a presença destes mamíferos não se faz sentir, ainda é possível observar Lavatera arbórea, espécie que na ilha dificilmente se observa.
  • 15. Também os líquenes merecem destaque, tal a sua exuberância nas encostas mais abrigadas.
  • 16. Armeria Berlengesis A floração ocorre nos meses se Abril e Maio. Encontra-se nas encostas da ilha. Nome vulgar igual a nome latino dum género de fam, das plumbagináceas. Algumas espécies ou variedades têm um habitat muito particular e uma área de dispersão muito limitada. Outras habitam nas grandes altitudes como na Serra da Estrela e no Gerês. O género armeria tem por sinónimo Polyanthemum correspondendo-lhe cerca de 70 espécies da região mediterrânea, Ásia Menor, Armérias Central e do Norte. As Armérias são de fácil cultura, propagando-se pelos rebentos ou por sementes, encontram-se com cesta frequência nos jardins
  • 17. Pequeno arbusto muitos ramoso denso e com forma de coxim. Tem cerca de 40 cm de udiâmetro. Flores rosa pálidas, pequenas e agrupadas em inflorescências sobre um pedicélio comprido.