O documento discute diferentes métodos e escolas de pensamento sobre a interpretação bíblica e escatológica. Apresenta o método alegórico, literal e histórico-gramatical de interpretação, além de abordar as visões preterista, historicista, futurista e idealista sobre a escatologia e explicar as perspectivas amilenista, pré-milenista e pós-milenista sobre o reinado de Cristo de mil anos mencionado em Apocalipse.
10. MÉTODO
ALEGÓRICO
Método de interpretação que requer
ou simplesmente admite
interpretação simbólica, moral ou
figurada. Ex: A Besta que sobe do
mar – Anticristo; O Dragão –
Satanás;
11. 1.1 O Método Alegórico (Espiritual)
Interpreta um texto de sentido literal
para um sentido secundário ou
espiritual. Nesse método, o
significado histórico é negado ou
desprezado, e a tônica recai
inteiramente num sentido
secundário, de modo que as
palavras ou os acontecimentos
primeiros têm pouco ou nenhum
significado.
12.
13. EXEGESE DOTEXTO
•A tradução literal do texto
hebraico: hannokh lanna’ar é: “ensina,
treina o menino; Treinar para quê?
•Preparar a criança para suas futuras
responsabilidades, conforme seus
talentos e dons. Exercitar ou treinar a
criança para a idade adulta.
14. EXEGESE DOTEXTO
• “no caminho em que deve andar”. Literalmente está
escrito “de acordo com seu caminho” (al-pî darkhô); al-
pî (literalmente, “de acordo com a boca de”) em geral
significa “segundo a medida de”, “de conformidade
com” ou “de acordo com”. Quanto a darkhô, é a
palavra que vem de derekh (“caminho”); isso pode se
referir-se ao “costume generalizado de, segundo a
natureza de, o modo de agir de, o padrão de
comportamento de” uma pessoa.
• Neste contexto não há duvida de que “no caminho em
que deve andar” significa “seu caminho adequado,
próprio”.
15. EXEGESE DOTEXTO
• A segunda linha diz: gam ki (“ e ainda
quando”) yazqîn (“for velho”) – “zaqen” significa
“velho” ou um “ancião”), ló Yasur (“não se
desviará”) mim-mennah (“dele”, do seu derek –
caminho), que aparentemente fortalece a
interpretação de “seu próprio caminho”, “padrão de
comportamento”, ou “modo de viver” como
homem de Deus bem treinado, ou bom cidadão em
sua comunidade ou profissão e/ou jogador
cinquentão de vídeo gamer.
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17. Os perigos do método
alegórico
1) Não interpreta as Escrituras (no sentido
Hermenêutico da palavra).
2) A autoridade básica da interpretação
deixa de ser a Bíblia e passa a ser a mente
do intérprete.
3) Não há meios de provar as conclusões
do intérprete.
18.
19. Os perigos do método alegórico
Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos
terríveis. Os homens serão:
A) egoístas, avarentos, presunçosos,
arrogantes, blasfemos, desobedientes aos
pais, (6)
B) ingratos, ímpios, sem amor pela família,
irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio
próprio, (6)
C) cruéis, inimigos do bem, traidores,
precipitados, soberbos, mais amantes dos
prazeres do que amigos de Deus, (6)
tendo aparência de piedade, mas negando o seu
poder. Afaste-se também destes. (II Tm 3.1-5)
20. Conclusão
Elimina-se a autoridade das
Escrituras.
Falta de bases para verificar
afirmações.
Redução das Escrituras à
mente do intérprete.
Impossibilidade de
interpretação verdadeira das
Escrituras.
21. MÉTODO
LITERAL
É o método que dá a cada palavra o
mesmo sentido básico e exato que
teria no uso costumeiro, normal,
cotidiano, empregada de modo
escrito, oral ou conceitual. Ex:
Reinado de 1.000 anos;
22. 1.2 O MÉTODO HISTÓRICO-
GRAMATICAL (LITERAL)
• Interpretar uma determinada passagem bíblica de
forma Literal (Histórico-gramatical) nada mais
é que interpretar cada palavra de acordo com o
seu significado costumeiro, normal
(GRAMATICAL) que possuía na época do
autor (HISTÓRICO). É interpretar a passagem
em exatidão com a mensagem que
verdadeiramente o autor desejava transmitir,
sem deixar pensamentos exteriores interferirem
em tal passagem.
23.
24. PODEMOS UTILIZAR VÁRIOS
ARGUMENTOS QUE APOIAM A
UTILIZAÇÃO DO MÉTODO LITERAL DE
INTERPRETAÇÃO:
• A maior parte da Bíblia tem sentido satisfatório se
interpretada literalmente;
• A abordagem literalista não elimina cegamente as
figuras de linguagem, os símbolos, as alegorias e os
tipos; no entanto se a natureza das frases assim
exigir ela se presta prontamente ao segundo sentido;
EX: Jesus é o cordeiro, leão, pão da vida etc.
25. VANTAGENS DO MÉTODO
LITERAL
• A) A interpretação é baseada em fatos e não na imaginação do
intérprete;
• b) Todos os sentidos secundários de documentos, parábolas,
tipos, alegorias e símbolos dependem, para sua própria
existência, do sentido literal prévio dos termos [...]
• c) A maior parte da Bíblia tem sentido satisfatório se
interpretada literalmente.
• d) Esse método é o único freio sadio e seguro para a
imaginação do homem.
• e) Procura estabelecer-se sobre dados objetivos —gramática,
lógica, etimologia, história, geografia, arqueologia, teologia
[...]
26. O MÉTODO LITERAL E A LINGUAGEM
FIGURADA
• Figuras de linguagem são usadas como meios de
revelar verdades literais.
• Quando João Batista, apontando para Jesus, disse:
"Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1.29), ele não usou a
palavra "cordeiro" no sentido literal estrito que teria
excluído toda metáfora ou figura de linguagem e
denotado um cordeiro real: o que ele queria imediata e
diretamente comunicar, isto é, o sentido literal de suas
palavras, é que no sentido derivado e figurado Jesus
podia ser chamado "Cordeiro de Deus".
27. CONCLUSÃO
• As figuras de linguagem são utilizadas para ensinar
verdades literais de uma forma mais vibrante do que
se o fosse feito com palavras do cotidiano;
• O método Histórico-Gramatical não elimina de
nenhuma forma a ‘espiritualidade’ da mensagem, mas
elimina o misticismo que pode ser criado por causa de
interpretações que não seguem regras;
28. HISTÓRIA DA
INTERPRETAÇÃO
A interpretação do Antigo Testamento pelos Judeus -
o método empregado pelo rabinismo não era alegórico
mas sim o método literal;
A Interpretação na Época de Cristo - Sabemos que
Jesus Cristo, bem como seus seguidores e também os
judeus recorriam ao Antigo Testamento porém não
possuímos um só indício que o método de
interpretação por eles utilizado fosse o alegórico.
29. HISTÓRIA DA
INTERPRETAÇÃO
A Interpretação no Período da Reforma Protestante -
Lutero e Calvino foram marcados por suas insistências em
interpretas as Escrituras de forma literal.
Lutero disse: “Cada palavra deve ter o direito de
conservar o seu sentido natural, e este não deve ser
abandonado a não ser que a fé nos force a isso”.
30. HISTÓRIA DA
INTERPRETAÇÃO
A Interpretação do Período Pós-Reforma O
período subsequente à Reforma foi preenchido por
homens que deram continuidade aos
ensinamentos dos reformadores. Assim sendo,
dando continuidade, também, ao método de
interpretação Histórico-Gramatical.
31. Conclusão
O método original e aceito de interpretação bíblica
foi o método literal, usado pelo Senhor. Portanto,
o método literal deve ser aceito como o método
básico de interpretação sadia em qualquer
campo de doutrina hoje.
32.
33.
34. DIFERENTES
ESCOLAS DE
PENSAMENTOS
ESCATOLÓGICO
PRETERISMO
Considera o contexto
histórico, onde muitas
profecias
apocalipticas se
cumpriram no
contexto imediato ou
até o ano 70 d.C.
PRETERISMO
MODERADO
Acredita numa
Segunda Vinda de
Cristo,
ressurreição dos
mortos e
julgamento final.
PRETERISMO
RADICAL OU HIPER-
PRETERISMO
Tudo já foi cumprido
no ano 70 d.C. com a
destruição de
Jerusalém e depois da
queda do Império
Romano.
O problema divergente do
PRETERISMO é que não
há mais nada há ser
cumprido. Tudo se
cumpriu no ano 70 d.C.
Por isso eles são
AMILENISTAS, não creem
no milénio literal e sim
espiritual e teve o seu
inicio na primeira vinda
de Cristo.
35.
36.
37. DIFERENTES
ESCOLAS DE
PENSAMENTOS
ESCATOLÓGICO
HISTORICISMO
Entende que as
profecias tem o seu
cumprimento ao longo
da história. algumas já
se cumpriram, outras
estão em pleno
cumprimento, e outras
ainda vão se cumprir
É um esboço da
história da Igreja,
desde o primeiro
século até a
Segunda Vinda de
Cristo.
OBSERVAÇÃO:
Até o século 18, o modelo
historicista era a forma
“predominante” do
protestantismo, sendo
superada em números
quando surgiu o modelo
“dispensacionalismo”
completamente
“FUTURISTA”.
38. DIFERENTES
ESCOLAS DE
PENSAMENTOS
ESCATOLÓGICO
FUTURISMO
entende que a
maioria da
profecias terão o
seu cumprimento
pleno mais proximo
ao tempo do Fim!
com excesão dos
TRÊS primeiros
capítulos que estão
relacionados com
as “Sete Igrejas”
históricas da Asia
que de fato
existiram.
OBSERVAÇÃO:
O modelo “FUTURISTA”
se popularizou com o
surgimento do modelo
escatológico
“DISPENSACIONALISTA”,
que se tornou a principal
visão escatológica dentro
do movimento
pentecostal.
haverá um “arrebatamento
secreto” da igreja, antes do
período de sete anos de
TRIBULAÇÃO. A BESTA será
um líder político de um
Governo Mundial. O FALSO
PROFETA, será uma espécie
de “ECUMENISMO
RELIGIOSO”, e ao final
Cristo voltará e tomará o
povo de ISRAEL e
juntamente com a sua Igreja,
Reinará por mil anos literais
(milênio).
39. DIFERENTES
ESCOLAS DE
PENSAMENTOS
ESCATOLÓGICO
IDEALISMO
Crê no livro de
Apocalíspse como
“TOTALMENTE
SIMBÓLICO” e “IDEAIS”
espirituais, ou seja, nada
irá ocorrer de forma
“LITERAL”, ou
“HISTÓRICA”, e sim
“ESPIRITUAL”.
Graça
e
Conhecimento
OBSERVAÇÃO:
Tudo é
compreendido como
“ideal espiritual”.
São apenas
maneiras de Deus
comunicar
verdades.
É uma vertente perigosa
e ela tende a ser uma
vertente “liberalista”,
tratando muitos textos
das escrituras como
“NÃO LITERAIS” e sim
apenas “princípios de
vida”.
Essa forma de
interpretar o
Apocalípse, para
alguns é quase uma
“HERESIA”, devendo
assim ser refutado
como modelo de
interpretação.
43. FONTE LITERÁRIA
Livro do Apocalispe 20: 1-5, onde se diz
que “viveram e reinaram com Cristo
durante mil anos”. No mesmo capitulo nos
versos 2-3 também lemos que um anjo
desceu dos céus, agarrou o diabo “ e o
prendeu por mil anos; lançou-o no
abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para
que não mais enganasse as nações até se
completarem os mil anos”.
44. Arrebatamento
Ressurreição dos
justos e ímpios;
Julgamento;
Novos céus e
nova terra
Amilenismo
Volta
de
Cristo
Não haverá um reino literal de Cristo
por mil anos
ERA DA
IGREJA
45. O termo “amilenismo” é um pouco infeliz,
uma vez que implica que os amilenistas
não acreditam em um milênio.
O escritor americano Jay Adams prefere
o termo “milenismo realizado”, uma vez
que os amilenistas creem que o milênio
de Apocalipse 20 seja exclusivamente
futuro, mas já foi realizado, está em
processo.
Os amilenistas entendem a segunda vinda
de Cristo como um evento único, em
contraste com os dispensacionalistas que
defendem a vinda de Cristo em duas fases.
46. Milênio não literal, mas alegórico (espiritual) antes da
volta de Cristo.
A visão amilenista é a mais simples de todas as
interpretações, pois descreve o milênio de Apocalipse
20.1-10 como sendo a “ Era da Igreja”.
A era da Igreja (o milênio não literal) trata-se de uma era
em que a influencia de satanás sobre as nações sofre
grande redução de modo que o evangelho pode ser
pregado por todo o mundo.
Aqueles que Reinam com Cristo por mil anos são os
cristãos que morreram e já estão reinando com Cristo
no Céu.
Deacardo com essa posição a presente era da igreja
continuará até o tempo da volta de Cristo e que quando
este voltar, haverá ressurreição tanto de crentes como
de incrédulos. Os crentes terão o corpo ressuscitado e
unido a novamente com o espírito e entrarão assim no
estado eterno do céu para sempre.
47.
48. PERGUNTA: Porque os amilenistas
olham o milênio apenas como o
caráter espiritual do Reino de Deus?
RESPOSTA: Porque a maioria
dos amilenistas acredita na
“teologia da substituição”,
defende que a igreja substituiu
Israel no plano de Deus.
49. Creem que a Igreja passou ser o Israel de Deus.
Estabelecem isso como “verdade” e a partir desta
verdade interpretação Apocalipse capítulo 20.
A verdade é que o “MILÊNIO” (Ap 20), só é
possível literalmente se as profecias que Deus
deu a Israel se cumprirem, mas não há
possibilidade de se cumprir, um exemplo é o texto
de Isaias 35.
Em Isaias 35 Deus dá profecias de
“RESTAURAÇÃO DE ISRAEL”. Lendo os versos
de 7 a 10 percebemos de forma “literal” que o
povo de Israel ainda não provou disso. Podemos
até toma-la como “espiritual” onde o Reino de
Deus é justiça, paz e alegria (Rm 14.17), mas só
olhando assim, não há espaço para que esse
texto se cumpra.
50. Em diversas passagens em Zacarias e Ezequiel falam de profecias
específicas para Israel a serem cumpridas:
Os povos se levantarão contra Jerusalém (Zc 12.1-3).
A casa de Davi reconhecerá o seu Senhor e Rei na pessoa de Cristo,
que retornou, e experimentará um derramamento do Espírito Santo
(Zc 12.10).
No lamento de arrependimento as diversas linhagens de Israel são
listadas (Zc 12.11-14). Ezequiel menciona nominalmente as doze tribos
de Israel em sua visão do Reino Messiânico, com indicações
geográficas exatas que só podem ser aplicadas à terra de Israel (Ez
48.22-29).
O monte das Oliveiras se repartirá ao meio quando Jesus voltar (Zc
14.4).
Em conexão com a volta de Cristo, Zacarias traz dados geográficos
concretos, cita nomes e localidades em Israel e outros países (Zc
14.10-11,18).
51. PERGUNTA: Porque os amilenistas olham
o milênio apenas como o caráter espiritual
do Reino de Deus?
A chave para a compreensão amilenista do reino é o
“já” e o “ainda não”.
Jesus falou sobre o reino como um presente (“já”)
realidade (Mc 1.15; Mt 11.5-6; 12.28; 13.1-46; Lc 11.5-6,
20; 17.20-23; 15:4-32), mas também como algo que
“ainda não”, pertencente ao futuro (Mt 6.10; 16.28; Mc
9.1; Lc 6.20-26, 9.27, 11.2, 13.28-29).
O reino está chegando, mas também já veio (Mt 12.28-
29, Lc 11.20).
52.
53. Alguns teólogos que
defendem o Amilenismo:
– Agostinho
– Calvino?
– Louis Berkhof
- John Murray
– D.M. Lloyd Jones
– John Stott
- Robert B. Strimple
54. Modelo amilenista
21/07/2022 Prof.Sidney Matos 5
4
Milênio simbólico
Eternidade
Cristo
aos céus
Arrebatamento
Amarrar o valente – Mt 12.22-19
O reino de Deus está em vós Ressurreição
dos justos e
ímpios;
Julgamento;
Novos céus e
nova terra