1. Lição 8 – 23 de maio de 2010
O Poder da Verdadeira Profecia
Autor deste subsídio: Pastor Ronaldo Batista.
Mestre em Teologia.
Convites:
rb-pereira1966@hotmail.com
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
I. O que é um profeta
II. Verdadeiros Profetas
III. Falsos profetas
IV. O cuidado com os falsos profetas
Conclusão
Texto áureo:
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva”.
Isaías 8:20
Verdade Prática:
Os dons espirituais não se destinam à autopromoção; são concedidos por Deus à Igreja,
visando a edificação dos santos e a divulgação sobrenatural do Evangelho de Cristo
INTRODUÇÃO
I. O QUE É UM PROFETA
1. Conceito.
Se atentarmos simplesmente para o que diz o dic. Aurélio em sua definição que
diz, “indivíduo que prediz o futuro”, nós poderemos ficar confusos ao lermos as páginas
dos profetas no AT, pois além do elemento preditivo em sua função, esta como veremos a
seguir ia bem mais além do que predizer. Num sentido estrito profeta (gr. prophetes -
significa literalmente “aquele que fala em lugar de outrem”, por exemplo,
“assim diz o Senhor”. Mas também significa aquele que proclama abertamente uma
mensagem divina, um atalaia, um vidente, ou seja, aquele que vê, 1Sm 9.9. O mesmo
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termo pode ser aplicado ao profeta pagão, Tt 1.8; ou ainda ao falso profeta
(pseudoprofhethes -
2. Função.
A função profética foi algo bem comum em Israel e nas nações pagãs. Entretanto,
em Israel esse ministério era exercido por meio do Espírito Santo que os conduzia ao
conhecimento prévio do futuro (1Rs 22.13-23), ou discernimento de algo oculto (2Rs 6.8-
10), esclarecimento da vontade de Deus sobre determinado assunto, 1Sm 30.7-10. Mas
tais profetas agiam também como arautos advertindo, consolando, confortando e
fortalecendo o povo, Is 40.1; Ez 33.7; 37.11. A função profética poderia ser um ministério
em diferentes níveis: individual, local, nacional, internacional ou universal, Is 38.1; Jr
1.5,10; etc. No geral o profeta de Deus era alguém que repousava sobre ele o seu
Espírito Santo, Nm 11.17-29; mas também tanto predizia, quanto proclamava ou
aconselhava quando se fazia necessário.
No NT há o ministério de profeta, que vêm seguido do de apóstolo, Ef 4.11. Este é
um ministério de liderança que antevê os desígnios de Deus para o futuro, mas ao que
tudo indica, cooperavam no fundamento da Igreja local e sua edificação, Ef 2.20; cp. Rm
15.20; 1Co 3.10. Não confundir o ministério de profeta com o dom de profecia, pois o
primeiro está ligado à liderança na Igreja e pode ter um âmbito até universal. Já o dom de
profecia tem um âmbito local e pode ser empregado para trazer o não cristão ao um
encontro com Deus, 1Co 14.24-25.
3. Prova de autenticidade.
Nenhum profeta deve ser seguido por ser capaz de operar sinais e prodígios
simplesmente, pois nele pode estar operando o espírito do erro, engano e mentira, Dt
13.1-5. Nos dias do anticristo isso acontecerá por meio do falso profeta, 2Ts 2.9; Ap
13.13. Se alguém opera algum tipo de sinal, mas quer induzir a qualquer apostasia ou
heresia deve ser evitado. Uma prova muito simples é observar o cumprimento daquilo que
eles predizem, mas devemos discernir os espíritos, Dt 21.22.
II. VERDADEIROS PROFETAS
Partindo do princípio que convém conhecermos primeiro o que é verdadeiro, para em
seguida discernirmos o falso é que expomos aqui, acerca dos verdadeiros profetas.
Conhecendo as três principais engrenagens que movem um verdadeiro profeta, não
caíremos em erro, engano ou heresia jamais.
1. Conduzem o povo a Deus.
O verdadeiro profeta conduz o povo a Deus, não a si mesmo ou a apostasia por
meio de profecias cuja fonte não é do Espírito de Deus. Nos dias de Jeremias havia
aqueles que profetizavam buscando ser politicamente corretos, a semelhança de
Hananias. E também aqueles que profetizavam por intermédio de Baal, espírito maligno.
O que procura ser politicamente correto profetiza segundo o seu próprio espírito, a sua
razão. O que é algo grave gerando erros. Mas o que falava por Baal era gravíssimo, pois
conduzia a apostasia descaradamente àqueles que ouviam tais mensagens e
advinhações.
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2. Dão verdadeira percepção.
Há pelo menos dois tipos principais de percepção que os profetas de Deus
manifestam ao seu povo: Eles pelo Espírito de Deus prevêem o futuro, trazendo o
conhecimento e algum alerta se necessário for. Uma verdade encoberta no presente, mas
que ninguém sabe, como já falamos acima. E ainda trazer conselhos e operar algum tipo
de sinal. Era comum tanto no Antigo como no Novo Testamentos tais profetas enfatizarem
suas mensagem utilizando-se de atos proféticos simbólicos para que o povo pudesse
apreender aquela verdade proclamada por ele, At 11.28-30; 21.10-11.
3. São sofredores pelo bem
Um verdadeiro profeta costuma ser incompreendido, pelo fato dele ver o que está
oculto ao conhecimento presente local, pois Deus revela tais coisas, Dn 2.22; 10.7. Ou
mesmo antever uma situação desafiadora, às vezes aparentemente até inconcebível, que
só com o desdobramento do tempo às pessoas a sua volta entenderão, Dn 10.21. Pois
tais coisas se sucederão num futuro próximo ou distante. É exatamente por esses dois
motivos que são incompreendidos, perseguidos, tratados como visionários meninos ou
loucos. Mas o verdadeiro profeta costuma ter uma graça adicional e um desejo fervente
para com que a vontade de Deus seja estabelecida, que com o passar do tempo ele não
se importa mais com tais coisas. Ele aprende a suportar, perdoar, interceder e agir dentro
da fé e visão concedida por Deus, Jr 20.9.
Agora veja no quadro abaixo as três principais engrenagens
que movem um verdadeiro profeta de Deus.
Sofrem pelo
bem
Dão
verdadeira
percepção
Conduzem o povo
a Deus
FALSOS PROFETAS
Assim como os verdadeiros profetas conduzem a Deus, os falsos desengrenam
tudo afastando ou dificultando de alguma forma essa aproximação. E isso é ilustrado nas
Escrituras de várias formas das quais nós expomos aqui as principais.
1. São profetas que distraem o povo.
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Há aqueles que a semelhança de Hananias procuram ser politicamente corretos,
mas não dentro da visão do Espírito Santo, mas na política corrente. Há casos seríssimos
em que como o rei nos dias de Jeremias estava indiretamente conduzindo o povo à
apostasia e com isso contava com seus “profetas de aluguel”. Estes tinham algum tipo de
vantagem com certeza. Consequentemente combatiam a verdadeira profecia e o
verdadeiro profeta como bem nos ilustra do texto, Jr 28.10-11. Todavia, por este se opor a
Palavra profética Deus o sentenciou severamente eliminando alguns meses a seguir, Jr
28.15-17. Lamentavelmente, hoje acontece isso, onde líderes se desviam e contam com
profetas para distraírem o povo, tentando afastá-los de Deus, 2Tm 4.3-4.
2. São profetas que põe tropeço ao povo
Há elementos que por causa de vantagens pessoais adotam os meios mais
sórdidos para fazer o povo de Deus tropeçar, como fez Balaão, 2Pe 2.15; Jd 11. Que se
vendeu a Balaque para amaldiçoar o povo, como não conseguiu, instruiu aquele rei
amorreu enviar mulheres para que os filhos de Israel se prostituíssem e comessem das
coisas sacrificadas. Tais elementos são filhos do inferno que se opondo aos desígnios
santíssimos de Deus colocam tropeços ao seu povo, Nm 23.1-3; Ap 2.14. O Senhor Jesus
advertiu severamente quanto a isso, Mt 18.6; Ap 2.16.
3. São profetas mentores de falsos ensinos
A diferença entre os que pôe tropeços ao povo e aos mentores de falsos ensinos é
basicamente que, os primeiros são elementos práticos e bem articulados, e estes são
mais pedagógicos, mestres. Vemos por exemplo que Jezabel ensinava a mesma coisa
comer coisas sacrificadas e a se prostituírem, o diferencial aí é que ela ostentava de uma
forma doutrinária a impureza, combatendo a pureza cristã, Ap 2.20.
4. São profetas manipuladores
Há também aqueles que demonstram rigor com santidade, mas se utilizam de sua
influência para combater a verdadeira liberdade cristã no meio do povo de Deus, sempre
os acusando como se todos fossem pecadores e eles mais santos que os demais. São os
manipuladores que através de um espírito de sedução, ousam manipular pessoas e
querem controlar sua liderança. Isso é inconcebível, somos livres em Jesus Cristo.
Deus nos dá dos seus dons para o controle de circunstâncias para a cura de
enfermidades, expulsão de demônios e outros milagres para demonstrar o seu amor e
produzir temor nos corações. Jamais para manipular pessoas por meio de pseudo
profecias e falsas visões. Fomos chamados para a verdadeira liberdade em Cristo.
CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS
Que tipos de cuidados devemos ter com esses pseudo profetas? Devemos identificá-los e
rejeitar sua influencia sobre as nossas vidas. Mas para isso devemos entender como eles
agem.
1. Eles se disfarçam.
Eles o fazem por meio de uma aparente piedade, 2Tm 3.5-9. São muito inteligentes
e espertos, por isso Jesus os chamou de lobos devoradores que passam por ovelhas,
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mas não são. Eles aguardam o momento de penetrar no rebanho e abater presas
indefesas, Mt 7.15.
2. Eles têm Intenção destruídora.
A intenção na maioria das vezes não dá para ser detectada logo de início, é algo
que às vezes leva tempo, todavia pelos frutos que produzem é que serão identificados, Mt
7.16-20. Como interiormente “são lobos devoradores” não conseguirão esconder o seu
intento durante muito tempo, Mt 7.15. Pois nada há encoberto que não seja revelado.
3. Devemos provar os espíritos
Para que um longo tempo não seja percorrido, Deus capacita alguns da igreja com
o dom de discernimento de espíritos. Com a finalidade de que se detecte a penetração de
um espírito contrário que tenta influenciar a congregação e o repreenda, 1Co 12.10. O
Espírito Santo exalta a Cristo e nunca o contrário (1Co 12.3), assim todo espírito que
confessa que Cristo veio em carne, tal espírito é de Deus, 1Jo 4.2-3.
4. Devemos observar o seu comportamento
O Senhor Jesus disse que pelos frutos conheceremos os lobos devoradores. Ou
seja, ninguém que tenha um coração mal produzirá coisas boas. Um falso profeta poderá
imitar a piedade por algum tempo, mas não todo tempo; poderá fingir santidade, mas
fatalmente demonstrará impureza, desonestidade ou outra coisa ruim. Uma forma de
termos certeza é observarmos sempre o resultado daquilo que fazem e como agem,
eliminando sua influencia negativa imediatamente.
CONCLUSÃO
Fica clara a importância da verdadeira profecia e o seu poder. O seu poder se
resume pelo fato de produzir arrependimento e conduzir o povo de Deus mais próximo a
Ele. Todavia é muito necessário conhecermos também a fonte profética, seja ela de Deus
do diabo e do espírito humano, para nos guardarmos de eventuais erros, tropeços e
desvio da fé.
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