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1
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LETICYA APARECIDA DE LIMA
PROJETO DE INTERVENÇAO:
AÇÃO ANTI-DROGA NO MUNICIPIO DE FÁTIMA DO SUL COM ENFOQUE
NO ALCOOL E TABACO.
_______________________________________________________________
CAMPO GRADE
2011
2
LETICYA APARECIDA DE LIMA
PROJETO DE INTERVENÇAO:
AÇÃO ANTI-DROGA NO MUNICIPIO DE FÁTIMA DO SUL COM ENFOQUE
NO ALCOOL E TABACO.
Projeto de Intervenção: Trabalho de
Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Especialização em Atenção
Básica e Saúde da Família, como
requisito para obtenção do título de
Especialista em Saúde pública.
Orientadora Enfª. Dda Érika Kaneta
_______________________________________________________________
CAMPO GRANDE
2011
3
Resumo
Introdução: Historicamente, a questão do uso abusivo e/ou dependência de drogas tem sido abordada por
uma ótica predominantemente psiquiátrica ou médica. As implicações sociais, psicológicas, econômicas e
políticas são evidentes, e devem ser consideradas na compreensão global do problema. Cabe ainda
destacar que o tema vem sendo associado à criminalidade e práticas anti-sociais e à oferta de
“tratamentos” inspirados em modelos de exclusão/separação dos usuários do convívio social. A percepção
distorcida da realidade que o uso de drogas promove a disseminação de uma cultura de combate a
substâncias que são inertes por natureza, fazendo com que o indivíduo e o seu meio de convívio fiquem
aparentemente relegados a um plano menos importante. Objetivo Geral: Realizar ação Anti-Droga no
município de Fátima do Sul. Objetivo Específico: Capacitar equipe para identificar e captar
precocemente os adolescentes e familiares que se encontram nessa situação de vulnerabilidade;
Instrumentalizar a equipe de saúde para realização de rodas de conversas sobre drogas e discutir e traçar
metas para ação da equipe. Melhorar o acesso e garantir a qualidade do atendimento aos adolescentes na
unidade de saúde; Promover educação para saúde destacando os principais pontos na assistência dos
adolescentes; Envolver os adolescentes das escolas para fazerem parte desse plano de intervenção em prol
do combate as drogas; Promover a participação dos adolescentes e familiares em uma conversa informal
nos bairros e associações. Reduzir o numero de adolescente dependente de drogas, com rodas de
conversas e conscientização dos mesmos.Metodologia: Trata-se de um projeto de intervenção com uma
ação Anti-Drogas no Município de Fátima do Sul com a participação de todos os Profissionais de Saúde
da rede Municipal, a fim de conscientizar, aproximar, prevenir e combater o uso indiscriminado de
Drogas Licitas e Ilícitas pelos adolescentes de 10 a 19 anos. Resultados e Discussões: O Projeto iniciou
com uma entrevista com o Delegado da Policia Civil na primeira semana do mês de junho de 2011, em
seguida foram capacitados 150 funcionários da atenção básica, sendo entre eles 28 Agente Comunitário
de Saúde, cinco enfermeiros, seis médicos, cinco dentistas e 106 funcionários em geral sobre a temática
das Drogas. Os grupos de apoio tiveram um papel importante na realização deste projeto de intervenção e
o ápice do projeto foi a realização da Semana Municipal Anti-Drogas que aconteceu nos dias 08 a 12 de
agosto envolvendo 1500 Alunos no Impacto anti-drogas do quinto ano do fundamental ao terceiro do
ensino médio, além dos alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Finalizando a Semana Anti-
drogas realizamos uma BLITZ educativa na avenida 9 de julho no centro da cidade. Conclusões: Com
essa ação percebeu - se a necessidade de Implantar e Implementar o Plano Municipal de Saúde Anti-
Drogas e de promover ações de prevenção de maneira continuada. Manter e ampliar a parceria da
Secretaria Municipal de Saúde com os grupos de apoio e buscar o tratamento e acompanhamento dos
casos mais graves que necessitam de reabilitação seja pelo uso de drogas licitas ou Ilícitas .
Palavras chaves: Drogas, Ação e Saúde.
4
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 05
OBJETIVOS ...................................................................................................................12
Objetivo Geral..............................................................................................................12
Objetvo Especifico.......................................................................................................12
JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 13
METODOLOGIA........................................................................................................... 14
Projeto de Intervenção.................................................................................................14
Considerações Ética.....................................................................................................14
Local do projeto de Intervenção..................................................................................14
RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................17
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................37
REFERENCIAS..............................................................................................................38
Anexo – Termo de autorização de uso de imagem e depoimentos ..........................39
5
INTRODUÇÃO
Historicamente, a questão do uso abusivo e/ou dependência de álcool e outras
drogas tem sido abordada por uma ótica predominantemente psiquiátrica ou médica. As
implicações sociais, psicológicas, econômicas e políticas são evidentes, e devem ser
consideradas na compreensão global do problema. Cabe ainda destacar que o tema vem
sendo associado à criminalidade e práticas anti-sociais e à oferta de “tratamentos”
inspirados em modelos de exclusão/separação dos usuários do convívio social.
(BRASIL,2003)
De acordo com Brasil, 2010 estima-se oficialmente pela Organização Mundial
de Saúde – OMS que cerda de 1 bilhão e 200 milhões de fumantes no mundo,
aproximadamente um terço da população com 15 anos ou mais, sendo considerado um
absurdo pela fato desse índice ser muito alto na fase da adolescência.
Constatamos assim que, neste vácuo de propostas e de estabelecimento de uma
clara política de saúde por parte do Ministério da Saúde, constituíram-se “alternativas
de atenção” de caráter total, fechado e tendo como principal objetivo a ser alcançado a
abstinência. Devemos ter em mente que enquanto cerca de um quarto da população
adulta fuma, os outros três quarto, que não fumam, dedicam parte de seu tempo
criticando os usuários de cigarro. Fumar é considerado um “vicio” para algumas pessoas
e uma questão de direito de escolha e liberdade para outras. (BRASIL, 2010)
A percepção distorcida da realidade do uso de álcool e outras drogas promove a
disseminação de uma cultura de combate a substâncias que são inertes por natureza,
fazendo com que o indivíduo e o seu meio de convívio fiquem aparentemente relegados
a um plano menos importante. Isto por vezes é confirmado pela multiplicidade de
propostas e abordagens preventivas / terapêuticas consideravelmente ineficazes, por
vezes reforçadoras da própria situação de uso abusivo e/ou dependências. (BRASIL,
2003)
A humanidade possui inúmeros registro históricos evidenciados o uso de drogas
no cotidiano. Na antiguidade, as drogas já eram utilizadas e cerimônias e rituais para
obter prazer, diversão e experiências místicas (transcendências). Os indígenas
utilizavam as bebidas fermentadas – álcool – em rituais sagrados e/ou em festividades
sociais. Os egípcios usavam o vinho e a cerveja para o tratamento de uma serie de
doenças, como meio para amenizar a dor e como abortivo. Os gregos e romanos usavam
o álcool em festividades sociais e religiosas. Ainda hoje, o vinho é utilizado em
6
cerimônias católicas e protestantes, bem como no judaísmo, no candomblé e em outras
práticas espirituais (BUCHER, 1991).
Os estudos sobre as grandes dependências humanas, como o tabagismo e o
alcoolismo, vêm polarizando a atenção médica há algumas décadas. A verificação de
que muitas vezes os dependentes utilizam drogas associadamente foi demonstrada pela
primeira vez, em 1972, quando Walton chamou a atenção para as altas cifras de
tabagismo encontrada entre pacientes hospitalizados. A partir daí vários estudos
confirmaram a associação e correlação positiva entre tabagismo e alcoolismo (CHAIEB,
1998).
Na segunda década do século XX observou-se que o número de casos de câncer
de pulmão vinha aumentando em todo mundo. Entretanto, somente na década de 1950,
estudos mostraram pela primeira vez que o aparecimento do câncer de pulmão estava
intimamente relacionado ao hábito tabagística. (SENAD, 2010).
De acordo com a própria Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001), cerca de
10% das populações dos centros urbanos de todo o mundo, consomem abusivamente
substâncias psicoativas independentemente da idade, sexo, nível de instrução e poder
aquisitivo. A despeito do uso de substâncias psicoativas de caráter ilícito, e
considerando qualquer faixa etária, o uso indevido de álcool e tabaco tem a maior
prevalência global, trazendo também as mais graves conseqüências para a saúde pública
mundial.
Confirmando tais afirmações, estudo conduzido pela Universidade de Harvard e
instituições colaboradoras (SANDIN, 2010) sobre a carga global de doenças trouxe a
estimativa de que o álcool seria responsável por cerca de 1,5% de todas as mortes no
mundo, bem como sobre 2,5% do total de anos vividos ajustados para incapacidade.
Ainda segundo o mesmo estudo, esta carga inclui transtornos físicos (cirrose hepática,
miocardiopatia alcoólica, etc) e lesões decorrentes de acidentes (industriais e
automobilísticos, por exemplo) influenciados pelo uso indevido de álcool, o qual cresce
de forma preocupante em países em desenvolvimento. (BRASIL, 2003)
De acordo com o Censo IBGE 2000, o Brasil possui 169.590.693 habitantes,
5.507 Municípios, sendo que 88,58% destes possuem população na faixa de 2.000 a
50.000 habitantes. As regiões metropolitanas concentram 40,04% da população e os 15
municípios mais populosos do país concentram 21,36% da população. Em relação ao
uso de drogas psicotrópicas no Brasil realizada em (2001) mostrou que 107 cidades do
pais, com população na faixa etária entre 12 a 65 anos ambos os sexos, apontou que
68,7% delas já haviam feito o uso do álcool alguma vez na vida. Alem disso, estimou-se
7
que 11,2% da população brasileira apresentavam dependências desta substancias, o que
correspondia a 5.283.000 pessoas (SENAD, 2010).
Da população pesquisada em 2005, 22,8% já fizeram uso na vida de drogas,
exceto tabaco e álcool, correspondendo a 10.746.991 pessoas. Em 2001 os achados
foram, respectivamente, 19,4% e 9.109.000 pessoas. Os levantamentos domiciliares
realizados em 2001 e 2005 pela Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas
(SENAD), em parcerias com Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (CEBRID),
mostram a evolução do consumo das drogas mais usadas. As pesquisas envolveram
entrevistados das 108 cidades com mais de 200 mil habitantes do Brasil.
Drogas 2001 2005
ÁLCOOL 68,7 74,6
TABACO 41,1 44,0
MACONHA 6,9 8,8
SOLVENTES 5,8 6,1
OREXÍGENOS 4,3 4,1
BENZODIAZEPÍNICOS 3,3 5,6
COCAÍNA 2,3 2,9
XAROPES (codeína) 2.0 1,9
ESTIMULANTES 1,5 3,2
QUADRO I – Representa as drogas mais usadas em % de uso na vida. (Fonte: SENAD, CEBRID e
GREA – FMUSP, 2010).
Conforme o quadro I, mostra que a maioria da população pesquisada do ano de
2001 a 2005, faz uso de algum tipo de substancias licita, como álcool, tabaco e
medicamentos com finalidades diferentes (aliviar a dor; baixar a ansiedade; reduzir a
sensação de cansaço, de depressão; obter prazer; entre outras). Com isso observamos
que, embora a sociedade apresente diferenças culturais em relação à utilização e às
finalidades do álcool e outras drogas, estas substancias apresentam algumas funções
presentes em todos os lugares: elas oferecem a possibilidade de alterar as percepções, o
humor e as sensações (BUCHER, 1991)
Conforme projeção populacional realizada em 2009 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Mato Grosso do Sul totaliza 2.360.498
habitantes, distribuídos em 78 municípios, desses, apenas 23 possuem população
superior a 20 mil habitantes. O território do Mato Grosso do Sul é composto por
8
grandes propriedades rurais e enormes vazios populacionais, refletindo diretamente na
baixa densidade demográfica, que atualmente é de aproximadamente 6,6 hab./km2.
O Município de Fátima do Sul onde o projeto de intervenção foi implantado
possui uma área de 315 Km² (0,09% do Estado), distante a 232 km da capital,
localizado no centro Sul do estado a uma altitude média e 353m. tendo dentro dos seus
limites os distritos de Culturama e Novo Planalto. Com uma população estimada em
19.333 habitantes segundo IBGE, 2010. As atividades econômicas que predominam no
município são: comércio e agricultura e atividade turística: llha do Sol e o Centro de
Eventos Beira Rio.
Fátima do Sul possui 3 escolas estaduais, 1 municipal e 2 particulares, sendo que
no distrito de Culturama possui 1 escola municipal e 1 escola estadual, assim
totalizando 4702 estudantes no total. Em relação á faixa etária da população
adolescente. Conforme se observa no quadro II o município de Fátima do Sul totaliza
um total de 3137 adolescentes tanto do sexo feminino quanto masculino, sendo que
devemos foca nesta faixa etária e conscientizar sobre as drogas e a conseqüência na sua
vida. (DATASUS, 2011)
Faixa Etária Detalhada População
Residente
Feminina
População
Residente
Masculina
Total
10 anos 145 148 293
11 anos 138 147 285
12 anos 135 138 273
13 anos 158 175 333
14 anos 178 150 328
15 anos 157 193 350
16 anos 152 177 329
17 anos 172 168 340
18 anos 149 158 307
19 anos 164 135 299
TOTAL 3137
Quadro 2 – Faixa etária detalhada da população feminina e masculina dos adolescentes de
Fátima do Sul (Fonte: DATASUS 2011)
O uso de drogas na adolescência é uma questão que preocupa cada vez mais os
pesquisadores e profissionais da saúde e educação. As pesquisas epidemiológicas
9
mostram que o uso e abuso de drogas aumenta em ritmo acelerado e que é na
adolescência que, em geral, inicia-se o consumo. Ao mesmo tempo, observa-se que o
tema das drogas é freqüente na mídia (RIBEIRO, 1998).
O habito de fumar é promovido como um exercício de autonomia, de liberdade e
como um símbolo de desafio às normas vigentes. Por essa razão, a adolescência e a
juventude são as faixas etárias mais suscetíveis à influencia, tanto dos amigos como da
publicidade, para experimentar e usar cigarros. (BRASIL, 2010). No município de
Fátima do Sul, o programa Anti-tabaco tem uma procura maior de pessoas na faixa
etária de 19 a 50 anos, mais já conseguimos tratar 5 jovens na faixa de 15 a 19 anos que
com sucesso conseguiram larga desse vicio.
Temos que ter em mente que a adolescência e a vida adulta jovem caracterizam-
se por mudanças físicas, psíquicas e sociais. Nessa fase há uma predisposição ao
desenvolvimento de alguns transtornos psicopatológicos como a depressão, ansiedade e
alguns comportamentos de risco à saúde como uso de drogas e álcool. (JANSEN, 2011).
O Brasil conta com mais de 51 milhões de jovens na faixa etária dos 10 aos 24
anos de idade. Enfrentar o desafio de promover o desenvolvimento saudável da
juventude requer a elaboração de políticas capazes de prover a atenção à saúde em todos
os níveis de complexidade e a participação de todos os setores da sociedade. (BRASIL,
2003)
Ainda Brasil (2003) descreve que o uso de drogas, inclusive álcool e tabaco, tem
relação direta e indireta com uma série de agravos à saúde dos adolescentes e jovens,
entre os quais destacam-se os acidentes de trânsito, as agressões, depressões clínicas e
distúrbios de conduta, ao lado de comportamento de risco no âmbito sexual e a
transmissão do HIV pelo uso de drogas injetáveis e de outros problemas de saúde
decorrentes dos componentes da substância ingerida, e das vias de administração.
Ao observar que as drogas hoje está afetando os jovens podemos tentar possíveis
projetos de prevenção, como a construção do plano municipal de saúde como meio de
intervenção no combate ao álcool e o tabaco que cada vez mais afeta os adolescentes.
Alguns fatores de risco ou de proteção podem contribuir para o uso de drogas. Estes
fatores não são determinantes, apenas aumentam ou diminuem, em diferentes
intensidade, a probabilidade de o individuo vir ou não a fazer o uso de droga. No quadro
3 mostra alguns desses fatores de risco e de proteção para o uso de álcool e outras
drogas no domínio comunitário (SENAD, 2010).
Fatores de risco Fatores de Proteção
Falta de oportunidades socioeconômicas Existência de oportunidades de estudo,
10
para a construção de um projeto de vida trabalho, lazer e inserção social que
possibilitam ao individuo concretizar seu
projeto de vida
Fácil acesso às drogas licita e ilícitas Controle efetivo do comercio de drogas
legais e ilegais
Permissividade em relação a algumas
drogas
Reconhecimento e valorização, por parte
da comunidade, de normas e leis que
regulam o uso de drogas
Inexistência de incentivos para que o
jovem se envolva em serviços
comunitários
Incentivos ao envolvimento dos jovens em
serviços comunitários
Negligencia no cumprimento de normas e
leis que regulam o uso de drogas
Realização de campanhas e ações que
ajudem o cumprimento das normas e leis
que regulam o uso de drogas.
Quadro 3 – Descrição dos fatores de risco e de proteção, segundo o domínio comunitário (Fonte: A
Prevenção do Uso de Drogas e Terapia Comunitária, SENAD, 2006).
Conforme podemos observar no quadro 3, a prevenção voltada para o uso
abusivo e/ou dependência de álcool e outras drogas pode ser definida como um processo
de planejamento, implantação e implementação de múltiplas estratégias voltadas para a
redução dos fatores de vulnerabilidade e risco específicos, e fortalecimento dos fatores
de proteção. Implica necessariamente em inserção comunitária das práticas propostas,
com a colaboração de todos os segmentos sociais disponíveis, buscando atuar, dentro de
suas competências, para facilitar processos que levem à redução da iniciação no
consumo, do aumento deste em freqüência e intensidade, e das conseqüências do uso
em padrões de maior acometimento global. Para tanto, a lógica da redução de danos
deve ser considerada como estratégica ao planejamento de propostas e ações
preventivas (BRASIL, 2003)
Segundo Brasil, (2003) sugere que o planejamento de ações preventivas e
relativas ao uso de álcool e drogas deve obrigatoriamente considerar a mudança de
relação na proporção de ocorrência entre buscar minimizar a influencia de fatores de
risco sobre a vulnerabilidade dos indivíduos para tal uso; paralelamente, também deve
considerar o reforço dos fatores de proteção. Neste ponto, é fundamental perceber a
importância da educação em saúde como estratégia fundamental para a prevenção.
11
O Relatório Mundial da Saúde - Saúde Mental: Nova Concepção, Nova
Esperança (OMS, 2001) traz dez recomendações básicas para ações na área de saúde
mental / álcool e drogas. São elas:
1. Promover assistência em nível de cuidados primários
2. Disponibilizar medicamentos de uso essencial em saúde mental
3. Promover cuidados comunitários
4. Educar a população
5. Envolver comunidades, famílias e usuários
6. Estabelecer políticas, programas e legislação específica
7. Desenvolver recursos humanos
8. Atuar de forma integrada com outros setores
9. Monitorizar a saúde mental da comunidade
10. Apoiar mais pesquisas
Com essas medidas de prevenção citada acima observamos a importância de
realizar esse projeto de intervenção e a construção do plano municipal anti-drogas, para
vencer essa indignação de ver tantos adolescentes entrando nesse mundo das drogas
que é tão cruel e que leva a morte. Essa indignação tem dois motivos, o primeiro é
causado pelo fato de ver esses adolescentes fazendo uso dessas substancias licitas como
álcool, cigarro e medicação controlada conforme uma “bala”, “chiclete” e com simples
pensamento que poderá fazer mal um dia e que essas drogas não matam.
Outra indignação é que por mais que tenha lei que proíba menores de idade a
comprar essas drogas o aumento hoje em dia de adolescentes que fumam e bebem
descontroladamente é muito grande. Nesse sentido, o presente estudo objetiva: Realizar
ação Anti-Droga no município de Fátima do Sul, com a participação de todos os
funcionários da rede de saúde, comunidade e grupos com intuito de combater essas
drogas.
12
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
• Realizar ação Anti-Droga no município de Fátima do Sul.
Objetivos Específicos:
• Capacitar equipe para identificar e captar precocemente os adolescentes e
familiares que se encontram nesses vícios: álcool e tabaco;
• Instrumentalizar a equipe de saúde para realização de rodas de conversas sobre
drogas e discutir e traçar metas para ação da equipe.
• Melhorar o acesso e garantir a qualidade do atendimento aos adolescentes na
unidade de saúde;
• Promover educação para saúde destacando os principais pontos na assistência
dos adolescentes;
• Envolver os adolescentes das escolas para fazerem parte desse plano de
intervenção em prol do combate as drogas;
• Promover a participação dos adolescentes e familiares em uma conversa
informal nos bairros e associações.
• Reduzir o numero de adolescente dependente de drogas, com rodas de conversas
e conscientização dos mesmos.
13
JUSTIFICATIVA
Álcool e Tabaco, por serem drogas lícitas, têm envolvido rapidamente um
contingente maior de pessoas no vicio. Além da problemática do vicio em si torna-se
impossível ignorar os resultados decorrentes do uso indiscriminado destas drogas que
afetam a saúde do individuo (usuário) e seus familiares, amigos e a sociedade como um
todo. O reflexo de uma população dependente de álcool e tabaco resulta no aumento de
acidentes e violência bem como eleva o índice de doenças relacionadas e resultantes
destes vícios.
Desde o "inocente" copo de cerveja, muitas vezes, em reuniões familiares, até o
contato com drogas mais pesadas, o caminho pode não ser longo. Como impedir que
esse quadro se torne mais e mais dramático? A prevenção é um caminho seguro. Uma
educação específica sobre o assunto se faz imprescindível nas escolas; é preciso
conscientizar jovens e adolescentes, pais e educadores, enfim, unirmos a comunidade,
para discutirmos o assunto com coragem, decisão e espírito reflexivo.
14
METODOLOGIA
Projeto de intervenção
Atividade constituída para definir um problema identificado, transformando uma
idéia em ação, definir a analise e seguir passos e assim tentar solucioná-lo.
Assim, após o levantamento do problema, o projeto de intervenção é indicado
para realização de ação Anti-Droga com a participação de todas as unidades de saúde e
seus funcionários, a fim de conscientizar, aproximar, prevenir e combater o uso
indiscriminado do álcool e tabaco nos adolescentes de 10 a 19 anos.
Considerações Éticas
Os funcionários, adolescentes e familiares que participaram do projeto, foram
esclarecidos de que se tratava de um projeto de intervenção e que não receberiam
nenhuma forma de pagamento pela participação neste projeto e que deveriam assinar o
termo de cessão de uso de imagem (anexo 1), para eventual exposição do trabalho.
Local do projeto de Intervenção
O projeto foi realizado primeiramente em todas as unidades básicas de saúde de
Fátima do Sul e distrito de Culturama (ESF O Pioneiro; ESF Vila Educacional; ESF
Culturama; ESF Jardim Tatiane e UBS Central e Brasilândia)
1º Passo: Entrevista com o Delegado da Policia Civil Messias Furtado de Souza,
para levantamento de dados e saber como está e identificar a situação do município em
relação às drogas.
2º Passo: Capacitação da equipe sobre o que é droga licita e ilícitas e como
podem estar enfrentando esse problema na unidade de saúde e sociedade.
3º Passo: Reunião em todas as ESF do Município de Fátima do Sul, sendo
convidado essa equipes através de Comunicação Interna conforme (anexo 2), sendo as
seguintes datas:
• 22/06/2011 ESF Culturama as 15h00min horas
• 27/06/2011 ESF Vila Educacional as 10h00min horas
• 28/06/2011 ESF O Pioneiro as 15h00min horas
• 29/06/2011 ESF Central às 15h00min horas.
15
Essas reuniões com as equipes cumpriram o objetivo de capacitação e
construção do quadro de ações (anexo 3) para que cada Estratégia da Saúde da Família
possa está atuando na sua unidade de saúde e comunidade.
4º Passo: Capacitação para os Agentes Comunitário de Saúde – ACS na
Secretária de Saúde de Fátima do Sul, localizada na Avenida 9 de julho nº 2216, sobre
quais ações os mesmos podem realizar na comunidade e como podem estar ajudando
essas famílias no enfrentamento ao álcool e ao tabaco, alem da aula expositiva e
construção de quadro de novas ações que poderão ser realizadas através dos ACS
(anexo 4), teve a participação do grupo Teatral Talento Batista, onde os mesmo
realizaram uma apresentação sobre “Quando a vida se apaga!”.
5º Passo: Realizas parcerias com o COMAD – Conselho Municipal Anti-Droga
e Grupo Vida Livre no qual foi realizada palestra expositiva sobre o que o álcool e o
tabaco podem causar na vida. O grupo Vida Livre é direcionado para pessoas que
cometem ato ilegal por motivo ou resultante do uso de drogas licitas e ilícitas, para
atender não apenas o usuário, mais também sua família e população em geral
interessada na temática. Nesse grupo contamos com a participação do Pastor Luciano
Daniel Künzel Gazola que é atualmente coordenador do grupo Vida Livres, dos demais
conselheiros do COMAD, profissionais da área da saúde e segurança pública do
município além de outros voluntários que possam contribuir na discussão e reflexão da
temática das drogas. Participamos também no grupo Anti-Tabaco que acontece na
Secretária de Saúde de Fátima do Sul, localizada a Avenida 9 de Julho, nº 2259 para
eventual conscientização do mau causado pelo vicio do tabaco e a importância de
estarem participando dessas reuniões que acontecem toda quinta-feira as 18:00 horas
com a participação de enfermeiras, nutricionistas, psicólogas e farmacêutica.
6º Passo: Realização da Semana Municipal Anti-Droga que aconteceu nos dias 8
a 12 de agosto, com a participação de escolas Estaduais e Municipais, Conselho
Municipal Anti-Droga, grupo Vida Livre, Promotoria, Câmara de Vereadores, Policias
militares e grupo anti-tabaco. Foi realizada uma abertura oficial na Terça-Feira através
da Câmara municipal de Vereadores com a colaboração do Vereador Conselheiro do
COMAD Alberto Alburqueque (Bebeto). Nos horários de aula foram realizadas
palestras, dinâmica e teatro de conscientização e sensibilização sobre os malefícios das
drogas licitas e ilícitas. Finalizando a semana anti-droga com a mobilização de
profissionais de saúde, COMAD e policiais militares no dia 12 sexta-feira, com uma
blitz educativa na avenida 9 de julho com todos os participantes e alunos.
16
7º Passo: analise dos resultados alcançados pelo projeto de intervenção:
impactos anti-droga.
17
RESULTADO E DISCUSÃO
O projeto iniciou com a realização de uma entrevista com o Delegado da Policia
Civil Messias Furtado de Souza na primeira semana do mês de junho de 2011. Na
oportunidade o delegado informou que tem aumentado muito o numero de ocorrências
relacionada ao uso de drogas licitas e ilícitas, com o relação ao álcool as ocorrências de
acidentes, apreensão de motoristas embriagados e violência domestica vem aumentando
muito, já as apreensões de cigarros contrabandeados do Paraguai a sua equipe está
fiscalizando e realizando blitz para não deixar entrar no município.
Os casos de acidentes por ingestão de bebidas alcoólica que ocorre no Município
são na maioria notificados quando chegam até o hospital e encaminhados a Secretária
de Saúde para ser encaminhados a nível de estado.
O quadro abaixo mostra o numero de óbitos por acidentes de transito, quedas e
outras causas externas ocorrido nos anos 2008, 2009 e 2010 no município, estado,
região e Brasil
2008 2009 2010
Nº óbitos Nº óbitos Nº óbitos
Município 4 6 3
Estado 219 230 148
Região 1.050 1.068 678
Brasil 12.942 13.122
8.762
(Fonte: Sala de situação DATASUS, 2011)
Através disso penso que os danos, lesões, traumas e mortes, causada por
acidentes e violências, corresponde a altos custos emocionais e sociais e com aparatos
de segurança publica, alem disso a violência provoca sérios prejuízos econômicos por
cauda dos dias de ausência do trabalho, pelos danos físicos, mentais e emocionais
incalculáveis para as vitimas, suas famílias e para sociedade. Já para o sistema de saúde
afetam o aumento de gastos com emergências, assistência e reabilitação muito mais
custo do que a maioria dos procedimentos médicos convencionais.
18
A capacitação das equipes sobre a temática das drogas foi realizada com a
colaboração do Enfermeiro Rodrigo Miguel Vilas Boas, coordenador da Saúde Mental
do Município no mês de junho em duas oficinas realizada no Centro de Convivência do
Idoso Viver Feliz. Nestes momentos foram abordados temas como: Conhecendo as
drogas licitas e ilícitas; Conhecendo os comportamentos dos usuários; Técnicas de
abordagem e enfrentamento no combate as drogas e apoio as famílias envolvidas.
Após a capacitação realizamos reuniões nas unidades de saúde de Fátima do Sul
para elaboração de quadros de ações a serem desenvolvidas pelas equipes durante as
atividades rotineiras do serviços de saúde. As reuniões foram realizadas (foto 1 e 2) no
seguintes cronograma:
• 22/06/2011 ESF Culturama as 15h00min horas
• 27/06/2011 ESF Vila Educacional as 10h00min horas
• 28/06/2011 ESF O Pioneiro as 15h00min horas
• 29/06/2011 ESF Central às 15h00min horas.
Foto 1 – ESF Vila Educacional, reunião para elaboração do plano de ação com a participação de todos os
funcionários.
Foto 2 – Fotos da equipe que participou da elaboração do plano de ação na ESF Vila Educacional
19
A construção dos quadros de metas na unidade a principio visou contemplar
atividades já realizadas com enfoque na temática das drogas. Por exemplo: a ESF Vila
Educacional cumpriu uma meta das ações proposta na reunião pela equipe realizando
roda de conversas com os participantes do grupo HIPERDIA entregado panfleto de
conscientização sobre o ”Poder da escolha”. A população aprovou a medida, pois até
então nas reuniões de HIPERDIA apenas se tratava de temas relacionados à hipertensão
e diabetes, observaram que o aumento das drogas tem preocupado a comunidade e
declararam que é de suma importância os profissionais de saúde estar alertando pais e
mães quanto à prevenção e locais disponíveis para a apoiarem as famílias.
Para os 28 Agentes Comunitário de Saúde – ACS a capacitação na Secretária de
Saúde de Fátima do Sul, foi realizada no dia 01 de julho, (foto 3 e 4) na qual foram
definidas as ações inerentes a estes profissionais. Os mesmos demonstraram grande
preocupação com a população usuária de drogas seja elas licitas ou ilícitas, relataram
que o numero de bares e bocas de fumos de suas áreas tem crescido consideravelmente
nesses últimos anos e que a pesar de terem conhecimento quanto a ilegalidade do trafico
e do comercio de álcool e tabaco para menores ficam impossibilitados de realizarem
denuncias por medo de perseguições ou até mesmo perderem o acesso as famílias
envolvidas.
Foto (3 e 4) – Capacitação dos Agentes Comunitário na Secretária Municipal e
elaboração do plano de ação.
Ficou claro que as ações dos ACS devem estar restritas a prevenção e apoio as
famílias dos usuários, apontando os meios de tratamento e acompanhamento, seja a
através de encaminhamento para internações, grupos anti-tabaco, grupo Vida Livre,
CAPS e outros conforme a necessidade de cada caso. Os ACS reclamaram da fila de
espera para tratamento no grupo anti-tabaco e nas vagas para internações e tratamentos
fora do município. Para melhor esclarecer estás duvidas e tramites da central de
20
regulação a técnica Ângela Vasconcelos, (foto 5) fez uma breve explanação de como
funciona as solicitação de vagas, informou que para tratamento de álcool e drogas não
existe fila de espera, no entanto poucos procura o tal tratamento. Em relação ao grupo
anti-tabaco que acontece na secretária de Saúde de Fátima do Sul todas as quintas-feiras
a fila de espera encontra-se realmente extensa em comparação com o tratamento de
álcool e outras drogas, devido a muita procura dos fumantes que possui intenção de
pararem com o vicio.
Foto 5 – Participação da Técnica da Central de Regulação Ângela Vasconcelos (de
branco na foto), onde fez uma pequena explanação sobre como funciona a solicitação de vagas
para tratamento de álcool e outras drogas
Acreditamos que o vicio do tabaco é mais fácil de ser assumido, percebemos que
a busca de tratamento de álcool e drogas ilícitas se da apenas quando já está grave e
necessita de medidas de tratamentos extremas. No quadro de ações dos ACS (foto 6)
foram definidas a participação dos mesmos nas atividades de prevenção promovidas
pela secretaria de saúde, o aconselhamento das famílias e encaminhamentos a grupo de
ajuda.
21
Foto 6 – Criação do quadro de Ações dos ACS, sobre o uso de tabaco e álcool.
Para finalizar teve a participação do grupo Teatral Talento Batista,(foto 7) onde
os mesmo realizaram uma apresentação sobre o tema: “Quando a vida se apaga!”, que
retratou a realidade de uma família abalada pelo envolvimento de uma adolescente no
mundo das drogas (foto 8 e 9). O teatro abordou o relacionamento familiar, a influencia
das amizades (foto 10 e 11), o vicio das drogas (foto 12 e 13), os danos a saúde física e
psicológica, a violência e a morte de uma maneira simples e bem próxima a realidade
vivenciada (foto 14, 15 e 16). Os ACS foram sensibilizados todos pela apresentação e
explicaram que encontraram no teatro algumas das suas famílias acompanhadas.
Foto 7 – Grupo teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida
se apaga”, na Secretária de Saúde, finalizando a capacitação dos ACS
Foto 8 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas.
22
Foto 9 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas.
Foto 10 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento que afeta o
relacionamento familiar, discussão mãe e filha.
Foto 11 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento que afeta o
relacionamento familiar, “pai” tentando conversar com a filha.
23
Foto 12 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento que o vicio
afeta toda a estrutura familiar e psicológica.
Foto 13 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento das amizades
erradas.
24
Foto 14 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento violência e
morte.
Foto 15 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento violência e
morte.
Foto 16 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento violência e
morte.
Os grupos de apoio tiveram um papel importante na realização deste projeto de
intervenção o COMAD – Conselho Municipal Anti-Droga e Grupo Vida Livre foram
realizadas palestra expositiva sobre o que o álcool e o tabaco estavam causando na vida
dessas pessoas e na dos seus familiares. Sendo que o grupo Vida Livre é direcionado
para pessoas que cometem ato ilegal por motivo ou resultante do uso de drogas licitas e
ilícitas, para atender não apenas o usuário, mais também sua família e população em
geral interessada na temática, penso que conseguimos alcançar os objetivos pois a
conscientização das pessoas que participaram deste grupo foi proveitosa.
25
Em relação à parceria com o grupo Anti-Tabaco foi feito um acompanhamento
com um grupo de conscientização do mal causado pelo vicio do tabaco e a importância
de estarem participando dessas reuniões, sendo que cada reunião era entregue um
convite lembrando da importância do retorno as reuniões. Nesse grupo foram chamados
para participar 15 pessoas sendo que somente 5 concluíram o tratamento e pararam de
fuma. Os outros 10 foram convidados a participar de um grupo especial com o auxilio
da psicóloga pra um tratamento mais detalhado, desses 10 pacientes apenas três estão
participando do grupo.
Projeto de Intervenção:
Combate ao Fumo
Lembrete:
Próximo Encontro: 27/07/11 às
18:00 horas na Secretária de
Saúde ao Lado da Rodoviária.
Convite entregue a cada participante do grupo anti-tabagismo que participaram das
quatro reuniões.
O ápice do projeto foi a realização da Semana Municipal Anti-Droga que
aconteceu nos dias 08 a 12 de agosto que envolveu quatro escolas Estaduais e duas
municipais (Foto 17, 17 A, 17 B e 17 C; 18 e 18 A, 19 e 19 A, 20 e 20 A, 21 e 21 A, 22
e 22 A). Nesta programação contamos com o apoio e parceria do Conselho Municipal
Anti-Droga, Grupo Vida Livre, Promotoria, Câmara de Vereadores, Policias Militares e
Grupo Anti-tabaco. Confio que as parcerias firmadas são de suma importância e
contribuíram muito para que grande parte dos objetivos deste projeto fossem
alcançados.
26
Foto 17 e 17 A – Alunos da Escola Jonas Belarmindo no Distrito de Culturama no
Período Matutino
Foto 17 B e 17 C – Alunos da Escola Estadual Jonas Belarmindo no Distrito de
Culturama no período Vespertino.
Foto 18 e 18 A – Alunos da Escola Municipal O Pioneiro no Distrito de Culturama no
período vespertino
27
Foto 19 e 19 A – Alunos da Escola Estadual Senador Filinto Muller no período noturno.
Foto 20 e 20 A – Alunos da Escola Estadual Senador Filinto Muller no período
matutino
Foto 21 e 21 A – Alunos da Escola Estadual Vicente Pallotti no período Matutino
28
Foto 22 e 22 A – Alunos da Escola Estadual Vicente Pallotti no período noturno.
Foto 23 e 23 A – Alunos da Escola Estadual Vicente Pallotti no período Vespertino
Foto 24 e 24 A – Alunos da Escola Estadual Vila Brasil no período matutino.
Na Terça-Feira, 09 de agosto, o Vereador e conselheiro do COMAD Alberto
Albuquerque (Bebeto), conselheiro membro do COMAD, representante do poder
29
legislativo neste órgão, foi o canal para realizar a abertura oficial através da Câmara
Municipal de Vereadores durante a sessão ordinária (foto 25). Os vereadores de Fátima
do Sul tem se preocupado com a problemática das drogas e vários fizeram uso da
palavra apoiando a campanha de prevenção. Vale ressaltar ainda que a sessão da
Câmara de Vereadores é transmitida ao vivo na rádio Guaicurus AM de Fátima do Sul
e neste dia a população em geral teve acesso aos debates do legislativo.
Foto 25 – Vereador Alberto Albuquerque (Bebeto), representante do COMAD
Nos três períodos de aulas, matutino, vespertino e noturno (foto 26, 27, e 28), a
equipe do impacto esteve realizando palestras, dinâmicas e teatro de conscientização e
sensibilização sobre os malefícios das droga licitas e ilícitas nas escolas. Os 1500
Alunos atingidos pelo Impacto anti-drogas foram os do quinto ano do fundamental ao
terceiro médio, além dos alunos contemplados pelo EJA (Educação de Jovens e
Adultos).
30
Foto 26 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga” nas escolas no período matutino.
Foto 27 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga” nas escolas no período vespertino
Foto 28 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga” nas escolas no período noturno.
O COMAD, o Conselho Tutelar e outros e a Secretaria Municipal de Saúde
através do apoio com outros profissionais e os recursos foram parceiros na execução das
atividades do impacto em geral. O enfermeiro Rodrigo Miguel Vilas Boas, antigo
Coordenador da Saúde Mental do município e a enfermeira Gabriela Costa Schowantz
de Souza atual Coordenadora do Programa auxiliaram em todas as atividades da
Semana Municipal Anti-Drogas e nas Capacitações. (Fotos 29 e 30)
31
Foto 29 – Atual Coordenadora da Saúde Mental realizando sua contribuição sobre
drogas psicotrópicas nas escolas.
Foto 30 – Ex -Coordenadora da Saúde Mental realizando sua contribuição sobre as
drogas nas escolas.
Essa etapa do Impacto foi muito gratificante, pois a equipe percebeu o
envolvimento dos alunos durante as dinâmicas e as perguntas ao termino das palestras
(Foto 31 e 32). Até mesmo drogas que não estavam contempladas pelo projeto foram
questionadas e muitos adolescentes, jovens e até mesmo professores se sentiram a
vontade de compartilhar suas histórias e solicitar ajuda (Foto 33).
32
Foto 31 – Participação dos alunos nas dinâmicas
Foto 32 – Participação dos alunos com perguntas sobre os temas explanado.
Foto 33 – Participação da diretora da Escola Jonas Belarmindo no Distrito de
Culturama.
O Teatro Apresentado para os ACS também foi levado às escolas e foi um
importante instrumento de sensibilização para os adolescentes e jovens. Foi legal
perceber o quanto o teatro quebrou barreiras para a discussão dos assuntos. Acredito que
33
por se tratar de uma linha direta de Adolescentes para Adolescentes, utilizando uma
linguagem própria e mais próxima a realidade deles. Sem falar da questão visual que
sabemos que fixa bem melhor as idéias, valores e conceitos transmitidos (foto 34 e 35)
Foto 34 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga” nas escolas.
Foto 35 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre
“Quando a vida se apaga” nas escolas.
No dia 12 Segunda-Feira, finalizando a Semana Anti-droga realizamos uma
BLITZ educativa na avenida 9 de julho no centro da cidade (Foto 36, 37 e 38). Nesse
momento contamos com a colaboração dos profissionais de Saúde das Unidades, ACS,
conselheiros do COMAD e Policiais Militares, que estiveram distribuindo panfletos
abordando a problemática dos vícios tanto de Drogas Licitas como Ilícitas (Foto 39 e
40).
34
Foto 36 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos
Foto 37 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos, com participação
dos ACS.
Foto 38 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e
ilícitas.
35
Foto 39 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e
ilícitas pelos ACS.
Foto 40 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e
ilícitas, com a participação do 16º Batalhão da Policia Militar
O fechamento do impacto demonstrou que a população em geral é parceira no
combate as drogas e que atividades preventivas são muito valorosas, pois servem para
apoiar adolescentes e jovens a dizerem não as drogas sejam elas licitas ou ilícitas (Foto
41). Auxilia e instrumentaliza pais, educadores e profissionais de saúde para melhor
intervir e agir em situações que envolvam questões relativas às drogas
36
Foto 41 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e
ilícitas, com a participação dos Enfermeiros das Unidades básicas de Saúde.
Diariamente ao termino das atividades realizadas a equipe avaliava os resultados
alcançados pelo projeto de intervenção e foi gratificante perceber a influencia que este
Impacto Anti Drogas surtiu na sociedade em geral. Os alunos comentavam as palestras e
os pais nos abordavam e vinham agradecer a iniciativa, já que tem causado muito
preocupação a rápida propagação de vícios na nossa juventude.
Setembro e outubro foram os meses reservados para a análise dos resultados
como um todo. Acredito que a maior parte dos objetivos do impacto anti-droga foram
atingidos. A equipe foi capacitada, instrumentalizada e definiu ações para intervir frente
a famílias nessa situação de vulnerabilidade, minimizando preconceitos e barreiras para
o atendimento de adolescentes nesta situação. Os adolescentes foram envolvidos no
impacto e através de ações educativas estreitamos os laços e a proximidade com essa
parcela da população que tem resistência e dificuldade de buscar a ajuda nas unidades
de saúde, COMAD e Grupo anti-tabaco.
O penúltimo objetivo ainda não foi contemplado totalmente durante este
impacto, no entanto foi abraçado pelos quadros de ações definidos pelas unidades de
saúde, esse ponto visava a realização de uma conversa informal nos bairros e
associações com adolescentes e familiares. Quanto ao ultimo objetivo de reduzir o
número de adolescentes dependentes de drogas, acredito que seja possível medir se foi
ou não atingido ainda, pois depende de uma pesquisa mais apurada com todos os
contemplados por este projeto. Uma coisa é certa, muitas pessoas procuraram ajuda logo
no local da palestra e após nos grupos de apoio divulgados durante as palestras.
37
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essa ação demonstrou a grande necessidade de Implantar e Implementar o Plano
Municipal de Saúde Anti-Drogas e de promover ações de prevenção de maneira
continuada com estratégias que realmente evitem a adesão aos vícios. Ampliar as ações
do grupo Anti-Tabaco, envolvendo mais unidades e Descentralizado o programa,
facilitando que mais pessoas possam ser contempladas pelo tratamento.
Sendo este um Projeto de Intervenção acredito que os objetivos alcançados mostram
a eficácia do mesmo e aponta para a necessidade de ações subsequentes relacionadas a
essa temática. Este projeto será encaminhado a Coordenação da Saúde Mental da
Secretaria Municipal de Saúde de Fátima do Sul para que possa ser útil para colaborar
com futuras atividades desta coordenação.
38
Referencias Bibliográficas
BRASIL, Ministério da Saúde. A Política do Ministério da Saúde para atenção
integral a usuários de álcool e outras drogas/ Ministério da Saúde, Secretária
Executiva, Coordenação Nacional de DST e AIDS. – Brasília: Ministério da Saúde,
2003
BRASIL. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTIVA -
IBGE, 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/. Acessado em: 20/07/2011.
BUCHER, R. Prevenção ao uso indevido de drogas. Vol. 1. Brasília: Programa de
Educação Continuada. Universidade de Brasília, 1991
BRASIL. Presidência da Republica. Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas:
cartilha sobre tabaco/Secretária Nacional de políticas sobre drogas. – Brasília:
Previdência da Republica, Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas 2010.
CHAIEB, José A. CASTELLARIN, Cassio. Associação tabagismo-alcoolismo:
introdução às grandes dependências humanas. Rev. Saúde Pública [online]. 1998,
vol.32, n.3, pp. 246-254. ISSN 0034-8910. doi: 10.1590/S0034-89101998000300007
Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89101998000300007&lang=pt&tlng=pt Acesso em 18/07/2011
JANSEN, Karen et al. Transtornos mentais comuns e qualidade de vida em jovens: uma
amostra populacional de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde
Pública [online]. 2011, vol.27, n.3, pp. 440-448. ISSN 0102-311X. doi:
10.1590/S0102-311X2011000300005. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2011000300005&tlng=pt acesso em 18/07/2011
MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS, 2010. Disponível em:
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php. Acessado em: 20/07/2011.
Organização Mundial da Saúde. Relatório sobre a Saúde no Mundo 2001 – Saúde
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http://www.who.int/whr/2001/en/whr01_djmessage_po.pdf Acesso em 20/07/2011
Prevenção ao uso indevido de drogas: Capacitação para Conselheiros e Lideranças
Comunitárias. – 3. Ed. – Brasília: Presidência da Republica. Secretária Nacional de
Políticas sobre Drogas – SENAD, 2010. 424 p.
RIBEIRO, T. W. PERGHER, N. K. TOROSSIAN, S. D. Drogas E Adolescência: Uma
Análise Da Ideologia Presente Na Mídia Escrita Destinada Ao Grande Público.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, 1998. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79721998000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Acesso: 20/07/2011
SANDIN, G. R. DACORÉGIO, T. SAKAE, T. M. Estudo comparativo entre tabagistas
e não tabagistas em município no Sul de Santa Catarina. Recebido da Universidade do
Sul de Santa Catarina (UNISUL). Tubarão, Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2010 set-
out;8(5):382- Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n5/003.pdf
Acesso em: 19/07/2011.
39
Anexo – Termo de autorização de uso de imagem e depoimentos
Eu_________________________________,CPF____________,
RG________________, depois de conhecer e entender os objetivos, procedimentos
metodológicos, riscos e benefícios da pesquisa, bem como de estar ciente da
necessidade do uso de minha imagem e/ou depoimento, especificados no Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), AUTORIZO, através do presente termo, os
pesquisadores Leticya Aparecida de Lima do projeto de pesquisa intitulado “Impactos
anti-droga no município de Fátima do Sul com enfoque no álcool e tabaco” a
realizar as fotos que se façam necessárias e/ou a colher meu depoimento sem quaisquer
ônus financeiros a nenhuma das partes.
Ao mesmo tempo, libero a utilização destas fotos (seus respectivos negativos) e/ou
depoimentos para fins científicos e de estudos (livros, artigos, slides e transparências),
em favor dos pesquisadores da pesquisa, acima especificados, obedecendo ao que está
previsto nas Leis que resguardam os direitos das crianças e adolescentes (Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA, Lei N.º 8.069/ 1990), dos idosos (Estatuto do Idoso,
Lei N.° 10.741/2003) e das pessoas com deficiência (Decreto Nº 3.298/1999, alterado
pelo Decreto Nº 5.296/2004).
Fátima do Sul, __ de ______ de 2011
_____________________________
Pesquisador responsável pelo projeto
_______________________________
Sujeito da Pesquisa
_______________________________
Responsável Legal (Caso o sujeito seja menor de idade)

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Projeto alcool e drogas leticya aparecida de lima 93_67341

  • 1. 1 . LETICYA APARECIDA DE LIMA PROJETO DE INTERVENÇAO: AÇÃO ANTI-DROGA NO MUNICIPIO DE FÁTIMA DO SUL COM ENFOQUE NO ALCOOL E TABACO. _______________________________________________________________ CAMPO GRADE 2011
  • 2. 2 LETICYA APARECIDA DE LIMA PROJETO DE INTERVENÇAO: AÇÃO ANTI-DROGA NO MUNICIPIO DE FÁTIMA DO SUL COM ENFOQUE NO ALCOOL E TABACO. Projeto de Intervenção: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Atenção Básica e Saúde da Família, como requisito para obtenção do título de Especialista em Saúde pública. Orientadora Enfª. Dda Érika Kaneta _______________________________________________________________ CAMPO GRANDE 2011
  • 3. 3 Resumo Introdução: Historicamente, a questão do uso abusivo e/ou dependência de drogas tem sido abordada por uma ótica predominantemente psiquiátrica ou médica. As implicações sociais, psicológicas, econômicas e políticas são evidentes, e devem ser consideradas na compreensão global do problema. Cabe ainda destacar que o tema vem sendo associado à criminalidade e práticas anti-sociais e à oferta de “tratamentos” inspirados em modelos de exclusão/separação dos usuários do convívio social. A percepção distorcida da realidade que o uso de drogas promove a disseminação de uma cultura de combate a substâncias que são inertes por natureza, fazendo com que o indivíduo e o seu meio de convívio fiquem aparentemente relegados a um plano menos importante. Objetivo Geral: Realizar ação Anti-Droga no município de Fátima do Sul. Objetivo Específico: Capacitar equipe para identificar e captar precocemente os adolescentes e familiares que se encontram nessa situação de vulnerabilidade; Instrumentalizar a equipe de saúde para realização de rodas de conversas sobre drogas e discutir e traçar metas para ação da equipe. Melhorar o acesso e garantir a qualidade do atendimento aos adolescentes na unidade de saúde; Promover educação para saúde destacando os principais pontos na assistência dos adolescentes; Envolver os adolescentes das escolas para fazerem parte desse plano de intervenção em prol do combate as drogas; Promover a participação dos adolescentes e familiares em uma conversa informal nos bairros e associações. Reduzir o numero de adolescente dependente de drogas, com rodas de conversas e conscientização dos mesmos.Metodologia: Trata-se de um projeto de intervenção com uma ação Anti-Drogas no Município de Fátima do Sul com a participação de todos os Profissionais de Saúde da rede Municipal, a fim de conscientizar, aproximar, prevenir e combater o uso indiscriminado de Drogas Licitas e Ilícitas pelos adolescentes de 10 a 19 anos. Resultados e Discussões: O Projeto iniciou com uma entrevista com o Delegado da Policia Civil na primeira semana do mês de junho de 2011, em seguida foram capacitados 150 funcionários da atenção básica, sendo entre eles 28 Agente Comunitário de Saúde, cinco enfermeiros, seis médicos, cinco dentistas e 106 funcionários em geral sobre a temática das Drogas. Os grupos de apoio tiveram um papel importante na realização deste projeto de intervenção e o ápice do projeto foi a realização da Semana Municipal Anti-Drogas que aconteceu nos dias 08 a 12 de agosto envolvendo 1500 Alunos no Impacto anti-drogas do quinto ano do fundamental ao terceiro do ensino médio, além dos alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Finalizando a Semana Anti- drogas realizamos uma BLITZ educativa na avenida 9 de julho no centro da cidade. Conclusões: Com essa ação percebeu - se a necessidade de Implantar e Implementar o Plano Municipal de Saúde Anti- Drogas e de promover ações de prevenção de maneira continuada. Manter e ampliar a parceria da Secretaria Municipal de Saúde com os grupos de apoio e buscar o tratamento e acompanhamento dos casos mais graves que necessitam de reabilitação seja pelo uso de drogas licitas ou Ilícitas . Palavras chaves: Drogas, Ação e Saúde.
  • 4. 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 05 OBJETIVOS ...................................................................................................................12 Objetivo Geral..............................................................................................................12 Objetvo Especifico.......................................................................................................12 JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 13 METODOLOGIA........................................................................................................... 14 Projeto de Intervenção.................................................................................................14 Considerações Ética.....................................................................................................14 Local do projeto de Intervenção..................................................................................14 RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................17 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................37 REFERENCIAS..............................................................................................................38 Anexo – Termo de autorização de uso de imagem e depoimentos ..........................39
  • 5. 5 INTRODUÇÃO Historicamente, a questão do uso abusivo e/ou dependência de álcool e outras drogas tem sido abordada por uma ótica predominantemente psiquiátrica ou médica. As implicações sociais, psicológicas, econômicas e políticas são evidentes, e devem ser consideradas na compreensão global do problema. Cabe ainda destacar que o tema vem sendo associado à criminalidade e práticas anti-sociais e à oferta de “tratamentos” inspirados em modelos de exclusão/separação dos usuários do convívio social. (BRASIL,2003) De acordo com Brasil, 2010 estima-se oficialmente pela Organização Mundial de Saúde – OMS que cerda de 1 bilhão e 200 milhões de fumantes no mundo, aproximadamente um terço da população com 15 anos ou mais, sendo considerado um absurdo pela fato desse índice ser muito alto na fase da adolescência. Constatamos assim que, neste vácuo de propostas e de estabelecimento de uma clara política de saúde por parte do Ministério da Saúde, constituíram-se “alternativas de atenção” de caráter total, fechado e tendo como principal objetivo a ser alcançado a abstinência. Devemos ter em mente que enquanto cerca de um quarto da população adulta fuma, os outros três quarto, que não fumam, dedicam parte de seu tempo criticando os usuários de cigarro. Fumar é considerado um “vicio” para algumas pessoas e uma questão de direito de escolha e liberdade para outras. (BRASIL, 2010) A percepção distorcida da realidade do uso de álcool e outras drogas promove a disseminação de uma cultura de combate a substâncias que são inertes por natureza, fazendo com que o indivíduo e o seu meio de convívio fiquem aparentemente relegados a um plano menos importante. Isto por vezes é confirmado pela multiplicidade de propostas e abordagens preventivas / terapêuticas consideravelmente ineficazes, por vezes reforçadoras da própria situação de uso abusivo e/ou dependências. (BRASIL, 2003) A humanidade possui inúmeros registro históricos evidenciados o uso de drogas no cotidiano. Na antiguidade, as drogas já eram utilizadas e cerimônias e rituais para obter prazer, diversão e experiências místicas (transcendências). Os indígenas utilizavam as bebidas fermentadas – álcool – em rituais sagrados e/ou em festividades sociais. Os egípcios usavam o vinho e a cerveja para o tratamento de uma serie de doenças, como meio para amenizar a dor e como abortivo. Os gregos e romanos usavam o álcool em festividades sociais e religiosas. Ainda hoje, o vinho é utilizado em
  • 6. 6 cerimônias católicas e protestantes, bem como no judaísmo, no candomblé e em outras práticas espirituais (BUCHER, 1991). Os estudos sobre as grandes dependências humanas, como o tabagismo e o alcoolismo, vêm polarizando a atenção médica há algumas décadas. A verificação de que muitas vezes os dependentes utilizam drogas associadamente foi demonstrada pela primeira vez, em 1972, quando Walton chamou a atenção para as altas cifras de tabagismo encontrada entre pacientes hospitalizados. A partir daí vários estudos confirmaram a associação e correlação positiva entre tabagismo e alcoolismo (CHAIEB, 1998). Na segunda década do século XX observou-se que o número de casos de câncer de pulmão vinha aumentando em todo mundo. Entretanto, somente na década de 1950, estudos mostraram pela primeira vez que o aparecimento do câncer de pulmão estava intimamente relacionado ao hábito tabagística. (SENAD, 2010). De acordo com a própria Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001), cerca de 10% das populações dos centros urbanos de todo o mundo, consomem abusivamente substâncias psicoativas independentemente da idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo. A despeito do uso de substâncias psicoativas de caráter ilícito, e considerando qualquer faixa etária, o uso indevido de álcool e tabaco tem a maior prevalência global, trazendo também as mais graves conseqüências para a saúde pública mundial. Confirmando tais afirmações, estudo conduzido pela Universidade de Harvard e instituições colaboradoras (SANDIN, 2010) sobre a carga global de doenças trouxe a estimativa de que o álcool seria responsável por cerca de 1,5% de todas as mortes no mundo, bem como sobre 2,5% do total de anos vividos ajustados para incapacidade. Ainda segundo o mesmo estudo, esta carga inclui transtornos físicos (cirrose hepática, miocardiopatia alcoólica, etc) e lesões decorrentes de acidentes (industriais e automobilísticos, por exemplo) influenciados pelo uso indevido de álcool, o qual cresce de forma preocupante em países em desenvolvimento. (BRASIL, 2003) De acordo com o Censo IBGE 2000, o Brasil possui 169.590.693 habitantes, 5.507 Municípios, sendo que 88,58% destes possuem população na faixa de 2.000 a 50.000 habitantes. As regiões metropolitanas concentram 40,04% da população e os 15 municípios mais populosos do país concentram 21,36% da população. Em relação ao uso de drogas psicotrópicas no Brasil realizada em (2001) mostrou que 107 cidades do pais, com população na faixa etária entre 12 a 65 anos ambos os sexos, apontou que 68,7% delas já haviam feito o uso do álcool alguma vez na vida. Alem disso, estimou-se
  • 7. 7 que 11,2% da população brasileira apresentavam dependências desta substancias, o que correspondia a 5.283.000 pessoas (SENAD, 2010). Da população pesquisada em 2005, 22,8% já fizeram uso na vida de drogas, exceto tabaco e álcool, correspondendo a 10.746.991 pessoas. Em 2001 os achados foram, respectivamente, 19,4% e 9.109.000 pessoas. Os levantamentos domiciliares realizados em 2001 e 2005 pela Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), em parcerias com Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (CEBRID), mostram a evolução do consumo das drogas mais usadas. As pesquisas envolveram entrevistados das 108 cidades com mais de 200 mil habitantes do Brasil. Drogas 2001 2005 ÁLCOOL 68,7 74,6 TABACO 41,1 44,0 MACONHA 6,9 8,8 SOLVENTES 5,8 6,1 OREXÍGENOS 4,3 4,1 BENZODIAZEPÍNICOS 3,3 5,6 COCAÍNA 2,3 2,9 XAROPES (codeína) 2.0 1,9 ESTIMULANTES 1,5 3,2 QUADRO I – Representa as drogas mais usadas em % de uso na vida. (Fonte: SENAD, CEBRID e GREA – FMUSP, 2010). Conforme o quadro I, mostra que a maioria da população pesquisada do ano de 2001 a 2005, faz uso de algum tipo de substancias licita, como álcool, tabaco e medicamentos com finalidades diferentes (aliviar a dor; baixar a ansiedade; reduzir a sensação de cansaço, de depressão; obter prazer; entre outras). Com isso observamos que, embora a sociedade apresente diferenças culturais em relação à utilização e às finalidades do álcool e outras drogas, estas substancias apresentam algumas funções presentes em todos os lugares: elas oferecem a possibilidade de alterar as percepções, o humor e as sensações (BUCHER, 1991) Conforme projeção populacional realizada em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Mato Grosso do Sul totaliza 2.360.498 habitantes, distribuídos em 78 municípios, desses, apenas 23 possuem população superior a 20 mil habitantes. O território do Mato Grosso do Sul é composto por
  • 8. 8 grandes propriedades rurais e enormes vazios populacionais, refletindo diretamente na baixa densidade demográfica, que atualmente é de aproximadamente 6,6 hab./km2. O Município de Fátima do Sul onde o projeto de intervenção foi implantado possui uma área de 315 Km² (0,09% do Estado), distante a 232 km da capital, localizado no centro Sul do estado a uma altitude média e 353m. tendo dentro dos seus limites os distritos de Culturama e Novo Planalto. Com uma população estimada em 19.333 habitantes segundo IBGE, 2010. As atividades econômicas que predominam no município são: comércio e agricultura e atividade turística: llha do Sol e o Centro de Eventos Beira Rio. Fátima do Sul possui 3 escolas estaduais, 1 municipal e 2 particulares, sendo que no distrito de Culturama possui 1 escola municipal e 1 escola estadual, assim totalizando 4702 estudantes no total. Em relação á faixa etária da população adolescente. Conforme se observa no quadro II o município de Fátima do Sul totaliza um total de 3137 adolescentes tanto do sexo feminino quanto masculino, sendo que devemos foca nesta faixa etária e conscientizar sobre as drogas e a conseqüência na sua vida. (DATASUS, 2011) Faixa Etária Detalhada População Residente Feminina População Residente Masculina Total 10 anos 145 148 293 11 anos 138 147 285 12 anos 135 138 273 13 anos 158 175 333 14 anos 178 150 328 15 anos 157 193 350 16 anos 152 177 329 17 anos 172 168 340 18 anos 149 158 307 19 anos 164 135 299 TOTAL 3137 Quadro 2 – Faixa etária detalhada da população feminina e masculina dos adolescentes de Fátima do Sul (Fonte: DATASUS 2011) O uso de drogas na adolescência é uma questão que preocupa cada vez mais os pesquisadores e profissionais da saúde e educação. As pesquisas epidemiológicas
  • 9. 9 mostram que o uso e abuso de drogas aumenta em ritmo acelerado e que é na adolescência que, em geral, inicia-se o consumo. Ao mesmo tempo, observa-se que o tema das drogas é freqüente na mídia (RIBEIRO, 1998). O habito de fumar é promovido como um exercício de autonomia, de liberdade e como um símbolo de desafio às normas vigentes. Por essa razão, a adolescência e a juventude são as faixas etárias mais suscetíveis à influencia, tanto dos amigos como da publicidade, para experimentar e usar cigarros. (BRASIL, 2010). No município de Fátima do Sul, o programa Anti-tabaco tem uma procura maior de pessoas na faixa etária de 19 a 50 anos, mais já conseguimos tratar 5 jovens na faixa de 15 a 19 anos que com sucesso conseguiram larga desse vicio. Temos que ter em mente que a adolescência e a vida adulta jovem caracterizam- se por mudanças físicas, psíquicas e sociais. Nessa fase há uma predisposição ao desenvolvimento de alguns transtornos psicopatológicos como a depressão, ansiedade e alguns comportamentos de risco à saúde como uso de drogas e álcool. (JANSEN, 2011). O Brasil conta com mais de 51 milhões de jovens na faixa etária dos 10 aos 24 anos de idade. Enfrentar o desafio de promover o desenvolvimento saudável da juventude requer a elaboração de políticas capazes de prover a atenção à saúde em todos os níveis de complexidade e a participação de todos os setores da sociedade. (BRASIL, 2003) Ainda Brasil (2003) descreve que o uso de drogas, inclusive álcool e tabaco, tem relação direta e indireta com uma série de agravos à saúde dos adolescentes e jovens, entre os quais destacam-se os acidentes de trânsito, as agressões, depressões clínicas e distúrbios de conduta, ao lado de comportamento de risco no âmbito sexual e a transmissão do HIV pelo uso de drogas injetáveis e de outros problemas de saúde decorrentes dos componentes da substância ingerida, e das vias de administração. Ao observar que as drogas hoje está afetando os jovens podemos tentar possíveis projetos de prevenção, como a construção do plano municipal de saúde como meio de intervenção no combate ao álcool e o tabaco que cada vez mais afeta os adolescentes. Alguns fatores de risco ou de proteção podem contribuir para o uso de drogas. Estes fatores não são determinantes, apenas aumentam ou diminuem, em diferentes intensidade, a probabilidade de o individuo vir ou não a fazer o uso de droga. No quadro 3 mostra alguns desses fatores de risco e de proteção para o uso de álcool e outras drogas no domínio comunitário (SENAD, 2010). Fatores de risco Fatores de Proteção Falta de oportunidades socioeconômicas Existência de oportunidades de estudo,
  • 10. 10 para a construção de um projeto de vida trabalho, lazer e inserção social que possibilitam ao individuo concretizar seu projeto de vida Fácil acesso às drogas licita e ilícitas Controle efetivo do comercio de drogas legais e ilegais Permissividade em relação a algumas drogas Reconhecimento e valorização, por parte da comunidade, de normas e leis que regulam o uso de drogas Inexistência de incentivos para que o jovem se envolva em serviços comunitários Incentivos ao envolvimento dos jovens em serviços comunitários Negligencia no cumprimento de normas e leis que regulam o uso de drogas Realização de campanhas e ações que ajudem o cumprimento das normas e leis que regulam o uso de drogas. Quadro 3 – Descrição dos fatores de risco e de proteção, segundo o domínio comunitário (Fonte: A Prevenção do Uso de Drogas e Terapia Comunitária, SENAD, 2006). Conforme podemos observar no quadro 3, a prevenção voltada para o uso abusivo e/ou dependência de álcool e outras drogas pode ser definida como um processo de planejamento, implantação e implementação de múltiplas estratégias voltadas para a redução dos fatores de vulnerabilidade e risco específicos, e fortalecimento dos fatores de proteção. Implica necessariamente em inserção comunitária das práticas propostas, com a colaboração de todos os segmentos sociais disponíveis, buscando atuar, dentro de suas competências, para facilitar processos que levem à redução da iniciação no consumo, do aumento deste em freqüência e intensidade, e das conseqüências do uso em padrões de maior acometimento global. Para tanto, a lógica da redução de danos deve ser considerada como estratégica ao planejamento de propostas e ações preventivas (BRASIL, 2003) Segundo Brasil, (2003) sugere que o planejamento de ações preventivas e relativas ao uso de álcool e drogas deve obrigatoriamente considerar a mudança de relação na proporção de ocorrência entre buscar minimizar a influencia de fatores de risco sobre a vulnerabilidade dos indivíduos para tal uso; paralelamente, também deve considerar o reforço dos fatores de proteção. Neste ponto, é fundamental perceber a importância da educação em saúde como estratégia fundamental para a prevenção.
  • 11. 11 O Relatório Mundial da Saúde - Saúde Mental: Nova Concepção, Nova Esperança (OMS, 2001) traz dez recomendações básicas para ações na área de saúde mental / álcool e drogas. São elas: 1. Promover assistência em nível de cuidados primários 2. Disponibilizar medicamentos de uso essencial em saúde mental 3. Promover cuidados comunitários 4. Educar a população 5. Envolver comunidades, famílias e usuários 6. Estabelecer políticas, programas e legislação específica 7. Desenvolver recursos humanos 8. Atuar de forma integrada com outros setores 9. Monitorizar a saúde mental da comunidade 10. Apoiar mais pesquisas Com essas medidas de prevenção citada acima observamos a importância de realizar esse projeto de intervenção e a construção do plano municipal anti-drogas, para vencer essa indignação de ver tantos adolescentes entrando nesse mundo das drogas que é tão cruel e que leva a morte. Essa indignação tem dois motivos, o primeiro é causado pelo fato de ver esses adolescentes fazendo uso dessas substancias licitas como álcool, cigarro e medicação controlada conforme uma “bala”, “chiclete” e com simples pensamento que poderá fazer mal um dia e que essas drogas não matam. Outra indignação é que por mais que tenha lei que proíba menores de idade a comprar essas drogas o aumento hoje em dia de adolescentes que fumam e bebem descontroladamente é muito grande. Nesse sentido, o presente estudo objetiva: Realizar ação Anti-Droga no município de Fátima do Sul, com a participação de todos os funcionários da rede de saúde, comunidade e grupos com intuito de combater essas drogas.
  • 12. 12 OBJETIVOS Objetivo Geral: • Realizar ação Anti-Droga no município de Fátima do Sul. Objetivos Específicos: • Capacitar equipe para identificar e captar precocemente os adolescentes e familiares que se encontram nesses vícios: álcool e tabaco; • Instrumentalizar a equipe de saúde para realização de rodas de conversas sobre drogas e discutir e traçar metas para ação da equipe. • Melhorar o acesso e garantir a qualidade do atendimento aos adolescentes na unidade de saúde; • Promover educação para saúde destacando os principais pontos na assistência dos adolescentes; • Envolver os adolescentes das escolas para fazerem parte desse plano de intervenção em prol do combate as drogas; • Promover a participação dos adolescentes e familiares em uma conversa informal nos bairros e associações. • Reduzir o numero de adolescente dependente de drogas, com rodas de conversas e conscientização dos mesmos.
  • 13. 13 JUSTIFICATIVA Álcool e Tabaco, por serem drogas lícitas, têm envolvido rapidamente um contingente maior de pessoas no vicio. Além da problemática do vicio em si torna-se impossível ignorar os resultados decorrentes do uso indiscriminado destas drogas que afetam a saúde do individuo (usuário) e seus familiares, amigos e a sociedade como um todo. O reflexo de uma população dependente de álcool e tabaco resulta no aumento de acidentes e violência bem como eleva o índice de doenças relacionadas e resultantes destes vícios. Desde o "inocente" copo de cerveja, muitas vezes, em reuniões familiares, até o contato com drogas mais pesadas, o caminho pode não ser longo. Como impedir que esse quadro se torne mais e mais dramático? A prevenção é um caminho seguro. Uma educação específica sobre o assunto se faz imprescindível nas escolas; é preciso conscientizar jovens e adolescentes, pais e educadores, enfim, unirmos a comunidade, para discutirmos o assunto com coragem, decisão e espírito reflexivo.
  • 14. 14 METODOLOGIA Projeto de intervenção Atividade constituída para definir um problema identificado, transformando uma idéia em ação, definir a analise e seguir passos e assim tentar solucioná-lo. Assim, após o levantamento do problema, o projeto de intervenção é indicado para realização de ação Anti-Droga com a participação de todas as unidades de saúde e seus funcionários, a fim de conscientizar, aproximar, prevenir e combater o uso indiscriminado do álcool e tabaco nos adolescentes de 10 a 19 anos. Considerações Éticas Os funcionários, adolescentes e familiares que participaram do projeto, foram esclarecidos de que se tratava de um projeto de intervenção e que não receberiam nenhuma forma de pagamento pela participação neste projeto e que deveriam assinar o termo de cessão de uso de imagem (anexo 1), para eventual exposição do trabalho. Local do projeto de Intervenção O projeto foi realizado primeiramente em todas as unidades básicas de saúde de Fátima do Sul e distrito de Culturama (ESF O Pioneiro; ESF Vila Educacional; ESF Culturama; ESF Jardim Tatiane e UBS Central e Brasilândia) 1º Passo: Entrevista com o Delegado da Policia Civil Messias Furtado de Souza, para levantamento de dados e saber como está e identificar a situação do município em relação às drogas. 2º Passo: Capacitação da equipe sobre o que é droga licita e ilícitas e como podem estar enfrentando esse problema na unidade de saúde e sociedade. 3º Passo: Reunião em todas as ESF do Município de Fátima do Sul, sendo convidado essa equipes através de Comunicação Interna conforme (anexo 2), sendo as seguintes datas: • 22/06/2011 ESF Culturama as 15h00min horas • 27/06/2011 ESF Vila Educacional as 10h00min horas • 28/06/2011 ESF O Pioneiro as 15h00min horas • 29/06/2011 ESF Central às 15h00min horas.
  • 15. 15 Essas reuniões com as equipes cumpriram o objetivo de capacitação e construção do quadro de ações (anexo 3) para que cada Estratégia da Saúde da Família possa está atuando na sua unidade de saúde e comunidade. 4º Passo: Capacitação para os Agentes Comunitário de Saúde – ACS na Secretária de Saúde de Fátima do Sul, localizada na Avenida 9 de julho nº 2216, sobre quais ações os mesmos podem realizar na comunidade e como podem estar ajudando essas famílias no enfrentamento ao álcool e ao tabaco, alem da aula expositiva e construção de quadro de novas ações que poderão ser realizadas através dos ACS (anexo 4), teve a participação do grupo Teatral Talento Batista, onde os mesmo realizaram uma apresentação sobre “Quando a vida se apaga!”. 5º Passo: Realizas parcerias com o COMAD – Conselho Municipal Anti-Droga e Grupo Vida Livre no qual foi realizada palestra expositiva sobre o que o álcool e o tabaco podem causar na vida. O grupo Vida Livre é direcionado para pessoas que cometem ato ilegal por motivo ou resultante do uso de drogas licitas e ilícitas, para atender não apenas o usuário, mais também sua família e população em geral interessada na temática. Nesse grupo contamos com a participação do Pastor Luciano Daniel Künzel Gazola que é atualmente coordenador do grupo Vida Livres, dos demais conselheiros do COMAD, profissionais da área da saúde e segurança pública do município além de outros voluntários que possam contribuir na discussão e reflexão da temática das drogas. Participamos também no grupo Anti-Tabaco que acontece na Secretária de Saúde de Fátima do Sul, localizada a Avenida 9 de Julho, nº 2259 para eventual conscientização do mau causado pelo vicio do tabaco e a importância de estarem participando dessas reuniões que acontecem toda quinta-feira as 18:00 horas com a participação de enfermeiras, nutricionistas, psicólogas e farmacêutica. 6º Passo: Realização da Semana Municipal Anti-Droga que aconteceu nos dias 8 a 12 de agosto, com a participação de escolas Estaduais e Municipais, Conselho Municipal Anti-Droga, grupo Vida Livre, Promotoria, Câmara de Vereadores, Policias militares e grupo anti-tabaco. Foi realizada uma abertura oficial na Terça-Feira através da Câmara municipal de Vereadores com a colaboração do Vereador Conselheiro do COMAD Alberto Alburqueque (Bebeto). Nos horários de aula foram realizadas palestras, dinâmica e teatro de conscientização e sensibilização sobre os malefícios das drogas licitas e ilícitas. Finalizando a semana anti-droga com a mobilização de profissionais de saúde, COMAD e policiais militares no dia 12 sexta-feira, com uma blitz educativa na avenida 9 de julho com todos os participantes e alunos.
  • 16. 16 7º Passo: analise dos resultados alcançados pelo projeto de intervenção: impactos anti-droga.
  • 17. 17 RESULTADO E DISCUSÃO O projeto iniciou com a realização de uma entrevista com o Delegado da Policia Civil Messias Furtado de Souza na primeira semana do mês de junho de 2011. Na oportunidade o delegado informou que tem aumentado muito o numero de ocorrências relacionada ao uso de drogas licitas e ilícitas, com o relação ao álcool as ocorrências de acidentes, apreensão de motoristas embriagados e violência domestica vem aumentando muito, já as apreensões de cigarros contrabandeados do Paraguai a sua equipe está fiscalizando e realizando blitz para não deixar entrar no município. Os casos de acidentes por ingestão de bebidas alcoólica que ocorre no Município são na maioria notificados quando chegam até o hospital e encaminhados a Secretária de Saúde para ser encaminhados a nível de estado. O quadro abaixo mostra o numero de óbitos por acidentes de transito, quedas e outras causas externas ocorrido nos anos 2008, 2009 e 2010 no município, estado, região e Brasil 2008 2009 2010 Nº óbitos Nº óbitos Nº óbitos Município 4 6 3 Estado 219 230 148 Região 1.050 1.068 678 Brasil 12.942 13.122 8.762 (Fonte: Sala de situação DATASUS, 2011) Através disso penso que os danos, lesões, traumas e mortes, causada por acidentes e violências, corresponde a altos custos emocionais e sociais e com aparatos de segurança publica, alem disso a violência provoca sérios prejuízos econômicos por cauda dos dias de ausência do trabalho, pelos danos físicos, mentais e emocionais incalculáveis para as vitimas, suas famílias e para sociedade. Já para o sistema de saúde afetam o aumento de gastos com emergências, assistência e reabilitação muito mais custo do que a maioria dos procedimentos médicos convencionais.
  • 18. 18 A capacitação das equipes sobre a temática das drogas foi realizada com a colaboração do Enfermeiro Rodrigo Miguel Vilas Boas, coordenador da Saúde Mental do Município no mês de junho em duas oficinas realizada no Centro de Convivência do Idoso Viver Feliz. Nestes momentos foram abordados temas como: Conhecendo as drogas licitas e ilícitas; Conhecendo os comportamentos dos usuários; Técnicas de abordagem e enfrentamento no combate as drogas e apoio as famílias envolvidas. Após a capacitação realizamos reuniões nas unidades de saúde de Fátima do Sul para elaboração de quadros de ações a serem desenvolvidas pelas equipes durante as atividades rotineiras do serviços de saúde. As reuniões foram realizadas (foto 1 e 2) no seguintes cronograma: • 22/06/2011 ESF Culturama as 15h00min horas • 27/06/2011 ESF Vila Educacional as 10h00min horas • 28/06/2011 ESF O Pioneiro as 15h00min horas • 29/06/2011 ESF Central às 15h00min horas. Foto 1 – ESF Vila Educacional, reunião para elaboração do plano de ação com a participação de todos os funcionários. Foto 2 – Fotos da equipe que participou da elaboração do plano de ação na ESF Vila Educacional
  • 19. 19 A construção dos quadros de metas na unidade a principio visou contemplar atividades já realizadas com enfoque na temática das drogas. Por exemplo: a ESF Vila Educacional cumpriu uma meta das ações proposta na reunião pela equipe realizando roda de conversas com os participantes do grupo HIPERDIA entregado panfleto de conscientização sobre o ”Poder da escolha”. A população aprovou a medida, pois até então nas reuniões de HIPERDIA apenas se tratava de temas relacionados à hipertensão e diabetes, observaram que o aumento das drogas tem preocupado a comunidade e declararam que é de suma importância os profissionais de saúde estar alertando pais e mães quanto à prevenção e locais disponíveis para a apoiarem as famílias. Para os 28 Agentes Comunitário de Saúde – ACS a capacitação na Secretária de Saúde de Fátima do Sul, foi realizada no dia 01 de julho, (foto 3 e 4) na qual foram definidas as ações inerentes a estes profissionais. Os mesmos demonstraram grande preocupação com a população usuária de drogas seja elas licitas ou ilícitas, relataram que o numero de bares e bocas de fumos de suas áreas tem crescido consideravelmente nesses últimos anos e que a pesar de terem conhecimento quanto a ilegalidade do trafico e do comercio de álcool e tabaco para menores ficam impossibilitados de realizarem denuncias por medo de perseguições ou até mesmo perderem o acesso as famílias envolvidas. Foto (3 e 4) – Capacitação dos Agentes Comunitário na Secretária Municipal e elaboração do plano de ação. Ficou claro que as ações dos ACS devem estar restritas a prevenção e apoio as famílias dos usuários, apontando os meios de tratamento e acompanhamento, seja a através de encaminhamento para internações, grupos anti-tabaco, grupo Vida Livre, CAPS e outros conforme a necessidade de cada caso. Os ACS reclamaram da fila de espera para tratamento no grupo anti-tabaco e nas vagas para internações e tratamentos fora do município. Para melhor esclarecer estás duvidas e tramites da central de
  • 20. 20 regulação a técnica Ângela Vasconcelos, (foto 5) fez uma breve explanação de como funciona as solicitação de vagas, informou que para tratamento de álcool e drogas não existe fila de espera, no entanto poucos procura o tal tratamento. Em relação ao grupo anti-tabaco que acontece na secretária de Saúde de Fátima do Sul todas as quintas-feiras a fila de espera encontra-se realmente extensa em comparação com o tratamento de álcool e outras drogas, devido a muita procura dos fumantes que possui intenção de pararem com o vicio. Foto 5 – Participação da Técnica da Central de Regulação Ângela Vasconcelos (de branco na foto), onde fez uma pequena explanação sobre como funciona a solicitação de vagas para tratamento de álcool e outras drogas Acreditamos que o vicio do tabaco é mais fácil de ser assumido, percebemos que a busca de tratamento de álcool e drogas ilícitas se da apenas quando já está grave e necessita de medidas de tratamentos extremas. No quadro de ações dos ACS (foto 6) foram definidas a participação dos mesmos nas atividades de prevenção promovidas pela secretaria de saúde, o aconselhamento das famílias e encaminhamentos a grupo de ajuda.
  • 21. 21 Foto 6 – Criação do quadro de Ações dos ACS, sobre o uso de tabaco e álcool. Para finalizar teve a participação do grupo Teatral Talento Batista,(foto 7) onde os mesmo realizaram uma apresentação sobre o tema: “Quando a vida se apaga!”, que retratou a realidade de uma família abalada pelo envolvimento de uma adolescente no mundo das drogas (foto 8 e 9). O teatro abordou o relacionamento familiar, a influencia das amizades (foto 10 e 11), o vicio das drogas (foto 12 e 13), os danos a saúde física e psicológica, a violência e a morte de uma maneira simples e bem próxima a realidade vivenciada (foto 14, 15 e 16). Os ACS foram sensibilizados todos pela apresentação e explicaram que encontraram no teatro algumas das suas famílias acompanhadas. Foto 7 – Grupo teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, na Secretária de Saúde, finalizando a capacitação dos ACS Foto 8 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas.
  • 22. 22 Foto 9 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas. Foto 10 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento que afeta o relacionamento familiar, discussão mãe e filha. Foto 11 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento que afeta o relacionamento familiar, “pai” tentando conversar com a filha.
  • 23. 23 Foto 12 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento que o vicio afeta toda a estrutura familiar e psicológica. Foto 13 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento das amizades erradas.
  • 24. 24 Foto 14 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento violência e morte. Foto 15 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento violência e morte. Foto 16 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga”, adolescente que entra no mundo das drogas, momento violência e morte. Os grupos de apoio tiveram um papel importante na realização deste projeto de intervenção o COMAD – Conselho Municipal Anti-Droga e Grupo Vida Livre foram realizadas palestra expositiva sobre o que o álcool e o tabaco estavam causando na vida dessas pessoas e na dos seus familiares. Sendo que o grupo Vida Livre é direcionado para pessoas que cometem ato ilegal por motivo ou resultante do uso de drogas licitas e ilícitas, para atender não apenas o usuário, mais também sua família e população em geral interessada na temática, penso que conseguimos alcançar os objetivos pois a conscientização das pessoas que participaram deste grupo foi proveitosa.
  • 25. 25 Em relação à parceria com o grupo Anti-Tabaco foi feito um acompanhamento com um grupo de conscientização do mal causado pelo vicio do tabaco e a importância de estarem participando dessas reuniões, sendo que cada reunião era entregue um convite lembrando da importância do retorno as reuniões. Nesse grupo foram chamados para participar 15 pessoas sendo que somente 5 concluíram o tratamento e pararam de fuma. Os outros 10 foram convidados a participar de um grupo especial com o auxilio da psicóloga pra um tratamento mais detalhado, desses 10 pacientes apenas três estão participando do grupo. Projeto de Intervenção: Combate ao Fumo Lembrete: Próximo Encontro: 27/07/11 às 18:00 horas na Secretária de Saúde ao Lado da Rodoviária. Convite entregue a cada participante do grupo anti-tabagismo que participaram das quatro reuniões. O ápice do projeto foi a realização da Semana Municipal Anti-Droga que aconteceu nos dias 08 a 12 de agosto que envolveu quatro escolas Estaduais e duas municipais (Foto 17, 17 A, 17 B e 17 C; 18 e 18 A, 19 e 19 A, 20 e 20 A, 21 e 21 A, 22 e 22 A). Nesta programação contamos com o apoio e parceria do Conselho Municipal Anti-Droga, Grupo Vida Livre, Promotoria, Câmara de Vereadores, Policias Militares e Grupo Anti-tabaco. Confio que as parcerias firmadas são de suma importância e contribuíram muito para que grande parte dos objetivos deste projeto fossem alcançados.
  • 26. 26 Foto 17 e 17 A – Alunos da Escola Jonas Belarmindo no Distrito de Culturama no Período Matutino Foto 17 B e 17 C – Alunos da Escola Estadual Jonas Belarmindo no Distrito de Culturama no período Vespertino. Foto 18 e 18 A – Alunos da Escola Municipal O Pioneiro no Distrito de Culturama no período vespertino
  • 27. 27 Foto 19 e 19 A – Alunos da Escola Estadual Senador Filinto Muller no período noturno. Foto 20 e 20 A – Alunos da Escola Estadual Senador Filinto Muller no período matutino Foto 21 e 21 A – Alunos da Escola Estadual Vicente Pallotti no período Matutino
  • 28. 28 Foto 22 e 22 A – Alunos da Escola Estadual Vicente Pallotti no período noturno. Foto 23 e 23 A – Alunos da Escola Estadual Vicente Pallotti no período Vespertino Foto 24 e 24 A – Alunos da Escola Estadual Vila Brasil no período matutino. Na Terça-Feira, 09 de agosto, o Vereador e conselheiro do COMAD Alberto Albuquerque (Bebeto), conselheiro membro do COMAD, representante do poder
  • 29. 29 legislativo neste órgão, foi o canal para realizar a abertura oficial através da Câmara Municipal de Vereadores durante a sessão ordinária (foto 25). Os vereadores de Fátima do Sul tem se preocupado com a problemática das drogas e vários fizeram uso da palavra apoiando a campanha de prevenção. Vale ressaltar ainda que a sessão da Câmara de Vereadores é transmitida ao vivo na rádio Guaicurus AM de Fátima do Sul e neste dia a população em geral teve acesso aos debates do legislativo. Foto 25 – Vereador Alberto Albuquerque (Bebeto), representante do COMAD Nos três períodos de aulas, matutino, vespertino e noturno (foto 26, 27, e 28), a equipe do impacto esteve realizando palestras, dinâmicas e teatro de conscientização e sensibilização sobre os malefícios das droga licitas e ilícitas nas escolas. Os 1500 Alunos atingidos pelo Impacto anti-drogas foram os do quinto ano do fundamental ao terceiro médio, além dos alunos contemplados pelo EJA (Educação de Jovens e Adultos).
  • 30. 30 Foto 26 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga” nas escolas no período matutino. Foto 27 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga” nas escolas no período vespertino Foto 28 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga” nas escolas no período noturno. O COMAD, o Conselho Tutelar e outros e a Secretaria Municipal de Saúde através do apoio com outros profissionais e os recursos foram parceiros na execução das atividades do impacto em geral. O enfermeiro Rodrigo Miguel Vilas Boas, antigo Coordenador da Saúde Mental do município e a enfermeira Gabriela Costa Schowantz de Souza atual Coordenadora do Programa auxiliaram em todas as atividades da Semana Municipal Anti-Drogas e nas Capacitações. (Fotos 29 e 30)
  • 31. 31 Foto 29 – Atual Coordenadora da Saúde Mental realizando sua contribuição sobre drogas psicotrópicas nas escolas. Foto 30 – Ex -Coordenadora da Saúde Mental realizando sua contribuição sobre as drogas nas escolas. Essa etapa do Impacto foi muito gratificante, pois a equipe percebeu o envolvimento dos alunos durante as dinâmicas e as perguntas ao termino das palestras (Foto 31 e 32). Até mesmo drogas que não estavam contempladas pelo projeto foram questionadas e muitos adolescentes, jovens e até mesmo professores se sentiram a vontade de compartilhar suas histórias e solicitar ajuda (Foto 33).
  • 32. 32 Foto 31 – Participação dos alunos nas dinâmicas Foto 32 – Participação dos alunos com perguntas sobre os temas explanado. Foto 33 – Participação da diretora da Escola Jonas Belarmindo no Distrito de Culturama. O Teatro Apresentado para os ACS também foi levado às escolas e foi um importante instrumento de sensibilização para os adolescentes e jovens. Foi legal perceber o quanto o teatro quebrou barreiras para a discussão dos assuntos. Acredito que
  • 33. 33 por se tratar de uma linha direta de Adolescentes para Adolescentes, utilizando uma linguagem própria e mais próxima a realidade deles. Sem falar da questão visual que sabemos que fixa bem melhor as idéias, valores e conceitos transmitidos (foto 34 e 35) Foto 34 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga” nas escolas. Foto 35 – Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre “Quando a vida se apaga” nas escolas. No dia 12 Segunda-Feira, finalizando a Semana Anti-droga realizamos uma BLITZ educativa na avenida 9 de julho no centro da cidade (Foto 36, 37 e 38). Nesse momento contamos com a colaboração dos profissionais de Saúde das Unidades, ACS, conselheiros do COMAD e Policiais Militares, que estiveram distribuindo panfletos abordando a problemática dos vícios tanto de Drogas Licitas como Ilícitas (Foto 39 e 40).
  • 34. 34 Foto 36 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos Foto 37 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos, com participação dos ACS. Foto 38 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e ilícitas.
  • 35. 35 Foto 39 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e ilícitas pelos ACS. Foto 40 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e ilícitas, com a participação do 16º Batalhão da Policia Militar O fechamento do impacto demonstrou que a população em geral é parceira no combate as drogas e que atividades preventivas são muito valorosas, pois servem para apoiar adolescentes e jovens a dizerem não as drogas sejam elas licitas ou ilícitas (Foto 41). Auxilia e instrumentaliza pais, educadores e profissionais de saúde para melhor intervir e agir em situações que envolvam questões relativas às drogas
  • 36. 36 Foto 41 – Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e ilícitas, com a participação dos Enfermeiros das Unidades básicas de Saúde. Diariamente ao termino das atividades realizadas a equipe avaliava os resultados alcançados pelo projeto de intervenção e foi gratificante perceber a influencia que este Impacto Anti Drogas surtiu na sociedade em geral. Os alunos comentavam as palestras e os pais nos abordavam e vinham agradecer a iniciativa, já que tem causado muito preocupação a rápida propagação de vícios na nossa juventude. Setembro e outubro foram os meses reservados para a análise dos resultados como um todo. Acredito que a maior parte dos objetivos do impacto anti-droga foram atingidos. A equipe foi capacitada, instrumentalizada e definiu ações para intervir frente a famílias nessa situação de vulnerabilidade, minimizando preconceitos e barreiras para o atendimento de adolescentes nesta situação. Os adolescentes foram envolvidos no impacto e através de ações educativas estreitamos os laços e a proximidade com essa parcela da população que tem resistência e dificuldade de buscar a ajuda nas unidades de saúde, COMAD e Grupo anti-tabaco. O penúltimo objetivo ainda não foi contemplado totalmente durante este impacto, no entanto foi abraçado pelos quadros de ações definidos pelas unidades de saúde, esse ponto visava a realização de uma conversa informal nos bairros e associações com adolescentes e familiares. Quanto ao ultimo objetivo de reduzir o número de adolescentes dependentes de drogas, acredito que seja possível medir se foi ou não atingido ainda, pois depende de uma pesquisa mais apurada com todos os contemplados por este projeto. Uma coisa é certa, muitas pessoas procuraram ajuda logo no local da palestra e após nos grupos de apoio divulgados durante as palestras.
  • 37. 37 CONSIDERAÇÕES FINAIS Essa ação demonstrou a grande necessidade de Implantar e Implementar o Plano Municipal de Saúde Anti-Drogas e de promover ações de prevenção de maneira continuada com estratégias que realmente evitem a adesão aos vícios. Ampliar as ações do grupo Anti-Tabaco, envolvendo mais unidades e Descentralizado o programa, facilitando que mais pessoas possam ser contempladas pelo tratamento. Sendo este um Projeto de Intervenção acredito que os objetivos alcançados mostram a eficácia do mesmo e aponta para a necessidade de ações subsequentes relacionadas a essa temática. Este projeto será encaminhado a Coordenação da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Fátima do Sul para que possa ser útil para colaborar com futuras atividades desta coordenação.
  • 38. 38 Referencias Bibliográficas BRASIL, Ministério da Saúde. A Política do Ministério da Saúde para atenção integral a usuários de álcool e outras drogas/ Ministério da Saúde, Secretária Executiva, Coordenação Nacional de DST e AIDS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2003 BRASIL. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTIVA - IBGE, 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/. Acessado em: 20/07/2011. BUCHER, R. Prevenção ao uso indevido de drogas. Vol. 1. Brasília: Programa de Educação Continuada. Universidade de Brasília, 1991 BRASIL. Presidência da Republica. Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas: cartilha sobre tabaco/Secretária Nacional de políticas sobre drogas. – Brasília: Previdência da Republica, Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas 2010. CHAIEB, José A. CASTELLARIN, Cassio. Associação tabagismo-alcoolismo: introdução às grandes dependências humanas. Rev. Saúde Pública [online]. 1998, vol.32, n.3, pp. 246-254. ISSN 0034-8910. doi: 10.1590/S0034-89101998000300007 Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 89101998000300007&lang=pt&tlng=pt Acesso em 18/07/2011 JANSEN, Karen et al. Transtornos mentais comuns e qualidade de vida em jovens: uma amostra populacional de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública [online]. 2011, vol.27, n.3, pp. 440-448. ISSN 0102-311X. doi: 10.1590/S0102-311X2011000300005. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 311X2011000300005&tlng=pt acesso em 18/07/2011 MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS, 2010. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php. Acessado em: 20/07/2011. Organização Mundial da Saúde. Relatório sobre a Saúde no Mundo 2001 – Saúde Mental: Nova Concepção, Nova Esperança. OMS, Genebra, 2001. Disponível em: http://www.who.int/whr/2001/en/whr01_djmessage_po.pdf Acesso em 20/07/2011 Prevenção ao uso indevido de drogas: Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias. – 3. Ed. – Brasília: Presidência da Republica. Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD, 2010. 424 p. RIBEIRO, T. W. PERGHER, N. K. TOROSSIAN, S. D. Drogas E Adolescência: Uma Análise Da Ideologia Presente Na Mídia Escrita Destinada Ao Grande Público. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 79721998000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Acesso: 20/07/2011 SANDIN, G. R. DACORÉGIO, T. SAKAE, T. M. Estudo comparativo entre tabagistas e não tabagistas em município no Sul de Santa Catarina. Recebido da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Tubarão, Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2010 set- out;8(5):382- Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n5/003.pdf Acesso em: 19/07/2011.
  • 39. 39 Anexo – Termo de autorização de uso de imagem e depoimentos Eu_________________________________,CPF____________, RG________________, depois de conhecer e entender os objetivos, procedimentos metodológicos, riscos e benefícios da pesquisa, bem como de estar ciente da necessidade do uso de minha imagem e/ou depoimento, especificados no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), AUTORIZO, através do presente termo, os pesquisadores Leticya Aparecida de Lima do projeto de pesquisa intitulado “Impactos anti-droga no município de Fátima do Sul com enfoque no álcool e tabaco” a realizar as fotos que se façam necessárias e/ou a colher meu depoimento sem quaisquer ônus financeiros a nenhuma das partes. Ao mesmo tempo, libero a utilização destas fotos (seus respectivos negativos) e/ou depoimentos para fins científicos e de estudos (livros, artigos, slides e transparências), em favor dos pesquisadores da pesquisa, acima especificados, obedecendo ao que está previsto nas Leis que resguardam os direitos das crianças e adolescentes (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei N.º 8.069/ 1990), dos idosos (Estatuto do Idoso, Lei N.° 10.741/2003) e das pessoas com deficiência (Decreto Nº 3.298/1999, alterado pelo Decreto Nº 5.296/2004). Fátima do Sul, __ de ______ de 2011 _____________________________ Pesquisador responsável pelo projeto _______________________________ Sujeito da Pesquisa _______________________________ Responsável Legal (Caso o sujeito seja menor de idade)