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A perspetiva do revisor na TAV
Sou a Rita Menezes
Revisora/editora em audiovisual.
rita@ritamenezes.com.pt
Olá!
Posicionar0
O lugar da revisão
GUIONISTA
criar
REVISOR
aprimorar
PÚBLICO
apreciar
TAV
abordagens
TRADUTOR
decidir
adaptar
recriar
produto
Definir
Rever
1
“
Revision is the process of looking
over a translation to decide
whether it is
of satisfactory quality , and
making any needed changes.
Mossop, 2011
Caracterizar
O quê? Para quê?
2
Atenção!
Errar é humano
É muito fácil escrever frases mal
estruturadas ou, pelo menos, de
difícil compreensão.
Escrever para quem?
É fácil, ao escrevermos,
esquecermo-nos do leitor e
escrever algo inadequado.
Muitas regras
O texto pode não respeitar as
regras linguísticas, as regras de
tradução, as regras de um
género em particular, as regras
do cliente.
Há problemas?
Um texto poderá estar
“defeituoso” quando É preciso
ler uma frase duas vezes para a
compreender.
E em TAV?
Escrever, escrever
Escrever é uma tarefa exigente.
É muito diferente de falar; o
domínio da escrita implica
muitos anos de aprendizagem.
Muita atenção, revisor!
Confiar
Confiança no seu trabalho
(as suas dúvidas não são só
suas)
Argumentar
Capacidade de argumentação:
justificação das alterações
Observar
Estar atento a uma grande
variedade de problemas:
omissões, expressões não
idiomáticas, construção frásica
anormal, nível de língua,
terminologia…
Encontrar
O maior desafio do trabalho da
revisão é detetar passagens
problemáticas
Pesquisar
A pesquisa durante a revisão é
essencial
Focar
Atenção, muita atnção!
3
Gralhas
Escapam-nos porquê?
Porque procuramos aquilo que a palavra é,
não aquilo que a palavra não é.
“
“
Respeitar
Questões éticas
4
Quando deve o revisor alterar o texto? Depende.
Exercer a tarefa de revisor implica
uma aplicação inteligente de princípios.
Rever não é uma ciência exata.
Limites
Autorrevisão
Essencial.
Não passar por esta etapa é
uma atitude pouco
profissional.
Mais limites
Cliente
A tradução final pertence ao
cliente e, como é evidente,
ele pode alterar o texto que
lhe é entregue.
Retraduzir?
Tal como editar não é
reescrever, rever não é
retraduzir.
E mais limites
Antagonismos?
O tradutor pode não apreciar
críticas ao seu trabalho ou o
revisor pode fazer alterações
que se prendem com
preferências pessoais.
Isto cria uma relação
antagonista entre eles.
NOTA BENE
Qualificações
O tradutor é um
escritor tão
qualificado como o
revisor.
Alterações
Alterações de língua
e de estilo apenas
para cumprir o
objetivo
comunicativo.
Considerações
Quando alterar algo,
pensar:
“Sei justificar esta
alteração?”
Respeitar
Quem?
5
“
Function or functionality is not a quality of a text in itself
but one that is attributed to the text by the receiver in the
moment of reception. (…)
A text producer (and the translator as a text producer)
aims at producing a text in such a way that the receivers
recognize the function for which it is intended,
accepting it as functional precisely for this function.“
Nord, 2006.
Decidir
Como fazer
6
Decisions, decisions
A tolerância aos erros ou a
uma escrita menos
convencional e até a
pequenos erros de
tradução varia consoante o
tipo de texto e também
com a urgência.
“Estou familiarizado com o
trabalho deste tradutor?”
Se sim, talvez já conheça o
tipo de erros habituais.
O texto foi traduzido à
pressa? De um modo geral,
a qualidade é inversamente
proporcional à velocidade
do trabalho – maior
rapidez, mais erros.
Quando se revê o trabalho
de outros, é importante
fazer uma leitura unilingue
em primeiro lugar para se
ver a tradução
na perspetiva do
consumidor final.
Decisions, decisions. Part 2
Se não é possível entender
uma tradução sem
consultar o texto de
partida, sem dúvida que é
necessária uma correção.
Se for preciso ler uma frase
mais do que uma vez para a
entender na totalidade, é
necessária uma correção.
E em TAV?
Não retraduzir – não
retraduzir!
Sempre que possível, fazer
pequenas alterações à
tradução existente,
trabalhar com as palavras
que já lá estão.
Atenção à introdução de
erros.
Nesse caso, faz-se a última
coisa que um revisor deve
fazer: piorar a tradução.
O profissional não é aquele
que sabe todas as
respostas, é alguém que
sabe como encontrar
respostas e, quando não
consegue, admite-o.
Avaliar
Observar
7
“
“
Andava com a pulga na orelha
por causa do vizinho.
-Podes vir ver quando quiseres.
- Já fui. Há umas horas atrás.
Não consigo encontrá-lo?
Se quisesses livrar-te de mim,
eu levava todo
o departamento de investigação.
O utilitarismo diria
que devemos de pôr fim à coisa.
Não achas que as pessoas se sentiriam
inspiradas pela tua história?
[RS]
Mas, aviso já,
tem um preço, provavelmente.
A única coisa que nunca passa
de moda é estar na moda.
Compraste mais cópias do jornal de hoje?
Se soubesses quando eu gosto de ti
não me farias sofrer desta maneira.
- Pára com isso! Não me irrites.
- Porquê?
Referências bibliográficas
◉Mossop, B. (2010) Revising and Editing for Translators. St. Jerome Publishing:
Manchester.
◉Mossop, B. (2011) “Revision”, In Gambier, Y., van Doorslaer, Handbook of
Translation Studies, Vol. 2.
◉Nord, C. (2006) “Translating as a purposeful activity: a prospective approach”.
TEFLIN Journal, Volume 17, Number 2, August 2006.
◉Pinto, J.C. (2011) Novo Prontuário Ortográfico. Plátano Editora: Lisboa.
Obrigada!

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A perspetiva do revisor na TAV

  • 1. A perspetiva do revisor na TAV
  • 2. Sou a Rita Menezes Revisora/editora em audiovisual. rita@ritamenezes.com.pt Olá!
  • 4. O lugar da revisão GUIONISTA criar REVISOR aprimorar PÚBLICO apreciar TAV abordagens TRADUTOR decidir adaptar recriar produto
  • 6. “ Revision is the process of looking over a translation to decide whether it is of satisfactory quality , and making any needed changes. Mossop, 2011
  • 8. Atenção! Errar é humano É muito fácil escrever frases mal estruturadas ou, pelo menos, de difícil compreensão. Escrever para quem? É fácil, ao escrevermos, esquecermo-nos do leitor e escrever algo inadequado. Muitas regras O texto pode não respeitar as regras linguísticas, as regras de tradução, as regras de um género em particular, as regras do cliente. Há problemas? Um texto poderá estar “defeituoso” quando É preciso ler uma frase duas vezes para a compreender. E em TAV? Escrever, escrever Escrever é uma tarefa exigente. É muito diferente de falar; o domínio da escrita implica muitos anos de aprendizagem.
  • 9. Muita atenção, revisor! Confiar Confiança no seu trabalho (as suas dúvidas não são só suas) Argumentar Capacidade de argumentação: justificação das alterações Observar Estar atento a uma grande variedade de problemas: omissões, expressões não idiomáticas, construção frásica anormal, nível de língua, terminologia… Encontrar O maior desafio do trabalho da revisão é detetar passagens problemáticas Pesquisar A pesquisa durante a revisão é essencial
  • 11. Gralhas Escapam-nos porquê? Porque procuramos aquilo que a palavra é, não aquilo que a palavra não é.
  • 12.
  • 13.
  • 15. Quando deve o revisor alterar o texto? Depende. Exercer a tarefa de revisor implica uma aplicação inteligente de princípios. Rever não é uma ciência exata. Limites
  • 16. Autorrevisão Essencial. Não passar por esta etapa é uma atitude pouco profissional. Mais limites Cliente A tradução final pertence ao cliente e, como é evidente, ele pode alterar o texto que lhe é entregue.
  • 17. Retraduzir? Tal como editar não é reescrever, rever não é retraduzir. E mais limites Antagonismos? O tradutor pode não apreciar críticas ao seu trabalho ou o revisor pode fazer alterações que se prendem com preferências pessoais. Isto cria uma relação antagonista entre eles.
  • 18. NOTA BENE Qualificações O tradutor é um escritor tão qualificado como o revisor. Alterações Alterações de língua e de estilo apenas para cumprir o objetivo comunicativo. Considerações Quando alterar algo, pensar: “Sei justificar esta alteração?”
  • 20. “ Function or functionality is not a quality of a text in itself but one that is attributed to the text by the receiver in the moment of reception. (…) A text producer (and the translator as a text producer) aims at producing a text in such a way that the receivers recognize the function for which it is intended, accepting it as functional precisely for this function.“ Nord, 2006.
  • 22. Decisions, decisions A tolerância aos erros ou a uma escrita menos convencional e até a pequenos erros de tradução varia consoante o tipo de texto e também com a urgência. “Estou familiarizado com o trabalho deste tradutor?” Se sim, talvez já conheça o tipo de erros habituais. O texto foi traduzido à pressa? De um modo geral, a qualidade é inversamente proporcional à velocidade do trabalho – maior rapidez, mais erros. Quando se revê o trabalho de outros, é importante fazer uma leitura unilingue em primeiro lugar para se ver a tradução na perspetiva do consumidor final.
  • 23. Decisions, decisions. Part 2 Se não é possível entender uma tradução sem consultar o texto de partida, sem dúvida que é necessária uma correção. Se for preciso ler uma frase mais do que uma vez para a entender na totalidade, é necessária uma correção. E em TAV? Não retraduzir – não retraduzir! Sempre que possível, fazer pequenas alterações à tradução existente, trabalhar com as palavras que já lá estão. Atenção à introdução de erros. Nesse caso, faz-se a última coisa que um revisor deve fazer: piorar a tradução. O profissional não é aquele que sabe todas as respostas, é alguém que sabe como encontrar respostas e, quando não consegue, admite-o.
  • 25.
  • 26. “ Andava com a pulga na orelha por causa do vizinho. -Podes vir ver quando quiseres. - Já fui. Há umas horas atrás. Não consigo encontrá-lo? Se quisesses livrar-te de mim, eu levava todo o departamento de investigação. O utilitarismo diria que devemos de pôr fim à coisa. Não achas que as pessoas se sentiriam inspiradas pela tua história? [RS] Mas, aviso já, tem um preço, provavelmente. A única coisa que nunca passa de moda é estar na moda. Compraste mais cópias do jornal de hoje? Se soubesses quando eu gosto de ti não me farias sofrer desta maneira. - Pára com isso! Não me irrites. - Porquê?
  • 27. Referências bibliográficas ◉Mossop, B. (2010) Revising and Editing for Translators. St. Jerome Publishing: Manchester. ◉Mossop, B. (2011) “Revision”, In Gambier, Y., van Doorslaer, Handbook of Translation Studies, Vol. 2. ◉Nord, C. (2006) “Translating as a purposeful activity: a prospective approach”. TEFLIN Journal, Volume 17, Number 2, August 2006. ◉Pinto, J.C. (2011) Novo Prontuário Ortográfico. Plátano Editora: Lisboa.

Notas do Editor

  1. A