SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Baixar para ler offline
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 1
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM
ESTUDO PREPARATÓRIO PARA OS PROFESSORES DA ESCOLA DOMINICAL
BELÉM- SEDE
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2013
TEMA – FILIPENSES: a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
COMENTARISTA : Elienai Cabral
ESBOÇO Nº 12
LIÇÃO Nº 12 – A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO
Devemos amar uns aos outros como Jesus nos amou.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo da carta de Paulo aos filipenses, veremos o relacionamento de amor que havia entre o
apóstolo e a igreja em Filipos, descrita em Fp.4:10-13.
- O amor de Deus que é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo faz-nos também amar o próximo.
I – O AMOR QUE O APÓSTOLO PAULO DEMONSTROU EM RELAÇÃO AOS CRENTES DE FILIPOS
- Temos visto ao longo deste trimestre, em especial na primeira lição, como era o relacionamento entre o
apóstolo Paulo e a igreja em Filipos, um relacionamento de profundo amor, amor que era recíproco, ou seja, um
amor que vinha década uma das partes e era correspondido pela outra.
- Sabemos já que o apóstolo Paulo foi movido de amor quando, após ter tido a visão do varão macedônio, de
pronto resolveu ir para Filipos, a porta de entrada da Macedônia naquele tempo, para pregar o Evangelho
àquele povo, atendendo, assim, ao chamado do Espírito Santo (At.16:9,10).
- É verdade que o apóstolo Paulo resolveu ir a Filipos por conta da visão celestial recebida, sendo, assim,
obediente à orientação divina, mas, além da obediência ao Senhor, havia, também, o amor às almas perdidas.
Percebamos que o Senhor, ao dar a visão a Paulo, fez com que o varão macedônio dissesse: “Passa à
Macedônia e ajuda-nos”. Ou seja, o Senhor sabia que o coração de Paulo era o coração de um verdadeiro
cristão, de alguém que tem compaixão pelas almas perdidas, que quer ajudar o próximo a encontrar o caminho
para o céu, para a vida eterna.
- Este sentimento do apóstolo foi explicitado na sua carta aos coríntios, pois ele sentia a obrigação de pregar o
Evangelho, pois para isto havia sido salvo (I Co.9:16). O apóstolo sentia a mesma compaixão que tinha o
Senhor Jesus pelas almas perdidas (Mt.9:36; Mc.6:34).
- Paulo foi a Filipos porque queria ajudar os filipenses, pregando-lhes o Evangelho. Era sempre este o seu
objetivo, o seu desiderato em seu ministério. Paulo fora chamado para evangelizar (I Co.1:17) e sentia esta
responsabilidade, tanto que, para que não resistisse a ficar um tempo mais longo em Corinto, teve o Senhor de
dizer-lhe que isto era necessário pois havia ali muitas almas para ser salvas (At.18:9,10).
- Por isso, na primeira oportunidade que teve, quando, num dia de sábado, queria ter um lugar para a oração,
pregou o Evangelho às mulheres que encontrou ali lavando roupa à beira do rio Gangites. Este gesto, totalmente
inusitado para um judeu ou para alguém com formação na cultura greco-romana, é revelador do amor que
invadia o coração do apóstolo, que não se preocupou com conceitos culturais, mas quis, assim que pôde, pregar
o Evangelho.
- Assim também precisamos agir, amados irmãos. Devemos entender que é nossa a obrigação de pregar o
Evangelho por todo o mundo a toda criatura (Mc.16:15), pois temos de ter o mesmo sentimento de Cristo, ou
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 2
seja, sentir compaixão pelas almas que estão caminhando para a perdição eterna, esforçando-se sempre por
arrebatar alguns do fogo e enxofre que lhes espera (Jd.22,23).
- Paulo demonstrou este amor pelos filipenses, tanto que, desde o primeiro dia, esforçou-se para pregar o
Evangelho naquela cidade e, mesmo tendo ficado pouco tempo naquela cidade, pôde deixar uma congregação
na casa de Lídia, abrindo um trabalho que lhe foi sustentáculo durante todo o restante de seu ministério.
- Paulo demonstrou seu amor, também, quando, mesmo sendo admoestado pelos magistrados a deixar a cidade,
não tê-lo feito antes de confortar os irmãos, firmando-os na fé (At.16:40), prova de que sua prioridade não era
sequer a sua integridade física ou a sua liberdade, mas, sim, o bem-estar daqueles que haviam crido em Cristo
Jesus naquela cidade.
- Outra demonstração do amor de Paulo para com os crentes de Filipos é a própria epístola que estamos a
estudar. Paulo, ao saber do estado de desânimo que havia entre os filipenses por causa da sua prolongada prisão
(que já perdurava cerca de cinco anos desde quando fora o apóstolo preso em Jerusalém), não querendo que
houvesse o desfalecimento da fé por parte daqueles crentes, resolveu não só escrever esta carta que estamos a
estudar, como também, antes que pudesse ir até Filipos, enviar Epafrodito (que era o portador da carta) como
também Timóteo.
- Apesar de estar preso e passando por necessidades, inclusive econômico-financeiras, o apóstolo ficou
preocupado com a saúde espiritual dos crentes de Filipos, não querendo, em hipótese alguma, que a sua prisão
prolongada pudesse de algum modo prejudicar a salvação daqueles crentes.
- Assim, o fato de ter sido tocado para escrever esta carta, na qual procurava transmitir a alegria espiritual de
que desfrutava àqueles crentes, mostra claramente que o apóstolo amava aqueles irmãos e que tencionava que
eles pudessem persistir numa vida espiritual elevada que os havia caracterizado até então.
- Paulo mostra, assim, que era, realmente, portador do amor divino, este amor que ele havia descrito aos
coríntios em sua primeira carta àquela igreja, no seu capítulo 13, onde temos a mais explícita descrição do que é
o amor divino, o amor cristão.
II – O AMOR QUE OS CRENTES DE FILIPOS DEMONSTRARAM EM RELAÇÃO AO APÓSTOLO
PAULO
- Mas não foi apenas o apóstolo Paulo quem amou os crentes de Filipos. Na verdade, os crentes de Filipos, e o
apóstolo Paulo o reconhece, havia desde o primeiro dia ajudado o apóstolo Paulo em suas necessidades, havia
demonstrado, também, seu amor para com o apóstolo (Fp.1:5).
- Assim é que, já no primeiro dia em que Paulo pregou o Evangelho em Filipos, já foi ajudado. Com efeito,
Lídia, a primeira mulher a se converter naquela pregação, assim que se converteu levou o apóstolo e seus
companheiros à sua casa, dando-lhe não só hospedagem, mas também um local para a realização dos cultos,
uma sede para aquela nova igreja local (At.16:15,40).
- Lídia, portanto, demonstrou ter realmente recebido o amor de Deus em seu coração pelo Espírito Santo, vez
que, incontinenti, procurou fazer o bem ao apóstolo e a seus companheiros, dando-lhes um teto, algo
absolutamente necessário para que o apóstolo pudesse prosseguir na sua obra evangelística em Filipos.
- Mas não foi apenas Lídia quem demonstrou amor para com os filipenses. O carcereiro de Filipos, assim que se
converteu, também demonstrou imenso amor pelo apóstolo, levando-o para a sua casa, em plena madrugada, a
fim de lavar-lhe os vergões decorrentes dos açoites que havia sofrido antes de ser levado para o cárcere
(At.16:33).
- Tanto num caso quanto no outro, temos uma demonstração genuína do amor cristão, pois foram atitudes
desinteressadas e que, num ponto-de-vista humano, poderiam causar algum embaraço para os que as
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 3
praticaram. Que se poderia dizer de Lídia por ter levado homens estranhos para a sua casa? Que se poderia
dizer do carcereiro que levou prisioneiros para a sua casa para cuidar-lhe as feridas? No entanto, nem Lídia nem
o carcereiro levaram em conta as consequências humanas de seus gestos, pois estavam movidos pelo Espírito
Santo, amando o próximo e procurando fazer-lhe bem sem sequer pensar em si mesmos.
- Mas este amor demonstrado por Lídia e pelo carcereiro não ficou apenas nestas duas vidas, mas passou a ser
uma atitude de toda a igreja dos filipenses. Com efeito, já em Tessalônica, a primeira cidade em que Paulo
parou depois de ter deixado Filipos (At.17:1), os crentes de Filipos já mandaram ao apóstolo ajuda para a sua
manutenção (Fp.4:15,16), atitude que continuariam a fazer rotineiramente desde então, inclusive mandando
Epafrodito para Roma a fim de suprir as necessidades do apóstolo (Fp.4:18).
- A igreja de Filipos foi tomada de um profundo amor pelo apóstolo Paulo e sem que este tivesse pedido,
sempre estava disposta a ajudar o apóstolo no dia-a-dia do seu ministério, não só em termos materiais, mas,
também, em termos espirituais, visto que os filipenses não só mandavam recursos financeiros como também
procuravam dar ao apóstolo o devido consolo e conforto, que se constitui, também, em inegável demonstração
do amor cristão.
- É este amor que o apóstolo faz questão de reconhecer na sua carta, quando, em Fp.4:10, faz questão de dizer
que estava alegre, havia se regozijado em sempre ser lembrado pelos filipenses, querendo, inclusive, justificar-
se que não havia antes externado tal alegria porque não tinha tido antes oportunidade.
- Temos aqui a nona alegria da carta de Paulo aos filipenses, a chamada “alegria de receber donativos”.
“…Paulo relembra com gratidão as inúmeras vezes que os irmãos de Filipos o tinham ajudado financeiramente.
Tantas vezes nas suas viagens missionárias ele recebia auxílio dos irmãos amados, e agora, estando preso,
mandam-lhe um mensageiro, Epafrodito, para servir a Paulo na prisão, mas não o mandam de mãos vazias! Ele
leva consigo uma oferta, donativo de amor da parte dos irmãos filipenses. Paulo tem esta oferta “como cheiro
suave, como sacrifício agradável e aprazível a Deus” (v.18). Notemos de passagem que os dízimos, as ofertas,
as coletas especiais – tudo isso na igreja local, não é transação comercial, muito menos um imposto, mas faz
parte do ministério sacerdotal de todo crente: é sacrifício aceitável que se oferece a Deus, é oferta da
sementeira, é o aroma suave que agrada a Deus. E traz tanta alegria a tanta gente, como foi no caso de Paulo.
Eu lhe pergunto: sua igreja local tem plano missionário, investimento para suprir as necessidades dos
missionários e as de sua família, daqueles que levam ‘a preciosa semente, andando e chorando...’, os quais
voltarão ‘com cânticos de alegria, trazendo consigo os seus molhos’? (Sal. 126.6). Quantos benefícios
espirituais recebem aqueles que ofertam com alegria na obra missionária! Muitos são ofertantes anônimos, mas
que ofertam fielmente sabendo de antemão, que, ‘no Senhor, o vosso trabalho não é vão’ (I Cor.15.58). Muito
obrigado, de coração, a todas aquelas Igrejas locais e aos irmãos e irmãs muitos deles até anônimos, que têm
orado e ofertado generosamente em nosso benefício, para o nosso tão necessário sustento e o de minha modesta
família, pois sem este ‘cheiro suave, como sacrifício agradável e aprazível a Deus’, não poderíamos continuar
dando tempo integral à obra missionária que o Senhor Deus nos tem confiado. Muito obrigado!…” (SENA
NETO, José Barbosa de. Carta aos filipenses, a carta da alegria! Disponível em:
http://prbarbosaneto.blogspot.com.br/2008/01/carta-aos-filipenses-carta-da-alegria.html Acesso em 29 jul. 2013).
- Lembrar de alguém é demonstração do amor de Deus na vida de um cristão. Deus não Se esquece de nós,
porque nos ama e nós devemos, como portadores do amor divino, também não nos esquecermos dos nossos
irmãos. Que tristeza dizermos sermos cristãos e nos esquecermos daqueles que nos cercam, daqueles que estão
à nossa volta. Devemos evitar sermos atingidos pela “globalização da indiferença” que têm caracterizado o
mundo sem Deus e sem salvação.
OBS: Esta expressão, “globalização da indiferença”, foi cunhada pelo atual chefe da Igreja Romana, Francisco, que a tem utilizado em alguns de
seus pronunciamentos, como, por exemplo, em uma homilia que proferiu em Lampedusa, na Itália, local onde morreram muitos imigrantes que
procuravam chegar da África a Itália em embarcações improvisadas. Eis o trecho da homilia mencionada: “…A cultura do bem-estar, que nos leva a
pensar em nós mesmos, torna-nos insensíveis aos gritos dos outros, faz-nos viver como se fôssemos bolas de sabão: estas são bonitas mas não são
nada, são pura ilusão do fútil, do provisório. Esta cultura do bem-estar leva à indiferença a respeito dos outros; antes, leva à globalização da
indiferença. Neste mundo da globalização, caímos na globalização da indiferença. Habituamo-nos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não
nos interessa, não é responsabilidade nossa! Reaparece a figura do "Inominado" de Alexandre Manzoni. A globalização da indiferença torna-nos a
todos "inominados", responsáveis sem nome nem rosto. "Adão, onde estás?" e "onde está o teu irmão?" são as duas perguntas que Deus coloca no
início da história da humanidade e dirige também a todos os homens do nosso tempo, incluindo nós próprios. Mas eu queria que nos puséssemos
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 4
uma terceira pergunta: "Quem de nós chorou por este facto e por factos como este?" Quem chorou pela morte destes irmãos e irmãs? Quem chorou
por estas pessoas que vinham no barco? Pelas mães jovens que traziam os seus filhos? Por estes homens cujo desejo era conseguir qualquer coisa
para sustentar as próprias famílias? Somos uma sociedade que esqueceu a experiência de chorar, de "padecer com": a globalização da indiferença
tirou-nos a capacidade de chorar!…” (“A globalização da indiferença tirou-nos a capacidade de chorar”. O discurso de Francisco em Lampedusa.
Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/521786-qadao-onde-estas-caim-onde-esta-o-teu-irmao-o-discurso-de-francisco-em-lampedusa
Acesso em 29 jul. 2013) (destaque original)
- Não podemos agir como o copeiro-mor da corte de Faraó que, beneficiado por José, não se lembrou dele
quando recuperou sua posição (Gn.40:23), gesto que o próprio copeiro-mor, dois anos depois, quando a corte
estava alvoroçada pelo sonho de Faraó, ter sido tal esquecimento um pecado (Gn.41:9). Se um homem que não
conhecia a Deus, como o copeiro-mor, entende que seu esquecimento do próximo, ainda que um reles
prisioneiro estrangeiro como era José, tratou-se de um pecado, que podemos dizer de nós quando nos
esquecemos do próximo, tendo conhecido a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo? Pensemos nisto!
- Paulo estava alegre pelo simples fato de ser lembrado pelos filipenses. Não era uma alegria decorrente do
recebimento de recursos econômico-financeiros, pois Paulo não era materialista, nem procurava ajuntar
tesouros na terra. Não, não e não! Sua alegria consistia em ser lembrado pelos filipenses, sabendo que eles,
muito mais do que mandar donativos, estavam interessados em cooperar com seu trabalho evangelístico, em ser
participante de sua graça, tanto nas suas prisões como na sua defesa e confirmação do evangelho (Fp.1:5-7).
- Paulo sabia que os filipenses não só o auxiliavam materialmente, como também tinham sido sempre seus
companheiros nos momentos de dificuldades, mandando sempre pessoas para confortá-lo e consolá-lo na
prisão, sem falar na intercessão que faziam por ele nas suas orações para que ele pudesse ser solto. Por isso
mesmo, o apóstolo também não se esquecia dos filipenses em suas orações (Fp.1:4).
- Eram estas atitudes dos filipenses para com o apóstolo e do apóstolo para com os filipenses que permitiam a
Paulo dizer que havia entre eles uma “entranhável afeição de Jesus Cristo”. Será que podemos repetir isto com
relação aos que nos cercam?
III – A NATUREZA DA ALEGRIA DE PAULO EM RELAÇÃO AO AMOR DEMONSTRADO PELOS
CRENTES DE FILIPOS
- Quando o apóstolo já está concluindo a epístola, apresentando os agradecimentos e fazendo as suas
considerações finais, diz que muito se regozijou no Senhor a lembrança dos filipenses a respeito dele e a
oportunidade de demonstrá-lo atrás do envio de Epafrodito.
- O apóstolo, porém, ao falar desta alegria, quis deixar claro que não estava feliz por causa das ofertas que havia
recebido dos filipenses, porque “…já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também
ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome;
tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas n’Aquele que me fortalece.”
(Fp.4:11b-13).
- Como se pode verificar, portanto, estas “todas as coisas” de que fala o apóstolo não é bênção sobre bênção,
como dizem os triunfalistas, mas, sim, tanto abundância, quanto necessidade; tanto fartura, quanto fome. Paulo
havia aprendido da parte de Deus a passar por todas as coisas e suportá-las. Paulo havia aprendido, inclusive, a
passar fome, se isto fosse a vontade do Senhor.
- O apóstolo era alguém desapegado às coisas materiais, como já deixara claro nesta mesma epístola, ao dizer
que seu objetivo, seu alvo era a “ressurreição dos mortos” (Fp.3:11).
- Naturalmente que o apóstolo não era ingrato e, por isso, estava alegre em saber que os filipenses se
preocupavam com o seu bem-estar material, mas sabia muito bem que também os filipenses não eram
materialistas, como o demonstrou Epafrodito, que chegou mesmo a ficar doente para poder suprir o necessário
ao apóstolo (Fp.2:27-30).
- A alegria de Paulo em ser lembrado pelos filipenses era muito mais profunda do que o contentamento de
alguém que via supridas as suas necessidades. Tratava-se da constatação de que os crentes de Filipos eram,
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 5
verdadeiramente, pessoas convertidas, pessoas salvas, tanto que estavam dispostas a ajudar o apóstolo,
independentemente das circunstâncias.
- A alegria de Paulo não era a de apenas “receber donativos”, mas de ver que o fruto do Espírito era produzido
entre os crentes de Filipos (Gl.5:22), que eles manifestavam ter verdadeiro amor, o amor de Deus derramado
em seus corações pelo Espírito Santo (Rm.5:5).
- Com efeito, como iria ensinar mais tarde em uma de suas epístolas o apóstolo João, a mais concreta
manifestação do amor de Deus em nossos corações é o amor que devotamos ao próximo. “Conhecemos a
caridade nisto: que Ele deu a Sua vida por nós e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem pois tiver bens do
mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele a caridade de Deus?
Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. E nisto conhecemos que
somos da verdade, e diante d’Ele asseguraremos nossos corações;” (I Jo.3:16-19).
- As palavras de João ressoam como “radicais” e “extremamente duras” para muitos que, em nossos dias, vivem
a já mencionada “globalização da indiferença”, que professam um Cristianismo “ensimesmado”, que, como
disse o atual chefe da Igreja Romana, quando ainda cardeal, nas reuniões preparatórias do conclave que o
elegeu, é a manifestação de uma “igreja mundana” , “…que vive em si própria, de si própria e para si própria”
(apud GAMA, Rinaldo. Retórica da honestidade. Veja, edição 2332, ano 46. n. 31, 31 jul, 2013, p.62).
- Paulo temia que os filipenses viessem a ter um comportamento desta natureza, tanto que, ao mostrar o
exemplo de seu filho na fé, Timóteo, fez questão de ressaltar que aquele jovem obreiro tinha o mesmo
sentimento de Paulo e dos próprios filipenses, pois buscava aquilo que é de Cristo Jesus e não o que era seu
(Fp.2:20,21).
- O verdadeiro amor cristão é desinteressado (I Co.13:5), não está atrás dos seus interesses, mas está pronto a
tudo sofrer, a tudo crer, a tudo esperar e a tudo suportar (i Co.13:7).
- É, precisamente, por este motivo que o apóstolo aponta, logo após ter mencionado que estava alegre em ser
lembrado pelos filipenses, a sua décima alegria nesta carta (que é também a última), que é o contentamento com
o que se tem (Fp.4:11). Paulo disse que havia aprendido a se contentar com o que tinha, mesmo que estas
posses fossem insuficientes para o seu sustento.
- Como afirma Charles Spurgeon em um sermão onde tratou precisamente deste contentamento de Paulo
(sermão que foi traduzido e publicado no Portal Escola Dominical, disponível em http://www.portalebd.org.br/classes/jovens-e-
adultos/item/1036-ap%C3%AAndice-4-contentamento-um-serm%C3%A3o-de-charles-spurgeon ), este contentamento não é algo que nasça
naturalmente do homem, mas o apóstolo disse tê-lo aprendido, prova de que somente uma vida de comunhão
com Deus poderia produzi-lo, por ação do Espírito Santo.
- Contentar-se com o que se tem é algo que vem de uma comunhão com Deus, pois a natureza pecaminosa do
homem é tendente à ganância e à insatisfação, à insaciedade, pois existe na carne aquela “sanguessuga” que
gera as suas duas filhas: “dá, dá”(Pv.30:15).
- O proverbista também diz que “os olhos do homem nunca se satisfazem” (Pv.27:20) e “aquele que tem um
olho mau corre atrás das riquezas” (Pv.28:22). Portanto, o contentamento de Paulo manifesta, claramente, que a
alegria que tinha em ser lembrado pelos filipenses não era de ordem material, nem refletia um materialismo
que, infelizmente, está presente na vida de muitos obreiros que se dizem cristãos em nossos dias.
- O amor de Paulo era amor a Deus e, por isso mesmo, não poderia ser amor às riquezas, pois quem serve a
Deus não pode servir às riquezas (Mt.6:24), outra afirmação bíblica que é por muitos deixada de lado em nossos
dias, visto que leva a muitos incômodos por parte de alguns que não estão a viver a verdadeira e genuína fé
cristã.
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 6
- Paulo tinha aprendido a se contentar com o que tinha, e, por isso mesmo, havia aprendido a estar abatido,
tanto quanto a ter abundância; havia sido instruído, ensinado pelo Espírito Santo tanto a ter fartura, como a ter
fome; tanto a ter abundância como a padecer necessidade (Fp.4:12).
- Paulo demonstra aqui uma libertação de todas as circunstâncias desta vida. Estava aqui para cumprir a vontade
do Senhor e considerava que Deus, como sendo o Soberano do Universo, podia muito bem querer que ele
passasse por necessidades, se isto fosse representar crescimento espiritual para o apóstolo.
- Antes mesmo de ser preso em Jerusalém, quando ainda se preparava para viajar para a capital dos judeus a fim
de levar ajuda aos crentes pobres da Judeia, vemos que o apóstolo já havia aprendido esta lição, já que havia
escrito aos crentes de Roma que todas as coisas contribuíam juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados pelo Seu decreto (Rm.8:28).
- Quem ama a Deus é porque recebeu, antes, o amor de Deus em seu coração (I Jo.4:19) e, portanto, possui um
amor totalmente abnegado, desinteressado e que é capaz de tudo suportar, sabendo que as aflições do tempo
presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada (Rm.8:18).
- Muitas das vezes as circunstâncias adversas nos sobrevêm precisamente para que possamos manifestar aos
outros este amor de Deus que se encontra em nossos corações. Assim como alguns produtos somente exalam o
seu aroma precioso quando são devidamente amassados, triturados e moídos, também, por vezes, somente
quando passamos por tribulações e severas adversidades é que exalamos o amor de Deus que se encontra em
nosso interior, que demonstramos o “bom cheiro de Cristo” que somos (II Co.2:15).
- Paulo era extremamente agradecido pela ajuda que recebia dos filipenses desde o primeiro dia em que
começara a evangelizar aquela cidade, mas fazia questão de mostrar aos crentes de Filipos que o amor de Deus
está acima de benesses materiais ou de uma filantropia, pois ele já aprendera a se contentar com o que possuía.
- Este aprendizado Paulo não quis que ficasse apenas para si. Aqui ensina os filipenses a que o imitassem,
também tendo o mesmo contentamento. A Timóteo, também, daria o mesmo ensino, pouco depois, ao ensinar
seu filho na fé de que “é grande ganho a piedade com contentamento, porque nada trouxemos para este mundo
e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento e com que nos cobrimos, estejamos com
isso contentes” (I Tm.6:6-8). Que importante lição para aprendermos em meio a um mundo cada vez mais
materialista e ganancioso!
- Ainda fazendo menção ao sermão de Charles Spurgeon, é importante deixarmos aqui registrado que este
contentamento não abrangia apenas as circunstâncias adversas. O apóstolo fez questão de deixar consignado
que também aprendera a se contentar com o que tinha nos instantes de opulência, de fartura e de abundância.
- Como afirma o príncipe dos pregadores britânicos, “…Esta segunda parte do conhecimento é igualmente
valiosa: ‘Sei ter abundância’. Há uma grande quantidade de homens que sabem um pouco como ser abatidos,
mas não sabem de modo algum ter abundância. Quando eles são postos na cova com José, eles olham para cima
e veem a promessa iluminada e a esperança por um escape. Mas, quando são postos no topo do pináculo, suas
mentes ficam perturbadas e eles estão prontos a cair.…” (Contentamento – um sermão de Charles Spurgeon.
end. cit).
- Contentar-se com o que se tem, quando se tem pouco ou o insuficiente, não é fácil, mas contentar-se com o
que se tem, quando se tem muito é igualmente difícil, diríamos até mais difícil, pois o autocontrole é de ser
exercido para que a pessoa não se torne gananciosa e queira mais do que o que já se tem, máxime num mundo
materialista e hedonista como o que vivemos.
- Paulo, porém, estava liberto das circunstâncias desta vida e, como amava a Deus, sabia tanto ter necessidade,
quanto ter fartura. Irmãos amados, que passemos por este mesmo aprendizado do apóstolo, que deixemos que o
Espírito Santo nos ensine a ter este nível de maturidade espiritual!
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 7
IV – A FONTE DA ALEGRIA DE PAULO
- Quando Paulo disse que “tudo podia n’Aquele que lhe fortalecia”, ele estava a dizer que, independentemente
das circunstâncias, ele era capaz de suportar tudo por amor a Cristo, sabendo que “estar com Cristo é bem
melhor” (Fp.1:23), de que devemos estar completamente desapegados das coisas passageiras desta vida.
- O apóstolo Paulo estava a ensinar os crentes de Filipos de que eles deveriam esforçar-se para atingir um
patamar na vida espiritual em que tudo o que se passasse nesta Terra seria indiferente. O crente deveria manter-
se assentado “nas regiões celestiais em Cristo”, onde fora posto pelo próprio Senhor e ali desfrutar de “todas as
bênçãos espirituais”, como escreveu aos efésios (Ef.1:3), também uma das chamadas “cartas da prisão”.
- O apóstolo Paulo estava a ensinar os filipenses de que devemos aprender com Cristo e ser completamente
desapegados de qualquer coisa desta vida, inclusive do nosso “eu”, vivendo para fazer a vontade de Deus,
vivendo para Cristo Jesus, não permitindo que qualquer pensamento ou desejo venha a nos desvirtuar de nossa
abnegação por Jesus.
- Como isto é diferente do que ouvimos por aí a respeito de Fp.4:13. Paulo não estava aí exaltando o seu “eu”,
nem tampouco dizendo aos crentes de Filipos que eles deveriam “arrebentar” tudo para fazer prevalecer os seus
desejos, pois “nada pode segurar o crente”, mas, bem ao contrário, estava a demonstrar que o salvo deve se
conformar à vontade de Deus e saber que isto é o que realmente importa na sua vida, mesmo que isto envolva
necessidade, fome e abatimento.
- Paulo exorta, não só os filipenses, mas a nós todos, visto que este texto passou a fazer parte das Escrituras, a
termos o mesmo sentimento de Cristo Jesus que deixou a Sua glória para ser obediente até a morte e morte de
cruz (Fp.2:5-8). Por isso, diz que não devemos atentar para o que é propriamente nosso, mas cada qual também
para o que é dos outros (Fp.2:4), outros a serem sempre considerados superiores a nós (Fp.2:3).
- O discurso triunfalista que se lastreia no texto fora de contexto de Fp.4:13, entretanto, quer nos levar ao
egoísmo, ao individualismo, ao apego às coisas terrenas, é um ensino completamente distorcido do que ensina a
Palavra de Deus. Fujamos disto, amados irmãos!
- O apóstolo Paulo dá-nos, ainda, uma importantíssima lição. A libertação das circunstâncias desta vida, o
desapego às coisas terrenas não era decorrência de uma força interior do próprio apóstolo, nem mesmo
consequência de uma “chamada especial divina” ou de “anos de experiência” no Evangelho. Não, não e não!
- O apóstolo afirmou aos crentes de Filipos que ele “tudo podia” mas “n’Aquele que me fortalece”, ou seja,uma
vez mais o apóstolo mostra aos crentes de Filipos que se faz absolutamente necessário estar “em Jesus Cristo”
para que se possa conseguir vencer os obstáculos da vida terrena, para que se possa libertar das circunstâncias
de nossa peregrinação terrena.
- Para que Paulo pudesse saber estar tanto abatido, quanto ter abundância; instruído tanto a ter fartura, quanto a
padecer necessidade, era imperioso que ele estivesse em Cristo Jesus.
- Fora de Jesus, não há como conseguirmos obter vitória neste mundo, não há como nos desvencilharmos das
circunstâncias desta vida, não há como fugirmos ao círculo vicioso a que está condenado o homem que não
conhece a Jesus.
- O apóstolo Paulo mostra, com absoluta clareza, que a nossa independência das coisas desta vida, das
vicissitudes deste mundo é consequência da nossa dependência de Deus. O apóstolo demonstra que somente
tendo Cristo como centro de nossas vidas, de nossas existências, poderemos superar os grilhões que nos
prendem às necessidades deste mundo.
OBS: O atual chefe da Igreja Romana, Francisco, em discurso aos bispos da Conferência Episcopal.Latino-Americana (CELAM), em sua recente
visita ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, bem falou sobre este “cristocentrismo” que deve existir na Igreja, palavras que, por
sua biblicidade, aqui reproduzimos: “…O discípulo missionário não pode possuir-se a si mesmo; a sua imanência está em tensão para a
transcendência do discipulado e para a transcendência da missão. Não admite a autorreferencialidade: ou refere-se a Jesus Cristo ou refere-se às
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 8
pessoas a quem deve levar o anúncio dele. Sujeito que se transcende. Sujeito projetado para o encontro: o encontro com o Mestre (que nos unge
discípulos) e o encontro com os homens que esperam o anúncio. Por isso, gosto de dizer que a posição do discípulo missionário não é uma posição
de centro, mas de periferias: vive em tensão para as periferias... incluindo as da eternidade no encontro com Jesus Cristo. No anúncio evangélico,
falar de ‘periferias existenciais’ descentraliza e, habitualmente, temos medo de sair do centro. O discípulo-missionário é um descentrado: o centro é
Jesus Cristo, que convoca e envia. O discípulo é enviado para as periferias existenciais.…” (apud BERLINK, Deborah. Papa critica ‘ideologização’
da mensagem do Evangelho em discurso para bispos. Disponível em: http://oglobo.globo.com/rio/papa-critica-ideologizacao-da-mensagem-do-
evangelho-em-discurso-para-bispos-9245582 Acesso em 30 jul. 2013).
- É somente “em Cristo” que podemos ser instruídos e aprender a ser contentes com o que temos. O
aprendizado do apóstolo não se deu na “escola da vida”, nem tampouco foi resultado de sua imersão intelectual
na filosofia grega (no qual, aliás, era versado) ou nos altos estudos da lei mosaica com os mestres judeus (e
Paulo teve como mestre um dos maiores estudiosos da lei, Gamaliel – At.22:3), mas no seu relacionamento com
Cristo Jesus, do qual recebeu diretamente vários ensinamentos (I Co.11:23).
- Do mesmo modo, somente quando estivermos em Cristo, quando estabelecermos com Ele um relacionamento,
através de uma vida de meditação nas Escrituras e de oração, é que conseguiremos, também, quebrar as amarras
das necessidades terrenas de nossas vidas e atingir este mesmo estágio do apóstolo, impedindo que as
adversidades e as circunstâncias venham a abalar nossa espiritualidade.
- Isto se dá porque, quando estamos em Cristo, morremos para o mundo e, portanto, podemos viver
exclusivamente para o Senhor. É o que o apóstolo nos ensina em outra “carta da prisão”, a epístola aos
colossenses, onde afirma que para “buscar as coisas de cima”, temos de “ressuscitar com Cristo” (Cl.3:1).
- Estamos “mortos com Cristo quanto os rudimentos do mundo” (Cl.2:20) e, por isso, não mais nos importamos
em “satisfazer a carne”, de sorte que não somos mais movidos por interesses próprios, que têm como única
finalidade a exaltação do nosso “eu”, a obtenção de posições e vantagens neste mundo passageiro, que não é
nosso alvo, visto que estamos visando a cidade celeste, donde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo
(Fp.3:20).
- O amor cristão demonstrado pelo apóstolo e também pelos crentes de Filipos revela precisamente esta
“mentalidade das coisas de cima”. Somente quem está em Cristo é capaz de se negar a si mesmo e de buscar o
bem do próximo, de buscar cumprir a vontade de Deus, pois sabe que o que vale são as coisas eternas e não as
alegrias enganosas e passageiras que se oferecem neste mundo.
- Quem está em Cristo pode repetir as palavras do poeta sacro anônimo que nos diz: “O mundo de ilusão deixei,
a senda de pecado e dor, pra ir ao meu glorioso lar, ali há gozo, paz e amor. No mundo não está meu lar, aqui
não posso descansar; mas quero sempre avançar, no céu em breve hei de entrar.” (primeira estrofe e refrão do
hino 203 da Harpa Cristã).
- Mas não basta estar “em Cristo” para poder aprender a suportar todas as circunstâncias desta vida terrena sem
que se tenha qualquer abalo em nossa vida espiritual. O desprendimento das coisas terrenas exige de nós que
nos “fortaleçamos em Cristo” a cada dia, a cada instante.
- Paulo diz que tudo podia n’Aquele que o fortalecia, ou seja, além de estarmos em Cristo, o que significa dizer
que devemos ser salvos, pertencer ao Seu corpo, que é a Igreja (Ef.1:22; 5:23), torna-se necessário que nos
fortaleçamos n’Ele.
- Para alguém se fortalecer em Jesus é preciso, em primeiro lugar, reconhecer que é fraco. Não é possível que
alguém se fortaleça sem que, antes, reconheça que precisa de força, ou seja, que é fraco. Muitos, em nossos
dias, têm desperdiçado a oportunidade de se livrar das coisas desta vida precisamente porque se acha forte e,
portanto, não busca o fortalecimento em Jesus.
- Paulo teve este aprendizado da parte do Senhor Jesus. Escrevendo aos coríntios, pôde o apóstolo dos gentios
dizer que sentia prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor
de Cristo, pois percebeu que, quando estava fraco, então era forte (II Co.2:10), precisamente porque, após a
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 9
experiência do espinho na carne, pôde entender que o poder de Deus em nós se aperfeiçoa em nossa fraqueza
(II Co.12:9).
- O Senhor, muitas vezes, permite situações em nossas vidas para que nós entendamos a nossa fraqueza, a nossa
debilidade, a fim de que, deste modo, permitamos que Ele opere o Seu poder em nós e nos fortaleça,
fortalecimento este que nos desprenderá das vicissitudes deste mundo.
- Quando nos gloriamos em nossas fraquezas, ou seja, quando reconhecemos nossa fraqueza e glorificamos a
Deus por ela, o poder de Deus vem habitar em nós, pois como que abrimos a porta para que o Senhor venha
operar em nós (II Co.12:9). Quando somos fracos, isto é, quando assumimos as nossas fraquezas, passamos a
viver com Cristo pelo poder de Deus em nós (II Co.13:4).
- Não é à toa que, quando da batalha do Armagedom, quando o Senhor Jesus destruirá todas as nações que se
levantarem contra Israel, uma das características de tais nações que serão derrotadas será exatamente acharem-
se fortes diante de Deus, a ponto de o profeta Joel ter dito que elas dissessem que seriam fortes, afirmação que
será o prenúncio de sua derrota (Jl.3:10).
- Para que o poder de Deus possa habitar em nós e nós vivamos com Cristo com este poder habitando em nós, é
absolutamente necessário que reconheçamos nossa fraqueza e nos fortaleçamos em Jesus.
- Por isso, o apóstolo foi enfático ao dizer a seu filho na fé, Timóteo, para que se fortificasse na graça que havia
em Cristo Jesus (II Tm.2:1). Quando Timóteo se fortificasse na graça de Jesus poderia não só confiar a homens
fiéis o que havia aprendido de Paulo, como também poderia sofrer com o apóstolo as aflições como bom
soldado de Jesus Cristo (II Tm.2:2,3).
- Quando nos fortalecemos em Cristo, podemos ser bom soldados do exército do Senhor, lutando com êxito
contra as hostes espirituais da maldade, devidamente revestidos da armadura de Deus (Ef.6:10-12) e não se
embaraçando com os negócios desta vida, tendo condições, assim, de agradar ao Senhor que nos alistou para
esta guerra (II Tm.2:4).
- E, para encerrar, vemos que o apóstolo disse que os filipenses bem fizeram em ajudá-lo nas suas necessidades
(Fp.4:14) e sua oração foi para que os filipenses tivessem supridas todas as suas necessidades por Deus, que o
apóstolo admitiu ser um Deus rico (Fp.4:19).
- Ora, se Deus é rico, por que o apóstolo Paulo não pediu que também enriquecesse os filipenses, diante de sua
generosidade? Porque os filipenses, assim como o apóstolo, deveriam aprender a se contentar com o que tinham
(Fp.4:11) e porque Deus, embora seja rico, dono do ouro e da prata (Ag.2:8), não tem o propósito de enriquecer
os homens materialmente, mas, sim, de suprir-lhes as necessidades materiais com o suficiente, porque, ao
contrário dos perdidos, inimigos da cruz de Cristo, que só pensam nas coisas terrenas (Fp.3:18,19), os salvos,
assim como o apóstolo, tem a sua cidade nos céus donde esperam o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que
transformará o seu corpo abatido para ser conforme o Seu corpo glorioso segundo o Seu eficaz poder de sujeitar
também a Si todas as coisas (Fp.3:20,21). Fazemos parte deste grupo?
Caramuru Afonso Francisco
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2013
TEMA – FILIPENSES: a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
COMENTARISTA : Elienai Cabral
PLANO DE AULA Nº 12
LIÇÃO Nº 12 – A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO
1º SLIDE INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo da carta de Paulo aos filipenses, veremos o relacionamento de amor que havia entre o apóstolo e a igreja em Filipos,
descrita em Fp.4:10-13.
- O amor de Deus que é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo faz-nos também amar o próximo.
2º SLIDE I – O AMOR QUE O APÓSTOLO PAULO DEMONSTROU EM RELAÇÃO AOS CRENTES DE FILIPOS
- O apóstolo Paulo foi movido de amor quando, após ter tido a visão do varão macedônio, de pronto resolveu ir para Filipos para pregar o Evangelho
àquele povo, atendendo, assim, ao chamado do Espírito Santo (At.16:9,10).
EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 10
-. O apóstolo sentia a mesma compaixão que tinha o Senhor Jesus pelas almas perdidas (Mt.9:36; Mc.6:34), como se vê em I Co.9:16.
3º SLIDE
- Paulo demonstrou seu amor, também, quando, mesmo sendo admoestado pelos magistrados a deixar a cidade, não tê-lo feito antes de confortar os
irmãos, firmando-os na fé (At.16:40).
- Outra demonstração do amor de Paulo para com os crentes de Filipos é a própria epístola que estamos a estudar.
4º SLIDE II – O AMOR QUE OS CRENTES DE FILIPOS DEMONSTRARAM EM RELAÇÃO AO APÓSTOLO PAULO
- Os crentes de Filipos haviam, desde o primeiro dia, ajudado o apóstolo Paulo em suas necessidades, demonstrando, também, seu amor para com o
apóstolo (Fp.1:5), como vemos nos casos de:
a) Lídia (At.16:15,40).
b) o carcereiro (At.16:33).
c) de toda a igreja (Fp.4:15,16).
5º SLIDE
- Este amor dos filipenses era motivo de alegria para o apóstolo Paulo (Fp.4:10).
- Temos aqui a nona alegria da carta de Paulo aos filipenses, a chamada “alegria de receber donativos”.
6º SLIDE
- Lembrar de alguém é demonstração do amor de Deus na vida de um cristão.
- Paulo estava alegre pelo simples fato de ser lembrado pelos filipenses. Sua alegria consistia em ser lembrado pelos filipenses, sabendo que eles,
muito mais do que mandar donativos, estavam interessados em cooperar com seu trabalho evangelístico, em ser participante de sua graça, tanto nas
suas prisões como na sua defesa e confirmação do evangelho (Fp.1:5-7).
7º SLIDE
- Os filipenses não só auxiliavam Paulo materialmente, mas eram sempre seus companheiros nos momentos de dificuldades, mandando sempre
pessoas para confortá-lo e consolá-lo na prisão, sem falar na intercessão que faziam por ele nas suas orações para que ele pudesse ser solto.
- O apóstolo também não se esquecia dos filipenses em suas orações (Fp.1:4). Havia entre eles uma “entranhável afeição de Jesus Cristo” (Fp.1:8).
Ambos cumpriam o mandamento de Jesus – “amar uns aos outros como Eu vos amei” (Jo.15:12).
8º SLIDE III – A NATUREZA DA ALEGRIA DE PAULO EM RELAÇÃO AO AMOR DEMONSTRADO PELOS CRENTES DE FILIPOS
- A alegria de Paulo não era a de apenas “receber donativos”, mas de ver que o fruto do Espírito era produzido entre os crentes de Filipos (Gl.5:22),
que eles manifestavam ter verdadeiro amor, o amor de Deus derramado em seus corações pelo Espírito Santo (Rm.5:5).
- O verdadeiro amor cristão é desinteressado (I Co.13:5), não está atrás dos seus interesses, mas está pronto a tudo sofrer, a tudo crer, a tudo esperar e
a tudo suportar (i Co.13:7).
9º SLIDE
- Paulo havia aprendido a se contentar com o que tinha, mesmo que estas posses fossem insuficientes para o seu sustento.
- A décima e última alegria da carta aos Filipenses - o contentamento com o que se tem (Fp.4:11).
10º SLIDE
- Contentar-se com o que se tem é algo que vem de uma comunhão com Deus, pois a natureza pecaminosa do homem é tendente à ganância e à
insatisfação, à insaciedade, pois existe na carne aquela “sanguessuga” que gera as suas duas filhas: “dá, dá”(Pv.30:15).
- Paulo tinha aprendido a se contentar com o que tinha, e, por isso mesmo, havia aprendido a estar abatido, tanto quanto a ter abundância; havia sido
instruído, ensinado pelo Espírito Santo tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância como a padecer necessidade (Fp.4:12).
11º SLIDE
- Paulo demonstra aqui uma libertação de todas as circunstâncias desta vida. Estava aqui para cumprir a vontade do Senhor e considerava que Deus,
como sendo o Soberano do Universo, podia muito bem querer que ele passasse por necessidades, se isto fosse representar crescimento espiritual para
o apóstolo.
- Muitas das vezes as circunstâncias adversas nos sobrevêm precisamente para que possamos manifestar aos outros este amor de Deus que se
encontra em nossos corações.
12º SLIDE
- Paulo era extremamente agradecido pela ajuda que recebia dos filipenses desde o primeiro dia em que começara a evangelizar aquela cidade, mas
fazia questão de mostrar aos crentes de Filipos que o amor de Deus está acima de benesses materiais ou de uma filantropia, pois ele já aprendera a se
contentar com o que possuía.
- Este aprendizado Paulo não quis que ficasse apenas para si. Aqui ensina os filipenses a que o imitassem, também tendo o mesmo contentamento. A
Timóteo, também, daria o mesmo ensino (I Tm.6:6-8).
13º SLIDE
- O apóstolo fez questão de deixar consignado que também aprendera a se contentar com o que tinha nos instantes de opulência, de fartura e de
abundância.
- Paulo, porém, estava liberto das circunstâncias desta vida e, como amava a Deus, sabia tanto ter necessidade, quanto ter fartura. Irmãos amados,
que passemos por este mesmo aprendizado do apóstolo, que deixemos que o Espírito Santo nos ensine a ter este nível de maturidade espiritual!
14º SLIDE IV – A FONTE DA ALEGRIA DE PAULO
- A libertação das circunstâncias desta vida, o desapego às coisas terrenas não é decorrência de uma força interior do próprio apóstolo, nem mesmo
consequência de uma “chamada especial divina” ou de “anos de experiência” no Evangelho.
- É absolutamente necessário estar “em Jesus Cristo” para que se possa conseguir vencer os obstáculos da vida terrena, para que se possa libertar das
circunstâncias de nossa peregrinação terrena.
15º SLIDE
- A nossa independência das coisas desta vida, das vicissitudes deste mundo é consequência da nossa dependência de Deus.
- É somente “em Cristo” que podemos ser instruídos e aprender a ser contentes com o que temos.
16º SLIDE
- Não basta estar “em Cristo” para poder aprender a suportar todas as circunstâncias desta vida terrena sem que se tenha qualquer abalo em nossa
vida espiritual. O desprendimento das coisas terrenas exige de nós que nos “fortaleçamos em Cristo” a cada dia, a cada instante.
- Para alguém se fortalecer em Jesus é preciso, em primeiro lugar, reconhecer que é fraco. Quando há este reconhecimento, o poder de Deus passa a
habitar em nós (II Co.2:10; 12:9; 13:4).
17º SLIDE
- Quando nos fortificamos na graça que há em Cristo (II Tm.2:1):
a) podemos ser bom soldados de Cristo (II Tm.2:2), devidamente revestidos da armadura de Deus (Ef.6:10-12);
b) podemos sofrer as aflições deste mundo (II Tm.2:2);
c) não nos embaraçamos com os negócios desta vida e agradamos ao Senhor (II Tm.2:3).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Lição 13 - O Cultivo das Relacões Interpessoais
Lição 13 - O Cultivo das Relacões InterpessoaisLição 13 - O Cultivo das Relacões Interpessoais
Lição 13 - O Cultivo das Relacões InterpessoaisErberson Pinheiro
 
Lição 12 20 de setembro de 2015 exortações gerais lições bíblicas cpad 3º tri...
Lição 12 20 de setembro de 2015 exortações gerais lições bíblicas cpad 3º tri...Lição 12 20 de setembro de 2015 exortações gerais lições bíblicas cpad 3º tri...
Lição 12 20 de setembro de 2015 exortações gerais lições bíblicas cpad 3º tri...Dangelo Nascimento
 
O Cultivo das Relaçoes Interpessoais
O Cultivo das Relaçoes InterpessoaisO Cultivo das Relaçoes Interpessoais
O Cultivo das Relaçoes InterpessoaisMárcio Martins
 
O sacrifício que agrada a Deus
O sacrifício que agrada a DeusO sacrifício que agrada a Deus
O sacrifício que agrada a DeusMoisés Sampaio
 
LIÇÃO 13 - O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
LIÇÃO 13 - O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAISLIÇÃO 13 - O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
LIÇÃO 13 - O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAISLourinaldo Serafim
 
Filipenses (Estudo 2)
Filipenses (Estudo 2)Filipenses (Estudo 2)
Filipenses (Estudo 2)Daniel Junior
 
O Discipulado Cristão nas Cartas aos Tessalonicenses
O Discipulado Cristão nas Cartas aos TessalonicensesO Discipulado Cristão nas Cartas aos Tessalonicenses
O Discipulado Cristão nas Cartas aos TessalonicensesJUERP
 
Lição 13 - O Cultivo das Relações Interpessoais
Lição 13 - O Cultivo das Relações InterpessoaisLição 13 - O Cultivo das Relações Interpessoais
Lição 13 - O Cultivo das Relações InterpessoaisRegio Davis
 
Sete cartas de Jesus e suas mensagens esquecidas
Sete cartas de Jesus e suas mensagens esquecidasSete cartas de Jesus e suas mensagens esquecidas
Sete cartas de Jesus e suas mensagens esquecidasE. M. Silva
 
Cosmovisão missionária - Lição 12 - 2º Trimestre de 2016
Cosmovisão missionária - Lição 12 - 2º Trimestre de 2016Cosmovisão missionária - Lição 12 - 2º Trimestre de 2016
Cosmovisão missionária - Lição 12 - 2º Trimestre de 2016Pr. Andre Luiz
 
04 as cartas às sete igrejas
04   as cartas às sete igrejas04   as cartas às sete igrejas
04 as cartas às sete igrejasDiego Fortunatto
 
LIção 13 - O cultivo das relações interpessoais
LIção 13 - O cultivo das relações interpessoaisLIção 13 - O cultivo das relações interpessoais
LIção 13 - O cultivo das relações interpessoaisAilton da Silva
 
Éfeso - A Igreja que perdeu o primeiro amor
Éfeso - A Igreja que perdeu o primeiro amorÉfeso - A Igreja que perdeu o primeiro amor
Éfeso - A Igreja que perdeu o primeiro amorElder Moraes
 
Apresentação 2 Coríntios - Teologia
Apresentação 2 Coríntios - Teologia Apresentação 2 Coríntios - Teologia
Apresentação 2 Coríntios - Teologia Rodrigo F Menegatti
 

Mais procurados (20)

Lição 13 - O Cultivo das Relacões Interpessoais
Lição 13 - O Cultivo das Relacões InterpessoaisLição 13 - O Cultivo das Relacões Interpessoais
Lição 13 - O Cultivo das Relacões Interpessoais
 
Lição 12 20 de setembro de 2015 exortações gerais lições bíblicas cpad 3º tri...
Lição 12 20 de setembro de 2015 exortações gerais lições bíblicas cpad 3º tri...Lição 12 20 de setembro de 2015 exortações gerais lições bíblicas cpad 3º tri...
Lição 12 20 de setembro de 2015 exortações gerais lições bíblicas cpad 3º tri...
 
O Cultivo das Relaçoes Interpessoais
O Cultivo das Relaçoes InterpessoaisO Cultivo das Relaçoes Interpessoais
O Cultivo das Relaçoes Interpessoais
 
Lição 12 artigo
Lição 12   artigoLição 12   artigo
Lição 12 artigo
 
O sacrifício que agrada a Deus
O sacrifício que agrada a DeusO sacrifício que agrada a Deus
O sacrifício que agrada a Deus
 
LIÇÃO 13 - O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
LIÇÃO 13 - O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAISLIÇÃO 13 - O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
LIÇÃO 13 - O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
 
Filipenses (Estudo 2)
Filipenses (Estudo 2)Filipenses (Estudo 2)
Filipenses (Estudo 2)
 
O Discipulado Cristão nas Cartas aos Tessalonicenses
O Discipulado Cristão nas Cartas aos TessalonicensesO Discipulado Cristão nas Cartas aos Tessalonicenses
O Discipulado Cristão nas Cartas aos Tessalonicenses
 
Lição 13 - O Cultivo das Relações Interpessoais
Lição 13 - O Cultivo das Relações InterpessoaisLição 13 - O Cultivo das Relações Interpessoais
Lição 13 - O Cultivo das Relações Interpessoais
 
Sete cartas de Jesus e suas mensagens esquecidas
Sete cartas de Jesus e suas mensagens esquecidasSete cartas de Jesus e suas mensagens esquecidas
Sete cartas de Jesus e suas mensagens esquecidas
 
Cosmovisão missionária - Lição 12 - 2º Trimestre de 2016
Cosmovisão missionária - Lição 12 - 2º Trimestre de 2016Cosmovisão missionária - Lição 12 - 2º Trimestre de 2016
Cosmovisão missionária - Lição 12 - 2º Trimestre de 2016
 
Apoc7
Apoc7Apoc7
Apoc7
 
2 ead
2  ead2  ead
2 ead
 
As sete igrejas da asia
As sete igrejas da asiaAs sete igrejas da asia
As sete igrejas da asia
 
04 as cartas às sete igrejas
04   as cartas às sete igrejas04   as cartas às sete igrejas
04 as cartas às sete igrejas
 
LIção 13 - O cultivo das relações interpessoais
LIção 13 - O cultivo das relações interpessoaisLIção 13 - O cultivo das relações interpessoais
LIção 13 - O cultivo das relações interpessoais
 
Licao 03 - Efeso, A Igreja do Amor Esquecido
Licao 03 - Efeso, A Igreja do Amor Esquecido Licao 03 - Efeso, A Igreja do Amor Esquecido
Licao 03 - Efeso, A Igreja do Amor Esquecido
 
Lição 06 artigo
Lição 06   artigoLição 06   artigo
Lição 06 artigo
 
Éfeso - A Igreja que perdeu o primeiro amor
Éfeso - A Igreja que perdeu o primeiro amorÉfeso - A Igreja que perdeu o primeiro amor
Éfeso - A Igreja que perdeu o primeiro amor
 
Apresentação 2 Coríntios - Teologia
Apresentação 2 Coríntios - Teologia Apresentação 2 Coríntios - Teologia
Apresentação 2 Coríntios - Teologia
 

Destaque

Transform
TransformTransform
Transformskyworm
 
La notícia mallorquin
La notícia mallorquinLa notícia mallorquin
La notícia mallorquinYaizayla .
 
Geoconda muñoz beneficios web 2.0
Geoconda muñoz beneficios web 2.0Geoconda muñoz beneficios web 2.0
Geoconda muñoz beneficios web 2.0YOGISS Muñoz
 
Transposição Total
Transposição TotalTransposição Total
Transposição Totalricketts
 
E portafolio melisa pabon
E portafolio melisa pabonE portafolio melisa pabon
E portafolio melisa pabonMelisa Pabon
 
養生太極
養生太極養生太極
養生太極kmcu
 
Metodología de la Investigación- Guía
Metodología de la Investigación- GuíaMetodología de la Investigación- Guía
Metodología de la Investigación- Guíauser-ebm
 
Alternative Dispute Resolution RUA FLMLA Promotion 8th
Alternative Dispute Resolution RUA FLMLA Promotion 8thAlternative Dispute Resolution RUA FLMLA Promotion 8th
Alternative Dispute Resolution RUA FLMLA Promotion 8thVibol Chetmay
 
Pati p 3
Pati p 3Pati p 3
Pati p 3merce
 
20120316152521
2012031615252120120316152521
20120316152521hlyis
 
FanPage não é Site e vice-versa.
FanPage não é Site e vice-versa.FanPage não é Site e vice-versa.
FanPage não é Site e vice-versa.dreprom
 
Sistemanerviosodefinitivo
SistemanerviosodefinitivoSistemanerviosodefinitivo
SistemanerviosodefinitivoJAVIERYADRIAN
 
Como evitar las espinillas
Como evitar las espinillasComo evitar las espinillas
Como evitar las espinillasturalmekij
 
19 noticiero del futuro
19 noticiero del futuro19 noticiero del futuro
19 noticiero del futuromile20be
 

Destaque (20)

Bd evaluation question 4
Bd evaluation question 4Bd evaluation question 4
Bd evaluation question 4
 
Transform
TransformTransform
Transform
 
La notícia mallorquin
La notícia mallorquinLa notícia mallorquin
La notícia mallorquin
 
Feng Shui i Art Floral
Feng Shui i Art Floral Feng Shui i Art Floral
Feng Shui i Art Floral
 
Geoconda muñoz beneficios web 2.0
Geoconda muñoz beneficios web 2.0Geoconda muñoz beneficios web 2.0
Geoconda muñoz beneficios web 2.0
 
Transposição Total
Transposição TotalTransposição Total
Transposição Total
 
E portafolio melisa pabon
E portafolio melisa pabonE portafolio melisa pabon
E portafolio melisa pabon
 
養生太極
養生太極養生太極
養生太極
 
Metodología de la Investigación- Guía
Metodología de la Investigación- GuíaMetodología de la Investigación- Guía
Metodología de la Investigación- Guía
 
Alternative Dispute Resolution RUA FLMLA Promotion 8th
Alternative Dispute Resolution RUA FLMLA Promotion 8thAlternative Dispute Resolution RUA FLMLA Promotion 8th
Alternative Dispute Resolution RUA FLMLA Promotion 8th
 
Pati p 3
Pati p 3Pati p 3
Pati p 3
 
20120316152521
2012031615252120120316152521
20120316152521
 
Home
HomeHome
Home
 
FanPage não é Site e vice-versa.
FanPage não é Site e vice-versa.FanPage não é Site e vice-versa.
FanPage não é Site e vice-versa.
 
ALMA
ALMAALMA
ALMA
 
Sistemanerviosodefinitivo
SistemanerviosodefinitivoSistemanerviosodefinitivo
Sistemanerviosodefinitivo
 
Oiag excel 2007
Oiag excel 2007Oiag excel 2007
Oiag excel 2007
 
Como evitar las espinillas
Como evitar las espinillasComo evitar las espinillas
Como evitar las espinillas
 
Retrato
RetratoRetrato
Retrato
 
19 noticiero del futuro
19 noticiero del futuro19 noticiero del futuro
19 noticiero del futuro
 

Semelhante a 3º Trim. 2013 - Lição 12 - A reciprocidade do amor cristão

Panorama do NT - Filipenses
Panorama do NT - FilipensesPanorama do NT - Filipenses
Panorama do NT - FilipensesRespirando Deus
 
“O viver é Cristo e o morrer é lucro”
“O viver é Cristo e o morrer é lucro”“O viver é Cristo e o morrer é lucro”
“O viver é Cristo e o morrer é lucro”JUERP
 
Lição 13 - 3º trimestre. Congregação Rio Doce- Setor XXXV Natal - RN
Lição 13 - 3º trimestre. Congregação Rio Doce- Setor XXXV  Natal - RNLição 13 - 3º trimestre. Congregação Rio Doce- Setor XXXV  Natal - RN
Lição 13 - 3º trimestre. Congregação Rio Doce- Setor XXXV Natal - RNAntonio Fernandes
 
Eventos Bom Conselho
Eventos Bom ConselhoEventos Bom Conselho
Eventos Bom ConselhoEvbomconselho
 
Filipenses aulas 01 e 02 (jin)
Filipenses aulas 01 e 02 (jin)Filipenses aulas 01 e 02 (jin)
Filipenses aulas 01 e 02 (jin)Jeronimo Nunes
 
2013_3 tri_Lição 1 - Paulo e a igreja de filipos
2013_3 tri_Lição 1 - Paulo e a igreja de filipos2013_3 tri_Lição 1 - Paulo e a igreja de filipos
2013_3 tri_Lição 1 - Paulo e a igreja de filiposNatalino das Neves Neves
 
LBJ LIÇÃO 1 - Introdução às cartas aos tessalonicenses
LBJ LIÇÃO 1 - Introdução às cartas aos tessalonicensesLBJ LIÇÃO 1 - Introdução às cartas aos tessalonicenses
LBJ LIÇÃO 1 - Introdução às cartas aos tessalonicensesNatalino das Neves Neves
 
Lição 17- A Unidade no Trabalho na Igreja
Lição 17- A Unidade no Trabalho na IgrejaLição 17- A Unidade no Trabalho na Igreja
Lição 17- A Unidade no Trabalho na IgrejaMárcio Pereira
 
Lição 12 - Cosmovisão Missionária
Lição 12 - Cosmovisão MissionáriaLição 12 - Cosmovisão Missionária
Lição 12 - Cosmovisão MissionáriaAndrew Guimarães
 
Lição 12 - Cosmovisão Missionária
Lição 12 - Cosmovisão MissionáriaLição 12 - Cosmovisão Missionária
Lição 12 - Cosmovisão MissionáriaAndrew Guimarães
 
LIÇÃO 13 - A FIDELIDADE DE DEUS
LIÇÃO 13 - A FIDELIDADE DE DEUSLIÇÃO 13 - A FIDELIDADE DE DEUS
LIÇÃO 13 - A FIDELIDADE DE DEUSLourinaldo Serafim
 

Semelhante a 3º Trim. 2013 - Lição 12 - A reciprocidade do amor cristão (20)

Panorama do NT - Filipenses
Panorama do NT - FilipensesPanorama do NT - Filipenses
Panorama do NT - Filipenses
 
Filipenses
FilipensesFilipenses
Filipenses
 
Filipenses
FilipensesFilipenses
Filipenses
 
Estudo 01 santos e servos
Estudo 01   santos e servosEstudo 01   santos e servos
Estudo 01 santos e servos
 
“O viver é Cristo e o morrer é lucro”
“O viver é Cristo e o morrer é lucro”“O viver é Cristo e o morrer é lucro”
“O viver é Cristo e o morrer é lucro”
 
Lição 13 - 3º trimestre. Congregação Rio Doce- Setor XXXV Natal - RN
Lição 13 - 3º trimestre. Congregação Rio Doce- Setor XXXV  Natal - RNLição 13 - 3º trimestre. Congregação Rio Doce- Setor XXXV  Natal - RN
Lição 13 - 3º trimestre. Congregação Rio Doce- Setor XXXV Natal - RN
 
4 ead
4  ead4  ead
4 ead
 
Eventos Bom Conselho
Eventos Bom ConselhoEventos Bom Conselho
Eventos Bom Conselho
 
Filipenses aulas 01 e 02 (jin)
Filipenses aulas 01 e 02 (jin)Filipenses aulas 01 e 02 (jin)
Filipenses aulas 01 e 02 (jin)
 
A Fidelidade de Deus.
A  Fidelidade de Deus.A  Fidelidade de Deus.
A Fidelidade de Deus.
 
2013_3 tri_Lição 1 - Paulo e a igreja de filipos
2013_3 tri_Lição 1 - Paulo e a igreja de filipos2013_3 tri_Lição 1 - Paulo e a igreja de filipos
2013_3 tri_Lição 1 - Paulo e a igreja de filipos
 
LBJ LIÇÃO 1 - Introdução às cartas aos tessalonicenses
LBJ LIÇÃO 1 - Introdução às cartas aos tessalonicensesLBJ LIÇÃO 1 - Introdução às cartas aos tessalonicenses
LBJ LIÇÃO 1 - Introdução às cartas aos tessalonicenses
 
Colossenses - Cap. 04
Colossenses - Cap. 04Colossenses - Cap. 04
Colossenses - Cap. 04
 
Lição 17- A Unidade no Trabalho na Igreja
Lição 17- A Unidade no Trabalho na IgrejaLição 17- A Unidade no Trabalho na Igreja
Lição 17- A Unidade no Trabalho na Igreja
 
Lição 1
Lição 1Lição 1
Lição 1
 
Lição 12 a reciprocidade do amor cristão
Lição 12 a reciprocidade do amor cristãoLição 12 a reciprocidade do amor cristão
Lição 12 a reciprocidade do amor cristão
 
Lição 12 - Cosmovisão Missionária
Lição 12 - Cosmovisão MissionáriaLição 12 - Cosmovisão Missionária
Lição 12 - Cosmovisão Missionária
 
Lição 12 - Cosmovisão Missionária
Lição 12 - Cosmovisão MissionáriaLição 12 - Cosmovisão Missionária
Lição 12 - Cosmovisão Missionária
 
ESTUDO SOBRE EVÓDIA E SÍNTIQUE
ESTUDO SOBRE EVÓDIA E SÍNTIQUEESTUDO SOBRE EVÓDIA E SÍNTIQUE
ESTUDO SOBRE EVÓDIA E SÍNTIQUE
 
LIÇÃO 13 - A FIDELIDADE DE DEUS
LIÇÃO 13 - A FIDELIDADE DE DEUSLIÇÃO 13 - A FIDELIDADE DE DEUS
LIÇÃO 13 - A FIDELIDADE DE DEUS
 

Mais de Anderson Silva

2º Trimestre 2014 - Lição 01 E Deu Dons aos Homens
2º Trimestre 2014 - Lição 01 E Deu Dons aos Homens2º Trimestre 2014 - Lição 01 E Deu Dons aos Homens
2º Trimestre 2014 - Lição 01 E Deu Dons aos HomensAnderson Silva
 
Lição 12: A consagração dos sacerdotes
Lição 12: A consagração dos sacerdotesLição 12: A consagração dos sacerdotes
Lição 12: A consagração dos sacerdotesAnderson Silva
 
Lição 12 a consagração dos sac
Lição 12   a consagração dos sacLição 12   a consagração dos sac
Lição 12 a consagração dos sacAnderson Silva
 
1º Trimestre 2014 Lição 11 Deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócio
1º Trimestre 2014 Lição 11  Deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócio1º Trimestre 2014 Lição 11  Deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócio
1º Trimestre 2014 Lição 11 Deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócioAnderson Silva
 
1º Trimestre 2014 Lição 10 As leis civis entregues por moisés aos israelitas
1º Trimestre 2014 Lição 10   As leis civis entregues por moisés aos israelitas1º Trimestre 2014 Lição 10   As leis civis entregues por moisés aos israelitas
1º Trimestre 2014 Lição 10 As leis civis entregues por moisés aos israelitasAnderson Silva
 
1º Trimestre 2014 Lição 9 Um lugar de adoração no deserto
1º Trimestre 2014 Lição 9  Um lugar de adoração no deserto1º Trimestre 2014 Lição 9  Um lugar de adoração no deserto
1º Trimestre 2014 Lição 9 Um lugar de adoração no desertoAnderson Silva
 
1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança
1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança
1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua LiderançaAnderson Silva
 
Linha do Tempo Bíblica
Linha do Tempo BíblicaLinha do Tempo Bíblica
Linha do Tempo BíblicaAnderson Silva
 
Lição 4 a celebração da primeira páscoa
Lição 4   a celebração da primeira páscoaLição 4   a celebração da primeira páscoa
Lição 4 a celebração da primeira páscoaAnderson Silva
 
1º Trimestre 2014 Lição 3 as pragas divinas e as propostas ardilosas de faraó
1º Trimestre 2014 Lição 3   as pragas divinas e as propostas ardilosas de faraó1º Trimestre 2014 Lição 3   as pragas divinas e as propostas ardilosas de faraó
1º Trimestre 2014 Lição 3 as pragas divinas e as propostas ardilosas de faraóAnderson Silva
 
1º Trimestre 2014 Lição Bíblica CPAD 02 Um libertador para Israel
1º Trimestre 2014 Lição Bíblica CPAD 02 Um libertador para Israel1º Trimestre 2014 Lição Bíblica CPAD 02 Um libertador para Israel
1º Trimestre 2014 Lição Bíblica CPAD 02 Um libertador para IsraelAnderson Silva
 
4º Trimestre 2013 Lição 9 o tempo para todas as Coisas
4º Trimestre 2013 Lição 9   o tempo para todas as Coisas4º Trimestre 2013 Lição 9   o tempo para todas as Coisas
4º Trimestre 2013 Lição 9 o tempo para todas as CoisasAnderson Silva
 
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIROAnderson Silva
 
4º Trimestre de 2013 - Lição 3 Trabalho e Prosperidade
4º Trimestre de 2013 - Lição 3   Trabalho e Prosperidade4º Trimestre de 2013 - Lição 3   Trabalho e Prosperidade
4º Trimestre de 2013 - Lição 3 Trabalho e ProsperidadeAnderson Silva
 
4º Trimestre 2013 Lição 3 Trabalho e Prosperidade
4º Trimestre 2013 Lição 3   Trabalho e Prosperidade4º Trimestre 2013 Lição 3   Trabalho e Prosperidade
4º Trimestre 2013 Lição 3 Trabalho e ProsperidadeAnderson Silva
 
Perfil ético do obreiro
Perfil ético do obreiroPerfil ético do obreiro
Perfil ético do obreiroAnderson Silva
 
4º Trimestre 2013 - Lição 2 advertências contra o adultério
4º Trimestre 2013 - Lição 2   advertências contra o adultério4º Trimestre 2013 - Lição 2   advertências contra o adultério
4º Trimestre 2013 - Lição 2 advertências contra o adultérioAnderson Silva
 
4º Trimestre 2013 - Lição 1 o valor dos bons conselhos
4º Trimestre 2013 - Lição 1   o valor dos bons conselhos4º Trimestre 2013 - Lição 1   o valor dos bons conselhos
4º Trimestre 2013 - Lição 1 o valor dos bons conselhosAnderson Silva
 
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013Anderson Silva
 

Mais de Anderson Silva (20)

2º Trimestre 2014 - Lição 01 E Deu Dons aos Homens
2º Trimestre 2014 - Lição 01 E Deu Dons aos Homens2º Trimestre 2014 - Lição 01 E Deu Dons aos Homens
2º Trimestre 2014 - Lição 01 E Deu Dons aos Homens
 
Lição 12: A consagração dos sacerdotes
Lição 12: A consagração dos sacerdotesLição 12: A consagração dos sacerdotes
Lição 12: A consagração dos sacerdotes
 
Lição 12 a consagração dos sac
Lição 12   a consagração dos sacLição 12   a consagração dos sac
Lição 12 a consagração dos sac
 
1º Trimestre 2014 Lição 11 Deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócio
1º Trimestre 2014 Lição 11  Deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócio1º Trimestre 2014 Lição 11  Deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócio
1º Trimestre 2014 Lição 11 Deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócio
 
1º Trimestre 2014 Lição 10 As leis civis entregues por moisés aos israelitas
1º Trimestre 2014 Lição 10   As leis civis entregues por moisés aos israelitas1º Trimestre 2014 Lição 10   As leis civis entregues por moisés aos israelitas
1º Trimestre 2014 Lição 10 As leis civis entregues por moisés aos israelitas
 
1º Trimestre 2014 Lição 9 Um lugar de adoração no deserto
1º Trimestre 2014 Lição 9  Um lugar de adoração no deserto1º Trimestre 2014 Lição 9  Um lugar de adoração no deserto
1º Trimestre 2014 Lição 9 Um lugar de adoração no deserto
 
1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança
1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança
1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança
 
Linha do Tempo Bíblica
Linha do Tempo BíblicaLinha do Tempo Bíblica
Linha do Tempo Bíblica
 
Lição 4 a celebração da primeira páscoa
Lição 4   a celebração da primeira páscoaLição 4   a celebração da primeira páscoa
Lição 4 a celebração da primeira páscoa
 
1º Trimestre 2014 Lição 3 as pragas divinas e as propostas ardilosas de faraó
1º Trimestre 2014 Lição 3   as pragas divinas e as propostas ardilosas de faraó1º Trimestre 2014 Lição 3   as pragas divinas e as propostas ardilosas de faraó
1º Trimestre 2014 Lição 3 as pragas divinas e as propostas ardilosas de faraó
 
1º Trimestre 2014 Lição Bíblica CPAD 02 Um libertador para Israel
1º Trimestre 2014 Lição Bíblica CPAD 02 Um libertador para Israel1º Trimestre 2014 Lição Bíblica CPAD 02 Um libertador para Israel
1º Trimestre 2014 Lição Bíblica CPAD 02 Um libertador para Israel
 
4º Trimestre 2013 Lição 9 o tempo para todas as Coisas
4º Trimestre 2013 Lição 9   o tempo para todas as Coisas4º Trimestre 2013 Lição 9   o tempo para todas as Coisas
4º Trimestre 2013 Lição 9 o tempo para todas as Coisas
 
70 semanas-de-daniel
70 semanas-de-daniel70 semanas-de-daniel
70 semanas-de-daniel
 
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
4º Trimestre de 2013 LIÇÃO Nº 4 – LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
 
4º Trimestre de 2013 - Lição 3 Trabalho e Prosperidade
4º Trimestre de 2013 - Lição 3   Trabalho e Prosperidade4º Trimestre de 2013 - Lição 3   Trabalho e Prosperidade
4º Trimestre de 2013 - Lição 3 Trabalho e Prosperidade
 
4º Trimestre 2013 Lição 3 Trabalho e Prosperidade
4º Trimestre 2013 Lição 3   Trabalho e Prosperidade4º Trimestre 2013 Lição 3   Trabalho e Prosperidade
4º Trimestre 2013 Lição 3 Trabalho e Prosperidade
 
Perfil ético do obreiro
Perfil ético do obreiroPerfil ético do obreiro
Perfil ético do obreiro
 
4º Trimestre 2013 - Lição 2 advertências contra o adultério
4º Trimestre 2013 - Lição 2   advertências contra o adultério4º Trimestre 2013 - Lição 2   advertências contra o adultério
4º Trimestre 2013 - Lição 2 advertências contra o adultério
 
4º Trimestre 2013 - Lição 1 o valor dos bons conselhos
4º Trimestre 2013 - Lição 1   o valor dos bons conselhos4º Trimestre 2013 - Lição 1   o valor dos bons conselhos
4º Trimestre 2013 - Lição 1 o valor dos bons conselhos
 
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
 

Último

Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosNilson Almeida
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................CarlosJnior997101
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuaisFilipeDuartedeBem
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxVivianeGomes635254
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaRicardo Azevedo
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaMarcoTulioMG
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 

Último (20)

Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos Refugiados
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 

3º Trim. 2013 - Lição 12 - A reciprocidade do amor cristão

  • 1. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 1 IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM ESTUDO PREPARATÓRIO PARA OS PROFESSORES DA ESCOLA DOMINICAL BELÉM- SEDE TERCEIRO TRIMESTRE DE 2013 TEMA – FILIPENSES: a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja COMENTARISTA : Elienai Cabral ESBOÇO Nº 12 LIÇÃO Nº 12 – A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO Devemos amar uns aos outros como Jesus nos amou. INTRODUÇÃO - Na sequência do estudo da carta de Paulo aos filipenses, veremos o relacionamento de amor que havia entre o apóstolo e a igreja em Filipos, descrita em Fp.4:10-13. - O amor de Deus que é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo faz-nos também amar o próximo. I – O AMOR QUE O APÓSTOLO PAULO DEMONSTROU EM RELAÇÃO AOS CRENTES DE FILIPOS - Temos visto ao longo deste trimestre, em especial na primeira lição, como era o relacionamento entre o apóstolo Paulo e a igreja em Filipos, um relacionamento de profundo amor, amor que era recíproco, ou seja, um amor que vinha década uma das partes e era correspondido pela outra. - Sabemos já que o apóstolo Paulo foi movido de amor quando, após ter tido a visão do varão macedônio, de pronto resolveu ir para Filipos, a porta de entrada da Macedônia naquele tempo, para pregar o Evangelho àquele povo, atendendo, assim, ao chamado do Espírito Santo (At.16:9,10). - É verdade que o apóstolo Paulo resolveu ir a Filipos por conta da visão celestial recebida, sendo, assim, obediente à orientação divina, mas, além da obediência ao Senhor, havia, também, o amor às almas perdidas. Percebamos que o Senhor, ao dar a visão a Paulo, fez com que o varão macedônio dissesse: “Passa à Macedônia e ajuda-nos”. Ou seja, o Senhor sabia que o coração de Paulo era o coração de um verdadeiro cristão, de alguém que tem compaixão pelas almas perdidas, que quer ajudar o próximo a encontrar o caminho para o céu, para a vida eterna. - Este sentimento do apóstolo foi explicitado na sua carta aos coríntios, pois ele sentia a obrigação de pregar o Evangelho, pois para isto havia sido salvo (I Co.9:16). O apóstolo sentia a mesma compaixão que tinha o Senhor Jesus pelas almas perdidas (Mt.9:36; Mc.6:34). - Paulo foi a Filipos porque queria ajudar os filipenses, pregando-lhes o Evangelho. Era sempre este o seu objetivo, o seu desiderato em seu ministério. Paulo fora chamado para evangelizar (I Co.1:17) e sentia esta responsabilidade, tanto que, para que não resistisse a ficar um tempo mais longo em Corinto, teve o Senhor de dizer-lhe que isto era necessário pois havia ali muitas almas para ser salvas (At.18:9,10). - Por isso, na primeira oportunidade que teve, quando, num dia de sábado, queria ter um lugar para a oração, pregou o Evangelho às mulheres que encontrou ali lavando roupa à beira do rio Gangites. Este gesto, totalmente inusitado para um judeu ou para alguém com formação na cultura greco-romana, é revelador do amor que invadia o coração do apóstolo, que não se preocupou com conceitos culturais, mas quis, assim que pôde, pregar o Evangelho. - Assim também precisamos agir, amados irmãos. Devemos entender que é nossa a obrigação de pregar o Evangelho por todo o mundo a toda criatura (Mc.16:15), pois temos de ter o mesmo sentimento de Cristo, ou
  • 2. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 2 seja, sentir compaixão pelas almas que estão caminhando para a perdição eterna, esforçando-se sempre por arrebatar alguns do fogo e enxofre que lhes espera (Jd.22,23). - Paulo demonstrou este amor pelos filipenses, tanto que, desde o primeiro dia, esforçou-se para pregar o Evangelho naquela cidade e, mesmo tendo ficado pouco tempo naquela cidade, pôde deixar uma congregação na casa de Lídia, abrindo um trabalho que lhe foi sustentáculo durante todo o restante de seu ministério. - Paulo demonstrou seu amor, também, quando, mesmo sendo admoestado pelos magistrados a deixar a cidade, não tê-lo feito antes de confortar os irmãos, firmando-os na fé (At.16:40), prova de que sua prioridade não era sequer a sua integridade física ou a sua liberdade, mas, sim, o bem-estar daqueles que haviam crido em Cristo Jesus naquela cidade. - Outra demonstração do amor de Paulo para com os crentes de Filipos é a própria epístola que estamos a estudar. Paulo, ao saber do estado de desânimo que havia entre os filipenses por causa da sua prolongada prisão (que já perdurava cerca de cinco anos desde quando fora o apóstolo preso em Jerusalém), não querendo que houvesse o desfalecimento da fé por parte daqueles crentes, resolveu não só escrever esta carta que estamos a estudar, como também, antes que pudesse ir até Filipos, enviar Epafrodito (que era o portador da carta) como também Timóteo. - Apesar de estar preso e passando por necessidades, inclusive econômico-financeiras, o apóstolo ficou preocupado com a saúde espiritual dos crentes de Filipos, não querendo, em hipótese alguma, que a sua prisão prolongada pudesse de algum modo prejudicar a salvação daqueles crentes. - Assim, o fato de ter sido tocado para escrever esta carta, na qual procurava transmitir a alegria espiritual de que desfrutava àqueles crentes, mostra claramente que o apóstolo amava aqueles irmãos e que tencionava que eles pudessem persistir numa vida espiritual elevada que os havia caracterizado até então. - Paulo mostra, assim, que era, realmente, portador do amor divino, este amor que ele havia descrito aos coríntios em sua primeira carta àquela igreja, no seu capítulo 13, onde temos a mais explícita descrição do que é o amor divino, o amor cristão. II – O AMOR QUE OS CRENTES DE FILIPOS DEMONSTRARAM EM RELAÇÃO AO APÓSTOLO PAULO - Mas não foi apenas o apóstolo Paulo quem amou os crentes de Filipos. Na verdade, os crentes de Filipos, e o apóstolo Paulo o reconhece, havia desde o primeiro dia ajudado o apóstolo Paulo em suas necessidades, havia demonstrado, também, seu amor para com o apóstolo (Fp.1:5). - Assim é que, já no primeiro dia em que Paulo pregou o Evangelho em Filipos, já foi ajudado. Com efeito, Lídia, a primeira mulher a se converter naquela pregação, assim que se converteu levou o apóstolo e seus companheiros à sua casa, dando-lhe não só hospedagem, mas também um local para a realização dos cultos, uma sede para aquela nova igreja local (At.16:15,40). - Lídia, portanto, demonstrou ter realmente recebido o amor de Deus em seu coração pelo Espírito Santo, vez que, incontinenti, procurou fazer o bem ao apóstolo e a seus companheiros, dando-lhes um teto, algo absolutamente necessário para que o apóstolo pudesse prosseguir na sua obra evangelística em Filipos. - Mas não foi apenas Lídia quem demonstrou amor para com os filipenses. O carcereiro de Filipos, assim que se converteu, também demonstrou imenso amor pelo apóstolo, levando-o para a sua casa, em plena madrugada, a fim de lavar-lhe os vergões decorrentes dos açoites que havia sofrido antes de ser levado para o cárcere (At.16:33). - Tanto num caso quanto no outro, temos uma demonstração genuína do amor cristão, pois foram atitudes desinteressadas e que, num ponto-de-vista humano, poderiam causar algum embaraço para os que as
  • 3. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 3 praticaram. Que se poderia dizer de Lídia por ter levado homens estranhos para a sua casa? Que se poderia dizer do carcereiro que levou prisioneiros para a sua casa para cuidar-lhe as feridas? No entanto, nem Lídia nem o carcereiro levaram em conta as consequências humanas de seus gestos, pois estavam movidos pelo Espírito Santo, amando o próximo e procurando fazer-lhe bem sem sequer pensar em si mesmos. - Mas este amor demonstrado por Lídia e pelo carcereiro não ficou apenas nestas duas vidas, mas passou a ser uma atitude de toda a igreja dos filipenses. Com efeito, já em Tessalônica, a primeira cidade em que Paulo parou depois de ter deixado Filipos (At.17:1), os crentes de Filipos já mandaram ao apóstolo ajuda para a sua manutenção (Fp.4:15,16), atitude que continuariam a fazer rotineiramente desde então, inclusive mandando Epafrodito para Roma a fim de suprir as necessidades do apóstolo (Fp.4:18). - A igreja de Filipos foi tomada de um profundo amor pelo apóstolo Paulo e sem que este tivesse pedido, sempre estava disposta a ajudar o apóstolo no dia-a-dia do seu ministério, não só em termos materiais, mas, também, em termos espirituais, visto que os filipenses não só mandavam recursos financeiros como também procuravam dar ao apóstolo o devido consolo e conforto, que se constitui, também, em inegável demonstração do amor cristão. - É este amor que o apóstolo faz questão de reconhecer na sua carta, quando, em Fp.4:10, faz questão de dizer que estava alegre, havia se regozijado em sempre ser lembrado pelos filipenses, querendo, inclusive, justificar- se que não havia antes externado tal alegria porque não tinha tido antes oportunidade. - Temos aqui a nona alegria da carta de Paulo aos filipenses, a chamada “alegria de receber donativos”. “…Paulo relembra com gratidão as inúmeras vezes que os irmãos de Filipos o tinham ajudado financeiramente. Tantas vezes nas suas viagens missionárias ele recebia auxílio dos irmãos amados, e agora, estando preso, mandam-lhe um mensageiro, Epafrodito, para servir a Paulo na prisão, mas não o mandam de mãos vazias! Ele leva consigo uma oferta, donativo de amor da parte dos irmãos filipenses. Paulo tem esta oferta “como cheiro suave, como sacrifício agradável e aprazível a Deus” (v.18). Notemos de passagem que os dízimos, as ofertas, as coletas especiais – tudo isso na igreja local, não é transação comercial, muito menos um imposto, mas faz parte do ministério sacerdotal de todo crente: é sacrifício aceitável que se oferece a Deus, é oferta da sementeira, é o aroma suave que agrada a Deus. E traz tanta alegria a tanta gente, como foi no caso de Paulo. Eu lhe pergunto: sua igreja local tem plano missionário, investimento para suprir as necessidades dos missionários e as de sua família, daqueles que levam ‘a preciosa semente, andando e chorando...’, os quais voltarão ‘com cânticos de alegria, trazendo consigo os seus molhos’? (Sal. 126.6). Quantos benefícios espirituais recebem aqueles que ofertam com alegria na obra missionária! Muitos são ofertantes anônimos, mas que ofertam fielmente sabendo de antemão, que, ‘no Senhor, o vosso trabalho não é vão’ (I Cor.15.58). Muito obrigado, de coração, a todas aquelas Igrejas locais e aos irmãos e irmãs muitos deles até anônimos, que têm orado e ofertado generosamente em nosso benefício, para o nosso tão necessário sustento e o de minha modesta família, pois sem este ‘cheiro suave, como sacrifício agradável e aprazível a Deus’, não poderíamos continuar dando tempo integral à obra missionária que o Senhor Deus nos tem confiado. Muito obrigado!…” (SENA NETO, José Barbosa de. Carta aos filipenses, a carta da alegria! Disponível em: http://prbarbosaneto.blogspot.com.br/2008/01/carta-aos-filipenses-carta-da-alegria.html Acesso em 29 jul. 2013). - Lembrar de alguém é demonstração do amor de Deus na vida de um cristão. Deus não Se esquece de nós, porque nos ama e nós devemos, como portadores do amor divino, também não nos esquecermos dos nossos irmãos. Que tristeza dizermos sermos cristãos e nos esquecermos daqueles que nos cercam, daqueles que estão à nossa volta. Devemos evitar sermos atingidos pela “globalização da indiferença” que têm caracterizado o mundo sem Deus e sem salvação. OBS: Esta expressão, “globalização da indiferença”, foi cunhada pelo atual chefe da Igreja Romana, Francisco, que a tem utilizado em alguns de seus pronunciamentos, como, por exemplo, em uma homilia que proferiu em Lampedusa, na Itália, local onde morreram muitos imigrantes que procuravam chegar da África a Itália em embarcações improvisadas. Eis o trecho da homilia mencionada: “…A cultura do bem-estar, que nos leva a pensar em nós mesmos, torna-nos insensíveis aos gritos dos outros, faz-nos viver como se fôssemos bolas de sabão: estas são bonitas mas não são nada, são pura ilusão do fútil, do provisório. Esta cultura do bem-estar leva à indiferença a respeito dos outros; antes, leva à globalização da indiferença. Neste mundo da globalização, caímos na globalização da indiferença. Habituamo-nos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa! Reaparece a figura do "Inominado" de Alexandre Manzoni. A globalização da indiferença torna-nos a todos "inominados", responsáveis sem nome nem rosto. "Adão, onde estás?" e "onde está o teu irmão?" são as duas perguntas que Deus coloca no início da história da humanidade e dirige também a todos os homens do nosso tempo, incluindo nós próprios. Mas eu queria que nos puséssemos
  • 4. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 4 uma terceira pergunta: "Quem de nós chorou por este facto e por factos como este?" Quem chorou pela morte destes irmãos e irmãs? Quem chorou por estas pessoas que vinham no barco? Pelas mães jovens que traziam os seus filhos? Por estes homens cujo desejo era conseguir qualquer coisa para sustentar as próprias famílias? Somos uma sociedade que esqueceu a experiência de chorar, de "padecer com": a globalização da indiferença tirou-nos a capacidade de chorar!…” (“A globalização da indiferença tirou-nos a capacidade de chorar”. O discurso de Francisco em Lampedusa. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/521786-qadao-onde-estas-caim-onde-esta-o-teu-irmao-o-discurso-de-francisco-em-lampedusa Acesso em 29 jul. 2013) (destaque original) - Não podemos agir como o copeiro-mor da corte de Faraó que, beneficiado por José, não se lembrou dele quando recuperou sua posição (Gn.40:23), gesto que o próprio copeiro-mor, dois anos depois, quando a corte estava alvoroçada pelo sonho de Faraó, ter sido tal esquecimento um pecado (Gn.41:9). Se um homem que não conhecia a Deus, como o copeiro-mor, entende que seu esquecimento do próximo, ainda que um reles prisioneiro estrangeiro como era José, tratou-se de um pecado, que podemos dizer de nós quando nos esquecemos do próximo, tendo conhecido a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo? Pensemos nisto! - Paulo estava alegre pelo simples fato de ser lembrado pelos filipenses. Não era uma alegria decorrente do recebimento de recursos econômico-financeiros, pois Paulo não era materialista, nem procurava ajuntar tesouros na terra. Não, não e não! Sua alegria consistia em ser lembrado pelos filipenses, sabendo que eles, muito mais do que mandar donativos, estavam interessados em cooperar com seu trabalho evangelístico, em ser participante de sua graça, tanto nas suas prisões como na sua defesa e confirmação do evangelho (Fp.1:5-7). - Paulo sabia que os filipenses não só o auxiliavam materialmente, como também tinham sido sempre seus companheiros nos momentos de dificuldades, mandando sempre pessoas para confortá-lo e consolá-lo na prisão, sem falar na intercessão que faziam por ele nas suas orações para que ele pudesse ser solto. Por isso mesmo, o apóstolo também não se esquecia dos filipenses em suas orações (Fp.1:4). - Eram estas atitudes dos filipenses para com o apóstolo e do apóstolo para com os filipenses que permitiam a Paulo dizer que havia entre eles uma “entranhável afeição de Jesus Cristo”. Será que podemos repetir isto com relação aos que nos cercam? III – A NATUREZA DA ALEGRIA DE PAULO EM RELAÇÃO AO AMOR DEMONSTRADO PELOS CRENTES DE FILIPOS - Quando o apóstolo já está concluindo a epístola, apresentando os agradecimentos e fazendo as suas considerações finais, diz que muito se regozijou no Senhor a lembrança dos filipenses a respeito dele e a oportunidade de demonstrá-lo atrás do envio de Epafrodito. - O apóstolo, porém, ao falar desta alegria, quis deixar claro que não estava feliz por causa das ofertas que havia recebido dos filipenses, porque “…já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas n’Aquele que me fortalece.” (Fp.4:11b-13). - Como se pode verificar, portanto, estas “todas as coisas” de que fala o apóstolo não é bênção sobre bênção, como dizem os triunfalistas, mas, sim, tanto abundância, quanto necessidade; tanto fartura, quanto fome. Paulo havia aprendido da parte de Deus a passar por todas as coisas e suportá-las. Paulo havia aprendido, inclusive, a passar fome, se isto fosse a vontade do Senhor. - O apóstolo era alguém desapegado às coisas materiais, como já deixara claro nesta mesma epístola, ao dizer que seu objetivo, seu alvo era a “ressurreição dos mortos” (Fp.3:11). - Naturalmente que o apóstolo não era ingrato e, por isso, estava alegre em saber que os filipenses se preocupavam com o seu bem-estar material, mas sabia muito bem que também os filipenses não eram materialistas, como o demonstrou Epafrodito, que chegou mesmo a ficar doente para poder suprir o necessário ao apóstolo (Fp.2:27-30). - A alegria de Paulo em ser lembrado pelos filipenses era muito mais profunda do que o contentamento de alguém que via supridas as suas necessidades. Tratava-se da constatação de que os crentes de Filipos eram,
  • 5. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 5 verdadeiramente, pessoas convertidas, pessoas salvas, tanto que estavam dispostas a ajudar o apóstolo, independentemente das circunstâncias. - A alegria de Paulo não era a de apenas “receber donativos”, mas de ver que o fruto do Espírito era produzido entre os crentes de Filipos (Gl.5:22), que eles manifestavam ter verdadeiro amor, o amor de Deus derramado em seus corações pelo Espírito Santo (Rm.5:5). - Com efeito, como iria ensinar mais tarde em uma de suas epístolas o apóstolo João, a mais concreta manifestação do amor de Deus em nossos corações é o amor que devotamos ao próximo. “Conhecemos a caridade nisto: que Ele deu a Sua vida por nós e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem pois tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele a caridade de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante d’Ele asseguraremos nossos corações;” (I Jo.3:16-19). - As palavras de João ressoam como “radicais” e “extremamente duras” para muitos que, em nossos dias, vivem a já mencionada “globalização da indiferença”, que professam um Cristianismo “ensimesmado”, que, como disse o atual chefe da Igreja Romana, quando ainda cardeal, nas reuniões preparatórias do conclave que o elegeu, é a manifestação de uma “igreja mundana” , “…que vive em si própria, de si própria e para si própria” (apud GAMA, Rinaldo. Retórica da honestidade. Veja, edição 2332, ano 46. n. 31, 31 jul, 2013, p.62). - Paulo temia que os filipenses viessem a ter um comportamento desta natureza, tanto que, ao mostrar o exemplo de seu filho na fé, Timóteo, fez questão de ressaltar que aquele jovem obreiro tinha o mesmo sentimento de Paulo e dos próprios filipenses, pois buscava aquilo que é de Cristo Jesus e não o que era seu (Fp.2:20,21). - O verdadeiro amor cristão é desinteressado (I Co.13:5), não está atrás dos seus interesses, mas está pronto a tudo sofrer, a tudo crer, a tudo esperar e a tudo suportar (i Co.13:7). - É, precisamente, por este motivo que o apóstolo aponta, logo após ter mencionado que estava alegre em ser lembrado pelos filipenses, a sua décima alegria nesta carta (que é também a última), que é o contentamento com o que se tem (Fp.4:11). Paulo disse que havia aprendido a se contentar com o que tinha, mesmo que estas posses fossem insuficientes para o seu sustento. - Como afirma Charles Spurgeon em um sermão onde tratou precisamente deste contentamento de Paulo (sermão que foi traduzido e publicado no Portal Escola Dominical, disponível em http://www.portalebd.org.br/classes/jovens-e- adultos/item/1036-ap%C3%AAndice-4-contentamento-um-serm%C3%A3o-de-charles-spurgeon ), este contentamento não é algo que nasça naturalmente do homem, mas o apóstolo disse tê-lo aprendido, prova de que somente uma vida de comunhão com Deus poderia produzi-lo, por ação do Espírito Santo. - Contentar-se com o que se tem é algo que vem de uma comunhão com Deus, pois a natureza pecaminosa do homem é tendente à ganância e à insatisfação, à insaciedade, pois existe na carne aquela “sanguessuga” que gera as suas duas filhas: “dá, dá”(Pv.30:15). - O proverbista também diz que “os olhos do homem nunca se satisfazem” (Pv.27:20) e “aquele que tem um olho mau corre atrás das riquezas” (Pv.28:22). Portanto, o contentamento de Paulo manifesta, claramente, que a alegria que tinha em ser lembrado pelos filipenses não era de ordem material, nem refletia um materialismo que, infelizmente, está presente na vida de muitos obreiros que se dizem cristãos em nossos dias. - O amor de Paulo era amor a Deus e, por isso mesmo, não poderia ser amor às riquezas, pois quem serve a Deus não pode servir às riquezas (Mt.6:24), outra afirmação bíblica que é por muitos deixada de lado em nossos dias, visto que leva a muitos incômodos por parte de alguns que não estão a viver a verdadeira e genuína fé cristã.
  • 6. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 6 - Paulo tinha aprendido a se contentar com o que tinha, e, por isso mesmo, havia aprendido a estar abatido, tanto quanto a ter abundância; havia sido instruído, ensinado pelo Espírito Santo tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância como a padecer necessidade (Fp.4:12). - Paulo demonstra aqui uma libertação de todas as circunstâncias desta vida. Estava aqui para cumprir a vontade do Senhor e considerava que Deus, como sendo o Soberano do Universo, podia muito bem querer que ele passasse por necessidades, se isto fosse representar crescimento espiritual para o apóstolo. - Antes mesmo de ser preso em Jerusalém, quando ainda se preparava para viajar para a capital dos judeus a fim de levar ajuda aos crentes pobres da Judeia, vemos que o apóstolo já havia aprendido esta lição, já que havia escrito aos crentes de Roma que todas as coisas contribuíam juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados pelo Seu decreto (Rm.8:28). - Quem ama a Deus é porque recebeu, antes, o amor de Deus em seu coração (I Jo.4:19) e, portanto, possui um amor totalmente abnegado, desinteressado e que é capaz de tudo suportar, sabendo que as aflições do tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada (Rm.8:18). - Muitas das vezes as circunstâncias adversas nos sobrevêm precisamente para que possamos manifestar aos outros este amor de Deus que se encontra em nossos corações. Assim como alguns produtos somente exalam o seu aroma precioso quando são devidamente amassados, triturados e moídos, também, por vezes, somente quando passamos por tribulações e severas adversidades é que exalamos o amor de Deus que se encontra em nosso interior, que demonstramos o “bom cheiro de Cristo” que somos (II Co.2:15). - Paulo era extremamente agradecido pela ajuda que recebia dos filipenses desde o primeiro dia em que começara a evangelizar aquela cidade, mas fazia questão de mostrar aos crentes de Filipos que o amor de Deus está acima de benesses materiais ou de uma filantropia, pois ele já aprendera a se contentar com o que possuía. - Este aprendizado Paulo não quis que ficasse apenas para si. Aqui ensina os filipenses a que o imitassem, também tendo o mesmo contentamento. A Timóteo, também, daria o mesmo ensino, pouco depois, ao ensinar seu filho na fé de que “é grande ganho a piedade com contentamento, porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento e com que nos cobrimos, estejamos com isso contentes” (I Tm.6:6-8). Que importante lição para aprendermos em meio a um mundo cada vez mais materialista e ganancioso! - Ainda fazendo menção ao sermão de Charles Spurgeon, é importante deixarmos aqui registrado que este contentamento não abrangia apenas as circunstâncias adversas. O apóstolo fez questão de deixar consignado que também aprendera a se contentar com o que tinha nos instantes de opulência, de fartura e de abundância. - Como afirma o príncipe dos pregadores britânicos, “…Esta segunda parte do conhecimento é igualmente valiosa: ‘Sei ter abundância’. Há uma grande quantidade de homens que sabem um pouco como ser abatidos, mas não sabem de modo algum ter abundância. Quando eles são postos na cova com José, eles olham para cima e veem a promessa iluminada e a esperança por um escape. Mas, quando são postos no topo do pináculo, suas mentes ficam perturbadas e eles estão prontos a cair.…” (Contentamento – um sermão de Charles Spurgeon. end. cit). - Contentar-se com o que se tem, quando se tem pouco ou o insuficiente, não é fácil, mas contentar-se com o que se tem, quando se tem muito é igualmente difícil, diríamos até mais difícil, pois o autocontrole é de ser exercido para que a pessoa não se torne gananciosa e queira mais do que o que já se tem, máxime num mundo materialista e hedonista como o que vivemos. - Paulo, porém, estava liberto das circunstâncias desta vida e, como amava a Deus, sabia tanto ter necessidade, quanto ter fartura. Irmãos amados, que passemos por este mesmo aprendizado do apóstolo, que deixemos que o Espírito Santo nos ensine a ter este nível de maturidade espiritual!
  • 7. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 7 IV – A FONTE DA ALEGRIA DE PAULO - Quando Paulo disse que “tudo podia n’Aquele que lhe fortalecia”, ele estava a dizer que, independentemente das circunstâncias, ele era capaz de suportar tudo por amor a Cristo, sabendo que “estar com Cristo é bem melhor” (Fp.1:23), de que devemos estar completamente desapegados das coisas passageiras desta vida. - O apóstolo Paulo estava a ensinar os crentes de Filipos de que eles deveriam esforçar-se para atingir um patamar na vida espiritual em que tudo o que se passasse nesta Terra seria indiferente. O crente deveria manter- se assentado “nas regiões celestiais em Cristo”, onde fora posto pelo próprio Senhor e ali desfrutar de “todas as bênçãos espirituais”, como escreveu aos efésios (Ef.1:3), também uma das chamadas “cartas da prisão”. - O apóstolo Paulo estava a ensinar os filipenses de que devemos aprender com Cristo e ser completamente desapegados de qualquer coisa desta vida, inclusive do nosso “eu”, vivendo para fazer a vontade de Deus, vivendo para Cristo Jesus, não permitindo que qualquer pensamento ou desejo venha a nos desvirtuar de nossa abnegação por Jesus. - Como isto é diferente do que ouvimos por aí a respeito de Fp.4:13. Paulo não estava aí exaltando o seu “eu”, nem tampouco dizendo aos crentes de Filipos que eles deveriam “arrebentar” tudo para fazer prevalecer os seus desejos, pois “nada pode segurar o crente”, mas, bem ao contrário, estava a demonstrar que o salvo deve se conformar à vontade de Deus e saber que isto é o que realmente importa na sua vida, mesmo que isto envolva necessidade, fome e abatimento. - Paulo exorta, não só os filipenses, mas a nós todos, visto que este texto passou a fazer parte das Escrituras, a termos o mesmo sentimento de Cristo Jesus que deixou a Sua glória para ser obediente até a morte e morte de cruz (Fp.2:5-8). Por isso, diz que não devemos atentar para o que é propriamente nosso, mas cada qual também para o que é dos outros (Fp.2:4), outros a serem sempre considerados superiores a nós (Fp.2:3). - O discurso triunfalista que se lastreia no texto fora de contexto de Fp.4:13, entretanto, quer nos levar ao egoísmo, ao individualismo, ao apego às coisas terrenas, é um ensino completamente distorcido do que ensina a Palavra de Deus. Fujamos disto, amados irmãos! - O apóstolo Paulo dá-nos, ainda, uma importantíssima lição. A libertação das circunstâncias desta vida, o desapego às coisas terrenas não era decorrência de uma força interior do próprio apóstolo, nem mesmo consequência de uma “chamada especial divina” ou de “anos de experiência” no Evangelho. Não, não e não! - O apóstolo afirmou aos crentes de Filipos que ele “tudo podia” mas “n’Aquele que me fortalece”, ou seja,uma vez mais o apóstolo mostra aos crentes de Filipos que se faz absolutamente necessário estar “em Jesus Cristo” para que se possa conseguir vencer os obstáculos da vida terrena, para que se possa libertar das circunstâncias de nossa peregrinação terrena. - Para que Paulo pudesse saber estar tanto abatido, quanto ter abundância; instruído tanto a ter fartura, quanto a padecer necessidade, era imperioso que ele estivesse em Cristo Jesus. - Fora de Jesus, não há como conseguirmos obter vitória neste mundo, não há como nos desvencilharmos das circunstâncias desta vida, não há como fugirmos ao círculo vicioso a que está condenado o homem que não conhece a Jesus. - O apóstolo Paulo mostra, com absoluta clareza, que a nossa independência das coisas desta vida, das vicissitudes deste mundo é consequência da nossa dependência de Deus. O apóstolo demonstra que somente tendo Cristo como centro de nossas vidas, de nossas existências, poderemos superar os grilhões que nos prendem às necessidades deste mundo. OBS: O atual chefe da Igreja Romana, Francisco, em discurso aos bispos da Conferência Episcopal.Latino-Americana (CELAM), em sua recente visita ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, bem falou sobre este “cristocentrismo” que deve existir na Igreja, palavras que, por sua biblicidade, aqui reproduzimos: “…O discípulo missionário não pode possuir-se a si mesmo; a sua imanência está em tensão para a transcendência do discipulado e para a transcendência da missão. Não admite a autorreferencialidade: ou refere-se a Jesus Cristo ou refere-se às
  • 8. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 8 pessoas a quem deve levar o anúncio dele. Sujeito que se transcende. Sujeito projetado para o encontro: o encontro com o Mestre (que nos unge discípulos) e o encontro com os homens que esperam o anúncio. Por isso, gosto de dizer que a posição do discípulo missionário não é uma posição de centro, mas de periferias: vive em tensão para as periferias... incluindo as da eternidade no encontro com Jesus Cristo. No anúncio evangélico, falar de ‘periferias existenciais’ descentraliza e, habitualmente, temos medo de sair do centro. O discípulo-missionário é um descentrado: o centro é Jesus Cristo, que convoca e envia. O discípulo é enviado para as periferias existenciais.…” (apud BERLINK, Deborah. Papa critica ‘ideologização’ da mensagem do Evangelho em discurso para bispos. Disponível em: http://oglobo.globo.com/rio/papa-critica-ideologizacao-da-mensagem-do- evangelho-em-discurso-para-bispos-9245582 Acesso em 30 jul. 2013). - É somente “em Cristo” que podemos ser instruídos e aprender a ser contentes com o que temos. O aprendizado do apóstolo não se deu na “escola da vida”, nem tampouco foi resultado de sua imersão intelectual na filosofia grega (no qual, aliás, era versado) ou nos altos estudos da lei mosaica com os mestres judeus (e Paulo teve como mestre um dos maiores estudiosos da lei, Gamaliel – At.22:3), mas no seu relacionamento com Cristo Jesus, do qual recebeu diretamente vários ensinamentos (I Co.11:23). - Do mesmo modo, somente quando estivermos em Cristo, quando estabelecermos com Ele um relacionamento, através de uma vida de meditação nas Escrituras e de oração, é que conseguiremos, também, quebrar as amarras das necessidades terrenas de nossas vidas e atingir este mesmo estágio do apóstolo, impedindo que as adversidades e as circunstâncias venham a abalar nossa espiritualidade. - Isto se dá porque, quando estamos em Cristo, morremos para o mundo e, portanto, podemos viver exclusivamente para o Senhor. É o que o apóstolo nos ensina em outra “carta da prisão”, a epístola aos colossenses, onde afirma que para “buscar as coisas de cima”, temos de “ressuscitar com Cristo” (Cl.3:1). - Estamos “mortos com Cristo quanto os rudimentos do mundo” (Cl.2:20) e, por isso, não mais nos importamos em “satisfazer a carne”, de sorte que não somos mais movidos por interesses próprios, que têm como única finalidade a exaltação do nosso “eu”, a obtenção de posições e vantagens neste mundo passageiro, que não é nosso alvo, visto que estamos visando a cidade celeste, donde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp.3:20). - O amor cristão demonstrado pelo apóstolo e também pelos crentes de Filipos revela precisamente esta “mentalidade das coisas de cima”. Somente quem está em Cristo é capaz de se negar a si mesmo e de buscar o bem do próximo, de buscar cumprir a vontade de Deus, pois sabe que o que vale são as coisas eternas e não as alegrias enganosas e passageiras que se oferecem neste mundo. - Quem está em Cristo pode repetir as palavras do poeta sacro anônimo que nos diz: “O mundo de ilusão deixei, a senda de pecado e dor, pra ir ao meu glorioso lar, ali há gozo, paz e amor. No mundo não está meu lar, aqui não posso descansar; mas quero sempre avançar, no céu em breve hei de entrar.” (primeira estrofe e refrão do hino 203 da Harpa Cristã). - Mas não basta estar “em Cristo” para poder aprender a suportar todas as circunstâncias desta vida terrena sem que se tenha qualquer abalo em nossa vida espiritual. O desprendimento das coisas terrenas exige de nós que nos “fortaleçamos em Cristo” a cada dia, a cada instante. - Paulo diz que tudo podia n’Aquele que o fortalecia, ou seja, além de estarmos em Cristo, o que significa dizer que devemos ser salvos, pertencer ao Seu corpo, que é a Igreja (Ef.1:22; 5:23), torna-se necessário que nos fortaleçamos n’Ele. - Para alguém se fortalecer em Jesus é preciso, em primeiro lugar, reconhecer que é fraco. Não é possível que alguém se fortaleça sem que, antes, reconheça que precisa de força, ou seja, que é fraco. Muitos, em nossos dias, têm desperdiçado a oportunidade de se livrar das coisas desta vida precisamente porque se acha forte e, portanto, não busca o fortalecimento em Jesus. - Paulo teve este aprendizado da parte do Senhor Jesus. Escrevendo aos coríntios, pôde o apóstolo dos gentios dizer que sentia prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo, pois percebeu que, quando estava fraco, então era forte (II Co.2:10), precisamente porque, após a
  • 9. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 9 experiência do espinho na carne, pôde entender que o poder de Deus em nós se aperfeiçoa em nossa fraqueza (II Co.12:9). - O Senhor, muitas vezes, permite situações em nossas vidas para que nós entendamos a nossa fraqueza, a nossa debilidade, a fim de que, deste modo, permitamos que Ele opere o Seu poder em nós e nos fortaleça, fortalecimento este que nos desprenderá das vicissitudes deste mundo. - Quando nos gloriamos em nossas fraquezas, ou seja, quando reconhecemos nossa fraqueza e glorificamos a Deus por ela, o poder de Deus vem habitar em nós, pois como que abrimos a porta para que o Senhor venha operar em nós (II Co.12:9). Quando somos fracos, isto é, quando assumimos as nossas fraquezas, passamos a viver com Cristo pelo poder de Deus em nós (II Co.13:4). - Não é à toa que, quando da batalha do Armagedom, quando o Senhor Jesus destruirá todas as nações que se levantarem contra Israel, uma das características de tais nações que serão derrotadas será exatamente acharem- se fortes diante de Deus, a ponto de o profeta Joel ter dito que elas dissessem que seriam fortes, afirmação que será o prenúncio de sua derrota (Jl.3:10). - Para que o poder de Deus possa habitar em nós e nós vivamos com Cristo com este poder habitando em nós, é absolutamente necessário que reconheçamos nossa fraqueza e nos fortaleçamos em Jesus. - Por isso, o apóstolo foi enfático ao dizer a seu filho na fé, Timóteo, para que se fortificasse na graça que havia em Cristo Jesus (II Tm.2:1). Quando Timóteo se fortificasse na graça de Jesus poderia não só confiar a homens fiéis o que havia aprendido de Paulo, como também poderia sofrer com o apóstolo as aflições como bom soldado de Jesus Cristo (II Tm.2:2,3). - Quando nos fortalecemos em Cristo, podemos ser bom soldados do exército do Senhor, lutando com êxito contra as hostes espirituais da maldade, devidamente revestidos da armadura de Deus (Ef.6:10-12) e não se embaraçando com os negócios desta vida, tendo condições, assim, de agradar ao Senhor que nos alistou para esta guerra (II Tm.2:4). - E, para encerrar, vemos que o apóstolo disse que os filipenses bem fizeram em ajudá-lo nas suas necessidades (Fp.4:14) e sua oração foi para que os filipenses tivessem supridas todas as suas necessidades por Deus, que o apóstolo admitiu ser um Deus rico (Fp.4:19). - Ora, se Deus é rico, por que o apóstolo Paulo não pediu que também enriquecesse os filipenses, diante de sua generosidade? Porque os filipenses, assim como o apóstolo, deveriam aprender a se contentar com o que tinham (Fp.4:11) e porque Deus, embora seja rico, dono do ouro e da prata (Ag.2:8), não tem o propósito de enriquecer os homens materialmente, mas, sim, de suprir-lhes as necessidades materiais com o suficiente, porque, ao contrário dos perdidos, inimigos da cruz de Cristo, que só pensam nas coisas terrenas (Fp.3:18,19), os salvos, assim como o apóstolo, tem a sua cidade nos céus donde esperam o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o seu corpo abatido para ser conforme o Seu corpo glorioso segundo o Seu eficaz poder de sujeitar também a Si todas as coisas (Fp.3:20,21). Fazemos parte deste grupo? Caramuru Afonso Francisco PORTAL ESCOLA DOMINICAL TERCEIRO TRIMESTRE DE 2013 TEMA – FILIPENSES: a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja COMENTARISTA : Elienai Cabral PLANO DE AULA Nº 12 LIÇÃO Nº 12 – A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO 1º SLIDE INTRODUÇÃO - Na sequência do estudo da carta de Paulo aos filipenses, veremos o relacionamento de amor que havia entre o apóstolo e a igreja em Filipos, descrita em Fp.4:10-13. - O amor de Deus que é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo faz-nos também amar o próximo. 2º SLIDE I – O AMOR QUE O APÓSTOLO PAULO DEMONSTROU EM RELAÇÃO AOS CRENTES DE FILIPOS - O apóstolo Paulo foi movido de amor quando, após ter tido a visão do varão macedônio, de pronto resolveu ir para Filipos para pregar o Evangelho àquele povo, atendendo, assim, ao chamado do Espírito Santo (At.16:9,10).
  • 10. EPAPED – Estudo da Palavra de Deus para os Amigos e Professores da Escola Dominical Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 10 -. O apóstolo sentia a mesma compaixão que tinha o Senhor Jesus pelas almas perdidas (Mt.9:36; Mc.6:34), como se vê em I Co.9:16. 3º SLIDE - Paulo demonstrou seu amor, também, quando, mesmo sendo admoestado pelos magistrados a deixar a cidade, não tê-lo feito antes de confortar os irmãos, firmando-os na fé (At.16:40). - Outra demonstração do amor de Paulo para com os crentes de Filipos é a própria epístola que estamos a estudar. 4º SLIDE II – O AMOR QUE OS CRENTES DE FILIPOS DEMONSTRARAM EM RELAÇÃO AO APÓSTOLO PAULO - Os crentes de Filipos haviam, desde o primeiro dia, ajudado o apóstolo Paulo em suas necessidades, demonstrando, também, seu amor para com o apóstolo (Fp.1:5), como vemos nos casos de: a) Lídia (At.16:15,40). b) o carcereiro (At.16:33). c) de toda a igreja (Fp.4:15,16). 5º SLIDE - Este amor dos filipenses era motivo de alegria para o apóstolo Paulo (Fp.4:10). - Temos aqui a nona alegria da carta de Paulo aos filipenses, a chamada “alegria de receber donativos”. 6º SLIDE - Lembrar de alguém é demonstração do amor de Deus na vida de um cristão. - Paulo estava alegre pelo simples fato de ser lembrado pelos filipenses. Sua alegria consistia em ser lembrado pelos filipenses, sabendo que eles, muito mais do que mandar donativos, estavam interessados em cooperar com seu trabalho evangelístico, em ser participante de sua graça, tanto nas suas prisões como na sua defesa e confirmação do evangelho (Fp.1:5-7). 7º SLIDE - Os filipenses não só auxiliavam Paulo materialmente, mas eram sempre seus companheiros nos momentos de dificuldades, mandando sempre pessoas para confortá-lo e consolá-lo na prisão, sem falar na intercessão que faziam por ele nas suas orações para que ele pudesse ser solto. - O apóstolo também não se esquecia dos filipenses em suas orações (Fp.1:4). Havia entre eles uma “entranhável afeição de Jesus Cristo” (Fp.1:8). Ambos cumpriam o mandamento de Jesus – “amar uns aos outros como Eu vos amei” (Jo.15:12). 8º SLIDE III – A NATUREZA DA ALEGRIA DE PAULO EM RELAÇÃO AO AMOR DEMONSTRADO PELOS CRENTES DE FILIPOS - A alegria de Paulo não era a de apenas “receber donativos”, mas de ver que o fruto do Espírito era produzido entre os crentes de Filipos (Gl.5:22), que eles manifestavam ter verdadeiro amor, o amor de Deus derramado em seus corações pelo Espírito Santo (Rm.5:5). - O verdadeiro amor cristão é desinteressado (I Co.13:5), não está atrás dos seus interesses, mas está pronto a tudo sofrer, a tudo crer, a tudo esperar e a tudo suportar (i Co.13:7). 9º SLIDE - Paulo havia aprendido a se contentar com o que tinha, mesmo que estas posses fossem insuficientes para o seu sustento. - A décima e última alegria da carta aos Filipenses - o contentamento com o que se tem (Fp.4:11). 10º SLIDE - Contentar-se com o que se tem é algo que vem de uma comunhão com Deus, pois a natureza pecaminosa do homem é tendente à ganância e à insatisfação, à insaciedade, pois existe na carne aquela “sanguessuga” que gera as suas duas filhas: “dá, dá”(Pv.30:15). - Paulo tinha aprendido a se contentar com o que tinha, e, por isso mesmo, havia aprendido a estar abatido, tanto quanto a ter abundância; havia sido instruído, ensinado pelo Espírito Santo tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância como a padecer necessidade (Fp.4:12). 11º SLIDE - Paulo demonstra aqui uma libertação de todas as circunstâncias desta vida. Estava aqui para cumprir a vontade do Senhor e considerava que Deus, como sendo o Soberano do Universo, podia muito bem querer que ele passasse por necessidades, se isto fosse representar crescimento espiritual para o apóstolo. - Muitas das vezes as circunstâncias adversas nos sobrevêm precisamente para que possamos manifestar aos outros este amor de Deus que se encontra em nossos corações. 12º SLIDE - Paulo era extremamente agradecido pela ajuda que recebia dos filipenses desde o primeiro dia em que começara a evangelizar aquela cidade, mas fazia questão de mostrar aos crentes de Filipos que o amor de Deus está acima de benesses materiais ou de uma filantropia, pois ele já aprendera a se contentar com o que possuía. - Este aprendizado Paulo não quis que ficasse apenas para si. Aqui ensina os filipenses a que o imitassem, também tendo o mesmo contentamento. A Timóteo, também, daria o mesmo ensino (I Tm.6:6-8). 13º SLIDE - O apóstolo fez questão de deixar consignado que também aprendera a se contentar com o que tinha nos instantes de opulência, de fartura e de abundância. - Paulo, porém, estava liberto das circunstâncias desta vida e, como amava a Deus, sabia tanto ter necessidade, quanto ter fartura. Irmãos amados, que passemos por este mesmo aprendizado do apóstolo, que deixemos que o Espírito Santo nos ensine a ter este nível de maturidade espiritual! 14º SLIDE IV – A FONTE DA ALEGRIA DE PAULO - A libertação das circunstâncias desta vida, o desapego às coisas terrenas não é decorrência de uma força interior do próprio apóstolo, nem mesmo consequência de uma “chamada especial divina” ou de “anos de experiência” no Evangelho. - É absolutamente necessário estar “em Jesus Cristo” para que se possa conseguir vencer os obstáculos da vida terrena, para que se possa libertar das circunstâncias de nossa peregrinação terrena. 15º SLIDE - A nossa independência das coisas desta vida, das vicissitudes deste mundo é consequência da nossa dependência de Deus. - É somente “em Cristo” que podemos ser instruídos e aprender a ser contentes com o que temos. 16º SLIDE - Não basta estar “em Cristo” para poder aprender a suportar todas as circunstâncias desta vida terrena sem que se tenha qualquer abalo em nossa vida espiritual. O desprendimento das coisas terrenas exige de nós que nos “fortaleçamos em Cristo” a cada dia, a cada instante. - Para alguém se fortalecer em Jesus é preciso, em primeiro lugar, reconhecer que é fraco. Quando há este reconhecimento, o poder de Deus passa a habitar em nós (II Co.2:10; 12:9; 13:4). 17º SLIDE - Quando nos fortificamos na graça que há em Cristo (II Tm.2:1): a) podemos ser bom soldados de Cristo (II Tm.2:2), devidamente revestidos da armadura de Deus (Ef.6:10-12); b) podemos sofrer as aflições deste mundo (II Tm.2:2); c) não nos embaraçamos com os negócios desta vida e agradamos ao Senhor (II Tm.2:3).