Fanzine colaborativo com a participação de Poetas vivos e atuantes em Ouro Preto, MG. Edição: Editora AMEOPOEMA (@coletivoamoepoema) Coordenação: Editora AMEOPOEMA (@studiograficob2mr). Circulação (impressa e E-book): Ouro Preto, Mariana (MG) e RJ Conselho Editorial: Rômulo Ferreira | Flávia Alves Exemplares na pRAÇA: 1000 (distribuídos gratuitamente). Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor e vontade de circular ideias e estimular a produção literária em Ouro Preto e região. (Circulação: desde junho de 2010) Participam desta edição: Anna Maria Fernandes | Dio Costa | Set-e | Carlos Barroso | Eduardo C. Souza | salvador paixão | Rômulo Ferreira | Flávia A Santos | AMEOPOEMA & MUITO MAIS... Para impressões: imprimir frente e verso, preto e branco normal (fica mais certinho se cortar 0,5 cm em cada lado antes de fazer as 2 dobras) Acesse: facebook.com/ameopoema | youtube.com/ameopoema | @coletivoameopoema

1. AMEOPOEMA
# 99 fevereiro 3
0 - de 202 - Ouro Preto, MG - Brasil
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FE(R)VEREIRO
Dio Costa
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Anna Maria Fernandes
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não acredito no carnaval
[que acaba na quarta de cinzas
não acredito no carnaval do adeus
só acredito no carnaval das boas-vindas
só acredito no carnaval dos bons fariseus
só acredito no carnaval que vem vindo
só acredito no carnaval que acaba no domingo
não acredito no carnaval que acaba na quarta
só acredito no carnaval que não acaba
não acredito/só acredito
Até que enfim
Fevereiro chegou
Marcando no calendário
O Carnaval
São Dias de folia
Que imprimem na Avenida
Uma festa sem igual
E na régua do homem
Não faz esquecer
Que tudo vai mal
Mas nos desfiles
Uma ponta de felicidade
Desponta
A nossa arte contada em enredo
Tudo se transforma
Barões ,marqueses, e as rainhas com
[ seu gingado brilham na passarela
Uns dias de trégua, que tal?
Nos faz esquecer que tudo vai mal
Enredo
Deis qui pudi oiá pra ela
Foi tamanhu incantamento
Cum aquela boca miudinha
Sorria pra tudo que é canto
Mai bunita ficava
Se os zoio dela me oiava
E eu qui já gostava
Cum uma piscada era paxão arretada
Mai se ela gostô di eu
Iguale gostei da moça bendita
Curagem vô tê
E vamo dançá inté u chão puêr.
Set-e
dione.machado.56
O rio riu
Não só riu o rio
A flor também riu
As árvores
A ramagem
Rindo com o vento
O vento rindo num assovio
O mar sorrindo em ondas
Beija-flores
Cigarras
Os louva-deus
Até a lua brilhou só rindo
Distante da terra
Quando o homem dela sumiu...
O
RIO
RIU
salvador paixão

2. Edição: Editora AMEOPOEMA (@coletivoamoepoema)
Coordenação: Editora AMEOPOEMA (@studiograficob2mr).
Circulação (impressa e E-book): Ouro Preto, Mariana (MG) e RJ
Conselho Editorial: Rômulo Ferreira | Flávia Alves
Exemplares na pRAÇA: 1000 (distribuídos gratuitamente).
Participação: Anna Maria Fernandes | Dio Costa | Set-e |
Carlos Barroso | Eduardo C. Souza | salvador paixão |
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Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor
e vontade de circular ideias e estimular a produção literária em
Ouro Preto e região. (Circulação: desde junho de 2010)
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EDITORIAL
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O projeto busca a ampliação do acesso cultural e literário
para a população residente em áreas pouco assistidas por
serviços públicos, artísticos e culturais.
Dentre as propostas apresentadas, estão atividades de
estímulo à leitura, escrita, criação artística e geração de renda,
além de reforço e acompanhamento escolar. PARTICIPE!
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PROJETO DE EXTENSÃO AMEOPO MA
E
Nossa Capa: Flavia Santos (@luzesombras82)
Eduardo C. Souza
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INSPIRE-SE
Coragem
Cafona!
Desliga
A telona
Se liga
Na voz
Que seduz
Saudade
Reluz
Na linha
Sonora
Antes
E agora:
Alô
Meu bem
Desliga
E vem
Pros meus braços
Laços...
De querer!
TELEFONA
De que matéria é feito o homem?
A matéria do inefável
A matéria do indizível
Do dito até que seja maldito
Ou a aversão ao fato?
De que origem é feito o homem?
A origem do sábio ou do sapo?
A que se destina a sina assassina do homem
E do seu destino no vácuo?
De que princípio é feito o homem?
De um início que se nivela ao fracasso
Ou de um sarcófago embrenhado em um saco
Originário que se perde no firmamento opaco?
De que assunto é feito o homem?
Uma desdita em cima, outra em baixo
Um oitavo sentido que já nasce do faro
Uma argamassa que não se separa do barro?
De que comida é feito o homem?
Se até o que come mostra conquista e desamparo?
De que amor é feito o homem?
A maneira de amar como se fossem passos
Com cada vez mais espinhos cravados?
De que matéria é feito o homem?
Se a praia de um não é a conquista do todos
Se para o outro só sobra o ar inexpugnável
Sempre no mesmo descompasso
Até o último tiro disparado
Até a morte mostrar seu rabo?
MATÉRIA
HUMANA
Carlos Barroso
fb.com/carlos.barroso.1069